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- Qualcomm pode estar desenvolvendo console Android com design do Nintendo Switch
- 5 filmes de ficção científica para assistir no Disney+
- Versão 4K do Nintendo Switch pode ter chip da Nvidia com suporte a DLSS
- Facebook poderia ter evitado 10,1 bilhões de visualizações em notícias falsas, aponta estudo
- AstraZeneca é acusada de usar dados antigos ao divulgar resultados de testes nos EUA
- Oi lança planos de 4G ilimitado por R$ 99 e pré-pago de 30 GB por R$ 30
- Perseverance solta o helicóptero Ingenuity, que sobrevoará o céu de Marte
- Algumas células do nosso cérebro são mais ativas horas depois de morrermos
- Pesquisadores podem ter encontrado real identidade de misteriosa espécie “hobbit”
- Efeito placebo pode estar relacionado aos “efeitos colaterais” de vacinas contra a Covid-19
Qualcomm pode estar desenvolvendo console Android com design do Nintendo Switch Posted: 24 Mar 2021 05:33 PM PDT A Qualcomm é conhecida pelos processadores de smartphones, mas em breve também pode começar a fabricar eletrônicos. É o que afirma um novo rumor do site Android Police, que indica o desenvolvimento de um console da companhia nos mesmos moldes do Nintendo Switch. Para ser sincero, o boato sugere que o dispositivo será literalmente um clone do Switch. Isso incluiria dois controles removíveis parecidos com os Joy-Con e suporte para monitores externos. O videogame em si lembraria um celular com tela de 6,65 polegadas, com bordas um pouco mais grossas para abrigar uma bateria maior de 6.000 mAh, que ainda teria suporte para tecnologia de carregamento rápido. Além disso, ele deve vir com uma porta mini HDMI ou USB-C. Os acessórios no formato Joy-Con não seriam produzidos pela Qualcomm, mas por uma empresa terceirizada que não teve o nome revelado. No mais, é provável que a grande maioria dos demais componentes seja da própria Qualcomm, incluindo o modem X55 para conexão 5G. Já no sistema operacional, o aparelho deve rodar o Android 12 com suporte a todos os aplicativos da Play Store. Jogos da Epic Games, através do app Epic Games Store, também seriam compatíveis com o console. No entanto, a interface deve ser modificada para diminuir um pouco a sensação de que você está segurando um smartphone com cara de videogame portátil. A previsão é que o console seja apresentado oficialmente no primeiro trimestre de 2022. A Qualcomm não teria pressa em lançar o dispositivo porque também não tem grandes ambições com o produto. Então, é provável que se trata mais de uma nova experiência para quem sabe no futuro a companhia apostar em mais eletrônicos de consumo. The post Qualcomm pode estar desenvolvendo console Android com design do Nintendo Switch appeared first on Gizmodo Brasil. |
5 filmes de ficção científica para assistir no Disney+ Posted: 24 Mar 2021 04:26 PM PDT Com um catálogo cada vez mais versátil e cheio de títulos, o Disney+ esconde algumas pérolas da ficção científica em sua plataforma. Para te auxiliar a explorar as opções, o Gizmodo Brasil separou algumas obras para você curtir e se divertir. Confira! Tron: Uma Odisséia EletrônicaA primeira indicação é deste clássico da ficção científica. Vindo diretamente dos anos 80, Tron apresenta a história de um desenvolvedor de jogos (Jeff Bridges) que é demitido de seu trabalho após ter seus projetos roubados por um colega. Ao tentar entrar no sistema da empresa para provar sua autoria, ele descobre a existência de um programa de defesa chamado Tron. Em 2010, o filme ganhou uma continuação (Tron: O Legado), que também está no catálogo da plataforma. Quem conhece e gosta da história sempre recomenda esta versão, especialmente pelos efeitos especiais bem marcantes para a época em que foi feito, assim como o também surpreendente Blade Runner – O Caçador de Androides. Caso se interesse mais pela história, a Marvel Comics lançou duas edições de quadrinhos inspirados na história, chamadas Tron: Betrayal. Homem-FormigaA Marvel Studios agora está focando seu conteúdo no Disney+, o que trouxe todo o seu Universo Cinematográfico para o catálogo da plataforma. Homem-Formiga é um filme que introduz um dos heróis mais engraçados do estúdio. A história traz o Dr. Hank Pym (Michael Douglas) transformando um talentoso ladrão no herói Homem-Formiga (Paul Rudd). Ele quer impedir que seu antigo pupilo consiga replicar a fórmula da roupa que dá o poder do encolhimento, força sobre-humana e a capacidade de controlar um exército de formigas. Trazendo conceitos de física quântica, universos paralelos e volta no tempo, é um filme que garante muita diversão em suas quase duas horas de duração. Vale a pena dar uma chance para este herói! Ah, e ainda tem a sua continuação, Homem-Formiga e a Vespa. Artemis FowlOriginalmente, o filme estrearia nos cinemas. Mas, com a pandemia, acabou sendo lançado no próprio streaming, assim como tem acontecido a outros títulos. Na trama, Artemis Fowl é um garoto de 12 anos muito inteligente, que usa sua capacidade para roubar. Um dia, ele descobre um local mágico chamado mundo das fadas. Decidido a roubar a fortuna local, ele sequestra um elfo e cobra um resgate para libertá-lo. Adaptação do primeiro livro de uma série de mesmo nome, é uma boa opção para quem busca um filme leve e divertido. AvatarImpossível fazer esta lista e não citar uma das maiores bilheterias de cinema do mundo. Lembrado até os dias de hoje como uma das melhores produções cinematográficas das últimas duas décadas, a obra nos mostra o exuberante mundo alienígena de Pandora. Lá vivem os Na’vi, seres que parecem ser primitivos, mas são altamente evoluídos. Como o ambiente do planeta é tóxico, foram criados os avatares, corpos biológicos controlados pela mente humana que se movimentam