segunda-feira, 8 de março de 2021

Gizmodo Brasil

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Este drone minúsculo com asas de inseto foi criado para invadir ambientes pequenos

Posted: 07 Mar 2021 11:49 AM PST

Quando pensamos em drones, talvez a primeira coisa que venha à nossa mente sejam máquinas enormes com um zumbido estrondoso que pode ser ouvido a metros de distância. Mas isso está mudando, já que esses objetos voadores estão cada vez menores. Ou, melhor dizendo: minúsculos.

Esse é o projeto de Kevin Yufeng Chen, professor assistente do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que construiu drones tão pequenos que podem ser capazes de invadir até os menores espaços. Cada um pesa 665 mg, ou cerca de "a massa aproximada de uma abelha", segundo Chen, e se movimentam graças a elásticos nas laterais que também funcionam como asas de um inseto.

Chen criou os drones em conjunto com outros dois alunos de doutorado: Zhijian Ren, do MIT, e Siyi Xu, da Universidade de Harvard, além do roboticista Pakpong Chirarattananon, da Universidade da Cidade de Hong Kong. O objetivo é usar esses esquipamentos minúsculos e suaves para explorar espaços próximos onde os drones maiores e mais pesados se quebram ao entrar em contato com superfícies rígidas.

Os drones "abelhas” possuem um design que garante que eles possam bater suas asas 500 vezes por segundo, além de sobreviverem a vários atritos e forças que poderiam quebrar um drone normal em pedaços. Segundo Chen, os drones são resistentes a ponto de sofrer um impacto ou levar uma pancada e continuarem voando. Além disso, os objetos podem fazer manobras mais agressivas, como dar cambalhotas no ar.

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Atualmente, os drones possuem um formato mais quadrado, mas Chen pretende torná-lo mais parecido com libélulas, aumentando ainda mais o fator de disfarce do mini-robô.

Chen espera que os drones sejam usados ​​em espaços apertados, como motores e máquinas, para ajudar na inspeção de componentes internos de grandes aparelhos. Contudo, não espere vê-los à venda tão cedo, já que ainda não há previsão para o projeto ser finalizado.

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Quem é Tim Wu, pioneiro da neutralidade da rede que fará parte de conselho do governo Biden

Posted: 07 Mar 2021 09:38 AM PST

As interferências das empresas de telecomunicações nas regulamentações da internet nos EUA parecem estar com os dias contados. Segundo o New York Times, o presidente americano, Joe Biden, escolheu Tim Wu para o Conselho Econômico Nacional dos EUA.

Wu — a quem se atribui a definição de conceitos fundamentais, como a neutralidade da rede — seria alocado em uma nova função, como assistente especial de políticas de tecnologia e concorrência. Ainda não sabemos quanto poder ele terá em uma função consultiva, mas a nomeação representa uma mudança considerável em relação à era Trump, marcada por trocas de favores nessa área.

Como lembra o Protocol, formuladores de políticas públicas sempre citam trabalhos de Wu sobre concorrência e direitos a acesso equitativo. Em 2003, ele escreveu um artigo que é considerado pioneiro em mencionar o termo “neutralidade da rede”. Este trabalho abriu caminho para uma longa batalha, que definiu regras que são extremamente populares hoje e que impedem que provedores de internet reduzam velocidades deliberadamente ou limitem o acesso a sites e serviços que não podem pagar tanto por banda. Em 2017, apesar de protestos e críticas, a neutralidade da rede foi derrubada por Ajit Pai, presidente do FCC (Comissão Federal de Comunicações dos EUA, órgão semelhante à nossa Anatel) indicado por Trump.

Em 2014, Wu explicou para a New Yorker por que a neutralidade da rede é importante:

Agindo juntos, os provedores de serviços de Internet poderiam destruir a Netflix, reduzindo a velocidade de seus dados, tornando impossível assistir a filmes.

É improvável que as empresas façam isso; quase certeza que elas prometerão se comportar. Mas elas podem, em vez disso, começar a pegar dinheiro de empresas de internet com ameaças discretas e serviços caros, cobrando comissões e taxas sempre que possível. “É melhor você pagar pelo acesso ‘turbo’, Sr. Blogueiro, ou seus leitores podem demorar mais para abrir seu conteúdo.” Ou, para um novo serviço de streaming de vídeo, elas podem dizer, “Vamos dar prioridade para o Hulu, a menos que você pague” — o que significa que os consumidores terão mais facilidade para assistir aos vídeos da Hulu do que desse novo serviço. AT&T, Verizon e Comcast já arrecadam mais de US$ 300 bilhões em receitas todos os anos. Mas, como toda boa pessoa jurídica, elas querem mais.

