terça-feira, 25 de setembro de 2018

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Apple conclui compra do Shazam por US$ 400 milhões e promete retirar propagandas do app

Posted: 24 Sep 2018 03:08 PM PDT

Se você gosta de música, deve conhecer o Shazam, aplicativo que reconhece que canção está tocando no ambiente. No ano passado, a Apple o comprou por US$ 400 milhões. O negócio foi concluído nesta segunda-feira (24) e, em breve, o app não terá mais propagandas.

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Em um comunicado à imprensa, Oliver Schusser, vice-presidente do Apple Music, relembrou o histórico do aplicativo, um dos primeiros a entrar na App Store, e disse que estão "empolgados para reunir nossas equipes e oferecer aos usuários ainda mais maneiras de descobrir, experimentar e curtir músicas".

Ainda não está claro qual o interesse da Apple em comprar o Shazam, mas é bem provável que ele passe a integrar algum produto da Apple. O Apple Music poderia ganhar uma função de reconhecimento musical, a exemplo do que o Deezer já oferece. A Siri já recorre ao aplicativo quando você pergunta a ela qual a música que está tocando.

O que se sabe é que ele deixará de exibir anúncios. "O aplicativo em breve oferecerá sua experiência livre de anúncios para todos os usuários, para que todos possam aproveitar o melhor do Shazam sem interrupções", diz o comunicado da Apple.

De qualquer forma, o interesse certamente não é financeiro. A empresa nunca chegou a obter lucro com o app. Apesar de seus números expressivos — mais de 1 bilhão de downloads e 20 milhões de músicas reconhecidas por dia —, a companhia registrou perdas de £ 4 milhões em 2016 e de £ 16,6 milhões em 2015.

O Shazam existe desde 1999. Na época, ele era oferecido como um serviço por telefone, já que não havia internet móvel nos moldes de hoje. Você ligava do seu celular, o software do outro lado da linha ouvia a música, reconhecia e respondia por SMS com o nome da canção. Segundo o TechCrunch, além da Apple, Snap e Spotify estavam interessados na compra, mas o Shazam acabou mesmo nas mãos da maçã.

[Apple via TechCrunch]

Imagem do topo: Apple

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iPhone XS Max ganha homologação pela Anatel, mas segue sem data de lançamento no Brasil

Posted: 24 Sep 2018 01:49 PM PDT

Os novos iPhones ainda não têm data para chegarem ao Brasil, mas um dos modelos acaba de ganhar homologação pela Anatel. O iPhone XS Max — versão maior do novo iPhone, com tela de 6,5 polegadas — já está autorizado a ser comercializado por aqui, depois de o registro de homologação ter sido feito nesta segunda-feira (24).

• iPhone XS e iPhone XS Max: o que você precisa saber sobre os lançamentos da Apple
• [Hands-on] iPhone XS Max: esse celular é gigantesco ou é exagero?

O modelo certificado para o Brasil é o A2101, que é também vendido na Europa e traz suporte para todas as bandas do 4G nacional. O iPhone XS, enquanto isso, ainda não surgiu nos registros de homologação, mas isso deve acontecer em breve. Seu modelo deverá ser o A2097, que aparece listado na página brasileira da Apple para os novos smartphones.

De acordo com o MacMagazine, a Apple também recebeu o sinal verde para diversos modelos de baterias usadas no iPhone XS Max e no iPhone XS, identificadas pelos códigos 616-00499, 616-00514, 616-00505, 616-00507, 616-00508, 616-00502, 616-00506, 616-00512, 616-00256, 616-00341, 616-00253, 616-00251 e 616-00250.

Os novos modelos chegaram às lojas dos 30 países da primeira leva de lançamento na última sexta-feira (21). Não há data para lançamento no Brasil, mas a Apple disse que os aparelhos devem chegar até o fim do ano.

[MacMagazine]

Imagem do topo: Alex Cranz/Gizmodo

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Um jovem ficou 49 dias à deriva no mar, pois ninguém o viu em seu barquinho de pesca

Posted: 24 Sep 2018 12:00 PM PDT

Um adolescente indonésio está a salvo depois de ficar mais de um mês e meio em alto mar em uma cabana de pesca flutuante, segundo noticia o Jakarta Post.

Todos os 12 garotos e o treinador foram resgatados de caverna inundada na Tailândia

Aidi Novel Adilang, de 19 anos, estava encarregado de trocar as lâmpadas que são usadas para atrair os peixes, segundo informa um post do consulado da Indonésia em Osaka (Japão), que cuidou do resgate do jovem. A geringonça, conhecida como rompong, estava a cerca de 120 km da costa. Aldi executava a tarefa sozinho, mas era visitado uma vez por semana por alguém que capturava os peixes e fornecia comida e outros suprimentos para ele, de acordo com o jornal local.

Aldi permaneceu na pequena embarcação, que estava ancorada por uma longa corda. Mas, em julho, após fortes ventos atingirem seu barco, a corda se partiu, e Aldi flutuou sentido ao Oceano Pacífico. O adolescente ficou sem suprimentos em poucos dias, mas ele ia pegando peixes e os cozinhando com madeira queimada de sua embarcação. Para se hidratar, ele usava sua roupa para filtrar um pouco do sal da água, segundo o The Guardian. Ele também fez uma espécie de chuveiro utilizando bambu.