livremente em Pandora. Jake Sully (Sam Worthington), um ex-fuzileiro naval paralítico, volta a andar através de um avatar e se apaixona por uma Na’vi (Zoë Saldaña). Esta paixão leva Jake a lutar pela sobrevivência de Pandora. Além da trilha sonora marcante e da direção bem conduzida por James Cameron, o filme é de uma beleza impressionante, com cenas que dão vontade de transformar em um quadro para a sala de casa. Se você ainda não assistiu, dê uma chance — vale a pena se aventurar pela história contada. Wall-EUma das animações mais lindas produzidas pela Disney, que em junho completa 12 anos de lançamento, Wall-E é um retrato de nossa sociedade em um futuro que ocorreu pela falta de cuidado dos seres humanos com o planeta Terra. Em meio a tanto lixo e poluição, o fofo robô WALL-E é a grande graça do filme, e acompanhá-lo se apaixonando pela robô EVA e a seguindo pelo espaço é bem divertido e, em dados momentos, até emocionante. Mas engana-se quem pensa que é uma simples animação. É uma obra que apresenta muitas camadas e reflexões para nosso cotidiano e não poderia ficar de fora de nossa lista. Se você gostou das nossas indicações e ainda não faz parte dos assinantes Disney+, clique aqui para conhecer os planos disponíveis. Fazendo seu cadastro por meio desse link, você não paga nada a mais e o Gizmodo Brasil ganha uma pequena comissão. The post 5 filmes de ficção científica para assistir no Disney+ appeared first on Gizmodo Brasil. |
Versão 4K do Nintendo Switch pode ter chip da Nvidia com suporte a DLSS Posted: 24 Mar 2021 01:25 PM PDT No início deste mês surgiram rumores que a Nintendo continua firme e forte no plano de lançar uma versão aprimorada do Switch ainda no final de 2021. Agora, um novo boato aponta que a companhia vai utilizar a tecnologia DLSS da Nvidia para que o console suporte gráficos melhores. Até agora, as informações sobre a reformulação do Switch não trouxeram grandes novidades. As principais são essas: de que ele poderá rodar conteúdos em 4K e que a tela passará a ser AMOLED com 720p. Com a suposta inclusão do DLSS da Nvidia, as coisas mudam de figura, já que o dispositivo teria uma capacidade maior em otimizar títulos em altas definições. Os rumores são da Bloomberg, que também afirma que o console terá CPU mais rápida, além de mais capacidade interna na memória. DLSS, ou Deep Learning Super Sampling, é um processo avançado de gráficos que normalmente renderiza as imagens em uma resolução mais baixa e, em seguida, usa inteligência artificial e técnicas de aprendizagem profunda (deep learning) para aumentar a resolução, reduzindo o impacto de desempenho necessário para produzir gráficos de alta definição. Dependendo do conteúdo ou do título específico, o DLSS pode aumentar as taxas de quadros por segundo em 75% a 100%. A principal desvantagem é que, para que os jogos aproveitem ao máximo o DLSS, eles precisam ser atualizados com um novo código ou instruções. No caso do suposto novo Nintendo Switch, isso significa que o suporte para DLSS pode aparecer apenas em jogos futuros, uma vez que não pode ser usado nos títulos existentes. A solução seria as desenvolvedoras refazerem o código dos games para torná-los compatíveis com a técnica. Embora a Nintendo ainda não tenha confirmado oficialmente a chegada de um novo modelo do Switch, a Bloomberg e outras fontes afirmam que console poderá estar à venda nas festas de fim de ano. O preço também é desconhecido, mas especula-se que ele custe US$ 50 ou US$ 100 a mais do que o Switch atual, que hoje é vendido a US$ 300 nos Estados Unidos. A única coisa que pode afetar os planos da Nintendo é a atual crise global de chips, que tem limitado a disponibilidade de uma ampla gama de eletrônicos de consumo, incluindo GPUs, processadores móveis, chips automotivos e consoles de videogame. The post Versão 4K do Nintendo Switch pode ter chip da Nvidia com suporte a DLSS appeared first on Gizmodo Brasil. |
Facebook poderia ter evitado 10,1 bilhões de visualizações em notícias falsas, aponta estudo Posted: 24 Mar 2021 12:40 PM PDT Se o Facebook tivesse agido com antecedência para restringir conteúdos falsos e enganosos que poderiam interferir nas eleições dos EUA de 2020, a rede poderia ter limitado o alcance deles em cerca de 10 bilhões de visualizações, de acordo com um relatório do grupo de defesa de direitos Avaaz. Os pesquisadores da Avaaz identificaram as 100 páginas com melhor desempenho no Facebook que compartilhavam conteúdo classificado como desinformativo pelos próprios verificadores de fatos parceiros da empresa, incluindo pelo menos duas notícias falsas em um período de 90 dias, de acordo com a revista Time. Essas páginas receberam significativamente mais engajamento do que outras ao longo de junho, julho e agosto de 2020, em meio à corrida eleitoral, a pandemia e os protestos contra o racismo policial desencadeados pela morte brutal de George Floyd. A Avaaz relata que “se o Facebook tivesse lidado com a desinformação de forma mais agressiva desde o início da pandemia em março de 2020 (em vez de esperar até outubro), a plataforma poderia ter interrompido um número estimado de 10,1 bilhões de visualizações de conteúdo nas páginas que apresentaram melhor desempenho e repetidamente compartilhavam desinformação antes do dia de eleição”. Isso permitiu que algumas delas, com uma má reputação, alcançassem entre julho e agosto, no auge dos protestos Black Lives Matter, números de interações próximos aos de grandes canais de TV com muitos seguidores, como a CNN. Enquanto os pesquisadores se esforçaram para verificar se a desinformação teve como público-alvo indivíduos de praticamente todas as ideologias no Facebook, ficou claro que a maioria visou conservadores, o que reforça pesquisas anteriores de que a desinformação de extrema direita se espalhou mais por toda a plataforma em comparação com outros tipos de conteúdo:
