sábado, 15 de setembro de 2018

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Arqueólogos encontram o desenho mais antigo do mundo em uma caverna na África do Sul

Posted: 14 Sep 2018 03:14 PM PDT

Por volta de 73 mil anos atrás, onde hoje é a África do Sul, um humano primitivo usou um lápis ocre vermelho para desenhar um padrão hachurado em um floco liso, segundo uma nova pesquisa publicada nesta quarta-feira (12). Agora, essa é considerada a evidência mais antiga de desenho no registro arqueológico.

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O desenho, que consiste de três linhas vermelhas cruzando com outras seis linhas, é uma reminiscência do símbolo da libra. Talvez nunca saibamos o que esse padrão hachurado significou para o artista, mas, como apontaram os autores do novo artigo, publicado na Nature, aquilo era definitivamente um desenho intencional. Ele antecede provas anteriores de desenhos em pelo menos 30 mil anos (embora o número real possa estar mais próximo de nove mil anos — falaremos mais disso a seguir). Os humanos, como essa descoberta deixa claro, têm feito rascunhos há muito, muito tempo.

A entrada da Caverna Blombos, no sul da Cidade do Cabo, na África do Sul. Imagem: Magnus Haaland

Chamado de L13, o desenho foi encontrado na África do Sul, na Caverna Blombos, um sítio arqueológico da Idade da Pedra Média que produziu algumas das evidências mais antigas de atividade cultural humana. Vários dos artefatos encontrados na caverna, como contas de concha, pontas de lança e peças gravadas de ocre, foram datados de 100 mil a 700 mil anos atrás.

O L13 foi descoberto em 2011, mas foi preciso o olhar atento do arqueólogo Luca Pollarolo, pesquisador honorário da Universidade de Witwatersrand e coautor do novo estudo, para detectar as marcas vermelhas propositais entre milhares de flocos parecidos descobertos no local. A superfície usada pelo artista da Idade da Pedra Média é conhecida como silcrete — um mineral parecido com concreto composto por areia fina e cascalho. Um lápis vermelho ocre foi aplicado ao floco de silcrete liso para formar o padrão três-por-seis.

Para provar que as linhas vermelhas eram um desenho, e não o resultado de processos naturais, os pesquisadores analisaram as marcas com microscópios ópticos e eletrônicos. A espectroscopia Raman foi usada para conduzir uma análise química, revelando que a substância vermelha era proveniente do ocre (um pigmento natural que ocorre na terra). Combinadas, as análises microscópicas e químicas do padrão “confirmam que o pigmento vermelho ocre foi aplicado intencionalmente ao floco com um lápis ocre”, escrevem os autores do estudo.

Visão microscópica das marcas de vermelho ocre. Imagem: C. S. Henshilwood et al., 2018/Nature

Os pesquisadores, liderados por Christopher Henshilwood e Francesco d’Errico, ambos da Universidade de Bergen, na Noruega, também se envolveram em algumas experiências arqueológicas, recriando os métodos usados para criar o desenho primitivo. Esse exercício mostrou que a ponta do lápis ocre do artista tinha cerca de um a três milímetros de largura. O exercício também permitiu aos pesquisadores discernir quais linhas foram criadas com um único golpe, o que exigiu múltiplos golpes, e a direção em que os golpes foram feitos. Ao avaliar experimentalmente os flocos de silcrete com lápis ocre, os pesquisadores conseguiram mostrar que “as linhas no L13 foram produzidas com lápis e, portanto, constituem um desenho”, nas palavras dos autores.

Versão de um artista para as nove linhas (parte superior), junto com uma impressão hipotética do desenho completo (parte inferior). Imagem: C. S. Henshilwood et al., 2018/Nature

Durante a Idade da Pedra Média, os humanos primitivos usavam ocre para coisas além de desenho, incluindo como um aditivo para a cola e como protetor solar, segundo os pesquisadores. Mas foi aplicado muito pouco ocre ao floco de silcrete, levando os autores a concluir que as linhas não podiam ter nenhum “objetivo utilitário” e que eram um desenho.

O floco L13 mede 38,6 milímetros de comprimento, 12,8 milímetros de largura e 15,4 milímetros de altura, mas as linhas vermelhas estão abruptamente cortadas nas pontas. Isso significa que o desenho original provavelmente se estendia ao longo de um área de superfície maior e que o “padrão provavelmente era mais complexo estruturado em sua totalidade do que nessa forma truncada”, escreveram os autores no estudo.

