terça-feira, 27 de abril de 2021

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Criaram um Game Boy gigante, o “Game Man”

Posted: 27 Apr 2021 04:54 PM PDT

Cada cultura tem uma referência diferente para quando um menino se torna um homem. Mas, para consoles portáteis, aparentemente acontece em algum momento quando eles são atualizados com uma tela colorida e a capacidade de jogar o icônico Nintendo Entertainment System (NES). Mas, apesar da atualização de status, o Nintendo Game Man do canal Grumpy Modeler parece ter estacionado no tempo.

Pelos padrões de hoje, o Game Boy original de 5,8 polegadas de altura não poderia ser considerado portátil, mas em vez de aproveitar a eletrônica moderna para miniaturizá-lo como no caso do FunKey S, o Grumpy Modeler foi na contramão e criou o bestial Game Man. Mas, apesar disto, ele deixa muito espaço para um display LCD colorido de 640×480 de 5,6 polegadas, que é uma atualização bem-vinda para a tela de 1,9 polegadas do Game Boy original que ostentava apenas 160×144 pixels.

O Game Man foi criado usando uma combinação de um gabinete personalizado impresso em 3D, um NES, um gamepad e vários componentes de terceiros que permitem que todo o hardware retro interno funcione bem em conjunto. Contudo, enquanto muitos mods do Game Boy parecem um console Frankenstein que foi hackeado no porão de alguém, a criação do Grumpy Modeler tem o acabamento polido de um produto legítimo da Nintendo, incluindo rótulos personalizados em todos os botões.

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Não há chance de a Nintendo transformar esta criação de um hacker em um produto real, então o Grumpy Modeler compartilhou não apenas todos os seus arquivos de origem da impressora 3D para download,  como também uma longa lista de compras de todos os componentes necessários para construir o seu próprio Game Man, bem como dicas aleatórias sobre como juntar tudo. Tudo o que você precisa fornecer é o hardware retro que o alimenta e um conhecimento bastante confiante de eletrônica e soldagem.

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Como as políticas climáticas podem ajudar a combater a pobreza extrema

Posted: 27 Apr 2021 03:53 PM PDT

As mudanças climáticas e a desigualdade global estão profundamente interligadas. A crise climática afeta desproporcionalmente as pessoas pobres que estão mais expostas a eventos extremos e correm o risco de perder tudo em caso de desastres.

Um novo estudo publicado na Nature Communications na terça-feira mostra por que enfrentar os dois problemas juntos é uma tarefa obrigatória. Não fazer isso pode acabar significando que as políticas para lidar com as mudanças climáticas sobrecarregam os pobres e empurram as pessoas ainda mais para a pobreza.

No momento, 1,89 bilhão de pessoas vivem em extrema pobreza, de acordo com o padrão estabelecido pelas Nações Unidas de viver com menos de US$ 1,90 por dia. Para ver que efeito a ação climática internacional poderia ter sobre a pobreza global, os autores modelaram os impactos econômicos de certas abordagens políticas. Eles basearam seus experimentos nos "caminhos socioeconômicos compartilhados" ou SSPs (sigla em inglês) que os modeladores do clima criaram no início da década de 2010 e que ilustram como a sociedade, a demografia e a economia globais podem mudar no próximo século.

Os autores primeiro modelaram o curso que a desigualdade global tomará sem quaisquer políticas novas e ousadas de mitigação do clima. As descobertas mostram que sob o SSP2, que se refere a um “caminho do meio” onde as tendências socioeconômicas continuam, 350 milhões de pessoas ainda viverão com menos de US$ 1,90 por dia até 2030. Isso significa que o mundo não cumprirá a meta da ONU de erradicar a pobreza extrema em 2030. E essa provavelmente é uma estimativa conservadora, porque não leva em consideração os efeitos exacerbantes das mudanças climáticas ou da Covid-19, que colocaram um maior estresse econômico em populações em dificuldades.

Os autores, então, analisaram como um imposto estrito sobre o carbono — que atenderia à meta do Acordo de Paris de manter o aquecimento global dentro de 1,5ºC das temperaturas pré-industriais — funcionaria nesse cenário. Eles descobriram que, se todos no mundo tivessem que pagar o mesmo preço pelas emissões, mais 50 milhões de pessoas viveriam em extrema pobreza até o final da década, elevando o número total para 400 milhões.

Em seguida, os pesquisadores analisaram o que aconteceria se todas as nações tivessem acesso às receitas internas fornecidas pelo preço do carbono. Eles descobriram que isso poderia compensar os "efeitos colaterais negativos da política climática na erradicação da pobreza" e até mesmo reduzir o número de pessoas que vivem em extrema pobreza em 6 milhões. Mas mesmo essa redistribuição progressiva não seria suficiente para compensar os efeitos colaterais das políticas na maioria dos países nas partes mais pobres do mundo. Nos países da África Subsaariana, que é a região onde a pobreza extrema já é mais prevalente, os países ainda estariam operando com prejuízo.