O Facebook fez um péssimo trabalho de moderação de conteúdo que sabia ser falso ou enganoso. A Avaaz descobriu que as 100 principais matérias que realmente foram “desmascaradas por verificadores de fatos trabalhando em parceria com o Facebook” ainda acumularam 162 milhões de visualizações, “mostrando uma taxa muito maior de envolvimento em comparação com o ano anterior, apesar de a rede social prometer agir de forma eficaz contra a desinformação identificada por seus verificadores de fatos independentes". O relatório argumenta que mesmo quando o Facebook identificou informações incorretas, seus sistemas automatizados falharam regularmente em detectar contas falsas que postavam o mesmo material. Antes do segundo turno das eleições na Geórgia, estado do sudeste dos EUA, a Avaaz descobriu que mais de 100 anúncios políticos contendo alegações desmascaradas puderam ser vistos 52 milhões de vezes. Quase metade disto veio de candidatos ao Senado, que, como outros candidatos políticos, estão isentos das regras do Facebook sobre desinformação em anúncios e, portanto, podem mentir livremente neles. "O mais assustador é que isso é apenas para as 100 páginas principais — este não é todo o universo da desinformação", disse Fadi Quran, diretor de campanha da Avaaz e um dos autores do relatório, à Time. "Isso nem inclui os grupos do Facebook, então o número provavelmente é muito maior. Fizemos uma estimativa muito, muito conservadora neste caso." A Avaaz também descobriu que o Facebook fez pouco para interferir no crescimento explosivo de páginas e grupos que pediam violência durante e após as eleições de 2020, que acabaram desempenhando um papel significativo nos tumultos pró-Donald Trump no Capitólio em 6 de janeiro, onde cinco pessoas morreram. De acordo com as informações do relatório, foi identificado um subconjunto de páginas e grupos que “adotaram termos ou expressões em seus nomes e/ou seções comumente associadas a movimentos extremistas violentos nos EUA, como a QAnon, Three Percenters, Oathkeepers, Boogaloo e variantes como o Big Igloo". Nessa lista, eles adicionaram páginas e grupos que "glorificam a violência ou que clamam, elogiam ou minimizam a morte ou mutilação de indivíduos por causa de suas crenças políticas, etnicidade, orientação sexual, bem como imagens comumente associadas a agentes extremistas". As 267 páginas e grupos resultantes tiveram uma sequência combinada de cerca de 32 milhões de visualizações. Mais de dois terços (68,7%) deles tinham nomes que faziam referência à teoria da conspiração QAnon, ao movimento antigovernamental vagamente organizado e popular na extrema direita chamado Boogaloo ou a várias outras milícias. Aproximadamente 118 dessas páginas "ainda estavam ativas na plataforma e tinham quase 27 milhões de seguidores [em 24 de fevereiro], das quais 59 são Boogaloo, QAnon ou alinhados à milícia". O Facebook, que há muito insiste estar enfrentando o desafio de manter sua plataforma livre de discursos de ódio e apelos à violência, disse que o relatório não é preciso. O porta-voz da empresa, Andy Stone, disse ao site Mother Jones que o “relatório distorce o trabalho sério que temos feito para combater o extremismo violento e a desinformação em nossa plataforma” e se baseia em “uma metodologia falha para fazer as pessoas pensarem que só porque uma página compartilha um pedaço de conteúdo que foi conferido por verificadores de fatos, todo o conteúdo dessa página é problemático. " De acordo com a Associated Press, o Facebook disse nesta segunda-feira (22) que já havia retirado quatro e removeria outras 14 das 118 páginas e grupos identificados pela Avaaz, dizendo que “de fato violaram” as políticas da empresa. Obrigar o Facebook a fazer mais pode não ser tão fácil assim na prática. As recomendações da Avaaz no relatório incluem uma regulamentação que exige das empresas de mídia social a emissão de "relatórios abrangentes sobre desinformação, as medidas tomadas contra isso e o design e operação de seus algoritmos de curadoria, como forma de retirar conteúdo odioso e enganoso do topo dos feeds das pessoas". Também foi exigido que as empresas notifiquem os usuários quando houver visualização ou interação com informações incorretas. Cada uma dessas soluções levanta questões óbvias em relação à Primeira Emenda americana (que garante, entre outras coisas, o direito à liberdade de expressão), visto que exigiriam que o governo definisse certas categorias de discurso e obrigaria as empresas privadas a agir com base nisso. Outra solução proposta pela Avaaz é reescrever a seção 230 da Communications Decency Act, a lei que protege os sites da maior responsabilidade por conteúdo gerado por usuários e é um dos alicerces da web moderna. O grupo recomendou que a lei fosse alterada para “eliminar quaisquer barreiras a regulamentações que exijam que as plataformas lidem com a desinformação”, mas não especificou quais seriam estas mudanças. Embora a pressão tenha crescido em ambos os lados políticos para alterar da Seção 230 — com os democratas do Congresso geralmente citando desinformação e discurso de ódio, e seus colegas republicanos citando teorias da conspiração infundadas sob o viés liberal das empresas –, especialistas em direito digital geralmente rejeitam essas iniciativas, dizendo que elas podem ter consequências não intencionais enormes por toda a Internet. A Avaaz reconheceu isso, e sua equipe escreveu no relatório que a “administração de Joe Biden não deve buscar a revogação total da Seção 230”. The post Facebook poderia ter evitado 10,1 bilhões de visualizações em notícias falsas, aponta estudo appeared first on Gizmodo Brasil. |
