terça-feira, 4 de setembro de 2018

Gizmodo Brasil

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MP investiga vazamento de dados de 2 milhões de clientes da C&A

Posted: 04 Sep 2018 03:12 PM PDT

"Já que vocês gostam de brincar com os dados dos outros, decidimos brincar um pouco com os seus sistemas." Foi esta a mensagem que acompanhou a publicação do hacker Joshua, do grupo Fatal Error Crew, responsável pela invasão ao sistema de compra, bloqueio e extrato do "Cartão Presente" da C&A. Os dados foram publicados na plataforma Pastebin.

Agora, a Comissão de Proteção de Dados Pessoais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) publicou uma nota afirmando ter instaurado um procedimento administrativo para acompanhar as consequências do vazamento de dados de clientes da loja.

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Entre os dados vazados estão número do cartão, e-mail, CPF, valor líquido do cartão presente, e-mail do funcionário que fez a transação, número do pedido e data da compra. Em entrevista ao TecMundo, o hacker Joshua disse que foram expostos os dados de cerca de dois milhões de clientes. Já no sistema de cartões-presente, o número é de 36 mil. O Fatal Error Crew, no entanto, tenta tranquilizar os consumidores.

“Gostaríamos de salientar que não possuímos a lista de Gift Cards C&A ou qualquer outra lista de informações pessoais dos cliente, mapeamos os mesmos por meio do ID e apenas postamos algumas informações internas para a equipe da C&A confirmar a invasão. Não iremos distribuir nenhuma informação pessoal na internet visto que não compactuamos com crimes financeiros. Os dados dos clientes estão seguros, os poucos GiftCards publicados, estavam na seção de devolução, portanto seriam descartados. – Fatal Error Crew”, diz um comunicado do grupo reproduzido pelo TecMundo.

A C&A confirmou o vazamento e publicou o seu próprio comunicado, dizendo ter detectado "um movimento de ciberataque ao seu sistema de vale-presente/trocas" e tentando também acalmar os clientes: "Imediatamente a empresa acionou seu plano de contingência. A companhia também está tomando providências jurídicas para tratar a questão. Em caso de dúvidas, pedimos que os clientes acionem os canais de atendimento da empresa".

Na semana passada, o TecMundo também publicou uma denúncia de que a C&A estava usando dados de candidatos a emprego na companhia para bater sua meta de novos clientes cadastrados com seus cartões.

Você pode conferir na íntegra a portaria de instauração do procedimento pelo MPDFT clicando aqui.

[MPDFT, Tecmundo]

Imagem do topo: Wikimedia Commons

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Chrome ganha novo visual, emojis e recursos na atualização de 10 anos

Posted: 04 Sep 2018 02:33 PM PDT

Adivinha quem está de aniversário hoje? Não, não somos nós, isso foi no dia 1º, mas fique à vontade para nos dar parabéns. Hoje é dia do Google Chrome! O navegador completa dez anos de seu lançamento e, para comemorar, ganhou um novo visual, atalho para emojis, gerenciador de senhas e respostas rápidas na barra de navegação. Segundo o Google, é a maior atualização já lançada para o Chrome.

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A cara do Chrome mudou. A interface, como um todo, respira o Material Design do Google. No desktop, agora as abas são mais retas, com cantos arredondados. No iOS e no Android, a lista de abas ficou diferente, com miniaturas lado a lado.

O gerenciador de senhas nativo do navegador também ficou melhor. Agora, ao fazer um novo cadastro, ele sugere uma senha forte gerada automaticamente e já armazena o código. Além de senhas, o gerenciador também administra dados de formulários e cartões de crédito.

A barra de endereços também ganhou novidades e agora mostra respostas rápidas, como traduções, definições e biografias curtas, como aquelas que aparecem destacadas nos resultados de busca do Google. E também dá para acessar facilmente uma lista de emojis, clicando com o botão direito do mouse quando estiver escrevendo uma mensagem.

Por aqui, tudo isso já está disponível na versão para Windows do navegador — bastou abrir, entrar nas opções, ir até Ajuda, Sobre o Google Chrome e esperar a versão 69 ser baixada e reiniciar o navegador. No Android, porém, o aplicativo aparecia como atualizado, mas nenhuma das novidades estava presente na versão instalada.

Você pode conferir todas as novidades da atualização de dez anos do Google Chrome no blog do Google.

[Google]

Imagem do topo: AP / GIFs: Google

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Agência espacial russa diz que vazamento na Estação Espacial Internacional foi causado por erro humano

Posted: 04 Sep 2018 01:41 PM PDT

Na semana passada, um vazamento de pressão de ar na Estação Espacial Internacional (ISS) aconteceu, e foi especulado que a causa pudesse ser um micrometeorito. Agora, no entanto, a agência espacial russa Roscosmos está afirmando que ele foi o resultado de um erro humano ou, possivelmente, até mesmo um ato de sabotagem deliberada. De um jeito ou de outro, o incidente expõe uma supervisão fraca e uma falta de medidas de controle de qualidade na agência espacial russa.

