quinta-feira, 25 de março de 2021

Gizmodo Brasil

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Butantan pedirá autorização para testes de sua vacina própria contra Covid-19, a Butanvac

Posted: 25 Mar 2021 09:45 PM PDT

O Instituto Butantan desenvolveu uma vacina contra Covid-19 e quer começar os testes de fase 1 e 2 do imunizante. Chamada de Butanvac, a fórmula usa um vetor viral de gripe aviária para entregar o material genético do coronavírus às células e provocar a formação de anticorpos.

As informações são da Folha de S.Paulo e da CNN Brasil. Em suas redes sociais, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), publicou um vídeo com o diretor do Instituto, Dimas Covas, anunciando uma coletiva para 8h desta sexta-feira (26), mas sem mencionar explicitamente a candidata à vacina.

De acordo com a Folha, o Instituto Butantan lidera um consórcio internacional, com participação também de Tailândia (onde já estão sendo realizados testes de fase 1) e Vietnã. A entidade ficará responsável por 85% da produção da vacina.

A Butanvac usa o vírus inativado da doença de Newcastle, uma gripe aviária que não afeta humanos, para transportar o material genético responsável pela proteína spike do Sars-CoV-2. É uma técnica parecida com a da vacina da AstraZeneca/Oxford, que usa como vetor um adenovírus que causa gripe em chimpanzés.

A escolha por um vírus que infecta galinha permite criar os vetores dentro de ovos embrionados. Assim, é possível ter uma produção local. A CoronaVac, envasada no Butantan, e a vacina da AstraZeneca/Oxford, envasada pela Fiocruz, dependem da importação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da China. No fim de janeiro, esse processo foi bastante dificultado por questões burocráticas e diplomáticas.

Outra possível vantagem da Butanvac é que ela será desenvolvida já a partir da variante P.1, também conhecida como variante de Manaus. Essa mutação do coronavírus é potencialmente mais transmissível e mais letal, podendo ser uma das causas da piora da epidemia no Brasil, e há dúvidas sobre sua capacidade de driblar as vacinas existentes bem como de reinfectar que já teve a doença.

O site do Instituto explica os passos para o desenvolvimento e teste de uma nova vacina. A fase 1 dos ensaios clínicos se destina à avaliar a segurança da fórmula em um grupo de voluntários sadios. Já na fase 2, é testada a capacidade da fórmula para produzir anticorpos, a chamada imunogenicidade, e confirmada a segurança do produto. De acordo com as reportagens, o Butantan pedirá autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar testes dessas duas fases.

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O desenvolvimento de vacinas seguras e eficazes contra a Covid-19 se deu em tempo recorde: menos de um ano. No entanto, é bom lembrar que nem todas as tentativas tiveram sucesso. A farmacêutica Merck desistiu de sua fórmula após resultados ruins, e o imunizante desenvolvido pela empresa francesa Sanofi e pela inglesa GSK foi adiada para o fim de 2021. Já a vacina australiana desenvolvida pela Universidade de Queensland teve seus testes interrompidos por causar falsos positivos em exames para HIV.

Por outro lado, o New York Times aponta que há pelo menos 45 candidatas em testes de fase 1 e mais de uma centena em testes pré-clínicos. Segundo a Folha, há pelo menos sete nessa fase preliminar sendo desenvolvidas no Brasil.

Covas afirma que, se tudo der certo com a Butanvac, os testes podem ser encerrados até o fim do ano e 40 milhões de doses podem ser produzidas neste mesmo prazo.

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Com aumento de emissões, solos podem perder sua capacidade de armazenar CO2

Posted: 25 Mar 2021 06:03 PM PDT

Há uma afirmação recorrente no negacionismo das mudanças climáticas de que os níveis crescentes de dióxido de carbono são bons, na verdade, porque ajudam as plantas a crescer. Além de esse argumento ignorar todos os efeitos devastadores sobre a vida na Terra, há também outro problema.

Um novo estudo publicado na Nature na quarta-feira (24) sugere que, embora o aumento das concentrações de dióxido de carbono na atmosfera possa estimular o crescimento das plantas, isso tem um custo enorme em outra fonte importante de sequestro de carbono que reside apenas nessas plantas e árvores: o solo.

A sujeira é uma parte vital do ciclo do carbono, mas o impacto do aumento do dióxido de carbono no solo é uma lacuna notável na literatura acadêmica. Os autores do novo estudo decidiram preencher esse vazio. A pesquisa observa que há uma suposição amplamente aceita de que os níveis de carbono no solo irão aumentar à medida que as plantas sequestram mais carbono, porque quando essas plantas morrem, elas se decompõem e se transformam em solo. Mas não há muitas provas para dar embasamento isso.

"Como cientista, fiquei perplexo com o quão pouco sabíamos sobre os efeitos das [concentrações estimadas de dióxido de carbono] nos estoques de carbono do solo em comparação com as características das plantas", Cesar Terrer, pesquisador do Lawrence Livermore National Lab e pós-doutorando na Universidade de Stanford que participou da pesquisa, escreveu em um e-mail.

Para o estudo, Terrer e seus colegas analisaram dados de 108 artigos publicados anteriormente com foco nos níveis de carbono no solo e no crescimento das plantas em meio a concentrações crescentes de carbono. Eles descobriram que quando os níveis de carbono aumentam, os níveis de matéria orgânica no solo também aumentam. Mas, ao contrário do que a sabedoria convencional os faz acreditar, os pesquisadores descobriram que um aumento na biomassa do solo geralmente coincide com uma diminuição nos níveis de carbono do solo.

