quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Gizmodo Brasil

Gizmodo Brasil


Baleia cachalote morta encalha na Indonésia com 150 copos plásticos no estômago

Posted: 21 Nov 2018 01:27 PM PST

Será que a gente pode dar uma trégua para as baleias? Elas já estão lidando com substâncias químicas industriais, escassez de comida e navios perigosos. Então, tem também o plástico que inevitavelmente chega a seus estômagos. Na segunda-feira (19), uma baleia morta encalhou no leste da Indonésia, com seus estômago cheio de lixo plástico, incluindo 115 copos plásticos e dois pares de chinelos.

• Baleia morre na Tailândia após ingerir 80 sacolas plásticas
• Por que este bichinho faz cocô em forma de cubo e como isso pode nos ajudar

Pesquisadores do World Wildlife Fund encontraram aproximadamente 5,8 quilos de plástico na baleia cachalote de 9,4 metros de comprimento, segundo a Associated Press. A baleia foi parar perto do Parque Nacional Wakatobi, conhecido por seus recifes de corais e pela vida selvagem marinha. Membros da comunidade local já haviam começado a cortar a carcaça do animal quando os socorristas chegaram.

Equipe começa a examinar o conteúdo dentro do estômago da baleia. Foto: AP

A equipe ainda não determinou a causa da morte da baleia e talvez nem consiga, devido ao nível de deterioração do animal. Mas os resíduos plásticos encontrados em sua barriga — supostamente mais de mil pedaços — foram motivo para preocupação. Um saco plástico e outro de nylon estavam entre o lixo.

Uma baleia-piloto morreu sob circunstâncias parecidas neste ano, na Tailândia. Sacos plásticos pretos haviam entupido seu estômago, o que teria feito o animal literalmente morrer de fome, segundo especularam biólogos marinhos.

As águas ao longo do Sudeste Asiático sofrem de uma quantidade desordenada de poluição plástica, com os principais poluidores plásticos do mundo concentrados nessa área: China, Indonésia, Filipinas e Vietnã. Entre 55% e 60% do plástico que chega aos oceanos vêm dessa região em rápido desenvolvimento, segundo um relatório de 2017 do grupo de defesa ambiental Ocean Conservancy.

Infelizmente, as baleias e outros tipos de vida marinha estão pagando o preço.

Pesquisadores coletam amostras do animal morto. Foto: AP

[AP]

The post Baleia cachalote morta encalha na Indonésia com 150 copos plásticos no estômago appeared first on Gizmodo Brasil.

Mark Zuckerberg defende Facebook dizendo que a rede faz mais bem que mal

Posted: 21 Nov 2018 01:08 PM PST

Os escândalos recentes do Facebook incluíram o compartilhamento de dados com terceiros, como a Cambridge Analytica, várias violações de segurança de grande repercussão, e abuso contínuo de suas plataformas para a disseminação de desinformação e propaganda durante as eleições. Outras coisas piores podem ser incluídas neste balaio, como a lentidão da empresa ao responder a relatos de que o Facebook teve participação no genocídio de Myanmar, ou ainda de como as ferramentas de propaganda poderiam facilmente ser utilizadas para propósitos de discriminação.

Zuckerberg teria pedido para diretores só usarem Android depois de críticas da Apple

A companhia passou por um outro problema na última semana quando o New York Times publicou uma reportagem dizendo que o Facebook discutiu apagar um post de Trump em que ele pedia o banimento de muçulmanos do país, mas não o fez temendo a reação de políticos republicamos; tentou suprimir evidências da participação russa nas eleições dos EUA, e contratou uma empresa chamada Definers para plantar notícias contra concorrentes.

Como a bagunça da Cambridge Analytica, isso parece que foi o suficiente para o Facebook enviar seu CEO para a TV, no caso a CNN, para dar o lado da história da companhia. Em uma entrevista para a CNN na terça-feira, o CEO do Facebook disse que considera injusta o tipo de cobertura feita pela mídia sobre sua empresa:

"Um monte de críticas sobre os grandes problemas foi justa, mas acho que, se formos realistas, existe uma visão maior, de que temos uma visão de mundo diferente de algumas pessoas que cobrem a nossa empresa", disse Zuckerberg para a repórter Laurie Segall, da CNN Business, em entrevista em Menlo Park, a sede do Facebook na Califórnia (EUA).

"Houve grandes problemas, e eu não estou tentando dizer que eles não existiram", disse. "Mas eu acho que às vezes, pelo tipo de abordagem, pode se achar que aquilo é tudo, e não penso que isso é certo."

Especificamente, ele sugeriu que a história do New York Times era falsa:

"Não está claro para mim se a reportagem está correta", disse. "Um monte de fatos que estão na reportagem nós já tínhamos falado anteriormente com repórteres e dissemos a eles tudo que tínhamos visto e que era mentira, mesmo assim eles resolveram publicar."

O chefão do Facebook também informou que manteve a decisão de deixar no ar o post em que Trump exigia o banimento de muçulmanos dizendo à CNN que "acho que é importante as pessoas terem a oportunidade de ouvir o que os líderes políticos estão dizendo". Além disso, falou que as políticas internas dão "uma deferência especial" para posts de cunho noticioso.

