segunda-feira, 27 de setembro de 2021

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China afirma que deixará de financiar energia a carvão no exterior

Posted: 26 Sep 2021 06:05 PM PDT

Durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, que aconteceu nesta terça-feira (21), o presidente chinês Xi Jinping disse que o país deixará de financiar projetos de carvão no exterior — um grande movimento que tiraria a maior fonte remanescente de apoio para uma nova energia a carvão.

"A China aumentará o apoio a outros países em desenvolvimento no desenvolvimento de energia verde e de baixo carbono, e não construirá novos projetos de energia movidos a carvão no exterior", disse Xi durante sua declaração pré-gravada transmitida para a assembleia na sede da ONU.

Em seus comentários, Xi não deu um prazo de quando o país eliminaria o apoio. A rapidez com que a China encerrará o financiamento do carvão será crucial para o mundo cumprir seus objetivos climáticos.

Mas o anúncio pode significar o fim de uma das maiores fontes de vida financeiras restantes para projetos de carvão.

Atualmente, a China é a maior força por trás de mais da metade dos projetos de carvão propostos no mundo que estão neste momento, em fase de pré-construção — cerca de 163 gigawatts de energia total em projetos, com 40 gigawatts deles, no exterior.

É um número grande, mas é significativamente menor do que costumava ser: a China cancelou 74% de seu carvão desde 2015, quando o acordo de Paris foi assinado, retirando o apoio para 484 gigawatts de energia a carvão nos últimos seis anos.

Ainda assim, em 2019, a China apoiava o desenvolvimento de mais de 300 usinas de carvão em países como Turquia, Vietnã, Indonésia, Bangladesh, Egito e Filipinas. À medida que o futuro econômico do carvão fica cada vez mais sombrio, esses países podem sentir o gosto de um mau investimento ao pagarem os empréstimos que tiveram da China.

O Acordo de Paris não inclui nenhum tipo de regulamentação ou supervisão de investimentos nacionais em projetos de combustíveis fósseis em outros lugares.

Mas a pressão internacional tem aumentado sobre a China para encerrar o financiamento de projetos de carvão sujo. Tanto a Coreia do Sul quanto o Japão, o segundo e o terceiro maiores financiadores, também prometeram encerrar o financiamento do carvão no início deste ano.

No entanto, seus compromissos financeiros com o carvão são superados pelos da China, o que torna o novo anúncio um negócio potencialmente maior.

Entre os países do G20, a China defendeu o financiamento do carvão. Mas algumas mudanças  podem pressionar outros países obstinados, como a Rússia e a Índia, a repensar seus investimentos.

Embora o anúncio seja uma boa notícia em termos de desenvolvimento internacional, a China também é o maior mercado de carvão do mundo, com metade das usinas a carvão do mundo que ainda estão em operação.

O país gera 70% de sua eletricidade a partir do carvão. Essas usinas impedem o país de fazer um progresso significativo em suas promessas climáticas.

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No ano passado, mesmo com a China enfrentando um recorde de poluição do ar principalmente por usinas movidas a carvão e prometendo estar cortando as emissões, o país bateu um recorde de 38,4 gigawatts de novas usinas a carvão — mais de três vezes a quantidade de energia comissionada no resto do mundo.

Apesar de o anúncio de Xi ser histórico, resta saber com que rapidez a China eliminará o apoio a projetos internacionais — e se também eliminará a bagunça do carvão em casa.

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Mapeamento aéreo mostra como era Teotihuacan, cidade de pirâmides, no México

Posted: 26 Sep 2021 05:32 PM PDT

Teotihuacan, em seu ponto alto, foi uma das maiores cidades do mundo, abrigando mais de 100 mil pessoas em um trecho de 83 quilômetros quadrados no que hoje é o México Central. Estudando a região, uma equipe de arqueólogos usou  tecnologia de mapeamento aéreo para ver como a paisagem foi modificada em grande escala pelas pessoas que viviam lá. Os resultados foram publicados esta semana na PLOS One.

A equipe estava tentando entender como a antiga Teotihuacan foi construída e como a paisagem urbana moderna foi crescendo sobre ela. Criada entre cerca de 100 a.C. e 450 d.C., a região fica a cerca de 48 quilômetros  a nordeste da Cidade do México, tornando-se parte integrante da paisagem contemporânea.

Os pesquisadores descobriram que os construtores da cidade antiga escavaram bastante – até mesmo extraíram rochas para outros locais de construção na cidade – e que 65% das características urbanas de hoje são construídas nos mesmos alinhamentos da construção original de Teotihuacan. A equipe também descobriu que 205 características da cidade antiga foram destruídas por operações de mineração desde 2015. 

"Descobrimos que precisamos redefinir como eram as paisagens urbanas do passado e quais são seus legados de longo prazo presentes na paisagem moderna", disse Nawa Sugiyama, antropóloga da University of California Riverside e principal autora do estudo, por e-mail ao Gizmodo

"Há milênios as pessoas vêm modificando extensivamente o ambiente construído e, em contextos urbanos, como a antiga cidade de Teotihuacan, estão mudando os cursos dos rios, alterando a topografia e afetando o potencial agrícola da área."

