quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Gizmodo Brasil

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O desastroso projeto de lei de direitos autorais da Europa volta a ameaçar a internet

Posted: 11 Sep 2018 03:30 PM PDT

Em julho, um comitê do Parlamento Europeu votou pelo prosseguimento de uma nova legislação de direitos autorais. O novo texto poderia mudar totalmente o jeito de a internet funcionar, ameaçando a existência de tudo, de enciclopédias a memes. Na quarta-feira, emendas serão votadas, e o futuro da rede mundial de computadores está em jogo.

A Diretiva de Direitos Autorais da União Europeia era, originalmente, um conjunto bem mais tímido de reformas, diz Julia Reda, membro do Parlamento Europeu pela Alemanha. No primeiro semestre, entretanto, a legislação se tornou extremamente controversa com a inclusão dos artigos 11 e 13.

Críticos dizem que essas duas propostas equivocadas sufocariam a inovação, dariam mais poder a grandes monopólios, prejudicariam o fluxo de informações e, de modo geral, transformariam a web em um lugar bem chato.

Como uma nova legislação europeia de direitos autorais pode arruinar a internet como a conhecemos

Mais de 70 dos mais proeminentes especialistas em tecnologia do mundo (incluindo Tim-Berners Lee, o inventor da world wide web) condenaram a diretiva de direitos autorais em uma declaração conjunta publicada em junho. Ela se aplicará a tantos países e será tão complicada que há motivos para acreditar que ela simplesmente se tornaria o padrão de faco para todo o mundo.

Em junho, o Comitê Legislativo da UE decidiu avançar com o debate e seguir para uma votação completa do parlamento, mas o clamor público e protestos de rua garantiram que seria inevitável discutir as emendas. Outras manifestações recentes, entretanto, tiveram impacto muito menor, e paira um temor de que a atenção da opinião pública tenha diminuído.

Infelizmente, disse Reda ao Gizmodo em uma entrevista por telefone, é provável que essa coisa seja aprovada de qualquer forma — é apenas uma questão de quão disruptiva isso será para todos nós.

"O imposto sobre links"

O artigo 11 é, principalmente, resultado da pressão de grandes conglomerados de imprensa. Eles fizeram lobby por uma legislação que forçasse grandes plataformas, como Google e Facebook, a pagar pelo privilégio de linkar uma organização jornalística.

As empresas viram uma queda no número de leitores à medida que o público foi de mudando, pouco a pouco, para mecanismos de pesquisa e mídias sociais como forma de se manter informado, deixando de visitar as páginas de jornais e revistas.

Essa parte da diretiva de direitos autorais também foi chamada de imposto sobre links ou imposto sobres snippets, como são chamados aqueles trechinhos que você vê nos resultados de busca. Ela daria proteções de direitos autorais ao editor, não ao autor da peça.

Essas restrições proibiriam um site de usar uma citação ou um título de um artigo, ou mesmo colocar um link a ele, a menos que esse site pague por uma licença de link. Os rendimentos das taxas de licenciamento iriam para os editores e compensariam as perdas de receita que vieram com a era da informação.

As notícias, hoje, se espalham por agregação, links nas redes sociais, assuntos quentes e resultados de busca — a era de ir até a banca pegar seu jornal simplesmente ficou para trás. Mesmo assim, algumas empresas acham que podem reverter o tempo.

Reda nos disse que os que apoiam o imposto não entendem direito quais são as prioridades de plataformas como o Google. "Eles ganham dinheiro por propagandas que, geralmente são mais atraentes próximas a posts pessoais ou buscas sobre produtos do que sobre notícias", diz a parlamentar. "Portanto, o resultado seria que essas plataformas simplesmente parariam de linkar."

De fato, uma lei semelhante na Alemanha foi considerada um fracasso. Quando tentaram algo semelhante na Espanha, o resultado foi o fechamento do Google News. Um estudo encomendado pela União Europeia encontrou "poucas evidências de que o declínio nas receitas de jornais tenha a ver com atividades de agregadores de notícias ou motores de busca".

Obviamente, isso é tão ruim que o artigo 11 provavelmente vai prejudicar as próprias empresas de mídia, além de dificultar a cobertura de eventos em tempo real e o acesso do público à informação. Entretanto, há uma ameaça ainda pior para a liberdade de informação quando se trata de entidades sem fins lucrativos, como a Wikipedia.

Reda disse ao Gizmodo que, se a medida fora adotada, "a Wikipedia teria que passar por todos os artigos existentes e verificar em quais deles há links para notícias como fonte de informação e se eles ainda podem estar lá".

Essa ameaça à Wikipédia tem se mostrado um incômodo para quem defende a diretiva de direitos autorais. O clamor popular resultou em exceções específicas para enciclopédias online. Os críticos, no entanto, argumentam que a linguagem jurídica usada é inadequada e ainda deixa esses casos vulneráveis a punições.

Muitas emendas e exceções diferentes estão sendo discutidas. Elas vão de proteger empresas como eBay e Dropbox a excluir qualquer site que tenha menos de € 2 milhões de receita por ano. Reda acredita que todas as exceções "têm um pouco de risco". Ela indica um ponto cego no fato de que a Wikipedia se baseia no Wikimedia Commons para as mídias embutidas. O serviço não estaria coberto por nenhuma das exceções, o que nos leva a outras partes perigosas dessa legislação.

"Máquinas de censura"

Enquanto o artigo 11 ameaça o livre fluxo de informações, o artigo 13 propõe um sistema potencialmente destruidor de requisitos de proteção de direitos autorais. Ele seria um desastre para uso justo (fair use), memes, arte, privacidade, fandom e vlogs bobocas.

