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- Fóssil de criatura marinha que viveu há 500 milhões de anos é encontrado no Canadá
- Lombrigas podem transferir material genético de ‘alerta’ para seus descendentes
- São as grandes corporações que têm mudado o clima do planeta
- Diretor de Shang-Chi diz que mulheres poderosas foram cruciais para o filme [Spoilers!]
- Pato australiano consegue imitar um humano e xinga: ‘seu idiota!’
- LG divulga sua nova tela dobrável de plástico – que promete ser tão dura quanto vidro
- Quem lacra lucra sim: e a Marvel provou isso mais uma vez com Shang-Chi
- Bolsonaro alterou o Marco Civil da Internet para “não ser censurado”; mas o que muda?
- Por que há pessoas desenvolvendo “super imunidade” contra o coronavírus?
- Variante Mu: tudo o que sabemos sobre a nova cepa do coronavírus
- Chineses criam robô unicórnio que poderia substituir carros autônomos
Fóssil de criatura marinha que viveu há 500 milhões de anos é encontrado no Canadá Posted: 08 Sep 2021 04:50 PM PDT Durante a Explosão Cambriana, há mais de 500 milhões de anos, os oceanos eram ocupados por criaturas estranhas que vivam na Terra. Uma dessas espécimes foi recentemente descoberta nas montanhas canadenses e agora é um dos maiores animais conhecidos da época. O animal é Titanokorys gainesi e se assemelha a um tanque e tinha olhos multifacetados, uma boca em forma de anel que se parece com uma fatia de abacaxi, garras para capturar a presa, abas para nadar e uma cabeça coberta por uma enorme carapaça . Era membro de um grupo de artrópodes primitivos chamado radiodontes, a morfologia do fóssil e as circunstâncias de sua descoberta foram publicadas na quarta-feira (08) na Royal Society Open Science. "Os primeiros espécimes foram encontrados em 2014, mas não até 2018 que descobrimos uma carapaça particularmente intocada [e] reconhecemos a importância desta descoberta”, disse Joe Moysiuk, paleobiólogo do Royal Ontario Museum em Toronto e coautor do artigo, em um e-mail para o Gizmodo US. "Meu coautor Jean-Bernard dividiu uma placa particularmente grande de xisto, e eu me lembro de ter ouvido um suspiro seguido de muitos gritos e todos se aglomerando ao redor. Encontramos muitas coisas legais, mas essa realmente deixou uma impressão!". A equipe encontrou o fóssil em Burgess Shale, no Canadá, um trecho de rocha no oeste da América do Norte que rendeu restos bem preservados de animais que viveram durante o período Cambriano (541 a 485 milhões de anos atrás), quando a área era coberta por mar. O T. gainesi e outros predadores como ele seriam uma espécie de filtro, vasculhando a lama e sugando qualquer pedaço que serviam para se alimentar. Parte desse leito marinho petrificado, levantado com o tempo por mudanças tectônicas, agora compõe o xisto no alto do Parque Nacional Yoho, no Canadá. Para fazer o fóssil descer a montanha, disse Moysiuk, a equipe o embrulhou em espuma, fita adesiva e pedaços cortados de macarrão de piscina e, em seguida , suspendeu o pacote de um helicóptero. Dois anos atrás, a mesma equipe encontrou um animal semelhante em forma do T.gainesi ; eles o chamaram de Cambroraster falcatus pela forma como se assemelhava a Millennium Falcon do Han Solo da franquia Star Wars. A pedra preserva até mesmo os restos de tecido mole dessas criaturas cambrianas, o que significa que os paleontólogos podem estudar suas relíquias evolutivas minúsculas em mais detalhes do que em muitos dinossauros, que apareceram cerca de 300 milhões de anos depois. Talvez a característica mais impressionante do T. gainesi seja seu tamanho. A maioria dos animais que habitavam os oceanos Cambrianos eram menores do que um dedo mindinho; este tem cerca de trinta centímetros de comprimento. Se tivesse a altura humana média, um T. gainesi em proporção relativa teria quase 12 metros de altura. "O tamanho deste animal é absolutamente alucinante, este é um dos maiores animais do período cambriano já encontrado", disse o autor principal Jean-Bernard Caron, paleontólogo do Museu Real de Ontário, em um comunicado à imprensa do museu. "Esses animais enigmáticos certamente tiveram um grande impacto nos ecossistemas do fundo do mar cambriano. Seus membros na frente pareciam múltiplos ancinhos empilhados e teriam sido muito eficientes em trazer qualquer coisa que capturassem em seus minúsculos espinhos para a boca. A enorme carapaça dorsal pode ter funcionado como um arado", acrescentou Caron. The post Fóssil de criatura marinha que viveu há 500 milhões de anos é encontrado no Canadá appeared first on Gizmodo Brasil. |
Lombrigas podem transferir material genético de ‘alerta’ para seus descendentes Posted: 08 Sep 2021 03:58 PM PDT Com uma vida medida em dias, o nematoide Caenorhabditis elegans (lombriga) precisa de qualquer truque que possa garantir que ele e seus descendentes tenham sucesso no jogo que é a vida. Recentemente, pesquisadores descobriram que esses vermes são capazes de alertar a prole (seus descendentes) e outros indivíduos da espécie para evitar um germe perigoso. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Cell. Muitos nematoides são extremófilos, ou seja, podem prosperar em condições que seriam letais para a maioria dos outros animais. Mas as lombrigas ainda são vulneráveis a algumas ameaças, como infecções causadas por bactérias. No estudo, uma equipe de biólogos moleculares e geneticistas da Universidade de Princeton, Estados Unidos, estudou como o C. elegans é capaz de transferir memórias de evitação “horizontalmente” – o que significa que não por herança – para animais não aparentados. As memórias de evitação surgem quando uma lombriga se alimenta de uma bactéria que se parece com comida e é infectada por ela. Nos experimentos recentes, os cientistas utilizaram a bactéria Pseudomonas aeruginosa, um germe que pode ser um patógeno para C. elegans e outros animais. Em humanos, o microorganismo pode infectar o sangue e causar pneumonia nos pulmões. Em 2017, a P. aeruginosa causou mais de 30 mil infecções e quase três mil mortes nos Estados Unidos, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). "Descobrimos que um verme pode aprender a evitar essa bactéria patogênica. Funciona assim, se triturarmos um verme, ou apenas usarmos o ambiente em que os vermes estão nadando e aplicarmos lisado (preparação feita com partes da bactéria que tem o objetivo de estimular o sistema imunológico), às lombrigas mais novas, esses vermes vão aprender a evitar o patógeno também", disse Coleen Murphy, geneticista da Universidade de Princeton e co-autor do estudo, em comunicado à imprensa da universidade. Pesquisas anteriores mostraram que o C. elegans pode compartilhar informações de várias gerações anteriores através do RNA. "Não é exatamente como herança, porque a cada geração as chances de transmitir essas mudanças diminuem", disse Ben Lehner, geneticista do Instituto de Ciência e Tecnologia de Barcelona, ao Gizmodo em 2017. "É herança, mas com uma alta taxa de erro". Quando a bactéria infectou o C. elegans, algumas das lombrigas absorviam um pouco do RNA da bactéria em seus intestinos. Então, a prole desses nematoides de alguma forma sabia que a bactéria era uma ameaça e a evitou. A equipe procurou entender o que diz aos vermes para evitarem as bactérias em um nível genético – a memória do perigo que de alguma forma é passada de verme em verme. Eles descobriram que um elemento genético chamado retrotransposon era o responsável. Lombrigas que não tinham o retrotransposon específico, chamado Cer1, não conseguiam aprender a evitar os patógenos por si próprios nem transmitir essa consciência para seus descendentes ou outros indivíduos. "Os resultados da equipe de Murphy são animadores", disse Craig Mello, biólogo molecular da Universidade de Massachusetts, que não fez parte da pesquisa, em publicação em Princeton. "Se tudo estiver correto, este é outro episódio intrigante em um número crescente de estudos que analisaram sinais de RNA sistêmico em influenciar o comportamento entre as gerações horizontalmente". Os resultados da equipe descobriram que a transferência de memória horizontal só funcionou quando o C. elegans foi exposto a P. aeruginosa , e não a outras bactérias. O nematoide aprendeu uma maneira de neutralizar essa bactéria específica e pode compartilhar esse conhecimento com outras pessoas. Contudo, os pesquisadores descobriram que esse conhecimento é limitado apenas por quatro gerações – nada mal para a memória de longo prazo de um verme.
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São as grandes corporações que têm mudado o clima do planeta Posted: 08 Sep 2021 03:44 PM PDT Em dezembro do ano passado (2020) Timnit Gebru, até então colíder da equipe de ética em Inteligência Artificial do Google foi demitida de maneira bastante arbitrária. Gebru tem uma vasta e importante carreira na pesquisa e no campo de Inteligência Artificial, teceu sólidas críticas a projetos de reconhecimento facial e foi uma das fundadoras do Black In AI. A equipe de ética que desenvolveu no Google é considerada umas das mais diversas da área, tanto a respeito de especialidades quanto de pessoas. Sua demissão gerou revolta em muitos dos próprios funcionários do Google e em uma enorme rede de profissionais e pesquisadores em tecnologia do mundo inteiro. O que se sabe é que Jeff Dean, chefe de IA do Google, forçou sua saída por não concordar com um artigo em que Gebru é coautora. Neste artigo há questionamentos sobre a atuação da corporação no processamento de grandes modelos de linguagem, sobretudo quanto aos riscos e consequências da manipulação de uma quantidade enorme de dados. Alguns desses riscos incluem os perigos de modelos de linguagem imitarem "muito bem" a linguagem humana o que pode gerar o uso para fins criminosos, como produção e disseminação de desinformação e discurso de ódio, por exemplo; ou ainda o desenvolvimento de um modelo de IA racista, sexista, xenófoba entre outras problemáticas, visto que a coleta ocorre de forma massiva e indiscriminada a partir de dados da Internet; e, um dos pontos que gostaria de tensionar aqui, os custos ambientais causados, principalmente, pela exacerbada energia elétrica necessária para que os computadores sejam capazes de processar a quantidade de dados destes modelos. Isso significa que quantos mais dados processados maiores serão as emissões de carbono. Um único treinamento de uma única versão de modelo de linguagem seria equivalente à emissão de carbono de um voo ida e volta de Nova York a São Francisco (4.675km x2), por exemplo. Para as autoras, esse modelo de processamento beneficiaria somente as corporações e sem um plano de contingência de danos ambientais as consequências seriam muitas, sobretudo para populações e nações marginalizadas. Gebru levanta essas questões justamente para precaver danos que atingiriam toda a sociedade e não só a corporação. Afinal qual a função do setor de ética senão apontar e orientar a respeito desse tipo problema, não é? Seu ex-chefe, Jeff Dean, afirmou que o artigo não atendeu ao padrão de publicação do Google e então forçou sua demissão. Corta para agosto de 2021, o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Changes / Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), desenvolvido pelo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente), lançou o relatório Climate Change 2021: the Physical Science Basis (Mudanças Climáticas 2021: a base das Ciências Físicas) que informa basicamente que as mudanças climáticas causadas pela humanidade são irreversíveis e a tendência é de piorar nas próximas décadas caso nada seja feito para reduzir os danos. Essa informação gerou uma grande conversação