O floco de silcrete foi encontrado em uma camada de sedimento anteriormente datada em 73 mil anos de idade, e em uma caverna em que, anteriormente, se havia encontrado peças de ocre. “Essa descoberta notável antecede os desenhos abstratos e figurativos mais antigos conhecidos anteriormente em pelo menos 30 mil anos”, escrevem os autores no estudo, aludindo a desenhos feitos por humanos antigos na África, Europa e no Sudeste Asiático.

Infelizmente, os pesquisadores escolheram desconsiderar pinturas feitas por neandertais em três cavernas espanholas, datando de 64 mil a 66 mil anos atrás. Os autores mencionam casualmente essa descoberta em seu novo artigo, dizendo que essas pinturas na caverna foram propostas na literatura científica apenas recentemente, o que é bem injusto. Essas pinturas, que foram feitas com ocre, têm sido alvo de escrutínio pesado desde 2012, com o trabalho mais recente trazendo algumas das evidências de datação mais fortes até hoje. Portanto, tendo em mente a arte neandertal, o desenho descoberto na Caverna Blombos antecede o desenho mais antigo em “apenas” nove mil anos, e não em 30 mil anos, como sugeriram os autores.

Também vale ressaltar que muitas gravuras feitas por humanas — e não desenhos — datam ainda mais no tempo. Por exemplo, um padrão em zigue-zague gravado em uma concha no sítio arqueológico Trinil, em Java, foi datado em 540 mil anos atrás (essa descoberta é anterior ao Homo sapiens, portanto, provavelmente foi feita pelo Homo erectus). Gravuras abstratas são, na verdade, bastante comuns no registro arqueológico, com outros exemplos incluindo um osso gravado de 30 mil anos de idade de Bilzingsleben, na Alemanha, e marcas em um crânio de 90 mil anos encontrado na caverna de Qafzeh, em Israel, entre outros. De fato, a própria Caverna Blombos produziu gravuras mais antigas que esse desenho, mais especificamente, um pedaço gravado de ocre que data de 100 mil a 73 mil anos atrás.

Gravuras são uma forma de arte simbólica, mas são feitas a partir do corte ou raspagem de objetos. Desenhos, por outro lado, exigem que um artista aplique uma substância (tinta, ocre etc) a uma superfície, como uma parede de rocha ou caverna. É uma distinção tênue, mas importante. Um desenho, pode-se argumentar, requer um salto conceitual diferente da gravura.

De fato, a descoberta do L13 “mostra que o desenho fazia parte do repertório comportamental de populações de Homo sapiens primitivos no Sul da África há cerca de 73 mil anos”, escrevem os autores do estudo. “Ele demonstra a capacidade desses homens de aplicar projetos gráficos semelhantes em várias mídias usando uma técnica diferente.” É uma descoberta importante, fornecendo evidências de processos de pensamento e comportamento modernos nesses seres humanos primitivos.

Paul Bahn, autor de Archaeology: The Essential Guide to Our Human Past, disse que essa descoberta em particular não muda de fato a nossa compreensão da história humana, apesar de ser uma nova evidência bem-vinda.

“Já tínhamos gravuras hachuradas em ocre da Caverna Blombos de uma data ainda mais antiga; esse desenho em core é apenas a cereja no bolo”, Bahn contou ao Gizmodo. “Mas tudo isso faz parte de um quadro maior e mais importante. Ou seja, a ‘arte’, ou a criação de imagens ou marcações, é muito mais antiga do que se pensava tradicionalmente. Já temos marcações em quatro cavernas (três na Espanha, uma na França) que seguramente podem ser atribuídas aos neandertais. E temos alguns exemplos de marcações dos tempos do Homo erectus. Portanto, estamos atualmente vivendo uma época muito empolgante em que novas descobertas como essa estão mudando nossa visão sobre as capacidades de nossos ancestrais.”

Já que descobriram ocre mais antigo na Caverna Blombos, os arqueólogos esperam que desenhos ainda mais antigos sejam encontrados, alguns possivelmente com até 100 mil anos de idade. Fiquem ligados, porque essa história está longe de acabar.

[Nature]

Imagem do topo: Craig Foster

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Python vai deixar de usar os termos “Master/Slave” por questões raciais

Posted: 14 Sep 2018 02:29 PM PDT

Um debate silencioso tem tomado conta da comunidade de programação há anos e tem forçado programadores a se perguntarem se os termos “master” (mestre) e “slave” (escravo) são insensíveis. Agora, o Python, uma das linguagens de programação de alto nível mais populares do mundo, eliminou essa terminologia – e nem todo mundo está feliz com isso.