"Essas mudanças feitas há quase dois milênios ainda afetam a forma como construímos nossos edifícios, alinhamos nossas estradas e fazemos nossas plantações em terraços", acrescentou Sugiyama.

A) Imagem do fator de visão do céu da Praça das Colunas mostrando uma pilha de rochas moderna delineando o complexo, o retângulo indica a unidade de escavação ao longo de um alinhamento Teo Moderno, B) fotografia da pilha de rocha moderna, C) fotografia de escavações revelando uma grande parede sob a rocha moderna pilha.
Foto: Publicada sob licença CC BY, com permissão de N. Sugiyama, com direitos autorais originais do Projeto Plaza do Complexo de Colunas 2021.

A tecnologia que a equipe usou se chama LiDAR, uma forma de conduzir pesquisas arqueológicas não invasivas. LiDAR é a abreviação de "detecção e alcance de luz", que é basicamente o que a tecnologia faz: ela 'atira' luz na superfície do alvo e cronometra o tempo que leva para a luz voltar. Com base nesses intervalos, os arqueólogos são capazes de ver pequenas mudanças na elevação em resolução extremamente alta. O método pode atravessar as copas da floresta, o que é útil para encontrar assentamentos escondidos por séculos, como foi o caso de um grande assentamento maia, ao norte de Tikal, descoberto em 2018.

Os engenheiros que projetaram Teotihuacan também curvaram os rios San Juan e San Lorenzo, que cortam a cidade. Os rios foram curvados para se adequar ao alinhamento astronômico da cidade, outro exemplo do esforço e da perícia deslumbrantes empregados na construção da metrópole. "Controlar o fluxo das águas não foi apenas um método para incorporar o caminho do rio ao traçado da cidade cósmica de Teotihuacan, mas também uma forma de demonstrar seu domínio sobre esses elementos naturais, um feito que exigiu as mãos de milhares de trabalhadores", disse Sugiyama. 

Infelizmente, as estruturas subterrâneas são invisíveis para lidar – a tecnologia apenas detecta mudanças na elevação do solo. 

Portanto, a equipe não sabe quais estruturas ímpares foram destruídas quando trechos do vale foram minados em antecipação a um aeroporto internacional, cujos planos já foram descartados. Mesmo assim, em maio o governo mexicano condenou um projeto de construção privada que danificou e destruiu elementos da cidade histórica.

"LiDAR captura a humanidade e o impacto cumulativo da natureza em nosso planeta em três dimensões, nos forçando a considerar as consequências de nossas ações no passado e no presente", disse por e-mail Thomas Garrison, arqueólogo e especialista em sensoriamento remoto da Universidade do Texas em Austin que não esteve presente no estudo. "Ao mostrar as conexões diretas entre a antiga Teotihuacan e os assentamentos modernos ao redor das ruínas, este estudo apresenta um caso convincente do porquê a arqueologia é uma disciplina tão importante no século 21 e não simplesmente um esforço colonialista para se apropriar do patrimônio cultural."

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A equipe de pesquisa irá colaborar com o departamento de cultura do governo mexicano – Instituto Nacional de Antropología e Historia – no uso dos mapas como uma espécie de referência para a situação atual do patrimônio cultural de Teotihuacan. O trabalho é realmente descobrir o que está lá e garantir que não desapareça com mais desenvolvimento humano.

 

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Como foi criar um violão dentro de The Last of Us 2?

Posted: 26 Sep 2021 02:53 PM PDT

The Last of Us 2, premiado jogo do ano passado, recebeu um misto de críticas (em sua maioria, positivas) por suas polêmicas na narrativa e em mudanças bruscas sobre perspectivas do primeiro jogo. Um ponto indiscutível, adorado de forma quase unânime, foi poder tocar violão em locais/momentos específicos – coisa que gerou memes e vídeos de covers pela internet.

Em uma conferência online do GDC 2021 (Game Developers Conference) realizada há algumas semanas, os game designers Mark Burroughs e Grant Hoechst explicaram como o violão foi criado e qual a importância desta mecânica para a imersão na história. Resumimos trechos desta espetacular explicação a seguir, sem filtros para spoilers de The Last of Us 2.

O que o violão significa

A jornada de The Last of Us 2 começa com Ellie herdando o violão de Joel ainda jovem, momento que ele toca uma música do Pearl Jam para ela. Conforme revelado inúmeras vezes pelo diretor e roteirista Neil Druckmann, a música era tocada e cantada por ele à sua filha. Parte da letra, traduzida como “Se algum dia eu te perdesse, eu certamente me perderia”, é autoexplicativa a respeito da mensagem carregada.