Como o Wall Street Journal reportou recentemente, a portas fechadas, Zuckerberg tem sido mais agressivo ao se referir à matéria do New York Times como "besteira" e dizendo que os vazamentos foram resultado de uma "moral baixa" na empresa por causa do escrutínio midiático que o Facebook vem sofrendo. O WSJ informa que Zuckerberg havia repreendido Sheryl Sandberg pela forma como ela lidou com a Cambridge Analytica e por não ter revisado "conteúdos problemáticos" no site. No entanto, ele disse que está bem satisfeito com o desempenho dela nos últimos meses. Paralelo a tudo isso, o pessoal da comunicação parece ter ficado com raiva de Sandberg, pois ela jogou a responsabilidade pela contratação da Definers para eles:

O comentário de Sandberg em particular deixou muita gente da equipe de comunicação brava, de acordo com pessoas envolvidas no assunto, pois ela acompanhou e gerenciou de perto a estratégia de mídia do Facebook, em alguns momentos se envolvendo até na mudança de palavras. Em uma sessão de perguntas e respostas na última sexta-feira, Sandberg assumiu toda a responsabilidade pelas ações da equipe de comunicação.

Na entrevista à CNN, Zuckerberg negou que ele tinha planos de deixar o cargo de presidente do conselho de diretores do Facebook, e também disse que espera que ele e Sandberg "trabalhem pelas próximas décadas". Na ocasião, o cofundador da rede fez uma defesa de sua companhia falando que "haverá problemas que eles precisarão resolver com o passar do tempo, mas que, ao fazer isso, não podemos nos esquecer de todas as coisas positivas que estão acontecendo aqui."

Em outras palavras, você pode confiar em Mark Zuckerberg ou você pode confiar no New York Times. Enquanto você pensa em quem confiar, talvez seja bom se lembrar que uma dessas escolhas envolve manter uma empresa multibilionária, cujas ações caíram bastante nos últimos dias. Enquanto do outro lado, tem um jornal de 167 anos e que já ganhou 125 Pulitzer, um dos maiores prêmios de excelência em jornalismo dos Estados Unidos. Ah, e tem ainda a defesa de Zuckerberg dizendo que ele não sabia da contratação da Definers, uma empresa que trabalhava para atingir competidores do Facebook, até ver no New York Times sobre a atuação dessa companhia.

Como nota a CNN, o NYT manteve sua reportagem dizendo que foi feita com base em entrevistas "com mais de 50 fontes, incluindo executivos que trabalharam e que trabalharam na companhia, além de outros funcionários, legisladores, oficiais do governo, lobistas e membros do congresso dos EUA."

[CNN]

The post Mark Zuckerberg defende Facebook dizendo que a rede faz mais bem que mal appeared first on Gizmodo Brasil.

Polícia do futuro imaginada nos anos 1950 voaria sobre o trânsito para salvar nossas vidas

Posted: 21 Nov 2018 12:01 PM PST

Nas décadas de 1950 e 1960, os americanos estavam fascinados com a ideia de carros voadores e jetpacks que permitiriam às pessoas voar sobre o trânsito. Mas não seria só o motorista médio que se beneficiaria dessas tecnologias da era espacial. Atendentes de emergência como policiais e ambulâncias tomariam os céus para ajudar a salvar vidas, como nesta ilustração acima do lendário artista retrofuturista Frank Tinsley.

Tinsley era um popular ilustrador que trabalhava para revistas nos anos 1950 e 1960, mostrando às pessoas daquela época o que poderia vir por aí no século 21. A ilustração que abre esta matéria apareceu na edição de novembro de 1958 da revista Mechanix Illustrated e mostrava como um carro de patrulha futurista poderia ir ao resgate sobrevoando o trânsito enroscado abaixo.

O excelente blog de revistas antigas Modern Mechanix tem imagens dessa publicação em particular sobre os “copter cops”do futuro.

Da revista:

Os pedágios de alta velocidade de hoje em dia exigem que a polícia de trânsito no chão subam aos céus e passem para o status de “Copter Cops”, montados em um veículo que poderia acelerar com segurança acima das estradas lotadas de carros o fornecer uma visão de águia das condições e os perigos de trânsito. Tal veículo poderia ir muito além da utilidade do carro de patrulha atual. Ele poderia controlar a velocidade do trânsito, limpar congestionamentos em pontos de estrangulamento, realizar trabalhos de resgate de emergência e fornecer serviços de ambulância aérea rápida, além de oferecer uma perseguição mais eficiente a criminosos.

A van de polícia da MI para os Copter Cops é baseada nas especificações do exército para um jeep aéreo compacto de alta elevação. Ele assume a forma de uma “plataforma voadora” estável, construída em torno de três unidades de “ducted-fans” (“fans fechados”). Cada uma dessas é equipada com um par de hélices contrarrotativas girando em um plano horizontal para empurrar uma coluna de ar para baixo. A força desse fluxo de ar fornece a sustentação da máquina. A energia é fornecida por turbinas de gás duplas.

A “plataforma voadora” a que se refere o artigo estava sendo testada pelas Forças Armadas dos EUA nos anos 1950. A plataforma era estranha e acabou não chegando aos campos de batalha, mas isso não impediu que ilustradores populares como Tinsley imaginassem como elas poderiam ser modificadas para o futuro.

Também da revista:

O veículo é projetado para transportar três policiais, a tripulação mínima para um trabalho de patrulha eficiente. No caso de um acidente, como mostrado, ele pousa na área central de segurança com um dos tripulantes abrindo um espaço com direções chamadas por meio de um “megafone” elétrico. Ao pousar, um dos homens assume o controle do trânsito, enquanto os outros dois colocam os feridos nas macas e com segurança nos “Utter wells” (“poços profundos”, em tradução livre) em ambos os lados da cabine do helicóptero.

