domingo, 25 de abril de 2021

Gizmodo Brasil

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Falha de segurança em AirDrop da Apple expõe 1,5 bilhão de dispositivos

Posted: 24 Apr 2021 05:55 PM PDT

O recurso AirDrop da Apple é uma maneira conveniente de compartilhar arquivos entre os dispositivos da empresa, mas os pesquisadores de segurança da Technische Universitat Darmstadt (TU) na Alemanha estão alertando que você pode estar compartilhando muito mais do que apenas um arquivo.

De acordo com os pesquisadores, é possível que invasores descubram o número de telefone e e-mail de qualquer usuário de AirDrop. Para isso ser possível, é necessário apenas de um dispositivo com wi-fi e proximidade física com o alvo, já que deste modo pode-se simplesmente abrir o painel de compartilhamento do AirDrop em um dispositivo iOS ou macOS. Se o recurso estiver ativado, ele nem mesmo vai exigir ser iniciado ou se envolver com qualquer compartilhamento para estar em risco, de acordo com suas descobertas.

O problema está relacionado à opção "somente contatos" do AirDrop. Os pesquisadores dizem que, para descobrir se um usuário da funcionalidade está em seus contatos, ele usa um "mecanismo de autenticação mútua" para cruzar o número de telefone e e-mail desse usuário com a lista de contatos de terceiros. E tem mais um detalhe: existe o uso de criptografia para esta troca. Mas, a questão é que o hash que a Apple usa é aparentemente facilmente decifrado usando "técnicas simples, como um ataque de força bruta". Contudo, não ficou claro na pesquisa qual o nível de poder de computação que seria necessário para aplicar a força bruta aos hashes que a Apple usa.

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Obviamente, as falhas de segurança não são necessariamente um sinal de que uma empresa é ruim no que faz. Pesquisadores de segurança independentes encontram vulnerabilidades o tempo todo, e a maioria das grandes empresas de tecnologia possui um sistema onde essas falhas podem ser relatadas, corrigidas e, em seguida, divulgadas. Muitas vezes, não ouvimos sobre esses riscos de segurança até que uma empresa já os tenha corrigido. O preocupante, neste caso, é que os pesquisadores da TU dizem que contaram à Apple sobre essa falha de privacidade em maio de 2019. Isso foi há quase dois anos e até agora, a Apple "não reconheceu o problema nem indicou que está trabalhando em uma solução". Isso, de acordo com os pesquisadores, significa que 1,5 bilhão de gadgets da Apple ainda podem ser vulneráveis a essa falha específica.

Isso é duplamente preocupante, visto que os pesquisadores da TU disseram que também apresentaram à Apple uma possível solução chamada “PrivateDrop“. Embora não tenham fornecido muitos detalhes, os pesquisadores disseram que o PrivateDrop é baseado em protocolos criptográficos que não dependem da troca de valores de hash vulneráveis. Supostamente, isso manteria a conveniência que todos amam sobre o AirDrop, com um atraso de autenticação de “bem menos de um segundo”. O Gizmodo entrou em contato com a Apple para comentar, mas não recebemos uma resposta imediata.

A Apple sempre fala sobre como se dedica à privacidade do consumidor e à segurança de seus dispositivos. Quer uma prova concreta? É só conferir os próximos rótulos de privacidade no iOS 14.5, que anuncia enclave seguro em seus SoCs e muito mais. Contudo, os pesquisadores dizem que, se você não quer correr riscos, a única solução agora é desativar a descoberta de AirDrop nas configurações do sistema e evitar abrir o seu painel de compartilhamento.

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Estudo analisa fóssil “Pé Pequeno” e descobre semelhança entre humanos e macacos

Posted: 24 Apr 2021 01:16 PM PDT

O ombro fossilizadp de um hominídeo primitivo chamado "Pé Pequeno" sugere que a espécie, que andava ereto, também era boa em se balançar no meio de árvores, uma habilidade há muito perdida entre os humanos modernos.

