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- Instagram vai ganhar mais “selinhos azuis” de verificação e reforçará segurança
- Golfinho com tesão está acabando com a alegria de nadadores de uma cidade francesa
- Um estudo genético encontrou ligação entre a esquizofrenia e uso de maconha
- Trump diz que resultados de busca no Google sobre ele são manipulados e que vai agir
- Google One, novo esquema de planos pagos do Google Drive, é anunciado no Brasil
- O novo SSD externo da Samsung é tão rápido quanto a velocidade em que você fica pobre ao comprá-lo
- Correios vão cobrar R$ 15 em todas as encomendas internacionais
- YouTube agora vai te avisar quanto tempo você passou na plataforma
- Ministério da Saúde cria canal no WhatsApp para desbancar notícias falsas sobre vacinação
- Guerra do Facebook contra as mentiras não está indo bem, dizem responsáveis por checagem de fatos
Instagram vai ganhar mais “selinhos azuis” de verificação e reforçará segurança Posted: 28 Aug 2018 02:56 PM PDT O Instagram vai começar a lançar a partir desta terça-feira (28) algumas novas ferramentas projetadas para ajudar a eliminar contas falsas e a informar melhor seus usuários. Contas populares em breve terão a opção de mostrar mais informações detalhadas sobre elas para outros usuários, e todo mundo com uma conta “popular” poderá pedir o selinho azul de verificação. • Facebook e Instagram começam a liberar recurso que mostra seu nível de vício nas redes Sempre que o Facebook anuncia grandes ações que toma contra atores ruins ou contas fraudulentas, sempre tem algumas contas de Instagram que entram no relatório. O produto central do Facebook (a sua própria rede social) sempre compõe a maior parte das remoções de contas e páginas, mas os espalhadores de desinformação e notícias falsas ainda fazem uso do serviço menos contaminado da empresa. As mudanças que o Facebook está implementando nesta terça-feira são feitas para facilitar a sinalização daquelas contas sinistras que você vê no Instagram e também para acrescentar uma segurança extra para os usuários. A mudança que você provavelmente verá de forma mais imediata talvez seja um maior número de selinhos de verificação azuis em contas com grande número de seguidores. O Instagram já verificou contas anteriormente, mas nunca havia oferecido uma maneira clara, à la Twitter, de os usuários se candidatarem ao símbolo (embora o Twitter esteja reavaliando seu processo de verificação). Se você tem uma conta popular, precisará pedir o selo, e o Instagram não diz publicamente o que se qualifica como uma conta popular. Em um comunicado de imprensa enviado ao Gizmodo, a rede social explicou os passos para pedir a verificação: Para acessar a solicitação de verificação, vá até seu perfil, clique no ícone de menu, selecione “Opções” no fim e então escolha “Solicitar verificação”. Você precisará fornecer seu nome de usuário, seu nome completo e uma cópia da sua identificação legal ou comercial. Essa informação não será compartilhada publicamente. Imagem: Instagram Simplesmente solicitar a verificação não garante que você será aprovado. A mudança mais significativa para informar os usuários e identificar contas suspeitas é a inclusão de uma opção de “Informações da Conta” em contas populares. Além das informações básicas que todos os usuários exibem em suas páginas, ao longo das próximas semanas esse novo recurso vai oferecer a capacidade de ver a data em que a conta estreou no Instagram, seu país de origem, contas que compartilham os mesmos seguidores, mudanças de nome de usuário ao longo do ano anterior e, talvez o mais importante, quaisquer anúncios que a conta esteja exibindo atualmente. Isso deve ajudar os usuários a ter uma ideia se uma conta está tentando influenciar a política local de uma cidade ou país do outro lado do mundo ou constantemente deturpando a própria imagem. De todas as novas alterações, aquela em que você provavelmente deveria prestar mais atenção é a capacidade de usar aplicativos de autenticação de terceiros para segurança da sua conta. Todos deveriam usar autenticação de dois fatores para proteger sua conta contra hackers. Isso significa digitar uma senha e receber um código adicional enviado para um dispositivo aprovado. Anteriormente, o código podia ser enviado via mensagem de texto, mas, infelizmente, essa não é a maneira mais segura de se fazer isso. Agora, você poderá usar um aplicativo de terceiro, como o Google Authenticator, para recuperar seu código. Novas informações da conta. Imagem: Instagram Isso também será disponibilizado para os usuários ao longo das próximas semanas. Para habilitar o recurso, basta ir a opções > autenticação de dois fatores. Clique no slider de apps de terceiros, e o Instagram vai, automaticamente, detectar seu app autenticador. Se você não tiver um instalado ainda, isso vai te levar para a loja de aplicativos em que você pode baixar aquele que quiser terminar o processo de configuração. Ao todo, essas são mudanças óbvias para o Instagram, e vai saber se elas serão eficazes na resolução dos maiores problemas da empresa. Porém, a nova opção de segurança deveria ser item obrigatório para todos os usuários. Imagem do topo: Instagram/Gizmodo The post Instagram vai ganhar mais “selinhos azuis” de verificação e reforçará segurança appeared first on Gizmodo Brasil. |