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Na última quinta-feira (30), uma “microfissura” de dois milímetros foi detectada no casco de uma espaçonave Soyuz MS-09, que está atualmente acoplada à ISS. Os seis astronautas a bordo da estação não chegaram a correr perigo, já que o vazamento de pressão de ar era bem pequeno e foi facilmente contido. Uma tira de fita Kapton foi colocada sobre o buraco como uma medida paliativa, seguida pela aplicação de um selante à base de epóxi. A ISS não está mais vazando ar para o espaço, e o buraco parece estar estável.

Atualização do vazamento da ISS: o remendo estaria segurando, mas mais trabalhos serão feitos. O melhor palpite parece ser de que o buraco não foi causado por um golpe de detritos, mas sim um buraco de broca criado durante a fabricação e seja lá o que estava o fechando nos últimos dois meses, saiu há dois dias.

Inicialmente, culparam um micrometeorito pelo vazamento — uma teoria que a agência espacial russa agora descartou. Em uma coletiva de imprensa transmitida pela TV e realizada na segunda-feira (3), o CEO da Roscosmos, Dmitry Rogozin, disse que o vazamento foi causado por um “erro tecnológico”. Aparentemente, o vazamento estava acontecendo por meio de um furo de broca que foi acidentalmente feito durante o processo de fabricação, e o material usado para fechar o buraco de repente foi expelido. Porém, não está claro se o buraco foi produzido na Terra ou no espaço, ou mesmo se o furo foi resultado de um acidente ou de uma ação deliberada.

“Estamos levando em consideração todas as teorias”, disse Rogozin durante a entrevista coletiva. “A teoria sobre o impacto de um meteorito foi rejeitada porque o casco da espaçonave foi evidentemente impactado de dentro. Entretanto, é cedo demais para dizer definitivamente o que aconteceu. Mas isso parece ter sido feito por uma mão vacilante… É um erro tecnológico cometido por um especialista. Foi feito por uma mão humana — existem vestígios de uma broca deslizando ao longo da superfície. Não rejeitamos nenhuma teoria.”

Rogozin disse que agora é uma “questão de honra” para a Energia Rocket and Space Corporation, fabricante responsável pelo módulo Soyuz MS-09, “encontrar o responsável” pelo buraco e determinar se foi um acidente ou “deterioração deliberada” e se o buraco foi criado na Terra ou no espaço.

O buraco no veículo tripulado Soyuz MS-09 antes de ser remendado com um selante à base de epóxi. Arranhões sugerem uma “mão vacilante”, nas palavras do CEO da Roscosmos, Dmitry Rogozin. Foto: NASA

“Agora, é essencial determinar o motivo, para descobrir o nome do responsável por isso”, declarou Rogozin, “e vamos descobrir, sem falta”.

Uma fonte da indústria disse à RIA Novosti, agência internacional de notícias da Rússia, que um funcionário da Energia provavelmente fez o buraco no casco interno do módulo antes de selar a fresta com uma cola especial. É por isso que o buraco não foi detectado durante testes de pressurização antes da integração da espaçonave à ISS. O nave foi considerada apta para a ação e lançada para a ISS em 6 de junho, com três astronautas a bordo. Uma vez em órbita, no entanto, “a cola secou e foi espremida, abrindo o buraco”, disse uma fonte à RIA Novosti. Além de realizar uma investigação interna, a Energia verificará todas as suas espaçonaves de carga Soyuz e Progress em busca de possíveis defeitos.

Fotos tiradas do furo de broca mostram arranhões e possíveis tentativas falhas de perfurar, apontando para a “mão vacilante” sugerida por Rogozin. Parece provável que um único indivíduo tenha sido o responsável pelo buraco, mas seria conveniente demais colocar a culpa diretamente em uma pessoa. A Roscosmos adoraria passar a culpa para a Energia ou para o suposto funcionário, mas a agência espacial compartilha da culpa por não ter identificado ou evitado o defeito. Tanto a Roscosmos quanto a Energia terão que reavaliar seus processos internos para garantir que algo assim não aconteça novamente.

“Historicamente, os russos são mais apressados do que nós para gritar ‘sabotagem’. Mas isso parece extremamente improvável”, disse o astrofísico Jonathan McDowell, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, em entrevista ao Gizmodo. Em primeiro lugar, um sabotador poderia ter feito um buraco maior; na taxa máxima de vazamento, a tripulação a bordo da ISS tinha “semanas de ar restante” na reserva, de acordo com um post de blog da Agência Espacial Europeia.

Quanto à teoria de que o buraco teria sido feito no espaço, isso é uma possibilidade, mas parece estranho que um astronauta na ISS não teria confessado ter cometido um erro tão importante quando ele tivesse acontecido. E, se foi um ato deliberado, repetimos, furar um buraco de dois milímetros parece uma tentativa bem patética de sabotagem.

