quarta-feira, 24 de março de 2021

Gizmodo Brasil

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Este “mapa da vida” consegue indicar a localização de espécies desconhecidas

Posted: 23 Mar 2021 06:08 PM PDT

Um orangotango na Indonésia, um dos hotspots de biodiversidade descritos pela equipe de pesquisa. Foto : CHAIDEER MAHYUDDIN/AFP via Getty Images (Getty Images)

Nove anos atrás, uma equipe de ecologistas de Yale montava o Map Of Life (MOL), um projeto que mostrou padrões de biodiversidade no contexto geográfico. Basicamente, ele é um mapa de calor sobre a vida animal. Mas agora, eles deram mais um passo adiante: estão mapeando os locais onde a existência de espécies ainda desconhecidas é mais provável, na esperança de que esses animais possam ser documentados antes que desapareçam.

A pesquisa da equipe foi publicada nesta segunda-feira (22) na revista Nature Ecology & Evolution. Eles pegaram mais de 32 mil espécies de quatro classes biológicas diferentes (anfíbios, répteis, mamíferos e pássaros) para calcular que tipos de vida que ainda não foram descobertos. Os resultados sugerem que uma grande quantidade permanece não catalogada na Terra, especialmente no sudeste da Ásia e no noroeste da América do Sul.

"Ao usar modelos para identificar fatores biológicos e ambientais de descobertas recentes, podemos fazer previsões bastante confiáveis ​​sobre qual proporção das descobertas futuras pode ocorrer em grupos razoavelmente grandes de espécies, como famílias de anfíbios, e em regiões, como o bioma Mata Atlântica no Brasil", disse o coautor Walter Jetz, biólogo da Universidade de Yale, por e-mail ao Gizmodo. "Conforme rodamos esses modelos para todo o mundo e entre os principais grupos de vertebrados terrestres, isso oferece uma base intrigante para identificar lacunas e oportunidades para descobertas futuras."

Mapear o “potencial de descoberta” desses animais incentiva as equipes de pesquisa a olhar especificamente para áreas onde é mais provável encontrar animais nunca antes registrados, disseram os autores. O resultado do mapeamento pode ser visto aqui.

"Esperamos mudar o foco de questões como ‘Quantas espécies desconhecidas existem por aí?’ para ‘Onde e quais?’", disse Mario Moura, autor principal da pesquisa e biólogo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). "É impressionante ver a importância das florestas tropicais como berços de descobertas, reforçando a necessidade urgente de proteger as florestas tropicais e interromper as taxas de desmatamento se quisermos ter a oportunidade de realmente descobrir nossa biodiversidade."

Moura disse que estimativas anteriores de descobertas de espécies são calculadas anualmente desde 1758, o ano em que Carl Linnaeus deu início às nomenclaturas binomiais. No entanto, elas só contêm o número de espécies. Esta abordagem não leva em consideração fatores importantes como o habitat ou o tamanho das espécies. Por isso, não é de se admirar que o nano-camaleão de Madagascar tenha sido catalogado apenas neste ano.

O desmatamento e os incêndios na Amazônia são uma grande ameaça para as espécies locais. Foto: Foto de JOAO LAET/AFP via Getty Images (Getty Images)

No entanto, quantificar a biodiversidade em termos geográficos focados no futuro, sabendo que vale mais a pena investigar Madagascar do que a Nova Zelândia, por exemplo, serve como uma heurística para a busca de espécies não descobertas e criticamente ameaçadas de extinção. Esse é o caso do Popa langur, uma espécie de macaco em Mianmar — também um hotspot de biodiversidade na avaliação mais recente da equipe.

É lamentável que os humanos tenham favorecido ganhos industriais que resultam em perdas para a vida selvagem. Mesmo nos confins mais remotos do planeta, a humanidade encontra uma maneira de causar um impacto negativo.

Mas é exatamente por isso que existe este projeto: para ter uma noção do que está lá fora, antes que nenhum registro permaneça, disseram os autores.

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"É um projeto fascinante, que reúne uma infinidade de conjuntos de dados sobre a distribuição das espécies e nos permite conhecer melhor os padrões de biodiversidade no planeta", disse Moura. "Esperamos motivar cientistas, cidadãos e entusiastas da biodiversidade sobre a importância da descoberta de espécies e iniciar discussões e acordos entre os responsáveis ​​pelas tomadas de decisões e projetos de conservação."

Embora as estimativas da equipe não sejam precisas, a ideia é que tais previsões promovam abordagens específicas para futuras descobertas de campo. Em outras palavras, eles querem trabalhar de forma mais ágil para encontrar espécies desconhecidas que possam estar em perigo.

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Sony deve encerrar lojas do PS3, PSP e PS Vita nos próximos meses

Posted: 23 Mar 2021 04:44 PM PDT

PS3. Imagem: Ville Miettinen

A Sony deve encerrar definitivamente as lojas online do PS3, PSP e PS Vita daqui alguns meses. Segundo informações do site The Gamer, fontes familiarizadas com a companhia disseram que a PlayStation Store do PS3 e do PSP deixará de funcionar nesses consoles em 2 de julho, enquanto a loja do PS Vita fechará em 27 de agosto. Após essas datas, não será mais possível comprar jogos e DLCs dessas lojas digitais.

Segundo os informantes, a Sony fará um anúncio formal até o final deste mês para confirmar a medida. O Gizmodo US entrou em contato com a empresa para comentar o assunto, mas ainda não recebeu uma resposta.

Isso significa que qualquer pessoa que possui algum desses dispositivos tem um tempo limitado para obter todos os jogos antigos que deseja na PS Store. Claro que haverá oportunidades para comprar as edições físicas após o fechamento da loja, mas é possível que os preços desses jogos subam ainda mais quando as edições digitais não estiverem mais disponíveis.

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Apesar do encerramento das lojas, ainda seria possível baixar conteúdos, como jogos e DLCs, desde que eles tenham sido adquiridos antes das datas citadas acima. Isso já acontece no PSP, que perdeu acesso à PS Store em 2016, mas ainda permite fazer o download de títulos comprados anteriormente via retrocompatibilidade no PS Vita.

Lembrando também que já faz algum tempo que a PS Store na versão web não exibe títulos de PlayStation 3, PSP e PlayStation Vita. Os destaques são apenas no PS4 e PS5 e, caso o rumor do fechamento definitivo das lojas nos aparelhos mais antigos se confirme, o foco da Sony deve continuar sendo em seus dois consoles mais recentes.