Aldi disse ao jornal TribunManado que pensou que iria morrer e considerou se afogar algumas vezes para acabar com o sofrimento. No entanto, ele achou conforto em sua fé ao rezar frequentemente e ao ler a Bíblia.

"Toda vez que ele via uma embarcação grande, ele tinha esperança de ser resgatado, mas mais de dez navios passaram por ele, e nenhum parou ou viu Aldi", disse Fajar Firdaus, um diplomata do consulado em Osaka, que cuidou do resgate de Aldi, disse ao Jakarta Post. "Aldi disse que estava assustado e que chorou diversas vezes enquanto estava à deriva."

Aldi Novel quando foi resgatado. Crédito: Consulado Geral da Indonésia em Osaka

Em 31 de agosto, Aldi viu um navio cargueiro que o salvaria. Mas, quando ele acenou com suas roupas, tentando chamar a atenção da tripulação, ninguém o viu, segundo o Jakarta Post. Aldi então tentou utilizar um rádio para entrar em contato com a embarcação e conseguiu chamar a atenção do capitão. O navio teve de circular algumas vezes ao redor de Aldi para finalmente conseguir chegar próximo a ele e resgatá-lo.

Aldi após ter sido resgatado. Crédito: Consulado Geral da Indonésia em Osaka

A tripulação alimentou Aldi, deu roupas a ele e cortou o cabelo do jovem. O cargueiro levou Aldi ao Japão, onde o consulado conseguiu levá-lo de volta para casa. Ele voou de volta para sua cidade, Manado, no início do mês.

Aldi disse ao TribunManado que não iria mais trabalhar no mar e que agora prefere trabalhar em terra firme.

[The Jakarta PostTribunManadoGuardian]

Imagem do topo: Consulado Geral da Indonésia em Osaka/Facebook

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Estudo da OMS descobre que o álcool é responsável por 5% das mortes no mundo

Posted: 24 Sep 2018 11:22 AM PDT

O álcool é responsável por uma em cada 20 mortes no mundo. É o que diz a mais recente edição de um relatório quadrienal da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O jornal inglês The Guardian escreve que o estudo descobriu que cerca de três milhões de óbitos em 2016 podem ser atribuídos ao álcool. Deles, 2,3 milhões são de homens, e 29% foram causados por ferimentos (incluindo tudo, de acidentes a batidas de carros a suicídios) e não por problemas de saúde.

• O que é uma ressaca? Entenda o que o álcool fez com seu corpo
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Outras causas de morte registradas incluem transtornos digestivos (21%) e doenças cardiovasculares (19%). Há, também, "doenças infecciosas, cânceres e transtornos mentais", além de outras condições causadas pela ingestão da substância, acrescenta a CNN.

De acordo com os dados da OMS, aproximadamente 7,2% das mortes prematuras no planeta estão ligadas ao álcool, assim como 5,3% de todos os óbitos.

O especialista da OMS Dr. Vladimir Poznyak diz que os governos não estão fazendo o suficiente para reduzir o consumo de álcool.

Especialista da OMS em controle de álcool, o Dr. Vladimir Poznyak esteve envolvido no relatório. Ele diz que o fardo do álcool é "inaceitavelmente grande".

"Infelizmente, a implementação das opções de políticas mais efetivas está muito atrasada em relação à magnitude dos problemas", diz. Ele ainda acrescenta que as projeções sugerem que o consumo de álcool no mundo e os danos relativos a ele devem aumentar nos próximos anos.

"Os governos precisam fazer mais para atingir as metas globais e reduzir o dano do álcool na sociedade. Isto está claro, e esta ação está ou ausente ou insuficiente na maioria dos países do mundo", diz Poznyak.

A CNN escreve que a pesquisa estima que 2,3 bilhões de pessoas ao redor do mundo consomem álcool. Destes, 237 milhões de homens e 46 milhões de mulheres têm algum tipo de transtorno com ligação causal ao álcool.

O estudo também revelou que os destilados constituem a maior porcentagem do álcool consumido (45%), com a cerveja (34%) e o vinho (12%) logo atrás.

Nos quatro anos desde a edição anterior do estudo, entretanto, a proporção de mortes ligadas ao álcool teve um pequeno decréscimo: antes, o número era de 5,9%.

"Na última década, houve uma reversão constante no pensamento, associando o consumo de álcool a doenças, especificamente concentrado em desafiar a noção disseminada de que beber moderadamente tem um efeito benéfico à saúde, e grandes esforços foram feitos para neutralizar a chamada cultura do consumo excessivo de álcool", declara Steven Bell, epidemiologista da Universidade de Cambridge, à CNN.

Um grande estudo publicado recentemente na Lancet conclui que, apesar da velha crença popular (incluindo aí a comunidade médica) de que o consumo moderado de álcool pode ser bom para a saúde, os danos superam quaisquer benefícios.