O texto essencialmente pede que os sites impeçam o upload ilegal de qualquer material protegido por direitos autorais. Ele exige que sites implementem um sistema de identificação de conteúdo semelhante ao que o YouTube tem — e gasta milhões de dólares em desenvolvimento e manutenção. Na verdade, a União Europeia pode, potencialmente, requerer algo ainda melhor do que o que o YouTube tem.

Sanções mais duras podem ser aplicadas a uma plataforma que venha a permitir o upload de conteúdo protegido, mesmo que seja um usuário que faça essa postagem. O YouTube usa um sistema que previne que usuários postem vídeos sem autorização. A plataforma, porém, acaba deixando alguns conteúdos protegidos passarem por seus filtros. Nestes casos, ela remove o objeto caso o detentor do direito faça uma requisição.

Pelas novas regras da União Europeia, um site pode estar cometendo uma violação caso falhe em impedir o conteúdo antes que ele seja postado. Sim, a União Europeia acredita que existe algum tipo de tecnologia mágica que ninguém nunca inventou.

O próprio sistema de identificação de conteúdo do YouTube é bem ruinzinho. Ele frequentemente identifica de maneira incorreta trabalhos como sendo de propriedade de gravadoras ou cede a trolls de copyright que alegam propriedade de tudo, de vídeos educacionais a ruído branco a passarinhos cantando.

"Isso acontece sempre pois esses filtros de upload não são capazes de entender contexto, nem de entender exceções aos direitos autorais como paródias e citações, e também não entendem o que é domínio público", diz Reda.

Um fator que complica ainda mais esses requisitos é que a legislação não define de maneira clara o que é um sistema de identificação de conteúdo. O artigo 13 apenas sugere o uso de "tecnologias efetivas de reconhecimento de conteúdo" para evitar que um site descumpra a lei.

Alguns acreditam que um banco de dados centralizado será criado para todas as plataformas que não poderiam pagar para ter seu próprio sistema interno. Isso permitiria que os detentores de direitos autorais enviassem suas reivindicações de propriedade, que seriam levados em consideração quando novos uploads fossem feitos.

O problema é que não há penalidades previstas para quem fizer reivindicações fraudulentas de direitos autorais. Além disso, cada site teria que tomar suas próprias decisões sobre se vale a pena correr o risco de ir parar na justiça por causa de uma alegação desse tipo.

Então, quando alguém disser que é dono das obras selecionadas de Shakespeare, um site teria que se perguntar se essa pessoa está disposta a levar a briga ao tribunal. A solução mais rápida seria simplesmente deixar o filtro fazer o seu trabalho e não arriscar nada.

Essa proposta, portanto, tem implicações para praticamente tudo na internet. Se você fizer um vídeo engraçado na balada, a música de fundo é uma violação de direitos autorais. Use uma imagem em um meme e, pronto, você está violando direitos autorais. Tire uma selfie com uma camisa do Metallica e você poderá vê-la desaparecer antes de ser postada no Instagram. Diga adeus aos mashups, remixes e fanfics porque o uso justo seria coisa do passado.

Nessa confusão distópica de filtros de direitos autorais, se o algoritmo captar um fragmento de música sampleado em um monte de conteúdo original que você produziu, ele pode ser removido até que uma disputa seja resolvida — se é que alguma disputa vai ser resolvida de fato. A J.K. Rowling pode ter registrado sua propriedade de Harry Potter no banco de dados, e sua fanfic de Hogwarts pode ir para o brejo.

Reda ainda aponta que alguns países não permitem que prédios públicos sejam fotografados por causa dos direitos de imagem estendidos aos arquitetos. Em resposta a isso, mais de meio milhão de pessoas assinaram uma petição para legalizar a fotografia na União Europeia.

O que vai acontecer agora?

Na quarta-feira (12), os membros do parlamento se reunirão para a primeira leitura da proposta com o plenário completo. Isso não significa que uma decisão final será tomada; os debates começarão, e mais procedimentos parlamentares deverão ser cumpridos. Mas Reda não tem ilusões de que veremos os artigos 11 e 13 mortos completamente.

Ela nos disse que, apesar de pequenos editores se oporem à diretiva, algumas empresas poderosas realmente querem a aprovação da medida. “Temos eleições européias em maio e ninguém quer estar na lista negra do jornal ou canal de TV local”, disse ela. Reda vê isso como uma inevitabilidade que precisa ser corrigida da melhor forma possível antes que seja tarde demais.

Há 751 membros do Parlamento Europeu. Todos podem ter suas próprias idéias sobre o que precisa ser feito. Reda delineou algumas contrapropostas que considera razoáveis em seu site. Ela disse que está tentando se concentrar em dar aos detentores de direitos autorais o que eles querem ao mesmo tempo em que remove as piores partes da legislação.

Por exemplo, ela sugere que uma empresa de mídia pode solicitar um contrato de licença de um website caso ele republique uma matéria inteira ou parágrafos dela sem permissão. Isso deixaria trechos, links e manchetes disponíveis para uso justo.

Para o artigo 13, ela quer sair da proposta original e dar aos criadores mais poder de negociação contra plataformas como o YouTube. “Então, basicamente, seria dizer que, para uma plataforma intervir ativamente no conteúdo enviado pelo usuário, monetizando-o, ela teria que obter uma licença para esse conteúdo”, disse ela.

Isso colocaria mais responsabilidade nos gigantes da tecnologia, que estão obtendo lucros enormes. Mas, principalmente, essa mudança manteria a situação atual para plataformas menores, que não geram receita com conteúdo individual por meio de métodos como anúncios pré-veiculados em vídeo

A Wikimedia Foundation reuniu uma lista de alterações que ela aprova. A organização pede aos cidadãos que incentivem seus deputados a apoiá-las. Ela também está pressionando por salvaguardas específicas em conteúdo que está em domínio público, bem como em isenções de mineração de texto e de dados para pesquisadores.

