quarta-feira, 3 de março de 2021

Gizmodo Brasil

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Avião elétrico experimental da Nasa se aproxima do seu primeiro teste de voo

Posted: 02 Mar 2021 12:51 PM PST

Ilustração: NASA Langley/Advanced Concepts Lab, AMA, Inc

Com aparência similar a um tubo de pasta de dente, o avião experimental X-57 Maxwell da Nasa está em um hangar na Base Aérea de Edwards, na Califórnia. Este é o primeiro avião experimental tripulado da agência em 20 anos. Ele funciona exclusivamente com energia elétrica e está prestes a passar por testes funcionais de alta tensão antes de seu primeiro voo, programado para o final deste ano.

"Atualmente, temos um emulador de bateria que estamos usando para fornecer energia à aeronave", disse Nick Borer, engenheiro aeroespacial do Langley Research Center da Nasa, em uma vídeochamada. "Mas esta é a primeira vez que colocamos os sistemas de baixa e alta tensão operando juntos."

A lista de aeronaves experimentais da Nasa, também chamados de X-planes ou aviões-X, conta um pouco sobre a longa história das tentativas de descobrir o “futuro do voo”. Ela vai dos drones de combate da era Bush, que tinham um formato de pipa, até o autogyro da era Eisenhower, que parece um triciclo equipado em um helicóptero. Esta nova aeronave elétrica certamente é mais parecida com um avião do que qualquer um desses exemplos. Uma característica marcante é que seu projeto indica o uso de 14 hélices.

O avião-X no Armstrong Flight Research Center, na Califórnia. Imagem: NASA/Lauren Hughes.

Deste modo, as características marcantes do X-57 incluem seu sistema de combustível exclusivamente elétrico e 14 motores — seis menores ao longo de cada asa e dois maiores nas pontas. Seria difícil controlar se eles fossem mais robustos e movidos a combustível. Inclusive, a título de curiosidade, a ideia dos motores na ponta de asa já vem da década de 80, mas as limitações tecnológicas da época a relegaram para um terreno mais futurista. A fuselagem é uma casca reciclada de um Tecnam P2006T, um avião bimotor italiano de asas altas. A fornecedora principal do projeto é a empresa Empirical Systems Aerospace, com sede na Califórnia.

Borer, um engenheiro aeroespacial que trabalha no projeto conceitual de aeronaves para a Nasa, com foco em como os designs mudam em relação aos avanços tecnológicos, disse que “desde que os humanos aprenderam a voar, ocorreu apenas uma revolução na propulsão: a mudança dos motores a pistão para motores a jato. O X-57 inverte o roteiro do século 21, funcionando com duas baterias de lítio na cabine do avião”.

"Uma das coisas realmente legais sobre o X-57 é que ele é como dois e meio, talvez até três Aviões-X em um", afirma Borer. Ele diz que a fase final da nave "Mod IV" introduziria uma "importante e diferenciada maneira de integrar a propulsão a um avião. Não se trata apenas de colocar um motor ou bateria em um avião; isso muda a forma como você o projeta".

Maquete de outro artista de um X-57 concluído no chão. Ilustração: NASA Langley/Advanced Concepts Lab, AMA, Inc.

Os próximos testes de tensão de aterramento verificarão a capacidade dos motores de funcionar em conjunto. Eles ocorrerão sem o avião se mover e virão antes dos testes de taxiamento e de voo tripulado (que podem acontecer ainda este ano). Além da decolagem, que sem dúvida será bem legal, Borer está muito animado para ver o avião pousar pela primeira vez e obter feedback junto da sua equipe sobre como o comportamento do X-57 difere dos outros aviões.

"A forma como configuramos faz a aeronave modular e realmente ajuda a controlar aquela região crítica na parte de trás da curva de potência", disse Borer, referindo-se a uma situação complicada em que a hélice das aeronaves precisam de muito mais potência conforme elas diminuem a velocidade para pousar. "Minha sensação é que vai parecer que acabou, e isso seria um grande avanço e algo interessante para obter a opinião dos pilotos de teste."

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Borer disse que um avião totalmente elétrico pode ser um divisor de águas para o voo humano. Para ele, o X-57 Maxwell pode ser "uma maré que levanta todos os barcos. Ou melhor: todos os aviões."

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Covid-19: variante de Manaus pode ser mais transmissível e driblar sistema imunológico

Posted: 02 Mar 2021 11:48 AM PST

A variante P.1. do coronavírus, identificada em Manaus, pode ser mais transmissível e causar reinfecção, segundo pesquisa do Centro Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE).

O artigo, que ainda aguarda revisão de pares, detalha a análise genômica de 184 amostras de secreção nasofaríngea de pacientes que tiveram Covid-19 entre novembro de 2020 e janeiro de 2021. Os cálculos mostraram que a P.1. pode ser entre 1,4 e 2,2 vezes mais transmissível que suas linhagens anteriores. Além disso, a variante se mostrou capaz de reinfectar cerca de 25% a 61% das pessoas que já tiveram a doença e participaram do estudo.