Golfinho com tesão está acabando com a alegria de nadadores de uma cidade francesa Posted: 28 Aug 2018 01:01 PM PDT Um vilarejo na costa da França proibiu que banhistas nadem na presença de Zafar, um golfinho nariz-de-garrafa que está problematicamente excitado. Roger Lars, prefeito de Landévennec, decretou uma lei na última semana que proíbe que se nade ou mergulhe na costa quando Zafar estiver presente, assim como se aproximar a menos de 45 metros (50 jardas) dele. Zafar está "querendo, precisando, desejando contato social, e sua carência não está sendo preenchida", diz Elizabeth Hawkins, pesquisadora-chefe do Dolphin Research Australia, ao The Washington Post. "Ele pode tentar diversos comportamentos de golfinho com humanos para tentar preencher esse vazio." • Nos anos 60, um experimento da NASA terminou em sexo e com o suicídio de um golfinho Algum desses comportamentos, segundo testemunhas, incluem se esfregar em banhistas, barcos e caiaques. Ele também tentou impedir que uma nadadora voltasse para a praia. A banhista precisou ser trazida por um barco de resgate. Samy Hassani, diretor de conservação de espécies do Océanopolis, disse a Ouest-France que Zafar se esfrega em pessoas e barcos "quando ele está no cio". Hassani nota que Zafar é um golfinho solitário — isso significa que ele deixou seu grupo e vive sozinho. O jornal The Telegraph reporta que há vários fatores que servem de explicação para um animal dessa espécie viver sozinho, como "disponibilidade de alimento, perturbação de predadores, estratégias reprodutivas e a perda de um amigo ou companheiro". Pode ser também que o grupo o expulsou por alguns desses motivos. Críticos da nova lei da cidade dizem que esta é uma reação extrema, dado que Zafar nunca machucou ninguém. O especialista em legislação ambiental Erwan Le Cornec disse ao Le Telegramme que pretende contestar a regulamentação. O golfinho não parece ser uma ameaça séria — Zafar tinha um relacionamento muito bom com a cidade antes de entrar no cio. Mesmo assim, especialistas creem que as novas normas também podem fazer bem ao animal. Ao ficar acostumado a interagir com humanos, seus instintos naturais contra o perigo ficam prejudicados. "Há histórias terríveis de como as pessoas interagiram com esses animais", diz Hawkins ao Washington Post. De fato, um estudo de 2008 da Marine Connection defende que golfinhos solitários que se tornam populares em cidades costeiras precisam de proteção legal para prevenir danos não intencionais entre humanos e criaturas marinhas. Todos os conhecedores do assunto, porém, parecem concordar que Zafar não é um perigo. Ele só está carente e procurando amor. Na pior das hipóteses, o golfinho rejeitado só ficou mais parecido com um ser humano. Imagem do topo: Getty The post Golfinho com tesão está acabando com a alegria de nadadores de uma cidade francesa appeared first on Gizmodo Brasil. |
Um estudo genético encontrou ligação entre a esquizofrenia e uso de maconha Posted: 28 Aug 2018 11:46 AM PDT Existe evidência de conexão entre o uso de cannabis e a esquizofrenia, mas não está claro se a droga leva ao transtorno, ou vice-versa. Um novo estudo publicado nesta segunda-feira (27) pode nos dar um pouco mais de clareza sobre o assunto. • Uma só tragada de maconha com baixo nível de THC pode aliviar a depressão, diz estudo A pesquisa descobriu que pessoas com risco genético de sofrer com esquizofrenia também são mais propensas a fumar maconha, sugerindo que a doença pode causar o uso de cannabis entre algumas pessoas. O atual estudo, publicado na revista Nature Neuroscience, é um continuação de esforços anteriores em esboçar quais são as variações genéticas que tornam as pessoas mais propensas ao uso de cannabis, um projeto conhecido como Consórcio Internacional da Cannabis (International Cannabis Consortium). Os autores do estudo, que inclui alguns pesquisadores da empresa de testes de DNA 23andMe, estudaram dados genéticos anônimos coletados de estudos anteriores ou de estudos ainda em andamento, incluindo informações do UK Biobank, bem como de pessoas que permitiram que seus DNAs fossem utilizados para a pesquisa, como aqueles que se registraram nos testes genéticos da 23andMe. No geral, eles utilizaram informações de mais de 180 mil pessoas, tornando esse estudo o maior do seu tipo, de acordo com os autores. O código genético de uma pessoa pode se diferenciar pouco do código genético de outra pessoa em muitas maneiras, mas a variação mais comum é chamada de polimorfismo de nucleotídeo único, ou SNP, na sigla em inglês. Uma SNP é uma pequena mudança nos blocos fundamentais que constituem nosso DNA (e RNA), conhecidos como nucleotídeos. Em uma seção específica do DNA, por exemplo, a maioria das pessoas podem ter adenina (A), uma das quatro bases nucleares que constituem um nucleotídeo, mas outros podem ter citosina (C) no mesmo lugar. No estudo, os pesquisadores descobriram que oito desses SNPs estavam associados com o uso de cannabis durante a vida. Segundo os cálculos dos especialistas, levando o todo em consideração, essas variações correspondem a 11% da diferença entre pessoas que disseram fumar maconha ou não. Utilizando diferentes testes, eles também encontraram 35 genes em 16 diferentes seções do genoma que estavam associados com o uso de cannabis. Muitos desses genes pareciam estar associados com outros hábitos, traços de personalidade e condições de saúde mental, particularmente o gene CADM2. Variações no CADM2, segundo os autores, já foram ligados ao uso mais intenso de álcool, tomada de decisões arriscadas e traços de personalidade como extroversão. Eles também encontraram uma sobreposição genética com a esquizofrenia. “Essa não é uma grande surpresa, porque estudos anteriores já mostraram que o uso de cannabis e a esquizofrenia estão associados”, disse em um comunicado a líder do estudo, Jacqueline Vink, pesquisadora da Radboud University, na Holanda. “No entanto, também estudamos se essa associação é casual”. Eles tentaram encontrar uma possível relação de causa e efeito utilizando um método chamado randomização de Mendelian. Essa técnica permite que os geneticistas perguntem se possuir os genes conhecidos por um efeito (esquizofrenia, neste estudo) causa uma predisposição direta a outra coisa (uso de maconha). Neste caso, eles encontraram evidências de que ser geneticamente vulnerável à esquizofrenia tornava as pessoas mais propensas a usar maconha, possivelmente como uma forma de lidar com sua condição, de acordo com os autores. Essa descoberta em particular é importante porque ainda não entendemos realmente como a cannabis e a esquizofrenia estão conectadas. Outra pesquisa descobriu que o uso de maconha aumenta o risco de esquizofrenia, especialmente se o consumo começar cedo e as pessoas já tiverem riscos de sofrer com doenças mentais. Os autores são cuidadosos ao apontar que um único estudo desaprova tal teoria, mas sugere, como outros estudos genéticos já sugeriram, que essa relação é complicada. O próximo plano dos pesquisadores é estudar se existem genes específicos que são capazes de prever quais são os usuários mais frequentes ou mais assíduos de cannabis. Imagem do topo: Justin Sullivan (Getty Images) The post Um estudo genético encontrou ligação entre a esquizofrenia e uso de maconha appeared first on Gizmodo Brasil. |