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Os termos Master/Slave geralmente são utilizados no hardware, arquitetura e códigos para se referir a um dispositivo, base de dados ou processo que controla outro. Há mais de uma década, existem preocupações sobre esses termos serem ofensivos, uma vez que possuem relação com a instituição da escravidão.

Na semana passada, um desenvolvedor chamado Victo Stinner publicou quatro pedidos de remoção pedindo para que a comunidade do Python considerasse alterar os termos Master/Slave para algo como Parent/Children (Pais/Filhos) ou Parent/Worker (Principal/Operário).

“Por questões de diversidade, seria legal tentar evitar a terminologia ‘master’ e ‘slave’, que pode ser associada à escravidão”, escreveu Stinner, para explicar o seu pensamento.

E estamos na internet, onde as pessoas têm opiniões. Algumas pessoas discordaram da sugestão em termos técnicos e simplesmente porque não acharam ser necessária uma mudança. Outros se lançaram na onda anti-diversidade e, previsivelmente, falaram sobre uma possível censura e controle mental. “Vendo todo esse absurdo PC/SJW [se referindo ao politicamente correto e guerreiros de justiça social] ao redor de mim, tenho receio de que isso possa ser o início da transformação do Python em PCython [fazendo uma alusão novamente ao politicamente correto]”, escreveu um desenvolvedor.

Outro comentarista decidiu ser bem literal, dizendo “Até onde eu não posso [sic] dizer, não há um único exemplo em que documentações usem ‘master’ como referência à escravidão humana ou onde esse uso possa implicar um endosso a essa ideia”.

Outra pessoa afirmou que os termos eram, na verdade, positivos na comunidade BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo). “Você quer dar suporte a diversidade, então por que está discriminando uma subcultura?”, questionou.

Foi o suficiente para que Guido van Rossum, criador do Python, se envolvesse. Van Rossum se aposentou oficialmente em julho, deixando a comunidade se autogovernar, mas o bate-boca o trouxe de volta para definir regras. “Estou acabando com isso agora”, escreveu ele.

Sua decisão final foi aceitar três dos quatro pedidos de Stinner. Rossum só rejeitou a quarta sugestão de Stinner, por ser uma função que se trata de uma terminologia estrutural do UNIX. E por isso ele decidiu que o Python 3.8 irá mudar o termo “slave” para “worker” (operário) ou “helper” (ajudante) e “master process” para “parent process” (processo primário).

O Python foi considerada a linguagem de programação mais popular do mundo pelo IEEE Spectrum no ano passado, então essa mudança é bem significativa para a comunidade de programação. E segue a liderança do Drupal e Django.

Se você pensa que esse é apenas mais um sintoma de um desejo descontrolado de ser politicamente correto ou não, é preciso saber que os idiomas mudam com o passar do tempo. Os programadores deveriam saber disso melhor que ninguém.

[Motherboard]

Foto: Wikimedia

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Jeff Bezos anuncia doação de US$ 2 bilhões para educação e sem-tetos, mas não convence ninguém

Posted: 14 Sep 2018 01:36 PM PDT

Homem mais rico do mundo, Jeff Bezos anunciou ontem a criação de uma organização para caridade. O Bezos Day One Fund contará com US$ 2 bilhões para apoiar projetos de moradia e escolas em comunidades carentes dos EUA.

Em um comunicado em seu Twitter, Bezos falou sobre a doação. O Bezos Day One Fund será dividido entre dois fundos diferentes.

Jeff Bezos é a pessoa mais rica da história moderna, com uma fortuna de US$ 150 bilhões

O Day 1 Families Fund dará apoio a desabrigados e sem teto. "O fundo Day 1 Families dará prêmios anuais de liderança a organizações e grupos cívicos que fazem trabalhos para dar abrigo e alimento para tratar das necessidades de jovens famílias."

Além dele, haverá também o fundo Day 1 Academies, com apoio a pré-escolas em comunidades carentes. "Nós usaremos o mesmo conjunto de princípios que guiou a Amazon. O mais importante vai ser a obsessão intensa e genuína com o consumidor. A criança será nosso consumidor", disse o CEO e fundador da Amazon.

A medida, no entanto, foi alvo de duras críticas, já que as empresas de Bezos, como a Amazon, fazem fortes lobbies para não pagar impostos, além de remunerar mal seus funcionários e não oferecer condições dignas de trabalho.