Em comunicado da Agência Fapesp, Ester Sabino, da Universidade de São Paulo (USP) e responsável por coordenar o projeto, explica que apesar dos números serem uma aproximação, já que se trata de um modelo, os resultados são um lembrete de que mesmo as pessoas que já tiveram a doença devem manter as medidas de precaução.

"A nova cepa é mais transmissível e pode infectar até mesmo quem já tem anticorpos contra o novo coronavírus. Foi isso que aconteceu em Manaus. A maior parte da população já tinha imunidade e mesmo assim houve uma grande epidemia", diz Sabino.

Entre as 900 amostras coletadas no laboratório de Manaus, a equipe de pesquisadores observou que a carga viral presente na secreção dos pacientes aumentou de acordo com a maior prevalência da variante P.1. Uma ressalva feita por Sabino, no entanto, é que as cargas virais tendem a ser mais altas no início de qualquer epidemia para, posteriormente, apresentarem uma queda.

Por isso, os cientistas ainda investigam se o comportamento observado com a P.1. corresponde a esse padrão epidemiológico ou se o vírus realmente tem uma capacidade maior de se replicar em relação às linhagens anteriores. Além desse estudo do CADDE, uma pesquisa anterior da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia também havia descoberto que os indivíduos infectados com a variante P.1. apresentavam uma carga viral até dez vezes mais alta no organismo.

Apesar de ter sido descoberta em novembro do ano passado, a P.1. não é exatamente nova. Os pesquisadores do CADDE identificaram que ela seria uma descendente da cepa B.1.128, que havia sido identificada em março de 2020, também na região de Manaus.

No caso da P.1., foram encontradas 17 mutações, sendo dez delas na proteína spike, que é utilizada pelo vírus para se conectar às células e causar a infecção. As três mutações mais importantes são a N501Y, a K417T e a E484K, pelo fato de se localizarem na ponta da proteína spike.

Essas três mutações são as mesmas que foram identificadas na variante encontrada na África do Sul, a B.1.351. Segundo os pesquisadores, os estudos apontam para um processo de evolução convergente. Isso significa que algumas mutações que ofereceram vantagens ao vírus surgiram em diferentes linhagens e em regiões geográficas distintas. Pelo processo de seleção natural, essas variantes superaram suas antecessoras e se tornaram dominantes em determinados locais.

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A variante P.1. especificamente apresentou uma rápida evolução, e a grande quantidade de mutações facilitou a transmissão da doença. De acordo com a equipe, isso pode ter ocorrido no caso de o vírus ter infectado um paciente com sistema imune comprometido e, assim, teve mais tempo para evoluir no organismo.

Por enquanto, o Instituto Butantan analisa a eficácia da Coronavac contra a P.1 e deve apresentar os resultados ainda essa semana. Segundo apuração da agência Reuters, o médico Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 do governo de São Paulo, afirmou em entrevista coletiva estar otimista, já que a vacina do Butantan é “feita a partir de vírus inativado, não é uma partícula específica do vírus, de forma que mesmo quando há essas mutações nas partículas, a chance da Coronavac continuar a ser efetiva continua bastante alta."

[Agência Fapesp]

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Sero, Frame, Premiere: as TVs e monitores que a Samsung lançará no Brasil em 2021

Posted: 02 Mar 2021 10:55 AM PST

A Samsung realizou nesta terça-feira (2) um evento global para confirmar o line-up de TVs que chegará ao mercado em 2021. E muitas das novidades estão garantidas para o Brasil, entre elas as novas versões QLED 4K das linhas The Frame, Serif e The Sero. A companhia também anunciou os projetores da família The Premiere e novos monitores gamer da linha Odyssey. Preços não foram confirmados, mas a previsão é que o lançamento aconteça no segundo trimestre.

The Frame, Serif e The Sero

The Frame é considerado como o modelo "de entrada" da linha premium de televisores da Samsung. Segundo a companhia, mais de 1 milhão de unidades do produto já foram vendidas no mundo. E a estratégia da empresa permanece a mesma: permitir que o consumidor use o aparelho não só como TV, mas como objeto de decoração mesmo quando estiver desligado.

Para a versão 2021, a The Frame está 50% mais fina em comparação ao modelo anterior, mas mantém a conexão de cabo único e um suporte slim incluso para pregá-la na parede. Quem quiser pode usá-la em cima de um móvel, e com uma novidade: os pés do dispositivo são ajustáveis, permitindo que ele seja puxado para cima ou para baixo dependendo das preferências do usuário. A Samsung até deu como exemplo deixar a TV um pouco mais alta para encaixar uma soundbar logo abaixo do televisor, tornando a decoração mais bonita.

Reforçando o conceito de transformar a TV em uma obra de arte, a nova linha The Frame virá com a versão 5.0 da Art Store, que inclui 20 obras pré-embarcadas no sistema da TV. A plataforma ganhará novas adições semanalmente, incluindo uma seção dedicada para as artes mais populares do momento.

A Serif, por sua vez, segue um conceito parecido com a The Frame, com a diferença que ela foi pensada originalmente para ficar em pé, e não na parede. A TV é uma criação conjunta da Samsung com os irmãos e designers franceses Ronan e Erwan Bouroullec, que possuem obras de artes no Museu de Arte Moderna de Nova York, no Instituto de Artes de Chicago e outros museus do mundo. O aparelho ganhou vários prêmios justamente por conta do design, e agora chega em uma nova versão de 55 polegadas com resolução QLED 4K e garantia contra burn-in, 100% do volume de cor e suporte para NFC e AirPlay.

