terça-feira, 11 de setembro de 2018

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Pescadores encontram crânio e chifres de alce-gigante de 10 mil anos

Posted: 10 Sep 2018 02:59 PM PDT

Dois pescadores sortudos da Irlanda do Norte puxaram um crânio com enormes chifres, medindo 1,82 m de largura. O espécime extraordinário pertenceu ao extinto alce-gigante (ou alce-irlandês), que não é visto na Irlanda há mais de dez mil anos, conforme noticia o Belfast Live.

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Raymond McElroy e Charlie Coyle estavam pescando polan (um peixe-branco nativo da Irlanda) no Lago Neagh, um lago de água doce na Irlanda do Norte. Eles pescavam em uma área chamada de “Thorns” quando se depararam com os notáveis crânio e chifres, que ficaram presos em sua rede de pesca, de acordo com o Belfast Live.

“Ele veio na rede do lado do barco. Achei que fosse um pedaço de carvalho negro inicialmente”, McElroy contou ao jornal local. “Fiquei chocado a princípio, quando trouxe para perto e vi o crânio e os chifres. É muito bom.”

É, bem legal. Eu escolheria outra forma de adjetivar isso, algo que prefiro não reproduzir aqui, mas esses chifres são completamente incríveis, especialmente considerando quanto tempo eles ficaram no fundo de um lago. McElroy e Coyle fizeram a descoberta na última quarta-feira (5).

Imagem: Ardboe Gallery

Os restos, tirados de uma profundidade de seis metros, pertenciam a uma espécie extinta conhecida como alce-gigante (Megaloceros giganteus), às vezes chamada de alce-irlandês. O crânio quase intacto, com seus chifres ainda presos, mede 1,8 metro de largura, segundo o LiveScience. O crânio e os chifres ainda não foram datados, mas esse animal majestoso — a maior espécie de cervo que já existiu — desapareceu da Irlanda entre 10,5 mil a 11 mil anos atrás. O alce-gigante também existiu na Eurásia, com o último desaparecendo da Sibéria entre oito mil e seis mil anos atrás.

Versão de um artista para o alce-gigante. Imagem: Pavel Riha/Wikimedia

Há quatro anos, um osso da mandíbula inferior de um alce-gigante foi puxado do Lough Neagh basicamente no mesmo ponto, levando McElroy a suspeitar que ele pertencesse ao mesmo animal dono desse crânio e desses chifres. Os restos desses animais, a maioria dos quais foi encontrada na Irlanda, são muitas vezes localizados em pântanos e lagos.

Alces-gigantes eram realmente incríveis, medindo dois metros de altura, com os machos tendo chifres de até 3,04 m de largura. Esses chifres provavelmente eram o resultado de seleção sexual, já que não eram apropriados para o combate entre machos. Em termos de propósito, os chifres possivelmente intimidavam rivais e atraíam as fêmeas, segundo o Museu de Paleontologia da Universidade da Califórnia. Os chifres enormes representavam um fardo considerável para os alces-gigantes machos; em cima de suas cabeças, eles pesavam entre 28 e 40 quilos.

Em entrevista ao Belfast Live, o cientista Mike Simms, do Museu Ulster, disse que mudanças ambientais provavelmente causaram a extinção dessa espécie. No fim do Pleitosceno, as pradarias da Irlanda, onde o alce-gigante prosperou por milhares de anos, se transformaram em florestas. Isso foi um choque para o animal, que não conseguiu se adaptar. Um estudo de 2008 conduzido por pesquisadores da Universidade da Flórida concluiu que essas mudanças ambientais diminuíram a reprodução dos alces-gigantes pela metade.

Raymond McElroy com os chifres e o crânio de um alce-gigante. Imagem: Ardboe Gallery

O crânio e os chifres estão atualmente armazenados na garagem de McElroy até que as autoridades locais decidam o que fazer com eles. Esperamos que eles coloquem o espécime em exibição em um museu local para que todos possam vê-lo.

[Belfast Live via LiveScience]

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Novo chip da Qualcomm, Snapdragon Wear 3100 pode revitalizar mercado de smartwatches

Posted: 10 Sep 2018 02:21 PM PDT

O Google, recentemente, fez uma grande atualização no seu sistema operacional para smartwatches. O Wear OS conta com uma nova interface simplificada, melhorias no monitoramento de saúde e fitness e um novo Google Assistente mais inteligente e útil.

Mas, por melhor que isso pareça, o software é só uma parte do que você precisa para ter um bom relógio inteligente. Sem uma peça de silício correta, os fabricantes só podem melhorar até certo ponto.

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Nesse quesito, o Apple Watch está em vantagem, já que recebe um novo processador caseiro da série S todo ano. No ecossistema Android, as coisas são diferentes. A Qualcomm é responsável pelos chips de 80% dos aparelhos Wear OS, anteriormente conhecido como Android Wear.

O melhor que os fabricantes podiam fazer era optar pelo Qualcomm Snapdragon Wear 2100, lançado em fevereiro de 2016. Não estamos nem considerando o ainda mais velho Snapdragon 400, que serviu de base para o Wear 2100.

Felizmente, isso pode mudar em breve. A Qualcomm anunciou nesta segunda-feira (10) seu novo Snapdragon Wear 3100. Em vez de reduzir processadores de smartphones e enfiá-los em dispositivos vestíveis, como era com o SD Wear 2100, o novo SD 3100 é feito com smartwatches em mente.

Ele vem com 4 CPUs A7 (contra apenas uma do SD Wear 2100), que devem entregar um desempenho melhor, um novo DSP (processador de sinais digitais) e um coprocessador de potência ultrabaixa para aumentar a eficiência energética.