Kshama Sawant, uma dos membros do Conselho Municipal de Seattle que queria taxar a empresa, deu a seguinte declaração:

Amazon e Jeff Bezos expuseram suas práticas implacavelmente exploradoras durante a discussão em torno da Amazon Tax, ameaçando acabar com a construção e demitir os trabalhadores para impedir a cobrança de um imposto que Bezos poderia pagar com apenas uma hora de sua renda por ano. Em todo o país, os trabalhadores estão indignados com os péssimos salários e condições de trabalho enfrentados pelos trabalhadores dos armazéns da Amazon. Bezos está agora tentando atenuar sua imagem, que é uma evidência do impacto do nosso movimento. Em vez de adotar a falsa ideia de filantropia corporativa, que sabemos ser usada para tentar encobrir a exploração sistêmica de trabalhadores e de nossas comunidades, nossos movimentos devem continuar lutando para taxar grandes empresas para financiar casas e serviços acessíveis, e sindicalizar trabalhadores de tecnologia e de armazéns.

Marina Hyde, colunista do jornal inglês The Guardian, também atacou Bezos pelas más condições de trabalho nos armazéns da Amazon.

Como diz o velho ditado, a caridade começa no corredor 89 do depósito da Amazon, onde os trabalhadores têm tanto medo de perderem pontos por usar o banheiro que estão urinando em garrafas.

Por fim, outros críticos também lembraram que outros bilionários, como Bill Gates e Warren Buffett, doam quantias muito maiores para caridade. Se era uma ação de marketing pessoal de Bezos, parece não ter dado muito certo.

Imagens: Alex Wong/Getty Images

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SpaceX vai mandar pela primeira vez um cliente para uma viagem até a Lua

Posted: 14 Sep 2018 12:32 PM PDT

A SpaceX, empresa do bilionário e ultimamente controverso Elon Musk, anunciou na noite desta quinta-feira (13), no Twitter, que assinou contrato com seu primeiro cliente privado para levá-lo à Lua. Mais especificamente, para voar ao redor do satélite natural no novo foguete BFR.

A companhia aeroespacial vai revelar o nome do passageiro na próxima segunda-feira (17), às 22h no horário de Brasília, por meio de uma transmissão no YouTube. Você pode clicar aqui e definir um lembrete para acompanhar o anúncio.

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No ano passado, Elon Musk havia dito que dois humanos fariam a viagem até a Lua em 2018, mas agora devemos ter um atraso no cronograma, de forma que, como aponta o Engadget, a jornada aconteça a bordo do novo BFR, e não do atual foguete Falcon Heavy.

O BFR é o foguete que você na imagem que abre este post, uma renderização do novo veículo, segundo Elon Musk. A SpaceX espera que ele possibilite viagens ao redor do mundo, até a Lua e até mesmo a Marte. O foguete é composto, em sua maioria, por partes reutilizáveis.

O design do BFR foi apresentado pela primeira vez em setembro do ano passado, e a imagem desta quinta-feira traz algumas alterações, como barbatanas maiores na cauda e sete motores na base, em comparação com os seis da versão anterior.

Ninguém vai à Lua desde o fim das missões Apollo, nos anos 1970. Agora, a SpaceX quer puxar a fila. Quanto a foguetes, o BFR deve ao longo do tempo substituir os outros modelos da empresa, como o Falcon 9 e o Falcon Heavy.

[Engadget, The Next Web]

Imagem do topo: Divulgação/SpaceX

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Canal faz estúdio inundar com realidade mista para alertar sobre dimensão do Furacão Florence

Posted: 14 Sep 2018 09:07 AM PDT

O furacão Florence, que se formou Atlântico, chegou no sudeste nos Estados Unidos e tocou o estado da Carolina do Norte na manhã desta sexta-feira (14). Ele foi rebaixado à categoria 1, mas ainda assim deve provocar enchentes terríveis e fortes tempestades na região.

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Para dar dimensão do quão catastrófica podem ser essas enchentes, o canal de televisão The Weather Channel preparou uma visualização em realidade mista, que foi apresentada nesta quinta-feira (13). A equipe do canal preparou um cenário virtual em que os meteorologistas Greg Postel e Ericka Navarro são cercados pela água e ilustra como seria estar no meio da tempestade.

A previsão dos meteorologistas mostra que a enchente poderia chegar a quase três metros de altura em algumas regiões. O número assusta, mas as imagens da água, dos carros flutuando e a comparação em relação à paisagem e aos apresentadores são bem mais aterrorizantes.

Os gráficos em realidade mista foram criados em parceria com a empresa de realidade aumentada The Future Group, que utiliza a Unreal Engine – uma plataforma de desenvolvimento de games bem popular, presente em jogos como Street Fighter V, Fortnite e A Way Out.