Por fim, temos a The Sero, que ainda se vende como uma TV que pode ser usada tanto na horizontal quanto na vertical. Para 2021, ela ganha suporte no AirPlay da Apple para exibir vídeos também na vertical — até então, o recurso só funcionava no modo paisagem. O YouTube agora é um app nativo do produto e também pode reproduzir vídeos na vertical. Além disso, o televisor ganhou uma função para dividir conteúdos entre duas telas distintas.

The Premiere e monitores Odyssey

Além das TVs, a Samsung vai trazer ao Brasil dois projetores da nova linha The Premiere que, de acordo com a marca, "trazem um cinema para a casa do consumidor". Serão dois modelos: o SP-LSP7 alcança 120 polegadas e tem brilho de até 2.000 lumens e som de até 30 Watts. Já o modelo SP-LSP9 alcança 130 polegadas e tem laser triplo, com brilho de até 2.800 lumens e som de até 40 Watts. Ambos possuem resolução 4K HDR com tecnologia Accoustic Beam, conexão com Android e iOS, contraste de 2.000.000:1 e suporte para comandos de voz via Bixby, Alexa ou Google Assistente.

Outra característica é que os projetores não precisam ficar a uma longa distância da parede para projetar as imagens. O modelo de 120 polegadas requer uma distância com ângulo de apenas 19 centímetros, enquanto o de 130 polegadas precisa estar a um ângulo 24 cm distante da superfície.

A Samsung também confirmou o lançamento dos monitores Odyssey G3 e Odyssey G5 no Brasil. Voltados para o público gamer, eles contam com taxa de atualização de 144 Hz e suporte para AMD FreeSync Premium. Não foram reveladas informações sobre quais tamanhos chegarão ao País, mas globalmente há versões de 27 e 32 polegadas.

TVs MicroLED e The Terrace ficam para depois

Enquanto lá fora as primeiras TVs MicroLED da Samsung já começaram a ser enviadas, aqui no Brasil isso deve acontecer daqui a algum tempo. A companhia não revelou uma data específica, se limitando apenas a dizer que o lançamento está programado "para os próximos meses".

A linha The Terrace também fez parte do anúncio global da marca. É uma nova categoria de televisores específicos para ficar do lado de fora da casa, como em uma parede em frente à churrasqueira ou de frente para a piscina, por exemplo. O modelo é mais resistente do que TVs tradicionais, podendo aguentar horas no sol ou respingos de água sem ter seu funcionamento comprometido.

De acordo com o diretor de produto de TVs da Samsung Brasil, Erico Traldi, a empresa tem planos de trazer essa linha para o mercado nacional, porém a estratégia de agora é se focar nas atualizações de modelos já existentes. "Nesse primeiro momento, optamos por não trazer a The Terrace porque preferimos estruturar o lançamento de outros modelos, como a Serif e a The Frame. Todos esses produtos exigem uma estratégia importante de canais. Pode ser que ela chegue ao País em 2022, mas em 2021 ainda não", disse.

Preço e disponibilidade

A previsão inicial da Samsung é disponibilizar as TVs QLED 4K das linhas The Frame, Serif e The Sero, os novos monitores Odyssey e os projetores The Premiere no início do segundo trimestre de 2021. Preços ainda não foram revelados.

Quanto aos tamanhos, a The Frame 2021 ganhará versões em 43, 50, 55 e 65 polegadas; The Sero e Serif têm tamanho único, de 43

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Brinquedos de plástico expõem crianças a produtos químicos perigosos, sugere estudo

Posted: 02 Mar 2021 10:40 AM PST

Imagem: Noel Celis/AFP (Getty Images)

Uma pesquisa recente sugere que os brinquedos infantis contêm muitos produtos químicos potencialmente tóxicos. O documento destaca mais de 120 substâncias comumente encontradas em brinquedos de plástico, que podem aumentar o risco para sérios problemas de saúde, incluindo o câncer.

Já faz algum tempo que os cientistas se preocupam com os produtos químicos encontrados no plástico, especialmente aqueles em brinquedos. Muitos deles são conhecidos por imitar hormônios no corpo, e teme-se que a exposição por tempo suficiente a esses “desreguladores endócrinos” possa resultar em efeitos negativos sutis para a saúde, especialmente em pessoas mais jovens que ainda estão em fase de desenvolvimento. Apesar disto, de acordo com os autores do estudo, publicado na edição de janeiro da Environment Internacional, ainda não há informações satisfatórias sobre quais destes produtos químicos têm mais probabilidade de causar problemas.

Para chegar nessa classificação preocupante, eles revisaram 25 estudos anteriores que testavam a composição química de determinados brinquedos, bem como os dados de toxicidade dos produtos químicos envolvidos em suas fabricações. Em seguida, eles cruzaram esses dados com pesquisas sobre como as crianças brincavam, com a finalidade de avaliar o nível de exposição regular. Uma das prováveis hipóteses levantadas foi do contato por meio da boca.