nas mídias sociais, na imprensa, nos ativistas, organizações da sociedade civil que tratam do tema entre outros setores da sociedade. Dentre as quais, a conversa da imagem abaixo retirada diretamente do Twitter. Este relatório é o maior e o mais importante documento sobre mudanças climáticas da atualidade. A pesquisa durou cerca de 3 anos e contou com a expertise de pesquisadores de 195 países que analisaram mais de 14 mil documentos. A principal mensagem: nós não temos mais tempo! Aliás, as consequências se adiantaram e a previsão é que em 2030, que está logo ali, convenhamos, nós já vamos perceber as mudanças de forma ainda mais latente. Isso implica em climas muito intensos (muito frio ou muito quente), escassez de água, oceano subindo em decorrência do derretimento das geleiras e invadindo cidades litorâneas, queimadas, fluxos migratórios em decorrência do clima (mais do que por guerras, inclusive) e assim por diante. O relatório e as conversações a partir dele trazem um apelo individual em torno do pacto coletivo pela redução de danos ambientais. Com certeza a individualidade é importante, além disso a adoção de políticas públicas é urgente, inclusive orientar governantes quanto às decisões é o principal foco do documento. Todavia é preciso abordagens que responsabilizem os maiores detratores do meio ambiente: as mega corporações. Sabe qual é o setor que mais libera os gases responsáveis pelo efeito estufa? O consumo de energia, com 73% das emissões mundiais, na subdivisão deste setor estão a geração de calor e eletricidade (30%), seguido de transportes (15%) e fabricação e construção (12%). Lembra dos questionamentos no artigo da Timnit Gedru? Pois é. A análise a respeito do aquecimento global tem como marco temporal o ano de 1850, que é quando tem início a Revolução Industrial e consequentemente mais queima de combustíveis fósseis. E cada década tem sido sucessivamente mais quente que a anterior desde então. Nem é necessário aguardar 2030 para entender, vimos nessas últimas semanas as Olímpiadas em Tóquio ocorrerem sob um sol de 40 graus, ilha na Grécia em chamas, escassez de água e ondas de frio históricas em diversas regiões do Brasil, Canadá alcançando temperaturas de 49º C e assim por diante. Nós presenciamos, é um fato e não é um roteiro ficcional distópico sobre o fim do mundo. Ora, se o marco do aquecimento global é a Revolução Industrial quando vamos falar das consequências das revoluções tecnológicas contemporâneas? Quando vamos transferir as responsabilidades individuais para as corporações que danificam exponencialmente o meio ambiente? Quando haverá políticas de regulamentação e fiscalização que extrapolem os discursos bonitos de ESG (Environmental, social and corporate governance / Governança Ambiental, Social e Corporativa)? Quando as corporações serão incluídas verdadeiramente no pacto coletivo de redução de danos? Repito: não temos mais tempo! As medidas são urgentes, se não logo em breve os bilionários vão simplesmente pegar seus foguetes e lotear terra em Marte deixando o colapso climático da Terra para nós reles mortais. Inclusive, o passeio do Bezoz à borda da atmosfera, além de um investimento de bilhões de dólares, emitiu cerca de 300 toneladas de carbono, o que equivale à produção de toda uma vida de uma pessoa comum. Se é o ser humano que têm mudado o clima do planeta, trata-se de um tipo de ser humano em específico, como os Larry Page, Jeff Dean, Mark Zuckerberg, Jeff Bezoz e similares.Tais Oliveira é mestre e doutoranda em Ciências Humanas e Sociais na UFABC e pesquisa sobre tecnologia, sociedade e relações étnico-raciais. A opinião do colunista não necessariamente representa o posicionamento do Bitniks. The post São as grandes corporações que têm mudado o clima do planeta appeared first on Gizmodo Brasil. |
Diretor de Shang-Chi diz que mulheres poderosas foram cruciais para o filme [Spoilers!] Posted: 08 Sep 2021 03:00 PM PDT As mulheres asiáticas de Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis são as mais ferozes que já apareceram no Universo Cinematográfico da Marvel. Mesmo que a história tenha Shang-Chi (Simu Liu) como centro, elas são lutadoras igualmente fortes. Conversamos com a novata Meng'er Zhang e com o diretor Destin Daniel Cretton para saber mais sobre os bastidores de um dos melhores recursos do filme. A mãe de Shang-Chi, Jiang Li (interpretado por Fala Chen), é a primeira pessoa a vencer Xu Wenwu (Tony Leung) em uma luta. Embora proibida por seu pai, Wenwu de praticar artes marciais, Xialing (Meng'er Zhang) treina-se física e mentalmente para liderar seu próprio império de luta clandestino. [foo_related_posts] Jiang Nan (Michelle Yeoh) atua como a professora de nosso herói, demonstrando habilidades mágicas nas artes marciais. Katy (interpretada por Awkwafina) descobre seus poderes de arco e flecha e atira na garganta de um demônio em um momento crítico do filme. "Foi parte natural do processo ter Shang-Chi cercado por tantas mulheres fortes", diz o diretor Destin Daniel Cretton. "Eu acho que naturalmente surgiu, por conta do drama principal deste filme (uma relação contenciosa entre [Shang-Chi] e seu pai) tê-lo rodeado por mulheres que não são apenas personagens coadjuvantes, mas estão todas em suas próprias jornadas… Mulheres que estão meio que chutando o traseiro dele ao longo do filme e se sentem bem." Além de serem as lutadoras mais fortes, as mulheres em Shang-Chi também denunciam o sexismo na tela. Ao falar sobre Wenwu para Katy (Awkwafina), Xialing diz “não fale nada e ele vai esquecer que você está lá, foi assim que sobrevivi.” Em outra cena, Jiang Nan (Yeoh) contrasta a aldeia da mãe de Xialing com o complexo de seu pai, dizendo a Xialing que “treinamos como iguais… você já esteve nas sombras por tempo suficiente.” Para aqueles que seguiram a carreira de