O principal autor desse estudo, Max Griswold, diz ao Gizmodo que "Nós descobrimos que não há, na verdade, nenhum benefício de beber para a sua saúde. O nível mais seguro, de uma perspectiva de saúde, é não beber nada."

De acordo com a pesquisa, ingerir duas doses de bebida alcoólica por dia aumenta o risco de morte prematura em 7%.

De acordo com o Guardian, Poznyak acredita que o estudo da OMS, na verdade, subestima os malefícios da bebida, pois não inclui os dados de crianças que começam a beber antes dos 15 anos de idade, o que, segundo ele, é comum em "muitos países".

[Guardian/CNN]

Imagem do topo: Uma loja de bebidas em Salt Lake City, Utah. Crédito: Rick Bowmer (AP)

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O WhatsApp criou uma espécie de central de reclamações na Índia para combater fake news

Posted: 24 Sep 2018 09:44 AM PDT

Nós já falamos algumas vezes de como a disseminação de notícias falsas por usuários do WhatsApp na Índia já levou ao assassinato de pessoas. Dada a gravidade da situação e a preocupação das autoridades locais, o aplicativo conta agora com uma espécie de "central de queixas" no país asiático.

Por ora exclusiva para a Índia, a funcionalidade está incorporada no app e possibilitará que usuários entrem em contato por lá ou por e-mail com a pessoa responsável pelas queixas, no caso Komal Lahiri, diretora sênior de operações e localização do WhatsApp, que fica baseada nos Estados Unidos.

Afinal, o que significa exatamente o "alguém está digitando" em seu app de mensagens?
De olho no combate às fake news, WhatsApp vai limitar uso do recurso encaminhar

De acordo com o site indiano NDTV, a seção de perguntas e respostas (FAQ) do WhatsApp na Índia descreve a central de queixas da seguinte forma: "Vocês (usuários) podem entrar em contato com a central de queixas com reclamações ou preocupações, incluindo dúvidas sobre os termos de serviços e questões sobre sua conta". Além disso, haverá uma seção do app em que autoridades poderão entrar em contato com o WhatsApp.

Essa nova medida do WhatsApp vem após uma visita do CEO do app, Chris Daniels, ao ministro de Tecnologia da Índia, Ravi Shankar Prasad, no mês passado. Na ocasião, Prasad solicitou que o WhatsApp encontrasse alguma forma de tentar detectar a origem de notícias falsas e que estabelecesse uma presença no país.

É difícil traçar a origem da disseminação de notícias falsas, uma vez que os conteúdos trocados pelo app são criptografados e o WhatsApp não deve enfraquecer esse recurso de segurança. Como parte do encontro com as autoridades indianas, ficou acordado que o app tomaria algum tipo de ação, que parece ser essa nova funcionalidade de queixas — consultado pelo NDTV, o WhatsApp não se pronunciou.

O WhatsApp tem muita relevância na Índia, que é o seu maior mercado, com mais de 200 milhões de usuários. Com a proximidade de eleições no próximo ano, as autoridades estão preocupadas com o mau uso da plataforma, que já fez com que pelo menos duas pessoas morressem após terem disseminado que elas eram sequestradoras de crianças (infelizmente, algo um pouco parecido com o que aconteceu no Brasil há alguns anos, só com o boato espalhado no Facebook).

Como na Índia, o Brasil é também um dos mercados relevantes para o WhatsApp. Por isso, é sempre bom ficar de olho com o que acontece em países onde o app tem grande presença. Ainda que estejamos em período eleitoral, por sorte, até o momento, só tivemos casos de desinformação pelo WhatsApp e que não levaram a grandes prejuízos no mundo real — como embates violentos no mundo real. Das piores consequências, podemos citar o problema das vacinas (correntes espalhadas pelo WhatsApp dizem de riscos que não existem). Porém, se as coisas piorarem, a empresa vai precisar fazer muito mais que pagar anúncios de jornal falando sobre fake news para ajudar no combate a esse problema.

[NDTV]

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Última versão do Chrome força login no navegador se você entrar em um serviço Google, dizem especialistas

Posted: 24 Sep 2018 08:12 AM PDT

A mais nova versão do Google Chrome está causando alguma polêmica entre certos usuários. Isso porque o navegador passou a, basicamente, forçar os usuários a fazerem login em sua conta Google no navegador.

Conforme descrito pelo pesquisador de segurança S. Bálint e reproduzido pelo The Next Web, sempre que alguém usando o Chrome 69 faz login a um site ou serviço do Google, o navegador automaticamente conecta esse usuário à sua conta embutida no navegador.

• Chrome vai permitir que as pessoas usem suas digitais para fazer login
• Google conta a história por trás do joguinho de dinossauro que aparece no Chrome offline

Isso cria alguns problemas de escolhas de privacidade. Digamos, por exemplo, que você esteja navegando no Chrome sem logar em sua conta para evitar que o Google tenha acesso ao seu histórico de navegação e informações de preenchimento automático de senhas e afins. Se você decide entrar no seu Gmail para checar as últimas mensagens que recebeu, todos esses seus dados de navegação anteriores ao login no serviço de e-mail são enviados aos servidores do Google — no período em que você não esteve logado, eles estavam apenas armazenados no seu sistema.