Mark Burroughs explica que o violão simboliza o vínculo entre Joel e Ellie, sendo “um símbolo de tranquilidade na vida e de esperança”. O primeiro teaser de revelação do game mostrava, não por acaso, a Ellie tocando violão em uma casa abandonada. Ao final do jogo temos a mesma personagem com dificuldades para tocar o instrumento, após perder parte dos dedos em uma luta violenta. Este seria o ciclo completo do jogo e do papel do violão para auxiliar a contar este arco.

Na sequência, Grant Hoechst conta que o fato de um jogador de The Last of Us 2 poder tocar o violão seria mais uma forma de imersão, engajando “de maneira profunda do que somente assistindo e ouvindo” personagens tocando. A criação de empatia com a Ellie foi algo que motivou-os a apostar nessa mecânica única.

O jogador no controle

O touchpad, geralmente usado para desenhar ou deslizar em jogos que exploram a criatividade, seria uma saída para tornar a interação mais abrangente do que um simples estilo “Guitar Hero“, onde as notas e acordes (ou seja, o conjunto de notas, por assim dizer) percorrem a tela e você só precisaria apertar um botão no ritmo certo.

“Tempo não importa com Ellie tocando o violão, então evitamos fazer um jogo de ritmo. Ela está aprendendo a tocar, esse é um momento de introspecção (para Ellie e para o jogador) onde é possível tocar no ritmo que quiser”

Grant Hoechst

Ao invés disso, optaram por uma “correspondência um para 1”, como Burroughs apelida. “No máximo pensamos em ter Ellie balançando a cabeça no ritmo da música, mas nada audível ao jogador, para que não haja o sentimento de ‘força’ para seguir”, explica. Então por isso não há metrônomo, nem nenhuma ferramenta musical similar.

No jogo você não “falha” ao tocar uma nota diferente da que é sugerida. Há total liberdade para tocar a nota/acorde que você quiser, mas uma sutil indicação mostra como prosseguir nesta seção do jogo. Você pode tocar o que quiser e para tocar as músicas que aparecem em momentos específicos de TLOU, basta seguir os prompts da tela, sem segredos.

Quando os desenvolvedores viram que era necessário criar diversas listas de acordes para comportar todas as canções que planejaram, viram que era melhor dar total liberdade ao jogador e colocar dezenas de variações. Isso resultou em, virtualmente, ser possível tocar qualquer música, mesmo que adaptando tons – um pouco mais agudo ou mais grave que a gravação original, digamos.

Na prática…

Quando você interage com o violão, uma roda aparece do lado direito da tela. Ela mostra os acordes abreviados. Conjuntos comuns são divididos em “abas”, como acordes de progressões (sequências, em termos musicais) clichês de músicas populares, para facilitar a troca de quem quiser tocar o que bem entender. Os acordes de cada aba, em suma, soam bem quando colocados juntos, utilizando conceitos de teoria musical.

Girando o analógico esquerdo do controle, você seleciona a posição da mão esquerda de Ellie. Com o touchpad você toca as cordas, com a mão direita dela. Apertando os botões L1 e R1 você muda as abas dos conjuntos de acordes. Por serem abas cíclicas, o jogador raramente irá se perder ao procurar acordes desejados.

Em certo momento do jogo, Ellie conta para sua namorada que ela está compondo músicas novas. “Por acidente, foi uma oportunidade de o jogador fingir que é Ellie, a compositora, experimentando com acordes e progressões”, diz Hoechst.

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A dupla do GDC conta que, de fato, é necessário saber um pouco de teoria musical e de termos técnicos para tocar as músicas que você gosta, porém, o jogo teve o efeito contrário: pessoas que tocaram violão em TLOU 2 ficaram com vontade de aprender o instrumento de verdade. Uma música memorável que Ellie toca é Take On Me, cover de um clássico dos anos 1980.

Pouco tempo após o lançamento de TLOU 2 já era possível ver músicos se adaptando aos controles, sendo possível tocar músicas conhecidas. Surgiram então playlist de covers, incluindo canções de bandas como Pink Floyd, The Cranberries, Radiohead e Soundgarden.

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Inserir informações no cérebro: isso vai ser possível algum dia?

Posted: 26 Sep 2021 01:10 PM PDT

Há alguns anos, eu estava deitado na cama lendo um livro sobre neoliberalismo. Ou, mais precisamente, tentando ler. O autor dizia que suas ambições para o capítulo em questão era tornar certas ideias de Foucault acessíveis ao público em geral. Mas, por longos períodos, ele pareceu perder de vista esse objetivo, o que me obrigou a reler as mesmas três páginas repetidamente, na esperança de que algo com sentido se materializasse ali.

Depois de ter um breve ataque de pânico pensando em todas as coisas que eu preciso ler apenas para começar a entender tudo que eu não conheço, um pensamento veio: não seria bom se eu pudesse simplesmente injetar essas informações no meu cérebro?