"Dos 419 produtos químicos encontrados em materiais plásticos duros, macios e de espuma usados ​​em brinquedos infantis, identificamos 126 substâncias que podem prejudicar a saúde das crianças por meio de efeitos cancerígenos ou não cancerígenos, incluindo 31 plastificantes, 18 retardadores de chama e 8 fragrâncias", disse o coautor do estudo, Peter Fantke, pesquisador da Universidade Técnica da Dinamarca, em um comunicado da universidade. O estudo também envolveu pesquisadores da Universidade de Michigan e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, com sede na França.

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Embora muitos dos produtos químicos identificados pelos autores tenham sido apontados no passado como um potencial problema de saúde pública, incluindo os ftalatos (derivados do ácido ftálico), eles também encontraram alguns que não haviam sido sinalizados ou regulamentados por outros países ou organizações. Alguns deles também eram “substituições lamentáveis”, já que deveriam ser uma alternativa mais segura em relação ao produto químico anterior, mas acabam por acarretar riscos semelhantes à saúde.

Ainda sabemos pouco sobre o grau exato de dano causado pelos plásticos e os produtos químicos que eles carregam. E por serem tão onipresentes no meio ambiente, não há muito que se possa fazer para reduzir nossa exposição a eles. Contudo, existe algo que pode ser realizado no momento: uma regulamentação em larga escala desses produtos químicos em todos os países, conforme afirma a equipe internacional de autores. Eles esperam que sua pesquisa possa fornecer uma linha de base para outros usarem na quantificação de quais produtos químicos são mais perigosos para as crianças.

"Deve-se priorizar a eliminação dessas substâncias em materiais de brinquedos e a substituição por alternativas mais seguras e sustentáveis", complementa Fantke.

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Como medidas de segurança da Apple ajudam a esconder ataques de hackers

Posted: 02 Mar 2021 09:36 AM PST

Imagem: Denis Cherkashin/Unsplash

O iPhone é conhecido pela fama de ser um dos dispositivos mais seguros do mundo, mas isso não quer dizer que ele esteja blindado de ataques ou invasões. E esse é o tema de uma reportagem do MIT Technology Review, que destaca como o trabalho contínuo da Apple no quesito segurança acaba sendo "uma faca de dois gumes", pois, ao mesmo tempo que protege, permite que os maiores (e melhores) hackers do mundo consigam burlar essa proteção.

Bill Marczak, pesquisador sênior de vigilância de segurança cibernética do Citizen Lab, é o principal autor do relatório "The Great iPwn", que estudou como funcionava a falha dia zero do iMessage que permitiu hackear dispositivos de jornalistas da Al Jazeera. Esse tipo de falha — "zero day", no inglês — é conhecida por ser extremamente imprevisível e surgir quando ninguém menos espera, até mesmo engenheiros que criaram os aparelhos ou sistemas afetados.

Marczak explica que, no momento em que descobriu a falha, a Apple aplicou um protocolo de segurança que dificultou o trabalho de pesquisadores que trabalham para o bem, tentando identificar potenciais causas ou formas de consertar o problema. É aí que entra a questão da "faca de dois gumes": ao mesmo tempo que intensifica a segurança dos iPhones, a Apple impede que especialistas descubram atividades maliciosas. E se um hacker conseguir burlar essa proteção, seria ainda mais difícil detectar o invasor e impedir o roubo de informações.

O pesquisador argumenta que a Apple tem investido milhões de dólares para intensificar a barreira de proteção no iPhone. Mas que, enquanto a segurança fica mais rígida ano após ano, alguns hackers também gastam os mesmos milhões para comprar ou desenvolver exploits de dia zero que os permitem assumir o controle de iPhones sem que a Apple saiba.

"Isso permite que os invasores se infiltrem em partes restritas do smartphone, sem nunca dar indícios de que o alvo foi comprometido. E uma vez que os hackers estão tão profundamente envolvidos, a segurança se torna uma barreira que impede a especialistas detectar ou compreender o comportamento maliciosos", diz o artigo da MIT Technology Review.

Marczak ainda contou sobre um exemplo recente em que a equipe do Citizen Lab precisou interromper pesquisas de segurança em torno do iOS. Quando a Apple lançou o iOS 14 no ano passado, junto dela vieram novos recursos de segurança que deletaram uma ferramenta não-autorizada de jailbreak que a entidade usou para explorar o iPhone. "Nós meio que jogamos a toalha", disse o pesquisador.

Mas o problema veio depois, já que a atualização do sistema operacional bloqueou o acesso de especialistas de segurança a uma pasta de novos updates. E adivinhem só: era nessa pasta que hackers estavam se escondendo para não serem detectados.

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Além de Marczak, o MIT conversou com Ryan Stortz, engenheiro de segurança na empresa Trail of Bits. Ele falou sobre o iVerify, um dos poucos apps de pesquisa autorizados pela Apple para checar possíveis brechas ou vulnerabilidades nos iPhones — tudo seguindo as rígidas diretrizes da própria Apple. Só que, assim como as ferramentas usadas por Marczak, o iVerify não conseguiu observar malwares desconhecidos pelos mesmos motivos citados anteriormente: segurança demais.

