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- 8 coisas que você não sabia sobre Round 6, novo fenômeno da Netflix
- Frustrado com Kena: Bridge of Spirits? Separamos 5 dicas para mandar bem no jogo
- Pesquisadores encontram mangue de 125 mil anos “perdido” no México
- Criminosos vendem dados de 1,5 bi de usuários do Facebook na dark web
- Estudo pioneiro aliviou depressão severa usando implante cerebral
8 coisas que você não sabia sobre Round 6, novo fenômeno da Netflix Posted: 05 Oct 2021 09:50 AM PDT A série sul-coreana de drama Round 6 estreou há duas semanas na Netflix e se tornou sucesso mundial. Espera-se que, a qualquer momento, a série se torne uma das mais assistidas da história plataforma. Com personagens cativantes e uma trama complexa e impiedosa, a produção acumula cativou o público e a crítica. Até Jeff Bezos, dono da Amazon Prime Video — plataforma que é concorrente direta da Netflix — se prestou a comentar a série em seu Twitter. Selecionamos algumas curiosidades do programa — que você provavelmente desconhecia até agora. A lista de fatos envolve informações sobre a origem da série, o significado das cores e usadas na trama e até um possível motivo do nome ser diferente no Brasil. Quem for mais sensível a spoilers, já fique avisado: daremos alguns ao longo deste texto. Brincadeira mortaisA popularidade se deve, pelo menos em partes, à premissa inusitada de adaptar jogos infantis com uma abordagem violenta, usando-os como pano de fundo para a disputa de um prêmio milionário. As brincadeiras vão desde Batatinha, 1, 2 e 3 (algo aqui no Brasil como Estátua), Bolinha de Gude, Cabo de Guerra e o Jogo da Lula –– nome escolhido para batizar a série no resto do mundo. O diretor, Hwang Dong-hyuk, explicou a escolha por dar destaque a esses jogos infantis, mas com um toque sangrento. “Os jogos retratados são extremamente simples e fáceis de entender. Isso permite que os espectadores se concentrem nos personagens, em vez de se distrair tentando interpretar as regras”, disse em entrevista à revista Variety. História de longa dataDong-hyuk escreveu o primeiro roteiro em 2008, mas recebeu muitas negativas ao longo dos anos. O motivo? As pessoas consideravam a série muito violenta. Porém, com a popularização do gênero Battle Royale — em filmes, como Jogos Vorazes, até jogos, como Fortnite — Round 6 conseguiu ter o timing ideal para surfar nessa nova onda. Além disso, o diretor revela que escreveu a história foi que estava passando por dificuldades financeiras — assim como os personagens de Round 6. Ao ser perguntado se ele toparia participar de um jogo na época, o cineasta disse que sim. As escadas são inspiradas em uma obra de EscherA série ficou marcada pelos cenários coloridos e as escadas quase infinitas. No caso das escadarias em que os 456 participantes vão subindo até chegar ao locais de prova, a filmagem e o cenários foram inspirados na ilustração Relativity, do artista M.C Escher. A ideia é mostrar os diferentes caminhos que cada participante escolhe ao longo da jornada, apresentando também o caos e o sentimento de desorientação com a proposta tão extrema e perigosa do jogo. As cores do uniformes também têm um motivoAssim como os icônicos macacões vermelhos de La Casa de Papel, Round 6 ficou marcado pelos uniformes verdes escuros que os participantes usam. A escolha das cores também tem motivo: o verde era a cor que estampava os uniformes escolares na época em que Hwang Dong-hyuk estava no ensino médio. Já a escolha do rosa foi mais simples. uma vez que é a cor oposta ao verde na Roda das Cores, aumentando o contraste. Baita de uma boladaEm Round 6, os participantes são atraídos por um anúncio de que podem ganhar até 49 bilhões de wons (moeda da Coreia do Sul). Aqui no Brasil, não temos muita ideia do tamanho desse prêmio só de olhar pros números. Mas a dona Netflix divulgou quanto seria o prêmio em reais. Como você pode imaginar, é uma bolada de respeito: cerca de R$ 208 milhões. No post feito no Twitter, há também outras cifras importantes na trama — como as dívidas dos personagens.