Dito isso, vamos ao assunto do Giz Pergunta desta semana: a possibilidade do envio de informações diretamente para o cérebro, hoje ou (mais provavelmente) no futuro. Há pessoas trabalhando exatamente nisso, e você pode ler abaixo o que elas têm a dizer.

Michael Beyeler

Professor de Ciências Psicológicas e do Cérebro, Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.

Já é possível implantar uma neuroprótese sensorial para, por exemplo, restaurar parte da visão de pessoas cegas. Então, por que não conseguiríamos fazer o upload do conteúdo de uma enciclopédia inteira em nosso cérebro, ou implantar um dispositivo que, instantaneamente, nos torna exímios pianistas? Embora a solução prática possa não ser tão simples quanto conectar um USB em nosso cérebro, acho que a perspectiva de aumentar nossos sentidos e nosso intelecto com um implante cerebral está certamente ao nosso alcance. Porém, antes que isso seja possível, precisamos superar vários desafios.

A principal barreira é de engenharia. Precisamos ser capazes de fabricar e implantar dispositivos biocompatíveis que possam interagir com o cérebro de forma segura e eficaz. Embora a tecnologia esteja avançando rapidamente, os implantes ​​atuais costumam ser feitos de pequenos eletrodos muito maiores do que os neurônios que eles tentam controlar. Podemos precisar de dispositivos menores e mais flexíveis, que possam ser implantados lá no fundo do cérebro — para, assim, interagir com subgrupos específicos de neurônios que regulam diferentes comportamentos e memórias.

No entanto, o maior desafio, na minha visão, é que não compreendemos o cérebro bem o suficiente para tornar viáveis ​​esses uploads de informações. Precisamos entender melhor como as informações são armazenadas e acessadas no cérebro. Não há uma única área do cérebro que armazene suas habilidades no piano ou de espanhol, por exemplo. Pelo que nós sabemos, as memórias implícitas (como as memórias motoras necessárias para tocar piano incrivelmente bem) exigem um esforço concentrado de várias áreas do cérebro, como os gânglios da base e o cerebelo. Outras informações, como a memória semântica (fatos e conhecimentos gerais, por exemplo), dependem de uma interação entre o hipocampo, a amígdala e o neocórtex como um todo. Portanto, pode simplesmente não haver um único lugar em seu cérebro onde você possa conectar uma entrada USB.

É possível que a solução tenha que ser mais criativa do que um chip implantável. Uma alternativa pode ser encontrar maneiras de ajudar o cérebro a aprender ou lembrar coisas. A técnica de estimulação cerebral profunda (DBS, na sigla em inglês) já está fazendo uso desse princípio para melhorar distúrbios relacionados à memória, como ansiedade e demência. Então, talvez você ainda tenha que praticar piano um pouco, mas em vez de gastar 1.000 horas até se tornar um pianista de concerto, você estaria pronto em poucas horas.

Por último, mas não menos importante, existem considerações éticas e filosóficas que andam ao lado dessa tecnologia. Quem teria acesso a ela? Quais serão os possíveis abusos? Podemos — ou devemos — fazer isso? Tudo permanece em aberto.

Rajesh P. N. Rao

Professor de Ciência da Computação e Engenharia Elétrica e co-diretor do Centro de Nanotecnologia da Universidade de Washington em Seattle.

Já estamos em uma época que nos permite enviar informação diretamente para cérebros humanos. Em parceria com um grupo de neurocientistas cognitivos, meu laboratório mostrou que informações simples de um ou mais cérebros podem ser transmitidas diretamente para outro cérebro, usando interfaces não invasivas e “BrainNets”. Também mostramos que as informações de um jogo simples de realidade virtual podem ser sentidas diretamente em nossa central de comando. Isso é possível via técnicas de estimulação cerebral magnética não invasivas, que permitem ao jogador ter sucesso mesmo sem enxergar o jogo. Em um estudo feito com neurocirurgiões, mostramos que a estimulação elétrica sobre o córtex somatossensorial (na superfície do cérebro) pode ser usada para enviar informações sobre o tato. Isso permite que um humano ajuste a postura das mãos de acordo com essas instruções.

Os primeiros resultados da pesquisa feita em meu laboratório e em muitos outros voltados à engenharia neural indicam que o cérebro humano, com sua notável capacidade de adaptação, pode ser palco para novos tipos de informação, transmitidos diretamente para diferentes regiões do cérebro. No futuro, a transmissão de informações mais complexas ao cérebro exigirá avanços em pelo menos três áreas: (1) neurociência — mais especificamente uma compreensão mais profunda de como a informação abstrata é processada e armazenada; (2) neurotecnologia, com a criação de métodos mais precisos e menos invasivos de registro cerebral e estimulação; (3) inteligência artificial, para calcular os níveis de estimulação apropriados que permitem a transmissão de informações.