Trump diz que resultados de busca no Google sobre ele são manipulados e que vai agir Posted: 28 Aug 2018 10:22 AM PDT Atualizado às 15h10 O primeiro tuíte do dia do presidente dos EUA, Donald Trump, acusou o Google de modificar seus resultados de busca para políticos conservadores. As acusações, sem evidências, de que empresas como Facebook e Twitter conspiram contra esses políticos são comuns, mas o Google não costuma entrar no balaio das reclamações. • Os alienígenas ainda não chegaram, mas Donald Trump já quer criar Forças Espaciais Militares "Os resultados do Google para 'Trump News' [algo como 'notícias sobre o Trump'] mostram apenas a visão e as matérias das empresas de notícias falsas. Em outras palavras, eles manipulam, para mim e para outros, de modo que todas as histórias e notícias são negativas. A fake CNN é proeminente. A mídia republicana/conservadora e justa é excluída. É ilegal?", postou Trump. O final do primeiro tuíte do presidente norte-americano começou com uma porcentagem, e seu tuíte seguinte descreveu o "perigo" que o Google representava por "suprimir vozes de conservadores." "Noventa e seis porcento dos resultados sobre Trump News são da mídia esquerdista, muito perigosa. Google e outros estão suprimindo vozes de conservadores e ocultando informações e notícias que são boas. Eles estão controlando o que podemos e o que não podemos ver. Isso é muito sério e será algo a ser abordado!", concluiu o presidente dos EUA. A primeira coisa que os usuários veem ao buscar "Trump news" em uma janela anônima é uma notícia da Fox News: Crédito: Captura de tela O presidente Trump pode não gostar de notícias sobre ele, mas o seu advogado pessoal, Michael Cohen, foi declarado culpado em uma série de acusações e disse que o presidente pediu que ele fizesse pagamentos ilegais antes das eleições presidenciais de 2016. Os resultados mais abaixo, em ordem, incluem uma matéria da Fox News que diz que Michael Cohen foi fonte da CNN, depois uma matéria da Fox News sobre Peter Thiel elogiando Trump por sua "honestidade", e uma matéria da New Yorker sobre o presidente Trump ser "doido". Políticos conservadores, como o senador pelo Texas Ted Cruz, também já reclamaram que personalidades de direita são silenciadas em plataformas como o Twitter e o Facebook, mas essa é a primeira vez que o presidente Trump ameaçou fazer algo sobre isso. Os comentaristas conservadores Diamond & Silk chegaram até a testemunhar no Congresso dos EUA em abril, mas as coisas ficaram rapidamente esquisitas. Os dois apoiadores de Trump negaram que eles tinham sido pagos pela campanha de Trump, algo que contradiz os documentos da Federal Election Commission (Comissão Federal de Eleição). Os dois receberam um total de US$ 1.274,94 em 2016. O presidente Trump ameaçou uma série de companhias norte-americanas. Já entraram no rol de reclamações do presidente o Washington Post, a Amazon e a Harley Davidson. Mas será interessante ver o que ele poderá fazer para punir (ou ameaçar) o Google. Diferentemente da Apple, o Google não tem estado muito próximo de Trump neste ano. Tim Cook, CEO da companhia da maçã, recentemente se encontrou com o presidente na Casa Branca, e houve relatos de que Trump prometeu não aumentar a tarifa de produtos da Apple como ele fez com outras companhias. Em um comunicado enviado à rede CNBC, o Google se defendeu das acusações de Trump. "Quando usuários digitam na barra de busca do Google, nosso objetivo é assegurar que eles recebam as respostas mais relevantes em uma questão de segundos", disse um porta-voz do empresa. "A busca não é usada para uma agenda política e nós não enviesamos nossos resultados para qualquer espectro político. Todo ano, nós lançamos centenas de melhorias aos nossos algoritmos para que tenhamos certeza que eles abrangem conteúdo de qualidade em resposta às solicitações dos usuários. Nós continuamos a trabalhar para melhorar a busca do Google e nós nunca vamos ranquear os resultados de busca para manipular um sentimento político." Imagem do topo: Getty The post Trump diz que resultados de busca no Google sobre ele são manipulados e que vai agir appeared first on Gizmodo Brasil. |
Google One, novo esquema de planos pagos do Google Drive, é anunciado no Brasil Posted: 28 Aug 2018 10:00 AM PDT Há alguns meses, o Google anunciou que iria reformular os planos pagos do Google Drive em um novo produto, chamado Google One. Hoje, o novo modelo foi anunciado no Brasil. • Backup do WhatsApp no Android não ocupará espaço no Google Drive As principais novidades são um novo plano de 200 GB, que custa R$ 10 por mês ou R$ 100 por ano, e mais armazenamento no plano de R$ 35 mensais ou R$ 350 anuais, que passou de 1 TB para 2 TB. Os demais preços continuam os mesmos. O espaço pode ser usado no Drive, no Gmail e no Fotos. Estes são os valores dos planos do Google One no Brasil:
Além disso, o Google One oferece a possibilidade de compartilhar o armazenamento com até cinco membros da família. O post no blog oficial do Google também fala que os usuários terão "acesso a benefícios adicionais de produtos Google – como créditos no Google Play", mas não especifica como isso vai funcionar exatamente . Eu conferi em duas contas Google diferentes e os novos planos ainda não estão disponíveis. O Google diz que nas "próximas semanas, todos os planos pagos de armazenamento do Google Drive terão um upgrade para o Google One". Interessados podem se cadastrar no site do Google One para receber avisos quando os novos planos estiverem disponíveis. [Google]