Engenheira do Google e parte da equipe do Chrome, Adrienne Porter Felt afirmou em uma série de tuítes que os dados dos usuários não estavam sendo enviados aos servidores da empresa, dizendo que o novo recurso foi feito para evitar uma confusão comum em situações de compartilhamento de um mesmo dispositivo, evitando assim a sincronização entre, por exemplo, a conta de uma pessoa que esteja logada no Chrome e uma conta de outra pessoa que acessou o Gmail no mesmo computador.

No entanto, o Google ainda assim vem sendo alvo de críticas por gente especializada em segurança. Matthew Green, professor de criptografia na Universidade Johns Hopkins, afirmou que o novo recurso de login forçado borra as fronteiras entre o "nunca logado" e o "logado", acabando com a confiança dos usuários.

Em um tuíte, Green chega a apresentar as próprias políticas de privacidade do Google, com a seção de "logado no Chrome" mostrando que, "quando você faz login no navegador Chrome ou em um Chromebook com a sua conta Google, seus dados de navegação pessoal são salvos nos servidores do Google e sincronizados com sua conta", com as informações podendo incluir favoritos, histórico, senhas e informações de preenchimento automático e abas, entre outras coisas.

Apesar do cenário descrito acima pela engenheira do Google, a novidade pode ainda criar situações potencialmente perigosas em que pessoas que usem o seu computador podem ter acesso às suas informações porque, apesar de você sair do Gmail, do Google Drive ou outro serviço, sua conta continuou logada no navegador.

De qualquer forma, se você não se convenceu pela explicação de Porter Felt e quiser desativar o recurso, digite "chrome://flags/#account-consistency" na sua barra de endereços e, ao lado da opção "Identity consistency between browser and cookie jar", selecione "Disabled".

[The Next Web, TechCrunch]

Imagem do topo: Getty

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Os novos iPhones quebram fácil, mas pelo menos podem ser mergulhados na cerveja

Posted: 24 Sep 2018 07:30 AM PDT

No evento de lançamento do iPhone Xs e Xs Max, Phil Schiller, vice-presidente de marketing da Apple, deu a letra: os aparelhos seriam capazes de aguentar até um mergulho na cerveja (graças ao certificado IP68 de resistência à água) e prometeu que o vidro do aparelho seria o “mais resistente já colocado em um smartphone”.

• iPhone Xs vs. iPhone X: as diferenças de bateria e RAM entre as gerações
• As entranhas do iPhone Xs revelam uma bateria esquisitona e um sensor de câmera maior

A empresa de seguros SquareTrade decidiu por as palavras do executivo à prova e fez um teste de durabilidade com os aparelhos. E, de fato, você não precisa se preocupar se o seu iPhone cair num copo de cerveja, mas é melhor tentar deixar ele longe do chão.

Em um vídeo, a companhia demostra os testes realizados:

Uma única queda, a 1,8 metro de altura, foi o suficiente para estilhaçar o vidro traseiro do iPhone Xs e do Xs Max.

Quando o celular caiu com a tela virada para o chão, o vidro também quebrou. A diferença é que o Xs apresentou mal funcionamento da tela, enquanto o Xs Max resistiu, apesar dos estilhaços.

O teste de “tombos” durante 60 segundos e de pressão (de mais de 100 quilos) também causaram danos aos aparelhos.

A SquareTrade ainda colocou os aparelhos em um tanque de um metro e meio, cheio de cerveja, por 30 minutos. Ambos os modelos resistiram e saíram dali funcionando perfeitamente.

Os testes da empresa são bem extremos e, convenhamos que é difícil seu celular cair de 1,8 metro de altura – mas mostram que o estrago pode ser bem feio. A companhia deu uma pontuação para os aparelhos. Quanto maior o número, maiores as chances do seu celular quebrar na primeira queda.

O iPhone Xs ficou com 86 pontos, considerado como um aparelho com “alto risco” de quebrar. Já o iPhone Xs Max fez 70 pontos, classificado com “médio risco”. A SquareTrade lembra ainda que os custos de reparo dos smartphones são salgados – trocar o vidro traseiro nos EUA custa entre US$ 549 e US$ 599, dependendo do modelo. É quase o preço de um celular novo, se considerarmos as opções mais baratas da Apple.

A pontuação, pelo menos, é melhor do que a que o iPhone X obteve (90 pontos). O Samsung Galaxy S9 (71 pontos) e S9+ (76 pontos) também não se destacam tanto.

[MacRumors]

Imagem do topo: Alex Cranz/Gizmodo

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Mais um vazamento do Pixel 3 mostra entalhe grandão e duas câmeras frontais

Posted: 24 Sep 2018 06:09 AM PDT

O vazamento de imagens de smartphones não é raro, especialmente dos principais modelos do mercado. O que acontece com o Pixel 3, no entanto, também não é comum; desde julho, fotos do smartphone circulam na imprensa especializada.