AstraZeneca é acusada de usar dados antigos ao divulgar resultados de testes nos EUA Posted: 24 Mar 2021 11:33 AM PDT Menos de um dia depois de a AstraZeneca ter anunciado resultados preliminares promissores dos testes nos EUA de sua vacina contra Covid-19 desenvolvida em conjunto com a Universidade de Oxford, um painel independente de cientistas que monitorava o estudo emitiu uma réplica severa. O grupo acusou a farmacêutica de usar informações "desatualizadas" do estudo que possivelmente ofereciam uma "visão incompleta" dos dados. Na segunda-feira (22) de manhã, a AstraZeneca revelou o que ela classificou como resultados provisórios de seu ensaio de Fase III nos Estados Unidos, que determinará se sua vacina será aprovada no país ou não. O ensaio randomizado, duplo-cego e controlado, que envolveu 32.449 participantes, supostamente mostrou que a vacina de duas doses tinha 79% de eficácia na prevenção dos sintomas de Covid-19. O imunizante também parecia ter 100% de eficácia na prevenção de quadros graves e morte pela doença viral, e não foram identificados problemas de segurança importantes. Os resultados foram semelhantes aos de outros ensaios da vacina realizados em outros lugares, embora um pouco mais impressionantes. Porém, mais tarde naquela noite, o Conselho de Monitoramento de Dados e Segurança, um grupo independente de especialistas que ajuda a supervisionar pesquisas clínicas financiadas pelo governo nos Estados Unidos (incluindo o estudo da AstraZeneca), acendeu um alerta. O grupo notificou o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), a Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico Avançado e a AstraZeneca sobre as preocupações que eles tinham com a divulgação dos dados. De acordo com uma declaração feita na terça-feira (23) pelo NIAID, o grupo "expressou preocupação de que a AstraZeneca possa ter incluído informações desatualizadas desse estudo, que podem ter fornecido uma visão incompleta dos dados de eficácia". Esses testes de vacinas devem funcionar monitorando quantas pessoas em cada grupo (placebo e vacina) desenvolvem a doença-alvo, dentro de parâmetros definidos antecipadamente. O desfecho primário normalmente se baseia em atingir um certo número de "eventos" totais — em outras palavras, um certo número de casos diagnosticados da doença em ambos os grupos. O desfecho primário do teste já foi atingido no momento da análise provisória da empresa, de acordo com a AstraZeneca. Mas o que o Comitê de Monitoramento de Dados e Segurança parece alegar é que os resultados poderiam ser visivelmente diferentes, e talvez menos otimistas, se dados mais atuais do teste fossem usados. Na terça-feira de manhã, a empresa emitiu sua própria declaração dizendo que os resultados de seu estudo preliminar foram retirados de uma data limite pré-estabelecida, 17 de fevereiro. Além disso, ela alegou ter usado os números de sua análise primária planejada e que esses resultados eram “consistentes" com os resultados divulgados na segunda-feira. "Vamos entrar em contato imediatamente com o conselho independente de monitoramento de segurança de dados para compartilhar nossa análise primária com os dados de eficácia mais atualizados. Temos a intenção de emitir os resultados da análise primária dentro de 48 horas", afirmou a empresa. Essa não é a primeira polêmica enfrentada pela AstraZeneca sobre sua vacina, que já está autorizada para uso na Europa e em outros lugares, incluindo o Brasil. Este mês, mais de uma dúzia de países da União Europeia suspenderam temporariamente a distribuição de doses da farmacêutica depois de receber alguns relatos de coagulação sanguínea grave possivelmente ligada à vacina. No entanto, os reguladores de saúde da UE e a OMS reafirmaram a segurança do imunizante na semana passada. O problema de coagulação não parece ser o resultado de qualquer erro da empresa e ainda não se sabe se existe algum risco aumentado de complicações raras relacionadas com a vacina. Mas a AstraZeneca já havia cometido alguns erros de comunicação com reguladores de saúde e o público. No ano passado, ela não admitiu imediatamente as falhas durante os testes clínicos no Reino Unido, o que levou algumas pessoas a receberem uma dose menor do que o planejado. Os Estados Unidos também já chegaram a suspender os testes por mais de dois meses depois que os reguladores de saúde se mostraram preocupados com a falta de transparência da empresa em relatar casos isolados de lesão neurológica que também poderiam estar ligados à vacina. Deixando esses tropeços de lado, a vacina parece ser segura e eficaz. No Reino Unido, que foi o primeiro país a aprová-la em dezembro passado e teve uma distribuição muito bem-sucedida de suas três vacinas autorizadas até o momento, os casos e mortes atribuídos à Covid-19 continuam diminuindo. Isso está em nítido contraste com grande parte da Europa, que está enfrentando uma terceira onda da pandemia e tem sido prejudicada por uma campanha de vacinação limitada. Este é mais um erro evitável que provavelmente não mudará o quadro geral — que a vacina AstraZeneca é geralmente segura e eficaz — mas pode minar ainda mais a confiança do público no imunizante, que é uma ferramenta crucial para acabar com a pandemia em todo o mundo. The post AstraZeneca é acusada de usar dados antigos ao divulgar resultados de testes nos EUA appeared first on Gizmodo Brasil. |
