quarta-feira, 15 de setembro de 2021

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Facebook possui um programa VIP que permite a celebridades driblar moderação

Posted: 14 Sep 2021 06:12 PM PDT

O Facebook utiliza, já há anos, um programa pouco conhecido, chamado "XCheck", que permite a celebridades, políticos e outros membros da elite estadunidense driblar algumas políticas de moderação que usuários comuns precisam respeitar. É o que revela uma reportagem publicada pelo Wall Street Journal. Ainda que a companhia tenha repetido diversas vezes que trata todo mundo de maneira igual, a presença do programa sugere que o Facebook possui um sistema hierárquico para o tratamento de usuários. Ele permitiria que pessoas ricas e poderosas joguem, basicamente, de acordo com suas próprias regras.

Também chamado de "verificação cruzada", o programa foi aparentemente criado como um "controle de qualidade" para moderação, feito para adicionar uma camada extra de análise, que permitisse examinar incidentes envolvendo usuários importantes. No entanto, a realidade é que ele funcionava como uma maneira de evitar crises de imagem indesejáveis.

Desde a sua criação, o Facebook teve dificuldades em definir qual seria sua postura em relação à moderação. Com cerca de 2.8 bilhões de usuários, e dominado por um dilúvio permanente de conteúdos nocivos, desinformação e outros problemas, a companhia passou os últimos anos contratando pessoas e empresas para monitorar e moderar o conteúdo que aparece em sua plataforma. Banir ou punir um usuário pelo conteúdo que ele compartilha fica mais complicado quanto mais relevante ele é.

Portanto, ainda que expulsar uma celebridade ou político controverso da plataforma possa ser uma tarefa importante e arriscada, o XCheck, essencialmente, permite que a empresa protele ou renuncie ações desse tipo, evitando, assim, as polêmicas.

Esse processo, aparentemente, se transformou em um sistema que, hoje, protege "milhões de usuários VIP" do escrutínio a que os usuários normais estão submetidos, diz o Wall Street Journal. Muitos desses usuários estão na “lista de permissões”, tornando-os quase que imunes à aplicação de penas — e permitindo que postem conteúdos como informações incorretas ou “postagens [que] contenham assédio ou incitação à violência”. Coisas que fariam com que um usuário normal fosse chutado instantaneamente.

Essa lista de privilegiados incluía o ex-presidente Donald Trump (antes de sua suspensão por dois anos no início de 2021), seu filho Donald Trump Jr., o comentarista de direita Candace Owens, a senadora conservadora Elizabeth Warren, entre outros. Na maioria dos casos, as pessoas que estão na "lista de permissões" ou que receberam permissão para aplicar a moderação não sabem que isso está acontecendo.

Os funcionários do Facebook parecem estar cientes de que o XCheck é problemático há algum tempo. "Na verdade, não estamos fazendo o que dizemos que fazemos publicamente", disseram os pesquisadores da empresa em um memorando de 2019 intitulado "A lista branca contradiz os princípios declarados do Facebook". "Ao contrário do resto da nossa comunidade, essas pessoas podem violar nossos padrões sem quaisquer consequências."

Quando solicitado a comentar as acusações da reportagem, o Facebook encaminhou ao Gizmodo comentários feitos recentemente pelo diretor de comunicações da empresa, Andy Stone, via Twitter. Stone apontou para comentários anteriores que o Facebook havia feito sobre seu programa, argumentando que o programa não representava um sistema paralelo, mas, sim, um projeto em desenvolvimento que, reconhecidamente, ainda precisa de ajustes.

"Como dissemos em 2018: a 'Verificação cruzada' significa apenas que algum conteúdo de certas páginas ou perfis recebe uma segunda camada de revisão para garantir que aplicamos nossas políticas corretamente. "Não existem dois sistemas de justiça; é uma tentativa de nos salvaguardar contra erros."

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Stone acrescentou, ainda, que o Facebook sabia que o programa precisava ser melhorado. "Sabemos que nossa aplicação não é perfeita e precisamos compensar velocidade e precisão", continuou Stone. "O artigo do WSJ cita repetidamente os próprios documentos do Facebook, apontando para a necessidade de mudanças que, de fato, já estão em andamento. Novos recursos e uma reformulação do processo já fazem parte de um fluxo de trabalho existente no Facebook."

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SpacecX cria Inspiration4 para levar mais bilionários darem um rolê no espaço

Posted: 14 Sep 2021 05:36 PM PDT

Até o momento, todas as missões para a órbita da Terra incluíram pelo menos um astronauta profissional empregado pelo governo. Isso está prestes a mudar esta semana, porque uma tripulação composta por apenas civis se prepara para decolar do Kennedy Space Center, na Flórida.

Tem sido um ano e tanto para a crescente indústria do turismo espacial. Em julho, tanto a Virgin Galactic quanto a Blue Origin, com seus respectivos fundadores bilionários a bordo, lançaram veículos tripulados para o limite entre a Terra e o espaço. Agora é a vez da SpaceX fazer o mesmo, mas, como praticamente tudo que a empresa liderada por Elon Musk faz, sua tentativa é um pouco mais ousada.

Para a missão Inspiration4, a SpaceX lançará quatro civis – Jared Isaacman, Hayley Arceneaux, Sian Proctor e Chris Sembroski – para a órbita, e eles ficarão circulando a Terra por três dias antes de voltarem para a costa da Flórida. Em contraste, os voos da Virgin Galactic e da Blue Origin eram suborbitais, durando apenas alguns minutos e atendendo aos requisitos mínimos para entrar no espaço.

Se tudo correr conforme o planejado, o Inspiration4 será o primeiro voo tripulado totalmente comercial a atingir a órbita baixa da Terra. A SpaceX está oferecendo um tipo inteiramente novo de viagem ao espaço, embora seja um tipo acessível apena aos ricaços.

Isaacman, o bilionário fundador e CEO da Shift4 Payments, “desembolsou uma soma não especificada, mas presumivelmente exorbitante” para que ele e três “companheiros de viagem especialmente selecionados” pudessem alcançar a órbita terrestre baixa a bordo do Resilience Crew Dragon, como relata a Reuters. A Spaceflight Now diz que a SpaceX acabará cobrando 50 milhões de dólares por pessoa para futuras missões privadas.

SpaceX
O foguete Falcon 9 e a nave Crew Dragon na plataforma de lançamento em 12 de setembro de 2021. Imagem: Inspiration4 / SpaceX

Um foguete SpaceX Falcon 9 foi lançado no Complexo de Lançamento 39A do Centro Espacial Kennedy no sábado, 11 de setembro, e a equipe realizou um ensaio geral no dia seguinte. A decolagem está programada para quarta-feira, 15 de setembro, com uma janela de lançamento de cinco horas começando às 21h02 (horário de Brasília). Atualmente, há 70% de chance de condições climáticas favoráveis. Se o lançamento for apagado, a janela de backup será reiniciada na quinta-feira, ao mesmo tempo. Este será apenas o quarto lançamento de um Dragão Tripulado.

