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- Finalmente, agora existe um humanoide com uma parafusadeira elétrica na mão
- Por que ursos polares famintos podem começar a devorar baleias mortas
- Instagram usará aprendizado de máquina para ajudar a combater cyberbullying
- Falha podia ceder o controle do seu WhatsApp com apenas uma chamada de vídeo
- Cientistas podem ter descoberto fator de risco genético para a disfunção erétil
- Aplicativo da Uber para motoristas terá botão para ligar para a polícia
- Google abandona competição por contrato com exército dos EUA em meio a pressão de funcionários
- Imagens vazadas do Galaxy A9 revelam um monstrinho de quatro olhos
- Facebook lança botão de contexto no Brasil para combater fake news, mas agora está meio tarde
- Microsoft explica bug da atualização do Windows 10 que apagava arquivos dos usuários
- Eu conheci a primeira cápsula em tamanho real do Hyperloop
Finalmente, agora existe um humanoide com uma parafusadeira elétrica na mão Posted: 10 Oct 2018 03:07 PM PDT Já faz um tempo desde que o AIST (Instituto Nacional de Tecnologia e Ciência Industrial Avançada do Japão) atualizou a sua linha de robôs humanoides HRP. Embora a última evolução, HRP-4C, tenha conseguido tornar o robô muito mais parecido um humano ao utilizar um rosto feminino bem realista, o novo visual industrial do HRP-5P parece que escapou da fábrica antes de os detalhes do corpo ficarem prontos. Ele não é bonito, mas suas capacidades são impressionantes. • O robô ATLAS, da Boston Dynamics, agora é um supersoldado ciborgue acrobático Ver o vídeo do HRP-5P em ação pode parecer familiar, e isso ocorre provavelmente porque o Instituto Nacional de tecnologia e Ciência Industrial Avançada do Japão se inspirou no design do ATLAS, da Boston Dynamics, que tem uma estrutura que deixa expostos todos os sensores, motores e eletrônicos. Mas os criadores do HRP-5P e do ATLAS não adotaram esse tipo de visual, pois está na moda deixar os motores expostos. A funcionalidade autônoma que permite que o robô se locomova até uma mesa, pegue um pedaço de madeira e o parafuse na parede depende de vários sensores localizados ao redor do corpo para visualizar as imediações, os obstáculos e os objetos que suas mãos precisam manusear. Escondê-lo no corpo provavelmente reduziria a efetividade dos robôs. Crédito: AIST Além disso, uma "capa" externa adicionaria peso ao robô. Em seu design atual, o HRP-5P pesa 100 kg. Isso não é leve, mas é o suficiente para trabalhar em ambientes feitos para humanos navegarem, sem a necessidade de acomodações especiais para o peso do robô. Recentemente, engenheiros especializados em robótica e pesquisadores finalmente conseguiram cortar o cordão umbilical de suas criações. Mesmo há alguns anos, robôs bípedes como o HRP-5P e o ATLAS exigiam uma série de cabos conectados a um computador, além de uma entrada para força. No entanto, um robô mais leve geraria menos esforço em seus motores. Como resultado, robôs humanoides como o HRP-5P e ATLAS podem agora funcionar com baterias que se carregam sozinhas, aumentando sua mobilidade, seu nível de movimentos e sua liberdade. Em relação a robôs domésticos, eu trocaria fácil meu Roomba por um robô como esse, que conseguiria dar um trato no porão da minha casa. [AIST via IEEE Spectrum] The post Finalmente, agora existe um humanoide com uma parafusadeira elétrica na mão appeared first on Gizmodo Brasil. |
Por que ursos polares famintos podem começar a devorar baleias mortas Posted: 10 Oct 2018 02:11 PM PDT Pouco mais de um ano atrás, mais de 150 ursos polares se reuniram em uma ilha remota ao longo da costa norte da Sibéria para devorar uma baleia-da-Groenlândia que havia sido arrastada até a praia. Essa foi a maior multidão já registrada de ursos polares devorando uma baleia encalhada — mas eventos como esse podem se tornar mais comuns em um mundo mais aquecido. Essa é a sugestão de um fascinante artigo publicado nesta terça-feira (9), na Frontiers in Ecology and Evolution. No passado geológico não tão distante, argumenta o estudo, os ursos polares podem ter sobrevivido a temperaturas crescentes trocando a vida de caçadores de focas no gelo por períodos maiores como caçadores da baleia na terra. E alguns ursos podem fazer a troca novamente, com as mudanças climáticas causadas pelo homem fazendo a camada de gelo do Ártico se espatifar. O decréscimo do gelo do mar significa que os 26 mil ursos polares espalhados pelo alto Ártico terão que caminhar mais e gastar mais energia para caçar as focas, que, atualmente, são sua principal fonte de alimento. Mas o estudo aponta que as carcaças de baleias são as “maiores parcelas de matéria orgânica no oceano”. Embora esses lanches de baleia acabem no fundo do mar, ocasionalmente o acúmulo de gases dentro da carcaça em putrefação de uma baleia morta pode levá-la para a costa. Grupos de ursos foram vistos comendo essas carcaças, em vários lugares, da Sibéria a Svalbard, no território ártico norueguês. Mas as baleias mortas costumam ser arrastadas o suficiente para sustentar verdadeiramente os ursos polares, em vez de ser só o almoço grátis ocasional? Ursos polares se congregando na Ilha de Wrangel para devorar uma carcaça de baleia. Foto: Olga Belonovich/Heritage Expeditions Em alguns lugares, a resposta pode ser que sim. Puxando dados sobre as taxas de consumo de focas por ursos polares no Ártico canadense, os autores modelaram uma população hipotética de mil ursos e descobriram que eles consumiriam cerca de 26.400 focas durante a temporada de forrageamento na primavera. Considerando o conteúdo médio de gordura e carne de uma carcaça de baleia, os pesquisadores imaginam que isso equivalha a cerca de 20 baleias-da-Groenlândia mortas. Outras oito carcaças de baleias-da-Groenlândia seriam necessárias para conseguir esses ursos hipotéticos durante o verão. Esses números, observam os pesquisadores, se comparam favoravelmente às quase 50 carcaças de baleias grandes que devem ser arrastadas até o litoral do Alasca e o leste da Sibéria a cada verão, o que significa que as carcaças de baleia “são pelo menos teoricamente capazes de aumentar ou até mesmo substituir por períodos” uma dieta