Mudança de nomeComo dito, a série ao redor do mundo se chama “Jogo da Lula”, uma referência a uma brincadeira local. Entretanto, ela virou Round 6 no Brasil. Não se sabe exatamente o motivo da mudança, mas os internautas chutam que é para evitar ser associado ao Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do país e futuro candidato nas eleições presidenciais em 2022. Alguns acreditam que a alteração ajudaria a evitar polêmicas e associações ao político, apesar da Netflix Brasil nunca ter explicado o porquê. Um cartão, várias dores de cabeçaEm dois episódios, aparece um número de telefone para o qual o futuro jogador em potencial deve ligar. Entretanto, os números que aparecem são telefones reais. Não à toa, a dona do número teve a vida colocada de cabeça para baixo. Segundo o site Koreaboo, a tal dona do número, que não quis se identificar, começou a receber diversas mensagens e ligações. Ela relata que chegou a deletar 4 mil números, e que fica recebendo mensagens a todo momento. Ela diz ter sido procurada pela Netflix, que ofereceu uma compensação de 1 milhão de wons (aproximadamente R$ 4.500 na cotação atual) e aconselhou que ela mudasse de número. Mas ela negou, porque tem o tal número há 10 anos e o usa para fins comerciais. Brasileiro <3 Round 6Os brasileiros se apegaram a série num nível que bom… só o BR faz.
A Netflix criou uma conta no WhatsApp para divulgar as figurinhas oficiais da série sul-coreana para os usuários usarem e espalharem pelos grupos e conversas. Além disso, quando rolou a instabilidade no WhatsApp, Facebook, Messenger e Instagram os brasileiros culparam quem? Mark Zuckerberg? Não; Round 6, é claro.
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Frustrado com Kena: Bridge of Spirits? Separamos 5 dicas para mandar bem no jogo Posted: 05 Oct 2021 09:14 AM PDT Kena: Bridge of Spirits, lançado no final de setembro, era um dos jogos mais aguardados de 2021. Com um visual deslumbrante, a produção mistura ação com combate diversificado — sem esquecer a magia. O problema é que muitos não esperavam encontrar nesse jogo tão encantador bosses e inimigos com uma dificuldade nível Dark Souls. Por isso, separamos algumas dicas para ajudar você a não perder a paciência no jogo. Aviso: este post é livre de spoilers da história. Treine o parry
O parry é um tipo especial de defesa que dá vantagem ao jogador que defende no momento certo. Em Kena, ao usar a bolha mágica no momento exato — algo que é bastante difícil de acertar no timing — faz desviar e atordoar o inimigo enquanto aumenta a Coragem, liberando um especial para fazer com os Rots — simpáticos seres que lhe ajudam no combate. É importante avisar que usar o escudo muitas vezes gasta a barra de energia dele. Então, será preciso muita prática para ler o inimigo para acertar o parry. Ao final do jogo, essa mecânica será quase essencial para eliminar inimigos e sobreviver. Então, treine desde o começo. Leia o movimento dos inimigosKena utiliza armas variadas, como arco e flecha, cajado e uma espécie de bolha mágica que explode. Cada vilão tem uma forma diferente de ser derrotado. Alguns, por exemplo, usam um escudo. Então, será preciso dar um golpe forte para quebrar a barreira. Já outros precisam da bolha para ficarem vulneráveis. Geralmente, os mais fortes têm pontos dourados espalhados pelo corpo. É preciso acertá-los com o arco e flecha pois isso dá pontos para aumentar a Coragem. Entender os pontos fracos dos inimigos ajuda a derrotá-los o quanto antes — e, de quebra, aumenta a Coragem dos Rots para liberar os especiais. Atualize a árvore de habilidadesAlém dos pontos para comprar chapéus fofos para os Rots, Kena recebe Karma em cada batalha. Esses pontos de experiência são úteis para liberar novas habilidades ou fazer o upgrade de armas e poderes. Colete esses pontos em missões e escolha a que