A Resilience não será acoplada à Estação Espacial Internacional, permitindo a remoção da porta de acoplamento da Crew Dragon. Em seu lugar está a Cúpula do Dragão – uma cúpula de vidro que fornecerá uma vista deslumbrante da Terra. A SpaceX enviará a espaçonave a uma altitude de 575 quilômetros, onde viajará 22 vezes a velocidade do som e orbitará a Terra uma vez a cada 90 minutos. Para referência, a Estação Espacial Internacional está a aproximadamente 425 quilômetros acima da Terra, enquanto a espaçonave tripulada operada pela Virgin Galactic e a Blue Origin nunca ficou mais alta do 106 quilômetros acima do solo.

Isaacman, 38, será acompanhado por Hayley Arceneaux, 29, médica assistente do St. Jude Children’s Research Hospital e sobrevivente de câncer ósseo na infância; Sian Proctor, 51, geocientista e piloto licenciado; e Chris Sembroski, 41, veterano da Força Aérea dos Estados Unidos e engenheiro de dados aeroespaciais. Arceneaux será a primeira pessoa a ir ao espaço com uma prótese, bem como a mais jovem americana a orbitar a Terra. Proctor e Sembroski ganharam um concurso global para seus assentos, durante o qual mais de 110 milhões de dólares foram arrecadados para o hospital infantil. Os quatro tripulantes devem representar os quatro pilares da missão: liderança, esperança, generosidade,e prosperidade. Vale a pena lembrar que nenhum dos quatro tripulantes precisará fazer qualquer tipo de pilotagem, pois a missão é totalmente autônoma.

A primeira tripulação composta por apenas civis: Chris Sembroski, Sian Proctor, Jared Isaacman e Hayley Arceneaux. Foto: Inspiration4 / SpaceX

Enquanto estiverem no espaço, os integrantes da tripulação realizarão "experimentos de pesquisa cuidadosamente selecionados sobre saúde e desempenho humanos" com "aplicações potenciais para a saúde humana na Terra e durante futuros voos espaciais", de acordo com o site Inspiration4. 

Com a ajuda técnica de Weill Cornell Medicine e do Translational Research Institute for Space Health (TRISH) do Baylor College of Medicine, a tripulação será acompanhada por um eletrocardiograma, que irá monitorar movimento, sono, frequência cardíaca e oxigênio no sangue, entre outras medidas de saúde. Eles também farão exames de sangue, testes de equilíbrio e percepção, além de usarem um dispositivo de ultrassom para escanear seus órgãos.

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O Inspiration4 é um produto cuidadosamente e perfeitamente embalado, projetado para evitar qualquer crítica como um empreendimento com fins lucrativos. E tudo bem, vamos fingir que acreditamos. Mas mesmo que a era do turismo espacial liderado por bilionários pareça ter começado para valer, nós, pessoas normais, sabemos que vai demorar muito – se é que um dia isso vai acontecer – para termos a chance de chegar ao espaço.

 

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Twitch processa trolls que disseminam ódio na plataforma

Posted: 14 Sep 2021 05:16 PM PDT

Twitch

Em uma tentativa de lutar contra uma recente enxurrada de conteúdos preconceituosos e odiosos em sua plataforma, a Twitch optou por uma nova tática em sua guerra contra os trolls insistentes: levá-los ao tribunal.

Um novo processo aberto na semana passada pela gigante de streaming no norte da Califórnia visa punir dois usuários específicos "Cruzzcontrol" e "CreatineOverdose". A empresa os acusa de disseminarem persistentemente  "linguagem e conteúdo racista, sexista e homofóbico" na plataforma.

Os acusados ​​são conhecidos como "incursores do ódio"- um termo do qual você provavelmente nunca ouviu falar. "Ataques de ódio" aparentemente envolvem usuários anônimos implantando exércitos automatizados de robôs para assediar e intimidar streamers, muitas vezes inundando a seção de comentários da vítima com conteúdo preconceituoso, racista ou desagradáveis, em geral. Esses ataques costumam ter como alvo "streamers de grupos marginalizados", afirma o processo judicial recente da empresa.

Como muitas outras plataformas de streaming, a Twitch teve problemas contínuos com trolls, embora a situação aparentemente  tenha piorado recentemente. Em agosto, após o surgimento de uma campanha de hashtag que pedia para plataforma a reprimir os conteúdos de ódio, a empresa anunciou que lançaria alguns novos recursos com o objetivo de corrigir o problema. Essas ações incluíram banir milhares de contas problemáticas e implementar novos filtros de bate-papo para proteger os streamers.

No entanto, nenhum desses métodos impediu os sujeitos de continuarem..

"Eles escaparam das proibições do Twitch criando novas contas alternativas do Twitch e alterando continuamente seu ‘código de ataque de ódio’ para evitar a detecção e suspensão pelo Twitch", diz o processo, sobre a "Cruzzcontrol". E também foram detectados usuários do "CreatineOverdose", que aparentemente veio de Viena, Áustria.

Ambos os trolls já foram banidos pela empresa, mas aparentemente voltaram à plataforma várias vezes usando novas contas. Como foram criadas anonimamente, as identidades exatas dos incursores do ódio permaneceram desconhecidas, aumentando a dificuldade de eliminá-los permanentemente da plataforma. O que se sabe sobre eles é que têm procurado persistentemente perturbar os usuários através de várias formas de assédio automatizado.

"CruzzControl é responsável por quase 3.000 contas de bot associadas a ataques de ódio. Os robôs desenvolvidos e implantados pela CruzzControl têm sido associados a vários eventos de incursões de ódio, incluindo aqueles que visam streamers negros e LGBTQIA + com conteúdo racista, homofóbico, sexista e outro tipo de assédio", consta o processo.

A “creatina”, por sua vez, é acusada de conduta semelhante e teria escapado do banimento permanente através de um número crescente de apelidos e contas, “mas não se limitando a CreatineOverdose, CreatineBanEvades, CreatineReturns e CreatineReported”, afirma o processo.
Não está claro o quão eficaz o processo pode realmente ser, considerando que Twitch nem mesmo sabe realmente quem são Cruzz e Creatina .

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No entanto, como um sinal para seus usuários de que leva o assédio a sério, a empresa certamente está fazendo uma declaração sobre seu compromisso em protegê-los do pior da web.

"Esperamos que esta reclamação esclareça a identidade dos indivíduos por trás desses ataques e as ferramentas que eles exploram, dissuadi-los de ter comportamentos semelhantes a outros serviços e locais e ajudar a pôr fim a esses ataques contra membros de nossa comunidade," disse a empresa em um comunicado a revista Wired.

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Terror da Netflix terá produtores de Stranger Things e Jogos Mortais

Posted: 14 Sep 2021 05:03 PM PDT

A ideia de um assassino estar dentro de sua casa é assustadora o suficiente. Mas e se o assassino se revelasse ser “você”? Esse é o mistério de Tem Alguém Na Sua Casa, novo filme de terror da Netflix dos produtores Shawn Levy (Stranger Things) e James Wan (Jogos Mortais).

Tem Alguém Na Sua Casa é baseado em um romance homônimo de Stephanie Perkins. Dirigido por Patrick Brice e escrito por Henry Gayden, o filme estrela Sydney Park, Théodore Pellerin, Asjha Cooper, Dale Whibley e outros adolescentes em uma modesta cidade dos EUA. Tudo está em completa paz até que um assassino com o rosto de suas vítimas chega.

