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- Fortnite e Yahoo deixam a China devido a restrições sobre o setor digital
- Facebook desativará sistema de reconhecimento facial de fotos e vídeos
- O lado tecnológico de Txai Suruí, a indígena que virou a “Greta brasileira” na COP26
- A contradição de líderes mundiais e suas viagens de jatinho para a COP26
Fortnite e Yahoo deixam a China devido a restrições sobre o setor digital Posted: 02 Nov 2021 01:45 PM PDT Menos de um mês depois do LinkedIn anunciar sua saída da China, mais duas empresas de tecnologia norte-americanas também anunciaram o encerramento de seus serviços no país devido à pressão e censura do governo: Fortnite e Yahoo. A gigante de tecnologia Epic Games anunciou a retirada da China do seu popular jogo de sobrevivência Fortnite apenas uns meses depois das restrições impostas ao maior mercado mundial de jogos digitais. A mudança foi um duro golpe para a capacidade das empresas obterem lucro no país e fez os preços de suas ações despencarem. Em resposta, a Epic anunciou que encerrará o jogo super popular no país no próximo dia 15 de novembro. Já o Yahoo, lançado no país em 1999, encerrará completamente suas atividades. Desde 2013, a plataforma vem reduzindo drasticamente o funcionamento de seu serviço de mensagens no país. Um porta-voz da Yahoo justificou a decisão citando "o ambiente comercial e jurídico cada vez mais difícil na China". A empresa americana é a última de uma lista de grandes grupos internacionais a deixar definitivamente o mercado chinês. Além de LinkedIn e Yahoo, outras redes sociais americanas como Facebook, Twitter, Instagram e YouTube, também já deixaram o país por não se adaptarem as exigências impostas pelo regime chinês.
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Facebook desativará sistema de reconhecimento facial de fotos e vídeos Posted: 02 Nov 2021 12:48 PM PDT O Facebook anunciou nesta terça-feira (2) que desativará o sistema de reconhecimento facial das imagens na rede social. O recurso é utilizado desde 2010 e identifica automaticamente os usuários em fotos e vídeo. A medida tem como objetivo eliminar as preocupações relacionadas à privacidade da sociedade sobre o uso dessa tecnologia e atinge mais de 1 bilhão de usuários. Jerome Pesenti, vice-presidente de inteligência artificial do Meta, novo nome do Facebook anunciado na semana passada, explicou que "os reguladores ainda estão em processo de fornecer um conjunto claro de regras que regem seu uso. Em meio a essa incerteza contínua, acreditamos que é apropriado limitar o uso do reconhecimento facial a um conjunto restrito de casos de uso". O software de reconhecimento facial sugere que os rostos sejam "marcados" por meio de um clique para a identificação automática dos usuários que aparecem nos álbuns de fotografias da rede social. Essa decisão da maior plataforma de mídia social do mundo acontece no momento em que a indústria de tecnologia enfrenta críticas, de que a tecnologia pode identificar falsamente pessoas negras como autoras de crimes e favorecer rostos brancos. Segundo o Facebook, a tecnologia agora será limitada a certos serviços, como ajudar as pessoas a obter acesso a suas contas bloqueadas ou desbloquear um dispositivo pessoal. A empresa de Mark Zuckerberg ainda acrescentou que sua ferramenta automática de texto alternativo, que cria descrições de imagens para pessoas com deficiência visual, não incluirá mais os nomes de pessoas reconhecidas nas fotos após a remoção do reconhecimento de rosto, mas funcionará normalmente. A remoção será implementada globalmente e deve ser concluída até dezembro, disse um porta-voz do Facebook.