à base de foca. Os autores levantam a hipótese de que uma mudança para a caça de baleias ajudou alguns ursos polares a atravessar períodos quentes como o Eemiano entre 130 mil e 115 mil anos atrás, durante os quais a extensão do gelo do mar Ártico diminuiu bastante. Autora principal do estudo, Kristin Laidre, bióloga marinha na Universidade de Washington, alertou que o estudo observava apenas taxas de baleias encalhadas em poucas partes do Ártico e que, em outros habitats, pode não haver um buffet de baleias mortas pronto, esperando para substituir as focas nas dietas do urso polar. “A Groenlândia, que é muito montanhosa, não é um lugar onde temos muito encalhamento”, disse Laidre ao Earther. “Há definitivamente partes do Ártico onde isso é improvável ou não ocorre.” Mamãe urso alimentando um filhote com um pedaço de carne de baleia de uma carcaça. Foto: Chris Collins/Heritage Expeditions Além disso, mesmo que o histórico climático da Terra nos mostre que os ursos polares sobreviveram a um Ártico de pouco gelo no passado, isso não significa necessariamente que eles conseguirão se adaptar ao aquecimento acelerado que acontece hoje, que, provavelmente, não tem precedentes na história de menos de um milhão de anos da espécie. A caça comercial de baleias nos séculos 19 e 20 reduziram bastante muitas populações grandes de baleia, em comparação com suas abundâncias históricas estimadas, acrescentando mais uma camada de dificuldade que não favorece a capacidade dos ursos polares de se adaptarem. Tudo isso “dificulta bastante o uso do passado para projetar o futuro”, disse Laidre. “Não esperamos que as carcaças substituam as focas nas dietas dos ursos polares, mas, em alguns poucos lugares, elas podem desempenhar um papel”, prosseguiu. Portanto, se você começar a ouvir mais histórias sobre ursos polares lanchando baleias gigantes, lembre-se de que isso é a natureza fazendo o seu melhor para se adaptar à nossa bagunça. Imagem do topo: Chris Collins/Heritage Expeditions The post Por que ursos polares famintos podem começar a devorar baleias mortas appeared first on Gizmodo Brasil. |
Instagram usará aprendizado de máquina para ajudar a combater cyberbullying Posted: 10 Oct 2018 01:37 PM PDT Com centenas de milhões de pessoas inundando redes sociais, as empresas de tecnologia estão tendo dificuldade para eliminar o assédio de suas plataformas — e, portanto, elas estão voltando suas atenções para as máquinas, na esperança de encontrar ajuda. Nesta terça-feira (9), o Instagram anunciou que estava fazendo exatamente isso. • Quando inevitavelmente estragarem o Instagram, você pode culpar este cara “Embora a maioria das fotos compartilhadas no Instagram seja positiva e traga alegria às pessoas, ocasionalmente, uma foto compartilhada é indelicada e indesejável”, escreveu o novo chefe do Instagram, Adam Mosseri, em um post de blog. “Agora, estamos usando tecnologia de aprendizado de máquina para detectar proativamente o bullying em fotos e suas legendas, enviando-as para a revisão de nossa equipe de Operações de Comunidade.” O Instagram permite que os usuários denunciem contas que mostrem intenção de fazer bullying ou assediar, que são contra as Diretrizes da Comunidade, embora não esteja claro como essas contas são penalizadas ou desligadas com eficácia e rapidez. Mosseri observou no post de blog de terça-feira que “muitas pessoas que experimentam ou observam bullying não o denunciam” e que implementar esses esforços junto com os humanos ajudará a equipe a “identificar e remover significativamente mais bullying”. Essa nova tecnologia já foi implantada e continuará a ser lançada nas próximas semanas, de acordo com a empresa. O Instagram também adicionará seu filtro de comentários contra bullying — que “oculta comentários que contenham ataques à aparência ou ao caráter de uma pessoa, assim como ameaças ao bem-estar ou à saúde de uma pessoa” — em todos os vídeos ao vivo. Ele já está disponível nas seções Feed, Explorar e Perfil do Instagram. O serviço também acrescentou um “efeito de câmera de ‘bondade’ para espalhar a positividade”, seja lá qual for o efeito real disso. Este é o primeiro anúncio de Mosseri para o serviço de compartilhamento de fotos desde que seus fundadores originais deixaram a empresa no mês passado. O Instagram, que pertence ao Facebook, não ganhou a mesma reputação de sua empresa-mãe de servir como um catalisador para a devastação psicológica, a violência e a destruição da democracia, mas ainda tem seus problemas, com o bullying no topo da lista. Uma pesquisa da ONG sem fins lucrativos Ditch the Label no ano passado descobriu que, de dez mil entrevistados com idades entre 12 e 20 anos, 7% disseram ter sido vítimas de bullying no Instagram. A plataforma foi classificada como a rede social número um para o cyberbullying — um pouco mais alto no ranking até do que o próprio Facebook. Embora se apoiar em algoritmos para ajudar com problemas em escala tão grande não seja ruim por si só, essa está longe de ser uma solução definitiva. Os algoritmos não são livres de viés; além disso, atualmente, eles não têm a capacidade de entender nuances e contexto na linguagem humana. Eles já cometeram erros no passado e ainda não provaram estar prontos para combater sem falhas um problema tão grande, complexo e delicado quanto o cyberbullying. Imagem do topo: Getty The post Instagram usará aprendizado de máquina para ajudar a combater cyberbullying appeared first on Gizmodo Brasil. |
Falha podia ceder o controle do seu WhatsApp com apenas uma chamada de vídeo Posted: 10 Oct 2018 12:07 PM PDT Nesta terça-feira (9), uma pesquisadora da equipe de segurança Project Zero, do Google, publicou um relatório revelando como usuários do WhatsApp podem perder o controle de suas contas ao responder uma chamada de vídeo de um usuário mal-intencionado. Natalie Silvanovich publicou sua descoberta no blog Google Chromium e explicou que a vulnerabilidade foi descoberta em agosto e foi rapidamente reportada pela companhia responsável pelo WhatsApp, no caso, o Facebook. O Project Zero busca vulnerabilidades e eles costumam dar às empresas 90 dias para corrigir o problema antes de tornar a questão pública. Neste caso, Silvanovich disse que a correção para Android foi liberada em 28 de setembro, enquanto a para iOS foi disponibilizada em 3 de outubro. • WhatsApp Business não foi feito para inundar pessoas de spam, diz executivo O Gizmodo contatou o Facebook para confirmar a correção, mas não recebemos uma resposta imediata. Nesta quarta-feira (10), um porta-voz do WhatsApp disse à Reuters:
A pesquisadora explicou que a vulnerabilidade provocava um erro de corrupção do sistema causando travamento quando um pacote malformado RTP era recebido. A técnica — uma videochamada para um usuário feita na esperança de que o destinatário atendesse — foi identificada como um método simples de entrega, embora não fosse o único empregado. É um lembrete de que mesmo se um hacker tivesse a habilidade de obter o número de telefone de uma vítima, há formas de explorá-lo. Com 1,2 bilhão de usuários, o WhatsApp é um prato cheio para malfeitores. "Isso é algo grande", tuitou Tavis Ormandi, um colega de Silanovich, que também trabalha no Google. "Ao responder uma chamada de uma pessoa mal-intencionada, você pode ter sua conta do WhatsApp comprometida." O relatório foi divulgado alguns dias após o Facebook anunciar o Portal, um produto para fazer videoconferências lançado que já teve uma recepção negativa, pois a rede social passou por problemas de segurança e privacidade nos últimos meses. [Natalie Silvanovich, Reuters] Imagem do topo: Getty Images The post Falha podia ceder o controle do seu WhatsApp com apenas uma chamada de vídeo appeared first on Gizmodo Brasil. |
Cientistas podem ter descoberto fator de risco genético para a disfunção erétil Posted: 10 Oct 2018 11:13 AM PDT Um grupo de cientistas acredita ter descoberto pelo menos parte dos fatores de risco genéticos que podem contribuir para uma preocupação com a saúde comum aos homens: a disfunção erétil. Suas descobertas, publicadas na segunda-feira (8) na Proceedings of the National Academy of Sciences possivelmente identificaram um lugar específico em nosso genoma ligado à condição. • Estudo da OMS descobre que o álcool é responsável por 5% das mortes no mundo A disfunção erétil afeta 15 milhões de brasileiros, 30% da população masculina economicamente ativa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e as chances de que isso aconteça aumentam à medida que os homens envelhecem. E homens que têm condições como doenças cardiovasculares ou diabetes tipo 2 também são mais propensos a tê-la. Os cientistas há muito suspeitam que os genes desempenham um papel na disfunção erétil, com base em estudos de gêmeos. Mas tem sido difícil encontrar exatamente onde esse risco adicional poderia estar em nosso genoma. No estudo atual, pesquisadores nos Estados Unidos analisaram os genes de quase 37 mil homens que eram membros da Kaiser Permanente, a maior organização de cuidados gerenciados dos EUA, e que haviam fornecido suas informações e registros médicos. Nesses homens, eles identificaram um local ao longo do sexto cromossomo associado a um risco extra de disfunção erétil. Esse local — conhecida como locus — foi encontrado perto do gene SIM1. Ter certas variações desse locus, descobriram os pesquisadores, estava associado com um risco 26% maior de ter disfunção erétil. O risco extra foi visto mesmo quando foram levados em conta outros fatores que contribuem para a condição, como o peso. E a mesma ligação foi vista quando eles observaram os genes de mais de 200 mil homens no Reino Unido que participaram de um banco de dados parecido. “Identificar esse locus SIM1 como um fator de risco para a disfunção erétil é importante, porque fornece a prova há muito procurada de que há um componente genético para a doença”, disse Eric Jorgenson, cientista da Divisão de Pesquisa da Kaiser Permanente no norte da Califórnia, em um comunicado. O gene SIM1 é conhecido por codificar proteínas que ajudam a regular o peso corporal e as ereções nos homens. E os pesquisadores acham que algo no locus — mais especificamente, outros genes — influencia a forma como o gene SIM1 é expresso, seja o desligando ou o ligando aumentando sua atividade. Em pessoas geneticamente vulneráveis à disfunção erétil, essa cadeia de comando pode não estar funcionando como pretendido. “Identificar o primeiro fator de risco genético para a disfunção erétil é uma descoberta empolgante, porque abre as portas para investigações sobre novas terapias baseadas em genética”, disse Jorgenson. Em seu artigo, a equipe deixou claro que outros pesquisadores provavelmente encontrarão ainda mais fatores de risco genéticos para a disfunção erétil. E, de fato, alguns já o fizeram. Em março, uma equipe no Reino Unido divulgou uma pesquisa na revista pré-impressão bioRxiv que encontrou uma associação entre a condição e outro locus genético encontrado perto do SIM1 (trabalhos de pesquisa submetidos ao bioRxiv não são submetidos a revisão por pares, mas podem ser publicados mais tarde). Jorgenson e sua equipe acreditam que essa abordagem de uso de grandes bancos de dados genéticos de pacientes vai ajudar a descobrir novos alvos para drogas que possam ajudar tanto homens quanto mulheres. Embora medicamentos conhecidos como o Viagra tenham sido usado com grande efeito por muitos homens com disfunção erétil, eles não vêm sem seus riscos. E alguns homens não respondem a esse tratamento. A disfunção sexual em mulheres, enquanto isso, tem sido um problema muito mais difícil de se resolver usando qualquer medicamento. [PNAS] Imagem do topo: Pixabay The post Cientistas podem ter descoberto fator de risco genético para a disfunção erétil appeared first on Gizmodo Brasil. |