O trailer faz com que Tem Alguém Na Sua Casa pareça um filme de terror dos anos 1980/90. Vários adolescentes descartáveis, segredos dramáticos e muitos suspeitos. Pode-se supor que os produtores estão esperando que isso também vire uma franquia, especialmente quando o assassino pode ser qualquer um.

Não tendo lido o livro, a maior pergunta que fazemos depois desse trailer é: como o assassino faz essas máscaras? Tecnologia como essa parece que existe principalmente para o Universo Cinematográfico da Marvel ou em Missão Impossível. Em uma cena do vídeo vemos traços do que parece ser impressão 3D. Quantas pessoas na zona rural receberam remessas de tecnologia nas últimas semanas? Ou décadas?

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Pelo visto, o filme parece ter alguns clichês de terror nostálgicos. Esperamos que ele atinja seu potencial. Co-estrelado por Jesse LaTourette, Diego Josef, Burkely Duffield, Sarah Dugdale, William MacDonald, Andrew Dunbar, Markian Tarasiuk, Tem Alguém Na Sua Casa estreará em 6 de outubro na Netflix.

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Fitness+, programa de treinos do Apple Watch, estreia no Brasil este ano

Posted: 14 Sep 2021 02:24 PM PDT

Para além da nova linha de iPhones, iPads repaginados e o novo Apple Watch Series 7, outro anúncio feito na conferência da Apple desta terça-feira (14) chamou atenção de usuários brasileiros. O Fitness+, programa de treinos exclusivo para o Apple Watch, poderá ser utilizado no Brasil até o fim de 2021.

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O Fitness+ já está disponível para seis países, todos falantes de língua inglesa, ao custo de US$ 9,99 ao mês — ou US$ 79,90 por ano. Uma mesma conta do Fitness+ pode ser compartilhada com até seis membros da família.

A expectativa é que a estreia aconteça no Brasil entre os meses de setembro e dezembro. Até o fim do ano, a lista de países que contam com o serviço subirá para 21. Entre as 15 adições mais recentes, além do Brasil, estão Alemanha, Arábia Saudita, Áustria, Colômbia, Emirados Unidos, Espanha, França, Índia, Indonésia, Itália, México, Portugal, Rússia e Suíça.

De acordo com a Apple, as aulas ainda serão disponibilizadas em inglês, mas contarão com legendas em seis idiomas diferentes. Como não apenas o Brasil mas também Portugal está nessa lista, um desses idiomas será o português.

Existem, atualmente, 1220 workouts (espécie de video-aulas) de 10 “modalidades” diferentes de exercício físico, com duração de 5 a 45 minutos. Cada aula é modificada de acordo com o nível e capacidade física de quem se exercita. Segundo a Apple, essa coletânea de vídeos será atualizada semanalmente.

O catálogo deve ficar mais rico até o fim deste mês. O serviço ganhará novidades como pilates e a meditação guiada (o tal do mindfulness), além de treinos voltados para força e equilíbrio a partir do dia 27 de setembro.

É possível conectar a tela do Apple Watch à do seu dispositivo Apple de preferência — como iPhone, da Apple TV e Mac — o que permite monitorar estatísticas como a frequência cardíaca e as calorias gastas em tempo real.

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Para aqueles que não gostam de se exercitar sozinhos, o Fitness+ conta com uma função interessante: usando o SharePlay, será possível se conectar até 32 pessoas de qualquer lugar do mundo via FaceTime, garantindo que todos estão fazendo os exercícios de forma simultânea. A ferramenta também deve estar disponível até o final do ano.

Usuários do Apple Watch que nunca usaram o Fitness+ terão um mês de acesso grátis. Quem comprar um novo relógio — do modelo Series 3 ou mais recente, que são os que possuem compatibilidade com o recurso — poderá testar o serviço por três meses.

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Cientistas chegaram mais perto de fusão nuclear; entenda como

Posted: 14 Sep 2021 02:15 PM PDT

Boa parte da energia que conhecemos hoje vem de um processo de combustão, ou seja uma reação química exotérmica – transferida do interior para o exterior – que ocorre entre um combustível, apresentado em forma de substância líquida, sólida ou gasosa, e um comburente, na maioria das vezes é um gás com oxigênio.

Nesse processo, os combustíveis sofrem oxidação, porque perdem elétrons e seu Nox (número de oxidação) aumenta. Já o comburente, que é o oxigênio, reduz, pois ganha elétrons e o seu Nox diminui. Sendo assim, elas sofrem uma variação de oxirredução (quando o estado dos átomos são alterados) para a formação dos produtos (energia em forma de calor). 

Esse tipo de energia está presente nos carros, aviões, trens, indústrias e infinitas coisas. Ela é responsável por cerca de 85% da energia do mundo. O problema é que esse tipo de energia que 'queima', libera na atmosfera gases nocivos para a saúde e para o aquecimento global, como o dióxido de carbono (CO2), sendo um dos maiores responsáveis pela crise climática. 

Na busca por novas fontes de energia renováveis (limpas), além da energia solar, eólica, hídrica e outras, os cientistas miram na energia de fusão — a mesma que ocorre no Sol e nas estrelas do. Sim, meio que querem colocar o Sol numa caixa.

Num pequeno experimento bem-sucedido, cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e da startup Commonwealth Fusion Systems (CFS), desenvolveram um eletroímã supercondutor de alta temperatura com o campo magnético mais poderoso já criado na Terra. 

Mas, para que você possa saber como isso irá mudar nosso futuro. Vamos entender alguns pontos:

O que é energia de fusão?

A fusão nuclear, ou energia por fusão, não existe comercialmente, apenas em laboratório. Como eu já adiantei, ela é um tipo de reaação química que ocorre nos astros do espaço, ocasionada por isótopos de hidrogênio – deutério e trítio – átomos que possuem o mesmo número atômico (quantidade de prótons). Devido à gravidade das estrelas, esses elementos chegam próximos para se juntarem e se fundirem, liberando hélio e nêutron (energia). 

Isso só acontece porque no interior das estrelas tem uma gravidade muito grande que atrai esses átomos, já que precisa de uma força muito grande para aproximar núcleos com a mesma carga. 

No entanto, para ver o 'Sol nascer na Terra', os cientistas precisam fazer isso de outra forma, porque esse processo necessita temperaturas muito altas (100 milhões de graus Celsius), algo que derreteria qualquer material sólido que conhecemos. Daí a necessidade de desenvolver um objeto que suporte tanto calor. 

O projeto SPARC

O projeto SPARC, como ficou conhecido, começou há três anos a partir de uma aula de engenharia nuclear ministrada por Dennis Whyte, diretor do Plasma Science and Fusion Center do MIT. 

Normalmente, isso é feito por meio de campos magnéticos intensos, ou seja, os cientistas usam um tipo 'garrafa invisível' para conter a parte quente, um gás chamado de plasma composto por elétrons e prótons. As partículas são controladas por campos magnéticos, uma vez que elas possuem carga elétrica, e geralmente é utilizado um dispositivo arredondado chamado de tokamak para contê-las. 

Em um tokamak convencional, a seção que cruza o plasma tem o formato da letra D. Quando a parte reta do D fica de frente para o lado do buraco, esse formato é chamado de triangularidade positiva. Quando a seção transversal do plasma está invertida e a parte curva de D está voltada para o lado orifício, é chamada de triangularidade negativa. 