No entanto, esse parece ser exatamente o caminho a se seguir. Patrick Wardle, que também é pesquisador de segurança, diz que o jogo de esconde-esconde entre a Apple e os hackers evolui de forma constante, mas que não se pode abaixar a guarda. "Conforme bloqueamos essas coisas, o dano de malware e espionagem é reduzido. O iOS é incrivelmente seguro. Tanto que a Apple percebeu os benefícios e está transferindo a mesma segurança para os Macs. O chip M1 é um grande passo nessa direção", explicou.

A Apple poderia dar aos pesquisadores acesso ilimitado a seus sistemas para descobrir falhas ocultas mais facilmente? Com certeza. Contudo, isso poderia criar um precedente que poderia ser explorado por hackers mal-intencionados.

Os pesquisadores também defendem que outras plataformas, como Windows e Android, deveriam adotar o mesmo esquema de segurança dos dispositivos da Apple.

[MIT Technology Review, 9to5Mac]

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Fóssil indica que primatas surgiram logo após a extinção dos dinossauros

Posted: 02 Mar 2021 07:31 AM PST

Ossos de mandíbula e dentes foram encontrados na formação Hell’s Creek, famosa por produzir fósseis de T. rex, no nordeste de Montana (EUA). Eles são os fósseis de primatas mais antigos já descobertos, de acordo com uma nova pesquisa publicada na Royal Society Open Science.

Datados de cerca de 65,9 milhões de anos atrás, esses animais viveram de 105 mil a 139 mil anos após o evento de extinção do Cretáceo-Paleógeno, quando um asteroide eliminou a maioria das espécies vegetais e animais da Terra. O novo artigo foi coliderado por Gregory Wilson Mantilla, da University of Washington, e Stephen Chester, do Brooklyn College e da City University of New York.

"Este é um estudo importante porque documenta os primeiros primatas já descobertos, atrasando a data dos primatas mais antigos até o Paleoceno mais antigo, além de estabelecer uma maior diversidade também", Eric Sargis, professor de antropologia da Universidade de Yale, que não esteve envolvido no novo estudo, disse em um e-mail.

Na verdade, a idade desses fósseis é significativa pois sugere que o ancestral de todos os primatas, extintos e existentes, viveu durante o Mesozoico, especificamente no Cretáceo Superior. Antes dessa descoberta, a evidência mais antiga de primatas no registro fóssil datava dos primeiros 300 mil a 500 mil anos do Paleoceno (a época que se seguiu ao Mesozoico).

Imagens de tomografia computadorizada de alta resolução de dentes e maxilares pertencentes ao Purgatorius. Imagem: Gregory Wilson Mantilla/Stephen Chester

Os dentes e maxilares recém-descobertos correspondem a duas espécies diferentes: P. janisae e P. mckeeveri. Ambas pertencem ao Purgatorius, o gênero mais antigo conhecido associado aos primatas. Outros membros desse grupo incluem P. unio e P. ceratops, e todos são considerados plesiadapiformes — um grupo de primatas que inclui o Purgatorius e do qual descendem todos os primatas modernos, como macacos, seres humanos e lêmures.

O P. janisae já era conhecido dos paleontólogos, mas o P. mckeeveri é uma espécie recém-descrita, nomeada em homenagem a uma família que apoiou o trabalho de campo nesta área. Três dentes com características nunca antes vistas no Purgatorius permitiram aos cientistas declarar a descoberta de uma nova espécie.

A equipe estudou essas criaturas extintas examinando uma grande coleção de fósseis no Museu de Paleontologia da Universidade da Califórnia, que hospeda a maior coleção de fósseis de P. janisae. Eles também tinham moldes de epóxi (um tipo de resina) de outros fósseis de Purgatorius para trabalhar, bem como modelos 3D ampliados impressos em escaneamentos microCT. A equipe também usou uma técnica chamada "morfometria geométrica" para digitalizar e comparar características de fósseis com outras espécies conhecidas.

"Este trabalho foi feito com uma grande equipe que trouxe conjuntos de habilidades distintas e críticas para esta pesquisa, desde os geocronólogos que conseguiram classificar a idade desses fósseis até os geólogos que conseguiram decifrar como esses fósseis foram depositados", disse Mantilla em um e-mail. "Também não poderíamos ter feito esse trabalho sem a ajuda de colegas generosos dos museus com os quais trabalhamos e dos proprietários de terras em Garfield County Montana, que nos permitiram trabalhar em suas terras. Foi um grande esforço de equipe."

Os cientistas ainda não sabem o período exato do surgimento do Purgatorius, mas o "fato de que há duas espécies" que apareceram logo após a extinção em massa "indica que seu ancestral era mais velho do que as duas espécies descendentes", escreveu Mantilla. É cada vez mais provável que o ancestral dos plesiadapiformes “tenha surgido primeiro no Cretáceo Superior, e não no Paleoceno”, disse ele, o que significa que os primeiros proto-primatas teriam convivido com os dinossauros.

Quanto ao precursor do Purgatorius, isso ainda é um mistério. Como explicou Mantilla, algumas espécies fósseis norte-americanas que datam do Cretáceo Superior foram propostas como ancestrais do Purgatorius, incluindo os Gypsonictops, semelhantes aos ratos. É mais provável que "ainda não tenhamos encontrado o ancestral no registro fóssil", acrescentou.