O piloto então decola para o hospital mais próximo, deixando seus companheiros para supervisionar as atividades na cena do acidente. Após o retorno do veículo de patrulha, um cabo é ligado aos destroços, que são arrastados ou levantados para um local seguro fora da estrada.

Com seu aro de pontão inflado, o helicóptero da MI é capaz de pousar em terra, água ou neve profunda. Um kit de ferramentas de emergência é transportado, e a tripulação é armada com rifles e submetralhadoras. Holofotes são colocados na superfície inferior, e um alto-falante embutido pode ser usado para sinalizar um veículo que esteja cometendo infrações.

O mundo não ganhou seus carros voadores ou jetpacks, pelo menos não da maneira como os imaginamos 60 anos atrás. Mas isso não impediu as pessoas de tentarem. Existem várias empresas que insistem que carros voadores ainda estão prestes a surgir. Mas não vamos esperar de pé. Já ouvimos tudo isso antes. Acreditaremos quando vermos esses veículos sendo vendidos na loja da esquina.

Até lá, esses “copter cops” ficam relegados ao futuro que nunca aconteceu. E provavelmente é melhor que seja assim. Você viu o que os policiais americanos (e de outros países) já fazem com as ferramentas de que dispõem atualmente? A última coisa de que eles precisam é de tecnologia mais avançada.

[Modern Mechanix e Reddit]

The post Polícia do futuro imaginada nos anos 1950 voaria sobre o trânsito para salvar nossas vidas appeared first on Gizmodo Brasil.

NASA anuncia local de pouso da missão Mars 2020: a cratera de Jezero

Posted: 21 Nov 2018 11:16 AM PST

A NASA anunciou o local de pouso em Marte de seu rover Mars 2020: a cratera Jezero.

O Mars 2020 está programado para visitar o Planeta Vermelho em 2020, como sugere seu nome. O objetivo é coletar dados científicos, buscar sinais antigos de vida e entender melhor o planeta, tendo em vista uma futura visita humana. Depois de um processo de cinco anos de exclusão de opções, a NASA optou pela cratera Jezero e seu possível antigo delta de rio.

• É aqui que a missão ExoMars 2020 irá pousar em Marte; entenda a escolha
• Tesla do Elon Musk lançado ao espaço pela SpaceX já passou de Marte, diz a empresa

“Um delta é extremamente bom em preservar bioassinaturas”, disse Ken Farley, cientista de projeto da missão Mars 2020 no Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA, em uma coletiva de imprensa. Se algum dia existiu vida no Planeta Vermelho, talvez seus restos tenham sido varridos no rio e depositados no delta.

A Jezero é uma cratera de impacto de 500 metros de profundidade e 45 quilômetros de diâmetro que, supostamente, teria tido água entre 3,5 bilhões e 3,9 bilhões de anos atrás. A água parece ter circulado para dentro e para fora do lago na época em que fluía na superfície de Marte.

Um delta não apenas forneceria potenciais registros de vida passada, mas também poderia conter vários tipos diferentes de rochas bastante antigas que um rio teria varrido e depositado, o que poderia apresentar uma visão mais ampla da história e composição de Marte. Também parece haver evidências de atividade vulcânica antiga no local, explicou Farley na coletiva.

A missão Mars 2020 dará seguimento a descobertas feitas pelos rovers Spirit, Opportunity e Curiosity, que sugeriram que Marte pode um dia ter sido habitável. Agora, a Mars 2020 irá procurar evidências de vida antiga, caracterizar o clima e as rochas marcianas e coletar informações para uma futura visita humana. Ela também irá preparar amostras, que uma missão futura coletaria e traria para a Terra.

Versão de um artista para a Mars 2020. Ilustração: NASA/JPL-Caltech

O processo de seleção começou com uma lista contendo dúzias de possíveis lugares, seguidos por workshops para afunilar os candidatos. Ele se baseou em cinco critérios, que basicamente se resumiam ao local ser cientificamente interessante e ter potencial para evidências de vida antiga e água. Cientistas presentes na coletiva de imprensa da NASA reforçaram que não estão buscando vida atual, mas, sim, vida antiga, de quando o ambiente marciano era potencialmente mais parecido com o da Terra.

Quando a lista foi reduzida a quatro candidatos, os cientistas e engenheiros se reuniram para debater as opções em um workshop em outubro, antes de fazer a recomendação final. A Jezero é favorita há muito tempo, devido a seu interesse científico. Entretanto, ela tem um terreno diverso, e pousar lá poderia apresentar potenciais desafios. Thomas Zurbuchen, administrador associado da Diretoria de Missão Científica da NASA, apontou que a missão dependerá de uma nova técnica de pouso chamada “navegação relativa ao terreno” para alcançar o local. Essa técnica tiraria fotos, as compararia com um mapa e desviaria o rover, se necessário.

Essa nova estratégia não garante que a missão será bem-sucedida, diz Lori Glaze, diretora interina da Divisão de Ciência Planetária da NASA. A atmosfera fina de Marte dificulta extremamente qualquer pouso, e já houve uma série de fracassos. Mais recentemente, o aterrissador Schiaparelli, da Agência Espacial Europeia, colidiu com a superfície do planeta em 2016, devido a uma falha de software. A NASA terá outra chance de testar suas capacidades de pouso na próxima semana, quando o aterrissador Mars InSight deve tocar o solo.