"Esperávamos um crescimento mais rápido das plantas e mais biomassa para aumentar o carbono orgânico do solo à medida que folhas extras e biomassa caíam no chão da floresta", escreveu Rob Jackson, professor de ciência do sistema terrestre na Universidade de Stanford e autor sênior do estudo, por e-mail. "Não funcionou, e essa foi a maior surpresa em nosso trabalho."

Na verdade, os autores descobriram que o solo apenas acumulou mais carbono em experimentos em que, embora a atmosfera tivesse altas concentrações de carbono, o crescimento das plantas continuou em um ritmo constante, em vez de aumentar rapidamente.

Os autores acham que sabem por que isso acontece: à medida que as plantas crescem mais rápido, elas requerem mais nutrientes, que extraem do solo. Para dar às plantas acesso a mais nutrientes, os solos devem desenvolver micróbios como bactérias e fungos mais rapidamente. Isso exige que eles aumentem a taxa de respiração microbiana, o que libera carbono na atmosfera que, de outra forma, poderia ter permanecido na terra.

Nem todos os ecossistemas, escrevem os autores, se comportarão da mesma maneira. Com base em sua meta-análise, os autores determinaram a quantidade de carbono que o solo de várias paisagens absorveria à medida que o carbono atmosférico aumentava. Eles descobriram que se as concentrações de dióxido de carbono atingirem o dobro dos níveis pré-industriais, a taxa de ingestão de carbono dos solos florestais permanecerá estável, mas os solos de pastagem aumentarão 8%.

É provável que isso ocorra porque, nas pastagens, as plantas alocam mais carbono em suas raízes do que na superfície, e estudos mostram que as raízes em decomposição tendem a depositar mais carbono no solo do que outras partes das plantas. Isso sugere que os líderes mundiais devem concentrar os esforços de restauração e conservação nesses ecossistemas como uma forma de mitigação da crise climática.

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Essas descobertas têm implicações importantes em como os cientistas do clima contabilizam a quantidade de carbono que as florestas, pastagens e pântanos podem absorver. Visto que as projeções climáticas existentes não levam em consideração a compensação entre o sequestro de carbono do solo e das plantas, elas provavelmente estão superestimando o potencial da terra para absorver carbono e mitigar o aquecimento global. Isso significa que podemos não ter tanta margem de manobra com a poluição de carbono quanto pensávamos.

"Florestas e outras terras absorvem atualmente um terço da poluição global de carbono, cerca de 12 bilhões de toneladas de dióxido de carbono a cada ano", disse Jackson. "Precisamos entender se este serviço valioso continuará."

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É assim que vão ficar os novos ícones de pastas e programas no Windows 10

Posted: 25 Mar 2021 05:27 PM PDT

A Microsoft já havia sinalizado que o Windows 10 passaria por uma mudança visual inicialmente pequena, mas bastante perceptível, em uma das próximas atualizações do sistema. E agora temos o primeiro vislumbre dessa reformulação, que promete tornar a interface mais limpa e consequentemente mais organizada.

Uma das coisas mais notáveis é que os ícones de ferramentas e programas nativos do Windows terão um layout bem mais simétrico e sem muitos desenhos. O ícone das pastas, por exemplo, vai abandonar o símbolo tradicional de uma pasta amarela e passará a ser azul. Cada uma delas terá um detalhe para diferenciá-las entre si — a pasta de Imagens terá um triângulo na parte central e um círculo, representando uma montanha e um sol, respectivamente.

Os ícones da Lixeira e da pasta Este Computador também passaram por mudanças: em vez de estarem à mostra em um plano lateral, eles agora ficam de frente.

A reformulação visual do Windows 10 está sendo feita de forma gradativa. No início de março, a Microsoft já havia revelado que os ícones do sistema também vão passar por mudanças, facilitando a navegação. Outra novidade é que, em um update futuro, os cantos de todas as janelas e pastas adotem um layout mais arredondado, em vez dos ângulos mais retos das últimas versões do sistema.

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Por enquanto, essas mudanças já podem ser testadas para usuários inscritos no programa Windows Insider, que têm acesso antecipado a novidades do software antes de serem lançadas para todo mundo. A previsão é que isso só aconteça na segunda metade de 2021 por meio da próxima grande atualização da plataforma, que tem codinome "Sun Valley".

[Microsoft]

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Xiaomi avisa que produtos talvez fiquem mais caros por escassez de chips

Posted: 25 Mar 2021 04:47 PM PDT

Além da maior crise sanitária do século, a pandemia de Covid-19 evidenciou um problemão para praticamente todas as empresas de eletrônicos: a falta de chips. E isso promete refletir diretamente no bolso dos consumidores, já os aparelhos podem ficar mais caros devido à escassez de componentes usados na fabricação desses dispositivos.

A afirmação é de Xiang Wang, presidente da Xiaomi. Durante a divulgação dos resultados financeiros do últimos semestre de 2020 na última quarta-feira (24), o executivo declarou que, por falta de chips, os custos da companhia subiram de forma expressiva nos últimos meses. Para o usuário final, a consequência disso é que alguns produtos devem chegar ao mercado custando mais.

