sábado, 13 de março de 2021

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Fóssil raro de dinossauro é encontrado sobre seu ninho de ovos com evidências embrionárias

Posted: 13 Mar 2021 12:38 PM PST

Esquerda: O novo fóssil preservando um dinossauro oviraptorídeo adulto com ovos contendo embriões. À direita: interpretação artística de um oviraptorídeo em nidificação. Imagem: Fóssil: Shundong Bi; Arte: Zhao Chuang.

Paleontólogos na China descobriram o fóssil de um oviraptorossauro sentado em um ninho de ovos. Isso, por si só, já é uma descoberta incrível e rara. Mas, também há uma outra surpresa: este fóssil é único porque os ovos não eclodidos ainda preservam evidências dos filhotes em seu interior.

"Aqui, relatamos o primeiro fóssil de dinossauro [não-aviário] conhecido a preservar um esqueleto adulto sobre uma ninhada de ovo que contém restos embrionários", declaram os autores de um artigo publicado no Science Bulletin. Encontrado na China, o fóssil está expandindo nossa compreensão do comportamento e fisiologia dos oviraptorossauros, ao mesmo tempo que fornece mais provas de que os dinossauros não-aviários empregavam comportamentos de ninhada semelhantes aos dos pássaros.

Também conhecidos como oviraptors, os oviraptorossauros receberam esse nome devido a um antigo mal-entendido paleontológico de fósseis semelhantes. O nome significa "ladrão de ovos", mas acabou perdendo o sentido quando mais tarde foi mostrado que, na verdade, eles eram os legítimos proprietários dos ovos fossilizados, frequentemente encontrados ao lado de seus restos mortais enterrados.

Fósseis de oviraptorossauros com seus ovos já foram encontrados antes. A novidade aqui é que os ovos ainda contêm evidências dos embriões em seu interior. É importante ressaltar que embriões dentro de ovos de oviraptor já foram encontrados anteriormente, mas apenas de forma isolada. Um exemplo famoso é o fóssil "Baby Louie", descoberto em Henan, China, na década de 1990.

Os oviraptorossauros eram dinossauros terópodes super bem-sucedidos do período Cretáceo. Eles variavam muito em tamanho, com alguns chegando a pesar mais de 1.100 kg. As características mais comuns incluíam penas, pescoço longo, asas e bicos. Essas espécies não-aviárias tinham uma aparência muito semelhante a de um pássaro, lembrando os avestruzes modernos. Em seus ninho, esses animais organizavam seus ovos em um círculo quase perfeito, colocando-os em camadas extraordinariamente ordenadas.

O fóssil recém-descrito, denominado LDNHMF2008, foi retirado da Formação Nanxiong, perto da ferrovia Ganzhou, na província de Jiangxi, no sul da China. Ele data do final do período Cretáceo, aproximadamente 70 milhões de anos atrás, e preserva os restos mortais de um oviraptorossauro adulto, com seu crânio e outras características do esqueleto ausentes. O animal parece ter morrido enquanto estava em uma posição de aninhamento.

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Esses ossos fossilizados foram encontrados ao lado de uma "ninhada imperturbada" de pelo menos 24 ovos, "alguns dos quais estão quebrados, expondo ossos embrionários", escreveram os autores do estudo. A equipe, liderada por Shundong Bi, da Universidade de Indiana da Pensilvânia, e Xing Xu, da Academia Chinesa de Ciências, atribuíram os ovos à espécie fóssil Macroolithus yaotunensis. Para eles, ninhos de oviraptorossauro contendo tantos ovos ao mesmo tempo não são incomuns e provavelmente é uma adaptação à caça furtiva extrema por verdadeiros "ladrões de ovos".

A análise microscópica dos fósseis mostrou que alguns embriões estavam nos estágios finais de desenvolvimento e prestes a eclodir. Os autores consideraram isso como evidência potencial de que os oviraptors estavam incubando ativamente seus ninhos, e não apenas os protegendo, como especularam alguns paleontólogos.