melhor lhe agrada para combate — é recomendado que, até o fim do jogo, você esteja com todas as ramificações liberadas. Eu recomendo fortemente melhorar logo de início os Rots. Assim, você já começa a batalha com um ato de Coragem de Rot #ficadica. Use a cura em casos extremosNo jogo, uma flor azul no cenário serve para curar Kena. Em algumas batalhas, haverá uma, duas ou três dessas (um sinal claro do quão difícil serão os inimigos naquele estágio). Dependendo do tamanho da barra de vida de Kena, a flor consegue devolver até 100% de seu HP. Mas fique atento para usar o recurso só quando sua vida estiver quase no fim. Além de ser limitado, curar seu personagem gasta uma ficha de Coragem. É importante também cumprir certas tarefas que levam para lugares de meditação. Além de permitir que você aprecie o visual do jogo e contemple belas paisagens, fazer isso aumenta sua barra de vida. Não poupe, seja agressivoEsta pode parecer uma dica subjetiva, mas evite ficar muito tempo parado. O modo stealth — ou na maciota, como gostamos de falar — não existe em Kena. Nas batalhas, intercale entre ataques corpo-a-corpo (ou meele) com as flechas e bombas de energia. Assim, você melhora em cada modo de combate e ganha mais Coragem para lançar golpes especiais nos inimigos. The post Frustrado com Kena: Bridge of Spirits? Separamos 5 dicas para mandar bem no jogo appeared first on Gizmodo Brasil. |
Pesquisadores encontram mangue de 125 mil anos “perdido” no México Posted: 05 Oct 2021 08:39 AM PDT A mais de 160 quilômetros do Golfo do México, um ecossistema de árvores resistentes ao sal está florescendo ao longo de um rio de água doce. Uma equipe de pesquisadores investigou recentemente como esse “oásis verde” ficou tão longe de seu habitat natural, e descobriu que a floresta ficou “presa” durante o último período interglacial, há mais de 100 mil anos. Os resultados da pesquisa que avaliou o ecossistema, aparentemente deslocado, foram publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. "Nós encontramos entre estas belas lagoas uma bela floresta de mangues vermelhos", disse o ecologista marinho Octavio Aburto ao Gizmodo US. "É como um mundo perdido", completa. Aburto, do Instituto de Oceanografia Scripps da Universidade da Califórnia em San Diego, faz parte de uma equipe que, recentemente, conduziu a análise genética da floresta junto a uma observação geológica para determinar sua idade. Eles também investigaram a flora da área (além dos mangues vermelhos) e as mudanças no nível do mar para determinar onde o oceano estava durante o Pleistoceno, que terminou há quase 12 mil anos atrás. A floresta fica às margens do rio San Pedro Mártir, e foi descoberta por Carlos Burelo, botânico da Universidade Juárez Autônoma de Tabasco, no México, e coautor do artigo. "Eu costumava pescar aqui e brincar nesses manguezais quando criança, mas nunca soubemos exatamente como eles chegaram lá", disse Burelo em um comunicado à imprensa da UC San Diego. "Essa foi a questão que uniu a equipe." A análise geológica revelou fósseis de gastrópodes marinhos, indicando que a área nem sempre foi um ambiente de água doce — ideia reforçada pela modelagem do nível do mar. Durante o último período interglacial, a Terra estava quente o suficiente para que as calotas polares se derretessem totalmente. O nível do mar estava entre 1,5 e 9 metros mais alto do que hoje, e a água, agora relegada ao Golfo do México, estava muito mais recuada. Os manguezais cresceram onde antes ficava a beira do oceano. Mas, quando a água do mar baixou, a floresta permaneceu. O ecossistema é o que chamamos de relíquia: um vestígio de um passado antigo que conseguiu sobreviver. Os pesquisadores acreditam que o conjunto de manguezais sobreviveu na área devido ao tipo de água doce que substituiu o mar. A água é rica em carbonato de cálcio, graças