• Youtuber acredita que Google pode estar trollando mídia com vazamentos do Pixel 3
• Google Pixel 3 enfim ganha data de anúncio: 9 de outubro

Agora, uma das fontes mais confiáveis do meio, o @evleaks, soltou imagens renderizadas do aparelho (silhuetas, geralmente usadas para compor material promocional e servir como molde para desenvolvedores). As imagens não revelam muitas novidades e, na verdade, confirmam o que vimos até agora.

O Pixel 3 tem um visual parecido com o do Pixel 2 XL, lançado no ano passado. Aparentemente, o celular virá com tela de proporção 18:9, alto-falante frontal e duas câmeras para selfies.

Já o irmão maior, Pixel 3 XL, terá um visual parecido e a mesma dupla de câmera frontal. A diferença é que parece que o Google adotará a tendência do entalhe na tela; e, olha, é um chifre grandão.

O vazador da vez, @evleaks, tem uma reputação praticamente impecável com essas antecipações. O que significa que aquela teoria de que o Google estaria enganando a mídia em relação ao visual de seu celular perdeu um pouco de sua força.

A gente só vai saber a verdade no dia 9 de outubro, data em que o Google fará um evento para apresentar seus smartphones. Pode ser que até lá tenhamos uma ou outra imagem vazada, afinal, parece que o Google não tá muito a fim de guardar segredos – ou quem sabe nos enganando.

[9to5 Google]

Imagem do topo via @evleaks

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A sonda Hayabusa2 pousou dois módulos de aterrisagem na superfície do asteróide Ryugu

Posted: 24 Sep 2018 05:36 AM PDT

Dois módulos de aterrisagem da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA) conseguiram tocar o asteróide Ryugu, após se separarem da sonda Hayabusa2. Os equipamentos já começaram a transmitir imagens da superfície da rocha espacial.

• Sonda japonesa Hayabusa2 tira foto incrível do asteroide Ryugu de perto
• Primeira tentativa da sonda Hayabusa2 de aterrissar no asteroide Ryugu não deu muito certo

Os dois módulos de aterrisagem foram projetados para estudar a composição de Ryugu, um asteróide carbonáceo primitivo. O propósito final é obter mais informações sobre os planetas próximos do sistema solar.

A nave já voou muito perto da superfície do asteróide para medir sua força gravitacional; enquanto se aproximava de Ryugu para aterrisar os equipamentos, a sonda Hayabusa2 saiu de sua órbita de 20 quilômetros de distância e chegou a apenas 100 metros de distância da rocha.

De acordo com o pessoal do Space.com, os pequenos módulos (conhecidos como MINERVA-II1A e MINERVA-II1B) perderam brevemente o contato com a JAXA após a aterrisagem. No entanto, foi confirmado posteriormente que eles chegaram lá em “boas condições”, segundo a agência espacial.

Agora que eles aterrissaram com segurança, os dois rovers dos módulos serão capazes de fazer bom uso do ambiente de baixa gravidade para circular por Ryugu e pesquisar diferentes partes de sua superfície.

Ao estudar os fragmentos que compõem Ryugu, os cientistas esperam fazer descobertas importantes sobre a composição do antigo Sistema Solar e as condições que deram origem à vida na Terra. Os asteroides são objetos antigos e muitas vezes possuem traços de água ou de materiais orgânicos (ou ricos em carbono).

Embora o equipamento possua instrumentos científicos como câmeras, termômetros e acelerômetros, um dos propósitos do rover (que utiliza o torque gerado pela rotação de componentes internos, em vez de rodas) é simplesmente agir como uma prova de conceito para a exploração de ambientes de baixa gravidade.

1º tuíte: Foto tirada pelo Rover-1B no dia 21 de setembro às ~13:07 no horário do Japão. Foi capturada logo após a separação dela com a sonda espacial. A superfície de Ryugu está na parte inferior direita. O enevoado na esquerda superior é o reflexo da luz do Sol. 1B pareceu girar lentamente após a separação, minimizando o borrado da imagem.

2º tuíte: Essa imagem dinâmica foi capturada pelo by Rover-1A, no dia 22 de setembro, mais ou menos às 11:44 no horário do Japão. Ela foi tirada na superfície de Ryugu durante um salto. A superfície está na metade esquerda da imagem, enquanto a região branca na parte direita mostra a luz do Sol.

No futuro, como aponta o Guardian, a Hayabusa2 irá disparar um míssil de cobre no asteróide, criando uma cratera de onde os cientistas coletarão amostras de material que estão imediatamente abaixo da superfície. Além disso, um rover maior, chamada MASCOT, será enviado ao asteróide:

Em outubro, a sonda Hayabusa2 irá lançar um “impactador” que explodirá abaixo da superfície do asteróide, ao disparar um míssel de cobre de 2kg para criar uma pequena cratera na superfície.

A partir dessa cratera, a sonda irá coletar materiais “frescos” que não foram expostos por vento e radiação com o passar do tempo. A expectativa é obter respostas para algumas das questões fundamentais da vida e do universo, incluindo se os elementos vindos do espaço ajudaram a criar a vida na Terra.

A sonda também irá lançar um veículo de pouso franco-germânico chamado MASCOT, para a observação da superfície.