Felizmente, os pesquisadores descobriram que há uma maneira de aliviar isso: dividir o fardo da precificação do carbono de forma equitativa em vez de uniforme.

"Para compartilhar os custos da mitigação das mudanças climáticas de forma justa, os países industrializados devem compensar financeiramente os países em desenvolvimento", disse Nico Bauer, que trabalha com modelos climáticos no Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático e foi coautor do estudo, em um comunicado.

Os autores analisaram o efeito de emparelhar um imposto sobre o carbono com um mecanismo internacional de financiamento do clima, pelo qual as receitas dos preços do carbono eram coletadas globalmente e redistribuídas de forma equitativa. Ao transferir apenas 5% do dinheiro que os setores de energia das nações industrializadas tiveram que pagar para poluir, os autores descobriram que um organismo internacional poderia arrecadar cerca de US$ 100 bilhões por ano para distribuir aos países pobres, além de suas receitas internas. Isso poderia levar a uma redução líquida da pobreza global em cerca de 45 milhões de pessoas em 2030.

"A redução da pobreza, portanto, precisa ser incluída no desenho das políticas climáticas", disse Bjoern Soergel, pesquisador do Instituto de Pesquisa de Impacto Climático de Potsdam e principal autor do estudo, em um comunicado.

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Essa não é uma política climática particularmente radical. Como os autores observam, esse nível de financiamento climático "reflete o compromisso dos países industrializados" durante as negociações em torno do Acordo Climático de Paris de 2015. Em um mundo justo, as nações industrializadas deveriam contribuir ainda mais. Um relatório recente, por exemplo, sugeriu que os EUA deveriam contribuir com trilhões para o financiamento internacional do clima, já que é de longe o maior emissor histórico de carbono. Mas a estratégia que os autores modelaram ilustra como a justiça climática depende da equidade econômica.

"Combinar a redistribuição nacional de receitas de preços de emissão com transferências financeiras internacionais poderia, portanto, fornecer um ponto de entrada importante para uma política climática justa nos países em desenvolvimento", disse Elmar Kriegler, chefe do departamento de pesquisa do "Transformation Pathways" do Instituto Potsdam for Climate Impact Research e coautor do estudo. "E não para por aí: precisamos olhar para além de 2030 e continuar a trabalhar para a erradicação da pobreza extrema."

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Algumas estações de trem e metrô de SP vão passar a comercializar apenas bilhetes com QR Code

Posted: 27 Apr 2021 03:02 PM PDT

A partir desta segunda-feira (26), 16 das 183 estações da CPTM e do Metrô vão passar a comercializar bilhetes com QR Code. A notícia foi divulgada pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo (STM).

A ideia é fazer com que bilhetes comprados no metrô funcionem também nos tens da CPTM e vice-versa. Até então, os bilhetes magnéticos não serviam para as duas modalidades.

Além do bilhete em QR Code, os passageiros podem usar um aplicativo chamado TOP, disponível para Android e iOS — que permite comprar até dez passagens com cartão de débito e crédito. Nesses casos, o aplicativo gera um QR code que o usuário pode utilizar offline.

Caso o passageiro prefira, a compra do bilhete pode ser feita pelo QR Code impresso no papel. Mas, como a tinta da impressão pode se desgastar dependendo do seu armazenamento, o indicado é que você utilize em 72 horas. Segundo a SMT, em todas as estações já existem funcionários posicionados estrategicamente próximos das catracas para desfazer quaisquer dúvidas por parte do público.

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Mas, e aqueles bilhetes de tarja magnética, vão continuar? Segundo a SMT, não mais. Até o final de maio, os bilhetes em QR Code devem ser comercializados de forma integral. Inclusive, este novo sistema está em sua fase inicial, então muito ainda vai ser observado sobre seus pontos positivos e negativos. Por isso, vale pontuar algumas observações importantes:

  • Não será possível fazer integrações tarifárias utilizando o seu bilhete digital. Ou seja, se você precisar fazer as transferências gratuitas entre a CPTM e o Metrô, será preciso passar novamente pela catraca de outro metrô/trem ou ônibus, com o uso de outro bilhete/passagem;
  • Se você comprar cinco bilhetes no modelo impresso, serão ao todo cinco papéis de QR Code que serão fornecidos, o mesmo padrão na venda dos bilhetes de tarja magnética. Então, se atente a não amassar, molhar ou descartar acidentalmente as suas passagens impressas;
  • Mesmo sem ter internet, o usuário vai conseguir utilizar o bilhete, uma vez que existe a opção de salvar a imagem do QR Code na sua galeria de fotos;
  • Ele não está sendo aceito nos ônibus, apenas no metrô e trem.
  • Os cartões BOM e o Bilhete Único vão continuar em uso.

Caso o usuário venha a ter muitos questionamentos ou reclamações sobre o aplicativo ou algum problema no momento da recarga e do seu uso, a SMT disponibilizou um atendimento 24 horas por meio do WhatsApp (11) 3888-2200. Além do email: atendimento@boradetop.com.br. 