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O lado tecnológico de Txai Suruí, a indígena que virou a “Greta brasileira” na COP26 Posted: 02 Nov 2021 09:12 AM PDT Com a ausência do presidente Jair Bolsonaro, que trocou a participação na COP26, na Escócia, por um passeio na Itália, o Brasil foi representado pela jovem indígena Txai Suruí, de 24 anos, que fez um discurso incisivo sobre a urgência de medidas eficientes para frear as mudanças climáticas, além de ressaltar a importância dos povos indígenas na proteção da Amazônia. Txai Suruí fez essas cobranças todas dividindo a plenária com líderes globais como o presidente americano Joe Biden, o primeiro ministro britânico Boris Johnson e o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Sua participação rendeu uma comparação com a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, de 18 anos, que também está na COP26 e ficou celebrizada pelo discurso na Cúpula das Nações Unidas sobre Ação Climática de 2019 com a frase “how dare you?” (“como você se atreve?”).
Txai e o povo suruí trazem a tecnologia para seu lado Walelasoetxeige Suruí, também conhecida como Txai Suruí, mora em Rondônia, pertence ao povo Paiter-Suruí e é fundadora do Movimento da Juventude Indígena no estado. Uma de suas maiores características é o engajamento tecnológico. Txai é super ativa nas redes sociais, produz stories com regularidade, tem milhares de seguidores e usa seus perfis para dar voz ao seu povo e discutir causas importantes. Ela é estudante de Direito e trabalha no departamento jurídico da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, entidade que é referência em assuntos da causa indígena. Inspirada pelos pais, o cacique Almir Suruí , chefe do povo Paiter-Suruí, e a indigenista Ivaneide Bandeira Cardozo, a “Neidinha Suruí”, Txai começou cedo no ativismo indígena. Também foi a primeira reitora indígena do Centro Acadêmico de Direito da Universidade Federal de Rondônia. Além de referência na luta pela sustentabilidade, Almir Suruí também é conhecido por juntar tecnologia à vida na floresta. Não à toa, o líder indígena conseguiu uma parceria com o Google há alguns anos e com esse feito, a aldeia foi capacitada pelo Google para documentação digital e mapeamento das terras por satélite. O povo suruí também é pioneiro na venda de créditos de carbono pelo mecanismo REDD (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação). Suruí é a primeira comunidade indígena do mundo a receber uma certificação de carbono, prova de que estão contribuindo para preservação da floresta. O discurso que arrasou na COP26 Em sua fala em Glasgow, Txai foi incisiva na necessidade de mudanças nas políticas em torno do meio ambiente e acusou os líderes políticos "fecharem os olhos para a realidade", além de lembrar um ensinamento de Almir Suruí. "Meu pai, o grande cacique Almir Suruí, me ensinou que devemos ouvir as estrelas, a lua, o vento, os animais e as árvores. Hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo, nossas plantações não florescem como antes. A Terra está falando, ela nos diz que não temos mais tempo", disse em parte do discurso. Apesar das inúmeras promessas feitas pelo grandes líderes participaram do encontro, Suruí não se intimidou e defendeu que as mudanças não podem ser daqui a alguns anos. "Precisamos de um diferente caminho, com mudanças globais. Não é em 2030 ou 2050, é agora. Enquanto vocês fecham os olhos para a realidade, os defensores da terra foram assassinados por proteger a terra. Os povos indígenas estão na linha de frente da emergência climática, e nós precisamos estar no centro das decisões sendo tomadas aqui", afirmou. Para seguir a Txai Suruí nas redes: https://www.instagram.com/walela e https://twitter.com/walela15