"Continuaremos otimizando os custos dos nossos dispositivos de hardware, com certeza. Para ser honesto, continuaremos fazendo o nosso melhor para oferecer o melhor preço que pudermos aos consumidores. Mas às vezes, talvez tenhamos que repassar parte do aumento de gastos para o consumidor em diferentes casos", disse Wang. As informações são da Reuters.

Apesar de não ter preços muito convidativos aqui no Brasil, a Xiaomi é conhecida em outros países pelos aparelhos com bom custo-benefício. Não que a escassez de chips prejudique essa estratégia, mas era de se esperar que, com menos peças e uma demanda maior, esses componentes usados em tablets, smartphones e outros eletrônicos ficassem mais caros nas mãos das fabricantes.

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A falta de chips começou a ser notada no final do ano passado. Primeiro, o fenômeno atingiu a indústria automotiva, mas se expandiu rapidamente para vários setores que utilizam esses chips em diversos produtos, entre eles celulares. Consoles de videogame também enfrentam uma escassez fora do comum, dificultando a fabricação de aparelhos como PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

A Qualcomm, uma das maiores fabricantes de chips do mundo — e talvez a maior fornecedora para empresas de smartphones que não sejam iPhones —, tem enfrentado dificuldades para atender a demanda das principais marcas de telefones móveis. No entanto, a companhia ainda não sabe até quando conseguirá manter esse ritmo de produção e manter os pedidos em dia.

[Reuters]

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Nova imagem de buraco negro revela seus campos magnéticos

Posted: 25 Mar 2021 02:58 PM PDT

Em abril de 2019, o mundo ficou maravilhado, mesmo que apenas por um momento, com um vazio sinistro rodeado por um círculo de luz. Foi a primeira imagem direta de um buraco negro; mais especificamente, um abismo gravitacional supermassivo no centro de Messier 87, uma galáxia na constelação de Virgem a cerca de 54 milhões de anos-luz da Terra.

Agora, uma vasta colaboração internacional de cientistas examinou esses dados mais extensivamente e, após eliminar o ruído, divulgou a primeira imagem polarizada do buraco negro, revelando a estrutura de seus campos magnéticos.

A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira em dois artigos no Astrophysical Journal Letters. Os documentos descrevem a configuração observacional da equipe e as implicações dos resultados para a compreensão das interpretações teóricas do buraco negro no centro de M87. O buraco é um blazar, o que significa que tem um jato de energia e partículas subatômicas saindo de seu disco de acreção quase à velocidade da luz. As características do jato são definidas pelos campos magnéticos que o cercam, portanto, entender a estrutura desses campos oferece pistas para a questão mais enigmática da física do jato.

"Se agora olharmos para a imagem, vemos como esses vetores polarizados se comportam, então podemos deduzir a geometria do campo magnético a partir disso", disse o coautor Maciek Wielgus, astrofísico do Center for Astrophysics | Harvard & Smithsonian, em uma videochamada. "Isso é extremamente interessante para nós, do ponto de vista da física do jato, porque sabemos o que precisamos ter para que nossos modelos teóricos de ejeção do jato funcionem."

A galáxia Messier 87 (centro), que contém o buraco negro fotografado pelo Event Horizon Telescope. Imagem: Observatório Europeu do Sul.

Você pode achar que a nova imagem parece muito semelhante à imagem original, mas com um pouco mais de redemoinho no disco de acreção (todo o material que se acumula ao redor de um buraco negro). O que a nova imagem descreve, porém, é um detalhe mais específico do buraco negro. A vista anterior mostrava a luz total do núcleo plasmoide do M87.

Quando um buraco negro tem campos magnéticos fracos, o plasma arrasta os campos em um padrão circular e as ondas de luz oscilam perpendicularmente a eles, como se não fossem afetados pelos campos. Mas quando os campos magnéticos são fortes, o padrão polarizado das ondas de luz parece diferente. E se estiver em algum lugar entre essas intensidades de campo, a luz polarizada emitida assume uma forma mais espiral.

"O que esta pesquisa mostra é que a imagem projetada do fluxo de acreção interno do M87 muito perto do buraco negro parece simétrica em anel ou azimutal", disse o coautor Richard Anantua, astrofísico do Center for Astrophysics | Harvard & Smithsonian, na mesma videochamada. "Com esta estrutura de campo magnético vertical, está dizendo a você que os campos magnéticos não estão apenas flácidos e fracos acompanhando o resto do fluxo de acreção…os campos magnéticos são a estrutura chave nos jatos relativísticos."

O Event Horizon Telescope não é um telescópio tradicional. É o termo unificado para um número crescente de observatórios espalhados por quatro continentes, cronometrados usando relógios atômicos, olhando para o espaço juntos.

Ao criar efetivamente um telescópio combinado do tamanho da própria Terra, podemos nos envolver em um método de investigação cosmológica chamado interferometria de linha de base muito longa. A matemática é complicada, mas essencialmente, todos os diferentes observatórios olham para um objeto e então explicam as diferenças mínimas na chegada da luz a cada prato para medir o objeto. Conforme o planeta gira, mais observatórios coletam dados e podem conectar essas informações com o que já foi registrado. Quanto mais dados eles obtêm, mais nítida se torna a imagem de um buraco negro.

Wielgus disse que o "Santo Graal" daqui para frente seria ver melhor o funcionamento mais interno do núcleo do M87; especificamente, as condições em grande escala que formaram um enorme jato de plasma, ejetaram-no, colimaram-no e aceleraram-no. Atualmente, há muito ruído na imagem — e nos dados por trás dela — para ver algo mais, como a forma que uma imagem superexposta pode mostrar apenas os objetos mais contrastantes. Com mais telescópios no conjunto do Event Horizon Telescope, a equipe será capaz de ver como a geometria do campo magnético muda, é alterada e dá forma ao jato emitido do núcleo galáctico.