Oi lança planos de 4G ilimitado por R$ 99 e pré-pago de 30 GB por R$ 30 Posted: 24 Mar 2021 10:19 AM PDT A Oi lançou nesta terça-feira (23) dois novos planos com foco em usuários que usam bastante internet pelo celular. Um deles oferece 4G ilimitado para qualquer conteúdo — redes sociais, e-mail, vídeos, chamadas de voz, literalmente tudo mesmo —, enquanto o outro possui ofertas no pré-pago que permitem adquirir até 30 GB de franquia por R$ 30. O plano com 4G ilimitado custa R$ 99,90 e não está atrelado a nenhuma franquia de dados, o que significa que a velocidade de internet não é reduzida ao atingir uma quantidade específica de dados. Para efeito de comparação, modalidades similares nas demais operadoras podem custar entre R$ 399,99 e R$ 1.299,99, e ainda assim todas elas são baseadas em franquias de 100 GB a 500 GB. O cliente pode optar por adquirir o plano nas modalidades controle ou pós-pago, mas com um detalhe importante: o controle não exige uma permanência mínima; já o pós-pago tem fidelização de pelo menos 12 meses, com cobrança de multa caso o cliente queira cancelar o serviço antes de um ano. Além disso, não é possível incluir dependentes. Ou seja, o plano é uma oferta para uso individual. A oferta de 4G com internet ilimitada da Oi é válida até o dia 1° de maio. Partindo para as ofertas no pré-pago, a Oi também reformulou a modalidade, que agora conta com franquias bem maiores — o dobro de dados móveis em comparação com a promoção anterior. Basicamente, cada R$ 1 em créditos equivale a 1 GB, sendo que o consumidor pode contratar pacotes de 10 GB ou 15 GB que valem por 7 dias cada; 20 GB por 14 dias; e 25 GB ou 30 GB por 31 dias cada. Os preços correspondem à quantidade de dados contratada: R$ 10 por 10 GB, R$ 15 por 15 GB, R$ 20 por GB, R$ 25 por 25 GB e R$ 30 por 30 GB. Todas as capacidades no Oi Pré ainda garantem ligações ilimitadas para qualquer operadora, pacote de SMS, acesso ao Oi Jornais, Portal do Consumidor, Revista Coquetel e Leia Online e acesso irrestrito ao Instagram, Facebook, Facebook Messenger e WhatsApp (com exceção de chamadas de voz e vídeo). Os novos planos do Oi Pré-Pago estão limitados aos primeiros 500 mil clientes. A oferta dura até o dia 29 de abril de 2021. Vale lembrar, porém, que a divisão móvel da Oi foi vendida para TIM, Claro e Vivo. Em algum momento no futuro, após a aprovação do negócio pelas autoridades reguladoras, os clientes da empresa serão migrados para as compradoras. The post Oi lança planos de 4G ilimitado por R$ 99 e pré-pago de 30 GB por R$ 30 appeared first on Gizmodo Brasil. |
Perseverance solta o helicóptero Ingenuity, que sobrevoará o céu de Marte Posted: 24 Mar 2021 09:07 AM PDT O rover Perseverance já está em Marte há alguns dias e as pesquisas no solo marciano estão apenas começando. Agora, o robô deve ampliar o campo de estudo com o lançamento de um pequeno helicóptero para sobrevoar o planeta. O anúncio foi feito pela conta oficial da missão da NASA no Twitter. A imagem divulgada nesta terça-feira (21) foi capturada no último fim de semana. A foto mostra que o Perseverance desprendeu uma tampa que protegia o mini helicóptero chamado Ingenuity, que até então viajava preso à "barriga” do rover. Apesar de estar mais livre, o helicóptero, que pesa cerca e 1,8 kg, ainda não se moveu pelos ares — algo que só deve acontecer na primeira semana de abril. "O escudo de destroços vai embora, e aqui está nossa primeira olhada no helicóptero. Ele está guardado de lado, dobrado e travado no lugar, então há um origami reverso a ser feito antes que eu possa colocá-lo no chão. Primeiro, porém, irei para o designado 'heliporto', a alguns dias dirigindo daqui", escreveu o perfil da Perseverance na rede social.
Depois que os voos do Ingenuity forem concluídos, o Perseverance vai se concentrar em seu principal objetivo no planeta Marte: procurar por sinais de vida e coletar amostras para um futuro retorno à Terra. Um dos destinos principais do rover é a cratera Jezero, que possui 45 quilômetros de largura e, segundo cientistas da NASA, pode ter sido o local que algum dia já foi um gigantesco lago, há bilhões de anos. Esta será a primeira vez que um helicóptero sobrevoará os céus de outro planeta que não seja a Terra, e devem ajudar a NASA não apenas no estudo de Marte, mas também no desenvolvimento de tecnologias para futuras missões no Planeta Vermelho, inclusive aquelas envolvendo seres humanos. Após a Ingenuity, o Perseverance pretende testar o MOXIE (“Experimento de Utilização de Recursos In-Situ de Oxigênio de Marte", na tradução livre), um instrumento projetado para gerar oxigênio a partir da fina atmosfera marciana, que por sua vez é dominada por dióxido de carbono. [Space] The post Perseverance solta o helicóptero Ingenuity, que sobrevoará o céu de Marte appeared first on Gizmodo Brasil. |
Algumas células do nosso cérebro são mais ativas horas depois de morrermos Posted: 24 Mar 2021 08:14 AM PDT Mesmo depois de morrermos, algumas de nossas células cerebrais podem experimentar uma última e grande explosão momentânea de vida, sugere uma nova pesquisa divulgada na terça-feira (23). O estudo encontrou evidências de que certos "genes zumbis" em nossas células cerebrais são ativos com mais frequência logo após a morte, o que faz com que algumas células se expandam imensamente por horas. As descobertas não mudarão radicalmente nossos conceitos de vida e morte, mas podem conter algumas implicações importantes para o estudo do tecido cerebral obtido após a morte. Não é nenhum segredo que nossas células podem permanecer vivas e funcionar por um tempo, mesmo depois de estarmos clinicamente mortos, antes de finalmente ficarem inativas. Mas embora quase todas carreguem as mesmas informações genéticas, diferentes tipos de células expressam essas informações de maneira diferente, com vários genes sendo ativados ou desativados. E quando os pesquisadores analisaram a expressão gênica de diferentes células dentro de um "cérebro em degeneração", eles encontraram alguns padrões distintos. Para o estudo, publicado na Scientific Reports na terça-feira (23), a