"No novo espécime, os bebês estavam quase prontos para chocar, o que nos diz, sem sombra de dúvida, que este oviraptorídeo cuidou de seu ninho por um longo tempo", afirmou Matthew Lamanna, paleontólogo do Museu Carnegie de História Natural e coautor do novo estudo, em um comunicado. "Este dinossauro foi um progenitor carinhoso que no final das contas deu sua vida enquanto alimentava seus filhotes."

Outras evidências confirmaram essa interpretação, como uma análise de isótopos de oxigênio, mostrando que os ovos foram incubados em altas temperaturas (semelhantes a pássaros) em torno de 36 a 38 graus Celsius. Curiosamente, os ovos foram encontrados em vários estágios de desenvolvimento, o que significa que eclodiram em momentos diferentes. Isso é conhecido como assincronia de incubação, um fenômeno reprodutivo visto em pássaros modernos. Os autores não conseguiram atribuir uma causa à incubação assíncrona, mas apresentaram um cenário plausível, conforme escrevem em seu estudo:

Como os avestruzes, os oviraptorossauros só teriam iniciado a incubação do ninho depois que todos os ovos tivessem sido postos, de modo que os ovos inferiores, que haviam sido postos mais cedo, seriam incubados proporcionalmente pelo mesmo tempo que os ovos superiores. No entanto, os ovos superiores teriam eclodido mais cedo do que os ovos inferiores porque, estando mais perto do adulto que estaria chocando, eles teriam recebido mais calor deste indivíduo do que os ovos inferiores e, portanto, os embriões teriam se desenvolvido mais rapidamente.

Por fim, os cientistas também detectaram um punhado de seixos na região abdominal do dinossauro. Essas rochas provavelmente são gastrólitos, que os animais engolem para ajudar na digestão. Esta é a primeira vez que isso foi documentado em um oviraptorossauro e é uma pista potencial sobre a sua dieta.

As novas descobertas trazem uma série de novas percepções para um único, embora notável, fóssil. "É extraordinário pensar quanta informação biológica foi capturada apenas neste único fóssil", disse Xu. "Ainda vamos aprender muito com este espécime por muitos anos."

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Apple decide aposentar HomePod original para focar na versão mini do alto-falante inteligente

Posted: 13 Mar 2021 10:16 AM PST

A Apple vai descontinuar seu alto-falante inteligente HomePod original para focar no HomePod Mini, o irmão menor e mais acessível.

O TechCrunch relatou a confirmação da Apple na sexta-feira (12) de que está aposentando o HomePod poucos anos após seu lançamento inicial. Os reviews do produto não foram gentis quando o alto-falante inteligente controlado por voz chegou às prateleiras em 2018. Os críticos argumentaram que o som de alta qualidade não valia o incômodo de lidar com o jardim murado da Apple e seu alto preço de US$ 349, que é muito mais caro do que a linha de alto-falantes inteligentes Echo, da Amazon, ou Nest, do Google.

Como se isso não bastasse, o HomePod também tinha uma tendência bizarra de manchar a mobília das pessoas. A Apple baixou o preço para US$ 299 um ano depois, mas isso aparentemente não foi suficiente para salvá-lo, visto que a empresa está agora dando um fim ao produto. O alto-falante nunca chegou a ser vendido oficialmente no Brasil, e ainda aguardamos informações sobre um lançamento da nova versão por aqui.

O HomePod Mini, ao contrário do original, teve uma recepção muito mais calorosa. Esta versão menor do alto-falante inteligente de primeira geração da Apple foi lançada em novembro com um preço de US$ 99 – que ainda é mais caro do que seus concorrentes, como o Echo Dot ou o Nest Mini, mas no mesmo nível das opções intermediárias da Amazon e do Google.

Na época, descrevemos o HomePod Mini como "um ótimo pequeno alto-falante" e "o dispositivo complementar perfeito" para as pessoas que adotam o ecossistema de casa inteligente da Apple.

Em um comunicado a vários veículos da imprensa, a Apple disse que o HomePod Mini "tem sido um sucesso" desde sua estreia, tanto que a empresa optou por focar exclusivamente em seu alto-falante menor.