Enquanto esperamos ansiosamente por um sinal de vida do rover Opportunity, possivelmente morto, o trabalho científico em Marte continua. Na semana passada mesmo, a Agência Espacial Europeia revelou o local preferido de pouso para o seu próprio rover, o ExoMars: uma área chamada Oxia Planum.

The post NASA anuncia local de pouso da missão Mars 2020: a cratera de Jezero appeared first on Gizmodo Brasil.

Instagram começa a remover curtidas e seguidores falsos e combaterá serviços do tipo

Posted: 21 Nov 2018 08:57 AM PST

O Instagram está de olho em todo mundo que compra seguidores e curtidas e forja interação na rede social. E, para combater isso, a empresa anunciou que começará a remover curtidas, seguidores e comentários "não autênticos" de contas que usam aplicativos de terceiros para aumentar sua popularidade.

• Novo estudo reforça que Facebook e outras redes sociais estão te deixando solitário

Em um post de blog, o Instagram afirma ter construído ferramentas de machine learning capazes de identificar contas que usam esses serviços e de remover a atividade fabricada. "Esse tipo de comportamento é ruim para a comunidade, e apps de terceiros que geram curtidas, seguidores e comentários não autênticos violam nossas Diretrizes da Comunidade e nossos Termos de Uso", escreve a empresa na publicação.

Segundo o post, o Instagram irá notificar dentro do app as contas que curtiram, seguiram ou comentaram em outras por meio desses serviços de engajamento falso de apps de terceiros. A rede social também irá pedir que esses usuários alterem suas senhas, já que esses serviços costumam pegar nome de usuário e senha das pessoas, deixando as contas vulneráveis a ondas forjadas de interações.

O Instagram, por fim, anuncia que as medidas que passa a tomar agora serão contínuas e que contas que sigam usando esses serviços de terceiros para parecer mais populares do que são poderão ver sua experiência na plataforma impactada — embora não revele como, exatamente.

[Instagram]

The post Instagram começa a remover curtidas e seguidores falsos e combaterá serviços do tipo appeared first on Gizmodo Brasil.

Cientistas alertam que blockchain está especialmente sob risco de ataques quânticos

Posted: 21 Nov 2018 06:35 AM PST

O blockchain deveria ser seguro — mas um novo estudo de cientistas de computação quântica alerta que a tecnologia quântica em rápido avanço representa uma vulnerabilidade para a tão falada tecnologia.

• O que é o blockchain e por que o bitcoin depende dele?

O blockchain é a tecnologia por trás do bitcoin. Ele é usado como um livro-razão digital seguro e como um sistema de autenticação mantido por seus usuários, em vez de por uma autoridade central. Mas computadores quânticos podem, em breve, ter a capacidade de quebrar seus códigos.

“Computadores apresentam um risco a qualquer tipo de segurança em que criptografia de chave pública esteja envolvida”, disse Alexander Lvovsky, físico experimental da Universidade de Oxford, em entrevista ao Gizmodo. “Entretanto, blockchains estão especialmente sob risco, porque são completamente anônimos. Eles são protegidos apenas por criptografia de chave pública, enquanto o setor bancário tem contadores humanos, cartões plásticos e caixas eletrônicos. Você precisa ser um humano para usar um banco, mas não precisa ser humano para usar o blockchain.”

Um processador de computador traduz todas as informações em uma série de unidades individuais chamadas bits, que podem assumir um dos dois valores (zero ou um) e interagir por meio das regras da lógica.

Computadores quânticos são simplesmente um novo tipo de processador de computador cujos bits quânticos, ou qubits, podem assumir valores entre zero e um durante o cálculo e interagir com toda a matemática dos computadores comuns, além de novas operações baseadas na física das partículas subatômicas. Supostamente, essas novas operações dariam aos computadores quânticos uma vantagem sobre os computadores clássicos quando se trata de tarefas complicadas de computação, como criar inteligência artificial avançada ou modelar interações químicas. Mas o mais importante para essa conversa é que a computação quântica tem o potencial de quebrar a amplamente usada criptografia de chave pública.

Dados normalmente são criptografados usando funções de mão única, uma operação de tal forma que é fácil combinar duas entradas, mas difícil separá-las. Um exemplo de uma função de mão única usada na criptografia é multiplicar grandes números primos. Computadores podem gerar um código executando a fácil tarefa de multiplicar grandes números primos, mas têm dificuldade em fatorar grandes números em números primos sem ter alguma informação sobre o que ocorreu. Um dia, um computador quântico pode facilmente executar esse fatoramento, tornando esse método criptográfico inútil. Não está claro quando esse avanço quântico acontecerá.

O blockchain depende dessas funções de mão única para criar assinaturas digitais difíceis de falsificar para itens no livro-razão, combinando dados sobre o livro-razão e sobre o novo item a ser adicionado. Mas não existem humanos para fortalecer as defesas. “Um blockchain está particularmente em risco, porque as funções de mão única são sua única linha de defesa — a única proteção do usuário é sua assinatura digital, enquanto os clientes bancários são protegidos por cartões de plástico, perguntas de segurança, checagens de identidade e caixas humanos”, escrevem os autores do comentário publicado na revista Nature.