O pior cenário é uma reorganização mundial do espaço online que amamos odiar. Mas, mesmo que essa proposta só afete os países da União Europeia, ainda estamos falando de uma “compartimentalização” perigosa de parte significativa da web. Os europeus estão sendo encorajados a entrar em contato seus representantes para manifestar suas opiniões. Para nós, dos outros lugares do mundo, resta apenas esperar para ver no que vai dar.

Imagem do topo: Getty

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Encontraram um tesouro milionário em um antigo jarro de moedas de ouro romanas

Posted: 11 Sep 2018 01:13 PM PDT

Arqueólogos descobriram um pote de moedas de ouro remontando ao século 5 d.C. debaixo de um teatro abandonado perto de Milão, na Itália.

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As moedas de ouro, cerca de 300 delas, foram descobertas durante escavações arqueológicas no porão do condenado Teatro Cressoni em Como, uma cidade localizada a 50 km ao norte de Milão. O teatro, aberto em 1870 e fechado em 1997, será derrubado depois que os arqueólogos finalizarem suas investigações, segundo o The Local.

Em torno de 300 moedas foram armazenadas na jarra. Imagem: MiBAC

Descoberto na semana passada, o jarro de pedra-sabão e seus conteúdos preciosos foram enviados para uma instalação em Milão operada pelo Ministro do Patrimônio Cultural e Atividades. Arqueólogos estão meticulosamente trabalhando com o jarro, que contém cerca de 27 moedas, cada uma delas pesando quatro gramas e sendo analisados até agora. Uma barra de ouro também foi descoberta, junto com dois objetos a serem identificados. O jarro remonta ao fim do Período Imperial Romano, entre 300 e 500 d.C.

“Ainda não sabemos em detalhes a significância histórica e cultura da descoberta, mas essa área está provando ser um verdadeiro tesouro para a nossa arqueologia”, explicou Alberto Bonisoli, ministro italiano de Patrimônio de Cultural e Atividades, em um comunicado. “É uma descoberta que me enche de orgulho.”

Falando em uma coletiva de imprensa na segunda-feira (10), a especialista em moedas Maria Grazia Facchinetti disse que o dono jarro provavelmente “o enterrou de maneira que, em caso de perigo, eles poderiam ir até lá e recuperá-lo”. Ela disse que as moedas foram empilhadas em rolos parecidos com aqueles vistos em bancos hoje em dia” e que elas foram gravadas com rostos de imperadores Honório, Valentiniano III, Leão I, o Trácio, Antonino Pio e Líbio Severo, o que sugere que as moedas provavelmente “não vão além de 474 d.C.”. Facchinetti suspeita que as moedas não pertenciam a um só indivíduo, mas, sim, a um banco ou alguma outra empresa comercial.

Como aponta o History Blog, a interpretação de Facchinetti pode muito bem estar correta, mas a teoria do “indivíduo privado” não deveria ser descartada:

O local da descoberta está a apenas alguns metros do fórum da cidade romana em que mercadores, bancos e templos faziam negócios com moeda. No entanto, também era um bairro residencial elitista, então não está fora de questão que um indivíduo privado acumulou sua própria riqueza.

O valor exato das moedas ainda precisa ser determinado, mas a imprensa italiana está sugerindo que o montante valeria milhões de euros.

Tem uma thread fascinante e divertida no Reddit em que geeks de moedas e fanáticos por história estão especulando sobre o valor das moedas na época em que elas foram perdidas, com a maioria concordando que era uma quantidade enorme de dinheiro — algo entre US$ 800 mil e US$ 1,5 milhão. Isso são apenas palpites cálculos rudimentares, mas, independentemente disso, a impressão é de que alguém perdeu um dinheirão há cerca de 1.500 anos.

[MiBAC, The Local, ANSA]

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Como assistir à apresentação da próxima geração de iPhones Xs nesta quarta-feira

Posted: 11 Sep 2018 12:28 PM PDT

Está chegando: o evento da Apple em que a companhia deve mostrar novos iPhones. Já sabemos que será nesta quarta-feira (12) às 14h (horário de Brasília) no auditório Steve Jobs (foto acima), mas desta vez a empresa de Cupertino vai possibilitar novas formas de assistir à conferência.

O que esperar do evento que anunciará novos iPhones nesta semana

Uma das mudanças dessa vez é que o evento poderá ser visto via streaming no Twitter. A informação, obtida pelo TechCrunch, é uma novidade. Em seu perfil na rede, a Apple tem promovido um tuíte dizendo para as pessoas curtirem um post que a companhia vai mandar atualizações durante o evento. Quem se encher das atualizações, pode mandar um #stop para encerrar os updates.

Antes, a Apple só possibilitava a visualização de seus eventos por meio de produtos da marca — na maioria das vezes, via Apple TV, ou pelo navegador Safari acessando Apple.com. Com o tempo, a companhia foi se flexibilizando e passou a permitir o Microsoft Edge. Neste ano, durante a WWDC (conferência de desenvolvedores da Apple), já foi possível ver com o Firefox e o Chrome.

De qualquer jeito, para ver o evento desta quarta-feira basta acessar essa URL: https://www.apple.com/apple-events/september-2018/

Nós já falamos no fim de semana sobre nossas apostas para este evento. Devemos ver novos iPhones (provavelmente três modelos), novos Apple Watches, um novo iPad, além das datas de liberação do iOS 12 e o macOS Mojave.