Para enfrentar esse desafio, propusemos recentemente o conceito de coprocessador cerebral, um novo tipo de interface cérebro-computador que processa informações junto ao cérebro e atua como um “assistente cerebral”. Os coprocessadores cerebrais usam redes neurais artificiais para traduzir informações externas — de sensores ou da internet, por exemplo — no contexto da atividade cerebral, para padrões de estimulação. Isso permite que o cérebro analise e, potencialmente, armazene essas informações para uso futuro. Esses coprocessadores podem, eventualmente, permitir o upload direto de informações complexas para o cérebro. Se projetados e implantados dentro de uma estrutura ética e responsável, têm o potencial de transformar uma série de campos da atividade humana, da educação e comunicação à reabilitação e tratamento em neuropsiquiatria.

Spencer LaVere Smith

Professor e co-diretor da Iniciativa do Cérebro na Universidade da Califórnia em Santa Barbara.

Com a tecnologia atual, já é possível fazer upload de pequenas quantidades de informações. Com pequenas, quero dizer 1 bit mais ou menos. No entanto, qualquer transferência mais complexa é muito mais difícil. Carregar conhecimento em uma nova linguagem ou uma memória detalhada não será possível tão cedo, por duas razões. A primeira é que nossas tecnologias para manipular circuitos neurais são muito rudimentares. A outra é que nossa compreensão sobre o que e como devemos manipular ainda é muito básica.

Isso, porém, pode ser possível no futuro. Com um milhão de anos de desenvolvimento tecnológico (provavelmente não demoraria tanto, digo para fins de argumentação), deveria ser factível. Dizer que é absolutamente impossível implica que há algo que não pode ser medido e manipulado no cérebro que é essencial para aprender uma língua ou armazenar uma memória — o que não é algo que dá pra defender. Existem certos limites físicos, mas duvido que eles nos impeçam de alcançar o sucesso nessa tarefa. Podemos manipular muitos dos processos envolvidos na mudança dos circuitos cerebrais. É simplesmente desafiador fazer isso de forma precisa com as ferramentas rudimentares que temos hoje. Além disso, mesmo se pudéssemos, não sabemos exatamente como manipulá-los para obter o resultado desejado. Mas esses problemas são solucionáveis.

Meu laboratório está focado em compreender os circuitos neurais e desenvolver ferramentas melhores para medi-los e manipulá-los. Há um enorme potencial para avanços. Mas o fato é que não enviaremos informações complexas para o cérebro muito em breve. Isso é bom. É sinal de que ainda terei muito o que fazer em ensino e pesquisa.

Deixe-me aproveitar esta oportunidade para dar atenção a algo que está mais próximo do que o público em geral pode imaginar. Aposto que, até morrermos, a neurotecnologia fornecerá estratégias aprimoradas para o tratamento de doenças como depressão, ansiedade e comportamentos compulsivos. Não novos comprimidos, mas novas interfaces neurais. Os neurocientistas fizeram grandes avanços na compreensão desses circuitos, e nossas ferramentas mais recentes são, tecnicamente, capazes de manipulá-los. As ferramentas são muito rudimentares para a transmissão de informações complexas, mas já podem melhorar a vida das pessoas. A tecnologia de interface cérebro-máquina para dispositivos protéticos também está progredindo. No entanto, não vejo o envio de informações úteis e complexas para o cérebro acontecendo tão cedo. Terei que continuar aprendendo à moda antiga.

Andrew Maynard

Diretor associado e professor da Escola para o futuro da inovação na sociedade da Universidade do Estado do Arizona.

Está aí um clássico da ficção científica: injetar coisas diretamente no cérebro, para que, de repente, conheçamos uma vasta gama de coisas ou tenhamos diversas habilidades. É um conceito muito atraente e, claro, é o que está impulsionando empresas como a Neuralink, de Elon Musk, que estão lidando com interfaces cérebro-máquina muito avançadas. Mas existem problemas muito grandes nisso.

Começando do início: sim, vamos ser capazes de fazer isso, em um nível muito, muito básico. Já temos a capacidade de alterar os sinais elétricos em grupos de neurônios — o que significa que podemos fazer coisas muito rudimentares, como injetar imagens na cabeça de alguém. Mas isso não é nada próximo a um novo conjunto de habilidades ou conhecimentos.

Algo digno de um roteiro de ficção científica — ou seja, fazer o upload instantâneo de um curso de 15 semanas — é quase impossível, por uma série de razões. Em primeiro lugar, o cérebro não é como um computador e não podemos programá-lo como um. Imagine o seguinte: você pega o chip de seu smartphone e pergunta a um designer de chip se ele poderia reprogramá-lo sem usar nenhum dos materiais padrão. Ou seja, em vez de programar aplicativos, esses designers pegariam uma broca superfina e perfurariam o aparelho, inserindo eletrodos e fazendo a programação dessa forma. O criador do chip riria da sua cara e diria que não há a menor chance disso acontecer — porque é muito complexo. E, ainda assim, o chip do seu telefone é infinitamente mais simples do que o seu cérebro. Se isso é algo ridículo se tratando de um chip de telefone, como diabos vamos ser capazes de fazer isso com nossos cérebros?