É difícil avaliar o quão preocupados deveríamos realmente estar. Os computadores quânticos estão em seus primórdios, comparáveis à era do tubo de vácuo dos computadores comuns. Um computador quântico avançado, capaz de rodar o algoritmo de Shor, de fatoração numérica e quebra de criptografia, pode estar a várias décadas de distância, mas novos algoritmos avançam rapidamente, e há rumores e documentos descrevendo métodos que podem ser capazes de reverter essas funções de mão única talvez em um década.

“Assim como o hardware atual (de computação quântica), algoritmos capazes de ameaçar a criptografia no curto prazo não estão maduros, mas estão avançando rapidamente”, disse Nick Farina, CEO da startup de computação quântica EeroQ Quantum Hardware, em entrevista ao Gizmodo. “A solução não é entrar em pânico, mas acompanhar os desenvolvimentos de ambos os lados da computação quântica de perto e investigar segurança pós-quântica um pouco mais cedo do que se planeja atualmente.”

Robert Tutor, vice-presidente da divisão de pesquisa e desenvolvimento da IBM e responsável pelo programa IBM Q, concordou que não é cedo demais para fortalecer a segurança. “A maioria das pessoas concorda que é prudente investigar agora a próxima geração de protocolos de criptografia. De fato, isso deveria ser uma parte padrão das operações de cibersegurança e proteção de dados de todas organizações”, contou ao Gizmodo.

As soluções são aquelas que temos escrito há muito tempo: a curto prazo, cientistas estão desenvolvendo algoritmos pós-quânticos seguros (algoritmos de mão única difíceis tanto para computadores clássicos quanto quânticos) que poderiam ser aplicados no negócio de blockchain. Mais adiante, as comunicações quânticas estão avançando, de processadores a internet quântica, podendo oferecer novas tecnologias de criptografia.

Mas já vale a pena começar cedo. “A espada ainda é uma questão do futuro — ela não existe”, disse Lvovsky. “Mas o escudo já existe.”

Nature]

The post Cientistas alertam que blockchain está especialmente sob risco de ataques quânticos appeared first on Gizmodo Brasil.

Blu muda nome dos celulares no Brasil por causa da operadora Vivo

Posted: 21 Nov 2018 05:23 AM PST

A empresa norte-americana Blu começou a vender seus smartphones no Brasil há pouco mais de dois meses, trazendo o intermediário Vivo XI+ com preços a partir de R$ 1.299. Acontece que esse não é mais o nome do aparelho por aqui.

Por causa de um imbróglio com a Telefônica, detentora da marca da operadora Vivo, a empresa precisou mudar o nome de seus smartphones. A partir de agora, eles se chamarão BLU V XI e BLU V XI+.

De acordo com o comunicado de imprensa, a Blu “continuará comercializando os seus produtos com o nome VIVO em diversos outros países da Norte-América, Europa, Ásia, Oriente Médio e América do Sul, excluído o Brasil”.

Pelo menos, foi uma resolução mais ágil do que a novela entre Gradiente e Apple pela marca iPhone…

The post Blu muda nome dos celulares no Brasil por causa da operadora Vivo appeared first on Gizmodo Brasil.

Agora você pode ouvir notícias em português pelo Google Assistente

Posted: 21 Nov 2018 04:43 AM PST

O Google Assistente ganhou, na semana passada, um recurso para que os usuários ouçam notícias de alguns veículos a partir do Google Assistente, em português. A funcionalidade reproduzirá o resumo de algumas empresas, entre elas a CBN, Estadão, Jovem Pan, Litoral FM, O Globo, Rádio Globo, Veja e Terra.

• Google Assistente ganha atualização, com melhor suporte para toque e visuais mais ricos
• Agora você pode definir rotinas no Google Assistente

Para ouvir as principais notícias do dia, basta dizer "Ok, Google, ouvir as últimas notícias" ou pedir o resumo de uma fonte específica, dizendo "Ok, Google, ouvir as últimas notícias do [Veículo]".

As notícias não são lidas na voz do Google. Cada veículo tem um programa exclusivo com seu resumo e suas próprias vozes. A duração também varia de jornal para jornal; é bem parecido com os giros que ouvimos nas rádios.

O Google Notícias, aplicativo agregador da companhia que foi lançado em maio deste ano no Brasil, tem sido um sucesso por aqui. Segundo a empresa, o País figura entre os cinco principais em usuários ativos diariamente.

A iniciativa parece pavimentar o caminho para a chegada de smart speakers como o Google Home ao Brasil. Ainda é um movimento tímido, mas aos poucos a companhia parece preparar o terreno e adicionar as principais funcionalidades para usuários brasileiros.

O recurso já está disponível no Google Assistente no Android, a partir da versão 5.0 Lollipop. No iOS, é preciso ter o aplicativo do Google Assistente.

The post Agora você pode ouvir notícias em português pelo Google Assistente appeared first on Gizmodo Brasil.

Cientistas discutem se dietas ricas em gorduras e com poucos carboidratos são a melhor opção

Posted: 21 Nov 2018 04:01 AM PST

Dietas da moda costumam alegar grandiosamente que ajustar os hábitos alimentares de um jeito ou de outro produzirá os resultados desejados da pessoa em dieta. Mais especificamente: coma isso, não aquilo, e veja os quilos desaparecerem. Mas dietas são difíceis de se manter, e parece que desmistificadores de dietas estão constantemente questionando o quê e o quanto deveríamos estar comendo.