Aplicativo da Uber para motoristas terá botão para ligar para a polícia Posted: 10 Oct 2018 10:36 AM PDT A Uber anda investindo bastante em recursos de segurança para motoristas. A mais recente novidade é um botão para ligar para a polícia diretamente do aplicativo do serviço de transporte. O recurso começará a ser habilitado nesta quarta-feira (10). • Uber oferecerá desconto em combustível e financiamento de kit de GNV para motoristas A novidade fica dentro da nova central de segurança, que é equivalente à lançada em julho para usuários do serviço. Um botão com ícone de escudo fica disponível no mapa do aplicativo, podendo ser acessado rapidamente. Ao escolher a opção de ligar para a polícia, o aplicativo destaca o endereço onde o motorista está antes de discar 190. Assim, fica mais fácil conversar com a central de atendimento. A nova central de segurança também reorganizou recursos já existentes, como compartilhar a viagem com contatos de confiança, para que eles possam acompanhar onde você está. Essa não é a única iniciativa de segurança adotada recentemente pela Uber. Motoristas da região Sul estão testando um recurso que antecipa qual o destino do passageiro que solicitou a corrida. A empresa também diz no comunicado que vem usando machine learning para bloquear viagens potencialmente perigosas ou solicitar confirmações de identidade adicionais do passageiro. Imagem do topo: Getty The post Aplicativo da Uber para motoristas terá botão para ligar para a polícia appeared first on Gizmodo Brasil. |
Google abandona competição por contrato com exército dos EUA em meio a pressão de funcionários Posted: 10 Oct 2018 09:10 AM PDT O Google abandonou a competição para um projeto de computação em nuvem do Pentágono que poderia valer até US$ 10 bilhões e durar até uma década, citando um possível conflito com seus valores corporativos, informou a Bloomberg na segunda-feira (8). • Estes 23 princípios podem nos ajudar a evitar o apocalipse com a inteligência artificial O projeto JEDI (Joint Enterprise Defense Infrastructure), que envolve a transferência em massa de dados anteriormente geridos por terceirizados de defesa para um concorrente comercial, oferece um potencial de pagamento grande o bastante para atrair a atenção de gigantes como Google, Amazon e Microsoft. As licitações acontecem já nesta quarta-feira (12). Entretanto, a Bloomberg noticiou que o Google agora está abandonando a busca pelo contrato porque ele pode violar seus “princípios de inteligência artificial”, isso poucos meses depois de decidir não renovar um contrato separado com o Pentágono de revisão de imagens de drones, chamado Project Maven:
A Bloomberg acrescentou que um porta-voz do Google disse que, se um esforço por parte de uma série de empresas, entre elas Microsoft, International Business Machines Corp. e Oracle Corp, para dividir o contrato em partes tivesse sucesso, a empresa poderia ter “enviado uma solução convincente para porção dele”. A decisão de se retirar do Project Maven aconteceu depois de milhares de funcionários assinarem uma petição pedindo à empresa para parar de trabalhar com os militares, com diversos empregados pedindo demissão em protesto. Fontes disseram ao Gizmodo que a CEO do Google Cloud, Diane Greene, caracterizou a questão como uma enorme dor de cabeça para a gestão. Embora o Maven em si tivesse um valor limitado para a empresa, executivos seniores do Google supostamente o viam como uma porta de entrada para contratos lucrativos de defesa envolvendo projetos como sistemas de vigilância que poderiam monitorar cidades inteiras. O projeto JEDI poderia ter sido usado para oferecer suporte a operações de combate, levantando ainda mais sinais de alertas éticos. Neste ano, o Defense One noticiou que o cofundador do Google Sergey Brin e o CEO da empresa, Sundar Pichai, foram essenciais para despertar o interesse do Pentágono em computação em nuvem, embora a empresa tivesse apenas buscado silenciosamente um contrato, temendo uma reação forte de seus funcionários. O site explicou que o JEDI basicamente colocaria os funcionários do Google em posições eticamente comprometedoras, de fornecimento de suporte a combate para o exército dos EUA:
Em março, informou o Defense One, o chefe de gabinete da Força Aérea dos EUA, David Goldfein, disse: “Quando olhamos para o futuro e discutimos não apenas como conectamos sistemas e computadores no limite tático — a maioria das coisas sobre as quais estamos falando é computadores autônomos —, temos uma oportunidade real de perguntar: ‘Como os conectamos?’… Como poderíamos acelerar a tomada de decisões a ponto de termos humanos fazendo apenas o que os humanos precisam fazer?”. Em um comunicado à Bloomberg, a Tech Workers Coalition (Coalizão de Trabalhadores de Tecnologia) disse que a pressão “contínua” de funcionários que se opõem ao envolvimento do Google no JEDI mostrou que os trabalhadores “têm poder significativo e estão cada vez mais dispostos a usá-lo”. Acredita-se que o grande favorito a conseguir o contrato seja a Amazon, que já tem um contrato de US$ 600 milhões com a CIA. Como escreveu o Washington Post, a Amazon é também uma das únicas grandes empresas que apoiaram uma abordagem única, de “o vencedor leva tudo”, ao processo, enquanto outros competidores reclamaram que isso poderia basicamente criar um monopólio nos contratos de computação em nuvem com os militares no futuro. Imagem do topo: AP The post Google abandona competição por contrato com exército dos EUA em meio a pressão de funcionários appeared first on Gizmodo Brasil. |
Imagens vazadas do Galaxy A9 revelam um monstrinho de quatro olhos Posted: 10 Oct 2018 07:52 AM PDT Os celulares com duas câmeras traseiras já são praticamente o padrão da indústria. Até modelos considerados intermediários, custando a partir de R$ 1.500, já possuem os dois sensores. Se não bastassem duas, teve fabricante que decidiu incluir três câmeras, como a Huawei, LG e a Samsung. A Samsung aparentemente não achou que era o suficiente, meteu o louco e vai lançar um smartphone com quatro sensores somente na traseira. • Galaxy A7 é o intermediário da Samsung com três câmeras traseiras Os rumores de que o Galaxy A9 seria lançado quatro olhos já circulam há algumas semanas. Agora, uma imagem de marketing da empresa vazou, mostrando a função de cada um deles. A divulgação foi feita pelo Evan Blass (@evleaks), que tem ótima reputação em vazamentos. De acordo com a imagem, o A9 terá uma lente grande angular de 120 graus com resolução de 8 megapixels; uma lente tele com zoom óptico de 2x com 10 megapixels; uma lente principal tradicional com 24 megapixels e uma “câmera de profundidade” com 5 megapixels. Este último sensor deve auxiliar a criação de imagens com fundo desfocado.