Torçamos para que este pequeno incidente sirva como um momento de aprendizado para todas as partes envolvidas.

[TASS, AFP, Spaceflight Insider]

Imagem do topo: ESA/A. Gerst

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Netflix e outros serviços de streaming podem ser legalmente obrigados a produzir conteúdo na Europa

Posted: 04 Sep 2018 11:59 AM PDT

A cruzada da Europa para domar a indústria de tecnologia segue em frente. O próximo passo são as regulações que exigem que serviços de streaming, como a Netflix e o Prime Video, da Amazon, tenham pelo menos 30% de conteúdo local. Uma votação está marcada para acontecer em dezembro.

O relacionamento antagônico da União Europeia com a Netflix esteve até agora limitado à recusa da empresa em lançar seus filmes em cinemas. Agora, os legisladores da UE querem definir o que ela vai transmitir nas salas das pessoas.

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A Diretiva de Serviços de Comunicação Social Audiovisual (AVMSD) definiu diversas mudanças nas regras para plataformas de streaming. A maior delas é a exigência que o conteúdo feito na Europa corresponda a no mínimo 30% do que é ofertado no catálogo. Cada um dos países-membros pode aumentar esse patamar para 40%.

Deixando um pouco a Europa de lado, no Brasil, já houve discussões sobre uma cota mínima de conteúdo nacional em serviços de streaming. No entanto, o governo desistiu de tocar em frente e preferiu se concentrar na cobrança de impostos das plataformas.

Roberto Viola, diretor-geral do departamento de comunicações em rede, conteúdo e tecnologia, disse à Variety que a votação de dezembro quase certamente irá formalizar as novas regras. "Nós só precisamos do voto final, mas é meramente uma formalidade", declarou.

Ele também contou que um relatório avaliando a porcentagem de conteúdo europeu já presente nas maiores plataformas será publicado em outubro para ajudar a determinar o tamanho da lacuna a ser preenchida. Segundo Viola, a Netflix já está perto de preencher a cota.

Uma versão revisada do AVMSD foi garantida por um acordo político preliminar em abril. Além das cotas de conteúdo, as regras vão também abrandar algumas restrições sobre a quantidade de propaganda que uma plataforma pode transmitir durante um dia e vão acrescentar algumas exigências para proteger menores de idade de "conteúdo perigoso".

As empresas que usam conteúdo gerado por usuários não estão excluídas das regulamentações. Certamente será mais difícil fiscalizar em casos assim, mas todos os sites que oferecem conteúdo audiovisual como "uma funcionalidade essencial do serviço" serão obrigados a seguir as novas regras. Resta saber como sites como o YouTube serão monitorados.

Além disso, há obrigações adicionais para criar um "mecanismo transparente, fácil de usar e efetivo para que os usuários possam sinalizar ou reportar conteúdos".

O Gizmodo procurou a Netflix e a Amazon para perguntar a opinião deles sobre a nova legislação da UE, mas ainda não recebeu uma resposta.

Sempre que uma legislação vasta é aplicada a empresas online, há a chance de que elas simplesmente decidam seguir as regras do outro lado da fronteira como uma maneira de minimizar custos e dores de cabeça administrativas.

Não há indícios disso nessa situação, mas a exigência para que certa quantidade de programação seja feita dentro das fronteiras de um país pode acabar com o dinheiro destinado a produções indo parar em regiões não planejadas.

Uma grande reforma nas leis de direitos autorais da União Europeia está sendo discutida e deve ser levada à votação na semana que vem. Críticos alertaram que sua abordagem equivocada iria aumentar o poder de pseudo-monopólios e matar práticas de fair use, essenciais para a produção de tudo, de enciclopédias online a memes.

Usuários fora da UE podem não sentir um efeito significativo dessas novas cotas de conteúdo, mas a diretiva de direitos autorais é tão transformadora para o status quo que é difícil que ela não tenha repercussões pelo mundo todo.

[Variety]

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Agora foi a vez de a Amazon atingir US$ 1 trilhão de valor de mercado

Posted: 04 Sep 2018 10:50 AM PDT

Há mais ou menos um mês noticiamos que a Apple foi a primeira empresa atingir a marca de US$ 1 trilhão de valor de mercado. Nesta terça-feira (4) é a vez da Amazon conseguir a quantia de 12 zeros. Imagine só a felicidade de Jeff Bezos, fundador da companhia, que nem é tão rico assim.

A marca foi alcançada durante a tarde desta terça-feira, quando as ações da empresa tiveram alta e chegaram a valer US$ 2.050,50 — segundo a CNBC, a marca mínima para atingir US$ 1 trilhão era de US$ 2.050,27.