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Robôs cambistas: como exércitos de bots estão encarecendo videogames, computadores e shows

Posted: 23 Mar 2021 02:59 PM PDT

No final de 2020, quando Sony e Microsoft lançaram seus respectivos consoles de nova geração, muita gente estranhou a rapidez com que PlayStation 5 e Xbox Series X|S sumiram das lojas online. E quando apareciam eram em sites de leilão, com preços chegando ao dobro dos valores originais cobrados pelos aparelhos. A demanda pelos videogames certamente foi alta, mas muita gente pode ter sido passada para trás por robôs cambistas. Melhor dizendo: os bots.

Há anos os bots são usados uma alternativa para automatizar inúmeros processos — a prática mais comum é em sistemas de resposta rápida de serviços e empresas. Só que de uns tempos para cá usuários mal intencionados estão empregando tais máquinas para compras massivas de produtos muito procurados. Os novos consoles estão na lista de alvos recentes, mas comerciantes já realizavam a mesma ação com passagens aéreas e ingressos de show.

Talvez você pense: se uma pessoa comprou muitas unidades de um produto e pagou por todas elas, tecnicamente não pode ser considerado como um golpe, certo? Na verdade, as coisas não são bem assim.

O que são bots e o que eles podem fazer

O termo "bot” é uma abreviação da palavra inglesa "robot", que significa robô. Portanto, seu principal objetivo é automatizar determinados processos, simplificando o trabalho que uma pessoa de carne e osso teria no mesmo papel. Eles também suportam grandes volumes de dados e podem desempenhar mais de uma tarefa simultaneamente sem que isso prejudique a rapidez com as atividades são concluídas.

Aquela conversa que você teve com um "atendente” no site de uma loja? Provavelmente era um bot. Disparos de SMS instantâneos? Também. O próprio assistente de voz do seu smartphone pode ser considerado um desses robôs. Muitas plataformas que conhecemos já fazem uso desse tipo de tecnologia, incluindo Facebook, Messenger, Telegram e Amazon Alexa.

"O Google, por exemplo, usa robôs para exibir sites de maior relevância nas buscas. Os bots fazem uma varredura na internet a todo momento, buscando e agregando determinados conteúdos, e por último faz uma espécie de banco de dados das páginas até, finalmente, chegar a ferramenta que todo mundo conhece: o buscador", explica Eduardo Casseano, arquiteto de segurança na nuvem da Akamai Brasil, em entrevista ao Gizmodo Brasil.

Imagem: Catie Keck/Gizmodo
Imagem: Catie Keck/Gizmodo

Por serem facilmente adaptáveis, os bots têm sido moldados por tecnologias de inteligência artificial e aprendizado de máquina, o que significa que podem ser construídos de acordo com a necessidade de cada negócio e vão aprendendo com o tempo conforme são mais utilizados. Em geral, esses bots são extremamente baratos e têm baixo custo de manutenção.

Além de nos ajudar, os bots também são usados para fins maliciosos. Algumas pessoas usam robôs para comprar seguidores nas redes sociais; outras, para criar milhares de perfis falsos , podendo gerar um falso engajamento que não tem a participação de pessoas de verdade. Em 2017, por exemplo, o Twitter teria 48 milhões de contas falsas, o que equivale a 15% da base total de usuários. No Facebook, a porcentagem é menor (10%), mas são mais de 260 milhões de contas falsas ou duplicadas.

Outra prática bastante comum é o uso de bots em ataques de negação de serviço — o famoso DDoS —, em que um hacker redireciona uma grande quantidade de robôs para um único local, a fim de sobrecarregar uma página web ou plataforma e retirá-la do ar devido aos inúmeros acessos. Para se ter uma ideia, o relatório State of Internet Report da Akamai estima que, de julho de 2018 a junho de 2020, foram realizados 63 bilhões de ataques por meio de robôs; desse total, 90% foram em sites de compra voltados para o consumidor final.

Enfim, são muitas as possibilidades quando o assunto envolve esses robozinhos. Não por acaso, em 2017 um relatório da Abrahosting, Associação Brasileira das Empresas de Infraestrutura e Hospedagem na Internet, verificou que cerca de 60% de todo o tráfego da internet brasileira era composto por bots.

E os bots de compra?

O princípio é exatamente o mesmo: utilizar dezenas de máquinas automatizadas para adquirir um produto que está sendo bastante procurado e evitar que um consumidor real efetue a compra. Depois, aqueles que fizeram a compra em massa inflam os preços oficiais e colocam os mesmos produtos à venda na internet, seja em sites de leilão, compra e venda direta ou até no marketplace de varejistas maiores. Basicamente, atuam como cambistas — mas com o poder da automação ao seu lado.

A quantidade de robôs capazes de desempenhar essa tarefa vai variar conforme a necessidade e investimento do comerciante. Quanto mais caro e sofisticado, mais difícil fica de identificá-lo como uma prática abusiva.

Imagem: Kamil S/Unsplash
Imagem: Kamil S/Unsplash

Como se tratam de robôs automatizados, é quase impossível competir de forma justa porque eles são mais rápidos do que as mãos humanas, e o processo de compra é quase que instantâneo. "A fraude sempre vai até o dinheiro. Esses eventos, como o lançamento de produtos populares, são um prato cheio para os robôs. O ser humano tem um limite no quão veloz ele consegue digitar e executar uma operação de compra. O robô vai fazer isso muito mais rápido e em larga escala", conta o especialista da Akamai, Eduardo Casseano.

Isso já acontecia com a venda de ingressos de shows e promoções envolvendo passagens aéreas, mas se ampliou para a categoria de produtos, em especial os eletrônicos. Foi justamente o que empresas de cibersegurança observaram no final de 2020, quando Sony e Microsoft começaram a vender o PlayStation 5 e Xbox Series X|S: os dispositivos, que já tinham um estoque baixíssimo por conta da alta demanda e da falta de peças para fabricar unidades em larga escala, simplesmente desapareciam minutos depois de serem colocados à venda nas varejistas online.

No Walmart dos Estados Unidos, quando o varejista abriu as vendas do PS5 em dezembro do ano passado, robôs tentaram mais de 20 milhões de vezes, num período de 30 minutos, adquirir múltiplas unidades do console. Por lá, o uso de robôs cambistas não é proibido.

Na grande maioria das vezes, quem compra massivamente esses consoles são comerciantes de lojas menores que, sabendo da alta procura pelo produto e que as fabricantes não estão conseguindo produzir grandes quantidades, acabam elevando o preço original. E se eles colocam os aparelhos nesses valores acima da média, é porque muita gente acaba comprando esses dispositivos com preços inflacionados.