à rocha calcária da região de Tabasco. Os manguezais vermelhos podem se estabelecer em águas cálcicas — sem a necessidade de água do mar –, embora essa seja uma situação “muito rara”, de acordo com Aburto, que liderou a pesquisa. Esta floresta de mangue hospeda outros organismos que normalmente vivem em ecossistemas de água salgada. A equipe reconheceu quase 100 espécies que geralmente vivem perto dos oceanos, incluindo alguns cactos e orquídeas — e ainda assim, foram encontradas a muitos quilômetros de qualquer costa. Infelizmente, a antiga floresta está ameaçada. A agricultura e a caça na área fizeram os manguezais serem cortados e queimados. Até a década de 1970, os manguezais cobriam uma faixa mais ampla da região de Tabasco, mas os esforços para estabelecer áreas de gado perto do rio relegaram os últimos pedaços da floresta às margens do rio. "Esperamos que esta pesquisa crie suporte para mais proteção deste reservatório de biodiversidade", disse Aburto . "Isso pode nos ajudar não apenas a entender as condições passadas deste planeta, mas também a entender como podemos nos adaptar melhor às mudanças futuras." Embora a água salgada tenha permitido que os manguezais se estabelecessem, o excesso de uma coisa boa pode causar problemas. Ainda que esses manguezais estejam hoje distantes do interior, outras florestas de mangue correm o risco iminente de serem submersas — inundadas pelas próprias águas que chamam de lar.
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Criminosos vendem dados de 1,5 bi de usuários do Facebook na dark web Posted: 05 Oct 2021 08:03 AM PDT *Com colaboração de Luana Nunes Em meio a todo o caos causado pela instabilidade que deixou Facebook, Instagram e WhatsApp fora do ar por mais de cinco horas nesta segunda-feira (4), — o que rendeu ótimos memes no Twitter e fez com que usuários recorressem a métodos de comunicação pré-históricos –, surgiu a informação de que dados de 1,5 bilhões de usuários do Facebook estariam sendo vendidos em um fórum na dark web. Segundo a informação, divulgada pelo site Privacy Affairs, os dados que estão sendo vendidos revelam nome, e-mail, número de telefone, localização, gênero e ID do usuário. O Facebook ainda não se pronunciou a respeito do caso. Se confirmado, será o maior vazamento da história do Facebook, que conta com 2,7 bilhões de usuários pelo mundo. Um usuário de um conhecido fórum de hackers publicou um anúncio no dia 22 de setembro alegando possuir os dados pessoais. Ele apresentou algumas amostras dos dados que estão em seu poder e que tiveram a veracidade confirmada pelo Privacy Affairs. "Os dados estão atualmente à venda na plataforma do fórum, com os potenciais compradores tendo a oportunidade de adquirir todos os dados de uma vez ou em quantidades menores", diz a publicação. Um possível comprador declarou ter recebido uma cotação de US$ 5.000 (quase R$ 27.300 na cotação atual) por dados de um milhão de usuários. Alguns usuários do fórum afirmaram ter realizado o pagamento ao vendedor dos dados, mas que não tiveram acesso às informações. O dono do perfil que comercializa os dados diz pertencer a um grupo de web scrapers que atua há cerca de 4 anos e já teve mais de 18.000 clientes durante este tempo. O Privacy Affairs cruzou os dados com outros de vazamentos conhecidos do Facebook e não encontrou nenhuma relação entre eles, o que pode significar que se trata de um roubo de dados totalmente inédito. Como, afinal, os dados vazaram?Aparentemente os dados não foram fruto de ataque hacker, e sim, de scraping (técnica conhecida como "raspagem de dados"), quando a coleta de dados de alguma página ou site é feita de forma automatizada. O scraping é normalmente utilizado para reunir dados já disponíveis na web, o que pode significar que as informações foram "raspadas" de perfis públicos. Outro método popular, mas