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- Mudanças climáticas: bioma da Sibéria pode desaparecer até 2500
- Árvore Cabreúva, nativa do Brasil, serve de “farmácia” para animais, diz pesquisa
- Google lança plataforma que treina candidatos para entrevista de emprego
- Veja como recriar o azeite usado no Antigo Egito em casa
- Kate Bush, diva dos anos 80, volta ao topo por trilha em “Stranger Things”
Mudanças climáticas: bioma da Sibéria pode desaparecer até 2500 Posted: 11 Jun 2022 02:06 PM PDT Um estudo feito por pesquisadores do Instituto Alfred Wegener de Pesquisa Polar e Marinha, na Alemanha, sugere que pelo menos dois terços da tundra siberiana devem desaparecer até o ano de 2500. Ao mesmo tempo, o derretimento do permafrost (solo congelado) na região levará a uma intensa liberação de gases do efeito estufa no ambiente, acelerando o aquecimento global. As temperaturas no Ártico subiram cerca de 4ºC entre 1960 e 2019. O calor acaba reduzindo a cobertura de gelo marinho e, consequentemente, permitindo a invasão das florestas de lariço. A nova vegetação vai tomando conta do espaço, cobrindo a paisagem típica de gramíneas, musgos e arbustos. Agora, os cientistas utilizaram simulações de computador para prever a perda dos 4 mil quilômetros de tundra siberiana dentro dos próximos 500 anos. O modelo tem as árvores como base, considerando como as temperaturas afetam em seu crescimento, quão longe elas podem dispersar suas sementes, influência da chuva, entre outros pontos. O estudo completo foi publicado na revista científica eLife. Mesmo dentro de um cenário otimista, em que as emissões de carbono sejam reduzidas a zero até 2100, a maior parte da tundra ainda seria destruída. Para ser mais exato, sobraria apenas 32,7% do bioma da Sibéria até 2500. Caso as emissões de carbono não sejam cessadas até 2050, as florestas de lariço irão cobrir 94,3% do ambiente neste intervalo de tempo. A consequência disso é que as florestas, por serem mais escuras que a neve da tundra, acabam retendo mais calor. Dessa forma, o Ártico fica mais quente, o que acelera o derretimento do permafrost. O gelo, que armazena cerca de 1,4 mil gigatoneladas de gases do efeito estufa, acaba derretendo e libera os poluentes. Vírus e micróbios congelados há tempos também podem ser liberados nesse processo. Os efeitos do fim do bioma da Sibéria para os animais que vivem na região não estão claros. Porém, os cientistas acreditam que as mudanças irão impactar na migração e ciclos de vida de renas. Como resultado, os povos nativos nenets, que habitam uma região autônoma do norte da Sibéria e vivem do pastoreio das renas, também devem ser impactados. The post Mudanças climáticas: bioma da Sibéria pode desaparecer até 2500 appeared first on Gizmodo Brasil. |
Árvore Cabreúva, nativa do Brasil, serve de “farmácia” para animais, diz pesquisa Posted: 11 Jun 2022 12:06 PM PDT A cabreúva (Myroxylon peruiferum) é uma árvore nativa do Brasil encontrada em praticamente todo o território. Ela se destaca por sua madeira sólida, por seu porte – pode chegar aos 30 metros de altura – e por sua capacidade de produzir uma oleorresina de odor agradável, cujas propriedades profiláticas e terapêuticas são muito apreciadas pelas comunidades tradicionais. E um estudo recentemente publicado por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) mostrou que a planta também é popular entre outros mamíferos, além dos humanos. Um vídeo capturado por uma câmera do tipo armadilha registrou os momentos em que diversos animais interagiam com essa árvore da família das leguminosas, se esfregando, mordendo e até lambendo o tronco. Os pesquisadores ficaram intrigados pela variedade de espécies que apareciam no vídeo e pela frequência das ocorrências. Entre os visitantes estavam grupos de catetos e de quatis-de-cauda-anelada, um solitário veado-mateiro, a notívaga jaguatirica (que além