Fiz uma pesquisa rápida por algumas das principais varejistas do País, entre elas Submarino, Magazine Luiza, Amazon, Shoptime, Americanas e Casas Bahia. Nenhuma tem disponível tanto o PS5 quanto o Xbox Series X|S; o máximo que eu encontrei foram acessórios oficiais de cada console (headset, controle, câmera), mas todos vendidos oficialmente por essas empresas, e não por lojas de terceiros.

Já em plataformas de compra e venda direta, como a OLX, e de leilão, como o Mercado Livre, a coisa muda de figura. Os consoles estão à venda lá, mas por preços que chegam ao dobro do cobrado inicialmente pelas varejistas. No ML, o PS5 mais barato que eu encontrei custa R$ 7.000, e o mais caro quase R$ 10.000. Os valores sofrem uma variação absurda a cada dia — o mesmo anúncio primeiro cobrava R$ 8.300, mas no dia seguinte aumentou para R$ 9.200.

O Xbox Series X tem uma variação menor, custando em média R$ 7.000 na maioria dos anúncios. Ainda assim, é quase R$ 2.000 a mais do preço sugerido da Microsoft, de R$ 4.599.

Mas, pode?

Questionado pelo Gizmodo Brasil, o Mercado Livre disse o seguinte:

“O marketplace mercadolivre.com é uma plataforma cuja atividade principal é a disponibilização de um espaço virtual onde vendedores e compradores se encontram e realizam negócios entre si. A empresa ressalta que a disponibilização de espaços no site acontece somente após a aceitação dos Termos e Condições de Uso, que estabelecem as regras da plataforma. E informa que respeita a livre concorrência entre seus vendedores e que não faz gestão de preços – a não ser que seja um produto essencial – em situações extraordinárias.

A companhia trabalha sempre de forma a orientar os vendedores sobre a não adoção de preços abusivos na plataforma. Além disso, vale ressaltar que 100% dos anúncios publicados no site possuem um botão de ‘Denúncia’, abaixo da publicação, no canto inferior direito, para que qualquer pessoa possa apontar práticas contrárias. Diante de denúncia, os anúncios são analisados e removidos, e os usuários infratores podem ter seu cadastro inabilitado."

Também fizemos algumas pesquisas na OLX, que não tem o mesmo funcionamento do Mercado Livre, mas ainda permite a compra e venda direta de produtos entre os próprios usuários. Inclusive, essa é a principal diferença: servir apenas como uma plataforma vitrine onde qualquer um possa anunciar, pesquisar ou adquirir produtos. Por lá, também é possível encontrar PS5 e Xbox Series X|S usados, porém com um valor abaixo daqueles que encontramos no Mercado Livre.

Procurada pelo Gizmodo Brasil, a assessoria da OLX enviou o comunicado:

“A OLX esclarece que a atividade da empresa consiste na disponibilização de espaço para que usuários possam anunciar e encontrar produtos e serviços de forma rápida e simples. Diariamente, em torno de 500 mil anúncios são inseridos na plataforma. Toda negociação é realizada fora do ambiente do site, portanto, a empresa não faz a intermediação ou participa de qualquer forma das transações, que são feitas diretamente entre os usuários. A OLX reforça que a ferramenta foi criada para auxiliar no desenvolvimento social e econômico do país e que os usuários devem respeitar os Termos e Condições de Uso do site.

A OLX também reforça que segurança é uma prioridade e a plataforma investe constantemente em tecnologia e serviços de orientação ao usuário, com indicação das melhores práticas de negociação. Os usuários contam também com dicas de negociação disponibilizadas de forma inteligente pelo chat da plataforma."

Então é fraude ou não é?

Se uma pessoa, mesmo que equipada de um exército de robôs, efetuar a compra de um mesmo produto em grande quantidade e pagar por aquilo, na teoria o ato não poderia ser considerado uma fraude, certo?

Bom, não exatamente.

Gisele Truzzi, advogada especialista em direito digital da Truzzi Advogados, diz em entrevista ao Gizmodo Brasil que, se nos basearmos de acordo com o que está na legislação brasileira, esse tipo de atitude pode se enquadrar como um tipo de estelionato. Portanto, é sim fraude. Como reforça o artigo 171 do Código Penal Brasileiro:

“Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento."

É nessa parte "obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita" que os bots de compra poderiam ser encaixados. "A gente entende que a grande parte das fraudes, sejam elas online ou em outros meios, é na realidade uma forma de estelionato. Porque é exatamente essa obtenção de uma vantagem indevida, em prejuízo de outra pessoa, que alguém perde ou deixa de ganhar algo para que outra pessoa ganhe mais", diz Truzzi. Ela afirma ainda que a caracterização do delito é exatamente a mesma do estelionato porque o usuário ou comerciante não está fazendo uma compra individualizada, como qualquer outra pessoa faria.

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Segundo a advogada, nem o Código de Defesa do Consumidor (CDC), nem a legislação brasileira, possuem uma lei voltada especificamente para criminalizar o uso de bots para compras massivas. O mais perto disso é o artigo 39 que aborda as práticas abusivas — vedações contra compras que são praticadas para prejudicar (direta ou indiretamente) o consumidor. Eventualmente, o fornecedor de um produto ou serviço pode ser enquadrado nessa questão caso não atendam aos requisitos desse artigo. É também no artigo 39 que se encontra o inciso 10, que não autoriza a elevação do preço de produtos e serviços sem uma justificativa.

O artigo 61 do CDC também lista uma série de delitos sobre os crimes contra as relações de consumo praticados contra o consumidor. "Embora não haja nenhum crime específico que detalhe o uso de bots, eu entendo que só a utilização desses robôs já seria enquadrada como uma prática abusiva. Seja pelo próprio uso dos bots, como também pelo fato de inviabilizar os itens para compra direta dos demais consumidores. Além disso, a revenda dos produtos por valores elevados pode gerar um efeito cascata no mercado de consumo que, dependendo da situação, pode gerar um aumento massivo de preço nas lojas como um todo", completa a Truzzi.

E as empresas como Mercado Livre e OLX ficam como nessa situação? Segundo a advogada, “pode haver responsabilização por parte das companhias que sedem seu espaço para o marketplace de terceiros caso seja constatado que as empresas estão cientes que os comerciantes estão comprando por conta desse esquema [de bots]". No entanto, cada caso precisa ser analisado individualmente e com muita cautela.

O que é possível fazer?

Do lado dos robôs, é praticamente impossível exterminá-los por completo na internet. E, na realidade, não é isso o que empresas de segurança desejam. Segundo Casseano, o principal objetivo é criar ferramentas que se moldem de acordo com o a finalidade dos bots, para então reduzir o seu alcance ou evitar que fraudes ou ações suspeitas aconteçam com tanta frequência.