O pessoal da Poynter explicou que, em vez de criar os efeitos e renderizá-lo na pós-produção, a tecnologia permitiu que os efeitos fossem processados em tempo real.

De acordo com informações do Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês), o Florence atingiu os Estados Unidos às 8h15 (horário de Brasília) perto de Wrightsville Beach e com ventos de até 150 km/h. A tempestade deve ser a mais forte a atingir a região em 3 décadas.

[The Verge]

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NASA aumenta esforços para contatar rover Opportunity após tempestade de poeira em Marte

Posted: 14 Sep 2018 08:44 AM PDT

À medida que a tempestade de poeira que se espalhou por toda a superfície de Marte se dissipa, cientistas da NASA aumentaram seus esforços para contatar o rover Opportunity, de quase 15 anos de idade, que está em silêncio desde 10 de junho.

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Alguns cientistas estão começando a ficar apreensivos, mas existe um plano em ação. A rede espacial de satélites de comunicação da NASA começou um período de 45 dias de “escuta ativa” na quarta-feira (12), durante o qual eles vão enviar sinais da Terra para Marte várias vezes ao dia. Receptores de rádio vão ouvir passivamente até janeiro de 2019, no mínimo.

“Acho que temos um plano em que, se o veículo estiver vivo, iremos ouvi-lo”, disse Steve Squyres , investigador principal dos rovers de exploração de Marte Spirit e Opportunity, em entrevista ao Gizmodo. “A questão é se ele está vivo ou não.”

Tempestades de poeira poderosas surgem em Marte a cada poucos anos, porém a mais recente foi provavelmente uma das maiores já registradas, segundo um comunicado da NASA. O que começou como uma tempestade pequena em maio logo tomou conta de todo o planeta. O rover Curiosity, abastecida por energia nuclear, está bem, mas os cientistas estavam mais preocupados com como o Opportunity, abastecida por energia solar, iria se sair, com a luz do Sol escurecida pela grossa camada de poeira.

Não é a baixa energia diretamente que mataria o rover. O Opportunity é equipada com uma caixa de eletrônicos quente, ou WEB, na sigla em inglês, que armazena equipamentos sensíveis à temperatura e garante que ela nunca esteja menor do que -40º C. Mas as temperaturas à noite em Marte podem alcançar níveis mais baixos do que -100º C.

Cada peça eletrônica dentro da caixa foi testada em -55º C, explicou Squyres, e a tempestade de poeira geralmente tem um efeito de moderação na temperatura, mantendo as noites mais quentes. Ainda assim, não está claro como o equipamento se comportaria em temperaturas inferiores a -55º C, ou como quase 15 anos de aquecimento e resfriamento mudariam a capacidade dos componentes de suportar o frio.

A NASA vai escutar ativamente o rover — ou seja, vai enviar sinais e esperar por uma resposta — por um período de 45 dias que começou nesta semana. Mas isso não significa que eles vão desistir depois desse período. “Se o veículo estiver de fato vivo, ele deve acordar e conversar conosco por conta própria”, disse Squyres. A NASA vai esperar um sinal potencial até pelo menos janeiro, já que, talvez, a poeira tenha se acumulado nos painéis solares, e um redemoinho de poeira passando pelo rover poderia limpar os painéis e despertar o veículo. É improvável, mas talvez aconteça.

A maratona da Opportunity. Imagem: NASA/JPL-Caltech/MSSS/NMMNHS

Atualmente, sentimentos conflitantes tomam conta dos cientistas. O Opportunity tem sido uma missão bastante bem-sucedida, aguentando quase 15 anos quando estava programada para durar 90 dias. Squyres, que tem trabalhado na missão desde 1987, lembra de quando o rover Spirit morreu após seis anos de operação, em 2010. Mas o Opportunity, diferentemente da Spirit, seria o fim desse projeto. Ainda assim, ele disse, “sempre senti que havia dois jeitos honráveis dessa missão terminar. Uma seria se simplesmente usássemos o rover até o fim, e a outra, se Marte o matasse”.

O Opportunity fez algumas observações importantes durante o seu tempo no Planeta Vermelho. “Encontramos as primeiras rochas sedimentares que mostraram evidências de água líquida em Marte”, disse Kirsten Siebach, geóloga especializada no estudo de Marte da Universidade Rice, em conversa com o Gizmodo. Então, o rover fez uma longa viagem até outra cratera, onde foi capaz de observar algumas das rochas mais antigas do planeta e ajudar a moldar nossa compreensão de como era a aparência de Marte. Ela percorreu 40,23 quilômetros pela superfície marciana durante sua operação.