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A contradição de líderes mundiais e suas viagens de jatinho para a COP26 Posted: 02 Nov 2021 07:19 AM PDT A grande maioria de líderes globais está reunida em Glasgow, na Escócia, para a COP26, a grande conferência climática das Nações Unidas. Alguns políticos viajaram em aviões particulares ou fretados, incluindo incontáveis titãs do mundo dos negócios que aparecerão em Glasgow para falar de seus grandes objetivos climáticos como prova de que suas empresas são boas cidadãs corporativas. Ativistas se manifestam a respeito. Uma solução simples, claro, é proibir viagens de jatos particulares para a principal conferência climática do mundo. Os países podem se comprometer a proibir aviões particulares, ponto final. Podem focar nos Estados Unidos como exemplo. O governo Biden propaga que está comprometido com a justiça ambiental. A proibição de jatos particulares (na COP26) seria um ótimo ponto de partida. Um estudo divulgado em 2020 mostrou que as viagens de jatos particulares foram responsáveis por quase 34 milhões de toneladas métricas de poluição de carbono em 2016, o que é mais que alguns países produzem em um ano inteiro. Quatro horas de voo em um jato particular emite tanta poluição de gases de efeito estufa quanto o cidadão europeu médio em um ano. Como observa um relatório do Institute for Policy Studies de 2017, uma única viagem pelo país em um Gulfstream IV —um PJ favorito de celebridades que vão de Alex Rodriguez a Post Malone— produz quase o dobro do carbono na atmosfera do que o americano médio faz anualmente. Toda essa poluição vem de uma pequena porcentagem da população. A maioria das pessoas no mundo não voa, principalmente devido ao custo. E o subconjunto da população global que pode pagar voos privados é ainda menor. Algumas estimativas mostram que nem mesmo a maioria dos multimilionários pode se dar ao luxo de tal luxo. No entanto, ao se livrar dos jatos particulares nos Estados Unidos, o país estaria reduzindo a poluição de uma indústria que simplesmente não precisa existir. A América do Norte é responsável por 69% dos jatos particulares do mundo, e os EUA superam de longe todos os outros países na propriedade de jatos particulares. A proibição de jatos particulares nos Estados Unidos enviaria uma das fontes de emissões mais extravagantes para a lata de lixo da história. Para que uma proibição seja realmente eficaz, porém, o resto do mundo precisaria se juntar a ela. Um relatório de maio também descobriu que as emissões de carbono dos voos privados na Europa aumentaram quase um terço entre 2005 e 2019. Claro, a proibição de jatos particulares seria apenas o começo. Os jatos privados são indicativos da concentração de riqueza ocorrendo paralelamente à crise climática. O chefe do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas disse na semana passada que U$ 6 bilhões da fortuna de Elon Musk (míseros 2% para o fundador da Tesla e da SpaceX) poderia acabar com a fome de 42 milhões de pessoas. A proibição dos jatos particulares também removeria um pouco do excesso dos ultra ricos, permitindo que os mais pobres do mundo tivessem uma chance melhor de não perder tudo para o agravamento da crise climática. Qual seria exatamente a aparência de uma proibição de jatos particulares? Uma proibição suave poderia ser um imposto de 100% sobre jatos pessoais e qualquer viagem aérea sobre eles. Os países ricos poderiam desembolsar o dinheiro dos impostos arrecadado para adicionar ao Fundo Verde para o Clima, um mecanismo para ajudar os países pobres a se adaptarem e a mitigarem as mudanças climáticas. Esse fundo foi criado em 2009 e os países ricos prometeram enchê-lo com U$ 100 bilhões anuais até este ano, mas não cumpriram sua promessa. Por que não fazer os ricos pagarem sua parte, considerando tudo o que tiraram do mundo em desenvolvimento? Ou, se isso parecer muito complexo ou talvez não rigoroso o suficiente, tornar a propriedade de tal veículo um crime seria o impedimento mais direto. Obviamente, essas políticas não substituem uma política climática abrangente e transformadora. Todos os setores de transporte, energia, agricultura e indústria da economia mundial precisam ser revistos. Soluções individuais por si só não nos levarão lá, nem mesmo perto. Mas com nosso orçamento de carbono extremamente baixo, cada tonelada de poluição não emitida para o céu é importante. E dado que os ultra ricos ganharam seus milhões e bilhões inclinando a economia de combustíveis fósseis a seu favor, é justo que eles se preparem para reverter o curso. Tenho certeza de que eles ficarão bem na economia ou no terreno com o resto de nós. The post A contradição de líderes mundiais e suas viagens de jatinho para a COP26 appeared first on Gizmodo Brasil. |
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