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- Como seu cérebro decide se uma atividade vale a pena ou não?
- Essas telas touchscreen podem detectar se a sua água está limpa
- Casais que brigam por dinheiro têm o dobro de chances de se separar
- Cumprir o ‘Acordo de Paris’ pode gerar 8 milhões de empregos no mundo até 2050
- Twitter oferece recompensas de até US$ 3,5 mil para quem identificar bugs racistas em seu algoritmo
Como seu cérebro decide se uma atividade vale a pena ou não? Posted: 01 Aug 2021 01:50 PM PDT Você já se recusou a fazer alguma atividade, mesmo com recompensa, por não querer fazer esforço? Ou simplesmente por sentir o cansaço bater à porta? Saiba que você não está sozinho. Uma pesquisa publicada na Nature indica que o cérebro decide se a atividade vale a pena, dependendo de como ele processa a fadiga. Para entender como isso é possível, pesquisadores de Oxford e da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, analisaram um grupo de 36 jovens. Eles foram submetidos a uma tarefa monitorada por computador, que exigia esforço físico e que seriam pagos para realizá-las. Além disso, os participantes passaram por uma ressonância magnética, o que permitiu aos pesquisadores procurar atividades no cérebro que fossem correspondentes às previsões do modelo proposto. Nesse ponto, havia um modelo matemático para identificar os níveis de fadiga que a pessoa estaria sentindo, durante cada ponto do experimento, e analisar o quanto esse 'cansaço' estava influenciando suas decisões de se manter nas atividades ou interromper. Os voluntários fizeram mais de 200 tentativas cada um, e em todas elas, os cientistas perguntavam se continuariam a trabalhar – e ganhar altas recompensas, ou se queriam descansar e receber uma recompensa menor. Como resultado, os cientistas descobriram que uma parte do cérebro chamada córtex frontal, ligada ao planejamento e execução de atividades, mudava de acordo com as previsões. Por outro lado, uma área chamada estriado ventral – que participa da regulação emocional – indicava o quanto o cansaço estava influenciando a vontade das pessoas de continuarem o trabalho. À publicação, a principal autora do estudo, Tanja Müller, da Universidade de Oxford, explicou que a disposição mudava a cada momento do experimento, mas ela era menor quando os participantes a realizavam por muito tempo. E isso teve impacto direto na hora de tomar a decisão de desistir ou continuar o trabalho, mesmo que remunerado. A pesquisa descobriu ainda que havia dois tipos diferentes de fadiga, identificadas em locais diferentes do cérebro. A primeira é tida como uma sensação passageira, que após um breve descanso, irá passar. Já na segunda, um segundo sentimento foi identificado. Esse, por sua vez, se acumula e impede que as pessoas voltem a trabalhar, e um breve descanso não é suficiente para superar essa sensação. O autor sênior do estudo, Matthew Apps, do Centro de Saúde e Cérebro Humano da Universidade de Birmingham, disse que o trabalho fornece novas maneiras de estudar e compreender a fadiga, seus efeitos no cérebro e por que ela pode mudar a motivação de algumas pessoas mais do que de outras. Vale lembrar que a fadiga pode se apresentar de formas diferentes. Ela pode ser um sintoma isolado, que impede a pessoa de realizar atividades corriqueiras, ou um sinal importante, que avisa o aparecimento de várias doenças como: anemia, câncer, depressão etc. Apps completa dizendo que a pesquisa pode ajudar a entender e tratar um problema que afeta a vida de muitos pacientes; seja no trabalho, escola ou até os atletas de alto padrão. The post Como seu cérebro decide se uma atividade vale a pena ou não? appeared first on Gizmodo Brasil. |