A Amazon quer deixar as compras direto no porta-malas do seu carro
Agora você pode comprar produtos dos EUA na Amazon e recebê-los em casa sem segredo

Parte do sucesso da Amazon está no fato de a companhia atuar em diversas áreas com certo sucesso. A empresa começou com vendas online e um sistema de preços agressivos. Na sequência, entrou no ramo dos livros e dos leitores digitais. Mais recentemente, a Amazon passou a oferecer soluções na nuvem com a AWS e ter uma solução própria de streaming . Sem contar a entrada da empresa em ramos novos, como dos alto-falantes espertos e de inteligência artificial, com a Alexa.

Paralelo a isso, a empresa tem investido fortemente em logística, com entregas super-rápidas com a ajuda de armazéns espalhados em locais estratégicos — sem contar os testes com drones, que podem se tornar realidade em breve.

Ser gigante também tem suas implicações. A empresa já enfrentou protestos e greves de funcionários de armazéns que reclamam de más condições de trabalho e baixos pagamentos. Recentemente, um grupo de empregados da companhia passou a reclamar da venda de tecnologia de reconhecimento facial para órgãos do governo dos Estados Unidos.

No fim das contas, o alto valor mostra a confiança do mercado financeiro nas atividades da empresa, além da capacidade da companhia ditar tendências e transformar mercados.

Nos EUA, ela tem uma posição consolidada. Por aqui, a Amazon tem lançado suas soluções aos poucos. Já vende serviços na nuvem AWS há um tempo e tem aumentado suas atividades de varejo, com sua loja virtual (por ora funcionando via marketplace) e na expectativa de fazer venda direta de eletrônicos.

[CNBC via Engadget]

Imagem do topo por Reed Saxon/AP

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Criador do corretor automático do iPhone explica por que o software te faz passar vergonha

Posted: 04 Sep 2018 08:59 AM PDT

Estamos tão acostumados com o corretor automático em nossos smartphones que raramente paramos para pensar no avanço que ele representou para a nossa comunicação, tornando-a mais fluida e, às vezes, nos livrando de situações embaraçosas ao corrigir erros ortográficos. Mas ele é igualmente capaz de criar situações vergonhosas ao trocar palavras e trazer significados completamente diferentes para nossas mensagens.

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O que poucos conhecem é a origem de tudo isso. Talvez todos saibam que a novidade surgiu pela Apple, no iPhone, e agora o inventor do corretor automático decidiu contar sua história. Ken Kocienda, que trabalhou por vários anos como desenvolvedor de software para a companhia da maçã, está lançando nesta terça-feira (4), nos Estados Unidos, seu livro Creative Selection: Inside Apple’s Design Process During the Golden Age of Steve Jobs.

O livro de Ken Kocienda (Imagem: Divulgação)

Como parte da divulgação de sua nova obra, Kocienda publicou um tuíte mostrando um teclado virtual bastante estranho, com três letras em cada tecla e um design no mínimo esquisito. "Descubra por que esse design não se tornou o teclado do primeiro iPhone", escreve o desenvolvedor, em uma amostra do tipo de histórias de bastidores que revela em seu livro.

À revista Wired, Ken Kocienda trouxe mais detalhes do seu tempo na Apple, mais especificamente sobre o desenvolvimento do corretor automático, que virou em algum tempo regra em basicamente todos os celulares do mercado.

Kocienda dá a dimensão da importância da criação do teclado touchscreen com autocorreção. Sem ele, diz o desenvolvedor, a Apple não teria sido capaz de cumprir a visão de Steve Jobs de um "computador touchscreen inovador com o mínimo de botões fixos possível". "O teclado tinha que sair do caminho quando não fosse necessário para que o restante dos apps no telefone pudessem brilhar", escreve. Uma missão na qual o primeiro iPhone foi bem-sucedido.

Ken Kocienda começou a trabalhar com uma pequena equipe de engenheiros e designers da Apple no fim de 2005, com o objetivo de criar um sistema operacional touchscreen para o iPhone — que, na época, tinha o codinome Purple.

Ken Kocienda (Imagem: Divulgação)

Uma vez que uma tecnologia como o teclado com autocorretor vem à tona e se torna a regra, ela parece muito óbvia, mas sua origem esteve longe disso. "Nos primeiros dias de trabalho no Purple, o teclado era uma perspectiva assustadora, e nós nos referíamos a ele, muitas vezes de forma bastante nervosa, como um projeto científico", conta Kocienda.

O código da autocorreção foi escrito com base em uma análise de palavras que usamos mais frequentemente, a periodicidade de algumas palavras em relação a outras e quais eram os erros que nós, humanos, mais cometemos em um teclado touchscreen. Mas o desafio não parou por aí. "Não foi fácil descobrir como o software poderia vir nos socorrer e quanto nossos algoritmos deveriam ser permitidos a fazer sugestões ou intervir para corrigir erros de digitação", explica o desenvolvedor.