de se esfregar, parece lamber o caule da árvore), morcegos, o tamanduá-mirim (que chega a trepar no caule da árvore) e a irara, uma das espécies registradas pela primeira vez realizando esse tipo de comportamento. Em alguns locais, os registros mostraram que a cabreúva foi visitada pelo menos uma vez a cada dois dias. A originalidade do registro levou os pesquisadores do campus de Rio Claro a descrever em detalhes a interação dos animais com o bálsamo da cabreúva. O trabalho contou com apoio da FAPESP e foi publicado na revista científica Biotropica. Para Laurence Culot, professora e pesquisadora do Laboratório de Primatologia do Instituto de Biociências da Unesp em Rio Claro, a diversidade observada de espécies, o alto número de visitas e as menções na literatura às propriedades cicatrizantes, repelentes e antiparasitárias do bálsamo produzido pela cabreúva levantam a hipótese de que se trate de um caso de zoofarmacognosia. O termo descreve o consumo, por parte de animais silvestres, de plantas não nutricionais presentes em seu ambiente natural com fins de controle ou prevenção de doenças ou eliminação de parasitas. Até o momento, porém, esta é apenas uma possibilidade, explica a pesquisadora. "Para comprovar que se trata de um caso de automedicação por parte dos animais é preciso realizar vários estudos ainda. Nós temos os dados comportamentais e temos dados da literatura que comprovam algumas propriedades da cabreúva. A questão é fazer testes que possam mostrar que o bálsamo pode realmente exercer algum efeito contra pernilongos, parasitas ou outros patógenos", diz Culot, que também é professora no Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Evolução e Biodiversidade da Unesp. Observação de primatasNa literatura científica existem diversos comportamentos comprovados de zoofarmacognosia, a maioria deles associados a chimpanzés e gorilas. No caso dos pesquisadores da Unesp, a pista original foi dada por um pequeno primata. Desde o início do ano, Culot desenvolve um projeto de pesquisa em que analisa a resiliência dos micos-leões-pretos a ambientes modificados pelo homem e sua presença em pequenos fragmentos de floresta. Durante uma atividade de campo em que monitoravam essa espécie, os pesquisadores notaram que um grupo de indivíduos passava mais tempo que o normal se esfregando em torno de uma árvore, especificamente. O hábito de se esfregar em árvores, explica a pesquisadora, é bastante comum entre os micos-leões-pretos, seja para marcar território ou comunicar aos demais micos seu estágio de reprodução. "O comportamento que vimos, entretanto, era diferente. Demorava mais tempo, cerca de 50 minutos, e envolvia todos os integrantes do grupo. Já a marcação de território costuma ser feita de forma breve e por apenas alguns poucos indivíduos", relata. Em uma observação mais cuidadosa, os pesquisadores notaram os micos-leões-pretos esfregando sua região torácica, abdominal e inguinal em áreas do tronco em que o bálsamo estava depositado sobre a casca. Por vezes, os micos também manipulavam a própria casca do tronco, espalhando o bálsamo em suas mãos e em seguida aplicando-o sobre seu corpo e cauda. As observações incomuns motivaram os pesquisadores a instalar armadilhas fotográficas com o intuito de registrar o comportamento por um período mais longo. Dessa forma, câmeras foram instaladas em três fragmentos de Mata Atlântica em diferentes locais do Estado de São Paulo em que os pesquisadores estavam acompanhando os micos-leões-pretos. "Quando analisamos os vídeos tivemos uma surpresa ao constatar que outros mamíferos apresentavam o mesmo comportamento. Cada um, à sua maneira, se esfregava e às vezes lambia o bálsamo", diz Culot. Em alguns dos locais em que as câmeras foram instaladas, os mamíferos visitaram a cabreúva em média uma vez a cada dois dias. Mas, em nenhum momento, espécies distintas foram vistas compartilhando