Esses minúsculos mamíferos placentários tinham uma aparência muito similar a de um esquilo, mas o Purgatorius, assim como outros plesiadapiformes, “compartilham características dentais com outros primatas”, disse Sargis, acrescentando que seus dentes eram “semelhantes aos de primatas, não de roedores”.

Perguntei a Chester o que faz um primata ser um primata, ao que ele respondeu:

Esta é uma grande questão e uma questão central para todos os pesquisadores que estudam as origens dos primatas. Até que entendamos completamente o que faz um primata ser um primata, é difícil saber quando nossos ancestrais primatas divergiram de outros mamíferos. Muitos primatas hoje têm características associadas a agarrar, pular, uma dieta baseada em vegetais, visão aprimorada e inteligência. No entanto, sabemos pelo registro fóssil que todas essas características não evoluíram ao mesmo tempo. Como paleontólogos, podemos rastrear essa combinação de características até primatas extintos desde o primeiro Eoceno, há cerca de 56 milhões de anos. Mas, à medida que você recua no tempo até o Paleoceno mais antigo, há cerca de 66 milhões de anos, fica claro que nossos primeiros parentes primatas como o Purgatorius tinham algumas dessas características, mas não todas. Dois conjuntos importantes de características que evoluíram muito cedo nos primatas foram as esqueléticas, como agarrar com as mãos e os pés pelo resto da vida nas árvores, e as características dentais, como molares especializados para comer produtos vegetais não folhosos, como frutas. Essa combinação de características permitiu que nossos primeiros parentes primatas se separassem de sua competição logo após o desaparecimento dos dinossauros.

Como mostra o novo estudo, o Purgatorius estava entre os primeiros mamíferos a ter sucesso no Paleoceno, aparecendo "logo após a catástrofe que exterminou os dinossauros não-aviários", explicou Mantilla. "Eles tiveram algumas adaptações que lhes permitiram prosperar após este desastre. Primeiro, eles eram arbóreos — passavam a maior parte do tempo nas árvores — e, segundo, tinham dentes que lhes permitiam se alimentar de frutas e insetos."

Essas características, ao que parece, permitiram que o Purgatorius "crescesse e se tornasse uma parte importante do ecossistema terrestre dentro de um milhão de anos após o evento de extinção em massa", acrescentou.

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Os mamíferos apareceram pela primeira vez durante o Triássico Superior, cerca de 300 milhões de anos atrás (já estamos por aqui há um tempo!). O fato de os primatas terem conseguido prosperar após a extinção dos dinossauros não-aviários não é uma grande surpresa. Na verdade, os mamíferos rapidamente assumiram o controle assim que os terríveis lagartos desapareceram, dando origem à Idade dos Mamíferos aproximadamente 10 milhões de anos após o evento de extinção do Cretáceo-Paleógeno.

Depois de viver nas sombras dos dinossauros por centenas de milhares de anos, nossa hora finalmente chegou.

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Perseverance, rover da Nasa que está em Marte, usa processador dos Macs de 1998 (e funciona)

Posted: 02 Mar 2021 06:34 AM PST

Quando vimos a Nasa levar um novo rover para Marte no mês passado, muita gente pode ter imaginado que a agência espacial usou algum processador de alta tecnologia para dar vida à máquina. Certamente, ela foi construída em algo muito mais poderoso do que aquilo que nós, usuários comuns, estamos acostumados em nosso dia a dia. Mas a verdade é que alguns componentes internos do rover Perseverance não estão muito distantes do nosso cotidiano.

A revista NewScientist relata que o rover é movido por um processador PowerPC 750, que foi usado no iMac G3 original da Apple há 23 anos, em 1998 . De nome você talvez não se lembre, mas trata-se do desktop com a tampa traseira colorida e transparente — um ícone para a época. Se o nome PowerPC soa familiar, provavelmente é porque essas são as CPUs de arquitetura RISC que a Apple usou em seus computadores antes de mudar para a Intel (agora, ela começa a abandonar a empresa para usar os próprios processadores M1).

O PowerPC 750 era um chipset de núcleo único de 233 MHz — em comparação com as frequências de mais de 5,0 GHz de múltiplos núcleos que os chips de consumo modernos podem alcançar, 233 MHz é algo bastante lento. Mas o 750 foi o primeiro a incorporar previsão de ramificação dinâmica, que ainda é usada em processadores modernos hoje. Basicamente, a arquitetura da CPU adivinha quais instruções ela vai processar para melhorar a eficiência. Quanto mais informações, melhor o chip se torna em prever o que precisa fazer a seguir.

No entanto, há uma grande diferença entre a CPU do iMac e aquela dentro do rover Perseverance. A BAE Systems fabrica a versão endurecida por radiação do PowerPC 750, apelidada de RAD750, que pode suportar temperaturas entre -55 e 125 graus Celsius. Marte não tem o mesmo tipo de atmosfera que a Terra, que nos protege dos raios do Sol. Bastaria um flash de luz solar e estaria tudo acabado para o rover antes que sua aventura possa começar. Cada processador desse tipo custa mais de US$ 200 mil, o equivalente a R$ 1,1 milhão na conversão direta.