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Esta sonda interestelar iria mais longe no espaço do que qualquer coisa já construída

Posted: 27 Apr 2021 01:45 PM PDT

Há quatro anos em construção, um conceito de missão pragmática para uma sonda interestelar iria além da missão interestelar Voyager, na qual duas espaçonaves deixaram a Terra na década de 1970 e agora são os objetos de fabricação humana mais distantes. A equipe por trás do projeto detalhou sua proposta na segunda-feira (26) na assembleia geral anual da União Europeia de Geociências.

Esta sonda passaria a heliosfera do sistema solar, a área ao nosso redor onde os ventos solares desempenham um papel, preenchendo o espaço com radiação e campos magnéticos. (A magnetosfera da Terra nos protege de muito disso, e a ausência de tal esfera em Marte e Vênus é clara em sua evolução planetária divergente). Até certo ponto, a heliosfera também atua como um abrigo protegendo nosso sistema solar da radiação interestelar.

"A sonda interestelar representa esse retrato no tempo, de onde estamos na jornada solar pela galáxia", disse Pontus Brandt, astrofísico da Universidade Johns Hopkins e membro da equipe da sonda interestelar, durante a apresentação de segunda-feira. "Ao explorar a heliosfera e o meio interestelar hoje, em seu estado atual, a sonda interestelar nos permitirá entender como nosso lar na galáxia se formou e também para onde iremos em seguida."

Uma das naves espaciais Voyager. Imagem: Nasa

O objeto de fabricação humana mais distante da Terra é a Voyager 1, lançada em 1977 e agora a mais de 152 unidades astronômicas (ua) de nós, em que uma "ua" é a distância média entre o Sol e a Terra. Em termos mais básicos, a Voyager 1 viajou mais de 22,5 bilhões de km até o momento, enquanto sua irmã, a Voyager 2, viajou mais de 18,8 bilhões de km. A New Horizons, lançada em 2006, está agora um pouco além de Plutão. A sonda proposta, que seria lançada no início de 2030, chegaria ao limite da heliosfera em 15 anos, sendo que as jornadas das Voyagers ao mesmo local levaram 35 anos. A sonda seria construída para durar 50 anos, com o objetivo final de fazê-la alcançar 1.000 unidades astronômicas, superando os avanços anteriores de espaçonaves humanas e mergulhando no meio interestelar — o grande vazio além do alcance de nosso Sol.

"A sonda interestelar irá para o desconhecido espaço interestelar local, onde a humanidade nunca alcançou antes", disse Elena Provornikova, chefe de heliofísica da Sonda Interstelar do Laboratório de Física Aplicada Johns Hopkins em Maryland, em um comunicado à imprensa da União Europeia de Geociências. "Pela primeira vez, tiraremos uma foto de nossa vasta heliosfera de fora para ver como é a casa do nosso sistema solar."

Um gráfico que mostra as distâncias relativas de objetos dentro de nossa heliosfera e além. Gráfico: Johns Hopkins APL

Um gráfico que mostra as distâncias relativas de objetos dentro de nossa heliosfera e além. Gráfico: Johns Hopkins APL

Para chegar a essa distância, a equipe propõe lançar a sonda ao redor de Júpiter, de maneira semelhante à Cassini. Isso é melhor do que atirar a sonda além do Sol, onde ela precisaria de um enorme escudo térmico para sobreviver, reduzindo o número de instrumentos científicos que a nave poderia levar em sua jornada.

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Os objetivos científicos da investigação são três. Conforme apresentado por Provornikova na segunda-feira, os cientistas querem entender melhor os processos físicos que moldam a heliosfera, como a atividade no meio interestelar afeta a heliosfera, além de descobrir e quantificar as propriedades do meio interestelar local.

No final deste ano, a equipe da sonda interestelar irá propor a nave à Nasa em um relatório abrangente. Esperamos que eles consigam o financiamento para seguir em frente.

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Após recusar usar máscara em voo, senadora dos EUA terá que fazer percurso de 20 horas

Posted: 27 Apr 2021 11:07 AM PDT

Uma senadora estadual do Alasca foi filmada discutindo com a equipe da Alaska Airlines e a polícia no Aeroporto Internacional de Juneau por se recusar a usar máscara antes de embarcar em um voo. Ela descobriu da maneira mais difícil que as suas ações têm consequências.

O Alaska Daily News informou que, embora a senadora Lora Reinbold, do Partido Republicano, tenha conseguido embarcar no avião no centro da discussão na semana passada, ela não conseguiu pegar um voo de volta neste fim de semana. Isso porque a Alaska Airlines a baniu.

"Notificamos a senadora Lora Reinbold que ela não tem permissão para voar conosco por sua recusa contínua em cumprir as instruções dos funcionários em relação à atual política de máscara", disse Tim Thompson, porta-voz da companhia aérea, ao Daily News. "Esta suspensão entra em vigor imediatamente, pendente de uma análise mais aprofundada."