O cérebro é algo orgânico — ele não evoluiu para ter coisas facilmente gravadas nele. Teríamos que construir, de alguma forma, um sistema secundário, e cada neurônio e cada sinapse exigiria sua própria conexão. A única maneira de fazer isso seria realmente desenvolver um sistema secundário desde o nascimento. Algo que, sim, talvez possamos fazer em um futuro distante. Mas mesmo se pudéssemos, isso só considera a parte elétrica da coisa — não leva em consideração os sistemas bioquímicos que também determinam como nossas memórias funcionam.

E, mesmo se pudéssemos fazer isso, quase certamente não deveríamos. Nossos cérebros evoluíram para ser incrivelmente eficientes — usamos cada grama de massa cinzenta para fazer coisas. Ou seja, se mexermos em alguma parte de nosso cérebro, provavelmente iremos interferir em nossas identidades. Como nossos cérebros são complexos demais, enviar material para eles provavelmente atrapalharia algo que define quem você é — e você acabaria se tornando uma pessoa diferente. Portanto, apesar dos benefícios potenciais — seria ótimo, por exemplo, saber que seu cirurgião instalou as técnicas mais recentes em seu cérebro — acho que os riscos são muito mais significativos.

Kevin Warwick

Professor emérito de Engenharia das Universidades de Coventry e Reading, descrito como o "Primeiro híbrido de humano e robô do mundo".

Já enviamos informações ao cérebro — por meio da rota sensorial convencional. Em estudos de laboratório, conseguimos transmitir sinais diretamente para o cérebro, seja para fins de comunicação ou para controle motor. Quanto a baixar coisas como memórias (que você não teve) para o cérebro, não vejo nenhuma razão para que isso não seja possível no futuro. Mas, para fazer isso, precisamos aprender muito mais sobre como as memórias são armazenadas e o processo de recuperação delas.

Dong Song

Professor e pesquisador de engenharia biomédica e diretor do Laboratório de modelagem e interface neural da Universidade do Sul da Califórnia.

Se definirmos “colocar informações no cérebro” como usar a tecnologia de interface cérebro-máquina para escrever informações diretamente no cérebro de forma fácil e rápida — algo que tornaria as formas tradicionais de aprendizagem desnecessárias, como em Matrix –, minha resposta seria: é complicado.

Em primeiro lugar, acho que isso é, definitivamente, algo possível na teoria. A comunidade científica entende que as informações são armazenadas no cérebro na forma de pesos sinápticos e/ou atividades neurais. Eles podem ser alterados externamente de muitas maneiras diferentes, incluindo via interface cérebro-máquina. Se eles forem alterados da maneira certa, as informações serão carregadas no cérebro.

Dito isso, ainda assim será extremamente difícil. Para que isso aconteça, é preciso uma neurociência e uma tecnologia de interface e modelos computacionais muito melhores. Ainda estamos muito longe de poder fazer isso. A maioria das interfaces cérebro-máquina atuais ou próteses corticais têm como objetivo restaurar funções de memória prejudicadas, em vez de melhorá-las. Alguns casos de aprimoramento da memória, incluindo meu próprio estudo, foram conduzidos com paradigmas experimentais muito específicos — e conceitos muito específicos de informação/memória. O upload de informações do tipo Matrix não acontecerá em um futuro próximo.

E mesmo quando a tecnologia estiver madura o suficiente para permitir que isso aconteça, não tenho certeza se será necessário. Tudo porque o armazenamento de informações não é mais o gargalo da inteligência humana. Com a internet e os motores de busca, as pessoas agora podem acessar facilmente quantidades quase ilimitadas de informações. Ter mais informações carregadas no cérebro provavelmente não será uma prioridade para melhorar a inteligência. Em vez disso, a capacidade de integrar informações e fazer julgamentos melhores parece ser muito mais importante. No entanto, ainda não se sabe ao certo como o cérebro humano pode atingir essa capacidade.

Gopala Krishna Anumanchipalli

Professor de Engenharia Elétrica e Ciência da Computação da Universidade da Califórnia em Berkeley.

Depende da complexidade das informações. Podemos, hoje, fazer pessoas alucinarem sons, realizar movimentos motores involuntariamente, ou ainda interromper suas convulsões e alterar sua experiência emocional. Tudo por meio de estimulação direta em áreas específicas do córtex. Não é inconcebível que um dia possamos "carregar" informações mais complexas como uma nova habilidade, ou deletar um episódio traumático da memória. Isso poderia muito facilmente ser usado pelos motivos errados (assim como a edição genética). Há uma necessidade clara de se dar atenção à neuroética, no mesmo grau em que estamos nos concentrando no avanço da ciência e da engenharia do cérebro humano.

William Eugene Bishop

Pesquisador do Instituto Médico Howard Hughes que pesquisa, entre outras coisas, interfaces cérebro-computador.