Esses ganhos de eficiência se traduzem em uma maior duração de bateria na vida real. Segundo a Qualcomm, os novos aparelhos com Wear OS e Snapdragon Wear 3100 terão quatro a 12 horas de uso ativo adicional em relação ao processador anterior, o 2100. A duração total da bateria deve aumentar em algo entre um dia e meio e dois dias e meio — dependendo do tamanho da bateria, claro.

A Qualcomm, inclusive, usou o novo coprocessador para um novo Modo Relógio. Assim, quando a bateria do dispositivo está acabando, você ainda consegue ver que horas são.

Para ajudar no suporte a serviços como o Android Pay, o novo chip também conta com um NFC melhor integrado. O 4G, também melhorado, deve facilitar aos fabricantes criar relógios que não precisem estar constantemente ligados a um smartphone. Há até mesmo um hub de sensores que ajuda a facilitar coisas como monitoramento constante de frequência cardíaca, entre outros dados de saúde e bem-estar.

Outra novidade é que o novo processador usa 20 vezes menos energia para criar as animações do ponteiro dos segundos, coisa que muitas faces de relógio omitiam para economizar bateria.

Há muito mais marcas fashion que de tecnologia no mercado de smartwatches, o que é bom e ruim

Infelizmente, o lançamento tem um efeito colateral: muitos smartwatches ficarão ultrapassados antes mesmo de chegarem às lojas. Até o momento, só um aparelho foi anunciado com o novo chip: o Montblanc Summit 2.

Entretanto, com uma plataforma atualizada, o Snapdragon Wear 3100 pode promover o retorno de mais empresas de tecnologia a esse nicho de mercado.

Isso é importante, pois, nos últimos anos, a maioria das estreias no ramo dos relógios inteligentes foi de marcas de moda, como a Fossil e outras. Esses modelos são legais para quem procura notificações e contagem de passos em um relógio que pareça normal. Por outro lado, essas marcas não contribuem para o progresso da categoria, em termos de novas funções e recursos.

Mas, com o Snapdragon Wear 3100, podemos esperar que tanto nerds dos gadgets quanto mais marcas chiques possam encontrar um feliz equilíbrio. Resta que eles explorem o que o chip tem a oferecer.

Imagens: Qualcomm

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Novo robô do MIT consegue manusear delicadamente objetos que nunca viu

Posted: 10 Sep 2018 01:29 PM PDT

Robôs de fábricas são muito bons em pegar objetos que foram pré-programados para manusear, mas a história é diferente quando novos objetos são colocados diante deles. Para superar essa frustrante inflexibilidade, uma equipe de pesquisadores do MIT inventou um sistema que basicamente ensina robôs como avaliar por conta própria objetos desconhecidos.

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No momento, os engenheiros têm basicamente duas opções quando se trata de desenvolver robôs feitos para agarrar objetos: algoritmos de aprendizado específico de tarefa e de agarramento generalizado. Como o nome indica, o aprendizado específico da tarefa está conectado a um trabalho em particular (por exemplo, pegar um parafuso e colocá-lo em uma peça) e normalmente ele não é generalizável para outras tarefas. O agarramento generalizado, por outro lado, permite aos robôs manusear objetos de diferentes formatos e tamanhos, mas ao custo de não conseguir executar tarefas mais complicadas, que exijam ajustes finos.

Os sistemas de agarramento robótico de hoje em dia ou são específicos demais ou básicos demais. Se algum dia chegarmos a desenvolver robôs capazes de limparem uma garagem ou de organizar uma cozinha bagunçada, vamos precisar de máquinas que consigam ensinar a si próprias sobre o mundo e todas as coisas nele. Mas, para os robôs conseguirem essas habilidades, eles precisam pensar mais como humanos. Este novo sistema desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e de Inteligência Artificial do MIT (CSAIL) nos deixa um passo mais próximos desse objetivo.

O sistema se chama Dense Object Nets (Redes Densas de Objeto, em tradução livre), ou DON. Essa rede neural gera uma impressão interna, ou um roteiro visual, de um objeto depois de uma breve inspeção visual (de cerca de 20 minutos, normalmente). Isso permite ao robô ter uma ideia do formato do objeto. De posse desse roteiro visual, o robô consegue, então, fazer a tarefa de pegar o objeto — apesar de nunca tê-lo visto antes. Os pesquisadores, liderados por Peter Florence, vão apresentar essa pesquisa em outubro, na Conferência de Aprendizagem de Robô em Zurique, na Suíça. Porém, por enquanto, você já pode checar o artigo no servidor de pré-impressão do arXiv.

Durante a fase de aprendizado, o DON vê um objeto a partir de vários ângulos. Ele reconhece pontos específicos no objeto e mapeia todos eles para formar um sistema de coordenadas gerais, o roteiro visual. Ao mapear esses pontos, o robô recebe uma impressão 3D do objeto. É importante apontar que o DON não é previamente treinado com conjuntos de dados rotulados, sendo capaz de construir seu roteiro visual de um objeto por vez sem qualquer ajuda humana. Os pesquisadores se referem a isso como aprendizado “autossupervisionado”.

O sistema DON pegando um tênis marrom. Imagem: Tom Buehler/CSAIL

Uma vez que o treinamento é concluído, um operador humano pode apontar para um ponto específico em uma tela de computador, que diz ao robô em que parte do objeto ele deve pegar. Em testes, por exemplo, um braço robótico Kuka IIWA LRB levantou um sapato pela língua e um bicho de pelúcia pela orelha. O DON também é capaz de classificar objetos por tipo (sapatos, canecas e chapéus, por exemplo) e até de discernir exemplos específicos dentro de uma classe de objetos (como diferenciar um tênis marrom de um vermelho).