De acordo com o Washington Post, a Alaska Airlines é a única operadora de voos de Anchorage, onde estão localizados a residência da senadora e seus constituintes no subúrbio de Eagle River, e Juneau, a capital do estado onde ela trabalha. Isso significa que, em vez de pegar um voo de aproximadamente uma hora e quarenta minutos para Juneau neste fim de semana para a retomada dos trabalhos legislativos na segunda-feira, Reinbold teve que dirigir por mais de 14 horas em uma rota sinuosa que passou por parte do Canadá para chegar a um dos portos de balsa localizados nas cidades de Skagway ou Haines. A viagem adicional de balsa de Skagway a Juneau leva "menos de seis horas", de acordo com o site de turismo de Juneau (Haines fica um pouco mais perto).

Essa não é exatamente uma viagem conveniente, somando cerca de 20 horas, e Reinhold provavelmente terá que fazer essa ou outra rota complicada novamente no futuro. Um porta-voz da companhia aérea disse ao Daily News que a duração de sua proibição ainda não foi determinada e exigirá uma revisão.

Reinbold postou no Facebook reclamando que "até que haja uma determinação justa", a Alaska Airlines deveria ter mantido a situação em sigilo. Ela afirmou ainda que "políticas corporativas de Covid" são potencialmente inconstitucionais: "A Alaska Airlines enviou informações, incluindo meu nome, para a mídia sem meu conhecimento ou permissão. Eu acredito que os direitos constitucionais estão em risco sob as políticas corporativas de Covid." De acordo com Reinbold, a situação foi culpa de "funcionários nervosos no balcão".

Em outras palavras, mais uma autoridade republicana alega que a inconveniência pessoal decorrente de suas próprias ações é uma violação de seus direitos civis. Tecnicamente, Reinbold estava exigindo que a companhia aérea permitisse que ela violasse a lei federal. A Administração de Segurança de Transporte começou a impor uma ordem executiva no final de janeiro obrigando “os indivíduos a usarem máscara nos pontos de verificação de triagem dos aeroportos e em todos os sistemas de transporte público e comercial”.

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A página de Reinbold no Facebook está repleta de casos em que a senadora do estado questionou a eficácia ou segurança das vacinas contra o coronavírus e, em um caso, ela pediu aos constituintes que desenvolvessem “imunidade natural” até que as vacinas fossem formalmente aprovadas pela Food and Drug Administration. Portanto, há ampla justificativa para quem não quer contrair o vírus evitar estar próximo a ela. De acordo com o New York Times, esta não é nem a primeira vez que ela foi banida de algo — depois que Reinbold foi repreendido pelo governador do Alasca Mike Dunleavy em fevereiro por espalhar informações incorretas sobre o coronavírus e se recusar a respeitar os protocolos de segurança, ela foi banida de grande parte do capitólio do estado:

Em fevereiro, o governador Mike Dunleavy do Alasca, um republicano, enviou uma carta à Sra. Reinbold pedindo-lhe que parasse de compartilhar informações incorretas sobre a pandemia.

"Está claro que você abdicou dos princípios de seu juramento como funcionária pública", escreveu Dunleavy. "Você contestou as motivações de funcionários não eleitos e apolíticos que trabalham para o Estado do Alasca com alegações infundadas que, em várias ocasiões, foram demonstradas a você como falsas."

Em março, a Sra. Reinbold disse no Facebook que foi convidada a deixar uma audiência do comitê porque não estava usando uma máscara aprovada. Depois disso, a Sra. Reinbold foi banida do Capitólio do Estado até que cumprisse os protocolos de saúde e segurança.

O pior é que Reinbold não está sozinha: centenas de outros idiotas que não se importam com as centenas de milhares de mortos pela pandemia em todo o país foram banidos das companhias aéreas (e em alguns casos retirados de aviões) por violar os requisitos das máscaras. De acordo com o Daily News, o número de pessoas que foram banidas da Alaska Airline era de 506 em 23 de abril.

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Spotify lança podcasts pagos com assinatura adicional

Posted: 27 Apr 2021 10:56 AM PDT

Imagem: Fixelgraphy/Unsplash

O Spotify lançou nesta terça-feira (27) uma nova modalidade focada em podcasts por assinatura. O modelo, que estava em fase de testes com alguns criadores independentes, foi revelado inicialmente em fevereiro deste ano e chega exatamente uma semana após a Apple anunciar um programa de apoio financeiro a podcasts com assinatura mensal.

Por meio da plataforma de criação de podcasts do Spotify, o Anchor, os criadores de conteúdo poderão marcar episódios selecionados como sendo exclusivos para assinantes. Os episódios podem funcionar como conteúdo exclusivo de forma permanente ou como uma versão antecipada para quem é assinante, para só depois publicar os mesmos episódios no Spotify e em outras plataformas.