a árvore. Para quatro espécies de mamíferos, a irara, o tamanduá-mirim, o cateto e o morcego, foi a primeira vez que um comportamento desse tipo ganhou registro na literatura científica. As observações abrem pelo menos dois caminhos para futuras pesquisas. O primeiro envolve encontrar uma forma mais direta de provar os benefícios terapêuticos ou preventivos do bálsamo para o mico-leão-preto. Outro caminho seria envolver a relação da cabreúva com as demais espécies que habitam os fragmentos de florestas. "Seria uma pesquisa complexa, mas poderíamos investigar o quanto a presença dessa árvore nos fragmentos da Mata Atlântica afeta a saúde das demais espécies. Por exemplo, será que nos locais onde se encontram mais árvores de cabreúva os animais teriam menos parasitas?", indaga. O artigo A universal pharmacy: Possible self-medication using tree balsam by multiple Atlantic Forest mammals pode ser acessado em: onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/btp.13095. *Com informações de Marcos do Amaral Jorge, do Jornal da Unesp. The post Árvore Cabreúva, nativa do Brasil, serve de “farmácia” para animais, diz pesquisa appeared first on Gizmodo Brasil. |
Google lança plataforma que treina candidatos para entrevista de emprego Posted: 11 Jun 2022 10:05 AM PDT Quer seja você um profissional experiente ou não, é comum sentir aquele friozinho na barriga todos na hora de uma entrevista de emprego. Pensando nisso, o Google lançou uma plataforma para ajudar candidatos com técnicas para lidar bem na hora do papo. A plataforma Interview Warmup foi criada com Inteligência Artificial e elabora perguntas comuns feitas por recrutadores da áreas de experiência do usuário (UX Design), e-commerce, suporte em TI, análise de dados e gerenciamento de projetos. Caso o candidato não seja dessas áreas, são elaboradas perguntas mais gerais. As perguntas são selecionadas por especialistas da áreas. A ferramenta grava e transcreve as respostas em tempo real e ajuda o candidato a descobrir maneiras de melhorar a sua apresentação pessoal. O Google ainda fornece feedbacks como: padrões nas respostas, palavras ditas com mais frequência, temas relacionados às palavras usadas, quanto tempo o candidato gasta para descrever as experiências profissionais, habilidades e objetivos. O LinkedIn lançou uma ferramenta semelhante em 2020, com sua ferramenta automatizada de feedback de entrevistas. Ela permite que os usuários se gravem respondendo a perguntas comuns de entrevistas e, em seguida, fornece feedback gerado por IA sobre a entrega de respostas, incluindo notas sobre ritmo, seu uso de "palavras de preenchimento", frases a evitar, etc. O único problema é que não está disponível em língua portuguesa. Vale conferir também, dependendo da vaga para qual você estiver se aplicando. The post Google lança plataforma que treina candidatos para entrevista de emprego appeared first on Gizmodo Brasil. |
Veja como recriar o azeite usado no Antigo Egito em casa Posted: 11 Jun 2022 08:07 AM PDT Emlyn Dodd, arqueólogo da Escola Britânica em Roma, na Itália, encontrou uma maneira de reproduzir em casa o azeite de oliva usado no Antigo Egito. O pesquisador utilizou como base receitas retratadas por autores romanos e também pinturas encontradas em murais egípcios. Os escritos debatiam desde as ferramentas e equipamentos necessários para o processo de produção até os melhores locais para o cultivo de oliveiras. Enquanto isso, as imagens do Antigo Egito mostravam os métodos aplicados na época para a fabricação, como a torção e o uso do pilão. O que Dodd fez é chamado de “arqueologia experimental”, um processo usado para preencher lacunas no conhecimento e ajudar cientistas a entender a praticidade dessas antigas técnicas de produção. O pesquisador documentou sua experiência no site The Conversation e encorajou os leitores a tentar recriar o azeite de oliva em casa.