ilegal, é a coleta de dados via pesquisas ou questionários falsos do Facebook. Por exemplo, você já deve ter visto um teste aparecer no seu feed com o título: "Descubra que personagem você é em tal série" ou "Faça o teste e descubra quando vai se casar". Links maliciosos do tipo também podem roubar dados. O fato é que quando o usuário aceita fazer esses "testes", criminosos conseguem acesso a todas as informações pessoais do Facebook. Assim, é possível aumentar cada vez mais esse banco de dados. "Vários meios de comunicação e usuários do Twitter interpretam erroneamente isso como resultado de um hack ou violação de dados, o que não é o caso", diz o texto. Os dados vendidos não tem relação com o vazamento de dados de 533 milhões de usuários ocorrido em abril deste ano, que afetou usuários do Facebook em 106 países. Na ocasião, os dados foram disponibilizados gratuitamente em fóruns frequentados por hackers. O Facebook afirmou que o vazamento foi ocasionado por uma vulnerabilidade que foi identificada e reparada pela empresa em 2019. No entanto, a gigante da tecnologia alertou que os dados ainda podem ser utilizados por criminosos. Nem o fundador da empresa foi poupado pelos cibercriminosos. Dave Walker, especialista em segurança digital, publicou uma imagem em seu perfil do Twitter que sugeria que o telefone de Mark Zuckerberg também havia sido vazado na ação que roubou os dados. A reportagem também disse que as informações não têm nenhuma relação com a interrupção global do Facebook de ontem (4). A matéria foi publicada 12 horas antes da queda das redes sociais.
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Estudo pioneiro aliviou depressão severa usando implante cerebral Posted: 05 Oct 2021 07:20 AM PDT Um dispositivo personalizado implantado no cérebro pode fornecer alívio para algumas pessoas com depressão severa. É o que sugere um novo estudo publicado na segunda-feira (4). Os pesquisadores afirmam, pela primeira vez, ter usado um dispositivo de estimulação cerebral profunda de forma personalizada para aliviar substancialmente a depressão grave de uma paciente. Embora haja muitas dúvidas sobre a viabilidade dessa tecnologia em larga escala, eles esperam que isso se torne possível no futuro. A estimulação cerebral profunda, ou DBS, já é usada com sucesso para ajudar a gerenciar condições neurológicas, incluindo a doença de Parkinson e convulsões. O conceito por trás do DBS é transmitir impulsos elétricos para equilibrar os padrões de atividade cerebral ligados à condição psicológica — eliminando ou reduzindo os sintomas da pessoa. Esses impulsos são enviados por meio de eletrodos implantados no cérebro, regulados por um dispositivo normalmente implantado em outra parte do corpo, da mesma forma que funciona um marca-passo cardíaco. O uso de DBS para depressão tem se mostrado uma área de estudo promissora, uma vez que parece haver diferenças perceptíveis entre os cérebros de pessoas diagnosticadas com depressão e aquelas que não têm. Mas, até agora, as evidências de seus benefícios têm sido inconsistentes, com pacientes tendo respostas variadas a ela. Nos últimos anos, cientistas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, têm trabalhado em maneiras de melhorar o DBS, como encontrar áreas possivelmente mais relevantes do cérebro deprimido para estimular. Com base nessa pesquisa anterior, eles desenvolveram sua própria técnica DBS exclusiva, que eles chamam de neuroestimulação de circuito fechado personalizado. Em um novo estudo publicado esta semana na revista Nature Medicine, eles detalham como o novo método obteve sucesso em uma mulher de 36 anos que vivia com depressão desde a infância. E em uma coletiva de imprensa realizada no final da semana passada, a própria paciente — identificada como Sarah — testemunhou o alívio quase instantâneo que sentiu