Mais de dez anos depois do lançamento do primeiro iPhone, o autocorretor evoluiu bastante, sem dúvidas. Mas Kocienda acredita que o problema central segue o mesmo: softwares não são capazes de entender as nuances da comunicação humana. “Estou ciente de que o estilo de correção automática de teclado (do iPhone) tem seus limites. Todo mundo tem histórias sobre a autocorreção dando errado, mas, quanto mais engraçados esses contos são, mais apócrifos eles costumam ser.”

Com isso em mente, o desenvolvedor que nos deu o autocorretor projeta o que será necessário no futuro e quais devem ser os principais pontos de discussão à medida que a tecnologia avança.

"Para softwares de autocorreção fazerem melhores escolhas sobre o que corrigir e como, os sistemas precisariam saber mais sobre o que queremos dizer. Mas queremos que softwares sejam capazes de intervir mais do que já fazem hoje? Quanta arbitragem e reescrita os softwares deveriam ser permitidos fazer?", questiona Kocienda. Uma preocupação legítima, especialmente quando se leva em consideração as sobrancelhas que o Google fez levantar ao anunciar em sua conferência de desenvolvedores, Google I/O, em maio deste ano, um recurso de autocompletar tão impressionante quanto assustador para o Gmail capaz de escrever seus e-mails por você.

Por mais honrado que se sinta de ter trazido o corretor automático para nossas vidas, Ken Kocienda diz não estar igualmente orgulhoso de dar ao mundo uma nova forma de humor escrachado. Independentemente disso, a gente se diverte.

Creative Selection: Inside Apple’s Design Process During the Golden Age of Steve Jobs está à venda para Kindle na Amazon por R$ 50,54, com o arquivo chegando ao seu leitor eletrônico nesta quinta-feira (6). A versão em capa dura sai por R$ 120,56, sob encomenda.

[Wired]

Imagem do topo: Gizmodo Brasil

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Fazendeiro grego encontra túmulo de 3.400 anos debaixo de suas oliveiras

Posted: 04 Sep 2018 07:49 AM PDT

Um túmulo de 3.400 anos contendo dois caixões e dúzias de artefatos que remontam ao fim da era Minoica estava escondido debaixo do olival de um fazendeiro grego, no sudeste da ilha de Creta, na Grécia.

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Como noticiado pelo Cretapost, o homem, que não teve seu nome revelado, estava tentando estacionar seu veículo debaixo da sombra de uma oliveira quando o solo debaixo dele começou a afundar. Depois de se afastar, o fazendeiro notou que um buraco medindo cerca de 1,2 metro de largura apareceu de repente. Quando ele olhou para o vazio abaixo, rapidamente percebeu que havia se deparado com algo importante.

O buraco. Imagem: Eforato de Antiguidades de Lasithi

O fazendeiro contatou o Eforato de Antiguidades de Lassithi — ministério de patrimônio local —, que enviou arqueólogos para investigar. Descobriram então que o fazendeiro havia se deparado com um túmulo da era Minoica contendo um par de caixões, cada um deles com um só esqueleto. Duas dúzias de vasos com ornamentos coloridos também foram encontrados dentro do túmulo, segundo o ministério. O buraco no olival se abrira por causa de um tubo de irrigação quebrado, que deixou o solo macio.

“De acordo com a tipologia cerâmica e com as primeiras estimativas, o túmulo pode remontar ao período IIIA-B, do fim da era Minoica, aproximadamente entre 1400 a.C e 1200 a.C.”, explicou o ministério em um comunicado. A sepultura está localizada perto da vila de Kentri, no sudeste da ilha de Creta.

O túmulo consiste em três subseções que foram cavadas em calcário. Imagem: Eforato de Antiguidades de Lassithi

A 2,5 metros de profundidade, o túmulo nunca foi mexido por saqueadores. Os arqueólogos agora estão no processo de coletar o máximo de informações sobre a câmara e seu conteúdo possível.

Cerca de 3.400 anos atrás, a sepultura foi cavada no calcário macio da região, com o acesso possibilitado por uma vala vertical. O túmulo inclui três nichos esculpidos, e a entrada foi, em algum momento, fechada com alvenaria de pedra, segundo o ministério.

Um de dois esqueletos encontrados no túmulo. Imagem: Eforato de Antiguidades de Lassithi

Os dois caixões de barro, chamados de larnakes, estavam em excelentes condições, gravados em relevo com ornamentações. Cada um dos caixões tinha um esqueleto de um homem, cujas identidades são desconhecidas, mas a qualidade da cerâmica sugere que eles eram indivíduos de status elevado. Larnakes são caixões pequenos e fechados que eram frequentemente usados na era Minoica. Os corpos tinham que ser colocados em posições agachadas apertadas para que coubessem.

Os larnakes surgiram na era Minoica, durante a Idade do Bronze em torno do Egeu. Eles eram inicialmente feitos de materiais cerâmicos e desenhados para se parecerem com baús de madeira. Esses caixões eram, muitas vezes, decorados com padrões abstratos ou cenas retratando caça e rituais religiosos.