O especialista da Akamai explica que não existe solução perfeita. O que é possível fazer é combinar mais de uma solução para que as empresas tenham uma visibilidade total da ameaça e desenvolvam formas de contra-atacar. "As vezes nem é interessante bloquear [o operador do robô]. Em contrapartida, se você atrasar os processos conduzidos por ele, como deixá-lo esperando muito tempo em uma ação ou confundi-lo, você tende a diminuir ou encerrar a rentabilidade daquela operação", afirma.

"Isso é um jogo de gato e rato: as empresas lançam uma proteção, o operador do robô a descobre e cria uma solução para contornar essa segurança. Nesse cenário, o que vale é o quão rápido você detecta e age diante de uma fraude, pois esse é um ciclo repetitivo para que você monitore, entenda e tome uma atitude que pode não ser definitiva, mas será eficaz", diz.

Já para o usuário final, a sugestão é procurar órgãos de defesa do consumidor para denunciar as práticas abusivas. "Se o consumidor perceber que isso está de fato ocorrendo e for prejudicado ou potencialmente lesado nesse sentido, ele pode documentar provas da situação (como capturas de tela da página da loja, por exemplo) para demonstrar que o produto estava disponível e alguns minutos depois não estava mais. Também cabe registrar um boletim de ocorrência, seja online ou na delegacia de crimes eletrônicos do estado, ou ainda denúncias ao Procon, ao Ministério Público e à promotoria de defesa do consumidor, que analisam exatamente essas práticas abusivas", destaca Truzzi.

A advogada também sugere que o consumidor sempre faça pesquisas de preços em canais oficiais, e de preferência com o modo de navegação anônima do navegador ativo, além de não comprar por impulso, nem cair em armadilhas de links patrocinados e anúncios nas redes sociais. "O ideal é pesquisar voluntariamente os valores e verificar em sites confiáveis de comparação o histórico de preço daquele produto. Assim, o consumidor pode checar se houve picos de diferença de valor para valor", completa.

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Médicos relatam problemas de rins e fígado em pacientes que usaram “kit Covid”

Posted: 23 Mar 2021 01:09 PM PDT

Frascos de hidroxicloroquina. Crédito: Yuri Cortez/Getty Images

Medicamentos comprovadamente ineficazes contra Covid-19, como hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina e anticoagulantes, podem estar causando efeitos colaterais nos rins, no coração e no fígado dos pacientes. É o que dizem médicos ouvidos em duas reportagens do Estadão e uma da BBC Brasil.

A primeira reportagem do Estadão conta que cinco pacientes com diagnóstico de Covid-19 fizeram uso de ivermectina e tiveram problemas de fígado que os levaram a necessitar de transplantes do órgão. Quatro entraram na fila de transplante do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo — dois morreram antes de conseguir fazer a operação. O quinto paciente espera por um fígado no Hospital das Clínicas da Unicamp. Há também um relato de óbito por doença hepática aguda em Porto Alegre.

Médicos ouvidos pela reportagem dizem que as lesões no fígado são incompatíveis com a Covid-19, que causa trombos, como são chamadas as coagulações de sangue nos vasos. A destruição de vias biliares encontrada nesses pacientes é um sinal de hepatite medicamentosa. O uso de dosagens altas e a interação entre os remédios pode levar a fibroses, que destroem esses dutos responsáveis pelo transporte da bile.

A segunda reportagem do Estadão traz um relato de insuficiência renal causado por omeprazol — embora raro, o risco desse efeito colateral existe. O remédio foi indicado para conter efeitos colaterais do antibiótico azitromicina, que vem sendo receitado contra Covid-19 por alguns médicos, mas não tem eficácia comprovada em casos dessa doença.

O texto também traz relatos de hemorragias gástricas e pulmonares em pacientes com Covid-19 que passaram a fazer uso do anticoagulante enoxaparina após recomendação médica — também não há comprovação científica do benefício do medicamento nesses casos.

Na reportagem da BBC, especialistas alertam que o uso indevido desses medicamentos pode afetar a sobrevida dos pacientes que desenvolvem a forma grave da Covid-19, que requer hospitalização, pois as substâncias podem causar hepatite, problemas renais, infecções bacterianas, gastrite e diarreia, piorando o quadro geral de saúde.

Além disso, o uso do chamado “kit Covid” faz muitas pessoas se sentirem seguras e não procurarem atendimento médico mesmo diante da piora de sintomas. Os médicos ouvidos pela BBC dizem que pacientes deixam de ir ao hospital quando ainda poderiam usar algum método não-invasivo para auxiliar na respiração. Ao procurarem atendimento, já estão com os pulmões muito lesionados e precisam ser intubados.

Outro aviso que os especialistas dão é relacionado ao uso de corticoides, que foram adicionados recentemente ao chamado “kit Covid”. Estudos mostram que eles são indicados para pacientes já hospitalizados com Covid-19, mas não para quem tem sintomas leves. Um dos motivos para isso é que eles podem baixar a imunidade e levar a infecções bacterianas mais graves.

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A insistência do Ministério da Saúde, do presidente Jair Bolsonaro e de seus apoiadores nas redes sociais no chamado “tratamento precoce” com medicamentos comprovadamente ineficazes para Covid-19 tira foco e recursos de outras estratégias. Medicamentos necessários para pacientes hospitalizados, por exemplo, estão em falta nas últimas semanas.

A ivermectina — medicamento indicado para tratamento de sarna e piolho — não tem eficácia comprovada contra Covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Food and Drug Administration (agência dos EUA para medicamentos e alimentos) não recomendam seu uso para fins que não estão especificados em bula. Já a indicação de cloroquina e a hidroxicloroquina para prevenção ou tratamento de Covid-19 foram descartadas em estudos clínicos de qualidade e não são recomendadas pela OMS.

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Xbox Game Pass pode receber mais de 100 jogos do Ubisoft+

Posted: 23 Mar 2021 12:54 PM PDT

Se o gerente ficou maluco, eu não sei. Mas o fato é que a Microsoft parece disposta a tornar o Xbox Game Pass o serviço de assinatura de jogos mais completo que você poderia ter. E depois de adicionar o catálogo do EA Play à plataforma, mais uma companhia pode incluir seus títulos no programa: a Ubisoft.

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Essa é a afirmação de Jeff Grubb, do site VentureBeat, que participou esta semana do podcast GamesBeat Decides. Falando um pouco sobre os bastidores das últimas aquisições da Microsoft e dos movimentos que a empresa tem feito para potencializar o Game Pass, Grubb afirma que a companhia tem feito tentativas de acordo com a Ubisoft para trazer o Ubisoft+ ao Game Pass.