Processador Motorola PowerPC 750 com cache L2 off-die no módulo da CPU de um Power Mac G3. Imagem: Henrik Wannheden

"Uma partícula carregada que esteja vagando pela galáxia pode passar próxima ao dispositivo e causar estragos. Pode literalmente soltar elétrons, causar ruído eletrônico e picos de sinal dentro do circuito [do processador]", disse James LaRosa, da BAE Systems, à NewScientist.

Mas por que usar um chip tão antigo? Não tem nada a ver com custo. O que acontece que esses processadores mais velhos são considerados os melhores porque apresentam alta confiabilidade. A espaçonave Orion da Nasa, por exemplo, usou o mesmo RAD750 da Perseverance.

"Comparado com o [Intel] Core i5 do seu notebook, [o RAD750] é muito mais lento. E provavelmente não é mais rápido do que o chip do seu smartphone. Mas a decisão não tem a ver com velocidade, e sim sobre a robustez e confiabilidade", afirmou Matt Lemke, vice-gerente da Nasa para aviônicos da Orion, ao The Space Review, no ano de 2014.

Levando isso em consideração, é razoável que a agência espacial escolha tecnologias mais antigas em vez de coisas novas. Afinal, quando você está gastando US$ 2,7 bilhões (R$ 15,3 bilhões) para pousar um robô em Marte, é importante que sua tecnologia seja confiável o suficiente para resistir ao tempo, até os menores circuitos soldados. Atualmente, o RAD750 está presente em cerca de 100 satélites orbitando a Terra, o que inclui GPS com imagens e dados meteorológicos, além de vários satélites militares. Nenhum deles falhou até agora, de acordo com LaRosa.

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Agora está mais fácil importar figurinhas animadas no WhatsApp

Posted: 02 Mar 2021 06:07 AM PST

WhatsApp. Imagem: Christoph Scholz (Flickr)

O WhatsApp já permite usar figurinhas animadas — não são GIFs, que fique claro — há pouco menos de um ano, mas até então importar essas imagens para o mensageiro era algo bastante incômodo pela falta de simplicidade. Felizmente isso está mudando, já que, a partir de agora, trazer esses adesivos para as conversas ficou um pouco mais fácil.

Nesta terça-feira (2), o app liberou as versões beta 2.21.5.6, para Android, e 2.21.40, para iOS. Elas incluem um novo recurso que torna mais simples a importação dos stickers animados, da mesma maneira que acontece com as figurinhas estáticas. No momento em que publicamos esta notícia, a novidade só foi disponibilizada na Índia, Indonésia e aqui no Brasil.

Por enquanto, a importação mais fácil de figurinhas animadas só acontece por meio de aplicativos de terceiros, como é o caso do Sticker Maker. A ferramenta já oferecia suporte para a criação de adesivos com animação, podendo converter vídeos ou GIFs no formato específico. Agora, com a nova atualização no WhatsApp, usuários terão a opção de converter um pacote de adesivos em um arquivo web para que a inclusão no mensageiro seja mais rápida e praticamente instantânea.

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Segundo o site WABetaInfo, que descobriu a novidade na versão beta mais recente do WhatsApp, ainda há uma limitação: não é possível enviar packs de figurinhas estáticas e animadas ao mesmo tempo — só é permitido um pacote por vez. Caso o usuário tente subir os dois arquivos juntos, ele verá uma mensagem de erro. Também vale citar que cada pacote deve ter no mínimo três adesivos para completar o procedimento, e que cada sticker não pode ultrapassar um determinado tamanho para não comprometer a animação.

Ainda não se sabe se essa simplificação na importação de figurinhas animadas chegará para a versão web do WhatsApp. Enquanto isso, você já pode testar a novidade no seu dispositivo Android ou iOS, já que o Brasil é um dos primeiros países contemplados com o novo recurso.

[WABetaInfo]

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Satélite mostra imagem do local de pouso do Perseverance e as tralhas deixadas por ele

Posted: 02 Mar 2021 05:07 AM PST

O rover Perseverance, junto com vários componentes usados ​​durante o seu pouso recente, foram fotografados do espaço.

A imagem, capturada pelo ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO), revela a localização do paraquedas e a carcaça traseira, o estágio de descida, o escudo térmico e, claro, o próprio rover. O Sistema de Imagem de Superfície Estéreo e Colorido da espaçonave foi usado para capturar a foto. Lançado em 2016, o TGO é uma missão conjunta da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Roscosmos da Rússia.

Uma visão aproximada do local de pouso com objetos rotulados. Imagem: ESA/Roscosmos/CaSSIS; agradecimento A. Valantinas

O Perseverance pousou na cratera de Jezero em 18 de fevereiro, um evento que a Nasa conseguiu registrar em vídeo. "Jezero" significa "lago" em várias línguas eslavas, que é exatamente o que este lugar era há bilhões de anos. Assim que o veículo espacial começar a se mover, sua principal tarefa será procurar vestígios de vida microbiana ancestral dentro desse antigo corpo de água.