Primeiro, o cientista colheu uma mistura de azeitonas verdes e pretas usadas na atualidade por produtores italianos tradicionais. Os frutos foram lavados antes do processamento. Então, as azeitonas foram colocadas dentro de um pano, como aquele utilizado na fabricação de queijo. Dodd esmagou os frutos para rasgar a polpa, o que permitiria a liberação dos óleos. Então, prendeu ambos os lados do pano com gravetos, segurou uma extremidade de forma fixa e torceu a outra, obtendo o líquido. Foram diferentes tentativas de fabricação, que renderam produtos diversos. O processo que deu certo resultou em um azeite de oliva com um fundo apimentado, comum dos produtos recém prensados. No Antigo Egito, o azeite era usado como combustível para cozinhar, iluminação e aquecimento. Hoje, ele é aplicado em uma ampla variedade de receitas, sendo produto fundamental na dieta de várias pessoas. Vale tentar a receita em casa. The post Veja como recriar o azeite usado no Antigo Egito em casa appeared first on Gizmodo Brasil. |
Kate Bush, diva dos anos 80, volta ao topo por trilha em “Stranger Things” Posted: 11 Jun 2022 06:08 AM PDT A 4ª temporada de "Stranger Things" chegou com tudo e como de costume, trouxe diversas referências aos anos 80 como: os cortes de cabelo, roupas e acessórios, obras cinematográficas e musicais. Entre as “desenterradas” da série, está a canção “Running Up That Hill”, de 1985, hit da cantora britânica Kate Bush. A faixa aparece de forma recorrente desde a estreia em 27 de maio. É a canção favorita da personagem Max, interpretada pela atriz Sadie Sink, e –atenção, spoiler— a canção até ajuda a mocinha a se livrar do terrível vilão Vecna em dado momento. O destaque da música na série, descoberta pela Geração Z, aumentou absurdamente sua popularidade, alcançando o primeiro lugar no iTunes e destaque em outras plataformas, como o Spotify, onde já é a mais tocada do mundo, segundo o ranking diário desta quinta-feira (9). “Running Up That Hill” conquistou ainda, pela primeira vez, um lugar no Top 10 das paradas americanas, aparecendo na 8ª posição do Hot 100 da Billboard. No Brasil, ela bateu na 44ª posição. Fora das plataformas de streaming, "Running Up That Hill" está em evidência nas rádios especializadas em música pop e no YouTube. O conceitual clipe, gravado numa época em que a MTV só existia nos EUA, esteve entre os 70 mais tocados no fim de semana. Cantora ficou surpresa!Kate Bush reagiu à volta da música ao topo das paradas 37 anos depois. Em um comunicado no seu site, a cantora e compositora, hoje com 63 anos, disse que o seriado deu à sua música um “novo sopro de vida” e que a popularidade é “muito emocionante”. Kate agradeceu aos fãs ao redor do mundo por reviver “Running Up That Hill”, antes de revelar que ela mesma é fã da série. Veja o recado dela: “Você deve ter ouvido que a primeira parte da fantástica e emocionante nova temporada de Stranger Things foi lançada recentemente na Netflix. Ela apresenta a música ‘Running Up That Hill’, que está recebendo um novo sopro de vida pelo jovens fãs que amam o show –eu também amo! Por causa disso, ‘Running Up That Hill’ está fazendo sucesso em todo o mundo e entrou na parada do Reino Unido em 8º lugar. É tudo muito emocionante! Muito obrigado a todos que apoiaram a música. Espero ansiosamente pelo resto da série em julho.” Conheça a história da música“Running Up That Hill (A Deal with God)” foi o primeiro compacto do disco “Hounds of Love”, de 1985 –mesma época em que passa para a série da Netflix. Junto com os outros hits “The Big Sky” e “Cloudbusting”, elevou o álbum ao primeiro lugar da parada britânica. O single de “Running…” também é o segundo maior sucesso da carreira de Kate Bush –o maior segue sendo “Wuthering Heights”. Além disso, “Running Up That Hill” garantiu a posição mais alta da carreira de Kate Bush, o 30º lugar no Hot 100 da “Billboard” dos EUA. A letra é curiosa. Fala de um casal que faz um “acordo” com Deus para que cada um fique no corpo do outro por um tempo. Segundo Bush, seria uma forma de fazer o homem e a mulher entenderem melhor a situação um do outro na batalha dos sexos. A construção ciclotímica da canção, com tambores na mesma levada do início ao fim, cria uma atmosfera hipnoptizante, somada à linda voz de Kate Bush. Confira neste trecho do próprio seriado: "Stranger Things" sempre apresentou uma trilha sonora de destaque, composta por sucessos dos anos 80, além de músicas menos conhecidas também. Porém, com “Running Up That Hill” é a primeira vez que a série catapultou uma música para tal grau de sucesso da noite para o dia. Resta saber o que está reservado para os espectadores com os dois episódios restantes do programa de sucesso dos irmãos Duffer, que chega em 1º de julho. The post Kate Bush, diva dos anos 80, volta ao topo por trilha em “Stranger Things” appeared first on Gizmodo Brasil. |
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