Para quem não está muito familiarizado com o tema: sim, até a Ubisoft entrou na moda de cada empresa ter um serviço próprio de streaming, e em 2019 lançou o Uplay+ — uma substituição ao antigo Uplay. A proposta é basicamente a mesma do EA Play: acesso ilimitado a mais de 100 títulos da desenvolvedora, incluindo lançamentos e DLCs no mesmo dia em que os jogos chegam às demais lojas.

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Grubb disse não saber como essa inclusão aconteceria, nem em que ponto estariam as negociações. Contudo, ele afirma que a Microsoft está empenhada em fazer com que isso aconteça o mais breve possível. “Se eles estão adicionando outra coisa de US$ 5 no Xbox Game Pass Ultimate ou se vai haver níveis para envolver todas essas coisas, eu honestamente não sei, sou eu especulando. Mas, eu realmente acho que eles estão tentando descobrir uma maneira de trazer Ubisoft+. Acredito que seja um grande negócio", disse.

Quando Grubb fala de preço, a maior incógnita é se o Game Pass sofreria algum reajuste caso o Ubisoft+ fosse disponibilizado no serviço. Quando o EA Play foi lançado para os consoles Xbox no final do ano passado (e mais recentemente no PC), o valor da assinatura Ultimate não subiu.

[PureXbox, Gaming Bolt]

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Crianças que tiveram uma criação dura apresentam regiões do cérebro menores

Posted: 23 Mar 2021 12:21 PM PDT

Crianças. Crédito: Marisa Howenstine/Unsplash

Embora o argumento mais utilizado para justificar a violência como forma de educar seja que isso é para o "bem" da criança, cada vez mais estudos mostram os prejuízos permanentes que esse tipo de comportamento pode causar a longo prazo. Pesquisadores da Université de Montréal, do CHU Sante Justine Research Center e da Universidade de Stanford revelaram em uma nova pesquisa que uma criação excessivamente rigorosa pode prejudicar até mesmo o desenvolvimento cerebral.

Alguns estudos anteriores já haviam relacionado o abuso infantil, seja físico ou emocional, a problemas de ansiedade e depressão na vida adulta. Isso ocorre porque as crianças que passaram por tais experiências negativas apresentam um córtex pré-frontal e amígdalas cerebelosas menores. Essas duas estruturas exercem um papel fundamental na regulação emocional.

No estudo mais recente, publicado na revista Development and Psychology, os pesquisadores observaram que essas mesmas regiões do cérebro eram menores em adolescentes que foram submetidos a uma criação rigorosa na infância, mesmo aquelas que não haviam sofrido abusos mais graves. De acordo com o artigo, a pesquisa avaliou não apenas as práticas mais violentas, mas também aquelas que são comuns e até mesmo socialmente aceitas ao redor do mundo, como negligência e institucionalização.

A pesquisa foi feita com base em dados de crianças que foram monitoradas desde o seu nascimento, no início dos anos 2000, pela universidade canadense e pelo Quebec Statistical Institute. Anualmente, os cientistas acompanharam as práticas de criação e os níveis de ansiedade apresentados pelas crianças entre os dois e nove anos de idade. Elas foram então classificadas em grupos de acordo com o nível de exposição a comportamentos violentos.

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Entre os 12 e 16 anos, essas mesmas crianças foram submetidas a avaliações dos níveis de ansiedade e exames de ressonância magnética para verificar a anatomia de seus cérebros. De acordo Sabrina Suffren, estudante de PhD da Université de Montréal que liderou o estudo, os resultados são importantes porque mostram que as práticas parentais não prejudicam apenas as funções cerebrais, mas a estrutura desse órgão também.

[EurekAlert]

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Inteligência Artificial da IBM é capaz de debater 100 tópicos diferentes com humanos

Posted: 23 Mar 2021 11:55 AM PDT

Se a sua experiência com inteligência artificial (IA) se resume a assistentes virtuais como a Siri ou a Alexa, saiba que a frustração de não conseguir mudar de música não se aplica a todas as versões da tecnologia. A IBM conseguiu desenvolver um programa tão avançado capaz até mesmo de participar de um debate profissional com humanos.

Batizado de "Project Debater", o sistema vem sendo desenvolvido há anos e, agora, um novo artigo publicado na Nature descreve os avanços feitos até o momento. A IA foi apresentada pela primeira vez em 2019 durante um evento para mostrar sua capacidade de defender um determinado ponto de vista por meio da construção de argumentos.

Na ocasião, a tecnologia competiu contra o campeão em debates profissionais Harish Natarajan. Um dos tópicos escolhidos foi se o governo deveria subsidiar a educação básica. O mais impressionante é como a IA consegue conectar ideias e informações de forma lógica, utilizando uma linguagem natural, para defender seu ponto de vista.

De acordo com o artigo, o sistema foi alimentado com cerca de 400 milhões de artigos jornalísticos, permitindo que a tecnologia elaborasse frases introdutórias, contra-argumentos e conclusões sobre aproximadamente 100 tópicos diferentes. Por enquanto, o desempenho do Project Debater é classificado como de um debatedor "mediano", mostrando que ainda são necessários alguns ajustes.

Ainda assim, as conquistas do projeto são impressionantes. Já vimos inteligências artificiais superando humanos em diversas áreas, até mesmo em jogos de estratégia. No entanto, participar de um debate representa um nível de complexidade muito maior, já que requer uma análise de grandes quantidades de informação para selecioná-las e organizá-las de forma persuasiva.

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De acordo com os pesquisadores, desenvolver capacidades de argumentação ainda é um campo novo no estudo de inteligências artificiais. Por isso, ainda serão necessários alguns anos até que a tecnologia possa superar os humanos na arte do debate, principalmente quando se trata de tópicos complexos ou ambíguos.

[Science Alert]

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Microplásticos são o ambiente ideal para bactérias resistentes a antibióticos

Posted: 23 Mar 2021 11:33 AM PDT

Microplástico. Crédito: Oregon State University

Microplásticos são partículas ultrafinas, com menos de cinco milímetros de comprimento, que estão presentes no ar, em nossa comida, na água e nos mais diversos lugares que você possa imaginar. Isso significa que uma estação de tratamento de água, atendendo cerca de 400 mil habitantes, despeja até 2 milhões dessas partículas no meio ambiente todos os dias.