Yeoh, provavelmente não deveria ser nenhuma surpresa saber que a cena entre Nan e Xialing realmente foi ideia dela. Cretton conta que quando Michelle Yeoh apareceu em Sydney, “ela estava digerindo o roteiro e disse que não fazia nenhum sentido lógico para ela, por ela não ter um momento com Xialing, capacitando-a para sair das sombras pela primeira vez." Ele acrescentou: “Quer dizer, este é o filme de Shang-Chi, mas se você assistir da perspectiva de Xialing, acho que você também está vendo esses momentos em que ela está em uma trajetória semelhante, explorando um poder dentro dela que ela não sabia. ” Além da atriz Michelle Yeoh trazer sua cena de empoderamento feminino para a mesa, Meng'er Zhang também transformou sua personagem depois de ler um artigo da Teen Vogue de 2018, sobre como o tropo das mulheres asiáticas rebeldes com cabelos coloridos é problemático. "Originalmente, meu personagem tinha algumas extensões vermelhas estranhas sob o cabelo", disse Zhang. "Já tínhamos rodado o filme há mais de um mês quando li um artigo da Teen Vogue. Ele diz como as personagens femininas asiáticas nos filmes de Hollywood sempre têm um toque de cor em seus cabelos para mostrar que são rebeldes. Elas são duronas, elas podem lutar". Zhang disse que não queria que Xialing seguisse essa tendência porque se sentia única. "Então, conversei com nosso diretor Destin. Eu perguntei a ele se poderíamos retirá-lo, eles me apoiaram e concordaram comigo." Cretton compartilhou sua própria versão dessa troca conosco. "[Meng’er] me enviou este artigo sobre como as personagens femininas asiáticas geralmente nos filmes não usam sua cor de cabelo natural, que os personagens costumam usar cores para mostrar que são rebeldes (…) e isso por si só estava contribuindo para um certo tipo de estereótipo ", disse ele. “Quando ela enviou isso, perguntou se seria tarde demais para mudar e, para o crédito da Marvel, eles nem vacilaram. Nós instantaneamente mudamos seu cabelo daquele ponto em diante e depois voltamos, com câmeras filmagem e com a magia do VFX removemos tudo." No final do filme, fica claro que Shang-Chi não é a única asiática com futuro no MCU. Em um dos clássicos pós-crédito do estúdio, Wong (Benedict Wong) convida Shang-Chi e Katy para se encontrarem com Bruce Banner (Mark Ruffalo) e a Capitã Marvel (Brie Larson). Na outra cena pós-crédito, Xialing assumiu o controle dos Dez Anéis no complexo que outrora pertenceu a seu pai. Ela treina novas mulheres para lutar ao lado dos homens, transformando o complexo com murais gigantes de mulheres guerreiras para refletir sua nova liderança. Será que ela é boa ou má? Só o tempo irá dizer. Quando perguntada sobre o que virá com Xialing, Zhang é esperançosa sobre o futuro de mulheres asiáticas no MCU: "desejo que ela permaneça forte e firme, trazendo mais surpresas para o público". The post Diretor de Shang-Chi diz que mulheres poderosas foram cruciais para o filme [Spoilers!] appeared first on Gizmodo Brasil. |
Pato australiano consegue imitar um humano e xinga: ‘seu idiota!’ Posted: 08 Sep 2021 02:51 PM PDT Trinta anos atrás, um pato chamado Ripper parecia irritado com a vida. "Seu idiota", ele repetiu implacavelmente em uma gravação recentemente redescoberta. Além daquele som chocante, o animal – que tinha 4 anos na época – também conseguiu imitar o som de uma porta batendo. Os pesquisadores analisaram suas vocalizações, bem como as de diferentes patos que eram capazes de imitar os cantos de outra espécie, e suas conclusões foram publicadas na revista Philosophical Transactions of the Royal Society B. A etologista Carel ten Cate, do Instituto de Biologia de Leiden, na Holanda, e Peter Fullagar, ornitólogo aposentado que fez as gravações, se uniram para desvendar a notável capacidade de imitação do pato e de sua espécie. Abaixo, ouça ele dizendo “you bloody fool” (“seu idiota”, em tradução livre) Ripper era um pato almiscarado (da espécie Biziura lobata), um tipo de ave aquática nativa da Austrália. Eles têm um pedaço de pele com papada que fica pendurada abaixo do bico que infla durante os momentos de acasalamento. As gravações são o primeiro exemplo conhecido de qualquer espécie de pato ou ganso capaz de imitar a fala humana. "Não sabemos exatamente como os sons estão sendo produzidos ou se o aparelho de vocalização dessa espécie é muito diferente de outros patos", disse ten Cate ao Gizmodo por e-mail. Embora certas estruturas anatômicas sejam necessárias, "o mais importante para a capacidade de imitar é o cérebro. Deve haver áreas que sejam capazes de armazenar o som e usá-lo para modelar os próprios sons [do pássaro]", acrescentou. Ripper viveu em uma reserva natural a sudoeste de Canberra na década de 1980, e Fullagar fez as gravações em um cassete Sony Walkman em julho de 1987. Os pesquisadores interpretaram ambas as vocalizações como demonstrações de raiva, embora não haja nenhuma indicação de que o pato realmente entendeu o significado de suas duas vocalizações. Você pode ouvir a imitação de sua porta batendo abaixo. Ten Cate e Fullagar entrevistaram outros criadores de patos almiscarados, que contaram aos pesquisadores que seus animais imitavam as tosses e os bufos de um pônei, o tilintar agudo de uma catraca e outros sons não parecidos com os de um pato. "O notável é que eles fazem isso espontaneamente", disse ten Cate. "É semelhante aos pássaros canoros, que armazenam alguns sons em uma idade jovem e então começam a produzi-las quando adultos e sexualmente maduros". É claro que os papagaios ainda são os mais famosos por sua habilidade de imitar a fala humana, e os pássaros myna na América do Sul também imitam sons que fazemos. No ano passado, por exemplo, os tratadores do zoológico na Inglaterra disseram que tiveram que separar um grupo de papagaios cinzentos que estavam encorajando uns aos outros a xingar.