[TechCrunch]

Imagem do topo: auditório Steve Jobs em foto tirada momentos antes do lançamento do iPhone X em 2017. Crédito: Guilherme Tagiaroli

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Ministério da Cultura vai investir R$ 100 milhões na indústria brasileira de games

Posted: 11 Sep 2018 11:12 AM PDT

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, anunciou um investimento de R$ 100 milhões na indústria brasileira de games. O dinheiro estará disponível em diversas linhas estratégicas, como desenvolvimento e produção de jogos e de conteúdo de realidade aumentada e realidade virtual, lançamentos, aceleração de empresas, eventos, infraestrutura e formação e capacitação.

Como a pirataria ajudou a criar a cultura de games no Brasil

O comunicado foi feito no último fim de semana na Game XP, evento realizado no Rio de Janeiro. Sá Leitão também apresentou alguns dados do 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais. Segundo a pesquisa, o Brasil é o 13º maior produtor de jogos no mundo e o maior da América Latina.

O país é o terceiro maior mercado do planeta, com 66 milhões de jogadores, o que, para o ministro, significa um potencial a ser explorado. A indústria nacional do setor cresceu 182% nos últimos quatro anos. "O Brasil está demonstrando grande vocação [para a área]. Mesmo sem ter política pública, mesmo sem ter nenhum tipo de ajuda mais sistemática, o setor começou a se estruturar e aumentou muito nos últimos anos a sua maturidade", disse o ministro.

O Censo também revela algumas desigualdades. Apenas 20,7% dos trabalhadores da indústria são mulheres, e 41,6% das empresas estão concentradas em São Paulo e Rio de Janeiro. Por isso, os editais do MinC terão foco em diversidade, com porcentagens destinadas a mulheres, negros e indígenas e às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

“A indústria de games é heterogênea e miscigenada por natureza, porque ela lida com elementos de linguagens de várias outras atividades. Quanto mais diversificadas forem as referências e os elementos, melhor.” Sá Leitão também disse acreditar que o incentivo pode ser uma forma de criar empregos para jovens entre 18 e 24 anos de idade.

[Folha de S.Paulo e The Enemy]

Imagem: Clara Angeleas/MinC

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As plantas são conscientes?

Posted: 11 Sep 2018 10:11 AM PDT

Os ativistas dos direitos dos animais fizeram um trabalho impressionante em chamar atenção para a questão da consciência dos animais: nenhum comedor de carne é agora ignorante do fato de que sua comida viveu, respirou e talvez tenha dado o adeus final aos seus iguais em um matadouro ensanguentado.

Os ambientalistas têm um trabalho mais difícil. Filmagens de colheitas sempre vão ser menos perturbadoras do que imagens da produção de carne de um restaurante fast-food: plantas não choram enquanto são ceifadas aos milhões. Mas isso significa que elas não são conscientes? É sensato, ou desejável, começar a antropomorfizar um pé de repolho e os dentes-de-leão, ou as plantas são realmente tão insensíveis quanto todos nós instintivamente supomos?

Um cachorro consegue entender cães e humanos de outro país?
Qual é o animal mais imundo?

Para o Giz Pergunta desta semana, levantamos essas questões para vários cientistas e filósofos ambientais – incluindo um professor na vanguarda de algo chamado "neurobiologia vegetal". As plantas podem não refletir com atenção sobre sua infância ou ouvir/ver qualquer coisa em um sentido convencional, mas elas, como vamos ver, retêm informações e tomam "decisões" baseadas em experiências passadas. Se isso constitui “consciência” depende, como sempre, de como você define o termo.

Michael Marder

Professor de Filosofia, Universidade do País Basco, Vitoria-Gasteiz e autor do Plant-Thinking: A Philosophy of Vegetal Life, entre outras obras

As plantas são definitivamente conscientes, embora de um modo diferente do que nós humanos.

Para encontrar os recursos de que necessitam para viver e prosperar, elas precisam se orientar em ambientes acima e abaixo do solo. E assim, as raízes das plantas navegam pelos labirintos subterrâneos do solo, rocha, água, bactérias e raízes de outras plantas, não menos proficientemente que ratos em busca de alimento. Elas devem estar cientes dos perigos – o início de uma seca ou uma invasão de insetos herbívoros – para realizar as atividades essenciais da vida, ou para ativar suas defesas (por exemplo, liberando sinais bioquímicos que chamam os predadores que devorarão as herbívoros ameaçadores). Elas precisam tomar decisões complexas sobre o melhor momento para florescer, fazendo malabarismos com até vinte fatores ambientais, como a duração do dia ou o calor do ar, comparando a evolução dessas condições ao longo de pelo menos um mês.

Em outras palavras, as plantas reúnem tantas informações sobre o mundo em que vivem quanto possível e, atentas às mudanças, reagem com discernimento.

Se ter consciência literalmente significa ter "conhecimento", então as plantas se encaixam perfeitamente. É claro que elas não têm os órgãos dos sentidos que estamos acostumados, como os olhos e os ouvidos, para receber estímulos do ambiente. Mas elas têm células e tecidos (digamos, células receptoras fotossensíveis) que cumprem a função tão bem quanto – e às vezes melhor do que – um olho ou ouvido animal ou humano. Os dados que elas recebem do mundo em constante mudança são essenciais para sua sobrevivência. Na verdade, elas mudam em sintonia com o mundo e com as estações do ano, crescendo quando as condições são ideais, ou perdendo folhas e levando seu metabolismo a um mínimo no frio do inverno. Podemos dizer que a consciência das plantas é sobrecarregada com toneladas de conhecimento, porque as plantas vivem dentro de uma extrema sensibilidade, atenta aos lugares onde crescem.

É outra questão se as plantas são autoconscientes. Antes de descartar completamente a existência dessa faculdade superior, devemos considerar o que um ser vegetal pode ser. As plantas são apenas vagamente integradas em uma unidade (plante uma parte de um caule de magnólia e ele crescerá independentemente!). É lógico que seu senso de identidade seria igualmente disperso.