"Há um ditado que diz que os campos magnéticos são preguiçosos porque não exercem trabalho. Os campos magnéticos não exercem forças magnéticas paralelas a eles. Eles exercem forças magnéticas perpendiculares a eles", disse Anantua. "Pela definição de trabalho, se sua força é perpendicular à direção de fazer algo, ela não está fazendo nenhum trabalho. Mas os campos magnéticos são na verdade tão excepcionalmente preguiçosos que eles simplesmente funcionam em torno disso, e apenas usam o buraco negro para fazer o trabalho por eles."

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Os buracos negros, longe de serem um grande nada, são na verdade um palco para fenômenos físicos notáveis, um local onde forças invisíveis disparam raios mais longos do que qualquer distância que você já conheceu no cosmos, aparentemente desafiando a famosa gravidade inescapável do buraco.

"Este é um canhão magnético ferroviário", disse Maciek, "onde a fonte de energia é a energia rotacional do buraco negro".

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Vida alienígena pode estar escondida em oceanos subterrâneos

Posted: 25 Mar 2021 02:14 PM PDT

Um cientista planetário diz que os mundos de água subterrânea são provavelmente comuns na galáxia e talvez ainda mais propícios à vida do que os ambientes semelhantes à Terra. Se uma espécie inteligente surgir sob a crosta congelada, no entanto, ela ficará em isolamento perpétuo, no que é uma possível solução para o Paradoxo de Fermi.

Várias luas de nosso sistema solar apresentam vastos oceanos de água líquida cobertos por uma espessa camada de gelo. Isso inclui Europa, Titã e Encélado, e elas representam alvos tentadores na busca por vida extraterrestre em nosso sistema solar.

Na verdade, essas luas, em órbita ao redor de Júpiter e Saturno, têm interiores quentes, o resultado de imensas forças de maré causadas pelo puxão gravitacional de seus planetas hospedeiros gigantes (Plutão pode ter abrigado um oceano interior em seu passado, mas isso ainda não foi provado). E há muita química complexa acontecendo dentro desses oceanos líquidos, levando os astrobiólogos a se perguntar se esses ambientes são habitáveis ​​e, em caso afirmativo, se estão atualmente hospedando formas de vida alienígena, sejam microrganismos semelhantes a bactérias ou tubarões bioluminescentes de 16 tentáculos.

Gráfico mostrando o hipotético interior de Enceladus, com ventilação através de rachaduras na superfície. Gráfico: NASA/JPL-Caltech/Southwest Research Institute.

Outra coisa interessante sobre esses mundos oceânicos de água interior, ou IWOWs na sigla em inglês, é que eles estão localizados fora da zona habitável do nosso sistema solar — aquele cinturão tão importante dentro do qual os planetas (ou luas) podem reter água líquida na superfície. A Terra está dentro da zona habitável circunstelar, mas Marte e Vênus também estão, então pertencer a esta área não é garantia de oceanos externos ou vida.

A água é, pelo o que sabemos, um pré-requisito para a vida, daí a importância deste recurso na avaliação da habitabilidade. Os astrobiólogos costumavam acreditar que a habitabilidade era restrita a esta zona, mas isso mudou devido à descoberta de mundos com água subterrânea orbitando ao redor dos gigantes gasosos.

Dada a prevalência surpreendente desses mundos em nosso sistema solar, S. Alan Stern, um cientista planetário do Southwest Research Institute, diz que eles “provavelmente são comuns em sistemas planetários extrassolares também”, como ele escreveu em um novo relatório apresentado recentemente na 52ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária. Além do mais, Stern defende que "os mundos dos oceanos interiores podem ser mais propícios à vida do que os mundos com ecossistemas de superfície" e uma "vantagem para o desenvolvimento e manutenção da vida".

Em seu relatório de uma página, Stern argumenta que a habitabilidade de tais mundos não depende de tipos específicos de estrelas, da necessidade de planetas hospedeiros para evitar órbitas excêntricas ou da distância das estrelas hospedeiras, entre outros fatores.

Na verdade, Stern diz que os mundos oceânicos subterrâneos nem precisam de um Sol para serem habitáveis, em referência às luas em órbita ao redor de planetas errantes. Para ser claro, sabe-se da existência de planetas errantes, também conhecidos como planetas não ligados ou planetas interestelares, mas os astrônomos ainda não detectaram uma lua ao redor de um. Astrônomos dizem que trilhões de planetas flutuantes podem estar vagando pela Via Láctea, então se Stern estiver certo sobre seu potencial para hospedar luas habitáveis, isso representaria um reservatório significativo de vida na galáxia.

Os mundos de água oceânica interior também têm um sistema de defesa embutido, de acordo com Stern. Qualquer vida que surja nesses locais é protegida, não por uma atmosfera, mas por uma crosta espessa e congelada que pode medir dezenas de quilômetros de profundidade. Esta camada confere "estabilidade ambiental contra ameaças externas", oferecendo proteção contra inúmeros perigos existenciais, sejam eles asteroides, erupções solares, radiação espacial, ciclos climáticos extremos e explosões de supernovas próximas, de acordo com Stern.