equipe analisou amostras de tecido cerebral doadas por pacientes que haviam se submetido recentemente a cirurgia cerebral para epilepsia (tratamentos cirúrgicos podem remover com segurança partes do cérebro envolvidas no distúrbio convulsivo). Eles então imitaram o processo de morte cerebral, deixando de fora as amostras recém-removidas em temperatura ambiente por vários períodos de tempo, sendo o máximo 24 horas. Durante esses intervalos, a equipe coletou informações sobre a atividade celular e genética das células. Na maioria dos genes estudados caracterizados como "genes domésticos" que mantêm a função celular básica, os cientistas descobriram que eles permaneceram no mesmo nível de atividade por todo o período de 24 horas. Nos genes "neuronais", genes que são ativados nas células neuronais e responsáveis por funções cerebrais como pensamento e memória, sua atividade começou a cair após 12 horas. Imagens das células gliais "pós-morte" à medida que aumentavam de tamanho e se desenvolviam. Imagem: Jeffrey Loeb/UIC Mas em um terceiro grupo de genes, ligado à função das células gliais – o sistema imunológico e de suporte do cérebro – a expressão do gene realmente aumentou após a "morte" e continuou a aumentar até 24 horas depois. As próprias células gliais também se expandiram de forma massiva em tamanho e até criaram novos "braços", ao mesmo tempo em que os neurônios nessas amostras estavam se degenerando. Os resultados não provam que zumbis sejam teoricamente possíveis, e não é nem uma grande surpresa que as células gliais estejam especialmente ativas após a morte. As células provavelmente estão respondendo à lesão e à inflamação que ocorrem no cérebro quando ele é privado de oxigênio após os momentos finais de uma pessoa. Mas as descobertas apresentam uma pista potencial para a forma como muitas pesquisas sobre o cérebro humano são conduzidas, de acordo com os autores, uma vez que muitos estudos baseiam-se em exames post-mortem do órgão. “A maioria dos estudos presume que tudo no cérebro para quando o coração para de bater, mas não é bem assim”, disse o autor do estudo Jeffrey Loeb, chefe de neurologia e reabilitação da Universidade de Illinois na Faculdade de Medicina de Chicago, em um comunicado divulgado pela universidade. "Nossas descobertas serão necessárias para interpretar pesquisas em tecidos cerebrais humanos. Nós apenas não quantificamos essas mudanças até agora." Um problema é que a pesquisa de doenças como o Alzheimer e outras degenerativas geralmente depende de amostras de cérebro post-mortem que são coletadas 12 ou mais horas após a morte. Se as descobertas aqui forem válidas, então muitos desses estudos podem ter deixado passar pistas importantes dentro das células mortas que podem desaparecer mais tarde. Loeb e sua equipe esperam que os estudos futuros possam explicar melhor as mudanças que ocorrem em um cérebro em degeneração. Uma solução potencial, por exemplo, pode ser coletar amostras cerebrais para pesquisa ainda mais cedo ou confiar mais em amostras de pacientes voluntários que serão submetidos a cirurgia cerebral de qualquer maneira. "A boa notícia de nossas descobertas é que agora sabemos quais genes e tipos de células são estáveis, quais se degradam e quais aumentam com o tempo para que os resultados de estudos cerebrais post-mortem possam ser melhor compreendidos", disse Loeb. The post Algumas células do nosso cérebro são mais ativas horas depois de morrermos appeared first on Gizmodo Brasil. |
Pesquisadores podem ter encontrado real identidade de misteriosa espécie “hobbit” Posted: 24 Mar 2021 05:00 AM PDT Os antropólogos sabem de pelo menos duas espécies antigas de pequenos humanos que viveram há mais de 50 mil anos nas ilhas do sudeste da Ásia. A origem deles ainda é desconhecida, mas uma nova pesquisa publicada na Nature Ecology & Evolution sugere que eles estão relacionados aos denisovanos e neandertais — e, por consequência, aos humanos modernos. Não foi encontrada nenhuma evidência de cruzamento entre humanos modernos (Homo sapiens) e duas espécies extintas de humanos de baixa estatura, conhecidas como Homo floresiensis (comumente conhecido como "hobbits" da Ilha Flores, na Indonésia) e Homo luzonensis (encontrado na Filipinas). Evidências fósseis dessas duas espécies, encontradas em 2004 e 2019, respectivamente, sugerem que esses humanos que viviam nas ilhas tinham por volta de 109 cm, uma possível consequência de nanismo insular, um processo evolutivo no qual o tamanho do corpo de uma espécie diminui com o tempo como consequência do acesso limitado aos recursos de sobrevivência. Ao mesmo tempo, o novo artigo, liderado por João Teixeira da Universidade de Adelaide, na Austrália, fornece mais uma confirmação do cruzamento entre os denisovanos e humanos modernos, mais especificamente humanos modernos que vivem na parte insular do Sudeste Asiático, uma área que abrange ilhas tropicais entre o Leste Asiático, a Austrália e a Nova Guiné. Os denisovanos — um grupo irmão dos neandertais — alcançaram a área cerca de 50 mil a 60 mil anos atrás, apesar de os arqueólogos ainda não terem descoberto um fragmento de evidência fóssil que possa ser relacionado aos chamados “denisovanos do sul”. Isso é obviamente estranho, dada a esmagadora evidência genética de que eles viveram nesta parte do mundo. Contudo, isso significa que há importantes descobertas arqueológicas ainda à espera de serem encontradas. Pelo menos em teoria. Portanto, os humanos modernos cruzaram com denisovanos, mas não com o H. floresiensis ou H. luzonensis, sugere Chris Stringer, coautor do artigo e antropólogo do Museu de História Natural de Londres. Esse é um resultado importante, porque poderia ajudar a explicar a presença dos humanos de tamanho