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- As melhores HQs, séries e podcasts com protagonistas negros
- Vem aí o Carnaval sustentável: pesquisa desenvolve o glitter vegano
- 6 cientistas negras que viraram referência no Brasil
As melhores HQs, séries e podcasts com protagonistas negros Posted: 20 Nov 2021 11:00 AM PST Hoje (20) é o Dia Nacional da Consciência Negra. É importante usar a data para promover reflexões sobre a inserção do negro na sociedade, levantando questões sobre racismo, discriminação, igualdade social e a cultura africana. No entretenimento existe um abismo racial, são poucos negros na TV e cinema (sejam elas dentro ou fora das telas nas pessoas que dirigem e produzem audiovisual). Entretanto, uma nova leva de produções está levando protagonismo para as pessoas negras com temáticas que vão desde o racismo à relacionamentos. Separamos dicas de filmes, séries, HQs e podcasts. SÉRIESGreenleafLançada em 2016 pelo canal da apresentadora Oprah Winfrey e distruido aqui pela Netflix, esse drama de sucesso acompanha Grace Greenleaf (Merle Dandridge), filha do pastor James (Keith David), voltar para casa depois de duas décadas, escancara os bastidores sujos de uma igreja evangélica que aparenta ser um centro de boas ações. O elenco principal é composto 100% por negros, as cinco temporadas abordam temáticas como corrupção, adultério e repressão a homossexualidade. Manhãs de SetembroEste original da Amazon conta a história de Cassandra (Liniker), uma mulher trans que trabalha como motogirl em São Paulo e que tem na música sua maior força. Ela precisou abandonar sua cidade para realizar o sonho de se tornar cover de Vanusa. Após anos de muito sofrimento, Cassandra vive agora um momento de estabilidade, contudo, tudo se complica quando sua ex-namorada, Leide (Karine Telles), reaparece com um menino que diz ser seu filho. Aclamado pela mídia especializada, a série receberá uma 2ª temporada. FILMESMoonlightBlack trilha uma jornada de autoconhecimento enquanto tenta escapar do caminho fácil da criminalidade e do mundo das drogas de Miami. Encontrando amor em locais surpreendentes, ele sonha com um futuro maravilhoso. O longa, vencedor do Melhor Filme no Oscar, retrata de forma real e tocante sobre ser negro e gay nos subúrbios dos Estados Unidos. Moonlight está disponível na HBO Max. Homem-Aranha no AranhaversoApós ser atingido por uma teia radioativa, Miles Morales, um jovem negro do Brooklyn, se torna o Homem-Aranha, inspirado no legado do já falecido Peter Parker. Entretanto, ao visitar o túmulo de seu ídolo em uma noite chuvosa, ele é surpreendido com a presença do próprio Peter, vestindo o traje do herói por baixo de um sobretudo. A surpresa fica ainda maior quando Miles descobre que ele veio de uma dimensão paralela, assim como outras versões do Homem-Aranha. A animação foi aclamada pela crítica e ganhou diversos prêmios, incluindo de Melhor Animação no Oscar. Um filme de continuação e um spin-off estão em desenvolvimento. HQ’sAngola Janga – Marcelo D’SaleteNarra a morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo mais importante da diáspora africana no Brasil, comunidade autônoma de africanos fugidos da escravidão. Durante onze anos Marcelo D'Salete pesquisou e preparou-se para contar a história dessa rebelião que tornou-se nação, referência maior da luta contra a opressão e o racismo no Brasil. Angola Janga foi publicado também na França, Alemanha, Portugal, Polônia e Estados Unidos. Em 2018, o livro ganhou o Troféu HQ Mix na categoria Melhor Edição Especial Nacional e o Prêmio Jabuti de Melhor História em Quadrinhos. Autor premiado tem outras obras relacionados a história da resistência à escravidão no Brasil pela ótica dos povos negros. Confinada – Leandro Assis e Triscila