Se você atualmente possui um HomePod original, não se preocupe: as atualizações de software foram confirmadas pela Apple e o suporte técnico continuará para aqueles que já estão no mercado. As unidades existentes também permanecerão disponíveis "enquanto durarem os estoques", embora a opção Space Gray já pareça estar esgotada no site da Apple dos EUA.

Você pode ler a declaração da Apple na íntegra abaixo:

O HomePod mini tem sido um sucesso desde sua estreia no outono passado, oferecendo aos clientes um som incrível, um assistente inteligente e controle de casa inteligente, tudo por apenas US$ 99. Estamos concentrando nossos esforços no HomePod mini. Estamos descontinuando o HomePod original; ele continuará disponível enquanto durarem os estoques na loja online da Apple, nas lojas de varejo da Apple e nos revendedores autorizados da Apple. A Apple fornecerá aos clientes HomePod atualizações de software, serviços e suporte por meio do Apple Care.

O HomePod original não é o único produto da Apple a caminho da aposentadoria este mês. Na semana passada, a empresa anunciou que está descontinuando o iMac Pro, sua estação de trabalho de US$ 5.000, depois de apenas quatro anos no mercado.

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Nova variante do coronavírus identificada no Brasil já se espalhou por quase todo o país

Posted: 13 Mar 2021 07:30 AM PST

Estrutura do novo coronavírus COVID-19

Enquanto os cientistas ainda tentam entender os perigos da variante P.1 do coronavírus, identificada em Manaus, uma nova cepa foi descoberta no Brasil e pode representar uma ameaça adicional aos esforços para conter a pandemia.

Além da mutação ter sido descrita por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a descoberta também foi relatada por cinco instituições coordenadas pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Até o momento, as evidências indicam que a variante, provisoriamente chamada de VOI 9 (do termo em inglês "variante de interesse"), tem maior capacidade de transmissão.

De acordo com os estudos, ela surgiu em agosto do ano passado e já se espalhou por estados de todas as regiões do Brasil, exceto do Centro-Oeste. Ainda não há informações sobre o risco de as vacinas não serem eficazes contra a nova cepa, mas os pesquisadores já alertaram que ela apresenta a mutação E484K na proteína spike do vírus, que é o alvo da maioria dos imunizantes disponíveis. Essa mesma mutação também está presente nas variantes P.1 e P.2.

A descoberta foi feita a partir do sequenciamento de 195 genomas de pacientes com Covid-19 de 39 municípios do Rio de Janeiro, Amazonas, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte. Os participantes do estudo tinham entre 11 e 90 anos de idade, sendo 92 homens e 93 mulheres. A coleta das amostras ocorreu entre 1º de dezembro de 2020 e 15 de fevereiro de 2021.

A variante P.1, encontrada em Manaus, é a que causa maior preocupação por enquanto. Além da mutação E484K, ela apresenta duas outras importantes, como a N501Y que também foi identificada na cepa britânica. Por esse motivo, ela é classificada como "variante de preocupação".

A P.2, por outro lado, é uma "variante de interesse", pois apresenta menos mutações perigosas. Identificada no fim do ano passado no Rio de Janeiro, ela emergiu em algum momento no segundo semestre de 2020, segundo estudos. Atualmente, essa é a variante que mais predomina no Brasil.

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A VOI 9, descoberta recentemente, também é classificada como variante de interesse por enquanto, sendo derivada da linhagem B.1.1.33. De acordo com o estudo da Fiocruz, ela tem três outras mutações e já vem se espalhando pelo Sudeste, Sul, Norte e Nordeste do Brasil desde agosto de 2020.

Os pesquisadores alertam para a necessidade de acelerar a vacinação no país, já que essa seria a melhor forma de impedir a propagação do vírus e, assim, evitar o surgimento de novas variantes. Com a transmissão descontrolada no Brasil, o país se torna um verdadeiro laboratório para que o vírus sofra diversas mutações, o que pode, eventualmente, tornar as vacinas atuais ineficazes.