No futuro, uma versão mais sofisticada do DON poderia ser usada em diversas configurações, como coletando e organizando objetos em armazéns, trabalhando em ambientes perigosos e realizando tarefas de limpeza em casas e escritórios. Olhando adiante, os pesquisadores querem refinar o sistema de tal maneira que ele saiba onde agarrar em um objeto sem intervenção humana.

Pesquisadores têm trabalhado em visão computacional por grande parte das últimas quatro décadas, mas essa nova abordagem, em que uma rede neural ensina a si própria a entender o formato 3D de um objeto, parece particularmente frutífera. Às vezes, a melhor abordagem é fazer as máquinas pensarem como humanos.

[arXiv, MIT News]

Imagem do topo: Tom Buehler/CSAIL

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Como era de se esperar, Trump está apunhalando a Apple pelas costas em relação ao acordo de impostos

Posted: 10 Sep 2018 11:15 AM PDT

O CEO da Apple, Tim Cook, tem estado bem próximo de Donald Trump e, até agora, ele tirou muito proveito dessa relação. Cook, junto com outros gigantes da indústria, buscou enormes cortes de impostos corporativos, algo que Trump ficou mais do que feliz em assinar no fim do ano passado. Isso ajudou a Apple a evitar US$ 50 bilhões em taxas, possibilitando sua recompra voraz de ações. Cook também teria garantido um tipo de compromisso de que iPhones montados no exterior não seriam sujeitos a tarifas na guerra comercial de Trump com a China.

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Bom, Cook pode ter saído na frente com os impostos, mas parece que Trump está preparando uma apunhalada em suas costas quanto às tarifas. Nesta semana, a Apple informou em um comunicado regulatório que as tarifas poderiam elevar o custo de vários produtos (e/ou seus componentes) em 25%, dizendo que US$ 200 bilhões em tarifas propostas prejudicariam os Estados Unidos mais do que a China. A Apple não incluiu o iPhone nessa lista, possivelmente por causa da imunidade prometida para esse produto específico, mas ela incluiu, sim, produtos como AirPods, Apple Watch, Mac Mini e outros. Ainda assim, como apontado pelo Washington Post, na sexta-feira (7), Trump ameaçou um adicional de US$ 267 bilhões em tarifas que “poderiam cobrir virtualmente todos os bens fabricados na China entrando nos Estados Unidos”.

Isso significação que a isenção do iPhone poderia potencialmente ser descartada, e Trump não parece feliz que a Apple não tenha ficado quieta. No sábado (8), o presidente dos EUA reconheceu quantos produtos da Apple poderia estar sujeitos a tarifas, mas propôs uma “solução fácil”: se a empresa mover sua cadeia de produção para os Estados Unidos, “haveria ZERO impostos e, na verdade, haveria um incentivo fiscal”.

(“Os preços da Apple podem aumentar por causa das enormes tarifas que podemos estar impondo à China – mas existe uma solução fácil, em que haveria ZERO impostos e, na verdade, haveria um incentivo fiscal. Faça seus produtos nos Estados Unidos em vez da China. Comece a construir novas fábricas agora. Emocionante! #MAGA”)

O Washington Post escreveu:

A Apple se recusou a comentar o tuíte do presidente.

… As tarifas são prioridade para o CEO da Apple, Tim Cook, que pessoalmente fez lobby com Trump, durante meses, em questões de impostos e comércios, até mesmo jantando com o presidente e a primeira-dama Melania Trump, em Bedminster, Nova Jersey, no mês passado. A diplomacia pessoal de Cook segue em contraste gritante com a de alguns de seus colegas na indústria tecnológica, que não se envolveram com Trump diretamente — e que, frequentemente, são alvos de tuítes muito mais agressivos do presidente atacando suas práticas de negócios.

Não está claro o que Trump quer dizer com “ZERO impostos” — provavelmente, ele está se referindo às tarifas, mas vai saber. Mas esse meio que não é o ponto: como notou o Verge, se a Apple mudasse sua cadeia de fornecimento para os Estados Unidos, isso aumentaria drasticamente os gastos, ao ponto de ultrapassar qualquer tarifa. Trump está movendo os postes novamente, criando uma situação em que a Apple (ou o próprio Trump) não pode vencer. E ele parece estar preparando o terreno para que ele torne a empresa um de seus vários bodes expiatórios no futuro.

A Apple vai ficar bem. Ela é uma empresa de um trilhão de dólares, afinal. Mas parece muito que aquela rusga da campanha está crescendo novamente e que Trump vai jogar para a Apple a responsabilidade por essas promessas vazias de que a empresa vá mudar sua produção para os EUA. Espero que a comida nos eventos na Casa Branca tenha sido boa.

[Washington Post]

Imagem do topo: AP

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E aí, qual vai ser o nome do modelo mais barato dos novos iPhones?

Posted: 10 Sep 2018 10:27 AM PDT

O grande evento da Apple do segundo semestre acontece daqui a dois dias. Então, é natural que as especulações estejam a todo vapor. Até o momento, muitas informações são conhecidas pelos rumores e vazamentos, incluindo o plano da empresa de lançar três novos iPhones, com o iPhone Xs como sucessor do iPhone X.

Entretanto, mesmo com o lançamento tão próximo, ainda há alguma controvérsia em relação aos nomes dos outros dois aparelhos. Na semana passada, apareceram reportagens dizendo que o novo iPhone de tela de 6,5 polegadas — o maior dos três — se chamará iPhone Xs Max. Ou seja, a Apple vai deixar o apelido "Plus" de lado em 2018.

É uma mudança considerável, apesar de não ser típica da marca. O salto de uma tela de 5,5 polegadas do iPhone 8 Plus para uma de 6,5 polegadas é mais do que suficiente para justificar um novo nome. Mas e o aparelho de 6,1 polegadas, que, segundo os rumores, terá uma tela LCD em vez de uma OLED, que é mais cara, e um preço relativamente mais acessível?