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O novo SSD externo da Samsung é tão rápido quanto a velocidade em que você fica pobre ao comprá-lo Posted: 28 Aug 2018 07:52 AM PDT Usar um HD externo é o jeito mais fácil de aumentar o armazenamento do seu computador, mas é preciso arcar com alguns custos: espaço, conveniência e velocidade. Não tem muito o que fazer sobre o volume adicional e a dor de ter que lidar com cabos emaranhados. • Novo SSD da Samsung aguenta até 30 Terabytes Além disso, geralmente um SSD externo não consegue competir com a velocidade de transferência de um SSD interno. Acontece que a nova opção da Samsung conseguiu dar um salto na performance. O problema é o preço: “apenas” US$ 1.400 (R$ 5.780, na cotação atual). Sim, é um dispositivo ridiculamente caro. Mas vamos dar uma olhada na concorrência: quando se trata de performance, o LaCie Bolt é, atualmente, um dos discos externos mais rápidos disponíveis. Ele tem um par de SSDs e, segundo a fabricante, pode chegar a velocidades de 2.800 MB/s em leitura e a um máximo de 1.300 MB/s durante a gravação – isso em máquinas que possuem uma USB-C e suporte ao padrão Thunderbolt 3. Os US$ 2.000 na versão de 2 TB é o preço para se ter um produto de ponta. Em comparação, o Samsung SSD X5 de 2 TB custa US$ 1.400. Não é uma solução barata, de jeito nenhum; mas é uma economia em relação ao LaCie Bolt. Além disso, a opção da Samsung é bem menor e é capaz de usar toda a energia que precisa a partir da porta Thunderbolt 3 do computador. E aqui tem o pulo do gato: se você quiser chegar perto da velocidade de leitura de até 2.800 MB/s e de gravação de até 2.300 MB/s, é preciso ter uma máquina com uma porta Thunderbolt 3. Hoje em dia, esse padrão ficou mais popular, mas não é uma funcionalidade que você vai encontrar em PCs e notebooks mais baratos, menos potentes. Mas se você se propõe a gastar US$ 1.400 em um SSD externo, provavelmente não se importará em investir num laptop com Thunderbolt 3. Se você não precisa de dois terabytes de armazenamento externo, o SSD X5 também terá versões de 1 TB (por US$ 700) e de 500 GB (por US$ 400). Essas versões estarão disponíveis nos EUA a partir do dia 3 de setembro. Outra opção é o Samsung T5, que era o dono das maiores velocidades na linha da Samsung, antes da chegada do X5. O modelo de 1 TB é vendido por US$ 280, mas sua velocidade máxima chega apenas a 540 MB/s, o que é meio embaraçoso se compararmos com as novas opções. Imagens: Samsung The post O novo SSD externo da Samsung é tão rápido quanto a velocidade em que você fica pobre ao comprá-lo appeared first on Gizmodo Brasil. |
Correios vão cobrar R$ 15 em todas as encomendas internacionais Posted: 28 Aug 2018 06:52 AM PDT Importar produtos da China vai ficar mais caro. Os Correios anunciaram que a partir desta segunda-feira (27), todas as encomendas internacionais sofrerão cobrança do despacho postal, no valor de R$ 15. • Ação judicial limita reajuste de entregas dos Correios a 8% para lojas virtuais A cobrança já está valendo, inclusive para encomendas em trânsito. O consumidor deve rastrear a encomenda na plataforma dos Correios e ali encontrará uma opção para realizar o pagamento por boleto ou cartão de crédito. O prazo para a entrega das encomendas pelos Correios só começa a contar a partir da data da confirmação de pagamento da taxa. A taxa do despacho postal existe desde 2014, mas era cobrada apenas para os objetos tributados pela Receita Federal. Segundo a companhia, o grande volume de importações fez com que as despesas aumentassem para “manter o padrão do serviço” e por isso a cobrança será estendida. Segundo a empresa, o valor é quatro vezes menor que a média praticada por outros operadores logísticos pela realização de procedimentos parecidos. Além disso, ele é fixo, portanto, não varia de acordo com o preço dos produtos comprados no exterior. Segundo o comunicado dos Correios:
A medida deve desanimar quem faz compras em lojas chinesas, como Aliexpress, que vendem muitos produtos que não chegam a custar um dólar e ainda oferecem frete grátis. The post Correios vão cobrar R$ 15 em todas as encomendas internacionais appeared first on Gizmodo Brasil. |
YouTube agora vai te avisar quanto tempo você passou na plataforma Posted: 28 Aug 2018 06:21 AM PDT Mesmo que os recursos de bem-estar digital no Android 9 Pie ainda estejam em beta (e atualmente disponíveis apenas nos smartphones Pixel), nesta segunda-feira (27), o Google está expandindo suas empreitadas de saúde e bem-estar online para o YouTube, aparentemente para ajudá-lo a não assistir a muitos vídeos ruins. • 12 coisas legais que você pode fazer no Android 9 Pie As novas ferramentas em si são bastante diretas e consistem em uma coleção de estatísticas que te dizem quanto tempo você passou assistindo ao YouTube (incluindo o YouTube Music e a YouTube TV), alguns botões extras para controlar o tipo de notificações que você recebe do app e com que frequência você as vê, além da capacidade de estabelecer limites para que você saiba quando dar uma pausa. Captura de tela do meu smartphone que mostra que eu vejo em média 7,5 horas de YouTube por semana, o que parece certo. Entretanto, eu assisti a um vídeo na manhã desta segunda que parece que o rastreamento do YouTube deixou passar. Captura de tela: Sam Rutherford (Gizmodo) O detalhamento de estatísticas do YouTube é dividido em hoje, ontem, semana passada e uma média semanal, para te dar uma ideia melhor de quanto tempo você realmente passa assistindo a vídeos. Entretanto, já que os dados são baseados no que está em seu histórico de visualização, se você limpar o registro ou estiver com ele desligado, o site não consegue fornecer informações de tempo de consumo precisas. Infelizmente, não está claro se o YouTube conta vídeos offline que podem ter sido vistos enquanto você não estava conectado à internet. E se você tem vários canais listados na mesma conta do Google, precisará trocar para sua conta principal para ver suas informações de tempo vendo vídeos. Atualmente, parece também que o tempo passado assistindo a vídeos do YouTube enquanto logado como um outro canal não é atrelado à sua conta principal. Nos dispositivos móveis, verificar seu tempo de visualização de vídeos é simples: basta abrir o YouTube e tocar sua foto de perfil no canto direito superior para abrir o menu de configurações. Então, escolha a opção que diz “Tempo de visualização”. Já no desktop, parece que o Google ainda não atualizou sua interface com controles para bem-estar digital ainda. Mas a capacidade de acompanhar suas horas gastas e controlar suas notificações é algo bom! Tem até uma nova opção para desativá-las completamente entre certas horas, para que, mesmo que seu youtuber favorito publique um novo vídeo no meio da noite, seu smartphone não toque e te acorde. Os novos recursos de bem-estar digital do YouTube começaram a ser lançados nesta segunda-feira e devem estar disponíveis amplamente até o fim desta semana. Imagem do topo: Google The post YouTube agora vai te avisar quanto tempo você passou na plataforma appeared first on Gizmodo Brasil. |