Apesar das expectativas superadas, perder o Opportunity seria uma derrota para a ciência atual. “O Opportunity é o único rover explorando a época mais antiga da história de Marte, quando fortes evidências indicam que o planeta era mais quente, mais molhado e talvez parecido com a Terra naquela época e quando a vida surgiu aqui”, afirmou Matthew Golombek, cientista de projeto da missão Mars Exploration Rovers no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em entrevista ao Gizmodo. O Opportunity estava no meio da condução de mais pesquisas, estudando pequenos barrancos que parecem ter sido esculpidos por gotas de água líquida. Se o rover se perder, entender como esses barrancos realmente se formaram será mais um problema que, por ora, não será resolvido.

Seibach explicou que carreiras inteiras foram construídas a partir de dados da Opportunity e que é um ativo ter vários rovers. “Se você pousar uma missão na Terra em Nova York e tentar entender como é toda a Terra, você terá uma percepção distorcida”, ela disse.

Agora é torcer para que o Opportunity entre em contato conosco. Porém, mesmo que isso não aconteça, a missão tem sido um tremendo sucesso. “Antes de pousarmos, eu subestimava demais Marte”, disse Squyres. “No fim das contas, Marte é muito mais complicado e interessante do que imaginávamos.”

[NASA]

Imagem do topo: NASA/JPL-Caltech

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iPhone XR tem produção atrasada por causa da tela LCD

Posted: 14 Sep 2018 07:40 AM PDT

A pré-venda dos modelos mais caros dos iPhones anunciados na última quarta-feira (12) já começou nos Estados Unidos, e os envios começarão no final de setembro. O primo pobre (mas não tão pobre assim), iPhone XR, iniciará suas vendas depois, e os envios serão feitos apenas em outubro.

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A ordem da pré-venda parece meio esquisita, afinal, no ano passado, a gente viu os iPhones 8 e 8 Plus dando a largada da temporada dos smartphones da Apple, e aqueles que queriam o iPhone X precisaram esperar um bocado de tempo para pôr as mãos no celular de mil dólares – que por aqui chegou por R$ 7 mil.

Por que isso aconteceu? Aparentemente, tem a ver com a escolha do hardware do iPhone XR, mais especificamente a tecnologia da tela.

Enquanto os modelos XS e XS Plus vêm com painel OLED, o modelo mais barato, que custa a partir de US$ 749, chegará com LCD.

O Verge aponta que a fabricação das telas LCDs sofreu alguns problemas, mas que esse provavelmente não é o único aspecto que causou atraso na expectativa de lançamento. O blog conversou com Ryan Reith, vice-presidente de pesquisas de dispositivos móveis da IDC, que disse que tem ouvido falar de “problemas com o software”.

Segundo o executivo, é preciso fazer uma série de ajustes e otimizações para telas LCDs no software, além desse ser o primeiro painel LCD com um entalhe e proporção 18:9.

“A Apple não conseguiu obter painéis o suficiente”, disse Reith. Ele adicionou ainda que a companhia fez a solicitação de produção há algum tempo, mas que a qualidade não era o suficiente.

De forma resumida, a companhia precisou fazer uma série de ajustes de engenharia de software para aprimorar o visual da tela e também precisou que a fornecedora do material passasse a fazer o recorte do entalhe. Essa combinação atrasou os planos.

Outro analista do mercado, dessa vez da companhia Canalys, disse ao Verge que a “Apple não atrasaria o lançamento do iPhone XR por outro motivo que não fosse problemas de produção para o envio de um volume adequado. O gargalo está no novo display LCD, que travou a produção”, comentou.

A Apple não comentou o caso.

[The Verge]

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A decisão da OnePlus de tirar a entrada de fone de ouvido tem mais relação com grana do que momento

Posted: 14 Sep 2018 06:40 AM PDT

Olha, eu não vou dizer que a OnePlus é gananciosa por tirar a entrada para fone de ouvido em seu próximo smartphone, o OnePlus 6T. A OnePlus é uma companhia, e as empresas precisam ganhar dinheiro, caso contrário fecham. Mas dizer que a razão de acabar com a opção pelo áudio sem fio no OP6T ter sido por "esperar a hora certa", não parece razoável, também.

A empresa deve revelar seu próximo smartphone em 17 de outubro, e antes do evento, eles têm feito teasers dos detalhes do aparelho, incluindo o fato de ele ter um leitor de biometria sob a tela e a falta de entrada para fone de ouvido — o que causou a ira de algumas pessoas, pois o 6T será o primeiro aparelho da marca sem o plug de 3,5 mm.