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LG divulga sua nova tela dobrável de plástico – que promete ser tão dura quanto vidro Posted: 08 Sep 2021 02:47 PM PDT A LG não produz mais smartphones. O que não significa que ela não continue tentando superar a sua maior rival. A Samsung venceu a competição na linha de celulares dobráveis, mas suas telas vêm de fábrica com uma camada de filme protetor, que impede o display de despedaçar. A solução da LG para o problema pretende ser mais sofisticada, com um plástico mais moderno — que a companhia está chamando de "real folding window". [foo_related_posts] Ainda não há muitos detalhes sobre o novo material. A LG Chem [companhia de produtos químicos da LG], que divulgou o press release à imprensa, menciona que usará uma lâmina de poliéster (PET) para cobrir cada um dos lados do display de vidro. De acordo com um porta-voz da LG Chem, a camada é suficiente para "maximizar a flexibilidade". A LG diz, também, que ela é mais fina "em comparação a vidros temperados já existentes", e, apesar de possuir a mesma resistência, não é tão propensa a "se espatifar na tela". A tecnologia leva uma vantagem em comparação com a concorrência: ela pode dobrar para dentro ou para fora. Ainda não está certo se o display pode dobrar em ambas as direções no mesmo aparelho, ou se isso apenas faz parte dos planos da LG de tornar a tecnologia escalável. A empresa afirma que o revestimento será usado em tablets, laptops e telefones dobráveis. A LG planeja dar início à produção de sua tela dobrável no próximo ano, e a "começar a vender em larga escala" em 2023. A empresa espera começar com telefones celulares e, eventualmente, expandir para laptops e tablets. É claro que a LG não está imune à competição com a Samsung nesse meio tempo. A empresa sul-coreana apresentou sua nova tecnologia de tela há alguns meses, na edição anual da Display Week, evento organizado pela SID (Society for Information Display). A Samsung também está cotada desenvolver um smartphone Pixel com o Google e um vidro dobrável mais durável com a Corning. Será interessante ver com quais fabricantes a LG vai se associar quando a tecnologia Real Folding Window chegar ao mercado. The post LG divulga sua nova tela dobrável de plástico – que promete ser tão dura quanto vidro appeared first on Gizmodo Brasil. |
Quem lacra lucra sim: e a Marvel provou isso mais uma vez com Shang-Chi Posted: 08 Sep 2021 01:54 PM PDT Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis estreou neste mês e se tornou um sucesso de bilheteria, o primeiro longa do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) que volta exclusivamente aos cinemas após Viúva Negra ter sido lançado tanto nas telonas quanto pelo Premier Access do Disney+. Logo no primeiro final de semana, o filme arrecadou US$ 94 milhões nos Estados Unidos e R$ 9,5 milhões no Brasil. [foo_related_posts] Com o resultado melhor que o esperado, a Marvel mostrou como as pessoas vão aos cinemas para assistir a colossal franquia de super-heróis mesmo com a pandemia não dando trégua com variante Delta. Mas, mostrou, principalmente, que o público quer ver mais diversidade em produções dessa temática. E felizmente a Marvel está aprendendo com isso. Diversidade como super poderO lançamento é o primeiro filme da Marvel a ter um super-herói e elenco asiático, carregado com a mitologia chinesa e a influência dos longas de artes marciais, subgênero que fez sucesso entre os anos 70 e 80 protagonizados por Bruce Lee e Jack Chan – tanto que Shang-Chi tem a atriz Michelle Yeoh, de O Tigre e o Dragão. Simu Liu, intérprete do herói-título, publicou no Instagram ressaltando a importância da representatividade no longa. “O sol nasceu hoje para um mundo onde super-heróis asiáticos existem como protagonistas de suas histórias". Esse não é o primeiro filme em que a Marvel está investindo em personagens não-brancos. A partir da terceira fase do MCU, em 2018, fomos apresentados a Pantera Negra com a brilhante atuação do falecido Chadwick Boseman como T’Challa, os conflitos heroicos com a cultura africana rendendo recordes de bilheteria e sendo indicado na categoria Melhor Filme no Oscar. A Marvel percebeu ali como era lucrativo trazer populações minorizadas como protagonistas em produções que as mostram como pessoas poderosas. E isso une o útil ao agradável: tanto Pantera Negra, Capitã Marvel (o primeiro filme de uma protagonista mulher na produtora) e as produções da DC como Mulher-Maravilha têm conquistado altas receitas, críticas positivas e novos públicos sendo atiçados por esses conteúdos. E se as bilheterias já dizem, os estudos confirmam. Um relatório do Center for Scholars & Storytellers da UCLA analisou cem filmes lançados entre 2016 e 2019 e concluiu que, os estúdios podem perder até US$ 130 milhões por filme que pecarem em diversidade no elenco. Ou seja, apresentar diversidade vai além de enriquecer as narrativas, mas de lucrar e ter rendimento nas produções. Luta fora das telasEngana-se quem acredita que essa nova leva de protagonistas diversificados vieram da boa vontade dos que estão no topo da liderança das empresas do entretenimento. A arte dialoga com a vida e, na última década, o ocidente foi protagonista de fortes episódios que marcaram a sociedade com debates sociais denunciando preconceitos contra raça e gênero. No cinema, houveram os casos que marcaram a indústria como o Movimento #MeToo que levou às acusações de abuso sexual contra o produtor Harvey Weinstein, que ainda hoje ecoam nos noticiários. Além disso, a imprensa e famosos apontavam a falta de representatividade de negros indicados ao Oscar nos últimos anos levantando a #OscarsSoWhite. Em 2020, Parasita (longa sul-coreano que ganhou como Melhor Filme) levantou o questionamento de até quando filmes estrangeiros terão o reconhecimento que merecem. Como forma de aumentar a diversidade, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood tem anunciado novos nomes para participar da votação do Oscar. O futuro das produções (e os passo que faltam dar)Entretanto, há ainda um longo caminho para percorrer. Estamos no começo dessa revolução