Ministério da Saúde cria canal no WhatsApp para desbancar notícias falsas sobre vacinação Posted: 28 Aug 2018 05:32 AM PDT O WhatsApp é um dos canais mais férteis para a propagação de notícias falsas: o compartilhamento entre grupos e contatos é simples de se fazer e não há praticamente nenhum controle sobre o conteúdo que circula pelo aplicativo de mensagens. Mas a partir de agora, o Ministério da Saúde vai utilizar o WhatsApp para desbancar as fake news relacionadas à vacinação e outros temas relacionados à saúde. • WhatsApp testa aviso de link suspeito para tentar reduzir notícias falsas O órgão do governo anunciou nesta segunda-feira (27) a criação de um canal para que a população consulte se uma notícia sobre saúde é verdadeira ou falsa. Qualquer cidadão pode adicionar o número (61) 99289-4640 nos contatos do celular e enviar solicitações. Ao receber as mensagens, o Ministério da Saúde irá apurar se o conteúdo é verdadeiro ou falso junto às áreas técnicas da pasta. Após a checagem, será enviada uma imagem ao cidadão com um carimbo de verdadeiro ou falso, para que ele compartilhe a informação correta. As notícias analisadas pela equipe do ministério também estarão disponíveis no endereço saude.gov.br/fakenews e nos perfis do ministério nas redes sociais. Em comunicado, o diretor de Comunicação Social da pasta, Ugo Braga, apontou o perigo das notícias falsas: "No caso da saúde, é muito mais grave, porque a notícia falsa mata", comentou. Um dos temas mais recorrentes em correntes falsas no WhatsApp tenta enganar a população sobre a vacinação, expondo perigos que não existem. Em 2017, o Brasil teve o menor índice de vacinação de crianças dos últimos 16 anos e ficou fora da meta, de acordo com dados do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Nenhuma das vacinas do calendário infantil atingiram a meta de 95% no período. Imagem do topo: Valter Campanato/Agência Brasil The post Ministério da Saúde cria canal no WhatsApp para desbancar notícias falsas sobre vacinação appeared first on Gizmodo Brasil. |
Guerra do Facebook contra as mentiras não está indo bem, dizem responsáveis por checagem de fatos Posted: 28 Aug 2018 04:33 AM PDT O assédio contra Julia e sua equipe começou em maio. Foi nessa época que o Facebook trouxe sua iniciativa de verificação de fatos ao Brasil. Os verificadores de uma das orgaizações parceiras em que Julia (que não é seu nome real) trabalha como diretora foram alvo de grupos que achavam que a entidade estava censurando a direita. O assédio se tornou tão ácido que a pequena equipe encerrou todas suas páginas pessoais em redes sociais. Eles estavam recebendo mensagens de trolls “dizendo que queriam atirar em nós, que não veríamos o próximo presidente do Brasil”, Julia conta ao Gizmodo. “As pessoas também disseram que seguiriam a gente, um por um.”
“Todos os dias, recebemos pelo menos de dois a quatro tuítes ou mensagens no Facebook dizendo que ou somos censuradores ou que não merecemos estar online, que deveríamos morrer ou algo assim”, afirmou Julia. “É bem ruim”. Ela acrescenta que “o Brasil está enlouquecendo no momento. Ou você é contra a verificação de fatos ou você fica calado sobre o assunto”. O clima em torno das eleições é especialmente volátil no Brasil, onde a violência com motivações políticas não é incomum. O candidato presidencial da extrema-direita no Brasil, Jair Bolsonaro, foi recentemente acusado de “incitar ao ódio e à discriminação contra negros, comunidades indígenas, mulheres e gays”, escreve o New York Times. Seu filho, Eduardo Bolsonaro, foi acusado de ameaçar uma jornalista. Os verificadores de fatos desempenham um papel crucial na responsabilização desses tipos de figuras públicas — desacreditando alegações perigosamente enganosas ou completamente falsas feitas por políticos e seus seguidores —, se posicionando como alvos para sua base rancorosa e agitada. Uma base que pode ver o ato não partidário de checar a verdade de uma afirmação como uma forma de censura ou ataque tendencioso contra seu grupo e suas ideologias. É um duro sacrifício para o que se tornou um trabalho essencial na era da desinformação. A organização de Julia é apenas uma de várias ao redor do mundo que têm acordos de conteúdo com o Facebook. A gigante da tecnologia lançou um programa com verificadores de fatos independentes no fim de 2016 como parte de sua estratégia para combater notícias falsas em sua plataforma. A rede social tem divulgado uma série de táticas em sua guerra contra as mentiras, e são verificadores como Julia que recebem a tarefa de selecionar e filtrar certas afirmações falsas. O programa do Facebook atualmente abarca 17 países. Todas as organizações são certificadas pela International Fact-Checking Network, uma unidade não partidária do Instituto Poynter de Estudos de Mídia lançada em setembro de 2015. Vários verificadores de fatos que participam do programa confirmaram ao Gizmodo que o Facebook está lhes remunerando, como parte do acordo. A Factcheck.org, por exemplo, disseca o dinheiro que recebe em um relatório financeiro, que revela que o Facebook pagou à organização US$ 188.881 durante o ano fiscal de 2018, que acabou em 30 de junho de 2018.