Esse é o mesmo conceito por trás dos podcasts pagos da Apple, mas existem diferenças entre os dois serviços. No caso do Spotify, não será cobrada nenhuma taxa para os criadores que pretendem subir conteúdo exclusivo — ou seja, eles ficarão com 100% da receita obtida por meio das assinaturas pagas. Somente em 2023 é que a companhia começará a ficar com uma parte dos lucros, mais precisamente 5% para que cada criador tenha acesso ao Anchor.

Já a Apple, por sua vez, optou por seguir o caminho contrário: neste primeiro ano em que os podcasts pagos ficarão no ar, a companhia ficará com 30% da receita de cada assinatura paga pelo usuário. Daqui um ano, quando se iniciar o segundo ano da modalidade, a taxa vai cair para 15%. Sim, ainda é uma porcentagem bastante significativa quando comparada ao Spotify, mas talvez as coisas na Apple mudem até lá.

O valor da assinatura no Spotify será determinado pelo próprio criador, podendo ser US$ 2,99, US$ 4,99 ou US$ 7,99 por mês, dependendo da popularidade do usuário e do número de ouvintes do programa. Os usuários (assinantes ou não) saberão quando um determinado podcast é pago ao visualizar o ícone de um cadeado bem em cima do botão "Reproduzir".

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Hoje, já existem 12 podcasts independentes com assinatura paga. O Spotify também firmou uma parceria com a rede NPR que, a partir do dia 4 de maio, vai disponibilizar os programas How I Built This with Guy Raz, Short Wave, It's Been a Minute with Sam Sanders, Code Switch e Planet Money.

No momento, os podcasts pagos do Spotify só estão disponíveis para criadores de conteúdos residentes nos Estados Unidos. A empresa afirma que vai expandir internacionalmente a novidade nos próximos meses.

[Spotify, TechCrunch]

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Novo macOS 11.3 corrige falha de segurança de dia zero que permite instalar malware

Posted: 27 Apr 2021 09:22 AM PDT

Imagem: Stephen Lam (Getty Images)

Nesta terça-feira (26), a Apple lançou atualizações para seus sistemas operacionais. E se você tem um dispositivo macOS e ainda não baixou o update, faça isso agora mesmo para corrigir uma vulnerabilidade de dia zero. A brecha em questão tem permitido que hackers contornem muitos protocolos de segurança da Apple e instalem malware sem que o usuário saiba.

Descoberto em março pelo pesquisador de segurança Cedric Owens, o bug teria permitido que um script malicioso fosse baixado em "todas as versões recentes do macOS", incluindo as versões 10.15 a 11.2. Felizmente, o macOS 11.3, lançado ontem, vem com uma correção que elimina a vulnerabilidade, impedindo que terceiros possam explorá-la.

Os pesquisadores dizem que a brecha criou uma solução alternativa para os principais recursos de segurança do macOS, incluindo o Gatekeeper, File Quarantine e verificação de segurança de notarização (revisão de programas baixados fora da App Store) da empresa — todos projetados para detectar e bloquear o download de programas maliciosos da internet.

De acordo com Owens, um hacker poderia hipoteticamente usar a falha de segurança para inserir um programa malicioso em um computador. Owens fez uma pesquisa própria, criando um programa de teste que ficou escondido dentro de um documento com aparência amigável. O teste revelou que o programa em questão conseguiu burlar os serviços de segurança da Apple destinados a verificar se uma determinada ferramenta veio de um desenvolvedor conhecido.

"Este bug ultrapassa trivialmente muitos mecanismos centrais de segurança da Apple, deixando os usuários de macOS em grave risco. É provavelmente a pior falha ou a que mais tem potencial para impactar os usuários do sistema", disse outro pesquisador de segurança, Patrick Wardle, em um blog post técnico descrevendo o erro.

Os hackers também têm explorado ativamente o bug, embora as estratégias de comprometimento que foram descobertas pareçam um tanto desajeitadas e exijam que o usuário baixe e execute um programa desconhecido da internet. A Jamf Protect, empresa de proteção de iOS, relata que, no início deste ano, a falha de segurança estava sendo explorada por hackers que usavam um malware conhecido como Shlayer. Trata-se de adware malicioso que é uma das formas mais comuns de malware conhecidas para infectar sistemas macOS.

“A vulnerabilidade permite que um software não aprovado seja executado no Mac e então distribuído por meio de sites comprometidos ou resultados de mecanismos de pesquisa envenenados”, escreveram os pesquisadores da Jamf.

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Na maioria dos casos, os sites infectados recomendariam que o usuário baixasse um pacote de software não solicitado. Se a vítima tentasse instalar o programa, instalaria no computador uma quantidade massiva de malware.

Contatado por e-mail, um porta-voz da Apple disse que a empresa tomou medidas imediatas para corrigir a vulnerabilidade. "Este problema não permite um desvio do XProtect — a detecção de malware do Gatekeeper —, mas permite que o malware ignore o requisito de reconhecimento de firma e a exibição da caixa de diálogo do Gatekeeper. Depois de descobrir esse problema, implementamos rapidamente as regras do XProtect para bloquear o malware detectado usando essa técnica. Essas regras são instaladas automaticamente em segundo plano e se aplicam retroativamente a versões anteriores do macOS", explicou o porta-voz.