OliveiraCriada no Instagram, Confinada surgiu durante a pandemia e expõe de forma quase verossímil o racismo e desigualdade entre patroas e empregadas. Na história, Ju é empregada de Fran, uma influenciadora com milhões de seguidores. Por conta da pandemia, as duas encaram uma dura convivência. Fran se revela mais alienada, e sobretudo cruel, do que ela poderia supor. Na relação entre Ju e Fran, a cada episódio, o racismo e o ódio de classe, bem como os interesses econômicos que alimentam a injustiça e os privilégios da branquitude. Recentemente, HQ ganhou como Web Quadrinhos no Troféu HQ Mix de 2021. PODCASTSMano a ManoComandado por Mano Brown, uma das vozes mais relevantes do país, reúne convidados polêmicos. O papo é reto com personalidades do esporte à política, da música à religião. Dentre os episódios mais populares, o artista já bateu um papo com o Dr. Dráuzio Varela e o ex-presidente Lula. MeteoraA jornalista Cris Guterres e a publicitária Renata Hilário comandam o programa com temas importantes através de um olhar moderno, dando vozes a pessoas antes invisibilizadas, contar histórias que por muito tempo foram escondidas. The post As melhores HQs, séries e podcasts com protagonistas negros appeared first on Gizmodo Brasil. |
Vem aí o Carnaval sustentável: pesquisa desenvolve o glitter vegano Posted: 20 Nov 2021 10:00 AM PST O glitter -aquele brilhinho que faz sucesso em comemorações como Carnaval, festas e fantasias- é um grande risco para o meio ambiente. Apesar de pequeno, os estragos são imensos. Por serem microplásticos, esses produtos não são removidos facilmente no tratamento do lixo ou do esgoto e acabam contaminando o solo, rios e mares, além de prejudicar a fotossíntese das algas. Na Europa, a indústria de cosméticos usa cerca de cinco mil toneladas de microplásticos por ano. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade de Cambridge, nos Estados Unidos, desenvolveram um glitter à base de celulose que pode resolver todos esses problemas. Vai seguir brilhando, mas agora com segurança e sustentabilidade. As descobertas foram publicadas na Nature Materials. Como foi descobertoPara que isso fosse possível, os cientistas utilizaram um processo chamado coloração estrutural, em que as partículas microscópicas dobram as ondas de luz de tal forma que produzem pigmentos. Exemplo disto são as penas cintilantes de pavão ou as asas das borboletas. Os primeiros materiais que a equipe produziu foram à base de polpa de madeira. Contudo, os pesquisadores explicam que qualquer produto vegetal com celulose facilmente extraível pode ser utilizado no processo de confecção do glitter biodegradável; desde algodão e cascas de manga a banana e borra de café. O processo de automontagem -para formar as estruturas- consiste em alinhar os cristais da polpa e depois retorcer. Para que isso, de fato, virasse glitter, os pesquisadores tiveram que criar filmes de celulose em grande escala, embalando-os em água. À medida em que a água evapora, ela força os materiais a se contraírem, levando a automontagem àqueles em espiral, cores que refletem a luz. Benjamin Droguet, pesquisador do departamento de química de Cambridge e primeiro autor do artigo, explicou que os nanocristais de celulose são organizados de forma que possam dar cor, ou seja formam uma estrutura helicoidal (formato de hélice), o que significa que as camadas giram como se dispostas em uma espiral. O cientista aponta que basta imaginar uma escada para entender. Segundo ele, a forma de controlar a cor é simplesmente mudando o tamanho dessas helicoides, para que possamos imaginar uma escada com níveis que estão em distâncias diferentes entre si. Quanto maiores as características, mais longos os comprimentos de onda da luz que serão refletidos (veja nesta imagem).