diminuto, que morreram há cerca de 50 mil anos, nesta parte do mundo. De forma empolgante, isso pode significar que esses "superarcaicos", na linguagem dos pesquisadores, "não são superarcaicos, afinal, pois estão mais intimamente relacionados aos humanos [modernos] do que se pensava", explicou Teixeira. Em outras palavras, o H. floresiensis ou o H. luzonensis podem realmente ser os denisovanos do sul que não haviam sido encontrados até agora. Dado que as populações humanas atuais na porção insular do Sudeste Asiático retiveram uma quantidade significativa de DNA da espécie denisovana, os autores se perguntaram se H. floresiensis e H. luzonensis também cruzaram com humanos modernos. Também era possível, embora fosse improvável, que outro humano antigo chamado H. erectus — que viveu na ilha de Java, na Indonésia, até cerca de 117 mil a 108 mil anos atrás — pudesse ter contribuído para a ancestralidade humana moderna. Na verdade, um cenário possível é que os superarcaicos descendam do H. erectus. Deste modo, os cientistas estudaram o DNA de 400 humanos modernos, dos quais mais da metade eram descendentes da porção insular do Sudeste Asiático. A equipe procurou por assinaturas genéticas indicativas de eventos de cruzamento relacionados a "espécies de hominídeos profundamente divergentes", disse Teixeira. A parte insular do Sudeste Asiático é a "região geográfica onde há maior probabilidade de que tais eventos poderiam ter ocorrido devido à presença mencionada de H. floresiensis, H. luzonensis e talvez do H. erectus", acrescentou. Entretanto, é importante notar que os cientistas não possuem genomas para as duas espécies de baixa estatura ou do H. erectus para esse assunto. "Não há genomas de ‘primeira mão’ do tipo que temos de neandertais e denisovanos, mas há pedaços de DNA ‘de segunda mão’ que parecem vir deles após o cruzamento com uma população superarcaica", explicou Stringer. "Eles podem ser reconhecidos por sua divergência maior do que a média dentro do genoma e também, se houve cruzamento recente, as fitas de DNA teriam sido menos embaralhadas e, portanto, encontradas em pedaços maiores e mais primitivos." Para deixar claro, os cientistas não estão procurando por genomas relacionados a espécies específicas, mas evidências de cruzamento, que deixam uma assinatura genética pronunciada em todo o genoma. Os resultados mostraram que os humanos modernos não cruzaram com as duas pequenas espécies humanas, mas a equipe confirmou a ancestralidade denisovana entre indivíduos da parte insular do Sudeste Asiático. Como disse Stringer, "o DNA das populações locais mostra sinais de ancestralidade dos denisovanos, que atualmente são conhecidos apenas por fósseis na Ásia, mas nenhuma evidência genética derivada de humanos antigos cujos ossos foram realmente encontrados na área". Na verdade, a evidência fóssil de denisovanos não existe na parte insular do Sudeste Asiático, e a evidência que existe em outros lugares é esparsa. Além da genética, a presença desta espécie humana é conhecida por um osso de dedo, vários dentes e fragmentos de crânio encontrados na Sibéria, bem como um maxilar de 160 mil anos encontrado em uma caverna no planalto tibetano. A nova pesquisa confirma que as duas espécies superarcaicas “não contribuíram com a ancestralidade das populações humanas modernas” ou, se o fizeram, “não são tão divergentes como atualmente se supõe, com base em comparações morfológicas”, disse Teixeira. Esses humanos de baixa estatura podem parecer muito diferentes dos humanos modernos, mas isso pode ser uma ilusão, pois o DNA deles pode ser muito semelhante ao nosso, especialmente dos denisovanos, conforme essa linha de pensamento. Para Teixeira, a ausência desse cruzamento combinada com a ancestralidade denisovana difundida significa que as duas espécies superarcaicas podem representar os denisovanos ausentes na parte insular do Sudeste Asiático, ou algum tipo de ramificação. "Acredita-se que os hominíneos fósseis da parte insular do Sudeste Asiático representem uma divisão muito mais antiga, de aproximadamente 2 milhões de anos atrás. Mas essas estimativas baseiam-se em comparações morfológicas e no pressuposto de que descendem do H. erectus", explicou. "Nossos resultados mostram que essas espécies superarcaicas não cruzaram com humanos modernos na parte insular do Sudeste Asiático. E ficam os questionamentos: e se estivermos errados? E se a ocupação de hominídeos na parte insular do Sudeste Asiático não fosse contínua? E se a ancestralidade denisovana na parte insular do Sudeste Asiático vier desses grupos?" “Ninguém sabe ao certo como deve ser a aparência de um denisovano, nem quanta variação morfológica existia nas suas diferentes populações”, explicou. "Se houver a revelação de que os superarcaicos são, na verdade, os denisovanos do sul, isso pode ter sérias implicações para a paleoantropologia." Stringer, por outro lado, não tem tanta certeza, já que sua interpretação das evidências sugere uma linhagem diferente para a minúscula espécie humana. "Os fósseis conhecidos de H. erectus, H. floresiensis e H. luzonensis podem parecer estar no lugar e na hora certa para representar os misteriosos ‘denisovanos do sul’, mas seus ancestrais provavelmente já existiam na parte insular do Sudeste Asiático muito antes de a linhagem denisovana ter evoluído, possivelmente há 700 mil anos atrás", explicou. Quando indaguei Teixeira sobre esta aparente inconsistência, ele me disse que "nem sempre os coautores concordam em tudo". Independentemente disso, todos acreditam que o cruzamento entre os denisovanos do sul e os humanos modernos aconteceu na Ilha do Sudeste Asiático. "A presença das maiores quantidades de DNA do tipo denisovano em regiões como Papua Nova Guiné e Austrália