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Apple já estaria fabricando sucessor do chip M1 para os novos MacBooks de 2021

Posted: 27 Apr 2021 09:06 AM PDT

Imagem: Martin Katler/Unsplash

Lançado no ano passado com os novos MacBooks, o chip M1 marcou o início da transição da Apple para a fabricação dos próprios processadores — e encerrando uma parceria de longa data com a Intel, que equipava os notebooks e desktops da empresa até então. E como não há tempo para descanso, a Apple já estaria nos estágios finais de fabricação em massa do M2, que visa suceder o M1 ainda este ano.

Fontes familiarizadas com o assunto contaram ao jornal Nikkei que a companhia iniciou a produção dos novos chips na Ásia. Eles seriam fabricados pela Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) e, por serem produzidos em larga escala desde já, estariam prontos para serem colocados em novos dispositivos a partir de julho. Com isso, a empresa prevê lançar os próximos MacBooks no segundo semestre.

Pouco se sabe sobre o M2. Inclusive, ainda não foi oficializado se esse será o nome do sucessor do chip M1. O que foi comentado pelos informantes ao Nikkei é que o processador está sendo fabricado baseado na mesma arquitetura de 5 nanômetros e no mesmo esquema de sistema-em-um-chip (SoC, na sigla em inglês) do M1. Dessa forma, o sucessor manteria os mesmos 8 núcleos de CPU, 8 núcleos de GPU e 16 núcleos de Neural Engine, com memória unificada de até 16 GB.

Também estão na mira da especulação quais modelos de MacBooks serão apresentados e quais funcionalidades estarão presentes nos dispositivos. O rumor que mais tem ganhado força nos últimos meses é que a Apple vai apostar em um MacBook Pro de 14 polegadas, podendo, assim, aposentar a versão atual de 13 polegadas, e atualizar o MacBook Pro de 16 polegadas com o novo chip. Hoje, a companhia só vende o modelo maior com processadores da Intel.

Outro boato bastante comentado é que pelo menos uma das versões do futuro MacBook Pro terá, além das portas Thunderbolt, uma entrada para HDMI e outra para cartão de memória.

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Fato é que a Apple parece estar empenhada em levar o chip M1 e seus futuros sucessores à maior quantidade de dispositivos da empresa. Na semana passada, o novo iPad Pro foi anunciado já com o processador M1, que até então era exclusivo dos MacBooks lançados no segundo semestre de 2020.

[Nikkei Asia, iMore]

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Após 40 dias em uma caverna, participantes de um experimento voltam a ver a luz do dia

Posted: 27 Apr 2021 06:22 AM PDT

O que acontece se você colocar 15 pessoas juntas em uma caverna escura e tirar sua capacidade de rastrear a passagem do tempo? Uma experiência extraordinária na França tentou responder a essa pergunta e os resultados são fascinantes.

Às 10h30, horário local, no sábado, 24 de abril, 15 pessoas emergiram da caverna Lombrives em Ussat les Bains, França, após 40 dias de isolamento total do mundo exterior. Muitos deles tinham sorrisos em seus rostos, apesar das condições lá embaixo estarem longe das ideais.

O ambiente era certamente difícil, com a temperatura fixada em 10ºC e a umidade relativa em 100%. Nem um único raio de sol entra nesta caverna, obrigando a equipe a depender exclusivamente de iluminação artificial. E sem nenhuma maneira de se comunicar com o mundo exterior, os membros da equipe perderam o contato com seus amigos, familiares e o ciclo diário de notícias.

É importante ressaltar que eles também perderam a noção do tempo, já que nenhum tipo de relógio era permitido na caverna. Pois foi este o ponto do projeto "Deep Time", organizado pelo Human Adaptation Institute, que estuda como os humanos se adaptam e trabalham em conjunto para recriar "sincronizações fora dos indicadores habituais", como explica o grupo em seu site.

A equipe saindo da caverna em 24 de abril de 2021. Imagem: Renata Brito (AP)

Quando questionados por quanto tempo eles permaneceram na caverna, a equipe coletivamente calculou que foi em torno de 30 dias (embora, como relata o The Guardian, uma pessoa estimou a duração total em 23 dias!). O fato de a equipe ter perdido a noção de 10 dias inteiros (ou mais) é um tanto espantoso e prova de nossa dependência de relógios ou do ciclo dia-noite para controlar o tempo. Parece que nossos relógios internos são realmente ruins e estão sujeitos a variações consideráveis ​-​- mesmo no período de tempo relativamente curto de 40 dias.