O que é frustrante, no entanto, é que essa mesma camada protetora poderia tornar quase impossível para os astrônomos na Terra detectar qualquer vida sob a superfície congelada. Na verdade, isso não só exigiria uma tecnologia telescópica incrivelmente sofisticada, mas também a capacidade de detectar exoluas — pode ser uma surpresa para alguns, mas isso ainda está além do nosso alcance. Embora os astrônomos tenham confirmado a presença de mais de 4.300 exoplanetas, eles ainda não confirmaram uma única exolua em torno de qualquer um deles.

A principal hipótese de Stern é que esses mundos poderiam conter vida em taxas mais altas do que em planetas como a Terra. Especulando um pouco mais, ele também se pergunta se esses planetas podem gerar vida inteligente e até que ponto esses alienígenas aquáticos podem se desenvolver dentro de seus domínios subterrâneos. Se isso for realmente possível — um grande "se", como Stern admite em um comunicado do SWRI — esses seres extraterrestres seriam permanentemente isolados da superfície e de tudo que está além dela. Como Stern escreve em seu relatório:

Pode ser que as espécies inteligentes que vivem em IWOWs não conheçam a superfície externa de seus mundos, muito menos o universo ao seu redor. E se conhecerem, não está claro por que elas explorariam, muito menos habitariam, o ambiente estranho e provavelmente letal na superfície de seu planeta. Essas civilizações também estariam em desvantagem de persistir lá ou de viajar de seus mundos natais para o espaço, em comparação com residentes de [mundos oceânicos externos], uma vez que são provavelmente limitados pela necessidade de transportar abundantes suprimentos de água para viver na superfície de seu mundo ou no espaço.

Isso soa como uma premissa incrível para uma obra de ficção científica, mas como a declaração do SWRI aponta, a teoria de Stern pode trazer a resposta para o Paradoxo de Fermi — a observação surpreendente de que ainda não detectamos sinais de inteligência alienígena. Várias soluções para o enigma foram propostas ao longo dos anos, mas nenhuma particularmente satisfatória.

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Na verdade, a questão não é sobre IWOWs e quantas inteligências existem na galáxia, mas sim, quantas civilizações inteligentes existem em mundos semelhantes à Terra — provavelmente existem muitas. Eu também acrescentaria que a perspectiva de complexas inteligências comunicantes de rádio emergindo na escuridão completa de um mundo subterrâneo é excepcionalmente implausível. O melhor que podemos esperar é uma inteligência semelhante a um golfinho ou um polvo (o que também pode ser um exagero), mas certamente não é algo capaz de construir reatores nucleares, antenas parabólicas e foguetes. Pelo menos, não como eu imagino.

Quanto à teoria de Stern sobre os IWOWs serem abundantes na galáxia e potencialmente repletos de vida simples, ela certamente é mais realista. É uma possibilidade que deveríamos investigar aqui mesmo em nosso sistema solar. Missões para explorar os oceanos subterrâneos de Encélado e Europa devem estar entre nossas maiores prioridades quando se trata de futura exploração espacial.

Claro, Marte é legal, mas agora é um mundo morto e vermelho, enquanto essas luas oceânicas ainda poderiam criar vida alienígena real e viva.

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Para evitar demissão, entregadores da Amazon precisam aceitar nova política de vigilância

Posted: 25 Mar 2021 11:58 AM PDT

A Amazon costuma ser alvo de críticas envolvendo as condições de trabalho de seus funcionários, que são vigiados o tempo inteiro nas instalações da companhia — tudo por uma questão de eficiência, segundo a própria. E depois de implementar câmeras que usam aprendizado de máquina dentro das vans que fazem as entregas, agora a empresa tornou essa prática uma exigência. Quem não aceitar, pode perder o emprego.

De acordo com a Vice (via The Verge), motoristas de carros da Amazon nos Estados Unidos precisam assinar um termo de "consentimento biométrico" para continuarem trabalhando na empresa. Não se sabe exatamente quais informações são coletadas a partir dessa tecnologia, mas ela pode variar com base no tipo de equipamento instalado dentro do veículo. Independentemente disso, as políticas de privacidade da varejista são bem amplas.

Para se ter uma ideia, os condutores precisam concordar que fotografias tiradas pelas câmeras internas poderão ser usadas pela Amazon para verificar que são mesmo os funcionários da empresa dentro dos carros. A companhia também coleta dados como localização em tempo real do veículo, o quanto ele dirigiu, se ultrapassou limites de velocidade, se sofreu alguma batida ou se o motorista alterou rotas previamente programadas.

As câmeras não são fabricadas pela Amazon, mas pela firma Netradyne. Os dispositivos gravam tudo, porém são capazes de identificar comportamentos perigosos que podem colocar a vida do motorista e de outras pessoas em risco, como sonolência ou usar o celular enquanto dirige. Além disso, as câmeras podem alertar os motoristas em tempo real sobre essas atitudes, sugerindo que eles parem para descansar ou mantenham os olhos na pista, evitando possíveis acidentes.

Tudo isso, vale ressaltar, é alimentado por sistemas de inteligência artificial.

Como já era de se esperar, nem todos os funcionários da Amazon gostaram da ideia de estarem sendo vigiados 100% do tempo dentro das vans. Um deles, que faz parte de uma empresa terceirizada de entrega da varejista e que não foi identificado, disse à Vice que a Amazon "microgerencia” demais seus trabalhares. Outro funcionário contou à Thomson Reuters Foundation que "as câmeras são mais uma maneira de nos controlar".