E não acabou. A Hayabusa2 lançará ainda outro pequeno rover (desta vez, com LEDs ópticos e ultravioletas) em 2019. Até o final do ano que vem, a nave espacial deve começar a sua jornada para retornar à Terra, cheia de amostras coletadas em Ryugu.

“Eu fiquei impressionado com o que conseguimos fazer aqui Japão. É um verdadeiro encanto da exploração do espaço”, disse Takashi Kubota, porta-voz da JAXA, à imprensa.

Espera-se que Hayabusa2 volte à Terra até o final do ano de 2020. Os Estados Unidos também possuem uma missão de coleta de amostras de asteróide, bem similar a essa; mas ela só deve ser concluída em 2023.

[Space.com/Guardian]

Hayabusa2 voando acima do asteróide Ryugu, no dia 21 de setembro de 2018. Sua sombra pode ser vista no canto esquerdo superior da imagem. Crédito: JAXA (AP)

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É possível criar um sistema de reconhecimento facial não-racista?

Posted: 24 Sep 2018 04:33 AM PDT

À medida que as empresas correm para implementar o reconhecimento facial em todos os lugares, desde estádios até a escola local e o acampamento de verão, enfrentamos questões difíceis sobre o potencial da tecnologia em intensificar o viés racial; O software comercial de reconhecimento facial tem se mostrado repetidamente menos preciso em pessoas com pele mais escura, e os defensores dos direitos civis se preocupam com as maneiras perturbadoras que o reconhecimento facial pode ser usado pela polícia.

No entanto, esses sistemas continuam a se espalhar pelos EUA em meio a garantias de que algoritmos mais precisos estão a caminho. Mas a implementação de um reconhecimento facial realmente não racista (em oposição a apenas "daltônico") é realmente possível? Para ajudar a responder a essa pergunta, conversamos com especialistas em reconhecimento facial, raça e vigilância, e pedimos que pensassem se poderíamos remediar os vieses técnicos, culturais e carcerários do reconhecimento facial.

Justiça exige que metrô de SP pare de usar câmeras que monitoram atenção de passageiros
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Preconceitos e soluções técnicas

No início deste ano, os pesquisadores do MIT Joy Buolamwini e Timnit Gebru destacaram uma das formas como o reconhecimento facial é tendencioso contra os negros: rostos mais escuros são pouco representados nos conjuntos de dados usados ​​para treiná-los, deixando o reconhecimento facial mais impreciso quanto a rostos escuros. Os pesquisadores descobriram que quando vários algoritmos de reconhecimento facial foram usados para identificar o gênero, eles classificaram as mulheres de pele escura como homens até 34,7% do tempo. A taxa máxima de erro para os homens de pele clara, por outro lado, era inferior a 1%.

“Para falhar uma em três vezes, em um sistema comercial, em algo que foi reduzido a uma tarefa de classificação binária, você tem que se perguntar –isso teria sido permitido se essas taxas de falha estivessem em um subgrupo diferente?”, Perguntou Buolamwini em um comunicado de imprensa do MIT.

No artigo, o classificador de gênero da Microsoft apresentou uma taxa de erro de 20,8% para mulheres de pele escura. Em resposta, a Microsoft anunciou em junho que estava recalibrando os dados de treinamento através da diversificação de tons de pele em imagens de treinamento facial, se vangloriando por equilibrar as discrepâncias raciais nas taxas de classificação de gênero. Isso, no entanto, só remete a um tipo de enviesamento no reconhecimento facial.

“Estamos falando de duas questões separadas e únicas a nossa indústria”, disse Brian Bracken, CEO da startup de inteligência artificial, Kairos, ao Gizmodo. Vieses técnicos, explicou ele, têm soluções técnicas. Mas mesmo o reconhecimento de face totalmente funcional pode encorajar sistemas tendenciosos, um problema que requer soluções culturalmente mais complexas. “Ambos são problemas e ambos merecem atenção, mas são duas coisas distintas”.

A Kairos faz sistemas biométricos de login que permitem que os clientes do banco usem o rosto para verificar suas contas, os funcionários entrem no trabalho e as pessoas nos parques de diversões acessem as atrações em filas de alta velocidade. Nesses contextos, diz Brackeen, as apostas de um falso positivo ou um falso negativo são muito menores. Ser identificado erroneamente pelo seu banco não é o mesmo que ser identificado erroneamente pela polícia.

“Estou muito mais confortável vendendo reconhecimento facial a parques de diversão, linhas de cruzeiro ou bancos”, disse Brackeen, “se você tiver que fazer login em sua conta [bancária] duas vezes porque é afro-americano, isso é injusto. Mas você não vai levar um tiro".

Brackeen, que, brincando, identifica como" provavelmente o único" CEO negro de uma empresa de reconhecimento facial, entrou no centro das atenções da mídia em junho quando revelou que a Kairos recusou um contrato com o fabricante de câmeras para corpo Axon. De acordo com Brackeen, o reconhecimento facial aumenta exponencialmente as capacidades da polícia, o que, por sua vez, aumenta ainda mais os vieses do policiamento.