Os arqueólogos agora planejam estudar os esqueletos de maneira mais detalhada. Então, talvez saibamos mais sobre esses antigos indivíduos minoicos em breve.

[Keep Talking Greece, Cretapost, The National Herald]

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Lenovo lança laptop gamer Legion Y530 no Brasil por R$ 4.799

Posted: 04 Sep 2018 07:10 AM PDT

A Lenovo anunciou nesta terça-feira (4), a chegada do seu laptop gamer Legion Y530 ao Brasil. A marca vende como virtude o equilíbrio entre desempenho e tamanho. Não se trata exatamente um notebook leve, mas considerando o tamanho (15,6 polegadas), ele não é pesadão (2,3 kg).

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A carcaça tem bordas fininhas ao redor da tela, que possui resolução Full HD IPS e tratamento antirreflexo. O modelo conta ainda com uma porta USB 3.1, uma porta USB tipo C e uma Mini Display Port, além de conexão HDMI. Na lateral, são duas portas USB 3.1 e um conector combo para headsets. Os alto-falantes são da Harman e possuem certificação Dolby Audio.

A versão que desembarca inicialmente no País não é das mais atrativas para quem busca uma baita performance: o modelo tem processador Intel Core i5 de oitava geração (8300H) e 1TB de armazenamento via HD. Placa de vídeo NVIDIA GeForce GTX 1050, com 4GB dedicados GDDR5 e 8GB de RAM completam as especificações do modelo que custará R$ 4.799.

Para quem quiser um salto no desempenho, uma versão com processador Intel Core i7 e 256GB de armazenamento via SSD será lançada em breve, mas o preço ainda não foi definido.

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Samsung: smartphones intermediários terão novas tecnologias antes dos topos de linha

Posted: 04 Sep 2018 06:06 AM PDT

Os grandes lançamentos das fabricantes de celulares sempre nos deixam na expectativa por novidades tecnológicas – câmera dupla e a tela com proporção 18:9 são os últimos exemplos de funcionalidades que desembarcaram nos smartphones mais caros dos últimos anos. A Samsung quer mudar a sua estratégia e pretende introduzir novas tecnologias nos aparelhos de gama intermediária.

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O plano foi revelado pelo presidente da divisão mobile da companhia, DJ Koh, em entrevista concedida à CNBC. Segundo ele, a intenção é atrair a atenção de consumidores jovens e a medida já vai valer para os celulares lançados até o final do ano:

“Estamos focando bastante nos millennials que não podem se dar ao luxo de comprar um topo de linha. Mas como eu poderia entregar uma inovação significativa para nossos millennials? É por essa razão que estou tentando diferenciar a gama intermediária”, disse Koh.

A Samsung tem sentido o impacto da desaceleração do mercado de smartphones: o Galaxy S9 não vendeu tanto quanto o esperado e a divisão mobile teve queda de 20% nas vendas no segundo trimestre de 2018, se comparado com o mesmo período do ano anterior. A concorrência de marcas chinesas, que oferecem especificações de ponta a preços supercompetitivos, também pode exercer influência nas decisões da companhia.

O executivo revelou que a companhia pode chegar a lançar modelos intermediários mais de uma vez por ano – estratégia bem agressiva e que, no final das contas, pode trazer melhorias pouco significativas a cada geração, além de desvalorizar os modelos com mais velocidade.

A divisão de desenvolvimento mobile da Samsung já se reorganizou para a mudança e o primeiro smartphone a trazer essas novidades provavelmente será o novo modelo da linha Galaxy A – que, no Brasil, já não tem o preço de qualquer intermediário (a versão base foi lançada por R$ 2.399). Resta saber se a mudança de estratégia puxará os preços para cima mais uma vez.

Koh também falou à CNBC sobre o smartphone com tela dobrável da Samsung. Ele não deu detalhes sobre o funcionamento do dispositivo, mas afirmou que “está na hora” de entregar um aparelho dobrável e disse acreditar existir mercado para essa tecnologia.

[CNBC]

Imagem do topo: Galaxy S9. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

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Engenheiro descobre falha que permitia controlar portas de escritório do Google

Posted: 04 Sep 2018 05:33 AM PDT

Um engenheiro do Google descobriu uma vulnerabilidade em um sistema de controle de acesso a portas gerenciado por terceiros no campus de Sunnyvale, na Califórnia. Ele aproveitou a oportunidade para provar que poderia burlar qualquer fechadura controlada por chaves eletrônicas RFID no local.