Quando anunciou a instalação das câmeras, no início deste ano, a Amazon defendeu o uso da tecnologia como mais uma ferramenta de segurança para seus funcionários.

"Temos investido em segurança por todas as nossas operações e recentemente começamos a utilizar a tecnologia líder de segurança baseada em câmera em nossa frota de entrega. Essa tecnologia fornecerá aos motoristas alertas em tempo real para ajudá-los a se manter seguros enquanto estiverem na estrada", disse um porta-voz da Amazon.

[Vice, The Verge]

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Motorola lança Moto G10, Moto G30 e Moto G100 no Brasil a partir de R$ 1.699

Posted: 25 Mar 2021 10:03 AM PDT

A Motorola está trazendo três novos smartphones para o Brasil. O Moto G10 e o Moto G30 são intermediários básicos com tela grande, bateria de longa duração e processadores medianos. O Moto G100, por sua vez, é o modelo topo de linha com câmera frontal dupla, bastante memória RAM um modo que transforma o celular em desktop. Os preços começam em R$ 1.699.

Moto G10 e Moto G30

O Moto G10 é o mais simples dos dispositivos apresentados pela Motorola nesta quinta-feira (25). Ele conta com tela de 6,5 polegadas HD+ (1.600 × 720 pixels), processador Snapdragon 460 octa-core, 4 GB de memória RAM, 64 GB de espaço interno e bateria de 5.000 mAh, com carregamento de apenas 10 Watts. Nas câmeras traseiras, são quatro sensores: o principal tem 48 MP, ultra-angular de 8 MP, macro de 2 MP e um sensor de profundidade também com 2 MP. A câmera frontal tem 8 MP e fica em um notch no formato de gota.

O Moto G30, por sua vez, é uma versão ligeiramente turbinada do G10. Ele mantém a mesma tela de 6,5 polegadas, mas aqui a taxa de atualização pula de 60 Hz para 90 Hz. A bateria também não muda, porém o carregador incluso na caixa tem 20 Watts de potência. Completam as especificações o processador Snapdragon 662, 4 GB de RAM, armazenamento interno de 128 GB e quatro câmeras traseiras — principal de 64 MP, ultra-angular de 8 MP, macro de 2 MP e sensor de profundidade de 2 MP. A câmera frontal possui 13 MP.

Ambos rodam o Android 11 de fábrica. No entanto, aqui vale destacar: o Moto G10 não será atualizado para futuras versões do software, se limitando apenas a updates trimestrais pelo período de dois anos. O Moto G30 chega com a promessa de uma única atualização do sistema operacional, também com correções de segurança a cada três meses nos próximos dois anos.

Moto G100

Embora faça parte dessa leva de dispositivos mais enxutos, o Moto G100 tem cara de smartphone premium e pode ser uma alternativa ao Motorola Edge+.

Isso se reflete nas especificações: tela LCD de 6,7 polegadas Full HD+ (2.520 x 1.080 pixels) com taxa de atualização de 90 Hz, processador Snapdragon 870 octa-core, 12 GB de memória RAM e 256 GB de espaço interno, bateria de 5.000 mAh com suporte a carregamento rápido de 20 Watts e sistema operacional Android 11 com pelo menos uma atualização futura garantida.

Ao todo, o Moto G100 possui seis (!) câmeras. Na traseira, temos a principal de 64 MP, ultra-angular e macro de 16 MP, um sensor de profundidade de 2 MP e um segundo sensor de profundidade 3D de tempo de voo (ToF). A Motorola seguiu o caminho de outras fabricantes e incluiu um recurso que amplifica o áudio a partir do zoom aplicado durante uma gravação. Ao mesmo tempo, manteve os modos Pro e Ultra-Res, para fotos em altíssima definição.

Também é possível gravar com as câmeras traseiras e frontais simultaneamente. E sim, no plural, já que são dois sensores na tela frontal — principal de 16 MP e ultra-angular de 8 MP.

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Outra função inspirada em recursos da concorrência é o Ready For. Similar ao Samsung DeX nos dispositivos Galaxy, você pode transformar o Moto G100 é um PC. Basta conectar um cabo USB-C para HDMI em um monitor ou TV para que o conteúdo no display do smartphone seja exibido em uma tela maior. E você ainda pode conectar periféricos, como mouse e teclado. Dá até para usar a tela do próprio smartphone como um trackpad.

O cabo de conexão será vendido separadamente por R$ 149. A Motorola ainda vai disponibilizar uma estação multimídia por R$ 279 para deixar o telefone em pé enquanto é utilizado no modo Ready For.

Preço e disponibilidade

Estes são os preços dos novos celulares da Motorola no Brasil:

  • Moto G10 (4 GB de RAM + 64 GB) — R$ 1.699
  • Moto G30 (4 GB de RAM + 128 GB) — R$ 1.899
  • Moto G100 (12 GB de RAM + 256 GB) — R$ 3.999
  • Moto G100 (12 GB de RAM + 256 GB + cabo USB-C para HDMI) — R$ 4.099

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As enchentes na Austrália estão destruindo a vida selvagem

Posted: 25 Mar 2021 07:46 AM PDT

Partes da Austrália estão submersas. O país viu um metro de chuva em apenas cinco dias, constituindo um evento que ocorre uma vez a cada século. As águas causaram estragos nas comunidades, forçaram 18.000 pessoas a evacuar, levaram casas e destruíram a infraestrutura. Além de tudo isso, elas também estão colocando a vida selvagem em risco.