Essas telas touchscreen podem detectar se a sua água está limpa Posted: 01 Aug 2021 12:02 PM PDT A água de torneira pode ser segura para beber em locais com unidades de tratamento, mas essa não é uma garantia que temos nem no Brasil inteiro, nem no resto do mundo. Por isso, pesquisadores da Universidade de Cambridge estão desenvolvendo uma nova abordagem para testar águas contaminadas usando um dispositivo que bilhões de pessoas já usam todos os dias. As touchscreens capacitivas modernas, do tipo que pode detectar facilmente os toques mais sutis (em vez de exigir que os usuários pressionem a tela com força), apresentam uma grade invisível de eletrodos com carga elétrica muito pequena. Quando o dedo (condutor) toca a tela, o nível de carga é alterado em um local específico, detectado pelo smartphone com base nas coordenadas da grade. Este é um “resumão” extremamente simplificado sobre como a tecnologia que alimenta as touchscreens modernas funciona, mas o mais importante é sabermos sobre o uso de uma carga elétrica variável. Em um artigo publicado recentemente, pesquisadores da Universidade de Cambridge explicam como uma touchscreen reduzida – o mesmo hardware usado em smartphones e tablets – foi capaz de detectar os íons eletricamente carregados em um eletrólito. Diferentes líquidos foram colocados sobre a tela e, usando um software padrão de testes, os pesquisadores foram capazes de diferenciar as amostras com base em como “os fluídos interagem com os campos elétricos da tela de forma diferente, dependendo da concentração de íons e de sua carga. " As telas usadas em dispositivos mobile são ajustadas e calibradas para melhor responder às interações com os dedos, mas os pesquisadores acreditam que, ao alterar o design dos eletrodos, mesmo em apenas uma pequena área da tela (um aplicativo personalizado poderia indicar exatamente onde uma amostra precisa ser colocada) a sensibilidade pode ser otimizada para detectar contaminantes em amostras como solo e água. Assista ao vídeo abaixo ilustrando como isso funciona: Por eles serem capaz de detectar íons usando telas dos dispositivos destinados ao consumidor (ou seja, as telas que temos nos celulares tradicionais) significa que sérios problemas decorrentes da contaminação por arsênio em água potável podem ser evitados com facilidade – sem a necessidade de um equipamento de teste adicional. O arsênico é considerado um carcinógeno do Grupo A ligado aos cânceres de bexiga, rim, fígado, pulmão e até mesmo de pele e, embora seja filtrado para fora da maioria dos sistemas municipais de água, ainda representa um sério risco em partes do mundo sem estações de tratamento de água. Ele pode ser detectado usando fitas tornassol simples, as que mudam de cor, mas o custo não é baixo. Portanto, encontrar uma maneira de aproveitar os dispositivos existentes para esses testes é uma abordagem mais prática ao problema. Os pesquisadores esperam eventualmente encontrar maneiras de melhorar a sensibilidade da tecnologia touchscreen para que ela possa detectar uma ampla gama de moléculas, incluindo metais pesados como o chumbo. Isso exigiria que as fabricantes mobile estivessem dispostas a gastar dinheiro extra para melhorar as capacidades das telas sensíveis ao toque que utilizam. Dado que empresas como a Apple têm se concentrado nos benefícios de seus dispositivos para a saúde, pode não ser uma ideia tão fora da realidade. The post Essas telas touchscreen podem detectar se a sua água está limpa appeared first on Gizmodo Brasil. |
Casais que brigam por dinheiro têm o dobro de chances de se separar Posted: 01 Aug 2021 11:30 AM PDT Já sabemos que brigas por dinheiro causam um grande desconforto entre as pessoas. No entanto, uma pesquisa da Universidade da Califórnia descobriu que essas desavenças podem ser a causa de separações conjugais. Um estudo longitudinal, publicado no The Economic Journal, mediu as preferências de risco de 5,3 mil casais da Alemanha entre 2004 e 2017. Os participantes da pesquisa — conduzida anualmente pelo Painel Socioeconômico Alemão — foram questionados sobre o quanto eles estavam dispostos a assumir riscos em relação a carreira, esportes, direção e questões financeiras. Após a análise desses dados, a equipe concluiu que as diferenças nas preferências de risco são que mais trazem separação a longo prazo. Isso quer dizer que os casais que pensam diferente sobre essas questões têm duas vezes mais probabilidade de se divorciar, em comparação com os casais com preferências mais semelhantes. Além disso, de todas as categorias listadas, as diferenças nos riscos financeiros foram o indicador mais forte de divórcio. “Discutir sobre dinheiro é tipicamente citado como motivo para o divórcio, mas o principal fator potencial dessas brigas são as diferenças nas atitudes de risco”, disse