Eles são todos especialistas terceirizados; o Facebook não tem uma equipe interna dedicada a esses esforços. Seu investimento nesse programa cresceu significativamente desde seu lançamento, há dois anos, expandindo globalmente, embora as equipes estejam longe de ser grande o bastante para checar todas as afirmações sinalizadas, uma limitação que o próprio Facebook reconheceu em um post em junho. E vale apontar que não existem verificadores em todos os países e que, nas regiões em que existem, eles não têm gente ou tempo suficiente para checar cada publicação sinalizada. Um porta-voz do Facebook disse ao Gizmodo por e-mail que o programa de verificação de fatos conseguiu “reduzir visualizações futuras de histórias desmentidas em até 80%, mas vale apontar que não acreditamos que isso seja uma bala de prata para combater a desinformação”. Em vez disso, o porta-voz listou uma série de abordagens que fazem parte da estratégia da empresa para combater as notícias falsas, incluindo a remoção de contas fake e o rebaixamento de conteúdo enganoso no Feed de Notícias. A companhia também afirmou recentemente que quer usar aprendizado de máquina para evitar a disseminação de desinformação na plataforma. Delegar o problema a máquinas não é uma resposta nada nova para a gigante das redes sociais. Os especialistas foram trazidos depois que o público — e o Facebook — descobriu que a plataforma estava sendo explorada por agentes mal intencionados, usada como veículo para a interferência estrangeira nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016. À medida que o alcance desses usos foi vindo à tona, o Facebook anunciou que iria se apoiar nessas organizações de verificação para evitar que um abuso tão generalizado de seu serviço acontecesse novamente, especialmente em torno de discursos políticos. A falha do Facebook em impedir o crescimento da desinformação em sua plataforma é um problema global. Em um ato de negligência especialmente perigoso, a incapacidade da rede de lidar com a desinformação e o discurso de ódio em Mianmar agiu como um catalisador da violência contra a população muçulmana na região. Uma investigação da Reuters, publicada neste mês, revelou que o problema, que está no radar do Facebook desde pelo menos 2013, ainda recebe um tratamento inadequado. A agência de notícias descobriu mais de mil exemplos de “publicações, comentários, imagens e vídeos atacando os rohingyas ou outros muçulmanos de Mianmar que estavam no Facebook” até uma semana antes da reportagem ser publicada, no meio de agosto de 2018. “Os insultos contra rohingyas e muçulmanos analisados para este artigo — que foram coletados pela Reuters e pelo Centro de Direitos Humanos da Escola de Direito da Universidade de Berkeley — incluem material que esteve no ar no Facebook por até seis anos”, escreve a Reuters. Nesta segunda-feira (27), o Facebook anunciou que estava excluindo uma série de contas e páginas de Mianmar do serviço — incluindo o principal oficial militar da nação, o general Min Aung Hlaing — “para impedi-las de usar nosso serviço para inflamar ainda mais as tensões étnicas e religiosas”. E um estudo publicado em maio deste ano, feito por pesquisadores da Universidade de Warwick, no Reino Unido, descobriu que comunidades na Alemanha com um uso de Facebook acima da média tinham mais ataques contra refugiados, uma relação que “se confirmava em virtualmente qualquer tipo de comunidade — cidade grande ou pequena; afluente ou com dificuldades; refúgio progressista ou fortaleza de extrema-direita —, sugerindo que a ligação se aplica universalmente”, escreve o New York Times. Os dados ligando o Facebook a esses ataques são ainda mais perturbadores — “onde quer que o uso do Facebook por pessoa cresceu para um desvio padrão acima da média nacional, os ataques a refugiados cresceram em torno de 50%”, afirmou o New York Times. A parceria do Facebook com verificadores de fatos está cada vez mais importante, à medida que períodos de eleição começam ao redor do mundo, em países em que os verificadores testam ferramentas antes de que elas sejam disponibilizadas para os verificadores nos Estados Unidos. O Gizmodo conversou com sete verificadores de fatos de várias partes do mundo para saber sobre o estado atual dos esforços de verificação de fatos do Facebook, com diversos países se preparando para eleições por vir.