A inovação desse projeto é justamente que os cientistas utilizaram eletroímãs supercondutores de alta temperatura, que permitem um campo magnético muito mais forte em um espaço menor, em outras palavras, ele pode reter o plasma, produzindo mais energia do que consumindo.

O chefe de operações da CFS Joy Joy Dunn, disse estar empolgado com o resultado, uma vez que a equipe construiu um ímã supercondutor inédito. Além de esperar ansiosamente pela produção do SPARC que deve ser finalizado em 2025. 

Por que a energia de fusão é importante?

Não é de agora que os cientistas tentam inúmeras maneiras para tornar a energia nuclear possível. Uma usina nuclear, por exemplo, é o sonho de muitas nações. O ambicioso projeto ITER, que usa supercondutores de baixa temperatura, está sendo construído no Sul da França e conta com a colaboração de mais de 35 países. A Ideia é construir o maior Tokamak do mundo. Como o próprio nome já diz "iter", do latim, caminho ou percurso – para a energia do futuro. 

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As usinas de fusão seriam fontes limpas de energia porque não envolvem gases do efeito estufa, como por exemplo o CO2. Tampouco emissão de resíduos radioativos de longa vida, como a fissão nuclear que gera elementos radioativos que podem durar milhares de anos – e causarem danos à saúde. Como disse Maria Zuber, vice-presidente de pesquisa do MIT e professora de geofísica da EA Griswold, falou à imprensa do MIT que a quantidade de energia disponível é o que muda o jogo, no caso para a energia de fusão aqui, o combustível utilizado vem da água. "E a Terra está cheia de água, só precisamos saber como utilizá-la", disse.

Seria empolgante ter uma fonte de energia quase que ilimitada. É como se estivéssemos com a faca e o queijo na mão – mas não deve ser assim tão fácil reproduzir o Sol. 

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O que mudou no novo iPhone 13 – e nos modelos 13 Pro, Pro Max, e Mini

Posted: 14 Sep 2021 01:30 PM PDT

Imagem: Divulgação/Apple

Hoje a Apple lançou quatro novos modelos de smartphones. O iPhone 13, 13 Mini, 13 Pro e 13 Pro Max têm os mesmos tamanhos e formatos dos seus antecessores, mas também algumas boas diferenças. Vejamos.

Tela melhor e notch menor

Captura de tela: Apple

Uma das principais reclamações sobre os últimos iPhones é que a tela não vinha mudando muito. Desta vez, ao menos, mudou um pouco. A Apple reduziu em 20% o notch do iPhone 13 para que ele seja um pouco mais discreto. Ainda não é um iPhone sem notch (que é algo que deve rolar nos próximos anos), mas é algo notável.

A tela tem o mesmo tamanho do ano anterior: o iPhone 13 Mini tem 5,4″, o 13 e o 13 Pro têm 5,4″ e o 13 Pro Max chega a  6,7″.

Já o iPhone 13 e o 13 Mini estão mais brilhantes do que nunca, com 1.200 nits de brilho máximo.

Mas o iPhone 13 Pro e o Pro Max têm telas LPTO, que permitem trabalhar com taxas de atualização de 120 Hz. Isso significa que quando você estiver lendo, assistindo vídeo ou jogando jogos, tudo vai parecer mais suave.

Se você já usou um iPad Pro e percebeu quão suave é a tela do ProMotion, pode se empolgar. A Apple não é a primeira fabricante a entregar isso — celulares Android já contam com esse recurso –, o que é algo normal.

Novos recursos de câmera

Se os novos iPhones parecem tanto com os antigos, por que você deveria fazer o upgrade? Neste ano, o diferencial está nas câmeras.

O iPhone 13 e o 13 Mini tem duas lentes mais potentes, uma principal, com 12-MegaPixels e uma 12-MP ultra-wide, que agora está posicionada na diagonal. O iPhone 13 Pro e o Pro Max contam com um trio de lentes, como sempre, e as três podem funcionar no Modo Noturno. (As versões 13 e 13 Mini não têm lentes telefoto).

Captura de tela: Apple

As novas lentes telefoto de 77mm possuem zoom óptico de 3x. Ao que parece, um dos recursos mais legais da câmera é sua aplicação em macrofotografia, que permite fazer imagens a uma distância mínima de 2 centímetros — algo que com certeza será um diferencial para certos entusiastas de fotografia. Também será possível fazer vídeos nesse mesmo formato.

A Apple tirou da cartola alguns truques que pretendem tornar a experiência de fazer fotos e vídeos mais cinematográfica — literalmente. A família do iPhone 13 agora possui uma função chamada “modo cinematográfico”, que permite filmar cenas em modo retrato. A ferramenta consegue detectar quando alguém entra em cena e mudar o foco para essa pessoa. A função também é capaz de entender que o olhar da pessoa que está sendo filmada mudou — e que a câmera, agora, precisa seguir a direção em que o seu olhar aponta.

O usuário pode tocar na tela para mudar o foco e, tocando novamente, habilitar o bloqueio de rastreamento [impedindo que a câmera acompanhe o olhar da pessoa filmada]. Na demonstração feita pela Apple durante o evento, a mudança de foco aconteceu de forma incrivelmente rápida. Você pode configurar o modo cinematográfico após fotografar no aplicativo Fotos ou filmar no iMovie. O recurso funciona tanto nas câmeras traseiras quanto na frontal.

Todos os quatro modelos  possuem estabilização ótica de imagem por deslocamento de sensor, o que torna fotos feita à noite ainda melhores.

Os modelos da linha Pro também permitem que o usuário filme em ProRes — o equivalente em vídeo do formato Pro RAW, da Apple, usado para fotografia e edição de alta resolução. Você poderá gravar em até 4K, a uma taxa de 30 fps, no formato ProRes, diretamente do aplicativo da câmera.

Uma bateria mais durável

Uma das minhas maiores queixas em relação ao iPhone 12 Mini era a duração baixíssima da bateria, que ficava ainda pior quando o 5G estava ativado. A Apple aumentou o tamanho das baterias de seus novos iPhones e disse que, com as melhorias, o 13 Mini terá 1 hora e 30 minutos adicionais de vida útil em relação ao 12 Mini. Seguindo essa linha, o iPhone 13 promete 2,5 horas a mais de bateria se comparado ao iPhone 12.

O iPhone 13 Pro também terá uma bateria com vida útil maior, que deve durar 1 hora e 30 a mais que o iPhone 12 Pro. Já o 13 Pro Max, terá vantagem de 2 horas e 30 para o iPhone 12 Pro Max. Isso significa que o iPhone 13 Pro Max terá a bateria mais longa do que qualquer outro iPhone já lançado.

Mais veloz

A família do iPhone 13 roda a versão mais moderna do processador A15 Bionic, da Apple, que tem dois núcleos de alto desempenho e quatro núcleos de eficiência — e é bem mais veloz. A Apple afirma que ele é 50% mais rápido do que o da concorrência — quer dizer, quando comparado ao chip mais recente da Qualcomm usado em telefones Android. A GPU de quatro núcleos do iPhone 13 e 13 Mini promete ser 30% mais rápida que a de seus rivais. Os modelos do iPhone 13 Pro têm uma GPU de 5 núcleos, que promete ser 50% mais eficiente. Seu motor neural [do inglês, neural engine] de 16 núcleos também é mais veloz, e também há um novo processador de sinal de imagem.