• A ciência da gordura: como ela é armazenada no corpo – e como queimá-la
• Chupar a chupeta de seu filho para limpá-la pode prevenir alergias, sugere um novo estudo

Em uma revisão publicada na semana passada na revista Science, cientistas de diversas áreas e focos de pesquisa se uniram para discutir se uma dieta rica em gorduras e de poucos carboidratos (ou vice-versa) era a melhor opção para manter uma boa saúde, além de determinar se tipos específicos de gordura e carboidratos importavam. Os pesquisadores — da Escola de Saúde Pública T. H. Chan, de Harvard, do Hospital Infantil de Boston, da Universidade Estadual de Ohio, entre outras — esperavam que, comparando seus conhecimentos sobre nutrição, pudessem encontrar áreas gerais de concordância e identificar outras em que é preciso fazer mais pesquisas para acabar com a tal “guerra das dietas”.

Embora suas respectivas áreas de pesquisa e conhecimento significassem que eles tinham diferenças em suas posições sobre o que definia a dieta perfeita para o tratamento de obesidade e a prevenção de doenças crônicas — incluindo as tão faladas dietas citogênicas (aquela em que se privilegia o consumo de gorduras e proteínas, e deixa carboidratos de lado —, eles concordaram em vários pontos essenciais. Primeiro, a qualidade da dieta importa; os pesquisadores afirmaram que, focando na qualidade dos nutrientes, “uma boa saúde e um risco baixo de doenças crônicas podem ser alcançados por muitas pessoas em dietas com uma ampla gama de relações carboidrato-gordura”.

Em geral, todo mundo se beneficia de trocar gorduras saturadas por gorduras não-saturadas naturais ou coisas como abacate, nozes e sementes. Eles também concordaram que é melhor ir atrás de carboidratos não-processados como vegetais não-amiláceos, frutos inteiros e grãos integrais ou minimamente processados do que carboidratos processados. Gorduras trans, encontradas em coisas como assados e frituras, deveriam ser cortadas completamente de qualquer dieta (mas você já sabia disso).

Os pesquisadores também concordaram que fatores biológicos poderiam impactar como certos indivíduos respondiam a diferentes tipos de dietas. Portanto, a dieta perfeita não é necessariamente uma resposta única para todos.

“Isso é um modelo para como podemos transcender a guerra das dietas”, disse David Ludwig, professor do Departamento de Nutrição da Escola Chan de Harvard e autor principal do estudo, em um comunicado. “Nosso objetivo era montar uma equipe com diferentes áreas de especialidade e visões contrastantes e identificar áreas de concordância sem encobrir as diferenças.”

Algumas coisas sobre as quais os pesquisadores tiveram conflitos incluíram possíveis vantagens de dietas citogênicas, como se elas fornecem “benefícios metabólicos além daqueles da restrição moderada de carboidratos”. Eles também disseram que é preciso realizar mais pesquisas para determinar o sucesso da dieta citogênica no tratamento de diabetes, seus efeitos gerais na saúde, assim como sua sustentabilidade a longo prazo e seu possível impacto ambiental.

No entanto, os autores concordaram que dietas com pouco carboidrato não necessariamente exigem um consumo excessivo de carne.

“Dietas ricas em gordura e com pouco carboidrato bem formuladas não exigem alta ingestão de proteína ou produtos animais”, escreveram os autores. “O consumo reduzido de carboidrato pode ser alcançado substituindo grãos, vegetais amiláceos e açúcares por óleos vegetais não-hidrogenados, nozes, sementes, abacate e outros alimentos vegetais ricos em gordura.”

A conclusão geral parece se alinhar com o que tua mãe provavelmente te disse quando você era criança: coma frutas e legumes, mantenha o consumo de comidas processadas em um mínimo (ou as corte completamente) e diminua o açúcar. Se você já estiver fazendo isso, provavelmente está indo bem.

[Science]

The post Cientistas discutem se dietas ricas em gorduras e com poucos carboidratos são a melhor opção appeared first on Gizmodo Brasil.

[Review] O Mate 20 Pro, da Huawei, é uma maravilha da tecnologia

Posted: 21 Nov 2018 02:56 AM PST

Se julgássemos o novo Mate 20 e Mate 20 Pro como patinadores olímpicos, eles sem dúvida ganhariam notas 10 em todos os quesitos por mérito técnico. Isso porque, embora eles não tenham uma caneta stylus, a nova dupla de telefones da Huawei oferece quase todos os outros recursos que você poderia desejar, e eu não me refiro apenas às coisas fáceis.

• [Review] Google Pixel 3: um outro jeito de fazer um baita smartphone
• [Review] OnePlus 6: o melhor Android para quem não quer gastar tanta grana

Estamos falando de escaneamento facial 3D completo, sensor de impressão digital embutido na tela, três câmeras na parte de trás (incluindo uma com zoom de 3x no Mate 20 Pro) e até carregamento reverso sem fio, que pode ser usado para o abastecer seus outros gadgets. E, com opções de cores ainda mais marcantes, um chassi mais elegante e especificações líderes de classe, o Mate 20 ganha notas altas por arte e execução também.

Huawei Mate 20 e Huawei Mate 20 Pro

O que é?
A última dupla de telefones de topo de linha da Huawei.

Preço
Cerca de US$ 1.000 pelo Mate 20 ou cerca de US$ 1.200 pelo Mate 20 Pro

Gostamos
Opções de cores bonitas, bateria de longa duração, câmera traseira tripla, mais recursos que qualquer outro telefone disponível no mercado.

Não gostamos
Caro; o Mate 20 Pro não tem saída para fone de ouvido.