Como se isso já não fosse preocupante o suficiente do ponto de vista ecológico, uma nova pesquisa do Instituto de Tecnologia de New Jersey revelou que esses microplásticos podem fornecer o ambiente ideal para bactérias e patógenos resistentes a antibióticos se desenvolverem assim que eles são despejados pelos canos domésticos até as estações de tratamento de água. Isso porque, durante esse processo, as partículas de plástico formam uma camada pegajosa, chamada "biofilme", que permite que os microrganismos patogênicos e resíduos de antibióticos grudem na superfície e se misturem.

De acordo com o artigo, publicado no Journal of Hazardous Materials Letters, algumas cepas de bactérias conseguiram aumentar sua resistência a antibióticos em até 30 vezes enquanto viviam nos biofilmes de microplásticos. Para o estudo, os pesquisadores coletaram amostras de lodo de três estações de tratamento na região norte de Nova Jersey e inocularam nelas dois tipos de microplásticos comuns, o polietileno (PE) e o poliestireno (PS). Assim, eles acompanharam as alterações genéticas nas bactérias e identificaram quais espécies tendiam a crescer mais no microplástico.

Após três dias, os resultados mostraram que os genes sul1, sul2 e intl1, responsáveis por aumentar a resistência contra sulfonamidas (um tipo de antibiótico), eram 30 vezes mais numerosos nos biofilmes do microplástico em comparação com os testes de controle do laboratório. Além disso, quando os pesquisadores introduziram o sulfametoxazol (outro tipo de antibiótico), os genes de resistência aumentaram em 4,5 vezes.

Dentre as oito espécies diferentes de bactérias identificadas nas amostras de microplásticos, os cientistas encontraram dois patógenos humanos associados a doenças respiratórias: Raoultella ornithinolytica e Stenotrophomonas maltophilia. A variante mais comum encontrada nos microplásticos foi a Novosphingobium pokkalii, que, segundo os pesquisadores, é provavelmente a responsável por iniciar a formação do biofilme que atrai os patógenos à medida que ela se prolifera e contribui para a deterioração do plástico e expansão do biofilme.

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O objetivo dos pesquisadores agora é entender melhor o papel da Novosphingobium pokkalii na formação do biofilme em microplásticos. Eles ainda pretendem estudar se os patógenos presentes nessas partículas podem sobreviver aos processos de tratamento da água, o que indicaria se as bactérias estariam se tornando resistentes até mesmo à luz ultravioleta e ao cloro. Segundo eles, a pesquisa pode representar mais um alerta sobre os perigos do microplástico à saúde.

[EurekAlert]

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Microsoft estaria interessada em comprar Discord por US$ 10 bilhões

Posted: 23 Mar 2021 08:22 AM PDT

Imagem: Discord

De acordo com um novo rumor da Bloomberg News, fontes anônimas familiarizadas com o assunto afirmam que a Microsoft está em discussões para comprar a plataforma de bate-papo Discord. A venda, que está longe de ser um negócio fechado, pode valer mais de US$ 10 bilhões (R$ 55 bilhões). Ao mesmo tempo, o serviço de conversas online pode abrir capital próprio caso não consiga uma oferta aceitável.

A Bloomberg observa que o Discord teria entrado em negociações com outros compradores em potencial “no passado”, incluindo a Amazon e Epic Games (desenvolvedora de Fortnite), embora o cronograma para essas discussões não tenha sido esclarecido. Tanto a Microsoft quanto o Discord não responderam às perguntas enviadas por e-mail do Gizmodo US na noite desta segunda-feira (22).

Caso não receba nenhuma oferta maior ou mais vantajosa de compra, os informantes alegam que outra possibilidade para o Discord é abrir sua oferta pública de ações na Bolsa de Valores. Em todo o caso, os US$ 10 bilhões que a Microsoft estaria disposta a investir já é uma quantia maior do que a estipulada pelo Discord no final do ano passado, quando estimou valer US$ 7 bilhões.

Se a Microsoft vai desistir, caso as negociações estejam mesmo acontecendo, isso ainda é um mistério. Contudo, a empresa parece que irá levar o acordo até o final, uma vez que até o chefe da divisão Xbox, Phil Spencer, estaria envolvido nas conversas. Logo, é de se esperar que a plataforma de bate-papo poderia ser incorporada futuramente nos serviços online da empresa, entre eles o Xbox Game Pass.

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Há rumores de que a Microsoft quase comprou uma série de propriedades de tecnologia diferentes nos últimos anos, embora algumas das mais conhecidas não tenham sido aprovadas. Em 2020, a companhia adquiriu a ZeniMax Media, dona da Bethesda Softworks, por US$ 7,5 bilhões. A Bethesda é a responsável por várias franquias de games, incluindo Doom e Fallout.

A Microsoft também se mostrou interessada em comprar o TikTok, quando o regime do agora ex-presidente Donald Trump tentava fazer com que o aplicativo baseado na China fosse vendido para uma empresa americana. A venda do serviço acabou fracassando quando Joe Biden assumiu a Casa Branca. Além disso, a Microsoft estaria interessada em comprar o Pinterest, mas pelo menos até agora, essa compra não foi concretizada.

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Amazon anuncia Fire TV Stick e Fire TV Stick 4K no Brasil por até R$ 449

Posted: 23 Mar 2021 08:01 AM PDT

A Amazon anunciou nesta terça-feira (23) o lançamento do Fire TV Stick e do Fire TV Stick 4K no Brasil. São as duas versões mais avançadas do acessório de streaming da varejista americana, e se juntam ao modelo mais simples, o Fire TV Stick Lite, que já era vendido no País. Eles têm preço sugerido de R$ 379 e R$ 449, respectivamente.

O Fire TV Stick é basicamente um Fire TV Stick Lite 2.0, com uma única diferença: o controle remoto, que pode ser usado para controlar o televisor, além de possui mais botões de controle e opções dedicadas para acesso instantâneo ao Prime Video, Netflix, Disney+ e Amazon Music. No mais, são os mesmos recursos do modelo de entrada: streaming de até Full HD a 60 quadros por segundos com compatibilidade HDR/HDR 10/HDR10+, suporte para Dolby Atmos e redes Wi-Fi de 5 GHz, para uma conexão mais estável.

Já o Fire TV Stick 4K mantém as mesmas especificações dos outros modelos, mas a resolução máxima salta para Ultra HD (4K). O controle também tem o visual e funções idênticas ao do Fire TV Stick.

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Por falar no controle, ele agora permite ligar e desligar a TV usando apenas o acessório da caixinha de streaming da Amazon — desde que você tenha uma televisão compatível com a assistente Alexa. Soundbards e receptores integrados à Alexa também poderão ser controlados pela assistente. Além disso, será possível adquirir o controle separadamente, e a companhia ainda promete que ele será compatível com a versão mais básica do Fire Stick vendida por aqui.

