segunda-feira, 20 de agosto de 2018

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Como a NASA vai saber se o rover Opportunity estará ok após a tempestade de areia em Marte?

Posted: 19 Aug 2018 02:00 PM PDT

Quase toda a área de Marte tem sido alvo de uma enorme tempestade de areia desde junho. A questão que fica diante dessa situação é: a sonda Opportunity está intacta?

O rover (veículo explorador) de 15 anos está sem comunicação desde 10 de junho, segundo um comunicado da NASA, pois a tempestade de areia dificultou a obtenção de energia solar. Os cientistas da NASA estão confiantes que a sonda vai aguentar a tempestade, então eles estão aguardando o tempo correto para retomar a comunicação.

Como a NASA está lidando com a tempestade de areia gigante que tomou conta de Marte

Antes, aqui vai um pouco de contextualização. Uma pequena tempestade de areia ocorreu no fim de maio. Rapidamente, isso se tornou em um evento que cobriu o planeta todo. Tempestades como essa acontecem um ou duas vezes a cada década. A sonda Curiosity, que funciona com energia nuclear, está ok, mas a Opportunity está em modo hibernação desde o início de junho. Os cientistas estão preocupadoscom o que a falta de energia e baixas temperaturas farão com a sonda, mas eles estão otimistas de que ela sobreviverá.

Ok, e como os pesquisadores saberão quando a sonda estiver funcionando novamente?

Imagem da superfície de Marte tirada pelo rover Opportunity. Crédito: NASA

Em um comunicado, a NASA explica que a tempestade de areia é medida com um número chamado "tau" — quanto maior o número tau, mais opaca é a atmosfera. O orbitador Mars Reconnaisance, um satélite que fica circulando o planeta, consegue estimar o tau ao observar a superfície. Para recarregar suas baterias, a sonda precisa de um tau de no máximo 2. No momento, o tau está entre 2,1 e 2,5, segundo a equipe da Opportunity.

Enquanto isso, os engenheiros da NASA estão tentando contatar a Opportunity, com a esperança de ouvir algum tipo de resposta. Após a primeira resposta, levará algumas semanas para juntar as informações sobre o estado atual da sonda e determinar quais tipos de danos foram causados a ela.

Assim foi a evolução da recepção da luz solar pelo rover Opportunity. Crédito: NASA

Para se proteger no caso de erros, a Opportunity tem um modo seguro para determinados comportamentos, que é ativado em condições de falha. Os cientistas da NASA esperam que a sonda tenha passado por três modos de falha: enfrentado pouca energia, complicações no relógio da missão e um terceiro modo que a NASA chamada de uploss fault. A falta de energia fez a sonda ficar no modo hibernação, o segundo é que se o relógio interno não estiver funcionando a sonda não vai saber quando deve se comunicar direito. O terceiro, por fim, indica que sistemas normais de comunicação não estão funcionando de forma apropriada.

A NASA colocou uma playlist de músicas que já foram usadas para acordar a sonda em outras ocasiões. É uma playlist meio chata sem hip-hop ou dance music que eu, talvez, usasse para cair no sono. Talvez fosse legal a Opportunity quando tocar com Queen ou David Bowie.

Esperamos ouvir notícias sobre você o quanto antes, Opportunity!

[NASA JPL]

Imagem do topo: Antes e depois de Marte durante a tempestade de areia. Crédito: NASA/JPL-Caltech/MSSS

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Brasil já é o 2º mercado da Uber no mundo, só perdendo para os EUA

Posted: 19 Aug 2018 10:44 AM PDT

O aplicativo de caronas Uber chegou por aqui em 2014, e em menos de cinco anos a operação brasileira já é a segunda maior do mundo, com mais de um bilhão de corridas desde que desembarcou no país. A informação foi dita pela própria empresa em um recente anúncio sobre investimentos no mercado brasileiro.

Para melhorar a operação brasileira, a companhia informou que vai investir US$ 64 milhões (cerca de R$ 250 milhões) nos próximos cinco anos e que parte desse dinheiro será usado para a construção de um centro de desenvolvimento no país — o primeiro na América Latina.