O projeto Deep Time de € 1,2 milhão (US$ 1,45 milhão) incluiu 50 protocolos de pesquisa diferentes, abrangendo diversos campos científicos. Usando sensores, uma equipe externa foi capaz de monitorar todos os 15 membros, seguindo seus padrões de sono, interações sociais, temperatura corporal e outras métricas. As acomodações eram primitivas, mas aceitáveis. Imagens tiradas dentro da caverna bem iluminada mostram tendas, refrigeradores, mesas dobráveis, cadeiras, plataformas de madeira e grande quantidade de tecnologia. Os membros da equipe, alguns vestindo casacos e gorros, podem ser vistos fazendo experimentos ou envolvidos em discussões casuais.

A expectativa é que esta pesquisa lance luz sobre os processos fisiológicos e cognitivos envolvidos com o isolamento social, a privação do relógio e o rastreamento do tempo, mas também há um aspecto prático nisso. Este trabalho poderia levar a melhores condições para as tripulações de submarinos, mineiros e operadores de máquinas de perfuração. Também pode ser benéfico para futuros exploradores na Lua e em Marte, que da mesma forma experimentariam interrupções em um dia de 24 horas.

Os organizadores do projeto Deep Time escolheram a caverna em vez de um laboratório porque, após "anos de estudos variados, descobrimos que, para compreender plenamente as habilidades e o funcionamento humano, é necessário estudá-los em um ambiente natural e em situações da vida real, ao invés de simulação em um espaço pequeno e fechado."

Surpreendentemente, dois terços dos participantes disseram que teriam ficado mais tempo na caverna se pudessem, mas alguns, como Johan François, tiveram dificuldades às vezes, afirmando ter "desejos viscerais" de sair, como disse ao The Guardian. François se mantinha ocupado caminhando mais de 10 km por dia em círculos ao redor do perímetro da caverna. Marina Lançon, uma das sete mulheres a participar do experimento, disse que a experiência foi "como dar uma pausa" em sua vida, e ela vai ficar longe de seu smartphone por pelo menos mais alguns dias para evitar um retorno "brutal" à vida normal, de acordo com o The Guardian.

Sem relógios ou um pôr do sol, a equipe teve que contar com dicas corporais de quando ir dormir, quando acordar e quando comer. A equipe monitorou o tempo não por dias, mas por ciclos de sono acumulados. Fascinantemente, o grupo permaneceu em sintonia, apesar de estar alheio ao tempo "real".

Mas, como os resultados mostraram, eles não conseguiram avaliar com precisão a duração de cada dia. Dada a estimativa de 30 dias para a estadia de 40 dias, a equipe calculou que cada dia durava cerca de 32 horas, em média. No final do experimento, provavelmente foi muito pior, talvez chegando perto de 40 horas. Quanto ao membro da equipe que achava que apenas 23 dias haviam se passado, seu "dia" foi de 42 horas em média e, novamente, ainda mais no final (ou seja, a deriva temporal não apareceu imediatamente).

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Esses resultados são incríveis. Isso significa que os membros da equipe iam dormir cada vez mais tarde devido à sensação de dias mais longos, em vez de mais curtos. A equipe estava em sintonia na maior parte do tempo, mas claramente alguns indivíduos tiveram experiências diferentes em relação passagem do tempo (me faz pensar se haviam discussões sobre a hora de dormir).

Será interessante ver os pesquisadores analisarem essas descobertas e as traduzirem em estratégias para o mundo real, mas uma coisa é certa — agora, eu valorizo ​​o nascer e o pôr ​​do sol de uma forma que nunca pensei ser possível.

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As mudanças climáticas estão alterando até o eixo da Terra

Posted: 27 Apr 2021 05:00 AM PDT

De todas as consequências das mudanças climáticas, a alteração no movimento dos polos rotativos é definitivamente uma das mais estranhas. Porém, um novo estudo mostra que é exatamente o que está acontecendo. Ele se baseia em descobertas anteriores para mostrar que o desaparecimento do gelo desempenha um papel importante e mostra que o esgotamento das águas subterrâneas também é responsável por contribuir para as oscilações.

As descobertas, publicadas no mês passado na Geophysical Research Letters, usam satélites que monitoram a gravidade para rastrear o que os pesquisadores chamam de “deriva polar”. Embora pensemos na gravidade como uma constante, na verdade ela é como um alvo em movimento baseado na forma do planeta. Apesar de terremotos e outras atividades geofísicas certamente desempenharem um papel na movimentação da terra, é a água que é responsável pelas maiores mudanças. Os satélites usados ​​para o estudo, conhecidos como GRACE e GRACE-FO, foram calibrados para medir a massa móvel da Terra.

Eles já haviam detectado mudanças de gravidade ligadas ao desaparecimento do gelo na Antártica e à seca que levou ao esgotamento das águas subterrâneas na Califórnia em meados da década de 2010. Os dados também podem revelar como essas mudanças na gravidade, por sua vez, impactam os polos.

A deriva polar é algo que acontece naturalmente. O eixo da Terra está mudando lentamente, mas houve uma aceleração acentuada nas últimas décadas. Os polos estão agora se movendo quase 17 vezes mais do que em 1981, uma aceleração bastante notável. O que é ainda mais notável, porém, é que os polos começaram a se mover em uma nova direção repentinamente em 2000, em um ritmo rápido.