Sério, olhe para eles. Especialmente quando pintado com a típica pintura crepuscular da Huawei, não é difícil imaginar o Mate 20 no gelo, patinando e saltando, de tão elegante que ele é. A Huawei até prestou atenção a pequenos detalhes, tanto dentro quanto fora, em coisas como os botões de energia de cores vivas dos telefones ou de todas as melhorias na EMUI 9, a skin feita pela marca para o Android. Ao contrário do sistema do Galaxy Note 9, o EMUI é baseado na versão mais recente do Android 9 Pie e inclui ajustes para ajudar a reduzir os excessos do menu, opções úteis como um tema escuro integrado e várias maneiras de personalizar sua interface do usuário.

Um tema escuro nativo. Yes! Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Dito isso, é um pouco desanimador ver aplicativos como o Booking.com e o eBay pré-instalados, especialmente em celulares que custam em torno de US$ 1.000. Também percebi que, ao tentar pesquisar os principais recursos, como o Huawei Performance Mode, não consegui encontrá-los usando a barra de pesquisa no menu de configurações. Por isso, apesar dos esforços da Huawei para simplificar as inúmeras opções em um telefone e tornar as coisas mais fáceis de encontrar, ainda há espaço para deixar as opções do dia a dia ainda melhores e mais refinadas.

Quanto aos vários modelos Mate 20's, o Mate 20 Pro é o mais luxuoso dos dois. Embora ofereça uma tela ligeiramente menor de 6,39 polegadas (contra 6,5 polegadas para o Mate 20 padrão), o painel é OLED em vez de LCD, e a resolução, ligeiramente maior, o que resulta em imagens mais nítidas e vibrantes. Isoladas, as duas telas parecem boas, mas lado a lado, a diferença é óbvia.

Mais importante que isso, porém, é que o Mate 20 Pro vem carregado de tecnologia. Ele tem mais memória RAM básica, um leitor de impressão digital na tela, que parece ainda mais rápido do que o do OnePlus 6T, e um entalhe realmente útil, que inclui um projetor de infravermelho 3D que examina seu rosto da mesma maneira que o Face ID da Apple. Para as pessoas preocupadas com segurança, essa é uma atualização significativa em relação ao reconhecimento de face 2D, mais simples e encontrado em quase todos os outros telefones Android.

Uma maneira fácil de diferenciar o Mate 20 e o Mate 20 Pro é por seus entalhes. O Mate 20 só precisa de um pequeno pedaço para abrigar em sua câmera frontal solitária, enquanto o Mate 20 Pro precisa de um entalhe maior para caber toda sua tecnologia de digitalização de face 3D. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

E nem tudo é lantejoulas brilhantes e tecnologia reluzente. A dupla também conta com classificação IP68 para resistência à água e à poeira, um novo processador Kirin 980 da Huawei e até mesmo um disparador de raios infravermelho embutido, que permite usar o telefone como um controle remoto para TV. E não é a primeira vez que a Huawei faz isso, mas ainda acho irritante que somente o Mate 20 padrão ofereça um conector de fone de ouvido.

Infelizmente, o Mate 20 padrão é o único que oferece saída para fone de ouvido. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Ambos os Mate 20’s também oferecem excelente duração. O modelo padrão conseguiu 15 horas e 15 minutos no nosso teste. Isso é uma hora a mais do que o Galaxy Note 9 (14:11). Seu irmão mais caro não se saiu tão bem, mas, mesmo assim, graças a uma bateria ainda maior, de 4.200 mAh, o Mate 20 Pro tem bastante capacidade para energizar sua tela de alta resolução e seus componentes mais famintos por energia e durar um ótimo tempo de 14h06.

No uso normal, isso significa que ambos os telefones quase sempre terão um excesso de energia. Portanto, a Huawei procurou uma maneira de tornar essas reservas úteis e incluiu o carregamento sem fio reverso. Encontrar o ponto certo para carregar outros dispositivos, como fones de ouvido sem fio ou até mesmo outros telefones, pode ser um pouco complicado, mas esse recurso é algo que adoraria ver em mais telefones no futuro. Ele é funciona de maneira bem simples. Basta ir nas configurações da bateria, apertar o botão para o carregamento reverso, e, então, encostar um dispositivo compatível com carregamento sem fio Qi nas costas do Mate 20. Nenhum fio é necessário.

Mas os destaques do longo show da Huawei são as câmeras triplas na parte de trás. Para este teste, passei a maior parte do meu tempo usando o Mate 20 Pro, já que o Mate 20 padrão possui uma configuração quase idêntica e uma qualidade de imagem semelhante à obtida no P20 Pro, lançado pela Huawei no início deste ano. Mas o Mate 20 Pro vai além nas possibilidades, com uma nova lente grande angular para todas as suas grandes necessidades de captura de paisagens abertas, a mesma câmera principal de 40 MP anterior e uma nova câmera de 8 MP com zoom de 3x.

Levando em conta apenas a qualidade de imagem, o Mate 20 Pro é quase certamente o maior rival do Pixel 3 quando o assunto é fotografia. Mas, quando você adiciona os recursos dessas lentes extras e sensores sobre todos os truques de software da Huawei, o Mate 20 Pro possui o maior e mais robusto kit de ferramentas de fotos de qualquer telefone no mercado. O número de modos de foto por si só é impressionante — a Huawei oferece opções para coisas como pintura clara, timelapse, digitalização de documentos e muito mais. Há até um modo submarino projetado para uso com um estojo à prova d’água especial, para que você possa tirar fotos enquanto nada. E se não fosse pelo recém-lançado modo Night Sight do Google, o modo noturno da Huawei teria as mais impressionantes capacidades de pouca luz do mercado.