Vários verificadores de fatos expressaram sua preocupação com uma falta de transparência do Facebook em relação a dados e informações gerais específicas sobre o impacto de seu trabalho — queixas que os verificadores expressaram no ano passado, em uma reportagem do Politico. Entretanto, como os verificadores assinaram acordos de não divulgação com o Facebook, eles não puderam discutir alguns tópicos publicamente. Embora eles estivessem evidentemente tranquilos em discutir certas partes do programa, havia certos tópicos sobre os quais eles não compartilharam informações na entrevista devido a esses acordos. O painelOs verificadores de fatos com quem conversamos detalharam o estado atual do “painel”, uma ferramenta que o Facebook desenvolveu para seus checadores terceirizados. Embora ele varie levemente de região a região, os responsáveis por conferir a autenticidade de notícias o descreveram como uma página com uma lista de artigos que foram sinalizados por uma combinação de usuários e algoritmos do Facebook, ranqueados então com base no quanto eles estão sendo compartilhados. Quando os verificadores decidem quais itens revisar no painel, eles enviam ao Facebook uma avaliação entre oito opções disponíveis, que vão de “Falso” a “Sátira”, passando por “Opinião” e “Não Elegível”. Quando um verificador de fatos classifica um artigo como “Falso”, ele aparece mais embaixo no Feed de Notícias, e páginas e domínios que rotineiramente compartilham notícias falsas terão sua distribuição de conteúdo rebaixada e sua monetização e seus privilégios de anúncios removidos. Embora os verificadores de fatos tenham expressado gratidão pelo painel, a maioria deles não pareceu achá-lo particularmente útil como uma ferramenta séria para combater desinformação. Em vez disso, a ferramenta oferece algumas indicações sobre o tipo de publicações que estavam sendo sinalizadas como falsas — um processo executado tanto por usuários quanto por um algoritmo. Mas não é um sistema perfeito, especialmente agora que o entendimento sobre “notícias falsas” frequentemente é interpretado por humanos como aquelas notícias que não reafirmam suas crenças rígidas. “As pessoas tendem a marcar conteúdo com o qual não concordam”, diz Angie Holan, editora do PolitiFact, em entrevista ao Gizmodo. Saranac Hale Spencer, da americana FactCheck.org, outra parceira de verificação de fatos terceirizada do Facebook, conta que o painel é uma ferramenta útil quando se trata de identificar o que os usuários podem sinalizar como suspeito, mas o caracterizou como “meio que não digno de nota”. Ela afirma que o foco da organização é responsabilizar personalidades públicas e que o projeto do Facebook é apenas uma pequena parte do que eles fazem. “O painel não é realmente uma ferramenta para isso, se você está procurando por desinformação viral”, diz ao Gizmodo Phil Chetwynd, editor-chefe da AFP (Agence France-Presse), outra organização contratada pelo Facebook para o seu programa de verificação de fatos. Chetwynd acrescenta que a AFP tem outras ferramentas e estratégias para identificar qual conteúdo vale a checagem de fatos, incluindo ferramentas do próprio Facebook, como o CrowdTangle, mas que o painel, em seu estado atual, “muitas vezes não é de muita ajuda” para esse propósito. Um porta-voz do Facebook confirmou ao Gizmodo que o painel em seu estado atual não prioriza o conteúdo por ser viral. A AFP é uma das organizações que têm a capacidade de ver fotos e vídeos sinalizados dentro do painel. A organização de Julia também relata ter esse recurso, mas verificadores de fatos das Filipinas, da Alemanha e dos Estados Unidos dizem que ainda não têm acesso a isso e não sabem sobre quando terão. Um porta-voz do Facebook afirma que os checadores em Argentina, Brasil, França, Índia, Indonésia, Irlanda, México e Turquia atualmente têm a capacidade de verificar fotos e vídeos. A ausência dessa ferramenta não significa que os verificadores de fatos não localizem fotos e vídeos fora do sistema do Facebook. Ellen Tordesillas, jornalista que ajudou a fundar a VERA Files, uma organização sem fins lucrativos nas Filipinas, disse que eles têm feito checagem de fotos e vídeos desde 2016. A organização só iniciou sua parceria com o Facebook em abril deste ano, mas eles vêm fazendo checagem de fatos sob o National Endowment for Democracy desde a eleição presidencial de 2016. É um projeto separado do Facebook, mas Tordesillas diz que eles estão “intimamente relacionados”. A capacidade de checar fotos e vídeos é uma funcionalidade essencial, especialmente em torno de campanhas políticas, à medida que teorias da conspiração e hoaxes estão cada vez mais sendo espalhados por meios visuais, sejam eles um meme, uma imagem manipulada, um vídeo do Facebook Watch ou um arquivo de mídia tirado de contexto. E também existe um problema crescente com os deepfakes, vídeos falsos ultrarrealistas, uma nova maneira bastante preocupante de se fabricar desinformação. Um problema que até Marco Rubio decidiu enfrentar como seu projeto de estimação. Embora nenhum dos verificadores de fatos tenha especificamente mencionado os deepfakes, eles mencionaram fotos manipuladas como uma fonte de desinformação. Um porta-voz do Facebook disse que a empresa está trabalhando em soluções técnicas e humanas para os deepfakes, em um esforço que envolve o seu laboratório de pesquisas de inteligência artificial. A anatomia de uma mentiraVários verificadores detalharam como notícias falsas se espalham visualmente em suas respectivas regiões. Geralmente, elas envolvem assuntos polêmicos e campanhas políticas. A Agência Lupa, uma organização de verificação de fatos que está trabalhando com o Facebook no Brasil, disse que eles já apuraram a veracidade de duas fotos usando o painel da rede social. As duas fotos eram verdadeiras, mas foram postadas em um contexto falso. Uma delas é uma foto da prisão da jornalista Miriam Leitão. Junto com ela, vinha uma foto a acusando de participar de um assalto à mão armada a um banco durante a ditadura no Brasil, em outubro de 1968. A acusação era completamente falsa. Na época do roubo, Leitão tinha 15 anos de idade e morava em Caratinga, no interior de Minas Gerais. A foto foi tirada quatro anos depois, quando ela tinha 19 anos de idade, foi detida e ficou presa por meses enquanto estava grávida, segundo a Agência Lupa. Isso foi durante o regime militar brasileiro. Leitão foi torturada e ameaçada de estupro enquanto esteve presa, segundo o jornal O Globo, e, depois de ser solta, foi processada por participar do Partido Comunista do Brasil. Ela nunca foi acusada de participar de um roubo armado a bancos. A segunda foto era de Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. A imagem era real, mas, mais uma vez, o texto que acompanhava a foto era falso. Ele dizia que Marco Antônio, que concorre à reeleição no congresso, não iria usar seu sobrenome nas urnas para se distanciar do pai, que está atualmente preso. A acusação também era falsa. Crédito: Agência Lupa Jacques Pezet, que trabalha para a agência alemã CORRECTIV, mais uma parceira do Facebook, diz que trabalhou na verificação de um vídeo fora do painel da rede social, pois ele ainda não tem esse recurso. A organização identificou a peça depois de compartilhamentos em páginas de extrema-direita. Também houve uma sinalização por parte de um usuário do Twitter, que marcou a conta da CORRECTIV. O vídeo, feito por um turista tcheco, mostra uma equipe de cinema filmando pessoas boiando no mar. O turista afirmou de maneira incorreta que se tratava de uma encenação de mortes de refugiados no mar próximo à ilha de Creta. A acusação foi divulgada para mostrar que a mídia manipula o público com imagens falsas. Pezet diz que a pesquisa da organização mostra que a equipe estava de fato filmando uma cena, mas era para um docudrama histórico, Land of the Painful Mary, que trata dos refugiados gregos que foram, na década de 1920, realocados de Anatólia para Creta. O verificador entrou em contato com a equipe e com o diretor para confirmar que eles estavam filmando um documentário e provar que as legendas e o contexto eram falsos. Chetwynd também comenta que eles verificaram fotos reais que foram tiradas de contexto, especificamente para manipular a discussão sobre imigração. Por exemplo, ele conta ter recentemente checado um vídeo, que supostamente retratava um homem saudita atacando o funcionário de um hospital em Londres. O post foi compartilhado mais de 40 mil vezes em menos de um mês no Facebook. O incidente aconteceu e o vídeo é real, mas foi tirado de contexto "com a insinuação de que os imigrantes estão chegando e causando problemas", diz Chetwynd. Na verdade, era o vídeo era de um homem kuwaitiano cuspindo e ofendendo uma enfermeira australiana durante uma discussão sobre dinheiro em uma clínica veterinária no Kuwait.