[Review] OnePlus 6: o melhor Android para quem não quer gastar tanta grana

Em uma entrevista ao TechRadar, Carl Pei, que é cofundador da OnePlus, defendeu a escolha dizendo "[Remover a entrada de fone de ouvido] foi uma decisão bastante controversa. Não estamos fazendo isso apenas por fazer e porque todo mundo adotou essa posição. Acreditamos que agora é a hora certa, pois vai beneficiar a maioria de nossos usuários."

Pei também disse que baseado em uma pesquisa conduzida pela companhia no início do ano, 59% dos usuários da comunidade OnePlus já conta com fones de ouvido sem fio. Agora, claramente esses números ilustram uma mudança similar de dados obtidos pela OnePlus em novembro de 2017, quando aparentemente menos de 20% dos seus usuários utilizaram fones sem fio. Mas, no meio dessa discussão, não consigo parar de pensar nos 41% restantes que usam fone de ouvido com saída 3,5 mm, ou os 70% que disseram há um ano que a qualidade de áudio era uma grande prioridade.

Quando o OnePlus 6 foi lançado em maio deste ano, ele ainda tinha a entrada para fone de ouvido. O próprio Pei fez algumas piadas sobre o recurso durante o evento de anúncio do OnePlus 6. Então, o que mudou de maio para agora, além da questão demográfica, que encorajou a empresa a deixar o conector de fone de ouvido de lado?

Meu pitaco — e isso é apenas uma teoria — é que a mudança rolou quando a OnePlus lançou seus fones de ouvido sem fio Bullets junto com o OnePlus 6. Antes disso, a OnePlus nunca teve uma tradição de oferecer fones Bluetooth. Logo, alguns reviews do fone foram publicados falando que a entrada de fone de ouvido não parecia mais necessária. E, olha, se a OnePlus vender um pouco mais de fones sem fio por causa dessa mudança, isso já é um bônus, né?

Além disso, os fones Bullets são bem decentes, especialmente pelo preço. Mas eu nunca gostei muito deles, pois sempre fico empacado com a existência de fones sem fio com cabos que são usados para colocar em volta do pescoço.

Você também não pode deixar de considerar o fator clichê de que a entrada de fone de ouvido ocupa espaço. Com menos portas no corpo do telefone, isso significa mais espaço para coisas como maior bateria e sensores de biometria. Se a OnePlus não reverter sua decisão de ter um carregador sem fio, parecerá um pouco estranho ouvir áudio Bluetooth enquanto ainda você tem de conectar um cabo no telefone para carregá-lo.

A essa altura do campeonato, é difícil ficar bravo com a mudança. Não é sobre ter coragem, mas sobre dinheiro — mais especificamente os bilhões de dólares que a Apple tem ganhado com os Airpods. A OnePlus só está seguindo o modelo de negócio da Apple. E embora tomar essa decisão dois anos após a Apple possa ter relação com timing, a OnePlus não pode deixar de lado a questão financeira. Ambos os fatores são importantes e, a menos que as pessoas fiquem muito bravas com isso, provavelmente vai funcionar.

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Como vai ser a missão da NASA de colidir uma espaçonave contra um asteroide

Posted: 14 Sep 2018 06:20 AM PDT

Uma missão para desviar asteroides que possam ameaçar a Terra começou sua fase de design e montagem finais, de acordo com um comunicado de imprensa. A NASA está testando uma técnica feita para proteger o planeta de um impacto iminente de asteroide, e ela é bem simples: eles vão chocar uma espaçonave contra a rocha.

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A nave Double Asteroid Redirection Test (DART) seguirá até um sistema de dois asteroides, consistindo em um Didymos de 800 metros de diâmetro e no corpo de 160 metros que o orbita. A espaçonave vai colidir com o asteroide menor, chamado de “Didymoon”, a 21.436 km/h, na tentativa de desviá-lo.

Concepção artística da espaçonave indo em direção ao menor dos dois corpos que compõem o sistema Dydimos. Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory

“Isso é legal por uma série de razões. É a primeira missão de defesa planetária da NASA”, disse Nancy Chabot, cientista de projeto da missão DART no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins,  em entrevista ao Gizmodo. “Não é a solução final, de jeito algum, mas é o primeiro passo para como vamos lidar com potenciais perigos de asteroides e como minimizaríamos isso.”