Outros vazamentos a respeito do Galaxy A9 apontam que o aparelho terá tela de 6,38 polegadas, processador Qualcomm Snapdragon 660 e bateria de 3.720 mAh. Ainda não sabemos se o aparelho terá uma ou duas câmeras frontais (seria um recorde ter seis sensores em um só celular!). Se os rumores se confirmarem, o lançamento marcará a mudança de estratégia da Samsung sobre a inclusão de novas tecnologias em aparelhos intermediários. O presidente da divisão mobile da companhia, DJ Koh, disse em setembro que haveria uma mudança de foco para as inovações: "Estamos focando bastante nos millennials que não podem se dar ao luxo de comprar um topo de linha. Mas como eu poderia entregar uma inovação significativa para nossos millennials? É por essa razão que estou tentando diferenciar a gama intermediária", comentou. A Samsung preparou um evento para o lançamento de um novo Galaxy para amanhã (11). The post Imagens vazadas do Galaxy A9 revelam um monstrinho de quatro olhos appeared first on Gizmodo Brasil. |
Facebook lança botão de contexto no Brasil para combater fake news, mas agora está meio tarde Posted: 10 Oct 2018 06:57 AM PDT Há um ano, o Facebook anunciava que estava testando um botão de contexto em sua plataforma. Trata-se de uma ferramenta para trazer informações sobre os veículos de comunicação e os artigos que as pessoas viam no Feed de Notícias. O recurso nada tem de revolucionário, mas podia, sim, ajudar a combater o sério problema de fake news que assola a rede social. Nesta terça-feira (9), o Facebook anunciou a chegada do botão de contexto ao Brasil — meio tarde, visto que já estamos nos encaminhando para o segundo turno de uma eleição presidencial marcada pela disseminação de desinformação. • É oficial: você vai poder ver jogos da Libertadores no Facebook a partir de 2019 O Brasil está em uma leva maior de países que recebem apenas agora a funcionalidade. Argentina, Colômbia e México são os outros — este último tendo passado por uma eleição presidencial em julho. Em nota publicada em seu blog oficial, o Facebook afirma que, para chegar ao seu modelo de contextualização de artigos, realizou pesquisas entre a comunidade e parceiros acadêmicos, de forma a identificar os dados importantes para “ajudar as pessoas a avaliar a credibilidade de um artigo e determinar se a fonte é confiável”. A contextualização traz a descrição da Wikipédia sobre o veículo, informações sobre o número de compartilhamentos de um texto no Facebook, além de um mapa mostrando onde houve maior atividade em torno do link, e também artigos relacionados ao mesmo tópico tratado na publicação. Se o veículo não tiver um verbete na Wikipédia, o Facebook indicará isso também, “o que também pode ser um contexto útil”, sugere a rede social. Esse conjunto de funções e informações testado no ano passado ganha mais duas novidades ao seu escopo com o lançamento desta terça-feira: o Mais sobre este link dará às pessoas uma amostra de outras histórias publicadas recentemente pelo veículo de comunicação autor da postagem, enquanto o Compartilhado por amigos mostra quais de seus contatos no Facebook compartilharam o post. Pressionado pela opinião pública, o Facebook parece reagir tarde e com pouca eficácia para combater o fenômeno da disseminação de notícias falsas. O novo botão de contexto é, sim, algo bom, mas parece pouco e tardio, especialmente no cenário brasileiro. Imagem do topo: Reprodução The post Facebook lança botão de contexto no Brasil para combater fake news, mas agora está meio tarde appeared first on Gizmodo Brasil. |
Microsoft explica bug da atualização do Windows 10 que apagava arquivos dos usuários Posted: 10 Oct 2018 05:47 AM PDT Durante o final de semana, a Microsoft interrompeu a atualização do Windows 10 (versão 1809) depois que um bug passou despercebido pelo Feedback Hub e resultou no sumiço de muitos arquivos de alguns usuários. Agora, o diretor do programa de gerenciamento de serviços e entrega do Windows, John Cable, afirma que o erro foi resolvido. • Microsoft adia atualização do Windows 10 após relatos de sumiço de arquivos Cable escreveu em uma publicação no blog da Microsoft que o problema, embora fosse sério, afetou apenas um pequeno número de usuários que anteciparam a instalação da atualização, antes da liberação geral (que poderia ter resultado em problemas para todas as máquinas que rodam Windows 10):
(Isso significa que centenas de pessoas provavelmente perderam seus arquivos, segundo a estimativa do ZDNet). Segundo Cable, o bug estava relacionado com a maneira que o Windows lida com uma funcionalidade chamada Known Folder Redirection (KFR), no qual “pastas conhecidas do Windows, incluindo Área de Trabalho, Documentos, Fotos, Capturas de Tela, Vídeos, Rolo da Câmera, etc” são transferidos para diferentes localizações do disco rígido da máquina. Depois de uma atualização de abril de 2018, alguns usuários relataram que eles tinham pastas KFR vazias e duplicadas, mas o método utilizado pela versão 1809 para limpar essas pastas inúteis acabou resultando no apagamento completo do diretório que continha arquivos. Aqui vai um exemplo que Cable deu em seu post:
A Microsoft deixou o bug passar apesar de usuários terem o relatado no Feedback Hub. Isso aconteceu porque o número total de relatos de sumiço de arquivos foi muito baixo para levar a uma resposta mais rápida dos engenheiros da companhia. De acordo com Cable, a empresa ativou uma funcionalidade “para usuários que também oferecem uma indicação de impacto e severidade ao enviar um Feedback” para assegurar que problemas sérios cheguem aos engenheiros. “Esperamos que isso nos permite monitorar melhor os problemas de maior impacto mesmo quando o volume de feedback for baixo”, escreveu. É seguro dizer que a Microsoft se safou por pouco: muitos usuários desprezam a funcionalidade de atualização forçada. Cable escreveu que a atualização de outubro de 2018, que inclui funcionalidades como uma área de transferências na nuvem e uma versão inicial de seu software de espelhamento de celulares, não será lançada até que os engenheiros verifiquem que os arquivos dos usuários não serão apagados. A Microsoft disse que sua equipe de suporte remoto e nas lojas autorizadas tentarão ajudar os usuários que foram impactados por esse bug a recuperar seus arquivos, embora as chances de encontrá-los intactos provavelmente sejam baixas. Se o Windows 10 deletou todas as suas coisas e você está bravo, você pode tentar fazer uma recuperação de arquivos. Imagem do topo: Elaine Thompson (AP) The post Microsoft explica bug da atualização do Windows 10 que apagava arquivos dos usuários appeared first on Gizmodo Brasil. |
Eu conheci a primeira cápsula em tamanho real do Hyperloop Posted: 10 Oct 2018 04:58 AM PDT Enquanto eu dirigia de Málaga para Cádiz para a apresentação da primeira cápsula de Hyperloop em tamanho real, eu fiquei com uma questão matemática na cabeça: "Se eu levo duas horas e meia nesse caminho de 240 quilômetros, o Hyperloop levaria…" Não importa. A estrada é íngreme e as chances de que alguém venha a construir um tubo gigante entre as duas cidades antes de eu morrer são mínimas. De repente, eu entro em uma neblina bastante densa — cortesia do Estreito de Gibraltar) e penso: "Bem, esta é a metáfora perfeita do Hyperloop. Ninguém sabe o que vem por aí ou qual é o limite." Agora que eu vi de perto, estou ainda mais incerto sobre o seu futuro. • Elon Musk muda foco do Hyperloop e quer oferecer espécie de transporte público Assim como a ideia de carros elétricos, o conceito de um trem que viaje a uma velocidade altíssima por meio de um tubo tem mais de um século de idade. De modo semelhante, o projeto de um trem que viaje por um tubo a uma velocidade altíssima e que seja economicamente viável, assim como o de carros elétricos economicamente acessíveis, é atribuída a Elon Musk. Foi ele quem apresentou o conceito em 2013. Para remover a resistência do ar, ele propôs esvaziar o tubo com bombas de vácuo. Para remover a fricção entre o trem e os trilhos, ele propôs uma cápsula que levita em rolamentos de ar, como uma mesa de hockey em que o ar sai do disco e não da mesa em si. Ele, então, acrescentou alguns motores de indução linear e descreveu a coisa toda como "um cruzamento entre um Concorde e um canhão elétrico". Ele deu o nome de Hyperloop à sua invenção, mas disse que estava ocupado demais chefiando suas empresas para levar isso adiante e encorajou qualquer interessado em construir o conceito a tentar fazer isso. Então, com um guia de 57 páginas desenhado por engenheiros da Tesla e da SpaceX, nascia o maior projeto de código aberto de hardware da história. Centenas de estudantes e empreendedores começaram a trabalhar nos primeiros conceitos e simulações de Hyperloops, mas só duas empresas tinham dinheiro suficiente para construir alguma coisa mais tangível: a Hyperloop One e a Hyperloop Transportation Technologies (HTT). Quem comanda a HTT é Bibop Gresta, um investidor italiano descrito pela Wired como um "showman exuberante com barba de Tony Stark e uma risada rítmica de Muppet que tentou ser rapper na sua juventude, fez algumas turnês como artista de palco e teve uma curta carreira na TV como apresentador da MTV italiana." Gresta não falou bem da Hyperloop One quando conversou com a Wired, chegando a acusá-los de plágio: "Eles estão copiando tudo, [até mesmo] o logo." Na verdade, ambas as companhias têm conseguido algum progresso: a Hyperloop One foi a primeira a testar um modelo em miniatura em Nevada, e a HTT foi a primeira a revelar uma cápsula em tamanho real na Espanha. Da esquerda para a direita: Bibop Gresta, Rafael Contreras, Dirk Ahlborn e Ramón Betolaza. Foto: Hyperloop Transportation Technologies "Nós somos proprietários da marca Hyperloop em 57 países, mas gostamos de concorrência", disse Gresta de maneira conciliatória quando perguntado sobre a Hyperloop One. A HTT convidou o Gizmodo para tomar café da manhã com seus fundadores algumas horas do grande evento. Eu cheguei às 8h30 e me sentei à mesa com Bibop Gresta, cujo nome real é Gabriele. Eu notei a barba perfeitamente desenhada, o sorriso estéril e as lapelas levantadas de seu terno. Ele não gostou do fato de eu gravar a conversa, mas concordou. Perguntei qual a diferença entre esta cápsula e a que Elon Musk propôs em 2013. "É fundamentalmente diferente", disse Gresta. "Não é tão diferente assim", disse Dirk Ahlborn, CEO da empresa, minutos depois. Ahlborn e Gresta se conheceram em um evento de tecnologia em Los Angeles. Ahlborn apresentou a Gresta a ideia de construir o Hyperloop de Elon Musk, e Gresta disse algo como "você está completamente louco, mas isso vai mudar a humanidade se você fizer direito, e você precisa da minha ajuda". O Hyperloop de Musk tinha um compressor de ar para distribuir a pressão dentro da cápsula e lançar ar debaixo dos esquis para deslizar. Isso foi projetado dessa maneira para evitar a levitação magnética — uma tecnologia que existe, mas que tem custos proibitivos em rotas longas. O compressor, porém, era ineficiente e puniria os passageiros com um barulho infernal. Os engenheiros da HTT estudaram as opções