Até essa semana, eu tinha mentalmente chamado o iPhone de 6,1 polegadas de iPhone XE, em referência ao iPhone SE, o único celular de preço razoável que a Apple vende atualmente. Entretanto, parece que eu errei uma letra. De acordo com uma foto tirada em uma reunião de uma operadora de telefonia chinesa, a Apple pode chamar esse modelo de "iPhone XC", um retorno ao colorido iPhone 5C de 2013. Para deixar tudo ainda mais confuso, a mesma apresentação também indica que o iPhone de 6,5 polegadas terá o nome de "iPhone XS Plus" — nada de "Max", como apontavam os rumores.

Mas a loucura de adivinhação de nomes acaba aí. Hoje, a Bloomberg noticiou que um dos possíveis nomes para o iPhone mais barato é "iPhone Xr", algo completamente dissociado dos esquemas de denominação usados nos produtos anteriores da marca.

E aí? É só um nome, então porque todo mundo se importa tanto com isso? Um dos grandes motivos é o preço. Mesmo com uma tela pior, se o iPhone de 6,1 polegadas vier com bordas finas e Face ID e por um preço mais próximo da faixa dos US$ 650 do que dos mais de US$ 1.000 do novo iPhone Xs, ele pode ser o aparelho mais interessante entre os três, e o nome é uma forma de indicar isso.

De qualquer forma, descobriremos isso em dois dias. Qual a sua aposta para os nomes?

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Estes cientistas formaram um esquadrão no Fortnite para ensinar os jogadores sobre mudanças climáticas

Posted: 10 Sep 2018 09:53 AM PDT

Entre os 125 milhões de jogadores de Fortnite, você vai achar gente famosa como o rapper Drake, o jogador francês Antoine Griezmann, entre outras personalidades. Mas tem um novo esquadrão na área que está interessado em muito mais que apenas vender álbum. O fato é que agora cientistas estão desbravando o mundo dos games para falar sobre as mudanças climáticas.

Claramente, esse talvez seja um dos meios mais esquisitos para se falar sobre o assunto, mas, ao tirar a ciência das salas de aula e levar a um dos games mais populares do mundo e à plataforma de streaming Twitch, os pesquisadores esperam tornar o assunto da mudança climática mais acessível.

Veja como jogar Fortnite no seu Android
Transmissão do jogo Fortnite bate recorde no Twitch com participação de Drake

A semente dessa ideia foi plantada no Twitter em julho, quando a cientista Katharine Hayhoe disse que o tráfego de vídeos do Fortnite do seu filho já tinham superado as visualizações de vídeos dela falando sobre questões climáticas. Isso é impressionante, Hayhoe é uma porta-voz conhecida no meio por militar pela questão climática.

“O webminar que eu subi no YouTube na última semana tem 1.000 visualizações. O vídeo do Fortnite que meu filho de 11 anos subiu ontem tem mais de 10 mil visualizações”

A situação fez o estudante de graduação Henri Drake pensar: por que não juntar um grupo de cientistas especializados no assunto para jogar Fortnite? Ele falou sobre a ideia no Twitter e disse ao Earther que conseguiu reunir 20 cientistas e comunicadores dessa área. E então foi formado o esquadrão.

Se você vive escondido e não sabe direito o que é o Fortnite, trata-se de um jogo multiplayer em que 100 jogadores são colocados em uma ilha virtual para batalhar. O objetivo é simples: ser o esquadrão de quatro pessoas que sobrevive. Durante o game, você junta armas e materiais para construir fortes, rampas e outras estruturas que pode ajudar seus companheiros de jogatina. Para aumentar a velocidade do jogo, há uma tempestade tóxica que pode matar o personagem se você estiver nela, reduzindo o campo de batalha e forçando os esquadrões a um combate mais feroz. Em média, uma partida dura menos de 20 minutos.

Drake e uma série de especialistas em clima têm jogado o game duas vezes por semana nos últimos meses e conversando sobre tópicos que vão de política climática ao estado da criosfera (regiões da Terra cobertas de gelo). Além de Henri Drake definir os parâmetros, eles também recebem perguntas pelo Twitch. Drake disse que tem jogado Fortnite por alguns meses, mas boa parte dos novos jogadores está aprendendo o game.

"Joguei algumas vezes, mas meus filhos descrevem meu jogo como um lixo", disse Andrew Dessler, um pesquisador do clima da Texas A&M University, ao Earther.

Dessler e seus dois filhos se juntaram a Henri Drake para o esquadrão inaugural há algumas semanas. No vídeo da vitória deles, Dessler e  Henri Drake conversam sobre as eleições para o congresso nos EUA e o que elas significam para as políticas climáticas — tudo isso enquanto coletam armas no jogo e criando barreiras. A conversa volta para o Fornite logo que rola uma tempestade, que acaba encolhendo o campo de jogo, e com os filhos de Dessler respondendo aos ataques até que eles saíssem vitoriosos. A ação é real, e a conversa, motivo pelo qual Dessler gosta de jogar o game, interessante.

"Um monte de coisas relacionadas a comunicação sobre clima não é divertida", disse Dessler. "Não é divertido escrever artigos de opinião. Mas isso [jogar] é divertido, e você pode fazer isso mesmo que tenha um impacto pequeno."

"Surpreendentemente, todos os cientistas têm se tornado bons jogadores", disse Henri Drake, elogiando Dessler como o "melhor pai jogador de Fornite". Ele disse que os jornalistas e comunicadores que passaram a fazer parte do esquadrão ainda estão melhorando.