“No ano passado, trouxemos a Alexa para o Fire TV e agora estamos oferecendo aos clientes streaming de conteúdo 4K e ao novo controle remoto por voz com Alexa, que controla dispositivos de casa inteligente, e tem botões diretos de cada aplicativo para tornar ainda mais fácil o acesso ao conteúdo que eles mais querem", diz Jacques Benin, diretor de dispositivos Amazon no Brasil.

Por fim, a Amazon confirmou que agora todos os usuários brasileiros podem desfrutar da interface mais recente da Fire TV. A atualização vem sendo distribuída gradualmente desde dezembro do ano passado.

Preço e disponibilidade

Tanto o Fire TV Stick quanto o Fire TV Stick 4K estão em pré-venda no Brasil por R$ 379 e R$ 449, respectivamente. O controle remoto separado também pode ser adquirido por R$ 179. Todos começam a ser vendidos oficialmente no dia 5 de maio.

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Nova tela inicial do Spotify tenta colocar ordem no caos

Posted: 23 Mar 2021 06:46 AM PDT

O Spotify anunciou um novo design para sua tela inicial que deve facilitar na hora de encontrar o que você quer ouvir.

A tela inicial do Spotify no celular sempre me pareceu um pouco caótica, com um monte de listas de reprodução “para você” embaralhadas com o que o algoritmo pensa que eu quero ouvir. A nova página inicial do aplicativo no iOS e Android deve tornar o processo de descoberta um pouco mais fácil. Segundo a empresa, ela será lançada globalmente “este mês”.

O principal desses novos recursos é a capacidade de "viajar no tempo" e ver seu histórico de até três meses. Tanto quem usa o plano gratuito quanto quem assina o premium vai ver um botão de histórico no canto superior direito da tela inicial, ao lado da engrenagem de configurações. Nesse menu, você poderá ver não apenas o que estava ouvindo, mas também onde estava ouvindo, como no caso de um podcast ou uma lista de reprodução específica.

Imagem: Divulgação/Spotify

O menu inicial também trará podcasts novos e recentemente ouvidos — um recurso que sem dúvida ajudará o Spotify a impulsionar sua grande aposta no formato. Coisas que você já ouviu aparecerão neste menu com uma barra indicando onde você parou de ouvir, enquanto um ponto azul indica um podcast sugerido. A nova tela inicial também apresentará recomendações de música relevantes, o que deve ajudar na descoberta de músicas.

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Como uma pessoa que raramente tem ideia do que estou com vontade de ouvir, gosto da ideia de aprimorar o processo de descoberta. Além disso, poder ver de novo o que ouvi e gostei sem ter que ir atrás e procurar é muito bacana.

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Pedir para as pessoas classificarem uma notícia ajuda a combater a desinformação

Posted: 23 Mar 2021 05:00 AM PDT

Um novo estudo publicado na Nature sugere que mudar a atenção do leitor online pode ajudar a combater a disseminação de informações imprecisas. O artigo, publicado em 17 de março de 2021, descobriu que embora as pessoas prefiram compartilhar conteúdos verdadeiros, é difícil convencer o usuário médio de mídia social a procurá-los antes de compartilhar. Adicionar um obstáculo na forma de uma solicitação para classificar a precisão das informações pode realmente alterar a qualidade do que eles compartilham online.

"Essas descobertas indicam que as pessoas muitas vezes compartilham informações incorretas porque sua atenção está focada em outros fatores além da precisão — e, portanto, eles não conseguem implementar uma preferência fortemente sustentada por compartilhar um conteúdo preciso", escrevem os autores, sugerindo que as pessoas geralmente querem fazer o bem, mas muitas vezes falham no calor do momento.

"Nossos resultados desafiam a afirmação popular de que as pessoas valorizam o partidarismo em vez da precisão e fornecem evidências para intervenções escalonáveis ​​baseadas na atenção que as plataformas de mídia social poderiam facilmente implementar para combater a desinformação online".

O artigo, de coautoria de David Rand, Gordon Pennycook, Ziv Epstein, Mohsen Mosleh, Antonio Arechar e Dean Eckles, chega a sugerir uma solução.

Em primeiro lugar, os pesquisadores confirmaram que era a precisão e não a política partidária de qualquer tipo que preocupava o usuário médio das redes sociais. Embora houvesse um viés de uma forma ou de outra na tendência de compartilhar informações, os pesquisadores descobriram que a maioria dos 1.001 indivíduos escolheu a precisão ao invés de conteúdo sensível ou potencialmente "polêmico".

Os pesquisadores recomendaram obstáculos no que diz respeito ao compartilhamento de notícias e informações online, reduzindo assim a chance de uma matéria imprecisa passar despercebida pelo censor interno do leitor. De acordo com o estudo:

Para testar se esses resultados poderiam ser aplicados nas redes sociais, os pesquisadores realizaram um experimento de campo no Twitter. "Criamos um conjunto de contas de bot e enviamos mensagens para 5.379 usuários do Twitter que regularmente compartilhavam links para sites de desinformação", explica Mosleh. "Assim como nos experimentos de pesquisa, a mensagem perguntava se um título não político aleatório era verdadeiro, para fazer os usuários pensarem sobre o conceito de precisão." Os pesquisadores descobriram que, depois de ler a mensagem, os usuários compartilhavam notícias de sites de alta qualidade, conforme julgado por verificadores de fatos profissionais.

Em outras palavras, muitos usuários não compartilham notícias falsas porque querem, mas porque não pensam no que estão compartilhando antes de pressionarem o botão. Ao desacelerar o processo, perguntando aos usuários se eles realmente confiam em um título ou uma fonte de notícias, eles se mostram muito mais propensos a pensar duas vezes antes de compartilhar informações erradas.

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A equipe trabalhou em uma série de sugestões de mudanças na interface do usuário, incluindo simplesmente pedir ao leitor para ser cético em relação às manchetes. Eles implementaram várias delas para o projeto de segurança da internet Jigsaw, do Google.

Captura de tela: Jigsaw

Os avisos e notificações colocam o usuário no centro da questão da precisão das informações, envolvendo-os assim em pensamento crítico em vez de compartilhamento sem sentido. Outras interfaces simplesmente mostram avisos antes de você continuar lendo, uma mudança bem-vinda na atitude típica de simplesmente clicar que a maioria de nós tem ao navegar na internet.