O estágio de descida está localizado a cerca de 650 metros do rover. Este é o equipamento movido a foguete que usou cabos para baixar o rover até a superfície e então disparou para cair a uma distância segura. O paraquedas e a carcaça estão a aproximadamente 1.200 metros a noroeste do rover, enquanto o escudo térmico está a cerca de 1.450 metros a nordeste.

O Trace Gas Orbiter adquiriu esta imagem cinco dias após o pouso. Os objetos descartados se tornarão mais difíceis de ver ao longo do tempo, à medida que ficarem cada vez mais cobertos pela poeira marciana nos próximos anos e décadas.

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Além dessa imagem, o orbitador auxiliou durante a descida e pouso, atuando como uma estação retransmissora de dados para a Nasa. A missão principal do satélite é pesquisar gases atmosféricos ligados a processos geológicos — e possivelmente biológicos — em Marte. O Trace Gas Orbiter recentemente virou notícia ao descobrir um processo químico não detectado anteriormente em Marte, embora seja um processo não associado à vida.

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Twitter: quem publicar mais de cinco mentiras sobre vacinas contra Covid-19 será banido

Posted: 02 Mar 2021 04:16 AM PST

Com o início da campanha de vacinação no Brasil, o número de publicações com conteúdo falso no Facebook mais que duplicou, segundo um estudo. Enquanto as redes sociais lutam para controlar esse fluxo constante e crescente de informações, o Twitter anunciou na segunda-feira (1º) novas medidas em seu trabalho de moderação.

A plataforma já sinalizava os posts com desinformação e vem removendo os conteúdos falsos sobre as vacinas contra Covid-19 desde o ano passado. Agora, a empresa estabeleceu uma série de punições de acordo com o número de violações, que podem levar até a uma suspensão da conta.

Em seu comunicado oficial, o Twitter diz que vai continuar enviando notificações aos usuários para alertar quando um post for marcado como conteúdo falso. A diferença é que agora as contas poderão ser punidas com base no sistema de progressão de penalidades da plataforma. As ações foram divididas da seguinte forma:

  • Uma violação: Não será realizada nenhuma ação na conta.
  • Duas violações: 12 horas de bloqueio.
  • Três violações: 12 horas de bloqueio.
  • Quatro violações: 7 dias de bloqueio.
  • Cinco ou mais violações: Suspensão permanente.

Ainda de acordo com o comunicado, "se você acredita que sua conta no Twitter foi bloqueada ou suspensa por engano, é possível recorrer". A empresa diz que as avaliações serão feitas manualmente pela equipe de moderadores, mas a ideia é que, no futuro, sejam utilizadas revisões automatizadas e humanas.

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A medida representa um passo importante no combate à desinformação. Afinal, por mais que os conteúdos já fossem sinalizados anteriormente, nada impedia que os usuários continuassem fazendo novas publicações. O Twitter diz que espera educar as pessoas com essas medidas para que elas tenham a oportunidade de "refletir melhor sobre seu comportamento e impacto na conversa pública".

A rede social já sinalizou anteriormente conteúdos compartilhados por perfis como do presidente Jair Bolsonaro e até do próprio Ministério da Saúde. Será que em breve vamos ver uma versão brasileira do episódio de Trump?

[Tecnoblog, Twitter]

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Sequenciamento de 64 genomas humanos pode ajudar a estudar melhor doenças e tratamentos

Posted: 02 Mar 2021 03:00 AM PST

No último mês, o Projeto Genoma Humano celebrou 20 anos. O esforço internacional contou com mais de mil cientistas de 40 países, representando a primeira tentativa de sequenciar o DNA humano. O problema, no entanto, é que os dados não refletiram a diversidade de toda a população global, já que a maioria dos indivíduos que participaram do estudo eram de origem europeia.

Desde então, pesquisadores vêm tentando mudar isso. Um dos esforços mais recentes foi anunciado na semana passada, com cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, nos EUA, apresentando um novo banco de dados de 64 genomas humanos sequenciados que representam 25 populações diferentes.

O estudo, publicado na Science, não se baseou no material original do Projeto Genoma Humano. Portanto, deve revelar algumas diferenças não observadas anteriormente. Segundo os pesquisadores, os avanços tecnológicos dos últimos anos também contribuirão para que eles comecem a identificar diferenças em uma escala maior, chamadas variantes estruturais, em vez de se limitarem ao nível individual.

Apesar desse importante passo, a equipe afirma que esse novo sequenciamento ainda não cobre todo o espectro das variações na estrutura do gene. Eles esperam que o desenvolvimento de novas tecnologias possam ajudar a preencher essas lacunas.

Por enquanto, o conjunto de dados atualizados deve ajudar a estudar algumas predisposições genéticas a determinadas doenças ou condições de saúde. Até então, a falta de diversidade representava um fator limitante para entender, de fato, a origem de enfermidades e como desenvolver tratamentos eficientes que atendessem a toda a população.

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Aqui no Brasil, o projeto DNA do Brasil é uma das iniciativas que tenta combater a falta de diversidade no sequenciamento genético. Liderado por Lygia da Veiga Pereira, professora do Instituto de Biociências da USP, o esforço pretende sequenciar 15 mil genomas brasileiros.

[Engadget]

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