Após a produção, os cientistas os trituraram os filmes em partículas do tamanho usado para fazer o glitter. As estruturas resultantes são biodegradáveis, sem plástico e não tóxicas. Silvia Vignolini, professora do Departamento de Química de Cambridge, disse em comunicado que a equipe espera que o produto possa revolucionar a indústria de cosméticos ao fornecer um pigmento e glitter totalmente sustentáveis, biodegradáveis e veganos. E ainda que a otimização do processo ainda seja necessária, os pesquisadores querem formar uma empresa para disponibilizar comercialmente a purpurina e glitter nos próximos anos. [Phys]
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6 cientistas negras que viraram referência no Brasil Posted: 20 Nov 2021 08:00 AM PST É celebrado neste 20 de novembro o Dia Nacional da Consciência Negra. É importante usar o data para promover reflexões sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, levantando questões sobre racismo, discriminação, igualdade social e a cultura afro-brasileira. A busca pelo reconhecimento de pessoas negras na ciência —e em muitas outras áreas— ao longo do tempo também faz parte dessa luta, já que elas são frequentemente apagadas dos livros de história e, por consequência, do conhecimento popular. A desconsideração e o silêncio sobre os negros na ciência e na tecnologia é tão visível quanto um oceano à luz do dia. Números e também registros fotográficos de formatura, por exemplo, mostram que o espaço acadêmico ainda é menos ocupado por pessoas negras e, as que alcançam esse espaço, só conseguem com muito esforço e resistência. Elas viraram referênciaDiante deste cenário adverso, o Gizmodo Brasil elaborou uma lista com seis cientistas negras cujo talento e sucesso que fizeram e fazem parte da nossa história e que servem de inspiração num país que tem muito a evoluir nesta questão. 1) Enedina Alves, a 1ª engenheira negra Se é para falar de história, comecemos do princípio com a engenharia civil, Enedina Alves Marques, uma pioneira engenheira brasileira. Se formou em Engenharia Civil em 1945 pela Universidade Federal do Paraná, entrando para a história como a primeira mulher a se formar em engenharia no estado e a primeira engenheira negra do Brasil. Após uma carreira sólida, se aposentou em 1962 reconhecida como uma grande engenheira. Eneida Alves Marques morreu em 1981, aos 68 anos, deixando não somente um importante legado para a engenharia brasileira, mas também para a cultura negra e a luta por um país mais justo, igualitário e menos racista. 2) Sonia Guimarães, 1ª negra a dar aula no ITA Sonia Guimarães é uma pioneira na física brasileira. É professora do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e a primeira mulher negra brasileira doutora em Física e primeira mulher negra brasileira a lecionar no ITA. Tendo ingressado lá em 1993, quando a instituição ainda não aceitava mulheres como estudantes. 3) Simone Maia Evaristo, destaque na biologia Simone Maia Evaristo é especialista em biologia e citotecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É presidente da Associação Nacional de Citotecnologia (Anacito). Também atua na área de ensino técnico do Instituto Nacional do Câncer (INCA), além de ser um dos grandes nomes de referência da área aqui no Brasil. 4) Jaqueline Goes de Jesus, sequenciou o genoma do coronavírus Apesar de manter excelência no trabalho há muito tempo, Jaqueline Goes de Jesus ganhou notoriedade mundial —mais que merecida— apenas em 2020 quando sequenciou o primeiro genoma do vírus SARS-CoV-2, ao lado de outra cientista brasileira, Ester Sabino. Apenas 48 horas foram necessárias para que um estudo, liderado por Jaqueline e Ester, fosse capaz de sequenciar o genoma do coronavírus no Brasil. A rapidez dos resultados, realizado pelo Instituto de Medicina Tropical da USP em parceria com o Instituto Adolfo Lutz e a Universidade de Oxford, chamou a atenção do Brasil e do mundo. 5) Luiza Bairros, histórica cientista social Luiza Bairros foi uma das vozes mais respeitadas no combate à discriminação racial no Brasil e compôs o Movimento Negro Unificado (MNU). A ativista negra foi ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) durante o segundo governo Dilma Rousseff (PT). Luiza era mestre em ciências sociais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutora em sociologia pela Michigan State University (EUA). Luiza Barros morreu em 2016, vítima de câncer. 6) Viviane dos Santos Barbosa, notoriedade no combate à poluição Viviane dos Santos Barbosa é uma pesquisadora baiana que ficou famosa por desenvolver um produto catalisador que reduz emissão de gases poluentes. Nos anos 1990, Viviane foi para a Holanda estudar engenharia química e bioquímica na Delft University of Technology. Lá, desenvolveu uma pesquisa com catalisadores através de uma mistura de paládio e platina. Seu trabalho foi tão incrível, que recebeu a premiação máxima, entre outros 800 trabalhos, em 2010, na International Aeorol Conference, uma conferência que reúne cientistas do mundo inteiro.
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