do entretenimento com a representatividade. Por mais que estejamos vendo uma faísca de heróis e vilões femininas e/ou não-brancos, a comunidade LGBTQIA+ ainda carece de um herói/heroína para chamar de seu. Mesmo com Loki assumindo timidamente sua bissexualidade e ser gênero fluído, muitos fãs criticam a Disney e a Marvel por não apresentar, de forma categórica, um herói ou protagonista da comunidade. Apesar da gigante já ter anunciado que teriam representações em filmes como Vingadores e Star Wars, todos os papéis LGBTQIA+ até agora foram resumidos a cenas curtas em papéis de figurantes, sendo até taxado de queerbating. No MCU, a nova fase está chegando com maior inclusão como Os Eternos (com grande elenco diversificado dirigido por Chloe Zhao, primeira mulher não-branca a vencer como Melhor Filme no Oscar de 2021), Pantera Negra: Wakanda Para Sempre (que trará enfoque nas mulheres de Wakanda). The Marvels apresentará Capitã Marvel protagonizando ao lado de Kamala Khan e Monica Rambeau e será dirigido pela Nia DaCosta – não só a primeira diretora negra a dirigir um filme da Marvel, como recentemente foi também a primeira a ter um filme liderando nas bilheterias com A Lenda de Candyman. Mesmo com outros títulos já conhecidos também recebendo uma continuação, temos diferenças grandes em Thor: Love and Thunder , que contará com Natalie Portman como uma possível nova heroína. E Homem-Formiga, que divide o título com Vespa em Quantumania. A passos tímidos, talvez a Marvel e a Disney ainda nos surpreenderá mais com as novas produções que estão vindo por aí. The post Quem lacra lucra sim: e a Marvel provou isso mais uma vez com Shang-Chi appeared first on Gizmodo Brasil. |
Bolsonaro alterou o Marco Civil da Internet para “não ser censurado”; mas o que muda? Posted: 08 Sep 2021 01:41 PM PDT O presidente Jair Bolsonaro assinou na última segunda-feira (6), às vésperas dos protestos de 7 de setembro, uma medida provisória (MP) que altera o Marco Civil da Internet — conjunto de normas que regulam o ambiente online no Brasil –, dificultando o banimento de contas e a exclusão de posts em redes sociais. A MP tem validade por 60 dias e, agora, segue para o Congresso. Caso seja aprovada em até 120 dias, será transformada em lei. [foo_related_posts] A cobrança é que esse processo de análise — e as políticas por trás de banimentos e exclusões — se torne mais transparente. Agora, as redes sociais precisarão divulgar mais explicitamente seus protocolos, deixando às claras a motivação de cada decisão. Além de notificar o usuário e justificar a punição, será preciso também indicar canais para que quem se sentir lesado contestar a decisão. O tempo até que conteúdos do tipo fiquem fora do ar, assim, deve ficar mais longo. Do zap pro mundoA derrubada de perfis de apoiadores e de posts em redes sociais são um ponto sensível para a comunicação de Bolsonaro. Sua forte presença digital vem desde a campanha política, em 2018: sem tempo de TV, o então candidato apostou em trabalhar sua imagem na internet. Após eleito, nada mudou. Seus decretos e posicionamentos sobre assuntos de interesse nacional costumam acontecer via Twitter. O WhatsApp é o principal veículo que usa para falar com sua equipe e encaminhar mensagens a apoiadores. Já os pronunciamentos à população acontecem por lives semanais do Facebook. A pandemia ajudou a engrossar a onda de banimentos e exclusões em redes sociais. Nos últimos meses, diversos canais bolsonaristas tiveram postagens ocultadas ou limitadas por espalhar notícias falsas sobre a Covid-19. Nem mesmo as páginas do próprio Bolsonaro passaram ilesas. Redes sociais como Facebook, Instagram restringiram conteúdos contra o isolamento social. O Twitter tirou do ar publicações do perfil do presidente que violavam regras sobre a pandemia. Já o YouTube exclui uma série de conteúdos do presidente de suas plataformas. O motivo foi o mesmo: divulgação de desinformação médica e sanitária. Em diversos trechos de vídeo postados em suas redes desde março de 2020, o presidente aparecia fazendo apologia ao tratamento precoce contra a Covid-19, incentivando o uso de medicamentos como cloroquina e ivermectina, que não têm eficácia comprovada contra a doença, e criticando medidas de isolamento social. Em maio deste ano, enquanto falava a apoiadores, Bolsonaro sinalizou que pretendia atualizar o Marco Civil da Internet. Segundo o presidente, ele e aliados estavam sendo “cerceados” em suas mídias sociais. MP deve sofrer resistênciaPassados os atos do dia 7 de setembro, começam a pipocar reações à MP entre representantes do Congresso e Senado. Partidos políticos (como PSB, PT, PSDB, Novo e Solidariedade) e parlamentares já protocolaram ações junto ao STF, questionando a constitucionalidade da medida. O argumento é que o novo texto, assinado por Bolsonaro, pode inviabilizar o combate às notícias falsas. A expectativa, segundo fontes ouvidas pela imprensa, é que o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, devolva a MP. “Há, também, um problema formal. A Constituição Brasileira diz, no Artigo 62, que não pode haver Medida Provisória sobre questões envolvendo direitos políticos e processo civil”, disse Ronaldo Lemos, advogado e professor de direito da FGV-Rio, em entrevista à GloboNews. “E essa MP trata exatamente desses dois pontos. Ela regula questões que são direitos políticos, o que o Congresso teria que decidir através da tramitação de uma lei, não de uma MP, e cria uma série de dispositivos ligados a procedimentos civis”, diz. “Isso também não pode ser regulado por MP”. The post Bolsonaro alterou o Marco Civil da Internet para “não ser censurado”; mas o que muda? appeared first on Gizmodo Brasil. |