A resposta curta é sim. Na verdade, se você está disposto a aceitar uma definição um tanto limitada de "informação", isso já foi demonstrado em humanos. Estudos recentes têm usado a microestimulação intracortical (ICMS, da sigla em inglês) para estimular o cérebro diretamente. Os participantes desses estudos percebem a estimulação como sensações de pressão, vibração, formigamento ou toque em diferentes partes do corpo. Claro, não há nada sendo feito em seus corpos físicos — essas sensações são inteiramente "gravadas" no cérebro pelo ICMS. Uma equipe da Universidade de Pittsburgh usou essa tecnologia recentemente, para transmitir informações de sensores de um braço protético diretamente para o cérebro de quem o controla.

Embora isso seja empolgante, a resposta longa é que temos um caminho extenso a percorrer antes de podermos enviar o que normalmente pensamos como “informação” — conhecimentos de diferentes áreas ou fatos, diretamente na memória de uma pessoa. Vamos usar uma analogia com computadores. Para carregar informações numa máquina, você precisa saber, pelo menos, o código binário que os computadores usam para representar as informações. É preciso ter uma forma de definir os bits individuais em um disco rígido, usado para armazenar essas informações. Na neurociência, temos uma noção de que áreas do cérebro processam certos tipos de informações, mas nosso conhecimento sobre o código para representar as informações e como esse código é armazenado de forma persistente no cérebro — coisas no nível dos neurônios e como eles estão conectados — é muito limitado. E, embora o ICMS possa ativar neurônios no cérebro, é um método rudimentar de fazer isso — estimulando um grande número de neurônios de uma só vez. Precisaremos de métodos de ativação de neurônios individuais de maneira perfeitamente controlada para gravar informações detalhadas no cérebro.

Além disso, antes de começarmos a carregar informações em nossos cérebros, precisaremos considerar as questões éticas que derivam dessa capacidade. Em que circunstâncias devemos fazer isso, e como essa interface se relaciona com o livre arbítrio? Se as informações puderem ser carregadas, provavelmente poderemos fazer o download também. Quem terá acesso a essas informações? Uma vez que essas tecnologias provavelmente serão caras, como podemos garantir que os ricos não ganhem uma vantagem cognitiva injusta sobre aqueles com menos recursos?

Dito tudo isso, o fato é que o campo da neurociência está progredindo rapidamente. Uma tecnologia recente chamada optogenética usa luz para ativar neurônios, e os pesquisadores estão desenvolvendo métodos para direcionar a luz para neurônios individuais. No futuro, tecnologias como essa podem um dia fornecer ferramentas para transmitir informações mais detalhadas diretamente para o cérebro humano. Nosso conhecimento de como as informações são representadas e armazenadas no cérebro certamente avançará também. O debate das questões éticas que vêm com as tecnologias de interface com o cérebro já começou.

Portanto, embora estejamos certamente a muitos anos, provavelmente décadas, longe de sistemas que poderiam ser usados ​ para enviar informações ao nosso cérebro, parece provável que um dia isso seja possível.

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Joshua R. Smith

Professor de Ciências da Computação e Engenharia da Universidade de Washington, que pesquisa, entre outras coisas, aplicações de interfaces homem-computador.

Já existem experimentos que estudam o fornecimento de dados sensoriais pela estimulação elétrica direta da superfície do cérebro. Além da estimulação elétrica direta por eletrodos implantados (fios inseridos no cérebro), a estimulação magnética transcraniana (TMS) usa um forte campo magnético para estimular o cérebro de fora — nenhuma cirurgia é necessária. Minha aposta é que será possível fornecer certos tipos de sensações diretamente ao cérebro. Por exemplo, uma prótese de mão ou pé pode ser capaz de gerar alguma sensação de toque, ou pode-se gerar a percepção de um som de alerta. Talvez, a fala possa ser gerada diretamente no cérebro. Dito isso, acho muito mais difícil imaginar que alguém possa gerar com sucesso no cérebro noções cognitivas sofisticadas, como palavras ou pensamentos, ou mesmo informações visuais sofisticadas no nível de textos legíveis.

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Devo comprar água em uma garrafa de plástico, metal ou vidro?

Posted: 26 Sep 2021 12:18 PM PDT

Quase nunca compro água engarrafada, mas, outro dia, passei por uma mercearia depois de uma caminhada de três quilômetros e precisava muito de uma bebida. Na loja havia fileiras de garrafas de plástico e vidro, além de latas de alumínio. Eu escolhi a última simplesmente porque era a mais legal ao toque. Quando virei-a para ler o marketing estampado nela, dizia: "Garrafas de plástico são um grande problema. Então, uma a menos."

Você não tem que me convencer de que o plástico é ruim. Mas o alumínio é melhor? O que dizer do vidro ou papelão que está se tornando cada vez mais moderno? Existe uma escolha ideal?