Com muita frequência, na verdade, partes de uma planta sujeitas a perigo (por exemplo, as folhas invadidas por insetos indesejados) comunicarão a ameaça liberando substâncias bioquímicas transportadas pelo ar para outras partes da mesma planta. O projeto de uma integração vegetal contínua por meio de estratégias e mecanismos de comunicação pode ser considerado análogo ao que nós, humanos, definimos como autoconsciência. A questão é deixar de lado nossa associação fixa de estruturas biológicas, se não psicológicas, e as funções que elas cumprem, imaginando as possibilidades de ver e pensar de outras formas do que com o olho e o cérebro. Talvez quando conseguirmos isso, finalmente nos tornaremos cientes da consciência das plantas.

Heidi Appel

Professora de Ciências Ambientais da Universidade de Toledo, cuja pesquisa se concentra em como as plantas reconhecem e respondem a insetos herbívoros com defesas químicas.

As plantas são conscientes? Minha opinião é que elas não são, embora elas estejam cientes de muitos aspectos do ambiente em que vivem. Minha resposta é moldada pelas definições comuns de consciência na língua inglesa, que incluem o conceito de mente e autoconsciência, além de estarem conscientes do ambiente.

A capacidade de sentir as coisas no ambiente e de integrar essas sensações em uma resposta benéfica não é, automaticamente, consciência. As plantas não são excepcionais em conseguir fazer isso – é uma característica de todas as formas de vida. As plantas geralmente são subestimadas porque não possuem os órgãos especializados que os vertebrados possuem para sentir seu ambiente.

Alguns sugerem que, uma vez que as plantas podem formar ‘memórias’, elas são, portanto, seres conscientes. As plantas retêm informações sobre o que elas experimentam, na medida em que sua resposta às mudanças em seu ambiente pode depender do que elas experimentaram anteriormente. Mesmo os descendentes podem exibir alguns traços influenciados pelo que seus pais vivenciaram. Retenção de informações dentro e entre gerações de organismos é uma característica de todos os seres vivos, com uma base genética cada vez mais bem compreendida. Se elas constituem ‘memórias’, depende se você define ‘memória’ como ‘recordação’ ou algo mais. Se retornarmos a definições comuns na língua inglesa, a memória como comumente definida não requer autoconsciência, mesmo que nossa experiência pessoal de memória como seres humanos esteja certamente integrada à noção de autoconsciência.

Dr. François Bouteau

Professor Assistente de Biologia Vegetal, Université Paris-Diderot

O principal problema com essa questão é a definição do que chamamos de consciência. Se considerarmos a definição de consciência em um sentido psicológico, isto é, feita para descrever diferentes aspectos da vida humana que seriam relacionados a noções de conhecimento, emoção, existência, intuição, pensamento, psique, subjetividade, sensação, reflexividade… É obviamente difícil responder à esta pergunta sobre uma planta.

Entretanto, os médicos que trabalham com pacientes em coma sabem que a consciência não é binária e que há uma ampla gama de estados conscientes em humanos entre a perda total e o estado de despertar de um indivíduo saudável. Se considerarmos uma definição mais geral de consciência como a capacidade de perceber nossa própria existência e o mundo ao nosso redor, e aceitarmos que não precisamos de um cérebro para ter uma consciência, o assunto começa a ser mais simples. Muitos estudos mostraram que as plantas percebem e interagem com o mundo ao seu redor, usando comportamentos complexos.

No que diz respeito à percepção de sua própria existência, ninguém sabe dizer, mas há evidências crescentes de que as plantas são capazes de um reconhecimento de parentesco que poderia argumentar em favor de uma capacidade de auto-reconhecimento.

Outra maneira de abordar a questão é buscar evidências operacionais dessa consciência. Uma maneira clássica de fazer um ser humano perder a consciência é anestesiá-lo, a consequência prática durante uma cirurgia é a perda de percepção de nossa existência e do mundo ao nosso redor. A eficácia de anestésicos em plantas tem sido demonstrada já há muito tempo. Embora ainda não saibamos realmente como funcionam esses anestésicos em plantas ou animais, parece, de maneira muito interessante, que os mesmos mecanismos celulares, incluindo o funcionamento de canais iônicos que permitem a gênese do potencial de ação, são inibidos.

Outro ponto de discussão é que as plantas, quando machucadas, sintetizam moléculas com poder anestésico. É muito provável que as plantas, como todos os outros seres vivos na Terra, tenham uma forma de consciência, já que ela poderia corresponder a uma necessidade adaptativa de sobrevivência.

Richard Karban

Professor de Entomologia e Nematologia na Universidade da Califórnia em Davis e autor de Plant Sensing and Communication

A resposta para esta pergunta depende inteiramente de como você define a consciência. A maioria das definições inclui a noção do meio ambiente. Por esta definição, pode haver pouca dúvida de que as plantas são organismos conscientes. Outras definições precisam do funcionamento do cérebro de uma pessoa. As plantas obviamente não cumprem esses requisitos, pois não são pessoas e não possuem cérebros.

Mas a evidência de que as plantas estão cientes de seus ambientes é esmagadora. Quem já teve uma planta de casa ao lado de uma janela observou que a planta cresce em direção à luz. Para conseguir essa façanha, ela precisa perceber a direção da luz e alocar recursos preferencialmente. De fato, as plantas percebem o eu e o não-eu e alocam recursos de maneira diferente quando encontram tecidos desses dois tipos. As plantas diferenciam a qualidade da sombra projetada por um competidor verde e respondem mais fortemente a essa ameaça do que a de um objeto inanimado. As plantas antecipam as condições futuras e respondem à luz emitida pelos competidores antes de realmente serem cobertas de sombra.

As plantas não percebem apenas a luz, mas muitas outras qualidades de seus ambientes que afetam sua sobrevivência e capacidade de se reproduzir. No entanto, não há evidência científica confiável de que elas percebem música ou prefiram música clássica ao invés de rock. Plantas procuram nutrientes no solo, cultivam raízes densas em áreas ricas e abandonam as pobres. Elas avaliam os micróbios com os quais entram em contato e recompensam as associações que são benéficas para elas enquanto se defendem ativamente daqueles que são prejudiciais.

Elas também se defendem ativamente contra insetos e outros herbívoros maiores que ganham a vida se alimentando de plantas. As plantas respondem a danos reais, assim como a uma variedade de pistas confiáveis ​​que predizem riscos futuros, elevando defesas sofisticadas e muitas vezes custosas. Estas sugestões incluem produtos químicos transportados pelo ar que são emitidos pelos seus próprios tecidos danificados ou pelos seus vizinhos. Elas respondem a produtos químicos associados ao acasalamento e colocação de ovos de insetos, assim como passos de insetos, saliva de insetos e vibrações causadas pela sua mastigação. As plantas que sofreram danos lembram-se dessas experiências e respondem mais rapidamente e com mais força aos ataques subsequentes. Em alguns casos, essa memória persiste durante várias gerações de plantas.

Danny Chamovitz

Reitor da Faculdade de Ciências da Vida George S. Wise, Diretor do Manna Center for Plant Biosciences, Universidade de Tel Aviv

As plantas são obviamente conscientes de seu ambiente visual e de cheiros no ar; elas sabem se estão sendo tocadas; elas têm diferentes tipos de memórias; elas podem diferenciar entre as direções para cima e para baixo – mas isso não significa que as plantas sejam conscientes.

Eu posso usar a palavra ciente: as plantas estão cientes do seu ambiente. Mas todos os organismos estão cientes de seu ambiente – você precisa estar para sobreviver. Todos os organismos, até mesmo as bactérias, precisam ser capazes de encontrar o nicho exato que lhes permitirá sobreviver. Não é exclusivo das pessoas. Elas são autoconscientes? Não. Nós nos preocupamos com as plantas, as plantas se importam com a gente? Não.

Claro, isso também se enquadra na questão da inteligência. As plantas são incrivelmente complexas – isso as torna inteligentes? Podemos até definir o que é inteligência? Os psicólogos não podem sequer concordar com uma definição de inteligência para as pessoas.

O foco da questão, como a vejo, é que as plantas são organismos incrivelmente complexos que evoluíram nos últimos dois bilhões de anos de forma completamente diferente do que os animais, e não precisamos antropomorfizá-las para apreciar sua complexidade. As plantas não têm nervos, e as plantas não têm cérebros, mas ainda assim integram os sinais de suas raízes, folhas e flores, e sabem quanta luz há e qual a temperatura e quantos insetos existem na área, e elas usam toda essa informação para criar uma planta que é incrivelmente adaptada ao seu ambiente, e fazem isso tudo sem um cérebro. Então, o que isso diz sobre a necessidade de um cérebro?

Em outras palavras: você pode comer as suas plantas sem se sentir culpado.

Imagem do topo: Pexels

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O plano maluco para limpar uma ilha gigante de lixo no Oceano está sendo posto em prática

Posted: 11 Sep 2018 08:49 AM PDT

Um plano maluco para limpar o lixo do oceano começou a chamar bastante atenção em 2015, quando o sistema foi considerado pela revista Time como uma das melhores invenções do ano. No ano seguinte, foram dados os primeiros passos para a implantação de uma grande boia de limpeza na costa holandesa, no Mar do Norte.

A organização sem fins lucrativos The Ocean Cleanup conduziu testes na época e recebeu severas críticas da comunidade científica por causa dos potenciais impactos na vida marinha. No entanto, algumas alterações foram implementadas e parece que o plano avançou bem.

• Peixes estão comendo plástico porque ele tem um cheiro delicioso
• Plástico também emite gases do efeito estufa enquanto se decompõe, diz pesquisa

O projeto, que tem como objetivo retirar 88 mil toneladas de plástico que flutua em uma região conhecida como “Grande Porção de Lixo do Pacífico“, está em uma segunda fase. No último domingo (9), cientistas e engenheiros responsáveis começaram a rebocar o “Ocean Cleanup System 001” para uma região a 240 milhas náuticas da baía de São Francisco.

O sistema tem uma série de boias que formam um “U” e possui telas de cerca de 3 metros de comprimento. Utilizando-se de correntes, ventos e ondas para empurrar as telas contra o lixo plástico, a estrutura armazena o lixo no centro, onde pode ser coletado por pequenos barcos.

Nessa região a 240 milhas náuticas da baía de São Francisco, em San Francisco (Califórnia), será realizado um teste de duas semanas, em que o sistema será “monitorado extensivamente”, segundo os pesquisadores. O objetivo é assegurar que o sistema irá coletar apenas lixo e não causará danos a planctons, peixes e quaisquer outras formas de vida marinha.

Crédito: The Ocean Cleanup

Após os testes, o sistema será levado para 900 milhas náuticas adiante para iniciar sua principal missão, que é a limpeza da Grande Porção de Lixo do Pacífico. Equipes permanecerão nessa região durante seis meses para monitorar os possíveis impactos da tecnologia. A expectativa final é que veículos autônomos possam continuar o trabalho posteriormente.

O grupo The Ocean Cleanup Project espera que o System 001 possa retirar cerca de 50 toneladas de plástico do oceano por ano.

Apesar de parecer uma cifra expressiva, essa coleta não causaria um impacto tão grande, já que estima-se que 8,1 milhões de toneladas de resíduos plásticos entrem no oceano todos os anos – são 149 milhões de toneladas no total, atualmente.

Para combater o problema de forma mais eficaz, a equipe pretende lançar 60 sistemas desses em diferentes regiões, com o objetivo de extrair 50% do lixo plástico do Pacífico a cada cinco anos.

[Engadget, The Ocean Cleanup]

Imagem do topo: Sistema sendo rebocado na baía de São Francisco. Crédito: The Ocean Cleanup

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Estão achando que a Rússia está por trás dos ataques sônicos misteriosos contra diplomatas dos EUA

Posted: 11 Sep 2018 08:08 AM PDT

Nos últimos dois anos, funcionários do governo dos Estados Unidos em Cuba e na China ficaram repentinamente doentes e ninguém sabe ao certo o que causou. Em comum entre as vítimas está a audição de certo som que causa dores de cabeça (em alguns casos até lesões cerebrais), privação de sono e disfunção cognitiva.

Nesta terça-feira (11), a NBC News, ouvindo fontes anônimas, informou que oficiais dos Estados Unidos suspeitam de que a Rússia esteja envolvida nesses ataques a funcionários americanos em solo estrangeiro.

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A teoria de que a Rússia está envolvida nesses ataques é sustentada pela coleta de informações de agências como o FBI (a polícia federal dos EUA) e a CIA (Agência Central de Inteligência), conforme disseram fontes à publicação norte-americana.

Quando houve o primeiro ataque em 2016, uma das teorias para os ataques a diplomatas dos EUA na China e em Cuba era de que havia um dispositivo sônico operando com uma frequência que causava dano cerebral. Esse novo relato sugere que o ataque foi feito com tecnologia de energia dirigida.

Por energia dirigida, entende-se itens como lasers e máquinas sônicas. Esses itens são especificamente perigosos em campos de batalha, pois não existe sinais aparentes de uso de tais artifícios. Defender-se de um míssil é fácil, pois pode ser detectado usando tecnologias modernas. Defender-se desse tipo de ataque, não.

Sobre as novas informações, relata a NBC News:

O motivo exato ainda não está claro, mas os incidentes causaram uma divisão entre Estados Unidos e Cuba, o que fez com que Washington retirasse a maioria dos diplomatas e espiões da ilha. Mesmo com investigações em estágio inicial, oficiais dos Estados Unidos consideraram a possibilidade de que os problemas com os diplomatas foram causados sem querer por algum tipo novo de tecnologia de espionagem. Mas o fato de que os incidentes continuaram a ocorrer após os fatos se tornarem públicos colocou em dúvida essa possibilidade.

A reportagem garante que oficiais da inteligência dos EUA não conseguiram concluir que os serviços de inteligência da Rússia estavam por trás dos ataques. Mas, com a deterioração da relação entre os países, essa tese começou a parecer mais crível.

Os Estados Unidos tiraram grande parte do pessoal da diplomacia de Cuba no ano passado após 26 pessoas passarem mal. E as relações entre os países, após ter melhorado no fim do governo Obama, voltaram a ficar estremecidas. Cuba negou repetidas vezes estar por trás dos ataques.

Um funcionário norte-americano em Guangzhou, na China, começou a reclamar de sintomas parecidos no início desse ano, o que tornou a ocasião ainda mais misteriosa. Como consequência dessa situação, funcionários dos EUA em Cuba começaram a receber um salário adicional por perigo de vida para trabalhar em Cuba.

Se for mesmo a Rússia por trás dos ataques, ainda não está claro como o Departamento de Estado vai reagir. Mas dado o bom relacionamento que o presidente Trump tem com o presidente russo, Vladimir Putin, pode ser que não queira retaliar à altura.

[NBC News]

Imagem do topo: Getty Images

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Alguns apps do iOS compartilham dados de localização com terceiros sem consentimento do usuário

Posted: 11 Sep 2018 07:11 AM PDT

Pesquisadores da empresa Sudo Security apontaram que alguns aplicativos para iPhone compartilham dados de localização dos usuários com empresas de marketing sem o consentimento dos usuários.

• Pesquisador descobre que app para Mac envia dados de navegação secretamente para China
• Apple passa a exigir política de privacidade de todos os apps

De acordo com o time responsável pela pesquisa, em alguns casos, o código de rastreamento injetado pelos desenvolvedores rodam constantemente.

A equipe detalhou 24 aplicativos da App Store que enviaram dados de localização para 12 diferentes empresas de marketing e monetização de dados. Esses aplicativos foram selecionados a partir da amostragem dos principais aplicativos gratuitos de cada categoria da loja de aplicativos da Apple – o que sugere que a quantidade de apps que praticam essa coleta é bem maior.

Além disso, a Sudo Security apontou que quase 100 aplicativos de veículos de notícias locais apresentaram no passado, códigos de uma empresa de monetização de dados de localização.

Alguns dos aplicativos utilizavam dados de localização como parte de seus serviços, como aplicativos de clima e de exercícios físicos. Por outro lado, muitos dos apps utilizavam a localização para “oferecer anúncios publicitários mais relevantes”.

O problema é que nenhum dos desenvolvedores avisava ao usuário que as informações eram compartilhadas com terceiros.

Entre os aplicativos mais populares que coletam dados estão: ASKfm, Code Scanner by ScanLife, NOAA Weather Radar, Photobucket e Tapatalk. A lista completa está na publicação oficial do time de pesquisadores.

Os serviços de localização baseadas no GPS podem ser gerenciadas com facilidade no iOS, ou até mesmo desligadas por completo. Essa é, inclusive, uma das dicas que os pesquisadores dá para os usuários atenuarem a coleta.

Outro meio indicado pelo time é ir até os Ajustes > Privacidade > Publicidade e ativar a opção Limitar Publicidade Rastreada.

Apesar do controle desse tipo de dado ser maior no sistema da Apple, alguns aplicativos utilizavam métodos mais sofisticados e de menor controle do usuário, incluindo o rastreamento por redes Wi-Fi próximas e beacons com a tecnologia Bluetooth Low Energy (BLE).

Alguns dos aplicativos coletavam dados como:

Informações do acelerômetro (eixo-X, eixo-Y e eixo-Z)
Identificador único de Publicidade do dispositivo iOS (IDFA)
Status e porcentagem de bateria
O código do país da rede do celular (MCC) e o código da rede móvel (MNC)
Nome da rede de celular
Altitude e/ou velocidade do GPS
Marcações de chegada e partida em um local específico

Alguns desses dados podem ser utilizados para “identificar” o usuário em aplicativos diferentes e monitorar o comportamento.

O pessoal do ArsTechnica confirmou os dados da pesquisa de forma independente e apontou ainda que alguns aplicativos estavam utilizando dados de localização para propósitos legítimos, mas estavam vazando as informações em requisições de API em texto puro, sem nenhum tipo de criptografia.

Recentemente, a Apple anunciou que passaria a exigir uma política de privacidade de todos os apps seguindo as Diretrizes de Avaliação da App Store. Segundo a empresa, os desenvolvedores que coletam dados devem pedir autorização e os apps "devem requisitar acesso apenas a dados relevantes às funcionalidades centrais do aplicativo e devem apenas coletar e usar dados que são necessários para realizar tarefas relevantes".

[ArsTechnica, Sudo Security]

Imagem do topo: Alessandro Feitosa Jr/Gizmodo Brasil

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Pesquisadores demonstram método para hackear sistema de trancas sem chave da Tesla

Posted: 11 Sep 2018 05:37 AM PDT

Além de ser pioneira em veículos elétricos, a Tesla também é famosa por abraçar uma experiência de direção completamente digital. Isso inclui um sistema de trancas sem chaves que pode ser hackeado com um equipamento que custa cerca de US$ 600.

A vulnerabilidade foi anunciada nesta segunda-feira (10), por pesquisadores de segurança que mostraram que o sistema de trancas sem chave da Tesla é vulnerável por meio de ataques spoofing (usando dados falsificados para garantir acesso). Na prática, isso significa que uma invasão poderia garantir uma corrida confortável e gratuita para quem conseguir quebrar a segurança dos carros.

• Carros da Tesla terão jogos de Atari escondidos no sistema, anuncia Elon Musk
• Veículos da Tesla vão ganhar "recursos de direção autônoma completa"

A Wired aponta que os pesquisadores da KU Leuven University, na Bélgica, apresentaram os resultados de nove meses de trabalhos de engenharia reversa durante a conferência Cryptographic Hardware and Embedded Systems, que acontece em Amsterdã. Eles afirmam que a técnica é capaz de abrir as portas dos carros e ligar o motor, permitindo que o atacante fuja com o veículo rapidamente.

Os pesquisadores descobriram que o controle remoto do carro usa uma cifra de 40-bit para criptografar o código transmitido para os receptores de ondas de rádio do veículo. Trata-se de uma criptografia pouco sofisticada e, infelizmente, há esse limite devido ao poder de processamento do controle.

Os cientistas descobriram que eram capazes de sintonizar no ID de rádio transmitido constantemente a partir do carro e se valer disso para atingir o controle de chaves. Depois, eles precisaram ouvir a resposta do controle e interceptar duas transmissões de retorno. Uma vez que eles tivessem dois exemplos de código, bastava rodá-los em uma tabela de 6 terabytes com chaves pré-computadas e então adquirir o código necessário para invadir o carro. Tudo isso em menos de dois segundos.

A Tesla já corrigiu o problema adicionando uma opção que deveria estar disponível faz tempo. Uma atualização de software foi lançada recentemente e permite que o motorista adicione um código PIN que precisa ser digitado no controle para que o carro dê partida. Qualquer pessoa que comprou um Tesla Model 3 depois de junho pode ficar tranquilo. Aqueles que adquiriram o veículo antes dessa data, precisam ativar a autenticação em dois fatores e contatar a Tesla para a substituição do controle por um que possua criptografia reforçada.

[Wired via The Verge]

Imagem do topo: Getty

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Crianças alemãs fazem manifestação para que seus pais larguem os smartphones

Posted: 11 Sep 2018 04:35 AM PDT

A cidade alemã de Hamburgo foi palco de um protesto inusitado no último fim de semana. Cerca de 150 manifestantes, sendo a maioria deles crianças, marcharam, cantaram e empunharam cartazes em favor de uma causa: que seus pais deixem os smartphones um pouco de lado para brincar e dar atenção a eles.

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Um dos líderes do protesto era o jovem Emil Rustige, de apenas sete anos de idade. Com um megafone em punho, ele convocava a criançada para gritar: "Estamos aqui! Somos barulhentos! Porque vocês só olham nos seus celulares!" Seus companheiros traziam cartazes com frases como "Ligue o modo avião! É minha vez agora!" e "Converse comigo!".

De fato, o smartphone parece bastante presente na vida dos alemães — e não são só os adultos. Segundo a pesquisa Kinder-Medien-Studie, de 2018, cerca de metade das crianças entre quatro e 13 anos de idade já possuem seu próprio aparelho.

O pai da manifestante Ylvi Schmitt, uma garotinha de seis anos de idade, concordou com as crianças e apoiou o protesto, que, segundo ele, era um "exercício de democracia". "Eu preciso me dedicar mais a eles", confessou.

A manifestação terminou sem tumultos — apenas com muita brincadeira no parquinho.

[Welt, NDR, Deutsche Welle]

Imagem: rawpixel/Unsplash

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