sugere que o cruzamento ocorreu na parte insular do Sudeste Asiático, o que não parece tão provável, em minha opinião", apontou Stringer. "Meu palpite é que Sumatra, Bornéu e Celebes foram as terras natais dos ‘denisovanos do sul’ que ainda não foram encontrados e muito provavelmente encontraremos lá fósseis." Stringer disse que esses resultados dependem das amostras analisadas e que mais amostras provavelmente fornecerão uma imagem mais completa. Apesar de esclarecedor, o artigo também levanta algumas questões muito importantes. Em primeiro lugar, onde estão os fósseis de denisovanos na parte insular do Sudeste Asiático? E, como Teixeira pergunta, "já os encontramos, mas podemos assumir que esses fósseis representavam parentes muito mais distantes?". Em outras palavras, talvez os "hobbits" fossem os denisovanos do sul o tempo todo. Descobertas futuras, ao que parece, nos aguardam. The post Pesquisadores podem ter encontrado real identidade de misteriosa espécie “hobbit” appeared first on Gizmodo Brasil. |
Efeito placebo pode estar relacionado aos “efeitos colaterais” de vacinas contra a Covid-19 Posted: 24 Mar 2021 04:00 AM PDT Milhões de americanos estão sendo vacinados contra a Covid-19 todos os dias, e embora muitos deles tenham orgulhosamente compartilhado seus status de vacinação nas redes sociais, outros optaram por descrever seus efeitos colaterais leves, mas definitivamente perceptíveis, como uma medalha de honra, seja um braço dolorido ou uma fadiga semelhante a uma gripe. Mas nem todos os sintomas pós-vacinação serão necessariamente causados pela vacina — alguns podem ser causados pelo gêmeo maligno chamado efeito placebo. Só para esclarecer desde o início, não há nada de errado em experimentar quaisquer efeitos colaterais após a vacinação. Na verdade, eles são uma indicação de que o sistema imunológico do corpo está começando a funcionar, já que ele está aprendendo a reconhecer a aparência do coronavírus depois de obter um detalhamento de sua proteína spike (ou “de espícula”), que o vírus usa para infectar células. Essa resposta imunológica tende a ser responsável por sintomas como febre, fadiga e dor generalizada por um ou dois dias depois de você receber a vacina. Mas nem sempre é assim que funciona. Vamos dar uma olhada nos dados dos ensaios clínicos para a vacina de duas doses de mRNA desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech, a primeira a chegar ao público americano em dezembro de 2020. As informações, baseadas em mais de 30 mil voluntários, mostram que é uma vacina segura e eficaz, mas não livre de efeitos colaterais. Cerca de 84% tiveram reações no local da injeção, como dor ou coceira, na semana após a administração de uma dose; 63% experimentaram fadiga; 55% tiveram dores de cabeça. Olhando apenas para esses números, faz sentido que a maioria das pessoas que toma a vacina sinta alguma coisa. Mas, surpreendentemente, no mesmo ensaio, uma porção considerável de pessoas que receberam a injeção de placebo também experimentaram alguns desses sintomas. Após a primeira injeção de placebo, cerca de um terço das pessoas relataram fadiga e dor de cabeça. Quase 12% dos que receberam placebo também tiveram diarreia após a primeira injeção, mais do que o grupo vacinado após qualquer uma das doses. Só para lembrar, o placebo era apenas uma injeção de solução salina, também conhecida como sal e água. Algumas dessas pessoas que receberam a injeção de placebo podem ter experimentado fadiga, dores de cabeça ou diarreia naquele dia, mesmo se não tivessem participado do teste — um assunto que o Gizmodo abordou recentemente. Infelizmente, esses sintomas são muito comuns, causados por muitas circunstancias diferentes. Mas alguns podem tê-los apenas por causa de algo que chamamos de “efeito nocebo”. Assim como nossas expectativas positivas podem nos fazer sentir melhor após um novo tratamento potencial, pelo menos por um tempo, nossas expectativas negativas podem fazer o oposto e nos fazer sentir mal. No Twitter, alguns até admitiram que se sentiram pior depois de tomar o placebo do que quando tomaram medicamento verdadeiro. Há uma tendência de rejeitar o efeito placebo/nocebo como um simples produto da mente. Mas todas as sensações que experimentamos são, em última análise, processadas na mente, de modo que isso não quer dizer muito. Às vezes, essa sensação pode ser atribuída a uma causa estritamente física — como encostar em algo quente. Mas em outras ocasiões pode ser bem mais complicado. O estresse que uma pessoa pode sentir ao tomar uma vacina recém-desenvolvida, ou mesmo ao tomar uma vacina comum, se ela odeia agulhas, pode definitivamente ser suficiente para desencadear uma dor de cabeça ou cansá-la ao ponto da fadiga. Nada disso é incomum, é apenas a natureza humana. E, embora nem seja preciso dizer, a origem da dor de uma pessoa, nocebo ou não, não diminui a necessidade de reconhecer essa dor e tentar remediá-la, se possível. Contudo, o efeito placebo/nocebo é uma das muitas razões pelas quais precisamos de pesquisas cuidadosamente planejadas, como ensaios clínicos controlados, para compreender melhor o mundo ao nosso redor. Isso é especialmente importante ao tentar descobrir os benefícios e riscos potenciais de qualquer novo medicamento ou vacina. Felizmente, no caso da vacina Pfizer/BioNTech e outras semelhantes, seus benefícios em nos manter protegidos contra doenças graves estão ficando mais claros a cada dia, especialmente em países onde a cobertura vacinal é alta. Portanto, fique tranquilo e aguarde sua vez na fila de vacinação. The post Efeito placebo pode estar relacionado aos “efeitos colaterais” de vacinas contra a Covid-19 appeared first on Gizmodo Brasil. |
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