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O centro de desenvolvimento, localizado em São Paulo, contará com mais de 150 especialistas e ficará pronto ainda neste ano. A ideia desse local por aqui é melhorar a segurança dos passageiros e dos motoristas. Uma das questões da região é o pagamento em dinheiro, que começou no país em 2016. O ponto positivo é que essa modalidade é uma opção para quem não tem cartão de crédito e uma forma de os motoristas terem um fluxo de caixa mais simplificado.

O problema é que o pagamento em dinheiro tornou os motoristas alvos mais atrativos para roubos. Com um cadastro fraco, muitos criminosos se aproveitavam para pedir carros pagando a corrida em dinheiro. O que era para ser uma simples carona acabava se transformando em sequestros, assaltos ou assassinatos.

A companhia reconhece a importância do pagamento em dinheiro para a região. Em entrevista à Reuters, Sachin Kansal, diretor de segurança de produto do Uber, disse que "é importante que eles [da companhia] apoiem essa modalidade de pagamento". "Há um certo segmento da sociedade que não tem acesso a cartões de crédito e é também um segmento da sociedade que, provavelmente, é o que mais precisa de transporte conveniente e de confiança."

Após uma série de incidentes, a companhia promoveu melhorias no sistema de cadastro para usuários sem cartão de crédito, com a requisição do CPF do passageiro. Além disso, a Uber diz que usa aprendizado de máquina (machine learning) para bloquear corridas consideradas de risco.

Ainda sobre o assunto segurança, a empresa recentemente anunciou um novo sistema que permite que motoristas e passageiros compartilhem suas localizações em tempo real. A funcionalidade foi liberada primeiramente nos EUA, mas já está operante por aqui.

[Reuters]

Imagem do topo por Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

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Se você sente o cheiro de coisas que não estão por perto, você não está sozinho

Posted: 19 Aug 2018 08:14 AM PDT

Uma porcentagem pequena mas muito real de pessoas muitas vezes sentem odores que na verdade não estão lá. Cerca de um a cada 15 norte-americanos com mais de 40 anos regularmente sente os chamados “odores fantasmas”. Mas não fazemos ideia do motivo por trás disso, de acordo com um novo estudo publicado nesta quinta-feira (16) no JAMA Otolaryngology—Head & Neck Surgery.

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O estudo, liderado por pesquisadores do National Institutes of Health (NIH), é o maior a observar esse problema, disse a autora principal do artigo, Kathleen Bainbridge, pesquisadora do National Institutes on Deafness and Other Communication Disorders (NICCD) — Institutos Nacionais sobre Surdez e Outros Distúrbios de Comunicação, em tradução livre.

“Sabíamos que a percepção de odor fantasma havia sido observada em clínicas médicas, mas não sabíamos o quão comum essa condição era e nem que tipos de pessoas são mais afetadas normalmente”, ela contou ao Gizmodo.

Bainbridge e sua equipe estudaram dados do National Health and Nutrition Examination Survey, um estudo anual nacional sobre os hábitos e a saúde geral dos norte-americanos. Eles especificamente observaram mais de sete mil pessoas com mais de 40 anos de idade que haviam participado da pesquisa de 2011 a 2014. Dessas, 6,5%, ou 534 pessoas, responderam “sim” para uma questão que perguntava se às vezes elas sentiam um “odor desagradável, ruim ou ardente quando não havia nada ali”.

Embora as descobertas não ofereçam uma razão clara para a ocorrência desses odores fantasmas, elas oferecem algumas pistas.

Primeiramente, que mulheres estão mais propensas a sentirem odores fantasmas do que os homens. Houve também uma conexão com a idade: as mulheres, mas não os homens, eram menos propensas a relatar esses cheiros quanto mais velhas elas fossem. Isso sugere que, qualquer que seja a causa, provavelmente ela não está ligada ao sentido de olfato que cai à medida que todos nós envelhecemos.

“Seria muito interessante ver se as pessoas com menos de 40 anos relataram odores fantasmas ainda mais frequentemente”, disse Bainbridge.

Outros fatores de risco associados com odores fantasmas incluíram traumatismo craniano, boca seca e baixo nível socioeconômico. Pessoas com dificuldades financeiras já têm maiores problemas de saúde em geral, então seu risco adicional pode vir de certas condições de saúde ou dos medicamentos que elas tomam para tratá-las, especula a equipe. Um histórico atual de tabagismo também foi associado a odores fantasmas, mas o elo desapareceu após considerar a idade e o status socioeconômico. Pesquisas de outros lugares descobriram que os odores fumegantes e de algo queimando tendem a ser o tipo mais comum de cheiro fantasma.