Mas, afinal, quando você vai poder colocar as mãos nesses novos telefones? O início da pré-venda acontece nesta sexta-feira (17), e as vendas começam pra valer no dia 24 (sexta que vem).

O iPhone 13 e o 13 Mini vêm em cinco cores: rosa, azul, preto, verde e vermelho. O Mini de 128 GB custa, no Brasil, a partir de R$ 6.599. O de 256 GB sai por R$ 7.599 e o de 512 GB, por R$ 9.599.

Já para o iPhone 13, os valores começam em R$ 7.599 (128GB). Os iPhones agora também terão, pela primeira vez, versões com 512 GB de armazenamento — que custarão, aqui, R$ 10.599

O 13 Pro e o Pro Max vêm em quatro cores: um azul sierra (que é mais azulado do que o tom Pacific Blue do iPhone 12 Pro), grafite, ouro e prata.

O 13 Pro será vendido a partir de R$ 9.499. Para o 13 Pro Max, a tabela de preços começa em R$ 10.499. Uma nova opção de armazenamento de 1 TB deve chegar para linha Pro, junto das versões de 128 GB, 256 GB e 512 GB.

Eu sei, eu sei: já estamos ouvindo rumores sobre um iPhone 14 para o ano que vem. Mas se o seu iPhone antigo está pelas últimas, os novos recursos de câmera da linha do iPhone 13 podem valer o investimento. Fique ligado em nossas análises completas dos novos iPhones.

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Dying Light 2 Stay Human é adiado para fevereiro de 2022

Posted: 14 Sep 2021 01:02 PM PDT

Dying Light 2

Quem está ansioso para Dying Light 2 Stay Human, jogo de mundo aberto com zumbis, precisará esperar mais um pouco. Nesta terça-feira (14) a Techland, responsável pela franquia, anunciou que a data de lançamento foi adiada.

Antes, o jogo estava previsto para sair em 7 de dezembro, agora Stay Human chegará em 4 de fevereiro do ano que vem. Em nota, o CEO Pawel Marchewka explica que o motivo seria que o jogo precisaria de mais tempo para ser polido e otimizado.

"A equipe está progredindo constantemente com a produção e o jogo está se aproximando da linha de chegada", disse Marchewka. "O jogo está completo e atualmente estamos testando. É, de longe, o maior e mais ambicioso projeto que já fizemos. Infelizmente, percebemos que, para trazer o jogo ao nível que imaginamos, precisamos de mais tempo para aprimorá-lo e otimizá-lo."

Entretanto, o líder adiantou que  os jogadores podem esperar prévias das versões para console e PC.

Em Dying Light 2 Stay Human, os jogadores explorarão A Cidade: o último reduto da humanidade na luta contra o vírus. A mecânica de parkour permite que os sobreviventes explorem o vasto mundo aberto e o usem em combate. A civilização destruída e o cenário do mundo na idade das trevas moderna exigem uma abordagem criativa para encontrar itens e confeccionar equipamentos. A jogabilidade muda durante o dia e a noite, então será preciso saquear covis abandonados de infectados à noite e descobrir os segredos sombrios daqueles que estão no poder durante o dia.

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Dying Light 2 Stay Human chega em 4 de fevereiro para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, e Xbox Series X|S. A pré-venda já está disponível.

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Apple Watch está maior e mais poderoso, mas mudou muito pouco

Posted: 14 Sep 2021 11:12 AM PDT

Apple Watch

Com Luana Nunes e Guilherme Eler

A Apple lançou nesta terça-feira (14) o Apple Watch Series 7 com tela maior, carregamento mais rápido e vidro mais resistente.

Ele foi chamado de “o maior e mais poderoso” relógio da Apple. É um exagero de marketing  para um relógio que cresceu 1 milímetro. As versões anteriores eram de 40mm e 44 mm; as novas são de 41mm e 45mm.

Mas a tela parece muito maior graças à borda de apenas 1,7 mm, que faz com que o display de vidro se estenda até os limites do relógio. Essa tela também promete 70% mais de brilho e um novo teclado com Quick Path, que utiliza machine learning para prever o que o usuário vai digitar.

Bateria sempre foi um problema no Apple Watch, mas, pelo menos, carregá-lo ficou mais fácil. Agora ele trabalha com USB-C e promete uma carga 33% mais rápida, indo de 0% a 80% em apenas cinco minutos — suficiente para acompanhar seu sono por oito horas.

Eles prometem autonomia de 18 horas durante o dia, mas duvido que isso acontecerá no mundo real.

O sistema operacional Watch OS 8 virá com algumas novidades bacanas: ele irá detectar automaticamente quando você estiver pedalando e irá parar assim que você der uma pausa. Ele também integrará reconhecimento de quedas em exercícios — útil para situações de emergência.

Haverá recursos até mesmo recursos para monitorar a velocidade do seu saque em uma partida de tênis ou o número de ondas que alguém surfar. Não que essas sejam informações que mudem a sua vida, mas enfim.

O relógio estará disponível em cinco cores: preto, dourado, azul, vermelho, e verde escuro.

O Series Watch 7 não tem data de lançamento, mas deve chegar “nessa primavera”, possivelmente no final de outubro. Ele custará US$ 399, enquanto as versões mais antigas, Watch Series 3, e Watch SE agora custarão US$ 199 e US$ 399, respectivamente.

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Apple apresenta novo iPad e iPad Mini

Posted: 14 Sep 2021 10:47 AM PDT

iPad Mini

A Apple começou o seu evento já apresentando um novo iPad de entrada e um iPad mini todo reformulado.

Novo iPad padrão

O iPad padrão, lançado em 2010, chega à nona geração com um processador A13 Bionic, câmera frontal de 12 megapixels e o recurso de Center Stage, que sempre te deixa no centro da tela em uma videochamada.

O novo processador é 20% mais rápido e vem com o iPadOS 15, anunciado no início do ano, que permite reorganizar a tela inicial e executar diversas tarefas simultaneamente.

ipad

O novo iPad é compatível com a primeira geração da Apple Pencil e do Apple Smart Keyboard.

A tela é a mesma de 10,2″ de antes, com a diferença de que agora ela adapta automaticamente a iluminação de acordo com o ambiente.

O tamanho mínimo de armazenamento é de 64 GB. Ela custa US$ 329 e já está em pré-venda, com previsão de entrega na próxima semana.

Novo iPad Mini

O novo iPad Mini foi mais empolgante e mudou bastante. Ele não tem Face ID, mas sim TouchID no botão power.

Com bordas mais finas e arredondadas, agora tem uma tela maior de 8,3″ — contra as 7,9″ anteriores. O dispositivo está disponível em cinco diferentes cores:

ipad mini

Ele (felizmente) deixa de lado USB Lightining e adota uma USB-C.

O novo iPad Mini ainda vem com conexão 5G (capaz de downloads a 3,5 gigabits por segundo), uma câmera traseira e frontal de 12 MP capaz de filmar em 4K e com o recurso Center Stage.

O dispositivo promete 40% mais de performance em CPU e 80% de GPU em relação à edição anterior.

Ele suporta a segunda geração da Apple Pencil e custa US$ 499. Já está disponível para pré-venda nos EUA e deve chegar em uma semana.