Pesquisas anteriores usaram os mesmos dados de satélite para observar a aceleração e mudança de marcha e atribuíram isso à perda de gelo na Groenlândia e na Antártica Ocidental, bem como ao bombeamento de água subterrânea. O novo estudo analisa os registros desde a década de 1990 e explora algumas das oscilações ano a ano com mais detalhes. Os resultados apontam para mudanças no uso da água subterrânea em regiões específicas como a fonte de algumas dessas diferenças.

"Usando os dados do GRACE (para o período de 2002-2015), mostramos que esses sinais interanuais (como esses autores apontaram: torções em 2005 e 2012) podem ser explicados pelo armazenamento de água terrestre", Surendra Adhikari, cientista do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa que liderou a pesquisa de 2016, disse em um e-mail. "O novo artigo reforça a afirmação ao mostrar também que outra torção nos dados de movimento polar (em 1995) também é explicada pela variabilidade total do armazenamento de água, especialmente pelo início da perda acelerada de massa de gelo da Groenlândia e esgotamento do armazenamento de água no Oriente Médio e o subcontinente indiano."

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"Em geral, o artigo (junto com nossos trabalhos anteriores) revela a forte conexão entre a variabilidade do clima e como a Terra oscila", acrescentou ele, observando que o novo estudo foi um "artigo bem feito".

O fato de as mudanças climáticas alterarem o movimento polar não é algo muito preocupante, dados os outros perigos claros e presentes, como ondas de calor intensas, acidificação dos oceanos e a sexta extinção em massa. O mesmo vale para o papel do esgotamento das águas subterrâneas, que tem o potencial de impactar bilhões de vidas. Mas é um poderoso sinal de quanto os humanos mudaram o planeta e por que provavelmente deveríamos agir o quanto antes se não quisermos que nosso mundo vire de cabeça para baixo.

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Nasa celebra aniversário do Telescópio Hubble com nova imagem de uma estrela “vulcânica”

Posted: 27 Apr 2021 04:00 AM PDT

Para comemorar o 31º aniversário do lançamento do Telescópio Espacial Hubble, os astrônomos da Nasa e da ESA divulgaram uma nova imagem impressionante para celebrar as conquistas deste observatório lendário.

A imagem recém-lançada do Hubble, obtida em luz visível e ultravioleta, mostra a AG Carinae, uma estrela Luminosa Azul Variável (LBV) localizada a 20.000 anos-luz da Terra. Esta estrela é absolutamente gigantesca, contendo uma massa 70 vezes maior que o nosso Sol.

Como um globo ocular olhando para nós, AG Carinae é uma estrela gigante cercada por uma nuvem de gás e poeira em expansão conhecida como nebulosa. Incrivelmente, essa nebulosa mede cinco anos-luz de largura — uma distância maior do que a que separa nosso Sol de Proxima Centauri, nosso vizinho estelar mais próximo. A AG Carinae sofreu uma erupção violenta em seu passado, resultando na feição proeminente.

As camadas avermelhadas da nebulosa contêm gás hidrogênio brilhante misturado com gás nitrogênio, enquanto as áreas azuladas são densos bolsões de poeira. Os ventos dentro da estrutura "viajam a até 1 milhão de quilômetros por hora, cerca de 10 vezes mais rápido do que a nebulosa em expansão", explica o comunicado de imprensa do Hubble. "Com o tempo, o vento quente alcança o material expelido mais frio, penetra nele e o empurra para longe da estrela." O efeito resultante formou a cavidade circular vista na imagem acima.

A concha em rápida expansão é o resultado da camada externa da estrela sendo lançada para o espaço. A quantidade de material embalado dentro da nebulosa é aproximadamente igual a 10 vezes a massa do nosso Sol. As LBVs podem estar entre as maiores e mais brilhantes estrelas da galáxia, mas têm vida excepcionalmente curta, morrendo após 5 milhões a 6 milhões de anos. Nosso Sol, em contraste, está na metade de sua vida de 10 bilhões de anos.

Acredita-se que as explosões de LBV acontecem em várias ocasiões durante a vida de uma estrela. A causa tem a ver com a tensão constante entre a pressão da radiação empurrando para fora e a imensa gravidade puxando para dentro. Como o comunicado de imprensa do Hubble explica, esta “queda de braço resulta na expansão e contração da estrela”, e a “pressão externa ocasionalmente vence a batalha, e a estrela se expande para um tamanho tão imenso que explode suas camadas externas, como um vulcão em erupção." A estrela sobrevive ao grande arroto e o processo se renova.

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Eventualmente, no entanto, essas estrelas provavelmente encontrarão seu destino em uma supernova catastrófica, na qual toda a estrutura é lançada para o espaço. Essas explosões resultam na morte da estrela, mas as explosões de supernovas são a principal fonte de elementos pesados ​​no universo — o que significa que os humanos não estariam aqui sem eles.

Feliz aniversário, Hubble! E continue nos surpreendendo.

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