Eu sou um dos jornalistas. Minha primeira vez jogando Fortnite foi na semana passada, e rapidamente eu descobri que sou bem ruim. Minha capacidade de ser pego na tempestade e morrer foi igualada apenas pela minha capacidade de ser rapidamente morto na única vez que eu sobrevivi tempo suficiente para me deparar com outros jogadores. Falar sobre eras glaciais — nosso tópico naquela noite — estava fora de cogitação, enquanto eu me embananava com as armas e tentava mudar de direção enquanto corria. O maior sucesso foi nosso esquadrão chegar ao round 31, algo a que eu, infelizmente, não ajudei tão ativamente quanto queria.

Apesar de não ter havido questões na sessão do Twitch quando jogava, Henri Drake disse que, anteriormente, o esquadrão recebeu perguntas de uma audiência que mostrava um profundo conhecimento de ciência. "Espero que a gente consiga impactar pessoas sem muito conhecimento, mas que estejam abertas a conhecer melhor."

Jogar com o esquadrão de Henri Drake também ressaltou alguns desafios que ainda existem no ramo de comunicação sobre o clima. Havia três de nós, e escolhemos um quarto jogador aleatório para completar o time. Após ouvir Henri Drake falar sobre mudança climática, o jogador disse que houve um período quente em 1930 e usou isso para questionar o que está acontecendo com o clima atualmente.

Drake — que estuda modelagem de clima e circulação de oceano — e Ryley Brady, nosso terceiro jogador e doutorando que estuda biogeoquímica do oceano na Universidade do Colorado não estavam preparados para responder a esse jogador. Dito isso, convencer céticos a aceitar a ciência do clima em um jogo não é bem um objetivo final.

"Essas pessoas não querem ser convencidas", disse Dessler. "A ideia é falar com pessoas que não têm uma opinião formada."

Eu iria além ao dizer que Fortnite é uma forma de atingir pessoas que têm uma opinião sobre as mudanças climáticas, mas que não a expressam por aí. O Programa de Yale de Comunicação de Mudança Climática descobriu que dois terços dos americanos estão interessados em mudança climática, mas quase 70% dos americanos raramente discute o assunto com amigos e a família. E a maioria dos americanos raramente tem a chance de falar com cientistas.

Fortnite e transmissões via streaming têm grande potencial para começar a reduzir essa lacuna. Com um pouco de trabalho, Drake poderia ser tornar um Ninja (o jogador mais famoso de Fortnite) do clima. Ele provavelmente também precisa ter companheiros melhores para que as partidas também sejam divertidas.

E, ei, pode ser você. Se você tem interesse, é necessário fazer uma inscrição. Você também pode acompanhar o Climate Fortnite Squad no Twitter, vê-los no Twitch ou adicionar o Drake no Fortnite. Ele está lá no jogo como ClimateScientist, um identificador super fácil de se lembrar.

Imagem do topo: Captura de tela do YouTube

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Sonda Curiosity, da NASA, tirou uma bela selfie sob os céus empoeirados de Marte

Posted: 10 Sep 2018 08:16 AM PDT

Uma nova foto panorâmica de 360 graus capturada pela sonda Curiosity é uma das melhores já feitas. As fotos usadas para criar essa imagem foram tiradas pela Curiosity em 9 de agosto de 2018, na cordilheira Vera Rubin, onde a intrépida sonda vem trabalhando nos últimos meses. A imagem mostra o icônico céu colorido do Planeta Vermelho, embora seja um pouco mais escura do que o normal, devido a uma tempestade de poeira que se dissipou.

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A colega da Curiosity, a sonda Opportunity, está atualmente do outro lado do planeta, onde a tempestade foi muito pior. A NASA teve que colocar a Opportunity em modo de hibernação graças à escuridão causada pela tempestade de poeira, que impossibilitou os painéis solares da sonda de coletarem energia. Não se sabe quando a Opportunity voltará à ativa — ou mesmo se voltará.

A visão panorâmica em 360 graus completa. Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS

De qualquer forma, a Curiosity não parece ter sido afetada pela tempestade, porém, como a nova imagem panorâmica mostra, uma boa quantidade de poeira ficou sobre sua superfície. A sonda pousou em Marte em 6 de agosto de 2012 e, desde então, tem coletado poeira consistentemente, sem ninguém por perto para dar uma limpada nela.

A NASA diz que a Curiosity nunca pesquisou uma área com tamanha variação em cor e textura.

“A cordilheira não é algo monolítico — ela tem duas seções distintas, cada uma das quais com uma variedade de cores”, disse em um comunicado Ashwin Vasavada, cientista de projeto da Curiosity na Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, na Califórnia. “Algumas são visíveis aos olhos e, mais do que isso, aparecem quando olhamos em infravermelho, pouco além do que nossos olhos podem ver. Algumas parecem relacionadas com o quão duras as rochas são.”

De fato, rochas duras são motivo de preocupação no momento. A tentativa mais recente de perfuração da Curiosity foi bem, mas as duas anteriores de extração de amostras de rocha não foram tão frutíferas, com a broca da sonda sendo incapaz de penetrar algumas rochas incomumente duras. A sonda de seis rodas tem usado um novo método de perfuração nos últimos meses como forma de contornar um problema mecânico. Até agora, a nova técnica tem funcionado bem, igualando a eficácia do método anterior. A NASA diz que a antiga técnica não teria funcionado em rochas duras e que isso não era uma limitação do novo método.

A NASA não tem como saber o quão dura uma rocha será antes de perfurá-la, com os controladores de missão tendo que arriscar. Como escreve a NASA:

A melhor maneira de descobrir por que essas rochas são tão duras é perfurá-las em um pó para os dois laboratórios internos do veículo. Analisá-las pode revelar o que está agindo como “cimento” na cordilheira, permitindo que ele permaneça de pé apesar da erosão eólica. Muito provavelmente, disse Vasavada, a água subterrânea que flui através da cordilheira no passado antigo teve um papel em fortalecê-la, talvez atuando como um encanamento para distribuir esse “cimento” à prova de vento.