[O Globo]

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Estudo revela um grande “boom” no nascimento de gêmeos pelo mundo nos últimos 40 anos

Posted: 13 Mar 2021 05:00 AM PST

Gêmeos de 7 meses participando da Double Take Parade realizada em 3 de agosto de 2002 no Twins Days Festival em Twinsburg, Ohio. Foto: Mike Simons (Getty Images)

Ao que parece, a taxa de nascimento de gêmeos aumentou de forma alarmante nos últimos 40 anos em todo o mundo, conforme sugere uma nova pesquisa. Os autores do estudo dizem que para atingir este pico mais alto, deve-se considerar o uso de técnicas de reprodução medicamente assistida (RMA), como a fertilização in vitro, junto de gestações em idade materna avançada.

Outros estudos já mostraram uma crescente tendência de gestações gemelares ao longo do tempo, inclusive nos Estados Unidos. Entretanto, este novo estudo, publicado esta semana na revista Human Reproduction, é um dos primeiros a tentar descobrir como essa tendência se desenrolou em todo o mundo, de acordo com os autores. Por isso, eles coletaram dados de nascidos de 165 países (representando 99% da população mundial) de 2010 a 2015, junto com dados de 1980 a 1985 de 112 desses países selecionados.

Os resultados indicam que a taxa global de gêmeos aumentou em um terço desde a década de 1980: de 9,1 por cada 1.000 nascimentos para 12 por cada 1.000. Na América do Norte, a taxa subiu ainda mais, a ponto de 3,4% de todos os nascimentos entre 2010 e 2015 serem gêmeos. Em números brutos, somam cerca de 1,6 milhão de gêmeos nascidos atualmente em todo o mundo a cada ano. "O número absoluto e relativo de gêmeos no mundo como um todo está atingindo um pico em um nível sem precedentes", escreveram os pesquisadores no estudo.

Não é nenhum segredo que a fertilização in vitro (FIV) pode aumentar as chances de nascimentos gêmeos ou múltiplos, uma vez que pacientes de FIV costumam receber vários embriões fertilizados para aumentar as chances de uma gravidez bem-sucedida. No entanto, os autores observam que outras técnicas destinadas a melhorar a fertilidade, como a estimulação ovariana ou a inseminação artificial, provavelmente também desempenham um papel importante. Em países de renda mais alta, como os EUA, as mulheres em geral têm filhos em idade mais avançada, e a idade é conhecida por ser um fator na gravidez natural de gêmeos.

Embora a taxa de nascimento de gêmeos tenha aumentado em todos os lugares entre os anos 1980 e agora, a América do Sul foi a única exceção a ver um pequeno declínio. Enquanto isso, as taxas na África permaneceram as mais altas e se mantiveram estáveis ao longo dos anos, sugerindo uma inclinação mais inerente para nascimentos de gêmeos na região, conforme visto no estudo.

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"A taxa de gêmeos na África é muito alta por causa do grande número de gêmeos dizigóticos [nascidos de dois óvulos separados]. É mais provável que isso se deva a diferenças genéticas entre a população africana e outras populações", disse o autor principal, Christiaan Monden, pesquisador da Universidade de Oxford, no Reino Unido, em um comunicado divulgado pela editora da revista, a European Society of Human Reproduction and Embryology.

Por mais encantadores que sejam os gêmeos, esses nascimentos são bem arriscados para a mãe e seus filhos. Na África, onde a taxa de mortalidade de recém-nascidos já é maior do que em outros lugares, muitas famílias, infelizmente, perdem um de seus filhos gêmeos durante a infância. Em países mais ricos, a taxa de sobrevivência é mais alta, mesmo que ainda existam riscos adicionais à saúde durante e após essas gestações.

Não está claro o que acontecerá com a taxa de geminação que continua avançando, embora os autores especulem que ela diminuirá gradualmente. As clínicas de fertilidade começaram a utilizar mais a transferência de um único embrião para fertilização in vitro e outras técnicas que devem reduzir as chances de uma gravidez gemelar.

Contudo, se os países da Ásia ou da África começarem a experimentar um declínio na fertilidade que leve ao maior uso da reprodução medicamente assistida, ou se as mulheres começarem a ter filhos em idades mais avançadas, isso poderia compensar qualquer declínio de gêmeos visto na América do Norte e na Europa. Por enquanto, os pesquisadores planejam ficar de olho nas tendências do início desta década de 2020.

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