Outro exemplo inclui um vídeo de um homem russo bêbado atacando um segurança e enfermeiras no noroeste da Rússia. Ele foi postado em uma página já removida, que se chamava "SOS anti-white racism" ("SOS racismo contra brancos", em tradução livre) e compartilhado mais de 100 mil vezes, de acordo com a First Draft, falsamente apresentando a peça como um estrangeiro atacando funcionários de um hospital francês. Chetwynd diz que o mesmo vídeo foi usado em diferentes países com diferentes contextos, incluindo Turquia, Espanha e Itália. "Sempre que você vê certos tipos de indivíduos, certas pessoas, certas personalidades se tornando parte do discurso, ou certos críticos se tornando proeminentes em uma semana ou por um certo período, você nota que eles passam a aparecer mais nesses sites dúbios que monitoramos" diz Gemma Mendoza, que lidera as iniciativas de verificação de fatos e pesquisas sobre desinformação nas redes sociais na Rappler, que fica nas Filipinas e também vem colaborando com o Facebook. "Você passa a encontrar esses padrões. Parece que há um planejamento, como se eles também estivessem em sintonia com os eventos, exceto pelo conteúdo que é, em muitos casos, fabricado", diz Mendoza. Os verificadores notaram que os sites que postam rotineiramente conteúdo falso ou enganoso se mantêm a par das notícias e frequentemente publicam informações falsas relacionadas a elas. "Somos iniamigos"Recursos para verificação de fotos e vídeos à parte, que ainda está em beta, os checadores querem que o Facebook dê mais informações sobre o impacto de seu trabalho. "Eles prometeram algumas métricas para nós", diz Mendoza. Eles já viram alguns números hipotéticos, conta, mas ainda não receberam dados exatos específicos do material verificado. Ela também nota que muitas informações falsas não vêm de apenas uma URL; elas circulam por muitos sites idênticos. A verificadora conta que gostaria de saber se o sistema está sinalizando a falsa matéria em si ou apenas a URL em que ela foi publicada. "Parece que estamos correndo atrás de sites o tempo todo sem saber se a notícia ainda está circulando no sistema", diz ela. Um porta-voz do Facebook disse que a empresa tem "processos de detecção de similaridade que usam aprendizagem de máquina para capturar notícias falsas duplicadas". Em um post publicado em junho sobre essa nova técnica, a empresa disse que "um verificador na França desmascarou o artigo que dizia que você pode salvar uma pessoa que está tendo um derrame furando seu dedo com um alfinete e retirando sangue. Isso nos permitiu identificar mais de 20 domínios e mais de 1.400 links que estavam espalhando o mesmo texto". Não está claro se a ferramenta é sofisticada o suficiente para checar todas as notícias falsas semelhantes de diferentes domínios da internet. Por outro lado, sua existência já dá uma dimensão do que esses verificadores estão combatendo. "É como um jogo de whack-a-mole [aquele jogo em que toupeiras saem de buracos e você deve atingí-las com um martelo]", diz Mendoza, descrevendo o esforço exigido para fazer com que esses sites sorrateiros parem de aparecer no Facebook. Chetwynd diz que "o que todo mundo quer do Facebook é uma melhoria na qualidade das sinalizações do que é informação e do que é desinformação", em alusão a um sistema de identificação de notícias falsas ou enganosas na plataforma. "É uma coisa que ainda estamos brigando para que eles nos forneçam." "Somos iniamigos", diz Mendoza, se referindo ao relacionamento da organização com o Facebook. Transparência não é um pedido fora da realidade. Os verificadores estão efetivamente solicitando evidências de que seu trabalho está fazendo diferença. E, quando se trata de um trabalho meticuloso — trabalho este que envolve aguentar uma ladainha de mensagens de ódio e ameaças de morte — isso ainda é muito pouco para o compromisso firmado. Assumindo a responsabilidadeEm escala global, as parcerias de verificação de fatos são, talvez, uma das maiores soluções auto-professadas do Facebook para lidar com a questão da desinformação em sua plataforma. Em vez de desenvolver uma equipe interna dedicada a atacar o problema, o Facebook terceirizou o serviço. Holan acha que isso foi muito inteligente. "O Facebook criou a plataforma e sabe como ela funciona, e nós somos verificadores e verificamos o conteúdo", diz ela. (Entretanto, dá para contestar, já que aparentemente nem mesmo o Facebook entende realmente como sua plataforma funciona.) "Eu não acho que vamos chegar a um estado de perfeição, em que não haja desinformação nas redes", diz Holan, citando a natureza humana. Mas ela também acredita que as plataformas de tecnologia estão começando a entender como controlar que tipo de informação pode proliferar. "Eu acho que aquela coisa do Alex Jones que aconteceu [recentemente]… seu conteúdo ser removido das plataformas é muito interessante, um ponto de virada, em que as plataformas aceitaram seu papel como selecionadores." Ilustração do topo: Jim Cooke/Gizmodo The post Guerra do Facebook contra as mentiras não está indo bem, dizem responsáveis por checagem de fatos appeared first on Gizmodo Brasil. |
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