Por que há pessoas desenvolvendo “super imunidade” contra o coronavírus? Posted: 08 Sep 2021 01:19 PM PDT Um dos mistérios que ainda cercam a Covid-19 é por quanto tempo e qual a força da imunidade que os infectados irão adquirir ao longo do tempo. Em novas análises, pesquisadores descobriram que pessoas que já tiveram coronavírus e se vacinaram com imunizantes de RNA mensageiro (mRNA) desenvolveram uma 'imunidade híbrida' e possivelmente mais resistentes às variantes do SARS-CoV-2. Em um artigo publicado em junho na revista científica Science, Shane Crotty, imunologista norte-americano do Instituto La Jolla, na Califórnia, analisou a resposta imunológica em pessoas que já contraíram a doença. Os resultados mostram que as pessoas que tiveram Covid-19 e foram vacinadas posteriormente podem apresentar respostas de anticorpos de 25 a 100 vezes maiores. Outro estudo, que também respalda esse resultado, aponta que as células neutralizantes permanecem relativamente inalteradas entre seis e 12 meses após a infecção e que a vacinação aumenta ainda mais a imunidade. Esse conjunto de estudos que reúnem dados sobre a resposta imunológica dos pacientes infectados anima Paul Bieniasz, virologista da Universidade Rockefeller que ajudou a conduzir vários dos estudos sobre a Covid-19. Segundo ele, com os resultados pode-se esperar que num futuro próximo, as pessoas estarão bem protegidas contra a maioria e quase todas variantes do SARS-CoV-2. [foo_related_posts] Uma outra pesquisa (ainda não revisada por pares), realizada com 14 pacientes que se infectaram com o vírus em 2020 e se vacinaram com imunizante de mRNA, os resultados apresentaram resistência a seis cepas diferentes do vírus, incluindo a variante Delta e Beta. O que é a vacina de mRNAO corpo naturalmente usa RNA, um tipo de ácido nucleico bem parecido com DNA, para produzir proteínas. Ele funciona como um intermediador capaz de expor as informações presentes no nosso código genético. Ou seja, o RNA ajuda no processo de transcrição das características genéticas dos indivíduos que estão sempre contidas no DNA. No caso da Covid-19, as vacinas da Pfizer e Moderna usam o mRNA para imitar a proteína spike que está presente no coronavírus e que ajuda o vírus a invadir as células humanas. Apesar disso, essa cópia introduzida no nosso braço não é fatal como o vírus original, mas é suficiente para criar reações em nosso organismo e ativar as células de defesa do corpo. Após a injeção com o mensageiro da proteína spike, o organismo rapidamente destrói esse mRNA da vacina, mas cria absorve o código que ele carrega. As células imunológicas responsáveis por esse processo são chamadas de antígenos. Elas espalham a informação da célula infectada pela cópia da proteína spike para outras células chamadas células T. As células T têm funções imunológicas de respostas antivirais, ou ela produz citocinas ou elimina a célula infectada. No momento em que ela detecta parte da proteína spike, elas emitem um 'alarme' para outras células de defesa do corpo para que possam combater a infecção. Memória imunológicaApós o primeiro encontro com esses agentes virais, nosso corpo cria uma 'memória' do RNA deles. Nesse momento, começam a ser geradas células de memória, que têm vida longa e que armazenam a informação de como destruir o antígeno. Se um dia, voltarmos a cruzar o caminho do vírus (como fazemos com a gripe quase sempre), a resposta de defesa será muito mais rápida e eficaz por conta da ativação das células. Essas células de memória podem ser mais fracas ou mais fortes, dependendo de cada caso. Por isso, o corpo utiliza o chamado linfócito B, que ativado após reconhecer o antígeno e se converte em uma célula chamada plasmática, que é quem realmente produz os anticorpos. Na maioria das vezes, essas células morrem assim que combatem a infecção no nosso corpo, e são chamadas de células plasmáticas de vida curta. Contudo, em alguns casos, elas podem durar para a vida toda. Nessas ocasiões, elas ficam armazenadas na medula óssea, chamadas de células plasmáticas de vida longa. Por isso temos imunidade contra alguns tipos de vírus que tivemos contato na infância como sarampo, caxumba e outros. Combinação que faz bemA combinação entre a imunidade natural e a imunidade induzida pela vacina anima os cientistas, uma vez que após o contato com o vírus, o corpo produz células de defesa e células de memória, que podem ajudar a inibir o contágio por coronavírus antes mesmo do agente chegar ao organismo. Apesar da notícia animadora, Hatziioannou disse à NPR não saber se todas as pessoas que tiveram Covid-19 e tomaram a vacina logo depois terão a mesma 'superimunidade'. Segundo a especialista, essa análise é extremamente difícil de fazer e, por esse motivo, eles avaliaram poucos pacientes. E quem pegar Covid-19 somente depois da vacinação?Para essa e outras questões, os pesquisadores ainda não têm respostas, já que o tempo de avaliação é muito curto. O que se sabe até agora é que as vacinas têm um papel fundamental em diminuir o risco de casos graves do coronavírus, e que elas ajudam a produzir anticorpos muito mais flexíveis capazes de reconhecer as variantes do vírus. Algo que segundo Bieniasz, poderia tornar o coronavírus parte de uma categoria de vírus que nos trará apenas uma gripe comum ou mesmo um resfriado. The post Por que há pessoas desenvolvendo “super imunidade” contra o coronavírus? appeared first on Gizmodo Brasil. |
Variante Mu: tudo o que sabemos sobre a nova cepa do coronavírus Posted: 08 Sep 2021 11:33 AM PDT Na última sexta-feira (3), o estado de Minas Gerais registrou os 5 primeiros casos da variante do coronavírus denominada Mu, descoberta inicialmente na Colômbia, em janeiro. Também conhecida como B.1.621, ela foi detectada primeiramente no Brasil durante os Jogos da Copa América — ao todo, são 10 casos da cepa até agora. Em seu boletim semanal, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também afirmou que está monitorando a variante, que já é responsável por 4,6 mil infecções em pelo menos 40 países, sendo quase 2 mil somente dos Estados Unidos. Como ela é nova, ainda há muitas perguntas no ar. Mas reunimos tudo o que sabemos para você ficar em alerta. [foo_related_posts] 1. Por que ficar de olho na variante MuO relatório da OMS, publicado em 31 de agosto, afirma que esta é uma variante de interesse. As mutações recebem essa definição quando apresentam mudanças no material genético que podem implicar em uma alta taxa de transmissão ou resistência às vacinas. "A variante Mu tem uma constelação de mutações que indicam propriedades potenciais de escape imunológico. Dados preliminares apresentados ao Grupo de Trabalho de Evolução do Vírus mostram uma redução na capacidade de neutralização de soros de convalescentes e de vacinados semelhante à observada para a variante Beta, mas isso precisa ser confirmado por estudos adicionais", diz o documento. 