A essa altura, existem muito mais perguntas do que respostas. Não sabemos por quanto tempo as pessoas tendem a sentir esses cheiros, independentemente de virem ou não de gatilhos comuns para o surgimento de um episódio desses ou se a condição pode sumir ou piorar ao longo do tempo. O estudo atual também não inclui nenhum dado sobre possíveis doenças que poderiam plausivelmente explicar os odores fantasmas, como convulsões ou doenças mentais sérias.

A maioria das pessoas afligidas por odores fantasmas também não sabem o que está acontecendo: apenas 11% da amostra da equipe relatou que havia entrado em contato com um médico sobre um problema de cheiro ou gosto. E simplesmente não existem tratamentos bons disponíveis para aquelas pessoas que buscam ajuda, disse Bainbridge.

Porém, destacando esses resultados, a equipe espera estimular outros pesquisadores a estudar a condição. A pesquisa pode também acalmar as pessoas que sofrem disso, mostrando-lhes que elas não estão sozinhas.

“Um bom primeiro passo para entender qualquer condição médica é uma descrição clara do fenômeno”, afirmou Kathleen Bainbridge. “A partir daí, outros pesquisadores podem formar ideias sobre onde procurar por possíveis causas e, por fim, maneiras de prevenir ou tratar a condição.”

Bainbridge e sua equipe planejam continuar buscando possíveis gatilhos, como remédios ou condições neurológicas. Outros pesquisadores, ela sugere, poderiam estudar como os sintomas das pessoas podem variar, por que elas escolhem buscar tratamento e os mecanismos biológicos que acentuam a percepção de odores fantasmas.

[JAMA Otolaryngology–Head & Neck Surgery]

Imagem do topo: maxknoxvill (Pixabay)

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Governos dos EUA quer “grampear” investigados no Facebook; a rede está lutando contra

Posted: 19 Aug 2018 07:00 AM PDT

Você já ouviu essa história aqui no Brasil: as autoridades estão investigando criminosos e precisam acessar dados de plataformas de empresas de tecnologia — em alguns casos, o não cumprimento (ou impossibilidade de atender os pedidos da Justiça) fez, por exemplo, que ficássemos um tempo sem WhatsApp.

Pedido de bloqueio do WhatsApp é em decorrência de investigação de "facções criminosas"

Agora, o governo dos Estados Unidos está pedindo para o Facebook fazer uma espécie de "grampo" para ouvir a conversa de suspeitos no Messenger, como parte de uma investigação sobre o MS-13 (uma gangue formanda por latinos), segundo reporta a Reuters.
A agência de notícias informa que três perfis estão envolvidos na investigação criminal. Fontes anônimas disseram que o Facebook está contestando o pedido feito pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Uma fonte ouvida pela Reuters disse que o assunto tem relação com uma investigação sobre a gangue MS-13, um assunto recorrente nos discursos do presidente Donald Trump — geralmente, ele cita a organização criminosa como justificativa para leis migratórias mais fortes.

Em maio, Trump se referiu à gangue como "animais" após a xerife de Fresno County, na Califórnia, ter dito que as leis estaduais interferem no seu trabalho de prender membros do MS-13 — a Califórnia é um estado santuário que, na prática, significa que é uma região em que se protege os imigrantes de deportações.

A investigação que levou a esse caso de "escuta" no Facebook Messenger começou em Fresno, como informa a Reuters. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o Facebook não se pronunciaram sobre a reportagem da agência de notícias. Posteriormente, quando contatado pelo Gizmodo, o Facebook também se negou a comentar o assunto.

Um juiz federal tomou conhecimento do caso na Califórnia na última terça-feira (14). O Departamento de Justiça quer que o Facebook cumpra a decisão judicial. Por ora, não há registros públicos sobre o caso, que está sendo conduzido em sigilo, ou a possibilidade de a rede ficar indisponível, caso não cumpra a ordem.

[Reuters]

Foto do topo por Getty

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