depois de iniciar o tratamento. "Quando eu recebi estímulo pela primeira vez, eu senti uma sensação mais intensa de alegria, e minha depressão foi um pesadelo distante por um momento", disse Sarah, cuja depressão se tornou mais severa nos últimos anos, até o ponto onde ela sentia constante ideação suicida. "A expressão me fez perceber que minha depressão não era uma falha moral. Era um distúrbio que podia ser tratado e havia esperança para minha recuperação." Segundo o método, funciona primeiro encontrando os padrões específicos de atividade cerebral associados ao estado depressivo de um paciente e, em seguida, ajustando os impulsos necessários para neutralizá-los. Depois que isso for definido, o paciente é equipado com um dispositivo que pode detectar quando esses momentos de atividade cerebral aparecem e enviar estímulos ao cérebro automaticamente. Isso contrasta com o DBS típico, que envolve o envio de impulsos o tempo todo ou em intervalos fixos do dia, como antes de dormir. No caso de Sarah, a atividade cerebral disfuncional envolveu o estriado ventral, um ponto crucial na tomada de decisão, bem como a amígdala, um importante regulador de nossa resposta emocional, particularmente medo e ansiedade. Os autores alertam que este é apenas um caso e que a experiência de Sarah deve ser vista apenas como uma prova de conceito. Será preciso mais pesquisas para ver se esse tratamento pode ser replicado com sucesso. Mesmo que possa ser, o tratamento de Sarah consumiu muitos recursos e tempo para ser calibrado — esforços que se tornarão mais difíceis caso essa tecnologia se torne amplamente disponível para pacientes com depressão. Embora o dispositivo em si esteja disponível comercialmente, o tratamento provavelmente seria caro, com os pesquisadores estimando um custo de cerca de US$ 30 mil, com base nos custos existentes para o DBS. "Para que isso ajude mais pessoas, será necessário simplificar", disse o autor do estudo e pesquisador da UCSF Edward Chang, em resposta a uma pergunta do Gizmodo US sobre o futuro a longo prazo desse tratamento. "Mas também vemos muitas oportunidades para pensar sobre como a tecnologia, por exemplo, pode ser usada para ajudar e minimizar ou reduzir a quantidade de trabalho manual e trabalho que é necessário para fazer essas análises realmente exaustivas que fizeram parte deste teste." A autora do estudo e pesquisadora da UCSF, Katherine Scangos, disse que as descobertas feitas por sua equipe podem dar frutos de outras maneiras, mesmo antes que essa tecnologia possa ser ampliada. "Identificamos, por meio deste ensaio, algumas propriedades fundamentais sobre o cérebro — que é compreensível, que a organização e a função do cérebro pode ser identificadas de forma confiável", disse Scangos. "Então, acreditamos que essas descobertas sobre o cérebro estarão disponíveis para o público em geral e nos ajudarão a desenvolver novos tratamentos personalizados para a depressão, com foco nos circuitos cerebrais." Os colegas de Scangos já estão estudando se é possível estimular de forma não invasiva os circuitos cerebrais especificamente associados à depressão de uma pessoa, acrescentou ela. Quanto a Sarah, seus sintomas de depressão começaram a retornar no intervalo entre as primeiras sessões de estimulação e o implante do dispositivo permanente. Mas depois que foi implantado e ligado, Sarah novamente sentiu um alívio imenso e contínuo — o suficiente para finalmente aplicar as habilidades que aprendera na terapia anteriormente, disse ela. Agora, um ano após o início do tratamento, ela acrescentou, sua depressão continua sob controle e ela se sente capaz de “reconstruir uma vida que valha a pena ser vivida”. The post Estudo pioneiro aliviou depressão severa usando implante cerebral appeared first on Gizmodo Brasil. |
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