Wu colocou a teoria em prática quando foi advogado sênior de fiscalização sob o comando de Eric Schneiderman à frente da procuradoria-geral de Nova York. Wu ordenou uma investigação sobre a Verizon, a Time Warner Cable e a Cablevision por supostamente entregar velocidades mais lentas que as contratadas. O processo terminou com um acordo de US$ 174,2 milhões feito com a Charter Communications (que comprou a Time Warner).

No governo Obama, Wu atuou como conselheiro da Comissão Federal do Comércio e, brevemente, no Conselho Econômico Nacional, a fim de ajudar a planejar a política antitruste. Mas ele teve alguns arrependimentos. Em uma conversa com a Wired sobre concorrência, ele disse que não foi duro o suficiente com Mark Zuckerberg:

Não acho que ninguém no governo Obama estava tirando dinheiro, mas tínhamos esse tipo de visão otimista. E quando Mark Zuckerberg veio à Comissão Federal do Comércio dizendo, "Oh, sinto muito por essas violações de privacidade, mas sou um jovem. Eu não sabia o que estava fazendo. Nunca mais faremos isso", todos acreditaram e retiraram as acusações individuais contra ele. Mas, na verdade, fomos enganados.

Desde então, ele parece menos receptivo a desculpas. No ano passado, ele aplaudiu o processo antitruste movido pela FTC e por 40 estados americanos contra o Facebook, acusando a empresa de comprar ilegalmente a concorrência. Especificamente, Wu disse que Zuckerberg levou a estratégia de matar ou conquistar “a um extremo ridículo e escandaloso”. Ele também defendeu dividir o Google, acusando-o de usar poderes de monopólio para coletar “descaradamente” as atividades pessoais de seus usuários.

Ele também reconhece que os políticos envolvidos na cruzada bipartidária para matar a Seção 230 (incluindo Biden) não entendem como ela funciona e por que matá-la provavelmente só prejudicaria ainda mais os pequenos jogadores. A Seção 230 é a regulação que exime redes sociais e plataformas de conteúdo de se responsabilizar pelo que é postado por usuários. "Revogar a Seção 230 causaria dor, por meio de litígios privados, não apenas nas gigantes da tecnologia, mas em todo o setor", escreveu ele no ano passado no Medium.

Wu também apoiou a proibição do TikTok, não como parte da guerra comercial entre EUA e China, mas como uma postura por uma internet sem vigilância e sem censura.

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O acadêmico também apresentou algumas propostas bem divertidas nos últimos anos. Selecionamos algumas:

Se você se interessou e quer saber mais sobre o que Wu pensa, talvez você queira ler alguns livros dele, como o The Curse of Bigness (“A maldição de ser grande”, em tradução livre) e The Attention Merchants (“Os mercadores da atenção”, também em tradução livre). Mas é melhor comprar em alguma loja que não seja a Amazon: Wu também é bastante crítico à varejista.

Segundo o Times, Wu também deve ter influência em outros setores além da tecnologia, como as grandes indústrias farmacêuticas e a agricultura.

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Telescópio Hubble captura imagem de galáxia gigantesca em espiral semelhante à Via Láctea

Posted: 07 Mar 2021 07:51 AM PST

ESA/Hubble & NASA, V. Antoniou; Acknowledgment: Judy Schmidt

A gigantesca galáxia de NGC 2336 foi descoberta há mais de um século, mas somente agora podemos ver toda a sua glória em uma imagem de altíssima definição capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. A foto foi divulgada na última sexta-feira (5), em um comunicado de imprensa da NASA. Você pode visualizar os detalhes neste link.

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O astrônomo alemão Wilhelm Tempel descobriu o NGC 2336 em 1876. E olha que a detecção não foi feita usando instrumentos robustos ou muito avançados para a época. Pelo o contrário: aconteceu por meio de um humilde telescópio de apenas 0,28 metros. Tempel mal poderia ter imaginado uma foto como esta, tirada pelo espelho principal de 2,4 metros do Hubble.