a autora do estudo, Marta Serra-Garcia, professora associada de economia e estratégia na Rady School. “As atitudes de risco determinam as decisões de investimento, como moradia para a família. Se os cônjuges têm preferências diferentes, eles freqüentemente discordarão sobre investimentos comuns e muito importantes para o casamento.” Os resultados revelam, também, que os casais que divergem nas decisões de poupança e investimento são menos propensos a ter uma casa própria e/ou reformar sua casa. Outro dado relevante evidenciou que casais recém-formados se tornaram mais parecidos com o tempo, demonstrando que as atitudes dentro de uma família não são fixas. Por exemplo, em tempos financeiros difíceis, como a grande recessão de 2009, a maioria dos casais torna-se mais avessa ao risco. Ao analisar esse período, a pesquisa aponta que os casais que se tornaram mais semelhantes durante esse período eram menos propensos a se divorciar mais tarde. “A assimilação de preferências pode ser um mecanismo para resolver conflitos dentro dos casamentos”, disse Serra-Garcia. “Como resultado, esses casais têm uma probabilidade maior de ficarem juntos.” Tudo isso pode ter implicações para a indústria de sites de namoro, já que mais de um terço dos casais dos Estados Unidos se encontram online, onde os usuários podem aprender sobre as características de um indivíduo antes de se encontrarem. “Os sites de namoro online costumam criar algoritmos que tentam encontrar a combinação ideal”, disse Serra-Garcia. “Se esses sites sugerirem combinações entre indivíduos que são semelhantes em suas atitudes de risco, isso pode diminuir a probabilidade de que, se um casal se formar, ele se dissolva no futuro.”
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Cumprir o ‘Acordo de Paris’ pode gerar 8 milhões de empregos no mundo até 2050 Posted: 01 Aug 2021 10:40 AM PDT Se faltava motivação financeira para cumprir a meta do Acordo de Paris, de manter o aumento da temperatura da Terra abaixo de 2 graus até 2050, eis mais um argumento: para atingir esse esforço, o mundo teria que gerar cerca de 8 milhões de empregos, em 50 países, em especial nas áreas das indústrias solar e eólica. Ao menos é o que revela uma pesquisa publicada na revista One Earth. O especialista em meio ambiente Johannes Emmerling, economista do Instituto Europeu de Economia e Meio Ambiente da Itália, disse à publicação que cerca de 18 milhões de pessoas trabalham nas indústrias de energia, e que a tendência é aumentar para 26 milhões, ou mais de 50% se o mundo conseguir atingir as metas globais. Segundo ele, "a fabricação e instalação de fontes de energia renováveis podem se tornar potencialmente cerca de um terço do total desses empregos, pelos quais os países também podem competir em termos de localização." No estudo feito por Emmerling e seus colegas, foi combinado um conjunto de dados das produtoras de combustíveis fósseis e de 50 países, com um modelo que projetava empregos. Dessa forma, os pesquisadores poderiam ver como o desenvolvimento dos humanos e as escolhas da sociedade afetam uns aos outros Emmerling explica que os modelos atuais de estudo estão cada vez mais detalhados, no que diz respeito a escala de tempo, resoluções espaciais e tecnologia. Ainda assim, ele levanta pontos que levam em conta a dimensão da humanidade, o acesso à energia, até mesmo a pobreza nos mínimos detalhes. O modelo mostrou que os potenciais novos empregos seriam distribuídos da seguinte forma: 84% na área de energia renovável, 11% no setor de combustíveis fósseis e 5% em energia nuclear. Hoje 80% dos empregos em energia são nas áreas dos combustíveis fósseis, mas o modelo explica que isso seria perdido à medida que houvesse emprego no setor solar e eólico. No Brasil, outro estudo mostrou que estima-se que, no período pós-pandemia, poderemos gerar até 2 milhões de empregos e aumentar 2,8 trilhões de reais ao PIB, se investirmos em 'energia verde', ou expansão de baixo carbono. O principal autor do estudo, Sandeep Pai, especialista em em Recursos, Meio Ambiente e Sustentabilidade, pela Universidade de British Columbia, disse que os empregos no setor de extração são mais suscetíveis à descarbonização, então é preciso haver apenas políticas de transição em