Grande parte da cordilheira contém hematita, um mineral que se forma na água. Existe um sinal de hematita tão forte que chamou a atenção dos orbitadores da NASA como um farol. Poderia alguma variação na hematita resultar em rochas mais duras? Existe algo especial nas rochas vermelhas da cordilheira que as torna tão inflexíveis?

Olhando para a programação a seguir da Curiosity, a sonda vai extrair mais duas amostras de rocha neste mês. No começo de outubro, a sonda subirá mais alto no Monte Sharp, à medida que se encaminha para áreas ricas em argila e materiais de sulfit. Ela, sem dúvidas, coletará dados científicos importantes, mas também estamos ansiosos pela vista da sonda a partir desse ponto mais alto.

[NASA]

Imagem do topo: NASA/JPL-Caltech/MSSS

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Microsoft irá cobrar assinatura para continuar atualizando o Windows 7 após 2020

Posted: 10 Sep 2018 06:47 AM PDT

As atualizações de segurança para o Windows 7 vão até o dia 14 de janeiro de 2020. Depois dessa data, a Microsoft interromperá o ciclo de updates e as chances de o sistema receber atenção se reservarão aos casos de falhas extremas, como aconteceu no ano passado com o WannaCry e o Windows XP.

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A companhia, no entanto, decidiu criar um plano de assinatura para algumas versões do Windows 7. Por uma taxa ainda não revelada, e que ficará mais cara a cada ano, os usuários poderão optar por receber atualizações até 2023.

O anúncio foi feito em uma publicação oficial da empresa e diz que as Atualizações Estendidas de Segurança para o Windows 7 serão vendidas em um modelo de serviço e estarão disponíveis para todos os consumidores que possuem o Windows 7 Professional e Windows 7 Enterprise. Essa assinatura garantirá ainda o suporte estendido ao Office 365 ProPlus.

Os valores ainda não foram revelados.

Os consumidores que utilizam o Windows 7 Home, versão comum entre os usuários domésticos, não terão essa opção de assinatura. Isso porque a medida da Microsoft é focada justamente para as empresas, que são mais vulneráveis a ataques e brechas de segurança e costumam adiar atualizações de sistema operacional por riscos de perda de compatibilidade de seus softwares.

O abandono do suporte ao Windows 7 parece natural, mas o sistema ainda é parte importante do ecossistema da Microsoft. De acordo com dados de agosto da StatCounter, essa versão do sistema ainda está presente em 38,6% dos computadores no mundo – é o segundo Windows mais popular, perdendo apenas para o Windows 10, que está em 48,1% das máquinas.

O prazo para atualizar do Windows 7 para o Windows 10 de forma gratuita acabou faz tempo, foi em julho de 2016. Se você quiser a mais nova versão do sistema operacional da Microsoft, precisará desembolsar R$ 559,99 pela versão Home ou R$ 809,99 pela Professional.

Entramos em contato com a assessoria da Microsoft no Brasil para saber mais sobre esses planos por aqui e atualizaremos a publicação quando obtivermos resposta.

[Forbes, Microsoft]

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Mapa em altíssima resolução revela detalhes sem precedentes da Antártida

Posted: 10 Sep 2018 05:57 AM PDT

Bons mapas das regiões polares da Terra estão surgindo com bastante frequência. Nos últimos tempos, vimos um mapa que mostra a espessura de toda a camada de gelo da Antártida e outro que mostra os contornos rochosos ocultos da Groenlândia em detalhes sem precedentes.

• A busca pelo avião da Malaysian Airlines rendeu dados incríveis para a ciência
• Esta bela vista da Via Láctea é o maior mapa já feito da nossa galáxia
• Seriam as "cicatrizes" do fundo do mar da Antártida um prenúncio do que vem por aí?

Este novo mapa do terreno da Antártida é bem especial. Não é apenas por ser o mapa de maior resolução do continente congelado, mas por ser o mapa de maior resolução já produzido, levando em consideração todos os continentes.

O mapa que você vê abaixo – liberado na semana passada por um consórcio de pesquisadores – é a primeira versão do Modelo de Elevação de Referência da Antártida (REMA, na sigla em inglês), uma iniciativa financiada pela National Science Foundation para a produção de modelos digitais de altíssima qualidade sobre a região.

Com a cobertura de aproximadamente 98% da Antártida a uma latitude de 88 graus ao sul (há um pequeno buraco bem no Polo Sul devido à falta de cobertura por satélite), o mapa tem uma resolução de 2-8 metros.

Se a gente levar em consideração que os humanos praticamente não puseram os pés em muitas regiões da Antártida, dá para entender o porquê do mapa ser impressionante.

“Até agora, tínhamos mapas de Marte melhores do que os da Antártida”, disse Ian Howat, glaciologista da Universidade do Estado de Ohio, que liderou o mapeamento, em um comunicado à imprensa. “Agora é o continente mais bem mapeado”.

A península Antártica. Imagem: REMA

O mapa baseia-se em centenas de milhares de pares de imagens estereoscópicas coletadas por satélites que orbitaram a região entre 2009 e 2017, de acordo com o site do REMA. Dados de altimetria de satélite também foram utilizados para registrar a elevação precisa de todos os pontos.

Os dados foram inseridos em um supercomputador para montar o mapa topográfico em escala continental, com um tamanho total de arquivo de mais de 150 terabytes.

O mapa, que pode ser atualizado continuamente com novos dados, irá ajudar diversos projetos de pesquisa, indo desde investigações sobre a mudança da cobertura de neve com a movimentação do gelo, passando pelo desgaste de geleiras ou até mesmo mudanças na atividade vulcânica.