que tinham e escolheram o Inductrack, uma tecnologia de levitação magnética passiva criada nos anos 90 por pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia. Ao contrário da levitação magnética ativa, o Inductrack não precisa de eletroímãs ou qualquer energia para alcançar o efeito de levitação. A parte inferior da cápsula tem uma matriz de ímãs permanentes que ficam dispostos de uma maneira que gera um campo magnético oposto às bobinas organizadas na pista. Parada, a cápsula não levita: ela se apoia normalmente na pista. A uma velocidade maior, porém, os ímãs induzem uma diferença de potencial nas bobinas, que acaba levantando a cápsula sem usar nenhum elemento ativo, que custaria muito mais caro. A técnica reduz a fricção, mas não move o sistema. É para isso que servem os motores lineares, e eles obtêm energia de baterias que ficam dentro da cápsula, como em um carro elétrico. Elon Musk disse que poderia usar energia solar para mover a cápsula, relembrei. "Nós usamos uma combinação de energia renovável de painéis solares na parte superior do planeta, energia cinética do movimento da cápsula e frenagem regenerativa", disse Gresta. "Nos contextos em que a energia térmica não é eficiente, usamos energia geotérmica. A combinação destes elementos cria 30% mais energia do que usamos." O executivo usa o tempo verbal presente, mas tudo que ele diz, na verdade, se refere ao futuro. O que a HTT fez, por enquanto, foi uma carcaça vazia de uma cápsula; sem motores, sem ímãs, sem bancos. "A aerodinâmica foi a chave". O Quintero One foi projetado sem janelas para maximizar a eficiência do sistema autônomo. Foto: Hyperloop Transportation Technologies Mesmo assim, é um marco histórico importante. O Quintero One é a primeira cápsula Hyperloop de passageiros em tamanho real. Ela foi projetada pela PriestmanGood — a mesma consultoria que trabalhou nos novos trens do metrô de Londres — e construída na Espanha por uma empresa chamada Carbures. Perguntei a Paul Priestman qual o maior desafio de um projeto de cápsula de Hyperloop. "A aerodinâmica foi a chave", contou o designer. "Dentro do Hyperloop, a atmosfera é semelhante à de um avião viajando a 30 mil pés, então a aerodinâmica é importante para reduzir a pressão. E como a cápsula é um veículo autônomo, não há necessidade de janelas na frente. Por isso, seu design é bastante específico." Para a Carbures, por outro lado, dar forma aos desenhos de Priestman era uma tarefa tão complicada que seus funcionários trabalhavam por meses sem ter folgas, exceto nos finais de semana. “Sou grato às pessoas que não saíram de férias para tornar isso possível. É um negócio complicado aqui na Espanha”, disse Dirk Ahlborn durante o evento. "É um grande problema em todo o mundo!", emenda o sorridente apresentador do evento para acalmar tensões. No mesmo dia em que o Quintero One foi revelado, a Carbures mudou seu nome para Airtificial. A empresa, nascida na Universidade de Cádiz, já manufaturou peças de fibras de carbono para Airbus e Boeing. Ela acabou de limpar seus registros contábeis depois de uma longa crise econômica, que atingiu seu ponto mais baixo em 2013, quando as ações colapsaram e foram suspensas do mercado. Seu fundador, Rafael Contreras, também é cofundador do Muving, um serviço de compartilhamento de bicicletas motorizadas que invadiu várias cidade da Espanha e agora está disponível em Atlanta, nos EUA. A outra cara da empresa é Ramón Betolaza, o inventor espanhol que resgatou a Carbures quando ela estava endividada e agora é parte do conselho da HTT. A HTT e a Airtificial investiram um total de 21 mil horas de engenharia e 5 mil horas de montagem para criar a Quintero One, uma cápsula de cinco toneladas feita com 85% de fibra de carbono — ou, como a HTT coloca, 85% Vibranium. O material que cobre a cápsula leva o nome do universo Marvel, mas não vem de Wakanda. Trata-se de um projeto patenteado de camada dupla que utiliza 82 painéis de fibra de carbono e 72 sensores capazes de detectar problemas relacionados à integridade estrutural da cápsula, o que, a velocidades próximas à do som, é especialmente interessante. A cápsula tem 32 metros de comprimento, sendo metade deles usados para a cabine de passageiros, que tem espaço para cerca de 30 pessoas. O nome Quintero One homenageia Andrew Quintero, um cientista espacial que fundou o JumpStartFund junto com Dirk Ahlborn, mas morreu em um acidente de natação em 2014. O JumpStartFund é uma incubadora colaborativa onde pessoas de todo o mundo podem ajudar você a construir sua startup. A HTT nasceu quando Ahlborn enviou o guia de Elon Musk ao JumpStartFund e mais de 800 voluntários, incluindo engenheiros da NASA, SpaceX e Boeing, começaram a trabalhar juntos no primeiro Hyperloop. De suas casas, em seu tempo livre, eles realizam simulações e compartilham ideias sobre os materiais de trabalho, mas não recebem salário: são pagos em opções de ações. “É um modelo incrível para construir as empresas do futuro”, diz Gresta. “Um modelo que é ensinado na Universidade de Harvard desde 2017”. É também um modelo insuficiente: além dos voluntários (oficialmente chamados de "colaboradores"), a HTT possui uma equipe central de funcionários com contratos tradicionais. O Hyperloop real é bem diferente do conceito inicial apresentado por Elon Musk, que tinha rolamentos de ar, velocidades supersônicas e energia solar. Quando finalmente cheguei a Airtificial, que tinha acabado de retirar o logotipo da Carbures de sua fachada, alguns policiais me inspecionaram com os olhos. Não demorou muito para descobrir