"Quando você está falando sobre uma ferramenta de inteligência artificial, em uma câmera no corpo, estamos falando de habilidades extra-humanas. Digamos que um policial seja capaz de identificar 30 imagens por hora ", disse Brackeen. "Se você perguntar a um departamento de polícia se estariam dispostos a limitar [o reconhecimento] a 30 reconhecimentos por hora, eles diriam que não. Porque não se trata do tempo do policial. Se trata, na verdade, de uma habilidade sobre-humana de identificar pessoas, o que muda o contrato social".

Por fim, Brackeen vê uma solução do lado do fornecedor: em um editorial publicado em junho, ele pediu que cada empresa de reconhecimento facial parasse de vender sua tecnologia para agências de segurança pública.

O Fruto de uma árvore venenosa

O reconhecimento facial funciona combinando a pessoa que está sendo digitalizada com um banco de dados de imagens faciais. Nos contextos de policiamento, esses bancos de dados podem incluir fotos de passaportes e carteiras de motorista. Em Orlando, a polícia fez uma parceria com a Amazon para testar o reconhecimento facial ligado a câmeras de vigilância em locais públicos. Em Nova York, os distritos escolares começaram a explorar sistemas semelhantes para examinar os rostos dos visitantes após o tiroteio em Parkland. Em ambos os casos, o objetivo é identificar instantaneamente pessoas de interesse, como aquelas com mandados pendentes.

Isto, no entanto, pressupõe que os mandados são distribuídos "de forma justa" ou devem sempre ativar intervenção policial. Considere Ferguson, Missouri, onde a morte a tiros de Mike Brown provocou dias de protestos. Uma investigação do Departamento de Justiça após a morte de Brown descobriu que a polícia de Ferguson foi "moldada pelo foco da cidade em sua receita e não nas necessidades de segurança pública". Como o relatório explicou, a polícia rotineiramente visava motoristas negros para paradas e buscas como parte de um modelo de receita racista e lucrativa, emitindo mandados de prisão para pagamentos perdidos ou em atraso.

Os números eram impressionantes: representando 67% da população em Ferguson, os cidadãos negros eram o alvo de 85% das paradas no trânsito e 91% de todas as paradas resultaram em alguma forma de citação. Em um futuro onde todos os motoristas são instantaneamente identificáveis ​​através do reconhecimento facial, considere como seria a vida de alguém instantaneamente identificado com um mandado de prisão pendente como resultado de um sistema preconceituoso.

À medida que o reconhecimento facial se torna padronizado e entra nas escolas, estádios e aeroportos, os poderes de vigilância da polícia crescem. Mesmo com modelos de treinamento recalibrados, o "viés" está presente. Um estudioso com quem falamos argumentou que o reconhecimento facial livre de preconceitos nunca poderia existir no sistema de policiamento.

"[O reconhecimento facial] imagina o policiamento como neutro. Sabemos que esse não é o caso", disse Simone Browne, professora assistente da Universidade do Texas em Austin e autora de Dark Matters: On the Surveillance of Blackness, ao Gizmodo. Dark Matters argumenta que a vigilância biométrica transforma o próprio corpo em uma forma de evidência, uma forma de hiper-objetificação com conexões históricas com a escravidão. Browne escreve:

Racializar a vigilância também faz parte da esfera digital com consequências materiais dentro e fora dela… os dados que são extraídos ou produzidos sobre indivíduos e grupos são então transformados em perfis, circulados e comercializados dentro e entre bancos de dados. Esses dados geralmente são marcados por gênero, nacionalidade, região, raça, condição socioeconômica e… para alguns, essas categorias são particularmente prejudiciais.

Browne argumenta que o reconhecimento facial cria uma cópia digital de nosso eu físico que funciona como uma carteira de identidade, que é então analisada, compartilhada, examinada, comparada a nós – essencialmente traficada – como um meio de verificar nossa identidade e rastrear nosso comportamento. O reconhecimento facial categoriza os seres humanos, tornando-se um veículo para os resultados, por vezes prejudiciais, de classificar as pessoas em categorias biométricas. Podemos ver as conseqüências de tal categorização em bancos de dados de gangues, listas de terroristas e até listas de compradores preferidos.

“Ainda não podemos imaginar que isso vá melhorar as coisas para os negros, porque o sistema de policiamento ainda está intacto”, alertou Browne.

Quem se beneficia com os avanços?

"Estamos vivendo um momento de aceleração de tecnologia, aceleração do desenvolvimento tecnológico e desenvolvimento científico", disse Alessandra Nelson, diretora da Data & Society, que estuda os impactos sociais da tecnologia, ao Gizmodo. "Momentos de pausa e reflexão são necessários e, penso eu, importantes lembretes de que não precisamos apenas ser engrenagens em um sistema que avança muito rapidamente".

Respondendo à declaração inicial sobre classificação de gênero da Microsoft, Nelson se mostrou cética, tuitando à época:

"Precisamos parar de confundir ‘inclusão’ em sistemas de vigilância mais ‘diversos’ com justiça e igualdade".
"[Muito] do meu trabalho fala sobre como as comunidades de cor na comunidade afro-americana entenderam como poderiam ser pouco visadas pelo tipo de papel positivo de uma nova tecnologia em particular, mas muitas vezes foram alvo de sua pior dinâmica possível", disse Nelson.