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De acordo com a reportagem da revista Forbes, o funcionário David Tomaschik descobriu que os dispositivos da Software House conectados à rede do Google usavam uma chave de criptografia insegura e iniciou um ataque para provar as possíveis consequências para o sistema inseguro:

No verão passado, quando Tomaschik deu uma olhada nas mensagens criptografadas que os dispositivos da Software House (chamados iStar Ultra e IP-ACM) que eram enviadas por meio da rede do Google, ele descobriu que elas não eram aleatórias; as mensagens criptografadas deveriam sempre parecer aleatórias se fossem protegidas corretamente. Ele ficou intrigado e pesquisando mais a fundo descobriu que a chave de criptografia “codificada” era utilizada por todos os dispositivos da Software House. Isso significava que ele poderia replicar efetivamente a chave e forjar comandos, como pedir para que uma porta se destrancasse. Ou ele poderia simplesmente reproduzir comandos legítimos para destrancar, o que tinha praticamente o mesmo efeito.

Tomaschik também conseguiu utilizar o seu conhecimento da vulnerabilidade para impedir que outros funcionários do Google acessassem partes dos prédios. Pior do que isso, ele fez tudo isso sem deixar nenhuma pista:

Tomaschik descobriu também que ele poderia fazer tudo isso sem deixar nenhum registro de suas ações. E ele poderia impedir que funcionários do Google abrissem portas. “Uma vez que eu descobri essas coisas, elas se tornaram uma prioridade. Era bem delicado”, disse ele à Forbes. O Google então agiu rápido para prevenir ataques em seus escritórios, de acordo com Tomaschik.

A companhia disse à Forbes que não possuem nenhuma evidência de que algum hacker malicioso tenha explorado a vulnerabilidade antes da descoberta de Tomaschik. Os projetos dos dispositivos da Software House já foram atualizados para aumentar a segurança, embora os aparelhos originais não possam ser atualizados por qualquer método que não seja a substituição do hardware em si, devido a restrições de memória.

É fácil enxergar por que essa questão é importante: existe toda uma preocupação com a segurança dos funcionários do Google e, além disso, existem poucas fabricantes de sistemas de seguranças com chaves RFID. Na prática, isso significa que a vulnerabilidade da Software House provavelmente está presente em uma porcentagem alarmante de fechaduras de outras marcas.

[Forbes]

Imagem do topo: Leon Neal/Getty Images

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Como desativar o rastreamento de localização em seu smartphone

Posted: 04 Sep 2018 04:32 AM PDT

Há algumas semanas, veio à tona o fato de que o Google continuava rastreando sua localização mesmo se a opção fosse desativada. Isso mostra como pode ser difícil entender quando aplicativos, empresas e dispositivos estão olhando onde você está. Neste texto, trouxemos o que você precisa saber sobre o rastreamento de localização e como ele funciona no seu smartphone — e como desativá-lo.

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Informações locais são alguns dos dados mais valiosos que qualquer empresa pode conseguir, seja para dar uma previsão do tempo mais detalhada, seja para mostrar uma propaganda de padaria no bairro. Por isso, aplicativos e sistemas operacionais móveis têm tanto interesse nelas.

No entanto, isso é um acordo — se você não quiser entregar essas informações, pode revogá-lo. Por outro lado, vai ter que ficar sem alguns serviços que usam sua localização, como qual o melhor caminho para chegar até o parque.

O que você prefere? Conveniência ou privacidade? Não dá para ter os dois, mas, sabendo como isso funciona, você pode decidir melhor se quer ativar ou desativar estes recursos.

Seu smartphone rastreia sua localização

Se você não quer que seu smartphone entregue sua posição para nenhum app ou nenhuma empresa de tecnologia, você precisa desativar a configuração mestre de localização. Fazendo isso, você basicamente impede que seu celular saiba onde você está (o que ele normalmente faz usando informações recebidas de satélites de GPS, torres de celular e mesmo redes públicas de Wi-Fi próximas).

No Android, vá até as Configurações, então entre em Segurança e localização, depois em Localização e desative o botão em forma de interruptor ao lado de Usar localização.

Se você está usando um iPhone, abra os Ajustes, entre em Privacidade e Serviços de localização e desligue Serviços de Localização. Os recursos de seu aparelho que dependem de localização param de funcionar.

Isso significa que você não poderá ver sua localização em um mapa, procurar um café no bairro onde você está ou encontrar seu celular em caso de perda ou roubo. Isso também impede que o Google para de reunir dados anônimos para dizer aos usuários do Google Maps se uma via está muito congestionada ou se um restaurante está muito cheio, por exemplo. Tanto o Android quanto o iOS incluem mais informações nos menus para que você saiba exatamente o que está fazendo.

Mesmo assim, há uma situação em que sua localização ainda é compartilhada por qualquer um desses dois sistemas operacionais, mesmo que tenha desligado a opção de rastreamento: quando você usa serviços de emergência. Se você está em um país (como os EUA) e em uma rede com compartilhamento de localização de emergência, seu aparelho vai mandar sua posição aos atendentes, não importa o que você tenha decidido.

Os aplicativos rastreiam sua localização

Se você ativa o rastreamento de localização em seu dispositivo, você passa a dar ao Google ou à Apple acesso àquela informação. É parte do acordo de usar os sistemas móveis deles. Mas, mesmo com essa opção ligada, dá para bloquear apps individualmente e, assim, impedi-los de acessar a posição do seu dispositivo.