Os cientistas também podem utilizar o mapa para planejar expedições de campo a regiões não exploradas do continente.

Geleira de Thwaites na Antártida ocidental. Imagem: REMA

Por fim, o mapa ajudará a validar e referenciar os dados coletados pelo ICESat-2, o novo laser espacial de varredura de gelo da NASA que entra em órbita na próxima semana.

“Isso é INCRÍVEL”, disse ao Gizmodo o cientista do programa de Criosfera da Nasa, Tom Wagner, por e-mail. “Estamos imaginando as regiões polares em um nível de granularidade que nunca foi possível”.

Você pode saber mais sobre como essa primeira versão do mapa foi desenvolvida e explorar os dados neste link (em inglês). Você também pode fazer o download de versões de alta resolução do mapa para imprimir e colocar na parede se quiser um lembrete permanente sobre como a Antártida era em 2018.

O novo mapa topográfico da Antártida. Imagem: REMA

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[Review] Moto E5 Plus: a bateria se garante, o desempenho derrapa

Posted: 10 Sep 2018 04:52 AM PDT

O primeiro Moto E chegou lá no primeiro semestre em 2014 como aparelho de entrada da Motorola — ele era a versão mais barata do Moto G, que era a versão mais barata do Moto X — que até então era a sensação da marca por entregar um ótimo desempenho e truques de software realmente úteis sem precisar de especificações de outro mundo.

De lá pra cá, mais de quatro anos se passaram, e a linha de aparelhos da marca teve uma multiplicação considerável. Uma nova linha de entrada (Moto C) e uma nova linha de topo (Moto Z) foram lançadas. Agora, são cinco famílias, e a ordem alfabética segue da mais básica para a mais avançada: C, E, G, X e Z. Além disso, alguns modelos têm suas versões Play, mais acessíveis, e Plus, que trazem algo a mais.

O Moto E5 Plus, olhando para esse “mapa”, é um smartphone intermediário básico (linha E) com algo a mais (Plus). Esse “algo a mais” é bem explícito ao olhar as especificações do modelo: ele conta com uma bateria de capacidade de 5.000 mAh. De resto, o conjunto é o mínimo que se espera de um smartphone em 2018, com 2 GB de RAM, 16 GB de armazenamento e processador quad-core.

O quanto um aparelho desses supre as minhas necessidades? A quem um aparelho desses se destina? Essas foram duas das perguntas que tentei responder em três semanas usando o Moto E5 Plus.

Design

A Motorola fez um belíssimo trabalho com os novos aparelhos das famílias Moto E e Moto G. Os cantos do display são arredondados, o que dá aquele charme especial. Há bordas consideráveis nos lados e bem grandes acima e abaixo da tela, mas, mesmo assim, o aproveitamento do espaço é muito bom. Na lateral direita, ficam os botões — bem moles, por sinal — de ligar e volume. Na esquerda, a gavetinha para dois chips nanoSIM e um cartão microSD. Ela é do tipo que exige uma agulha para abrir. Na parte inferior, uma saída microUSB comum — nada de tipo C. Na parte de cima, uma saída P2 para fones de ouvido.

A traseira, como já disse, é curvada, o que dá uma pegada legal para o aparelho. Apesar do tamanho, ele é confortável para usar, e o plástico dá uma boa aderência na mão. Mesmo assim, o aparelho escorregou diversas vezes nos dias que esteve comigo — bastava colocá-lo em uma superfície um pouquinho inclinada e lá ia ele para o chão. Felizmente, ele não só sobreviveu como saiu ileso a todas as quedas.

Na parte de trás também tem um leitor de impressões digitais, que fica numa altura boa. O módulo da câmera parece ser o mesmo de outros modelos: um conjunto circular que abriga uma única lente (apesar de haver ali um espaço que parece destinado a uma segunda) e o flash LED.

O Moto E5 Plus está bem longe de parecer um celular barato. A tela grandona, de 6 polegadas e proporção 18:9, a traseira curvada reluzente e a borda imitando cromado dão a famosa presença para o smartphone. Mas basta tocar para perceber que é tudo plástico, até com certo aspecto emborrachado.

Eu, inclusive, tenho minhas dúvidas se o acabamento imitando metal na borda tem uma boa durabilidade. Já tive um Samsung SII Lite que tinha alguma coisa parecida com isso no revestimento da borda e descascou bastante com o passar dos anos. Bom, não dá para fazer milagres em um celular de cerca de R$ 800.

Usando

O Moto E5 Plus mantém a tradição que a Motorola traz desde os tempos de Google: um sistema limpo, sem grandes modificações, praticamente sem bloatware. O aparelho vem com os apps do Google; o App Box com links para baixar aplicativos úteis (ou não); o Notificações Moto, com atualizações da marca e pesquisas de satisfação; o Moto, com recursos extra para o aparelho. Nada de joguinhos, redes sociais ou suítes de escritório de parceiras comerciais pré-instalados.

O Moto, aliás, é bem mais básico na linha Moto E do que nas mais caras da Motorola. Recursos como girar o aparelho para abrir a câmera ou chacoalhar para acender a lanterna não estão presentes aqui. A lista de recursos inclui o Moto Tela, que mostra estado da bateria, horário e notificações, um modo noturno que bloqueia luz azul do visor e a opção de manter a tela acesa enquanto o usuário estiver olhando para ela, bastante útil.

Não há tanto espaço livre assim para armazenamento. Dos 16 GB anunciados, 5,32 GB já vêm ocupados pelo sistema. O que sobra para o usuário, porém, até que dá bem para o gasto.