Essa ligação dupla – na qual os negros são alvos da ciência em vez de apoiados por ela – é exemplificada no conceito de "apartheid médico", termo cunhado pela autora Harriet Washington. Nascido da robusta análise histórica de Washington de experimentos médicos com escravos, "apartheid médico" refere-se a como os negros têm sido experimentados em prol dos avanços científicos dos quais eles não se beneficiam. Um dos exemplos mais infames vem do trabalho de James Marion Sims, que é apontado por alguns como o "pai da ginecologia" por reduzir as taxas de mortalidade materna no século 19, mas realizou pesquisas realizando experimentos macabros em mulheres negras escravizadas.

“Todos os primeiros avanços importantes na saúde reprodutiva foram alcançados através do aperfeiçoamento de experimentos com mulheres negras”, disse Washington em uma entrevista em 2007. “Por quê? Porque as mulheres brancas poderiam dizer não". Séculos depois, a taxa de mortalidade materna para as mulheres negras é três vezes mais alta do que para as mulheres brancas nos EUA.

O reconhecimento facial não é tão terrível assim, mas “apartheid médico” é uma estrutura útil para considerar como diferentes populações têm papéis diferentes no desenvolvimento, avanço, impacto e, em última instância, no benefício de avanços científicos e tecnológicos. Essa disparidade é ilustrada com uma pergunta simples: Quais populações podem dizer não?

"Isso não é algo apenas para [as empresas perguntarem], é mais um caso de governança democrática", disse Nelson. "Precisamos estar abertos à possibilidade democrática de que ter uma melhor tecnologia de vigilância talvez não seja necessariamente melhor".

Fora de contextos como o policiamento, vieses (tanto técnicos quanto culturais) parecem bem menos ameaçadores. Mas a questão permanece: os negros podem dizer não ao escaneamento facial, mesmo que seja estatisticamente equilibrado, aplicado comercialmente ou razoavelmente regulado? Como qualquer outra pessoa, os negros devem poder desfrutar de conveniências como linhas de aeroportos mais curtas e logins mais fáceis. Mas ao avaliar o efeito positivo ou negativo de uma tecnologia emergente em uma sociedade, precisamos perguntar se ela tem impactos diferentes sobre os membros dessa sociedade, não apenas se é divertida ou inclusiva.

Policiando os policiais

Em junho, o presidente da Microsoft, Brad Smith, fez um apelo público (e amplamente divulgado) para que o governo dos EUA regulasse o reconhecimento facial após a reação do público ao contrato da empresa com a ICE (departamento de imigração e alfândega dos EUA). "Como princípio geral", escreveu Smith, "parece mais sensato pedir a um governo eleito que regule as empresas do que pedir a empresas não-eleitas que regulem tal governo".

Smith pediu a criação de uma "comissão bipartidária de especialistas" para orientar a regulação da tecnologia de reconhecimento facial. Parecia um truque de relações públicas a princípio, não muito diferente dos painéis de diversidade dos anos de Obama ou dos recentes conselhos de ética em inteligência artificial, formados de grandes nomes, muito bem vistos porém sem reais poderes de fiscalização. A proposta de Smith, no entanto, apresentava uma importante diferença: As comissões federais têm acesso direto aos membros do Congresso, que são mais ousados ​​do que nunca em seu desejo de regular o “bastião liberal” do Vale do Silício, e podem emitir intimações para documentos e informações geralmente obscurecidos por leis proprietárias de proteção. É uma sugestão encorajadora, mas enfrentar os preconceitos no reconhecimento facial requer muito mais.

Para criar um reconhecimento facial "não-racista", as empresas que o vendem devem, sim, abordar as falhas técnicas de seus sistemas, mas também terão que exercer um imperativo moral de não fornecer a tecnologia a grupos que operam com viés racial. Além disso, os legisladores precisariam impor limites rígidos sobre como e quando o escaneamento facial pode ser usado. Mesmo assim, o reconhecimento facial imparcial será impossível sem abordar o racismo no sistema de justiça criminal em que será inevitavelmente usado.

Atingir essas metas pode parecer impossível, mas isso apenas demonstra o quão sério e urgente é o problema. Infelizmente, estas não são preocupações hipotéticas sobre um distante futuro distópico. Em julho, o departamento de polícia de Orlando renovou seu muito criticado teste de reconhecimento de rostos com a Amazon, enquanto o governador de Nova York anunciou que o escaneamento de rostos logo chegaria a pontes e túneis por toda a cidade de Nova York.

O reconhecimento facial está sendo comercializado para os consumidores como uma conveniência de ponta, mas tem laços claros com a vigilância e, por fim, com o controle. Imagine se cada anúncio ou artigo promovendo um sistema "pague com o seu rosto" também mostrasse bancos de dados criminais ou listas de terroristas. Se o fizessem, teríamos uma visão mais honesta do impacto do reconhecimento facial.

Ilustração do topo por Angelica Alzona

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