Uma breve recapitulação das desgraças do plástico

Vamos primeiro considerar as garrafas plásticas. Produzi-las significa extrair combustíveis fósseis, refinar esses combustíveis e depois transformá-los em plástico — o que produz a poluição que ameaça o clima e a saúde pública. Cada uma dessas etapas de produção tem impactos particularmente severos nas comunidades de baixa renda, inclusive.

E os problemas do plástico não param quando você o joga fora. O despejo em aterros e incineradores libera centenas de milhões de toneladas de gases de efeito estufa. Pesquisas sugerem que, a cada minuto, um caminhão carregado de plástico entra no oceano, onde é engolido por animais e libera poluição cancerígena e desreguladora do sistema endócrino.

Em teoria, você poderia recuperar alguns desses impactos negativos com garrafas recicladas, diminuindo a necessidade de estoques. Mas, na prática, não acontece muita reciclagem de plástico. Globalmente, apenas 9% de todos os resíduos de plástico já produzidos foram reciclados.

"Não há limpeza, reciclagem ou qualquer outro meio de lidar com a poluição pós-consumo do plástico que torne esses materiais sustentáveis; especialmente porque os produtores de plástico continuam a aumentar a quantidade de produtos de uso único", disse Dianna Cohen, CEO da Plastic Pollution Coalition, por e-mail.

Considerando as alternativas: vidro, metal, papelão

A cadeia de suprimentos do vidro não está livre de problemas ambientais. É feito de areia, que é um recurso surpreendentemente escasso, responsável por 85% de toda a extração mineral da Terra. A produção também é um responsável por 1% do uso total de energia industrial, e é principalmente movida a gás natural poluente. Também é mais pesado do que o plástico, por isso é menos eficiente de transportar. Mas, pelo lado positivo, 33% dele é reciclado, uma taxa muito maior do que o plástico. E o vidro pode ser reciclado infinitamente sem perder qualidade.

Depois, há o alumínio, que é refinado da bauxita. É uma rocha tipicamente minerada, que remove a vegetação nativa, destruindo habitats locais e também tornando a erosão mais provável. O processo também pode poluir fontes de água. E em lugares como a Guiné, a mineração de bauxita levou à expropriação de terras ancestrais.

A produção de alumínio também consome mais energia do que o plástico ou o vidro. Em termos de transportabilidade, está em algum lugar mediano – uma lata é mais leve do que um recipiente de vidro, mas mais pesada do que um plástico. Mas sua taxa de reciclabilidade é de cerca de 50%, que é o melhor dos três, e também pode ser reciclado infinitamente.

Até mesmo água encapsulada tem problemas. As análises mostram que os produtos de papel de uso único pressionam as florestas globais, que abrigam grande parte da biodiversidade da Terra, sustentam as comunidades nativas e também, crucialmente, sugam o carbono da atmosfera, ajudando a resfriar o planeta. Eles também são geralmente revestidos de plástico ou alumínio para evitar infiltração, mas isso os torna impossíveis de reciclar na maioria dos lugares.

Existem outras considerações quando se trata de analisar o ciclo de vida de um recipiente de bebida: uso de água; contaminação do solo; o risco de ingerir compostos nas garrafas, como PFAS de plástico.

OK, então qual é a garrafa de água menos ruim?

Muitos pesquisadores têm comparado o impacto de cada material, com diferentes conclusões com base no que os aspectos que se concentrar. Uma tentativa recente é a tabela Understanding Packaging, que considera o impacto climático, o uso da água, a poluição do plástico, a origem de matérias-primas, o fim da vida útil e as práticas de recuperação e a presença de produtos químicos preocupantes associados a diferentes materiais.

Ela mostra que a melhor opção é a garrafa de vidro. "Você pode ver pelos resultados que a garrafa de vidro é a melhor opção", disse Cohen, que trabalhou no novo cartão de pontuação.

"Se alguém está colocando energia ao pensar sobre que tipo de garrafa de água causará menos danos, eu realmente o encorajo a procurar organizações que estão trabalhando em questões de resíduos e plásticos em sua área ou nacionalmente e como você pode contribuir", disse Aditi Varshne ya, coordenadora de comunidades de desperdício zero da Aliança Global para Alternativas de Incineradores.

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Como Melhorar Nossas Opções de Água

Ao dar um gole em sua garrafa de água, pense em como advogar por melhores escolhas e responsabilidade para as empresas que criaram essa bagunça de uso único.

Um lugar para começar é pressionar por um projeto de lei nacional abrangente, como a Lei de Liberação do Plástico, dos Estados Unidos, que inclui disposições para forçar os produtores de plástico a administrar e pagar por programas de reciclagem. Estados de todo o país, de Washington à Califórnia e ao Maine, aprovaram projetos para reprimir os descartáveis, com muitos outros em consideração. Defender essas soluções garantirá que todos tenham escolhas melhores.

Outra ideia é pressionar as autoridades a trazer de volta bebedouros públicos para que as pessoas não tenham que comprar recipientes descartáveis. Isso também significa garantir que todas as pessoas tenham acesso a água potável limpa.

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