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10 anos de Tim Cook à frente da Apple: qual marca o CEO deixou?

Posted: 14 Sep 2021 09:55 AM PDT

CEO da Apple

Recentemente, Tim Cook completou 10 anos como CEO da Apple. O sucessor de Steve Jobs reformulou ideias e impulsionou a marca, que lançou uma geração de produtos memoráveis e se tornou a primeira empresa privada a alcançar valor de mercado de US$ 1 trilhão.

Um dos maiores desafios de Cook na última década, foi manter a qualidade dos produtos da marca, já que Jobs sempre foi e continua sendo uma referência nesse quesito.

Cook também foi o primeiro CEO de uma big tech a se assumir como gay — trazendo bastante representatividade para um setor ainda conhecido como machista.

O executivo é muito mais discreto que Jobs e joga mais seguro, sem tentar reinventar a roda. Ainda assim, seu sucesso à frente da Apple é inegável. Não por acaso, a empresa continua batendo recordes e hoje já vale US$ 2,59 trilhões.

Por isso, às vésperas do lançamento do iPhone 13, relembramos algumas das marcas de Cook nessa década à frente da Apple

Uma obsessão pela realidade aumentada

Nos últimos anos, o CEO da empresa tem mostrado sua vontade pela implantação da tecnologia de realidade aumentada (RA). Enquanto a maioria da indústria segue firme e apostando na realidade virtual, Tim Cook sempre viu realidade aumentada como superior.

O assunto tem sido recorrente nos últimos seis anos. O CEO garante que RAé tecnologia do futuro. Durante uma entrevista em 2016, Cook falou sobre o assunto e afirmou na época, que já havia um investimento sendo feito.

"Temos investido e continuamos investindo muito nisso. Estamos em alta na RA a longo prazo, acreditamos haver grandes coisas para os clientes e uma grande oportunidade comercial. A primeira coisa é garantir que nossos produtos funcionem bem com produtos de outros desenvolvedores, como Pokémon. É por isso que você vê tantos iPhones caçando pokemons", disse na ocasião.

Tim Cook também já revelou que existe um trabalho sobre o assunto "por trás das cortinas" e explicou porque esse serviço pode se tornar crucial, além de ressaltar os desafios e dificuldades para implanta-lo para a grande massa.

"Estou animado com a realidade aumentada porque, ao contrário da realidade virtual que fecha o mundo, a RA permite que os indivíduos estejam presentes no mundo, mas espero que permita uma melhoria no que está acontecendo atualmente. A maioria das pessoas não quer se isolar do mundo por um longo período, e hoje você não pode fazer isso ou aquilo porque ficou doente. Com o AR você pode, não estar envolvido em algo, mas fazer com que seja parte do seu mundo, da sua conversa. Isso tem ressonância", disse.

E continuou: "Eu vejo RA como vejo o silício aqui no meu iPhone, não é um produto em si, é uma tecnologia central. Mas há coisas a descobrir antes que a tecnologia seja boa o suficiente para o maioria. Eu acho que pode haver muitas coisas que realmente ajudam as pessoas na vida diária, coisas da vida real, é por isso que fico tão animado com isso", concluiu o CEO.

Em 2017, a Apple lançou o Airkit, a plataforma de realidade aumentada da Apple para dispositivos iOS. Nela, era possível que os desenvolvedores produzissem aplicativos que interagissem com o mundo ao seu redor usando as câmeras e os sensores do dispositivo.

Hey, Siri

Um dos maiores desafios de Cook era manter o padrão de qualidade dos produtos já oferecidos na era de Steve Jobs e mais do que isso, fomentar o mercado com novos produtos, — e ele conseguiu.

Nesses dez anos, houve a chegada da assistente virtual Siri. Já existiam dispositivos controlados por voz, até mesmo o iPhone já contava com essa tecnologia desde 2009. Porém, em outubro de 2011, quando o iPhone 4S foi lançado, a Siri não chegou apenas como mais um método de controle por voz, mas sim como uma assistente virtual completa.

Vale lembrar que a Siri só chegou ao Brasil no início de 2015,  quatro anos após o lançamento do recurso lá fora

O recurso se tornou parte fundamental de tecnologias de automação de casa e está presente não só nos celulares, mas também em alto-falantes, TVs, fones de ouvido e outros aparelhos.

Escorregando nos mapas

Em 2012, era lançado o — desastroso- Apple Maps. Antes, a Apple tinha o Google Maps como aplicativo padrão. Porém, o chefe de softwares da Apple na época, decidiu que era hora de deixar o Google Maps de lado para trazer o Apple Maps. Quando o iOS 6 foi lançado para o público em setembro do mesmo ano, os usuários ficaram furiosos.

A novidade não saiu como esperada, o aplicativo não funcionava e a Apple teve que indicar aplicativos concorrentes para os consumidores. Na época, o próprio Tim Cook chegou a publicar uma carta se desculpando pelo lançamento precoce do sistema.

Lat que eu tô desenhando

Teve também a chegada da nova linguagem visual. Em 2013, a empresa apresentou o iOS 7 com visual completamente diferente do que já havia sido feito até então. Foi implementado o lat design com cores intensas, degradês e traços. A nova identidade visual do sistema foi logo estendida a outros sistemas, produtos e serviços da Apple, que "ditou moda", várias outras empresas também atualizaram seus aplicativos, sites e até marcas seguindo o novo padrão.

Padrão Apple

Um dos recursos que os iPhones ganharam de maior destaque foi o Touch ID, que permite que o usuário desbloqueie o celular e também faça compras na App Store sem ter que digitar a senha, usando apenas a impressão digital.

O iPhone ganhou novos tamanhos, cores e diversos serviços novos.

E houve o lançamento do Apple Watch, que revolucionou o padrão dos smartwatches e se tornou o relógio mais vendido do mundo.

Os usuários conheceram novos jeitos de "carregar dinheiro" com a carteira digital e o Apple Pay. Além dos AirPods e o mundo sem fios que chegou chegando e caiu no gosto do público.

E teve também o fim de uma era com o cancelamento dos iPhods e, o fracasso do AirPower, anunciado com o iPhone X. O produto seria uma espécie de bateria sem fio que conseguiria recarregar a bateria de vários aparelhos ao mesmo tempo. Entretanto, o acessório foi cancelado sem mesmo chegar às lojas.

Tim Cook pode não ter conseguindo(ainda) superar o amigo Steve Jobs nas invenções de novos produtos, mas ele já mostrou que tem potencial para fazer da Apple, uma empresa cada vez maior.

Novas estratégias e o aumento da receita

Apesar dos bons rendimentos, a Apple adotou uma estratégia diferente nos últimos anos sob o comando de Tim Cook. A empresa tem recomprado as próprias ações no mercado. O CFO da companhia, Luca Maestri, disse que somente em julho deste ano, foram gastos mais de US$ 450 bilhões em recompras de dividendos.

A Apple já era uma gigante antes de Tim Cook substituir Steve Jobs. No final de 2011, ela valia cerca de US$ 370 bilhões. Em agosto de 2018, a marca alcançou um valor de mercado de US$ 1 trilhão (que soma todas as ações da empresa). A companhia não parou por aí e bateu o número surpreendente de US$ 2 trilhões no ano passado.