A NGC 2336 está a aproximadamente 100 milhões de anos-luz de distância da Terra e localizada na constelação norte de Camelopardalis, que por sua vez se assemelha ao formato de uma girafa. Com seus oito braços espirais proeminentes, a galáxia mede cerca de 200 anos-luz de diâmetro. Em contraste, a nossa Via Láctea, que também é uma galáxia espiral, tem cerca da metade desse tamanho, medindo 105.000 anos-luz de diâmetro.

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Além disso, a enorme galáxia está repleta de estrelas jovens – os vários pontos em azul que aparecem na imagem -, enquanto estrelas mais velhas, muitas localizadas em direção ao centro, brilham em vermelho.

Curiosamente, a NGC 2336 produziu uma supernova visível, que os astrônomos detectaram em 16 de agosto de 1987. Posteriormente, ela foi determinada como uma supernova do tipo 1a, na qual o membro explosivo de um par binário é uma anã branca.

O Hubble é um dos telescópios mais antigos que tem ajudado na exploração do nosso universo, principalmente de galáxias mais distantes da Terra. Ele foi lançado pela NASA em abril de 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery. De lá para cá, milhares de imagens em alta definição foram capturadas pelos espelhos do equipamento, incluindo galáxias no espaço profundo e supernovas.

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Facebook pode ser investigado por suspeita de racismo ‘sistêmico’ em contratações

Posted: 07 Mar 2021 06:33 AM PST

Imagem: Denis Charlet (Getty Images)

As práticas de contratação e promoções do Facebook estão sob investigação federal após relatos de preconceito racial generalizado. A Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego dos EUA (EEOC, na sigla em inglês) lançou uma investigação "sistêmica", indicando que suspeita que as políticas internas da companhia podem estar contribuindo para uma cultura de discriminação de cargos de cima para baixo.

Em julho, Oscar Veneszee Jr., gerente do programa de operações do Facebook, registrou uma reclamação junto à EEOC junto com dois candidatos que ele recrutou e que, posteriormente, a empresa rejeitou. Um terceiro candidato rejeitado juntou-se ao caso em dezembro. Veneszee Jr. é um homem negro.

A queixa alega que a empresa não oferece oportunidades iguais de carreira para seus trabalhadores negros, emprega avaliações subjetivas que promovem estereótipos raciais e discrimina os candidatos pretos. Os autores da queixa disseram ao site NPR que o texto foi apresentado em nome de "todos os funcionários e candidatos pretos a um cargo no Facebook".

As informações foram relatadas pela Reuters na última sexta-feira (5), destacando que o caso poderia abrir caminho para uma ação coletiva no futuro. A agência já havia destacado casos de suposta discriminação no local de trabalho do Facebook – as reclamações geralmente eram resolvidas por meio de mediação ou facilitando processos judiciais contra empregadores. No entanto, a EEOC não trouxe acusações específicas contra o Facebook neste momento, e sua investigação, que deve durar meses, pode muito bem não resultar em nada.

Essa não é a primeira vez que o Facebook foi criticado por sua falta de diversidade. De acordo com o relatório de diversidade mais recente do Facebook, apenas 3,9% da força de trabalho da empresa nos EUA é composta por pessoas pretas, e esse número cai para 3,4% entre os cargos de liderança.

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Em novembro de 2019, uma dúzia de funcionários anônimos publicou uma postagem no Medium expondo a discriminação e o racismo que vivenciaram enquanto trabalhavam no Facebook. Uma atualização publicada algumas semanas depois detalhou a reação da alta cúpula após o primeiro post se tornar viral, bem como o pedido de desculpa que a empresa divulgou, em vez de qualquer compromisso significativo para promover uma cultura empresarial que atrairia e reteria trabalhadores negros.

Em 2018, um ex-gerente do Facebook, Mark Luckie, publicou um memorando na rede social enviado a colegas em seu último dia de trabalho acusando a empresa de "falhar com seus funcionários e usuários negros". Talvez não por coincidência, o Facebook removeu a postagem por um breve período de tempo por violar os padrões da comunidade, mas depois reverteu a decisão.

O porta-voz do Facebook, Andy Stone, recusou o pedido da Reuters para comentar as alegações ou o status da investigação da EEOC, mas disse que “é essencial fornecer a todos os funcionários um ambiente de trabalho respeitoso e seguro". Ele ainda afirmou que "levamos a sério qualquer denúncia de discriminação e investigamos todos os casos". O Gizmodo US também procurou o Facebook para falar sobre o assunto, mas ainda não obteve uma resposta. Atualizaremos a notícia caso isso aconteça.

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