Nas Configurações do Android, vá até Segurança e localização, então entre em Localização e em Permissões no nível de aplicativos para ver todos os apps que estão instalados no seu aparelho. Desligue os interruptores dos apps que você não quer que saibam onde você está. Por exemplo, você pode escolher deixar o Airbnb saber onde você está, mas o Facebook, não. Novamente, devemos avisar que isso faz com que algumas funções dos apps parem de funcionar.

Nos Ajustes do iOS, entre em Privacidade, então Serviços de Localização para ver uma lista completa de apps. O sistema móvel da Apple oferece controles mais refinados: os apps podem receber permissão para acessar dados de localização Sempre, Enquanto o aplicativo está em uso ou Nunca. Use a opção Nunca para bloquear o compartilhamento completamente, ou Enquanto o app está em uso para bloquear o rastreamento em segundo plano (assim, as informações só são registradas quando o app está realmente sendo usado).

Este é um jeito de fazer os aplicativos pararem de registrar sua localização de um jeito que foi destacado na recente matéria da Associated Press. Esses pontinhos no mapa da reportagem são onde os aplicativos foram disparados e, então, pegaram dados da posição do aparelho. Claro, cada app funciona de uma maneira diferente, além de ter sua própria política de privacidade e de usar seus dados de localização para um fim específico.

Vale lembrar, entretanto, que alguns deles vão longe para saber onde você está. Mesmo que você impeça o app do Facebook de acessar sua localização, a rede social enquanto plataforma saberá onde você está quando você fizer login usando um navegador (por causa do endereço IP da sua conexão com a internet), ou quando algum amigo seu marcar uma foto com você em algum lugar específico, ou quando você marcar um lugar em uma foto do Instagram.

O Google (ou a Apple) rastreia sua localização

Mesmo que você desligue o acesso à localização por todos os seus apps, se ele continuar ativado em seu dispositivo, a Apple (no iOS) e o Google (no Android) ainda podem coletar dados de posição sobre você, pois eles são os proprietários dos respectivos sistemas operacionais. O Google, entretanto, parece muito mais agressivo nessa questão, e muito mais interessado em compartilhar seus dados de localização por todos os seus produtos.

Esse é o tipo de monitoramento destacado pelo post de K. Shankari em seu blog, que chamou a atenção da AP e a levou a fazer a reportagem. O texto levanta questões que são notadas por usuários do Android há anos: o Google Play Services ainda vai reunir alguns dados de localização para o Google e para os serviços a ele ligados (como o Maps e o Google Assistente) se o acesso à localização estiver ligado no nível do aparelho.

O Google consegue fazer isso mesmo no iOS, com ajuda do app Google, aquele em que você faz pesquisas. Você notará que ele requisita registros de posição praticamente todo o tempo, mesmo em segundo plano. No sistema da Apple, pelo menos, você consegue bloquear o app do Google sem ter que desativar completamente os serviços de localização. Já no Android, é uma questão de tudo ou nada.

Isso tudo está explicado na Política de Privacidade do Google, que cobre todos os produtos e serviços, incluindo o Google Maps e o Android. "Os tipos de dados de localização que coletamos dependem, em parte, do dispositivo e das configurações da conta", diz a empresa — são muitas configurações, e mesmo assim você só controla o monitoramento "em parte".

Você também pode ler a Política de Privacidade da Apple, que esclarece que os dados dos Serviços de Localização no iOS podem ser usados para saber mais sobre lugares que você visita com frequência, mostrar propagandas baseadas em sua posição no Apple News e na App Store e fazer sugestões locais (como a Siri perguntando se você quer visitar uma cafeteria local no iOS 12).

Esta informação é compartilhada entre dispositivos conectados à mesma conta do iCloud, da mesma maneira que o Google compartilha informações entre vários aparelhos. Entretanto, a Apple deixa claro que não tem interesse em armazenar os dados para ela mesma — eles ficam presos no seu dispositivos e não em servidores da empresa. Qualquer dado que a Apple vê passa por um processo para torná-lo anônimo, além de ser agrupado com informações de outros usuários.

Da mesma maneira que usar o Facebook ou se conectar a uma rede Wi-Fi pública, é uma questão de o quanto você confia nas empresas que fornecem esses serviços. Você está contente com o Google ou com seu iPhone sabendo onde você está e, em troca, dando caminhos para voltar para casa, ou previsões do tempo locais, ou recomendações de novos restaurantes?

Então, se você quer impedir que um app específico saiba onde seu celular está, pode mudar as permissões no nível de aplicativos. Se você quer que o Google ou a Apple parem de coletar informações de onde você esteve, precisará desativar a função de localização do seu celular por completo. Ou, talvez, passar a usar um dumbphone.

Imagem do topo: Kelsey Knight (Unsplash)

Demais imagens: Gizmodo

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