A receita também teve um salto gigante nessa década sob o comando de Tim Cook. No terceiro trimestre fiscal de 2011, o valor de vendas chegou a US$ 28,5 bilhões, já no mesmo período de 2021 os valores chegaram a US$ 81,4 bilhões. Desse valor, só o iPhone foi responsável por uma receita de US$ 39,6 bilhões, mais do que todo o valor que a marca arrecadou há 10 anos, quando Cook assumiu como CEO.

Um das principais medidas comerciais que ajudou a alavancar todo esse crescimento no valor de mercado da empresa, foi a aposta em serviços. Além dos eletrônicos, a Apple também tem assinaturas pagas como o Apple Music, App Store, iCloud e outros.

Visando concorrer diretamente com a maior empresa de streaming Netflix, que domina há alguns anos o setor de streaming de séries, filmes e documentários. Cook trouxe em 2019 a Apple TV+, que aposta em produções originais. O investimento deu tão certo que as produções streaming da maça foram indicadas a mais de 30 prêmios Primetime Emmy Award, só esse ano.

E mais uma vez trazendo a comparativa do ano fiscal de 2011, o setor de serviços da Apple gerou US$ 2,9 bilhões em receita daquele ano. Em 2020, esse número saltou para US$ 53,7 bilhões, um aumento de incríveis 1.751% no período.

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Tim Cook completa 10 anos com muitos altos e promessas de novas tecnologias, mais precisamente a de realidade aumentada.

Cook certamente não quer que a Apple repita o caso do Google Glass ao lançar iGlasses (óculos de realidade aumentada) muito cedo e fracassar, definitivamente não antes que a tecnologia atenda aos altos padrões da Apple.

Será essa a próxima grande inovação da era Tim Cook na Apple para a próxima década?

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Xbox Game Pass: Aragami 2, SkateBird, Lemnis Gate e novos games de setembro

Posted: 14 Sep 2021 09:27 AM PDT

Como de costume, na metade de todos os meses a Microsoft lança a lista oficial de games que entrarão no Game Pass para PC e consoles. Em setembro, temos destaques bastante diversificados, perfeitos para gamers ecléticos.

Seguindo a publicação oficial no site do Xbox, confira os games que vêm por aí. Detalhe: foram deixados de fora desta lista os lançamentos para nuvem que não serão lançados no Brasil.

Flynn: Son of Crimson (Console e PC) – 15 de setembro

Disponível no lançamento com Xbox Game Pass, Flynn: Son of Crimson é um jogo de plataforma 2D e ação feito à mão que levará os jogadores a uma jornada de descoberta e conflito. Junte-se a Flynn e seu mítico companheiro Dex para salvar Rosantica do The Scourge. Descubra e domine o poder da Crimson Energy para impedir o maligno Zealock!

I Am Fish (Console e PC) – 16 de setembro

Disponível no lançamento com Xbox Game Pass, I Am Fish é uma charmosa aventura com base em física estrelada por quatro intrépidos amigos peixes, forçados a viver em um aquário de pet shop, longe de sua casa. Nade, voe, role e mastigue para traçar seu caminho até o oceano aberto em uma tentativa de encontrar a liberdade e se reunir novamente.

SkateBird (Console e PC) – 16 de setembro

Disponível no lançamento com Xbox Game Pass. Você é um pequeno e solitário pássaro skatista e seu grande amigo desistiu do skate para sempre. O trabalho deles é uma porcaria e, ultimamente, eles quase nunca estão em casa para brincar com você. Você vai consertar tudo isso – com o poder do skate! Acima de tudo, os pássaros skatistas dão o melhor de si.

Superliminal (Console e PC) – 16 de setembro

Percepção é realidade. Neste alucinante puzzle em primeira pessoa, você escapará do seu próprio sonho ao enfrentar quebra-cabeças impossíveis com base em perspectiva e ilusões de ótica. Pense fora da caixa e espere o inesperado.

Aragami 2 (Console e PC) – 17 de setembro

Disponível no lançamento com Xbox Game Pass. Os Aragami emergem como um clã para defender os seus, utilizando as sombras para servir sua causa. Aragami 2 leva a franquia a novos níveis de combate furtivo e com base em habilidades em uma narrativa envolvente – que pode ser presenciada sozinho ou com amigos na forma de uma aventura cooperativa de ação stealth.

Lost Words: Beyond the Page (Console e PC) – 23 de setembro

Vencedor de mais de uma dúzia de prêmios, Lost Words é uma atmosférica aventura narrativa que acontece nas páginas do diário pessoal de uma jovem chamada Izzy. Desdobre as páginas e explore a terra de Estoria, um lugar onde as palavras têm um poder imenso.

Sable (Console e PC) – 23 de setembro

Disponível no lançamento com Xbox Game Pass. Embarque em uma viagem inesquecível e guie Sable em seu voo livre; um rito de passagem que a levará por desertos deslumbrantes e antigas maravilhas. Explore um rico mundo em uma hoverbike, resolva puzzles, escale grandes alturas e conheça habitantes locais. Descubra quem é Sable debaixo da máscara.

Subnautica: Below Zero (Console e PC) – 23 de setembro

Mergulhe em uma aventura subaquática congelante em um planeta alienígena. Ambientado dois anos após o Subnautica original, retorne ao Planeta 4546B para descobrir a verdade por trás de uma ocultação mortal. Sobreviva construindo habitats, fabricando ferramentas e mergulhando mais fundo neste cativante universo.

Tainted Grail: Conquest (PC) – 23 de setembro

Explore mapas em constante mudança, lute contra inimigos mortais e descubra o que aconteceu com a ilha amaldiçoada de Avalon neste híbrido único entre roguelike de construção de deque e jogo de RPG. Tainted Grail: Conquest possui foco em história e potencial infinito de replay. Crie seus próprios combos a partir de centenas de cartas e aprenda como sobreviver em um mundo sombrio e implacável, envolto por uma misteriosa força mortal conhecida como wyrdness.

Lemnis Gate (Console e PC) – 28 de setembro

Disponível no lançamento com Xbox Game Pass. Faça proveito das habilidades de poderosos operadores em batalhas 4D alucinantes enquanto altera o passado para mudar o futuro. Lemnis Gate liberta você das limitações de tempo para oferecer uma experiência multiplayer implacavelmente inventiva e profundamente enraizada em gameplay de FPS tático. Explore as ilimitadas complexidades de viagem no tempo e trace seu caminho para a vitória.

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Astria Ascending (Console e PC) – 30 de setembro

Disponível no lançamento com Xbox Game Pass. Explore um vasto mundo à beira do caos em um JRPG maduro e emocional, renderizado em gloriosos visuais 4k desenhados à mão. Personalize seus personagens com uma ampla customização e leve os oito Demigods of Orcanon para a batalha em recompensadores combates por turno para proteger a Harmony.

Unsighted (Console e PC) – 30 de setembro

Disponível no lançamento com Xbox Game Pass. Os poucos androides que restam no mundo estão ficando sem Anima, a energia que dá consciência a todos os robôs. Depende de você, Alma, salvar seus amigos e impedir que se tornem Unsighted. Explore as vastas ruínas de Arcadia, usando todas as ferramentas que puder encontrar. O tempo está passando. Eles precisam de você.