"As empresas de mídia social, por design, têm focado a atenção das pessoas no engajamento", disse Rand. "Mas eles não precisam apenas prestar atenção ao engajamento — você também pode fazer coisas proativas para redirecionar a atenção dos usuários para a precisão."

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Esta prateleira ambulante vai te perseguir pelo supermercado para você comprar um doce

Posted: 23 Mar 2021 04:00 AM PDT

Alguém tem autocontrole para realmente resistir àquelas prateleiras cheias de doces nos caixas de supermercado para você comprar por impulso? Aparentemente, sim, porque a Mars Wrigley (a fabricante de M&M's, Skittles e Twix, entre outros) está intensificando suas estratégias com um robô autônomo que vagueia pelas lojas e alicia os compradores muito antes de irem ao caixa.

O robô foi desenvolvido pela Mars Wrigley e uma empresa chamada Savioke e foi apelidado de Smiley, embora o robô não tenha um rosto sorridente. Parece mais uma prateleira autônoma que depende de vários sensores, incluindo LiDAR, não apenas para navegar com segurança em uma loja, mas também para detectar quando uma pessoa cede à tentação e se aproxima do Smiley para pegar alguns doces como chicletes e barras de chocolate. Ela permanece parada até que o comprador se afaste.

O robô está atualmente sendo testado em uma loja ShopRite em Monroe, Nova York, que foi recentemente renovada com corredores mais largos para tornar o ambiente de teste perfeito para assistentes de compras autônomos como este e carrinhos de supermercado que não precisam ser empurrados.

O Smiley não se trata apenas de promover mais produtos. A série de sensores também coleta dados sobre interações do cliente, incluindo a forma como eles se movem na loja. Imagine-o como uma alternativa a alguém com uma prancheta andando pelo supermercado o dia todo fazendo anotações sobre as pessoas, mas vendendo mais doces enquanto faz seu trabalho. É uma situação em que todos ganham, tanto a loja como a Mars Wrigley, embora mostre um retrato preocupante de como será o futuro das compras físicas. Se essa ideia pegar, toda empresa que vende produtos em supermercados e lojas de conveniência vai querer que seus itens sejam móveis e capazes de seguir um comprador.

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Se você achava que cumprimentar educadamente um funcionário que fica na porta dando boas-vindas toda vez que entrava em uma loja era estranho, imagine entrar em um supermercado e ter 20 prateleiras robóticas vindo correndo até você, implorando que você compre um determinado item para que não acabem no lixo quando eles não atingirem uma meta de vendas mensal.

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Quais os verdadeiros riscos que as garrafas plásticas reutilizadas oferecem à nossa saúde

Posted: 23 Mar 2021 03:00 AM PDT

Apesar da crescente preocupação em relação aos impactos na saúde e no meio ambiente causados pelas garrafas plásticas, a verdade é que elas ainda estão muito presentes em nosso cotidiano. Quando você compra uma garrafa de água, provavelmente não joga ela fora depois de esvaziá-la, mas continua reutilizando por dias ou até semanas. Claro que, do ponto de vista ecológico, essa seria a atitude mais correta (ou menos pior, já que o melhor mesmo seria não comprá-la), mas será que isso traz algum prejuízo à nossa saúde?

Diversos estudos tentaram responder a essa questão. Enquanto cada um analisou diferentes riscos oferecidos por essas embalagens, a conclusão final é que não existe um consenso. O que a maioria deles indica, no entanto, é que é possível, sim, reutilizar as garrafas, e que o verdadeiro perigo está nas contaminações causadas por agente externos, e não pelo material plástico em si.

Antes de mais nada, vale lembrar que a maioria das garrafas de água são feitas de Polietileno tereftalato, daí o nome "PET". Você já deve ter lido em algum lugar ou ouviu falar que essas embalagens reutilizadas podem causar câncer devido às substâncias químicas liberadas pelo plástico. Mas não é bem assim.

Uma dessas substâncias preocupantes é o bisfenol A (BPA), que é capaz de afetar o sistema endócrino, alterando nosso metabolismo e capacidade reprodutiva. Por isso, as garrafas e mamadeiras vendidas como "livres de BPA" se popularizaram. No entanto, o que alguns estudos indicam é que a concentração desse composto nas garrafas plásticas é extremamente baixa (5 nanogramas por litro) ou até mesmo inexistente.

Outro químico que causa preocupação é o chamado antimônio, utilizado na produção de garrafas PET. Apesar de não ser considerada uma substância cancerígena, ela ainda pode causar vômitos e diarreia. De forma similar, um estudo de 2008 revelou que a quantidade de antimônio liberada pelo plástico com o tempo varia entre 0,195 ppb (partes por bilhão) e 0,226 ppb após três meses a 22 graus Celsius. Ele é considerado um risco à saúde em concentrações a partir de 6 ppb.

Apesar disso, a pesquisa de 2008 ressalta um ponto importante. O antimônio ainda pode representar um perigo no caso de altas temperaturas. Quando as garrafas plásticas foram expostas a 60 graus Celsius, a concentração de antimônio atingiu o marco de 6 ppb em 176 dias. No entanto, ao aumentar para 80 graus Celsius, esse período foi reduzido a apenas 1,3 dia.

Obviamente, essas temperaturas são extremamente altas. Ainda assim, o estudo soa um alerta para aqueles que vivem em regiões quentes e costumam reutilizar garrafas que ficaram expostas ao sol por muito tempo.

Já em relação ao microplástico, que está presente em 93% da água engarrafada, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que os dados atuais não apontam para um risco significativo à saúde humana.

O que pode realmente prejudicar a saúde das pessoas é a contaminação externa, mostram as pesquisas. Considerando que as garrafas PET são relativamente frágeis e acabam apresentando pequenas rachaduras após muito tempo de uso, elas podem se tornar muito suscetíveis a bactérias.

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As garrafas plásticas oferecem um ambiente ainda mais convidativo se o interior estiver úmido. Outro fator que contribui para a contaminação é, novamente, a temperatura. De acordo com um estudo, uma única colônia por mililitro pode crescer para 38 mil colônias em apenas 48 horas se a garrafa for mantida a 37 graus Celsius — uma temperatura que não é difícil de ser atingida em países como o Brasil.

Diante disso, a principal conclusão é que as garrafas plásticas podem, sim, ser reutilizadas, mas é preciso tomar um cuidado especial em regiões quentes e sempre mantê-las higienizadas, trocando-as sempre que necessário. O melhor mesmo é optar por outros materiais, como o vidro, tanto para o bem da sua saúde como do meio ambiente. Porém, na falta de opções, é importante estar consciente das limitações das garrafas PET.

[Science Alert]

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