Há cerca de 3,7 milhões de anos, no que hoje é a África do Sul, um parente humano atravessou dois momentos evolutivos: nossa propensão a passar tempo em árvores e nossa preferência por andar no chão. Esse espécime, denominado StW 573 ou Pé Pequeno, era um Australopithecus prometheus. O fóssil foi escavado em sua totalidade em 2018, mais de 20 anos após sua descoberta, quando os paleontólogos terminaram de extrair o fóssil do local em que estava enterrado. Imediatamente, ele foi capaz de oferecer um notável vislumbre das origens humanas.

A pesquisa que descreve a morfologia da articulação do ombro foi publicada esta semana no Journal of Human Evolution. A equipe responsável inspecionou a cintura escapular do Pé Pequeno, ou seja, a omoplata e a clavícula do espécime. Ao comparar essa formação com a de outros parentes humanos, incluindo alguns dos grandes macacos, a equipe descobriu como o Pé Pequeno e outros em sua espécie se moviam.

Gif: Kristian Carlson

"Ao compreender como as articulações dos ombros dos primeiros hominíneos são estruturadas e, de forma mais ampla, como suas omoplatas são capazes de se mover em seus torsos, podemos entender como eles usavam seus membros superiores enquanto interagiam com o meio ambiente", disse Kristian Carlson, um biológico antropólogo da Universidade do Sul da Califórnia (USC) e principal autor do novo artigo, em um e-mail. "Esta é uma questão crucial durante este período de nossa história evolutiva."

Em resumo, a cintura escapular de Pé Pequeno indicava aos pesquisadores que o hominídeo explorava árvores para sobreviver, talvez para conseguir uma refeição ou para evitar se tornar uma. Isso levando em consideração a pesquisa do ano passado sobre as vértebras do espécime, que sugeriu que o Pé Pequeno era capaz de movimentos de cabeça (úteis para escalar) que vão além das capacidades humanas modernas. Dito isso, o Pé Pequeno ainda era bípede, apresentando o andar ereto associado aos humanos.

A nova descoberta também traz uma comparação interessante com Ardi (um espécime de Ardipithecus ramidus), um parente antigo menos conhecido de 4,4 milhões de anos atrás. Paleoantropólogos sugeriram recentemente que as mãos de Ardi foram feitas para balançar em árvores, embora alguns especialistas discordem, dizendo que Ardi era mais humano do que macaco. Embora o registro fóssil seja o mais ossificado possível, as conclusões tiradas dos ossos que foram retirados do solo permanecem inconstantes. Vai levar algum tempo para ver se as interpretações do estilo de vida do Pé Pequeno, extraídas desses ossos do ombro, se mantêm.

Os ossos do Pé Pequeno sugeriam que ele não tinha perdido a capacidade de balançar entre as árvores. Ilustração: Amanda Frataccia.

A cintura escapular do Pé Pequeno é a primeira evidência de tal estrutura esquelética tão próxima de quando os hominídeos se separaram dos ancestrais macacos e bonobos. Esse membro superior é uma peça crucial do quebra-cabeça, embora Carlson tenha dito que não pode nos dizer muito sobre o assunto.

"Por mais especial que o Pé Pequeno seja, é apenas um indivíduo", explicou. "Embora ainda estejamos investigando intensamente outras regiões anatômicas do esqueleto do Pé Pequeno, também devemos continuar a apreciar a crescente variabilidade morfológica que parece existir dentro do registro fóssil de hominídeo primitivo, por exemplo no Australopithecus".

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Com base em suas comparações, a equipe de Carlson determinou que a estrutura do ombro do hominídeo pode ser um bom indicador de como essa estrutura pareceria em parentes humanos ainda mais velhos, no período de 7 a 8 milhões de anos atrás. Mas até que isso aconteça, parece que estamos presos a um dos fósseis australopitecinos mais completos já encontrados, cuja análise contínua revela novos detalhes e teorias a cada descoberta.