Em duas semanas de uso, eu baixei toda minha biblioteca do Spotify na chamada qualidade "Normal" (a opção de download que ocupa o menor espaço) e as mais de 1.300 faixas couberam. Ainda tive espaço para instalar mais de 50 apps, entre coisas que uso no dia a dia, coisas para testar e outras que baixei por pura curiosidade. Sobrou menos de 1 GB, é verdade, o que quer dizer que talvez não seja má ideia já deixar uma ferramenta para limpar a memória, como o Files Go, preparada. O Moto E5 Plus aceita dois chips e um cartão de memória microSD em sua gaveta, todos ao mesmo tempo, o que também pode ser uma boa opção para quem quer mais espaço.

O processador do Moto E5 Plus é um Snapdragon 425. O chip é um quad-core, com clock de 1,4 GHz. Além disso, completam o conjunto voltado para fazer a mágica acontecer 2 GB de RAM e o chip gráfico Adreno 308.

O conjunto é bem básico, e você vai acabar enfrentando as restrições esperadas em um aparelho de entrada. Eu consegui fazer praticamente tudo que faço com meu próprio smartphone, mas a lentidão é bem marcante e irrita em alguns momentos.

Rolar pelas telas não é nada suave: há uns solavancos para puxar o Google Assistente na tela inicial, por exemplo, e para rolar entre os cards dele. O Instagram e o Nubank travaram e precisaram ser fechados, e praticamente todo aplicativo demora para abrir. O reconhecimento de voz do Google não funciona com a mesma prontidão que estou acostumado, e a demora para dar um feedback para o usuário me deixou perdido várias vezes.

Enfim, acho que já deu para perceber que desempenho não é o forte do Moto E5 Plus.

"E qual o ponto forte dele?" Eu dou a resposta sem pensar duas vezes: bateria.

Os 5.000 mAh garantem muito tempo fora da tomada. Muito mesmo. Em períodos de uso mais moderado, eu consegui fazer uma recarga durar mais do que dois dias inteiros. Eu só precisava recorrer ao carregador na manhã do terceiro.

Mesmo usando bastante, com brilho de tela em 50%, o Moto E5 Plus não gastava tanto. Certamente, a resolução HD+ da tela ajuda na economia — diferente do que acontece com as FullHD que se tornaram bastante comuns no mercado ao longo dos últimos anos.

É bateria suficiente para aguentar muito bem dois dias longe da tomada, mesmo usando muito. É ótimo saber que você pode sair de casa com 30% de carga sem ter que se preocupar com tomadas, powerbanks ou ficar regulando seu próprio uso.

Câmera

A câmera traseira de 12 megapixels do Moto E5 Plus cumpre bem o que se pode esperar de um smartphone básico. As fotos tiradas com boa iluminação apresentam boa fidelidade de cores e um nível de detalhes bastante aceitável para postar em redes sociais. Não é nada de cair o queixo ou ficar impressionado, mas não faz feio. Há alguma tendência a estourar pontos de alta luminosidade. À noite, o nível de detalhes cai bastante, e as fotos saem quase sempre tremidas.

Conclusão

O Moto E5 Plus não é um aparelho para mim e muito provavelmente não é para você, leitor do Gizmodo fissurado em tecnologia. Meu dia a dia com o celular envolve vários apps, com grande foco em redes sociais e trabalho, então o multitarefas precisa funcionar e o armazenamento precisa dar conta de tudo. São dois aspectos em que o Moto E5 Plus falha.

Eu iria detestar usar este telefone no meu dia a dia — tanto que interrompi o teste alguns dias antes de devolver o aparelho e voltei a usar meu próprio smartphone, que é mais rápido e tem mais espaço de armazenamento. Para ser justo com o Moto E5 Plus, eu provavelmente teria feito a mesma coisa com outros telefones da mesma categoria. Mas talvez ele não seja tão ruim assim para quem usa pouco ou tem um uso limitado em apenas alguns apps.

Usuários que não lotam o smartphone de aplicativos, não esperam qualidade alta em transições de tela, não dependem do multitarefas podem se dar bem com ele. A bateria garante um ótimo período longe da tomada e o design é bem carismático, além de ser bastante confortável para as mãos, com a traseira curvada, e para os olhos, com a tela de 6 polegadas.

Eu penso bastante nos meus pais quando digo isso: eles usam o celular basicamente para redes sociais, WhatsApp e aplicativos de banco — coisa que o Moto E5 Plus cumpre bem. Eles também sofrem com a pouca duração de bateria, se esquecem de carregar e ficam incomunicáveis — outro ponto em que o Moto E5 Plus se destaca.

Só que aí chegamos em outro problema: o preço. O Moto E5 Plus está custando por volta de R$ 800. Com um pouco a mais que isso, entre R$ 850 e R$ 900, dá para levar um Moto G6 Play, que tem bateria um pouco menor, mas ainda assim grande (4.000 mAh), o dobro de memória de armazenamento (32 GB) e mais RAM (3 GB).

Há ainda opções mais interessantes em uma faixa de preço parecida (como o Samsung Galaxy J7 Prime) ou equivalentes por um valor menor (o Moto E4 Plus, seu antecessor, não é tão pior e sai por cerca de R$ 650).

Em um cenário tão concorrido, eu esperaria o Moto E5 Plus cair um pouco mais de preço para se tornar um bom negócio — desde que você não dependa de desempenho.

Especificações

Processador: Qualcomm Snapdragon 425
Sistema: Android 8.0
Memória: 16 GB de armazenamento com 2 GB de RAM
Câmeras: 12 megapixels (traseira) f/2.0 e 5 megapixels (frontal) f/2.0
Tela: 6" HD+ com proporção 18:9
Bateria: 5.000 mAh
Dimensões: 160,9 x 75,3 x 9,35 mm (A x L x P)
Peso: 196,6 gramas
Portas: fone de ouvido convencional e microUSB
Sensor biométrico na traseira

Atualizado

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