vigor. E ele dá um bom exemplo disso. Para a publicação, ele explicou que a variabilidade dos empregos nas indústrias de energia será de grande utilidade em áreas que estão no processo de eliminar o carbono. "Em muitos casos, os trabalhadores de combustíveis fósseis também têm influência política por causa de sua história e altas taxas de sindicalização. À medida que avançamos para fontes de baixo carbono, é importante ter um plano em vigor para a aceitabilidade geral das políticas climáticas", disse ele. Os pesquisadores querem agora medir quais habilidades, nível educacional e salários serão necessários para cumprir o pacto global. Os cientistas esperam que isso poderá ser acessível a todos os grupos em diferentes partes do mundo e que essa pesquisa servirá de inspiração para que outros analistas possam projetar novos cenários. A Ideia será bem-vinda, já que as mudanças climáticas estão avançando cada vez mais rápido, seja com ondas de calor na Europa ou nevasca no hemisfério sul – incluindo o Brasil. Até mesmo os animais já estão sentindo, seja na mudança de comportamento de chimpanzés ou na morte desenfreada de criaturas marinhas. The post Cumprir o ‘Acordo de Paris’ pode gerar 8 milhões de empregos no mundo até 2050 appeared first on Gizmodo Brasil. |
Twitter oferece recompensas de até US$ 3,5 mil para quem identificar bugs racistas em seu algoritmo Posted: 01 Aug 2021 10:03 AM PDT Você se lembra de quando usuários identificaram que a Inteligência Artificial (IA) do Twitter privilegiava pessoas brancas nas imagens cortadas? O caso tomou conta das publicações na rede social no ano passado e a plataforma teve que se posicionar. Ao público, Rumman Chowdhury, a diretora de engenharia de software da empresa, reconheceu o erro quando compartilhou os resultados de um experimento interno que avaliou o funcionamento do algoritmo. A repercussão foi tamanha que agora o Twitter está oferecendo uma recompensa em dinheiro para quem identificar bugs na plataforma, mais especificamente nos algoritmos racistas. A ideia, segundo a empresa, é identificar “potenciais danos desse algoritmo" além dos já identificados pela equipe. Rumman Chowdhury, disse em um tuíte que a empresa está realizando o concurso “porque acreditamos que as pessoas devem ser recompensadas por identificar esses problemas e não podemos resolver esses desafios sozinhos” O Twitter afirma que esta é a “primeira competição de recompensas com tendência algorítmica da indústria” e está oferecendo prêmios em dinheiro de 500 a 3.500 dólares. Ainda de acordo com a empresa, os vencedores serão anunciados em um workshop hospedado no Twitter, no dia 8 de agosto na DEF CON AI Village, em Los Angeles, uma das maiores convenções hacker do mundo. Algoritmo racistaNa época, os usuários do Twitter publicaram vários exemplos de postagens com o rosto de uma pessoa negra e de uma branca para provar que a prévia do Twitter mostrava rostos brancos com mais frequência. As pessoas também descobriram que o algoritmo de visualização da rede social escolhia mais personagens de desenhos animados que não eram negros. Quer um exemplo claro de como isso ainda está acontecendo? Veja a publicação da Disney+ com os personagens de Falcão e o Soldado Invernal – Claramente privilegiando pessoas brancas:
O Twitter explicou que testaram "esse viés antes de enviar o modelo e não encontraram evidências de preconceito racial ou de gênero em nossos testes", contudo, admite que tem muitas análises para fazer. Apesar desses esforços, o racismo cometido por algoritmos não acontece apenas no Twitter. Recentemente um estudo realizado pela Universidade de Chicago mostrou que o racismo algorítmico das operadoras de saúde tendem a excluir pacientes negros e pobres, classificando suas doenças como 'mais leves'. Cada vez mais fica claro que a Inteligência Artificial veio para somar e dar praticidade às coisas mais simples do nosso dia a dia. Apesar disso, é preciso ter cautela na hora de implementar esses algoritmos para não contribuir – ainda mais – com o racismo na sociedade. [Reuters] The post Twitter oferece recompensas de até US$ 3,5 mil para quem identificar bugs racistas em seu algoritmo appeared first on Gizmodo Brasil. |
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