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Lana Wachowski explica como Matrix Resurrections ajudou no processo do luto

Posted: 14 Sep 2021 07:21 AM PDT

Matrix Resurrections

Quando foi anunciado que Lilly Wachowski não voltaria para dirigir Matrix Resurrections ao lado de Lana, com quem escreveu e dirigiu os três primeiros filmes, muitos foram pegos de surpresa. Embora Lilly tenha dado a sua irmã e ao resto da equipe criativa do filme sua benção, ela acabou optando por não voltar para a continuação por uma série de razões, incluindo sua exaustiva agenda de trabalho.

Além de suas próprias obrigações profissionais, o fato de Lilly ter se revelado transgênero recentemente e o falecimento de seus pais também influenciaram sua decisão de não fazer parte de Resurrections. Para Lilly, o novo longa representou uma parte significativa de sua vida anterior na qual ela não estava particularmente interessada em voltar, o que é mais do que compreensível em vários níveis.

Desde então, a máquina de hype de Hollywood tem trabalhado arduamente para deixar o público em um frenesi antes da estreia de Matrix Resurrections no fim do ano. Mas o assunto recentemente surgiu de forma indireta no Festival Internacional de Literatura de Berlim deste ano, onde Lana Wachowski falou em um painel sobre roteiro.

Embora Lana não tenha expandido as razões de sua irmã para deixar a franquia Matrix , ela falou sobre como a morte de seus pais e de um amigo pessoal também impactou seus sentimentos sobre Resurrections e sua decisão de fazer Neo e Trinity uma parte central da nova história.

"Uma noite, eu estava chorando e não conseguia dormir, e meu cérebro explodiu toda essa história", disse Wachowski. "E eu não podia ter minha mãe e meu pai, mas de repente eu tinha Neo e Trinity, indiscutivelmente os dois personagens mais importantes da minha vida."

O primeiro trailer de Matrix Resurection apresenta alguns vislumbres de Neo (Keanu Reeves) dentro da Matrix, onde encontra Trinity (Carrie-Anne Moss), que aparentemente não se lembra dele além de uma vaga sensação de déjà vu quando se encontram pela primeira vez. Embora parte do passado volte para Trinity e Neo – que também não se lembram totalmente dos eventos dos filmes anteriores – o trailer faz Resurrections parecer um soft reboot para lembrar ao público como era ver Matrix pela primeira vez. Para Lana Wachowski, trazer Neo e Trinity de volta foi catártico e curativo.

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"Foi imediatamente reconfortante ter esses dois personagens vivos novamente, e é super simples", argumentou Wachowski. "Você pode olhar para ele e dizer: ‘ok, essas duas pessoas morrem e ok, traga essas duas pessoas de volta à vida e ai, isso não é bom?’ Sim, funcionou! É simples, e é isso que a arte faz e é isso que as histórias fazem, elas nos confortam ".

Matrix Resurrections será lançado em 16 de dezembro.

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Caso Apple vs Epic: as duas perderam, mas ficou pior para a criadora do Fortnite

Posted: 14 Sep 2021 06:53 AM PDT

Ícone da App Store, da Apple

A treta entre a Apple e a Epic Games, que se arrastava há mais de um ano, ganhou um (aparente) desfecho nos últimos dias. Nenhuma das partes saiu exatamente vencedora. Por outro, lado, sobram argumentos que permitem dizer que quem levou a pior foi a desenvolvedora do Fortnite.

Caso você tenha ficado de fora das disputas do mercado gamer nos últimos meses e não faça ideia do que estivesse rolando, senta que lá vem história.

A Epic processou a Apple em agosto de 2020, após o Fortnite ter sido removido da sua loja de aplicativos. Segundo a companhia de Tim Cook, a desenvolvedora do battle royale é quem estava errada: a Epic estaria violando os termos de uso por permitir que usuários "pegassem um atalho" para concluir microtransações — como comprar uma skin paga do jogo, por exemplo — sem a cobrança dos 30% de comissão da Apple. Já a criadora do Fortnite batia o pé, dizendo que era errado exigir que esse fosse o único meio de pagamento.

Corta para 2021. Uma juíza da Califórnia decidiu, na última sexta-feira (10), que é ilegal a prática da Apple de impedir que seus usuários façam transações fora de sua App Store. O que isso significa? Que a Apple precisará abrir seu sistema de pagamentos, avisando a quem consome que é possível pagar por microtransações de outras maneiras.

A partir de agora, desenvolvedores que têm jogos vendidos na loja de apps da Apple poderão oferecer seus próprios mecanismos de compra. Não será necessário mais a mediação da Apple — e os 30% adicionais, cobrados cada vez que um usuário adquiria um item ou recurso pago. Mais do que isso, a Apple impedia as desenvolvedoras de dizer que havia formas alternativas de concluir aquela compra, fora da loja da Apple. Na visão do tribunal, essa era uma prática anticompetitiva, e não pode mais acontecer.

Para a criadora do Fortnite — e outras companhias que vendem seus apps na loja da Apple e usam o recurso de microtransações internas –, essa é uma ótima notícia. Não ter mais que pagar taxa-Apple pode permitir que os serviços fiquem mais baratos — e, por tabela, mais atrativos para os consumidores. O Bitniks, revista do Gizmodo Brasil, aliás, fez uma reportagem sobre esse impacto na visão de desenvolvedores brasileiros, que você pode conferir clicando aqui.

Mas nem tudo na decisão foram flores no caso da Epic


Uma outra decisão, da mesma juíza, considerou que a desenvolvedora quebrou o contrato com a empresa da maçã quando decidiu implementar formas alternativas de pagamento para o Fortnite, no passado.

O golpe nas receitas foi grande: a Epic foi condenada a pagar 30% da receita que obteve dessa maneira até o banimento do app na loja. Estima-se que esse valor esteja na casa dos US$ 3,6 milhões (ou R$ 18,7 milhões). A empresa declarou, no último domingo (12), que pretende recorrer da sentença.

Há, também, um outro problema na jogada. A decisão que a Epic mais sentia — o banimento de seus apps na loja do iOS após a quebra de contrato — não vai ser revertida. O tribunal americano considerou legal o direito da Apple de simplesmente banir para os seus usuários os games lançados pela Epic.

Como você pode imaginar, ficar de fora dessa vitrine gigantesca causa um impacto pesado nas receitas da empresa. Segundo aponta esta matéria da Forbes, estima-se que a Epic já tenha perdido US$ 500 milhões apostando na Epic Games Store, sua loja própria — que não deve dar lucro até 2027. Os números revelam o tamanho da "dependência da AppStore", que todas as desenvolvedoras de games enfrentam. Nos dois primeiros anos de lançamento, o Fortnite faturou US$ 614 milhões apenas na sua versão iOS.

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O fato é que a iniciativa da Epic serviu de pretexto para que outras empresas aproveitassem a brecha — e passassem a fechar o cerco da Apple quanto à sua política de pagamento em microtransações.

Pressionada para provar que não estava mantendo um monopólio, a companhia da maçã já havia se comprometido, na semana passada, a deixar que certos aplicativos, como Netflix e Spotify, pudessem colocar links de pagamentos para os seus próprios sites — o que permitiria aos usuários contornar os famigerados 30% de taxa. A grande diferença é que, no caso desses outros, a dependência da vitrine da Apple é bem menor. Alguém tinha que puxar a fila, né, Epic?

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