por que eles estavam lá: vários políticos participaram do evento, incluindo o presidente da Andaluzia e alguns representantes do Ministério da Indústria na Espanha. Perguntei se há algum dinheiro público envolvido na fabricação da cápsula. "Não", disse Dirk Ahlborn. A Hyperloop One anunciou em agosto que escolheu Antequera, uma cidade na província vizinha de Málaga, para criar seu primeiro centro de testes. Ela fará isso com a ajuda da ADIF, gestora de infraestrutura ferroviária da Espanha, e já adiantou um pedido de subsídio de 126 milhões de euros. Se construir um trem é caro, construir o primeiro Hyperloop da história sem recursos públicos parece impossível. Por isso, os executivos da HTT e da Hyperloop One vão de país em país tentando fazer acordos com seus governos. A primeira parada para as duas empresas foi nos Emirados Árabes Unidos, onde nada é impossível. Depois vieram a Coréia do Sul, a Ucrânia e a China. Em contraste, a viagem de meia hora entre Los Angeles e San Francisco, anunciada por Elon Musk, parece muito distante, especialmente por causa do preço dos terrenos nos EUA e, de acordo com Bibop Gresta, “porque países como os Emirados Árabes Unidos são mais visionários que os Estados Unidos”. Mas, novamente, estamos falando sobre o futuro. Em Cádiz, a única coisa revelada foi o esqueleto de uma promessa. Houve uma contagem regressiva, houve uma música épica e, em seguida, uma cortina caiu. Diante de uma multidão de políticos, investidores e jornalistas, surgiu o Quintero One, uma cápsula de prata com um desenho mais austero que os desenhos feitos por Priestman Goode. Talvez porque eu esperei cinco anos por este momento, talvez porque o seu interior estava vazio ou talvez porque eles estão fazendo um trem de levitação magnética sem janelas em vez do conceito irrealizável mostrado por Elon Musk, eu senti uma ligeira decepção.
Tradução: Mas isso não é mesmo um hyperloop. É um trem (maglev) para o metrô. A empresa não me permitiu tirar fotos da cabine vazia nem falou muito sobre seu futuro design. Quando pus os pés dentro da cápsula, em vez da "quinta revolução do transporte", senti que estava dentro de um tubo de pasta de dente. Como será o interior do Quintero One? Gresta me disse que eles estavam pensando em materiais seguros e confortáveis como kevlar. Priestman disse que será uma "experiência completamente diferente" do que conhecemos. Perguntei se será confortável para os passageiros. “Deve ser confortável, sim”, respondeu o designer. A experiência do usuário está em uma fase de desenvolvimento tão inicial que Dirk Ahlborn me disse que os bilhetes serão gratuitos, pagos com propaganda, enquanto Gresta falou sobre um sistema de pagamento usando blockchain e sensores biométricos. "De qualquer forma, se as passagens custarem 30 dólares, recuperaremos o custo inicial em oito anos", explica Ahlborn. O Quintero One vai agora para um centro de desenvolvimento em Toulouse, onde o resto da cápsula será montada. A HTT diz que ele estará pronto em 2019, mas a cápsula em si é apenas uma pequena parte do sistema. A real dificuldade será construir o tubo de baixa pressão por onde a cápsula vai viajar, não só porque serão necessárias centenas de bombas de vácuo para extrair ar de ponta a ponta, mas porque a morfologia do terreno raramente será uma linha reta. Haverá curvas e subidas, e as cápsulas terão que fazer as acelerações e desacelerações de maneira suave o suficiente para que os passageiros não vomitem ou percam a consciência ao longo do caminho. É aqui que entra um dos grandes mitos do Hyperloop: a cápsula não vai viajar na velocidade do som nem chegar perto disso. Vai ser necessário adaptar a velocidade à morfologia do terreno, ou a cápsula pode sair voando por aí. “Este é agora o rosto do Hyperloop”, Paul Priestman disse ao Gizmodo após a inauguração da cápsula que ele projetou. Foto: Hyperloop Transportation Technologies Eu imaginei um Hyperloop voando enquanto viajo de volta para Málaga. "É como um avião sem asas", disseram durante o evento. Aviões viajam em velocidades altíssimas para superar a resistência do vento, mas o Hyperloop fará isso no nível do solo. Para atingir este feito, empresas como a HTT vão precisar desenvolver um sistema que vença movimentos sísmicos e até mesmo os menores desníveis, ou o resultado poderá ser catastrófico. Eles vão conseguir fazer isso? Por enquanto, tudo que eu posso dizer é que o Hyperloop real é bem diferente do conceito inicial apresentado por Elon Musk que tinha rolamentos de ar, velocidades supersônicas e energia solar. Mas a marca continua a mesma. Uma marca que políticos acham atraente — então talvez eles ajudem a se tornar realidade. A neblina da manhã desapareceu, revelando um céu azul. Minhas dúvidas sobre o Hyperloop, no entanto, continuavam lá. Haverá questões de segurança, e a apresentação de uma cápsula de fibra de carbono não significa nada. O túnel de base de São Gotardo, na Suíça, que é o túnel de ferrovia mais longo do mundo, levou oito anos para ser construído e tem apenas 151 quilômetros. Com o Hyperloop, estamos falando de centenas ou até mesmo milhares de quilômetros. Um tubo deste tamanho precisaria ser construído com autorização de centenas de proprietários de terras que ficam no caminho. Eu vi o "rosto do Hyperloop", como Priestman chama. Ele é pontudo e elegante mas, por mais bonito que seja, o túnel real terá que se adaptar à realidade. The post Eu conheci a primeira cápsula em tamanho real do Hyperloop appeared first on Gizmodo Brasil. |
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