Todos os tipos de animais foram varridos pelas enchentes. Um vídeo viral de sexta-feira mostra um canguru escapando do dilúvio. Mas grande parte da vida selvagem da Austrália não está se saindo tão bem.

"Perdemos muitos animais neste fim de semana", disse Nat Blatchford, do serviço de resgate de animais Wildlife in Need of Care, em New South Wales, ao jornal britânico Guardian, observando que alguns cangurus morreram, assim como muitos pássaros.

Os especialistas também se preocupam com os animais que vivem no subsolo, como quolls e equidnas. Como esses animais vivem em túneis que cavam no solo, eles podem facilmente ficar presos dentro de suas casas pelas enchentes. Blatchford disse ao Guardian que sua organização já viu isso acontecer com vombates, e outro especialista disse que os bandicoots também foram afetados.

O caos não se limita à terra. Equipes de resgate também encontraram várias tartarugas-de-pente trazidas à costa por uma grande tempestade no oceano, bem como centenas de filhotes de tartarugas-cabeçudas, que são uma espécie em extinção.

Nem todos os animais ameaçados pelas enchentes são tão carismáticos. Os australianos também capturaram fotos de aranhas e cobras invadindo seus bairros e casas, tentando escapar das águas. Esse cenário já é um pesadelo em si, e também indica que muitos outros animais provavelmente estão sucumbindo às enchentes. Isso é uma péssima notícia, pois tanto as aranhas quanto as cobras desempenham papéis vitais na regulação das cadeias alimentares dos ecossistemas australianos.

Por outro lado, voltar para uma casa inundada e cheia de cobras não é nada agradável. As autoridades de New South Wales estão alertando os residentes para ficarem atentos a cobras, bem como a danos estruturais, uma vez que for seguro para os evacuados voltarem para casa no que é facilmente um dos conselhos mais australianos imagináveis.

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A vida selvagem do continente já havia passado por um ano terrível em 2020, com incêndios florestais devastando o campo. Estima-se que 3 bilhões de animais foram mortos ou deslocados nas chamas mortais. As enchentes ainda ocorrem três semanas depois que as autoridades nacionais anunciaram que 12 espécies foram extintas recentemente no país, incluindo o primeiro réptil que estava desaparecido desde que a Europa colonizou a Austrália em 1700.

Felizmente, existem medidas que os líderes mundiais – incluindo os australianos – podem tomar para proteger a biodiversidade que nos resta. Isso inclui a reforma dos sistemas alimentares e a restauração dos ecossistemas, bem como a adoção de políticas climáticas sérias que podem ajudar a garantir que esses desastres climáticos não fiquem ainda piores. Porque a última coisa que precisamos é de mais cobras, mortas ou vivas, aparecendo nas casas das pessoas.

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Tesla começa a aceitar bitcoins nos Estados Unidos

Posted: 25 Mar 2021 06:21 AM PDT

Elon Musk, o CEO da Tesla, anunciou em um tuíte na quarta-feira (24) que a empresa de carros elétricos agora aceitará pagamentos na forma de bitcoins. O preço do Bitcoin subiu cerca de 3% uma hora após o tuíte.

"Agora você pode comprar um Tesla com Bitcoin", tuitou Musk na manhã de quarta-feira (24).

Musk explicou em um tuíte seguinte que os clientes fora dos Estados Unidos poderiam comprar Teslas com bitcoins “ainda este ano”. Ele também ressaltou que a empresa manterá o bitcoin como criptomoeda e não o converterá em moedas fiduciárias, como o dólar americano.

"A Tesla está usando apenas software interno e de código aberto e opera nós de Bitcoin diretamente. O Bitcoin pago à Tesla será retido como Bitcoin, não convertido em moeda fiduciária", tuitou Musk.

Um aspecto do novo plano de bitcoin que não foi explicado? A Tesla definirá o preço de seus carros com base no número de bitcoins pagos ou na conversão da época? Se a Tesla começar a cobrar, por exemplo, um bitcoin por um carro, isso será o equivalente a cerca de US$ 52.000 hoje, mas pode ser muito mais alto ou mais baixo amanhã.

A Tesla divulgou em um documento de fevereiro junto à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) que a empresa havia comprado US$ 1,5 bilhão em bitcoin no início do ano.

Segundo o documento da SEC:

Em janeiro de 2021, atualizamos nossa política de investimento para nos fornecer mais flexibilidade para diversificar ainda mais e maximizar os retornos sobre nosso caixa que não são necessários para manter a liquidez operacional adequada. Como parte da política, que foi devidamente aprovada pelo Comitê de Auditoria de nosso Conselho de Administração, podemos investir uma parte desse dinheiro em certos ativos de reserva alternativa, incluindo ativos digitais, barras de ouro, fundos negociados em bolsa de ouro e outros ativos, conforme especificado no futuro. Posteriormente, investimos um total de US$ 1,5 bilhão em bitcoin sob esta política e podemos adquirir e manter ativos digitais de tempos em tempos ou a longo prazo. Além disso, esperamos começar a aceitar bitcoin como forma de pagamento por nossos produtos em um futuro próximo, sujeito às leis aplicáveis ​​e inicialmente de forma limitada, que podemos ou não liquidar no recebimento.

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A Tesla não revelou o preço que a empresa havia travado, mas explicou que apostar em criptomoedas representava um risco substancial, dadas as flutuações extremas de preço. O preço do Bitcoin era de cerca de US$ 6.700 há um ano. Atualmente, ele está em mais de US$ 50.000.