Isso pode soar alarmista, mas já escrevemos muito sobre a ameaça real representada por asteroides. Mesmo uma rocha de 20 metros de diâmetro, como a que explodiu no céu de Chelyabinsk em 2013, poderia danificar uma cidade e machucar centenas de pessoas. Talvez, se os cientistas detectarem um asteroide ameaçador a tempo, uma missão como a DART poderia mudar o curso do asteroide de forma que ele evite a Terra.

O DART será lançado em algum momento entre dezembro de 2020 e maio de 2021. Ele vai contar com o NASA Evolutionary Xenon Thruster – Commercial (NEXT-C), um propulsor elétrico solar leve, para sair da órbita da Terra em direção ao Didymos. A nave chegará ao sistema em outubro de 2022. Câmeras e softwares de navegação vão direcionar a espaçonave até o asteroide menor. A colisão, com sorte, deverá mudar a velocidade do asteroide levemente, mas o suficiente para que os cientistas detectem a mudança com telescópios posicionados na Terra.

Mas não se preocupe com o Didymoon mudando de curso e atingindo a Terra ou algo assim. Atualmente, ele orbita o Didymos uma vez a cada 12 horas. Os cientistas do DART esperam que sua missão, se bem-sucedida, diminua esse tempo orbital em oito minutos.

Isso é apenas um teste para determinar se um método desses funcionaria. No entanto, governos não podem simplesmente enviar uma missão como essa sempre que acharem que um asteroide é uma ameaça. Quem quiser desviar um asteroide ainda precisará de dados sobre ele, como do que ele é composto. Isso exige melhores observações e simulações de asteroides, algo que falta ao governo dos EUA no momento, por exemplo.

Escrevemos diversas vezes sobre como os Estados Unidos não estão prontos para um impacto de asteroide de grande porte. Embora designado para catalogar 90% dos asteroides com mais de 140 metros de diâmetro, os pesquisadores estão talvez apenas a um terço do caminho — e poderia haver problemas com dados atuais. Precisamos de melhores estratégias de observação. O DART não terá utilidade contra um asteroide enorme que apareça do nada, porque não estaríamos o observando. Mas a missão experimental, ainda assim, pode ajudar a determinar se a estratégia de desvio de asteroide é sequer factível.

“Não dá para simplesmente fazer um pequeno desvio e mudar se você não tiver o aviso de tempo. O (DART) é apenas um aspecto da estratégia”, disse Chabot. “Identificar o que está por aí, rastrear e caracterizar é igualmente importante.”

No mínimo, colidir uma espaçonave contra um asteroide aparece o tipo de ciência patriótica que os Estados Unidos tanto deseja. Vamos esperar que ao menos tenhamos um vídeo disso.

[JHUAPL via Universe Today]

Imagem do topo: NASA

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NuConta, do Nubank, adiciona função de cobrança para dividir contas com amigos

Posted: 14 Sep 2018 05:06 AM PDT

Quando a gente sai com os amigos e a família sempre rola um momento burocrático: o pagamento. Primeiro vem a divisão, depois cada um vai passando o seu cartão ou pagamento no dinheiro. A partir de agora, os usuários da NuConta poderão fazer cobranças por meio de um link, e a proposta do Nubank serve bem para essas ocasiões.

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• Como funciona a NuConta, "conta corrente" sem tarifas do Nubank

A funcionalidade começou a ser liberada para os usuários nesta quinta-feira (13) e alguns usuários já receberam um email explicando o recurso – uma leitora do Gizmodo Brasil compartilhou a mensagem. O Nubank explica que qualquer usuário da NuConta poderá fazer cobranças de qualquer valor pelo aplicativo.

O funcionamento é simples: haverá um botão “Cobrar” no menu inicial do aplicativo. Tocando ali, o usuário cria um link com a cobrança de um valor, que pode ser compartilhado em aplicativos de mensagens.

Quem tem conta corrente em outros bancos verá os dados bancários do usuário e para quem tem NuConta o processo é simplificado. Quem envia a cobrança também pode deixar uma mensagem para os destinatários.

É uma boa ideia para agilizar a hora de pagar a conta ou até para salvar o amigo que deu o golpe da carteira esquecida.

A funcionalidade será liberada gradualmente nos próximos dias, então não estranhe se você não encontrar o botão ainda.

Recentemente, a NuConta foi disponibilizada para todos e ganhou portabilidade de salário. Agora, falta uma opção de agendamento automático para as transferências fora do período comercial de transações – afinal, é bem chato tentar fazer uma operação e o aplicativo pedir para você voltar no dia seguinte.

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