2. Por onde a Mu está se espalhando?A Mu foi vista pela primeira vez na Colômbia em janeiro de 2021, quando recebeu a designação de B1621. Esse é o país em que ela prevalece, já que 39% das infecções lá são relacionadas a ela. Porém, a cepa já foi detectada em 40 países (inclusive no Brasil). Para se ter uma ideia, 13% das amostras analisadas no Equador foram Mu, com a variante representando 9% das amostras sequenciadas nas últimas quatro semanas. Já no Chile, ela apresenta um pouco menos de 40% das amostras sequenciadas. Isso sugere que o vírus não está restrito ao seu país de origem, mas sendo transmitido em outros países sul-americanos próximos. Até agora, 45 casos foram identificados no Reino Unido e 2 mil nos Estados Unidos. Apesar disso, todos os casos juntos representam apenas 0,1% das infecções em todo o mundo. 3. A variante Mu é mais perigosa?Em artigo da plataforma acadêmica The Conversation, o professor de bioquímica da universidade Trinity College, na Irlanda, Luke O’Neill, explicou quais são os perigos e especificidades da variante. Ela tem, por exemplo, uma mutação chamada P681H, relatada pela primeira vez na variante alfa, que é potencialmente responsável por uma transmissão mais rápida. No entanto, este estudo ainda está em pré-impressão, o que significa que suas descobertas ainda precisam ser revisadas formalmente por outros cientistas. Além disso, a Mu também tem as mutações E484K e K417N, que estão associadas à capacidade de evadir anticorpos contra o coronavírus. Isso também ocorre na variante beta e, portanto, é possível que a nova cepa se comporte como ela. Ou seja, algumas vacinas podem ser menos eficazes. A variante também tem outras mutações – incluindo R346K e Y144T – cujas consequências ainda são desconhecidas, daí a necessidade de análises adicionais. 4. As vacinas são eficazes contra a cepa Mu?Ainda não há dados suficientes para comprovar isso. De acordo com O’Neill, há apenas um estudo de um laboratório em Roma mostrando que a vacina da Pfizer/BioNTech foi menos eficaz contra a Mu em comparação com outras variantes quando testada em laboratório. Apesar disso, a pesquisa ainda considerou robusta a proteção oferecida contra pelo imunizante. Na verdade, ainda não é possível saber se as mutações da Mu se traduzirão em aumento de infecções e doenças. 5. Variante Delta ainda é a mais preocupanteApesar da variante Mu causar preocupações, é a Delta que está aumentando os casos em diversos países do globo. Ela foi identificada pela primeira vez na Índia, em outubro de 2020, e já atingiu cerca de 170 países. No Rio de Janeiro, por exemplo, a Delta é considerada a variante predominante desde agosto. Já em São Paulo, ela corresponde a 69,7% das amostras analisadas. 6. O contágio da Mu ainda é igualSabemos que o contágio ainda é o mesmo e se dá pelas vias nasais ou contato com superfícies contaminadas. Por isso, as medidas de segurança ainda são as mesmas: a higienização das mãos, o uso de máscaras, o distanciamento social e a vacinação com as duas doses são essenciais para prevenir a infecção. The post Variante Mu: tudo o que sabemos sobre a nova cepa do coronavírus appeared first on Gizmodo Brasil. |
Chineses criam robô unicórnio que poderia substituir carros autônomos Posted: 08 Sep 2021 09:24 AM PDT Quem disse que os carros autônomos precisam ter cara de… carros? A XPeng, uma fabricante chinesa de veículos elétricos propôs algo muito mais divertido: um unicórnio robótico que pode te levar aonde quiser (e ainda te fazer companhia). Dá uma olhada: O Robô Unicórnio da XPeng só precisa de um nome realmente legal (pô, Pegasus estava na ponta da língua), mas promete um futuro maravilhoso. O protótipo atual, que aparece no final do vídeo acima, mostra algumas tecnologias de inteligência artificial que a empresa pegou de seus veículos autônomos. [foo_related_posts] A companhia promete que o unicórnio terá a habilidade de reconhecer e acompanhar diferentes objetos, permitindo que ele ande por vários terrenos e ambientes — sempre mantendo uma postura alegre (que, vamos combinar, é o recurso mais importante de todos). A Xpeng ainda diz que a inteligência artificial permitirá que o robô unicórnio possa interagir emocionalmente com qualquer um que subir nele — recurso que nem os melhores carros da Tesla têm. Infelizmente, não há uma palavra oficial da XPeng falando sobre intenções de colocar o robô em processo de produção. Para diminuir ainda mais minhas esperanças, o protótipo só pode acomodar crianças nas costas do unicórnio. Felizmente, o projeto ainda pode escalar. É isso o que eu espero — afinal, um futuro no qual eu não possa entrar no escritório montado em unicórnio robô é um futuro no qual eu não quero viver. Boston Dynamics deu um empurrãozinho na ideiaAnos atrás a Boston Dynamics demonstrou o equivalente a uma mula de carga robótica chamada BigDog, que foi criado para movimentar carregamentos em terrenos que eram inacessíveis para veículos com rodas. Mas, o programa acabou sendo descartado porque o robô era muito barulhento para manobras militares, que normalmente precisam ser discretas. A tecnologia por trás do BigDog, no entanto, ganhou sobrevida com o Spot, da Boston Dynamics, um cachorro robô que era mais ágil e silencioso. Infelizmente, o Spot era pequeno demais para você montar nele. Ele custa só US$ 745 mil. Mas isso não quer dizer que as pessoas desistiram da ideia de criar um meio de transporte alternativo. Adam Savage (do Mythbusters), por exemplo, criou um riquixá de que o Spot poderia puxar — mas ele simplesmente não foi feito para isso. É aí que a XPeng viu a oportunidade de preencher esse vácuo. The post Chineses criam robô unicórnio que poderia substituir carros autônomos appeared first on Gizmodo Brasil. |
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