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Cientistas encontram um tipo novo (e diferentão) de rocha no fundo do Oceano Pacífico

Posted: 25 Mar 2021 05:00 AM PDT

Uma seção transversal microscópica do basalto de 49 milhões de anos. Foto: EXP 351 Science Team.

E vamos de novidade no campo da mineralogia: um novo tipo de basalto foi encontrado. Uma equipe internacional de cientistas perfurou quase 1,6 km do fundo do mar no Pacífico e extraiu uma variedade desta nova rocha vulcânica, química e mineralogicamente diferente de qualquer tipo conhecido.

A equipe examinou o afloramento rochoso de 49 milhões de anos que se formou apenas alguns milhões de anos após o Anel de Fogo, a famosa meia-lua de atividade vulcânica que circunda a orla do Pacífico. Nos primeiros milhões de anos após sua ignição, o anel borbulhou com uma intensidade superaquecida, que a equipe diz ter formado um tipo único de rocha.

Eles recolheram esta evidência da história da Terra a quase 8 km abaixo da superfície do oceano. A análise sugere que o fogo que forjou a rocha foi mais quente e extenso do que se pensava anteriormente. Os resultados foram publicados na semana passada na Nature Communications.

"As rochas que recuperamos são distintamente diferentes das rochas desse tipo que já conhecemos", disse Ivan Savov, coautor do estudo e geoquímico e vulcanólogo da Universidade de Leeds, em um comunicado da universidade. "Na verdade, elas podem ser tão diferentes dos basaltos do fundo do oceano conhecidos quanto os basaltos da Terra são diferentes dos basaltos da Lua."

Afloramentos de basalto, como este na Islândia, costumam ser usados ​​como análogos terrestres aos ambientes marcianos. Foto: HALLDOR KOLBEINS/AFP via Getty Images (Getty Images).

O basalto é um tipo muito comum de rocha ígnea que emerge de fluxos de lava resfriada, incluindo de vulcões atualmente ativos. Entretanto, as pressões e temperaturas das quais as rochas emergem mudam completamente suas características. Este basalto, relata a equipe, provavelmente se formou no final do início volátil do Anel de Fogo. Ele não havia sido detectado anteriormente devido à sua localização extremamente remota (e de difícil acesso).

Embora antigo, o Anel de Fogo é jovem em termos de história tectônica da Terra. Algumas rochas vulcânicas datam de bilhões de anos, muito mais antigas do que os 49 milhões de anos de existência da nova rocha.

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A equipe perfurou a amostra usando o JOIDES Resolution, uma plataforma de perfuração capaz de extrair amostras de 9 km abaixo da superfície. Inclusive, o basalto recém-relatado não estava nem mesmo perto dos limites da plataforma. Sob um microscópio, uma seção transversal da rocha remete a uma moldura congelada de um caleidoscópio, um conglomerado de ardósia cinza e verde do mar. Ele vem da Bacia Amami Sankaku, a cerca de 965 km da costa do Japão. Savov disse que conhecer as condições que formaram esse basalto ajudará os cientistas da Terra a entender melhor o desenvolvimento da formação rochosa que foi extraída.

"Em uma era em que admiramos com razão as descobertas feitas por meio da exploração espacial, nossas descobertas mostram que ainda há muita coisa a ser feita em nosso próprio planeta", disse Savov no comunicado da universidade.

As rochas podem nos dizer muito sobre a história do nosso planeta. Recentemente, cientistas examinando rochas na Groenlândia e descobriram evidências de um mar de magma que existia quando a Terra era apenas um bebê, não muito depois da formação da lua.

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Cientistas cozinham salsichas para cachorros-quentes na lava de um vulcão em erupção da Islândia

Posted: 25 Mar 2021 04:00 AM PDT

Cientistas que estavam em um vulcão em erupção na Islândia, perto da capital Reykjavik, cozinharam algumas salsichas para cachorros-quentes no domingo (21). O que esses cientistas estavam estudando com um experimento tão maluco? O lanche não fazia parte de seus ensaios, infelizmente. Eles só estavam com fome mesmo.

O vídeo do churrasco foi capturado pelos cientistas e publicado no YouTube pela Reuters, embora, infelizmente, não tenhamos recebido uma análise do sabor dos cachorros-quentes.

Se tivéssemos que chutar para tentar adivinhar, o gosto pode ter sido similar ao cheiro do vulcão real. Como uma pessoa no local disse à AFP, o cheiro lá em cima é muito forte.

"Cheira muito mal. Para mim, o que foi surpreendente foram as cores laranja: muito, muito mais profundas do que seria de esperar", disse Ulvar Kari Johannsson, de 21 anos.

A emissora nacional da Islândia, RUV, fez uma transmissão ao vivo do vulcão, mas parece que ninguém está cozinhando carnes exóticas.

Por incrível que pareça, esta não é a primeira vez que as pessoas cozinham salsichas para cachorros-quentes na lava de um vulcão ativo. Na verdade, não é nem a primeira vez neste mês que isso acontece. Recentemente, alguns alpinistas se filmaram fazendo a mesma coisa na Rússia.

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E muitas outras pessoas se filmaram cozinhando salsichas na lava na última década, da Guatemala ao Havaí. Há até um restaurante nas Ilhas Canárias espanholas que prepara o jantar do cliente usando o calor de um vulcão.

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