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O que assistir nos streamings: Mudança de Hábito, Horizon Line e Sombra e Ossos

Posted: 24 Apr 2021 10:38 AM PDT

A cada semana chegam mais e mais novidades nos catálogos dos serviços de streaming de Netflix, Prime Vídeo, Disney+ e Globoplay. Por isso, o Gizmodo Brasil separou alguns títulos que podem interessar, como a nova adaptação literária da Netflix e um clássico do cinema indispensável para qualquer pessoa. Confira:

Disney+

Mudança de Hábito (1992) 

Seja pela história ou pelas interpretações, o filme Mudança de Hábito é um clássico atemporal bem estilo Sessão da Tarde. Com a artista EGOT (vencedora dos prêmios Emmy, Grammy, Oscar e Tony) Whoopi Goldberg no papel principal, a história apresenta a cantora Deloris Van Cartier, que é forçada a se esconder da máfia, por conta de um crime cometido por seu namorado mafioso. Assim, ela vai parar no último lugar que iria imaginar: um pacato convento. Com seu jeito ousado e divertido de vivenciar a rotina das freiras, acaba por se envolver no coral do convento. Ao longo desta história, somos cativados por uma mistura ideal de comédia com drama, principalmente nos números musicais.

Dirigido por Emile Ardolino (Dirty Dacing), o filme tem uma fórmula que nos deixa encantados, pois apresenta uma protagonista totalmente identificável, uma trilha sonora impecável e uma mensagem positiva em seu final. Não é atoa que mesmo após 29 anos de sua estreia, ele segue em listas de filmes memoráveis e bem premiados. Inclusive, um terceiro filme será lançado em 2022, com a volta de Goldberg no papel de Van Cartier. Por isso, vale maratonar esta obra e o seu segundo longa, que marca a continuação desta história que nos envolve em um sentimento nostálgico.

Cena do filme Mudança de hábito. Imagem: Walt Disney Studios Motion Pictures.

Prime Vídeo

Horizon Line (2020)

Os filmes suecos parecem ter chamado atenção de muitas pessoas fora da Europa, especialmente pela boa repercussão da audiência nos serviços de streaming, como no caso da obra Minha Vida de Cachorro (1985). Já existem títulos consolidados no mercado, como os filmes O Sétimo Selo e Morangos Silvestres do excepcional Ingmar Bergman. Dito isto, o thriller Horizon Line (Pesadelo nas Alturas, em português) parece ser uma boa aposta de sucesso do Prime Vídeo. Dirigido por Mikael Marcimain, um profissional sueco muito elogiado pelos seus trabalhos na TV, se junta a um time que já trabalhou em títulos como Rua Cloverfield, 10 (2016) e Águas Rasas (2016).

Na trama, somos apresentados a Sara (Allison Williams) e Jackson (Alexander Dreymon), que estão há um ano separados e encontram-se para ir ao casamento de um amigo em uma ilha. Como forma de facilitar a chegada deles ao evento, resolvem ir juntos em um helicóptero operado por um amigo de Sara. Contudo, no meio do caminho, o piloto acaba tendo um ataque cardíaco. Sem conhecimento de como pilotar o avião, ambos lutam pela sobrevivência para chegarem sãos e salvos ao destino. Com muita ação e momentos de apreensão, é um filme que pretende prender sua atenção do início ao fim. Vale conferir!

Netflix

Sombra e Ossos (1 temporada) (2021)

Esta lista não seria a mesma se não tivesse uma adaptação literária como indicação. Desta vez, temos uma fantasia baseada na trilogia Shadow and Bone e na duologia Six of Crows, ambas da autora israelita e naturalizada norte-americana, Leigh Bardugo. Mesmo que a série pareça trazer uma pegada mais atrativa para um público mais jovem, não se engane: ela oferece um ótimo enredo com personagens complexos e bem marcantes, além de colocar em discussão questões sociais que ditam o ritmo de toda a trama. Com Shawn Levy, produtor da série Stranger Things e Eric Heisserer, roteirista de Bird Box, por trás de sua composição, é uma obra que promete se tornar mais um sucesso de audiência do streaming.

Em um mundo destruído pela guerra, a órfã Alina Starkov trabalha como cartógrafa para o exército de Rafka (Jessie Mei Li), comandando pelo misterioso Darkling (Ben Barnes). Em uma de suas missões, ela descobre que possui poderes extraordinários, capazes de salvar inúmeras vidas e unir vários povos. Mas, como bem sabemos, grandes poderes são acompanhados de grandes responsabilidades, e a protagonista acaba virando alvo de forças sombrias, vindas da Dobra das sombras. É um universo bem particular e muito bacana de conhecer, especialmente pelos demais personagens que serão apresentados ao longo dos seus oito episódios. Uma dica de ouro para este final de semana.

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