No entanto, quando se trata do zoom de 3x do Mate 20 Pro, descobri algo peculiar. De acordo com suas especificações, a lente zoom possui um sensor de 8 MP, mas quando você aperta o botão 3x no aplicativo da câmera e tira uma foto, a resolução da imagem resultante é 3648 x 2736, que é efetivamente 10 megapixels, mesmo tamanho que as fotos tiradas da câmera principal do telefone. Isso faz você imaginar quantos dados a lente de zoom 3x do Mate 20 Pro está realmente acumulando e quantas informações o telefone está obtendo das outras lentes nas costas. O que é ainda mais estranho é que a lente grande angular não parece sofrer com isso, já que as imagens capturadas por ela são de 5120 x 3840, o que corresponde à sua especificação listada de 20 MP.

É possível que grande parte do trabalho pesado seja compartilhado entre a câmera principal de 40 MP e o sensor de zoom de 8 MP, e que a Huawei esteja usando algum tipo de fotografia computacional para atingir esse zoom de 3x, mas neste momento é bastante seguro dizem que o zoom do Mate 20 Pro não é de natureza puramente óptica. Entrei em contato com a Huawei para obter mais informações sobre a câmera zoom do Mate 20 Pro e atualizarei o review se eu receber uma resposta.

O Mate 20 tem muitos truques de foto em sua manga. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Mas, talvez, o maior problema com a captura de fotos do Mate 20 Pro seja quando o ajuste de foto por inteligência artificial da Huawei fica excessivamente agressivo. É perturbador ver cores entrando e saindo enquanto os algoritmos de aprendizado de máquina da Huawei detectam coisas como comida ou flores. Em uma foto que eu tirei de algumas maçãs, o Master AI da Huawei fez com que parecessem radioativas quando comparadas a uma imagem capturada por um Pixel 3. Felizmente, você pode descartar esses aprimoramentos se as coisas parecerem instáveis. Também dá para desabilitar o Master AI por inteiro usando um botão nos menus de configuração. Eu não faria isso, porém, porque quando funciona, as fotos tiradas pelo Mate 20 Pro desafiam suas origens de meros smartphones. E isso é bom.

De fato, depois de testar o Mate 20 e Mate 20 Pro, pude ver a qualidade permeia ambos os dispositivos. Mesmo com toda a sua tecnologia inovadora, você não se depara com bugs ou erros que você poderia esperar de algo tão inovador. A maior desvantagem do Mate 20 é o preço, que começa em cerca de US$ 1.000 para a versão padrão, e sobe para US$ 1.200 para o Mate 20 Pro.

Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

No entanto, como alguns dos momentos de patinação artística mais memoráveis, há uma última questão na hora do julgamento. Isso porque, depois de questionamentos sobre a segurança e confiabilidade da Huawei feitos no início deste ano por organizações como FBI e CIA , a Huawei não produziu uma variante específica dos EUA do Mate 20, como aconteceu em seus três telefones anteriores da série Mate. Tecnicamente, você ainda pode comprar o telefone por meio de varejistas como a Amazon, mas apenas como um modelo internacional desbloqueado, o que significa que o telefone pode não oferecer suporte a recursos específicos da operadora, como RCS ou chamadas de Wi-Fi.

Assim, para muitos americanos, em vez de o Mate 20 ser uma alternativa bem-vinda e tecnicamente mais avançada ao duopólio da Apple e da Samsung, o telefone provavelmente será desqualificado. Esse é um sentimento que dói como um tiro no joelho, porque o Mate 20 é um telefone muito bom, mas que, nos EUA, não poderá ser apreciado plenamente.

No Brasil, ainda não há previsão de chegada deste ou de outros modelos da Huawei. A companhia anunciou uma parceria com a Positivo para comercializar seus produtos no País e lançou seu site nacional, mas, por enquanto, nenhum telefone está à venda por aqui.

Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Anotações:

  • O Mate 20 Pro tem mais recursos tecnológicos (além de alguns truques de câmera inteligentes) do que qualquer outro telefone feito este ano.
  • A Huawei ainda oferece as melhores opções de cores entre todas as fabricantes de celulares.
  • Ambos os telefones oferecem uma fantástica autonomia da bateria, com o Mate 20 padrão (15 horas, 15 minutos) batendo o Mate 20 Pro (14 horas, 6 minutos) em cerca de uma hora.
  • As principais diferenças entre o Mate 20 e o Mate 20 Pro é que o Mate 20 tem uma tela LCD 2244 x 1080 de 6,53 polegadas (versus uma tela OLED menor, mas com resolução superior, de 6,39 polegadas e 3120 x 1440) e um conector de fone de ouvido, mas não possui o leitor de impressões digitais na tela, tecnologia de digitalização 3D, e zoom de 3x encontrado no Mate 20 Pro.
  • Nos EUA, o Mate 20 e o Mate 20 Pro só estarão disponíveis como telefones internacionais desbloqueados, portanto, o suporte a recursos específicos da operadora, como chamadas Wi-Fi ou agregação de operadoras, pode ser irregular.

The post [Review] O Mate 20 Pro, da Huawei, é uma maravilha da tecnologia appeared first on Gizmodo Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário