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- Dezenas de ameaças de bomba são relatadas nos EUA no que parece ser um golpe de resgate com bitcoin
- Asus troca CEO e promete apostar forte em smartphones gamers
- MediaTek anuncia Helio P90, processador para smartphones com foco em IA e fotografia
- Bug no Facebook pode ter exposto as fotos de até 6,8 milhões de usuários
- Sites de vídeos pornô coletam um monte de dados e usam isso para fazer roteiros
- Senador americano quer que empresas de tecnologia tenham a mesma responsabilidade de médicos e advogados ao lidar com informações pessoais
- Voo histórico da Virgin Galactic nos lembra que “espaço” é só um conceito
- Apple planeja soltar atualização para evitar proibição de venda de iPhones na China
- Seis tendências de UX/UI design que você precisa conhecer antes de 2018 acabar
- Tumblr volta à App Store depois de anunciar proibição de pornografia na plataforma
- Cientistas reconstroem virtualmente um magnífico templo de sociedade anterior aos incas
Dezenas de ameaças de bomba são relatadas nos EUA no que parece ser um golpe de resgate com bitcoin Posted: 14 Dec 2018 01:18 PM PST Na tarde de quarta-feira (12), uma onda de ameaças de bomba foi relatada em vários locais nos Estados Unidos. Nas redes sociais, vários departamentos de polícia emitiram alertas notificando os cidadãos de que estavam analisando ameaças de bomba que visavam empresas, escolas, escritórios do governo e até mesmo moradores. Aparentemente, as ameaças estão sendo enviadas por e-mail.
(“Por favor, esteja ciente – há um e-mail circulando que contém uma ameaça de bomba, pedindo pagamento em bitcoin. Embora esse e-mail tenha sido enviado para vários locais, foram realizadas buscas, e NENHUM DISPOSITIVO foi encontrado.”) A NBC News citou a breve declaração do Gabinete de Contraterrorismo do Departamento de Polícia de Nova York sobre a investigação:
A NBC News disse que “dezenas” de ameaças foram relatadas, mas a extensão total dessas ameaças ainda não está clara. Várias organizações noticiosas e agências de aplicação da lei relatam e-mails com tom notavelmente semelhante, mencionando um resgate de US$ 20 mil em bitcoins. E alguns usuários do Twitter compartilharam e-mails que receberam exigindo a criptomoeda e alertando que uma explosão incentivaria outros a pagar.
(“Os golpistas de spam de bitcoin passaram de ameaças falsas de chantagem para ameaças falsas de bomba. Até agora, ninguém pagou nada para o endereço (de e-mail), e eu suspeito que continuará assim.”) O Gizmodo compartilhou uma cópia do e-mail que está circulando online com a polícia de Nova York e perguntou se o departamento poderia confirmar que é a mesma ameaça que outros encontraram em sua caixa de entrada. Não recebemos uma resposta imediata. The post Dezenas de ameaças de bomba são relatadas nos EUA no que parece ser um golpe de resgate com bitcoin appeared first on Gizmodo Brasil. |
Asus troca CEO e promete apostar forte em smartphones gamers Posted: 14 Dec 2018 12:49 PM PST Parece que a briga pelo mercado móvel fez mais uma vítima. A Asus anunciou que o CEO da companhia, Jerry Shen, vai deixar a companhia após uma restruturação corporativa. Começando em 1º de janeiro, Shen vai ser substituído pelo chefe da área de PC, S.Y. Hsu, e o líder de serviço global ao consumidor, Samsung Hu, que serão co-CEOs. • [Review] Zenfone 5: eu te conheço de algum lugar? Durante o seu tempo na Asus (incluindo 11 anos como CEO), Shen foi responsável por uma série de grandes sucesso da empresa, como o Eee PC, que lançou uma geração inteira de netbooks de baixo custo e com baixo consumo de bateria nos anos 2.000, além da série de máquinas ZenBook e Transformer. Shen também supervisionou a criação de alguns produtos inovadores (embora tivessem falhas) como o Asus PhonePad, que incluía um smartphone que poderia ser encaixado em uma capa de tablet. Mas o problema real da Asus é que parece que eles estão com problemas no ramo de smartphones, que a companhia registrou uma perda de cerca de US$ 160 milhões recentemente relacionada a "perda de inventário". Em alguns mercados, como Índia e Brasil, a série ZenFone tem bastante sucesso, embora em outros mercados, como o americano, a série ZenFone é praticamente desconhecida, com apenas algumas pessoas se lembrando de aparelhos como o ZenFone 2, que contava com um chip da Intel e que não era das melhores opções do mercado. Embora a Asus tenha dito que a série ZenFone vai continuar, parece que o novo plano da companhia é focar na linha ZenFone só que voltada para jogos móveis e usuários avançados, o que parece algo parecido com o que já vimos com o Asus ROG Phone. E embora muita gente — especialmente, no Ocidente onde jogos móveis não são tão famosos quanto na Ásia — pode ter dúvidas sobre a necessidade de existir smartphones voltados para games, dado o pouco tempo que a categoria existe, isso pode dar a Asus uma forte identidade no que diz respeito a smartphones, enquanto a companhia mantém seu catálogo com a marca gamer ROG de desktops, laptops e acessórios. [Business Next via Engadget] The post Asus troca CEO e promete apostar forte em smartphones gamers appeared first on Gizmodo Brasil. |
MediaTek anuncia Helio P90, processador para smartphones com foco em IA e fotografia Posted: 14 Dec 2018 11:48 AM PST O uso de inteligência artificial em praticamente tudo é uma das grandes tendências da tecnologia — e, para conseguir isso, o hardware tem que estar preparado. O Helio P90, processador da MediaTek para smartphones anunciado hoje, é o mais novo componente a embarcar na onda. • Para que serve o chip de inteligência artificial no seu smartphone O chip traz a APU 2.0, "nova geração de arquitetura de inteligência artificial para intensificar o processamento de IA", nas palavras do comunicado da empresa. A MediaTek promete quatro vezes mais potência em experiências IA, além de melhorias nas fotografias e na duração de bateria dos dispositivos equipados com o componente. Com relação à conectividade, ele oferece suporte a duplo chip com 4G LTE, Wi-Fi 802.11ac e Bluetooth 5.0. A capacidade de foto e vídeo, aliás, parece ser mesmo um dos destaques do Helio P90. O processador também tem suporte a câmeras de até 48 megapixels, ou a câmeras duplas de 24 + 16 megapixels. A empresa promete que a capacidade de processamento de inteligência artificial do chip garantirá melhores resultados em detecção de cena e embelezamento em tempo real, entre outras funcionalidades que usam o recurso. Ele também é compatível com o Google Lens. Já em termos de vídeo, ele oferece suporte a câmera lenta de 480 frames por segundo em resolução HD. Os números de especificações técnicas, por outro lado, não chamam tanto assim a atenção. O Helio P90 é um octa-core, com dois núcleos rodando a 2,2 GHz e seis a 2,0 GHz. Ele é fabricado com processo de 12nm, que não é o mais moderno disponível — os chips mais recentes de Apple e Qualcomm já são feitos com o processo de 7nm. Você pode ver os números e especificações em detalhes no site da MediaTek. Vale ressaltar, porém, que a família de topo de linha da MediaTek é a X e não a P. A MediaTek ainda não apresentou seu sucessor ao Helio X30, lançado em 2017. Imagens de testes de benchmark de um suposto Helio X40 vazaram no mês passado. Os primeiros smartphones com o Helio P90 devem chegar ao mercado no primeiro trimestre de 2019. [MediaTek via Android Police] The post MediaTek anuncia Helio P90, processador para smartphones com foco em IA e fotografia appeared first on Gizmodo Brasil. |
Bug no Facebook pode ter exposto as fotos de até 6,8 milhões de usuários Posted: 14 Dec 2018 10:36 AM PST O Facebook vacilou de novo. Somando-se à crescente lista de controvérsias sobre privacidade nas redes sociais, o Facebook diz que um bug pode ter exposto as fotos de até 6,8 milhões de usuários durante um período de 12 dias em setembro. Durante esse tempo, a empresa diz que aplicativos de terceiros podem ter tido acesso a mais fotos de usuários do que deveriam, incluindo fotos que podem ter sido carregadas no Facebook, mas nunca publicadas. “Quando alguém dá permissão para que um aplicativo acesse suas fotos no Facebook, normalmente só concedemos acesso às fotos que as pessoas compartilham em sua linha do tempo”, escreveu o diretor de engenharia do Facebook, Tomer Bar, em uma postagem no blog aos desenvolvedores na sexta-feira. “Nesse caso, o bug potencialmente deu aos desenvolvedores acesso a outras fotos, como aquelas compartilhadas no Marketplace ou no Facebook Stories. O bug também impactou fotos que as pessoas carregaram no Facebook, mas escolheram não publicar. Por exemplo, se alguém enviou uma foto no Facebook mas não terminou de publicá-la – talvez por ter perdido a conexão ou por ter entrado em uma reunião – nós armazenamos uma cópia dessa foto para que a pessoa a tenha disponível quando voltar ao aplicativo e para que complete seu post”. O Facebook disse ao Gizmodo em um e-mail que o incidente resultou de um erro na atualização do código da API de fotos entre os dias 13 e 25 de setembro, e que o bug foi encontrado e corrigido em 25 de setembro. O Facebook ainda não comentou se as fotos dos Stories no Facebook expiradas foram expostas, embora tenha especificado que nenhuma foto compartilhada pelo Messenger foi afetada. (Vamos atualizar a publicação quando eles nos derem algum posicionamento sobre os Stories). Em uma nota em seu Centro de Ajuda, a empresa aconselhou os usuários a entrar em todos aplicativos em que compartilhou suas fotos do Facebook para verificar a quais imagens eles têm acesso Um porta-voz do Facebook disse que está contatando usuários que podem ter sido afetados pelo bug. Ele também está entrando em contato com os 876 desenvolvedores de 1.500 aplicativos que podem ter tido acesso mais amplo às fotos dos usuários para pedir que eles verifiquem e excluam essas imagens – um método testado que não ajudou muito a empresa no passado. O Facebook disse que, apesar do bug ter acontecido em setembro, só sabemos sobre o incidente agora porque uma investigação sobre quem ele afetou, tanto do lado do usuário final quanto do desenvolvedor, estava em andamento. “Temos investigado o problema desde que foi descoberto para tentar entender seu impacto para que pudéssemos garantir que estamos contatando os desenvolvedores certos e as pessoas afetadas pelo bug”, disse um porta-voz em uma declaração por e-mail. “Então, demoramos algum tempo para construir uma maneira significativa de notificar as pessoas”. The post Bug no Facebook pode ter exposto as fotos de até 6,8 milhões de usuários appeared first on Gizmodo Brasil. |
Sites de vídeos pornô coletam um monte de dados e usam isso para fazer roteiros Posted: 14 Dec 2018 10:03 AM PST Não é segredo que empresas de tecnologia monitoram o que fazemos na internet. Google, Facebook, Apple e muitas outras sabem por onde andamos, de onde acessamos conteúdos e quais são as nossas preferências. Os algoritmos do YouTube e Netflix são bons em perceber nossos gostos, inclusive – as recomendações são altamente personalizadas de acordo com o que você assiste. E tem uma outra categoria de sites que faz a mesma coisa: as plataformas de vídeos pornô. • Precisamos estudar os efeitos do pornô de vingança na saúde mental Nesta semana, o Quartz fez um perfil do Pornhub e de sua empresa-mãe, a MindGeek. O texto revela algo que não surpreende ninguém, mas que talvez muitos de nós não tenhamos parado para pensar: eles sabem exatamente o que fazemos quando assistimos pornografia. A lista de dados coletados por sites como o Pornhub incluem seu endereço de IP e cookies com dados de localização, horário do acesso e tipo de hardware e software utilizado. Mas não só isso, cada movimento é registrado: em quais vídeos você clicou, quanto tempo assistiu de cada um, os momentos em que pausou, quando voltou um trecho ou avançou e por aí vai. Outro dado valiosíssimo: por quais termos você pesquisou. Além disso, os usuários que criam contas podem fazer comentários, baixar vídeos e montar playlists com os conteúdos preferidos – fora informações de nome, data de nascimento e gênero. Há ainda uma série de testes A/B para determinar o que retém mais os espectadores. O que eles fazem com tudo isso? Roteiros. Não é nada muito diferente do que a Netflix já fez com suas séries. Basicamente, o pessoal da MindGeek pega todos esses dados e incluem roteiros cheios de especificações e detalhes. O negócio é bem lucrativo, especialmente porque a produção de vídeos pornôs pode ser mais barata do que a de uma série de televisão, como as que assistimos na Netflix. Um usuário passa, em média, 10 minutos no Pornhub – isso significa que a companhia pode investir muita grana para produzir muitos vídeos relativamente curtos que serão certeiros nas preferências de seu público. A companhia ainda lucra muito com os vídeos gerados por seus próprios usuários. Falando em dinheiro, a MindGeek afirma que respeita muito mais a privacidade de seus usuários se comparado com gigantes de tecnologia. Ao Quartz, a companhia disse que não vende os dados para terceiros, mas só os utiliza para guiar suas produções e recomendações. A empresa também costuma ser bem transparente nesse quesito. Anualmente, eles liberam um relatório cheio de informações sobre o consumo de pornografia. Essa é só mais uma prova de que vivemos em um período de hiperpersonalização de experiências – às vezes, reflito se essa retroalimentação sobre as minhas preferências não me priva de descobrir conteúdos novos, seja lá em qual plataforma ou meio estou consumindo. Para quem lê em inglês, o perfil do Quartz sobre o Pornhub é um tesão. [Quartz] The post Sites de vídeos pornô coletam um monte de dados e usam isso para fazer roteiros appeared first on Gizmodo Brasil. |
Posted: 14 Dec 2018 08:56 AM PST Empresas como a Equifax e o Facebook deveriam ser responsáveis pela proteção de nossas informações pessoais da mesma maneira que bancos e hospitais? Deveríamos esperar o mesmo nível de controle sobre os dados que fornecemos ao Google, como fazemos com informações compartilhadas com nosso médico ou advogado? Um novo projeto de lei apresentado pelos democratas do Senado americano na quarta-feira diz que a resposta é “sim”, que algumas empresas on-line devem ter um nível comparável de responsabilidade pelo controle e proteção dos dados privados dos americanos. Porque, afinal, o ponto é que Mark Zuckerberg deveria ter um nível de responsabilidade ao proteger seus dados similar ao de um médico. • Apps de placar de esportes e previsão do tempo estão fazendo a festa com seus dados de localização, diz NYT A proposta de legislação pode ser nova, mas esta ideia não é. Alguns especialistas jurídicos há muito argumentam que as empresas que lidam com grandes volumes de dados devem ter a obrigação legal de agir com responsabilidade. Eles chamam essas empresas de "fiduciárias de informação". O senador Brian Schatz, principal autor do projeto, optou por um termo um pouco menos chato e complicado: “data care”. (O termo “data care” é usado no lugar de “fiduciárias de informação”, explica ele, porque este último provoca muitas conotações legais estranhas.) Jack Balkin, professor de direito constitucional em Yale, escreveu sobre esse assunto em 2016. Ele falou sobre como a lei exige que médicos e advogados — fiduciários tradicionais — ajam de boa fé e “sob pena de perder sua licença para exercer sua atividade”, especificamente porque nossas interações com eles são inevitáveis. Dependemos deles e, em alguns casos, não temos nada a dizer. A confidencialidade de algumas informações, diz ele, não é condicional com base apenas em seu conteúdo, mas deve ser privada por padrão por causa de uma relação social especial. Em um artigo sobre fiduciários da informação para o Atlantic, Balkin e Jonathan Zittrain, professor de direito de Harvard, escrevem, referindo-se ao Facebook, Google e Uber pelo nome:
Apresentado como Data Care Act ("lei de cuidado com dados", em tradução livre), o projeto de Schatz levaria a Comissão Federal do Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) a elaborar novas regras para a aplicação de multas contra empresas que fazem mau uso de dados privados. As empresas que acumulam e transmitem dados privados devem ter padrões semelhantes aos dos fiduciários, disse ele, incluindo deveres legais de serem leais aos consumidores e manter sua confidencialidade — a última, segundo ele, é essencial para as empresas em suas interações com terceiros. “As pessoas têm uma expectativa básica de que as informações pessoais fornecidas a websites e aplicativos sejam bem protegidas e não sejam usadas contra elas”, afirma Schatz em um comunicado. “Assim como os médicos e advogados devem proteger e usar de forma responsável os dados pessoais que possuem, as empresas on-line devem fazer o mesmo.” A Comissão Federal do Comércio é desejada para este trabalho, diz ele, porque ele admira a funcionalidade da agência e sua capacidade de permanecer apartidária. Além disso, ela é administrada por “reguladores intransigentes que sabem o que estão fazendo e não se tornaram um pára-raios político”. Dada a natureza da tecnologia, uma agência federal deveria liderar o caminho, diz ele, particularmente no que diz respeito a questões jurisdicionais complexas que surgem da geografia da internet (por exemplo, a localização física dos servidores da Internet versus a localização dos usuários). Schatz argumenta, porém, que o ônus deveria estar no Congresso, e não no FTC, para determinar a que tipos de negócios este projeto será aplicado; muitas lojas de materiais de construção, observa ele, também coletam e usam informações do consumidor, mas não estão engajadas no tipo de práticas de intermediação de dados típico de empresas como o Facebook. Schatz também diz ver seu projeto, atualmente apoiado por outros 14 democratas, como complementar e não necessariamente como um substituto para outros projetos de lei apresentados por seus colegas com o objetivo de responsabilizar as empresas de internet pelo manuseio dos dados dos usuários. O senador Ron Wyden, do Oregon, por exemplo, divulgou recentemente um projeto de lei próprio, que também se baseia muito na atuação da FTC. O texto impõe multas rígidas e, potencialmente, até mesmo prisão, em casos de condutas ilegais graves das empresas. “Acho que estamos em uma posição de barganha relativamente forte”, afirmou Schatz a repórteres. As empresas de internet, segundo o senador, “precisam que algo aconteça federalmente”, caso contrário as leis de privacidade estaduais, que ele disse que certas empresas de tecnologia “temem muito”, começarão a aparecer em todos os lugares, como aconteceu com a lei de privacidade do consumidor da Califórnia, aprovada há alguns meses. Além de Schatz, o Data Care Act é apoiado pelos senadores democratas Maggie Hassan, Michael Bennet, Tammy Duckworth, Amy Klobuchar, Patty Murray, Cory Booker, Catherine Cortez Masto, Martin Heinrich, Ed Markey, Sherrod Brown, Tammy Baldwin, Doug Jones, Joe Manchin e Dick Durbin. “As plataformas on-line estão coletando uma enorme quantidade de dados pessoais dos americanos — tudo do que compramos e a quais sites vamos, o que nossos e-mails dizem e para onde vamos ao longo do dia", diz a senadora Klobuchar em um comunicado. Embora não cite nomes, ela afirma que as empresas estão tirando bilhões dos dados enquanto “mantêm os americanos no escuro sobre como eles estão sendo usados”. “O Data Care Act ajudará estabelecendo um dever de cuidado para os dados sensíveis e garantindo que a FTC possa responsabilizar as empresas quando elas forem insuficientes”, diz ela. “O espaço digital não pode continuar operando como o Velho Oeste às custas da nossa privacidade.” O senador Markey acrescenta: “Na economia digital de hoje, os dados pessoais estão em toda parte, e aqueles que têm acesso a informações confidenciais dos americanos têm a responsabilidade de proteger essas informações e mantê-las privadas. É hora de o Congresso aprovar uma legislação abrangente sobre privacidade, e o Data Care Act seria uma parte importante desse esforço.” The post Senador americano quer que empresas de tecnologia tenham a mesma responsabilidade de médicos e advogados ao lidar com informações pessoais appeared first on Gizmodo Brasil. |
Voo histórico da Virgin Galactic nos lembra que “espaço” é só um conceito Posted: 14 Dec 2018 06:28 AM PST Na quinta-feira (13), a Virgin Galactic enviou sua aeronave comercial SpaceShipTwo para o espaço, um feito inédito e histórico para a empresa privada. Mas, a uma altitude máxima de 82,68 quilômetros, o avião espacial caiu 17,32 quilômetros abaixo da linha de Karman — a fronteira internacionalmente reconhecida que separa a atmosfera do espaço, nos levando à inevitável pergunta: O que diabos é o espaço, afinal? • Bilionário Richard Branson diz que a Virgin Galactic levará pessoas ao espaço antes do Natal Antes de esmiuçarmos o feito da Virgin Galactic, vamos dar o devido crédito. Depois de 14 anos de desenvolvimento e um trágico contratempo que resultou na morte de um piloto de testes em 2014, a Virgin Galactic finalmente chegou ao espaço, ou, pelo menos, à sua definição preferida de espaço. Nesta quinta-feira, acima do deserto de Mojave, na Califórnia, a SpaceShipTwo, da Virgin Galactic, a VSS Unity, atingiu um pico de 82,68 quilômetros, de acordo com um comunicado da companhia. Esse foi o primeiro voo espacial de um veículo construído pela Virgin Galactic e, surpreendentemente, o primeiro voo espacial humano lançado em solo americano desde a última missão do Space Shuttle, em 2011. Além disso, como o Flight Opportunities Program, da NASA, esteve envolvido (quatro experimentos de ciência e tecnologia espaciais estavam a bordo do Unity), esse foi o primeiro voo da Virgin Galactic a gerar receita.
A aeronave WhiteKnightTwo lançou a Unity a uma altitude de cerca de 13,1 quilômetros às 12:11 da manhã (horário de Brasília). Livre de sua nave-mãe, o veículo suborbital engatou seus motores de foguete por um total de 60 segundos, atingindo uma velocidade máxima de 3,9 Mach. Os controladores da missão na Terra parabenizaram os pilotos, dizendo: “Unity, bem-vindos ao espaço”. Fotos tiradas a partir do Unity mostram a escuridão do espaço e a curvatura distinta do planeta Terra. O veículo atingiu 2,5 Mach durante a reentrada na atmosfera, usando sua configuração avançada de “plumas”, em que suas asas traseiras são inclinadas para criar resistência, semelhante a uma peteca de badminton. Por volta das 13:11 da manhã, horário de Brasília, a missão havia terminado, com o veículo fazendo uma aterrissagem segura na pista do Mojave Air and Space Port, da Virgin Galactic. Como resultado da conquista desta quinta, os pilotos do Unity, Mark “Forger” Stucky e Frederick “CJ” Sturckow, são agora oficialmente astronautas, baseados em padrões reconhecidos pela NASA e pelos militares dos EUA.
Para o fundador da Virgin Galactic, Richard Branson, esse foi um momento pelo qual ele esperava há muito tempo. “Hoje (quinta-feira), enquanto eu estava entre um grupo de pessoas verdadeiramente notáveis, com os olhos nas estrelas, vimos o nosso maior sonho e o nosso maior desafio até agora ser realizado”, disse Branson em um comunicado. “Foi um sentimento indescritível: alegria, alívio, euforia e ansiedade pelo que está por vir.” Mas será que o Unity VSS chegou mesmo ao espaço? Depende de para quem você pergunta. Nos Estados Unidos, a Administração Federal de Aviação (FAA) reconhece o limite de 80 quilômetros acima da Terra. Como observado no comunicado de imprensa da Virgin Galactic desta quinta, a FAA vai agora premiar os pilotos Stucky e Sturckow com distintivos de astronautas, com os quais eles serão apresentados em uma cerimônia em Washington, D.C. Essa linha de demarcação de 80 quilômetros também é reconhecida pelas agências governamentais dos EUA, como a NASA e o exército dos EUA. Essa fronteira é um pouco arbitrária, mas está localizada entre a mesosfera e a termosfera — uma espécie de fim da linha para a atmosfera. Mas existe também a Linha de Karman, que reconhece o espaço como começando a 100 quilômetros acima da Terra. Essa linha de demarcação é reconhecida pela Fédération Aéronautique Internationale (FAI), um grupo de padrões internacionais envolvido em aeronáutica e astronáutica. Curiosamente, a Linha de Karman foi a fronteira reconhecida pela competição Ansari X Prize, que foi vencida pela SpaceShipOne, da Scaled Composites, em 2004. Nessa fronteira, perto do fundo da termosfera, a atmosfera é tão fina que os princípios do voo aeronáutico já não se aplicam, e um veículo a essa altitude deve se mover mais rápido do que a velocidade orbital para alcançar a sustentação. A Comissão de Registros Astronáuticos (ICARE) da FAI a descreve desta forma:
Essa fronteira foi calculada como sendo extremamente próxima da marca dos 100 quilômetros, então é aqui que a Linha de Karman foi estabelecida. Para complicar ainda mais as coisas, recálculos recentes feitos por Jonathan McDowell, astrofísico do Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics, sugerem que a Linha de Karman está realmente mais próxima da Terra em cerca de 20 quilômetros. Se os cálculos de McDowell forem aceitos, o limite estaria mais próximo de cerca de 80 quilômetros, o que é satisfatoriamente próximo do limite reconhecido pela FAA. As expectativas humanas também precisam ser consideradas. Para os potenciais turistas espaciais, esses limites podem não fazer sentido se os seus desejos não forem satisfeitos. Esses vôos são suborbitais, por exemplo, com a nave passando pouco tempo no espaço e sem a oportunidade de um passageiro flutuar livremente em microgravidade. Os futuros passageiros da SpaceShipTwo terão que se contentar com a visão extraordinária e as definições técnicas de “espaço”. Independentemente disso, a Virgin Galactic está indo com o limite de 80 quilômetros. “Vamos agora avançar com a parte restante do nosso programa de testes de voo, que verá o motor do foguete queimar por mais tempo e a Unity VSS voar ainda mais rápido e mais alto para dar a milhares de astronautas privados uma experiência que proporciona uma nova perspectiva planetária à nossa relação com a Terra e o cosmos”, disse Branson. “Este é um dia memorável, e eu não poderia estar mais orgulhoso das nossas equipas, que, juntas, abriram um novo capítulo da exploração espacial.” A Virgin Galactic não anunciou uma data para os voos comerciais da SpaceShipTwo, mas o lançamento desta quinta-feira representa um grande passo nessa direção. Até o momento, mais de 600 pessoas já se inscreveram, gastando até US$ 250.000 por uma passagem para ter a chance de ir ao espaço. Ou, pelo menos, uma versão dele. The post Voo histórico da Virgin Galactic nos lembra que “espaço” é só um conceito appeared first on Gizmodo Brasil. |
Apple planeja soltar atualização para evitar proibição de venda de iPhones na China Posted: 14 Dec 2018 05:55 AM PST No começo desta semana, a novela entre Apple e Qualcomm ganhou um novo capítulo quando a empresa da maçã recebeu uma restrição temporária sobre a venda de vários modelos de iPhones na China. Na ocasião, a Qualcomm alegou que a Apple estava infringindo uma série de patentes. O tribunal chinês aceitou e proibiu a venda de iPhones do 6s ao X. Agora, a Apple planeja liberar uma atualização para resolver problemas em potencial, conforme a reportagem da Reuters. A intenção é lançar o novo software no começo da semana que vem “para resolver qualquer preocupação possível sobre nossa conformidade com a ordem judicial”, conforme um comunicado enviado para a agência de notícias. • Batalha entre Apple e Qualcomm continua, com "proibição" de venda de iPhones na China As patentes em questão dizem respeito à forma como a Apple redimensiona e formata imagens no iOS e como o sistema operacional lida com a alternância entre vários aplicativos touchscreen. A batalha entre as duas empresas não é de hoje. Há uma disputa global entre as duas e processos correm em diversas partes do mundo. A Qualcomm diz que a Apple deve a ela mais de US$ 7 bilhões em royalties de patentes e taxas de licenciamento. A marca dos iPhones pagava taxas de licenciamento de tecnologia e uma taxa fixa por cada dispositivo vendido, mas, no ano passado, deixou de pagá-las, afirmando que o modelo da Qualcomm era abusivo e potencialmente ilegal. A decisão preliminar da corte chinesa obrigava uma restrição imediata das vendas dos iPhones, mas advogados consultados pela Reuters dizem que a Apple pode tomar algumas medidas para atrasar o processo. Por enquanto, todos os modelos de iPhone estão disponíveis no site chinês da companhia. A Apple, inclusive, recorreu imediatamente dessa decisão. "A Qualcomm está reivindicando três patentes que nunca haviam sido consideradas antes, incluindo uma que já foi invalidada. Vamos buscar todas as nossas opções legais nos tribunais”, informou a companhia em um comunicado. [Reuters] The post Apple planeja soltar atualização para evitar proibição de venda de iPhones na China appeared first on Gizmodo Brasil. |
Seis tendências de UX/UI design que você precisa conhecer antes de 2018 acabar Posted: 14 Dec 2018 04:03 AM PST É inevitável. Com a chegada de dezembro a gente começa a fazer resoluções para o ano seguinte. Ter sucesso profissional costuma fazer parte da lista da maioria das pessoas. Se você é designer, desenvolvedor ou se interessa por essas áreas, não deixe 2018 acabar sem que você saiba quais são as principais tendências de UX/UI. A Ironhack, escola de programação com presença mundial, fez uma seleção especial, reunindo os principais temas para você manter no radar. Estar sempre atualizado é fundamental para encarar os desafios do mercado de trabalho. Assim, você pode seguir rituais e superstições no Réveillon. Mas não vai depender só da sorte para atingir os seus objetivos e ser bem sucedido no trabalho. Confira! Realidade aumentadaA realidade aumentada se popularizou muito com o jogo Pokémon Go e seus monstrinhos interagindo com o "mundo real". Mas o uso desse recurso vai muito além dos jogos. Já imaginou ver como o seu sofá novo vai ficar em casa antes mesmo de decidir comprá-lo? Como o ARKit da Apple, por exemplo, disponível na versão mais recente do iOS, os iPhones e iPads ganham um novo nível de precisão para a realidade aumentada, o que abre novas possibilidade. O Google não perdeu tempo e também oferece uma solução semelhante para os smartphones Android chamada ARCore. Tudo isso preparou o terreno para a criação de todo tipo de design. Essa tendência deve desafiar a criatividade dos desenvolvedores. É possível fixar um objeto em determinado ponto, interagir com objetos do mundo real ou mesmo utilizar o ambiente como parte da sua interface. Cores e GradientesAs imagens com cores vivas em gradiente continuarão a ser tendência em 2019. Mas elas se beneficiam especialmente das telas com resolução mais alta de celulares, tablets e computadores. A técnica, que pode ser aplicada em fundos, textos, ícones ou imagens, permite passar a impressão de profundidade e é chamativa. Com isso, a interface fica mais estruturada, dando um toque profissional ao seu aplicativo ou website. A natureza pode ser uma fonte de inspiração para o uso de gradientes, basta olhar para o céu em um dia ensolarado ou na hora do pôr do sol. Mas cuidado para não exagerar: especialistas indicam que imagens com somente duas tonalidades serão tendência em 2019. Ilustrações e gráficos animadosUma imagem vale mais do que mil palavras? Às vezes, sim. Por isso, as ilustrações e gráficos animados serão mais populares, especialmente para transmitir rapidamente todas as mensagens que você deseja. Animações com movimento também devem aparecer bastante. Elas ajudam a chamar a atenção para um determinado ponto da interface. Já viu aqueles anúncios online com parallax? Eles são um bom exemplo de como isso pode ser atrativo para o usuário. Amigável para o polegar (ou Thumb Friendly Experience)As bordas estão mortas, vida longa às telas grandes! 2018 foi o ano em que vimos smartphones com telas que ocupam até 87% da parte frontal. Com isso, eles ficaram com mais espaço para os displays sem ter um aumento significativo de tamanho para o usuário. Isso implicou outra mudança. O 16:9 é passado. A moda agora é ter proporção 18:9, 18,5:9 ou mesmo 19,5:9. Essas telas podem tornar a usabilidade de aplicativos desafiadora, especialmente daqueles que colocam menus ou links importantes no topo. Não dá pra alcançar quando se está usando o celular com uma mão só, o que pode desagradar o usuário. A Apple indicou bem o caminho, já há alguns anos, ao colocar todos os menus importantes na parte inferior da interface para que o polegar chegue a todas as opções sem malabarismo. Futuro do flat designQue o esqueumorfismo ficou no passado, todos nós sabemos. Mas dizer que o flat design é novidade soa estranho. Ele já foi usado pela Apple, no iOS 7, e pela Microsoft, com o Metro do Windows 8, no começo da década. Essa prática não parou de evoluir. Aos poucos, o contraste de cores foi substituído pela cor branca predominante na interface, como em uma folha de papel. Mais aplicativos devem adotar essa tendência e deixar o visual branco, em vez de usar cores sólidas – o que ajuda na legibilidade. É uma abordagem à la Medium que vem ganhando tração. Design personalizadoA revolução dos dados também terá impacto no web design. Informações como geolocalização ou mesmo perfis psicográficos podem orientar as suas criações. É possível até mesmo realizar testes A/B para determinar qual versão oferece a melhor experiência ao usuário. Desse modo, é possível proporcionar design personalizado. Ficou interessado em se manter atualizado para se tornar um desenvolvedor de sucesso? A Ironhack, tem cursos focados na prática e nas demandas do mercado. Os cursos são presenciais, com carga horária de 360 horas, divididos em módulos, e ainda conta com uma semana de contratação onde empresas em busca de UX/UI designers entrevistam os alunos recém formados. Não perca a oportunidade! Saiba mais. The post Seis tendências de UX/UI design que você precisa conhecer antes de 2018 acabar appeared first on Gizmodo Brasil. |
Tumblr volta à App Store depois de anunciar proibição de pornografia na plataforma Posted: 14 Dec 2018 03:55 AM PST Depois de o Tumblr misteriosamente desaparecer da App Store, da Apple, no mês passado, parece que ele voltou. A reaparição do aplicativo na plataforma nesta semana vem depois de sua controversa e difamada proibição de conteúdo adulto, que a empresa disse que entraria em vigor em 17 de dezembro. Após o seu desaparecimento inicial, alguns especularam que o Tumblr tivesse ficado indisponível na App Store como resultado de pornografia infantil em sua plataforma. Esses rumores foram confirmados no final de novembro, depois que a empresa disse em uma atualização em sua página de ajuda que uma auditoria de rotina tinha descoberto imagens relacionadas a abuso sexual infantil. Duas semanas depois, a companhia anunciou que suas diretrizes comunitárias haviam sido atualizadas para refletir a próxima proibição do Tumblr em todo o site sobre “imagens, vídeos ou GIFs que mostram genitais humanos reais ou mamilos apresentados por mulheres”. O CEO do Tumblr, Jeff D’Onofrio, caracterizou a decisão como um movimento em direção a um “Tumblr melhor e mais positivo”. “Passamos um tempo considerável pesando os prós e contras da expressão na comunidade que inclui conteúdo adulto. Ao fazer isso, ficou claro que, sem esse conteúdo, temos a oportunidade de criar um lugar onde mais pessoas se sintam confortáveis para se expressar”, disse D’Onofrio em um comunicado no blog da empresa. “Resumindo: Não faltam sites na internet com conteúdo adulto. Vamos deixar isso para eles e concentrar nossos esforços na criação do ambiente mais acolhedor possível para a nossa comunidade.” Desde que o Tumblr anunciou sua aparente guerra contra a pornografia, muitos têm apontado as comunidades e pessoas afetadas pelo apagamento de seu conteúdo adulto, principalmente profissionais do sexo e outros grupos marginalizados que encontraram um abrigo seguro na plataforma amplamente inclusiva e “sex-positive”. A ativista e profissional do sexo Liara Roux disse ao Gizmodo na semana passada que o site tinha sido “um lugar onde pessoas que são profissionais do sexo ou pessoas na comunidade gay, especialmente, têm sido capazes de construir espaços onde podem cultivar essas comunidades de nicho e promover seu trabalho”. D’Onofrio disse que a empresa confiaria tanto em ferramentas automatizadas quanto em moderadores humanos para filtrar o conteúdo adulto, um esforço que já está se mostrando problemático. Como apenas um exemplo, um usuário que compartilhava uma imagem de um dedo humano em um post sobre braçadeiras de mão e pulso para pessoas com síndrome de Ehlers-Danlos teve seu conteúdo sinalizado como explícito. Há muito mais indicadores, no entanto, de que o Tumblr tem um caminho turbulento pela frente. Apple e Tumblr não retornaram pedidos de entrevistas sobre a volta do aplicativo para a App Store, mas vamos atualizar este post se recebermos uma resposta. Enquanto isso, aproveite o que resta do Tumblr que conhecemos e amamos durante esse pouco tempo que nos resta. [The Verge] The post Tumblr volta à App Store depois de anunciar proibição de pornografia na plataforma appeared first on Gizmodo Brasil. |
Cientistas reconstroem virtualmente um magnífico templo de sociedade anterior aos incas Posted: 14 Dec 2018 03:12 AM PST O templo Pumapunku, de 1.500 anos de idade, no oeste da Bolívia, é considerado uma coroação da arquitetura mesoamericana, mas ninguém sabe como era realmente a estrutura original. Até agora. • Encontraram um esqueleto de 500 anos que morreu calçando botas no fundo do rio Tâmisa, em Londres Usando dados históricos, peças impressas em 3D e software de arquitetura, o arqueólogo Alexei Vranich, da Universidade da Califórnia em Berkeley criou uma reconstrução virtual de Pumapunku — um antigo templo Tiahuanaco agora em ruínas. Arqueólogos têm estudado o local há mais de 150 anos, mas não estava claro imediatamente como todas as peças quebradas e espalhadas pertenciam umas às outras. A abordagem surpreendentemente simples concebida por Vranich está, finalmente, fornecendo um vislumbre da aparência original da estrutura. De forma empolgante, o mesmo método poderia ser usado para reconstruir virtualmente ruínas semelhantes. Os detalhes desta conquista foram publicados nesta quarta-feira (12), na Heritage Science. Primeiro, um pouco de história de fundo sobre a estrutura. Pumapunku, que significa “porta do puma”, era um templo projetado e construído pela cultura pré-inca Tiahuanaco, que viveu e prosperou no que hoje é o oeste da Bolívia de 500 d.C. a 1.000 d.C. Centenas de anos depois, os incas (1300-1570 d.C.) encontraram as ruínas de Pumapunku, considerando-as importantes e dignas de restauração. E, de fato, os incas acreditavam que foi em Pumapunku que o mundo começou. Inspirados, eles tentaram integrar o estilo da cantaria Tiahuanaco em sua própria arquitetura, como visto nas estruturas da capital Cusco e da “cidade perdida” de Machu Picchu. A porção leste do sítio arqueológico Pumapunku fotografada pelo arqueólogo Max Uhle, em 1893. Imagem: Max Uhle/Heritage Science De fato, os incas tinham o direito de ficar impressionados — o templo Pumapunku era uma realização arquitetônica mesoamericana avançada. Os conquistadores espanhóis e outros que visitaram o local durante os séculos 16 e 17 descreveram-no como “um edifício maravilhoso, embora inacabado, com portões e janelas esculpidas em blocos simples”, como Vranich escreveu em seu novo artigo. Pumapunku exibia um nível de artesanato que era, em grande parte, incomparável no Novo Mundo pré-colombiano. E ele é frequentemente considerado o ápice arquitetônico da tecnologia lítica andina antes da chegada dos europeus. Ainda hoje, o trabalho em pedra do templo é considerado tão preciso que antigos entusiastas de alienígenas afirmam que ele foi feito por lasers e outras tecnologias extraterrestres.
Peças impressas em 3D utilizadas para a reconstrução. Imagem: Alexei Vranich/Heritage Science Infelizmente, as ruínas de Tiahuanaco, e o templo de Pumapunku em particular, foram saqueadas repetidamente durante o último meio milênio. Os arqueólogos não têm praticamente nenhuma ideia de como a estrutura realmente era. Nenhum dos blocos que uma vez compuseram a estrutura original está atualmente localizado em seu lugar de origem, e muitos deles estão muito danificados ou deteriorados. Além disso, a maioria das pedras no local é grande demais para se mover, dificultando ainda mais as observações. E as notas de campo deixadas pelos arqueólogos ao longo dos anos são consideradas muito opacas para serem conceituadas. Para superar essas dificuldades e limitações, Vranich e seus colegas integraram dados arqueológicos históricos com software de computador moderno e tecnologia de impressão 3D para reconstruir o templo antigo e, ao fazê-lo, conceberam uma abordagem inteiramente nova para reconstruir e visualizar ruínas antigas que de outra forma seriam impossíveis de construir. A equipe criou modelos em miniatura impressos em 3D, em 4% do tamanho, das 140 peças conhecidas do templo, que foram baseadas em medições compiladas por arqueólogos ao longo dos últimos 150 anos e nas próprias observações de campo de Vranich nas ruínas. Os pesquisadores usaram análises comparativas e interpolação para reconstruir peças quebradas. Armados com suas peças impressas em 3D, os pesquisadores iniciaram a tarefa de reconstruir o templo antigo, assim como alguém que trabalha em um quebra-cabeça. Sim, os pesquisadores poderiam ter realizado esse trabalho exclusivamente no reino virtual, mas eles tiveram mais sorte com peças físicas tangíveis que poderiam se mover livremente. “Era muito mais fácil usar os modelos impressos em 3D”, disse Vranich ao Gizmodo. “Você pode manipulá-los rapidamente na mão e tentar posição após posição. É muito mais lento e menos intuitivo no computador. Seria como tentar fazer um quebra-cabeça no computador — mover o mouse, clicar em uma peça, movê-la e depois rolar —, em vez de pegar uma peça, tentar, depois outra e depois outra.”
Satisfeitos com as suas configurações à la Lego, os investigadores introduziram suas criações num programa de modelação arquitetônica, culminando em um único modelo hipotético do complexo do templo. Isso não foi muito difícil, pois os métodos de construção usados pelo povo Tiahuanaco, e como eles formaram suas pedras incrivelmente geométricas, estão bem documentados, explicou Vranich. Mas o exercício produziu algumas novas descobertas. “O que descobrimos é que parece que eles estavam fazendo protótipos para cada tipo de pedra, e então copiavam uma após a outra. É quase como se fosse uma versão pré-colombiana da Ikea.” O efeito de espelho no portão, em uma seção do templo. Imagem: Castro Vocal A nova reconstrução 3D também forneceu algumas novas perspectivas sobre o propósito do edifício. “Sabemos que era um ritual, claro”, disse Vranich. “O que descobrimos é que eles estavam tentando imitar, em pedra, as formas anteriores que foram feitas com adobe. Isso é chamado de esqueumorfismo, e você pode vê-lo nos templos romanos — e até mesmo nos correios modernos —, que têm elementos de pedra decorativos que são imitações da forma original do templo grego de madeira.” Outra descoberta interessante foi que os portões de entrada espalhados pelo local estavam alinhados de forma a criar um efeito de espelho. Ou seja, “um portão grande, depois outro menor na fila, depois outro”, disse ele. “Ele criava um efeito como se você estivesse olhando para o infinito nos confins de um único quarto.” Em termos de precisão, Vranich disse que está “confiante na forma básica”, mas admite que “sempre haverá detalhes arquitetônicos que permanecerão desconhecidos”. Modelo virtual das pedras em sua localização adequada. Imagem: Castro Vocal A equipe de Vranich deu uma cópia dos blocos impressos em 3D ao diretor do sítio arqueológico das ruínas de Pumapunku e ensinou a equipe a registrar as pedras e modelá-las. Vranich espera que mais blocos sejam descobertos no local e que mais reconstruções do complexo do templo venham por aí. “Os blocos também serão disponibilizados online”, disse Vranich. “Minha esperança é que outras pessoas os imprimam e que, por meio da sabedoria das multidões, possamos encontrar correspondências adicionais e continuar a reconstruir a forma de (outro) edifício (Tiahuanaco) conhecido como ‘templo dos Andes'”, disse Vranich. Reconstrução virtual de todo o edifício. Imagem: Castro Vocal Usando essa técnica, Vranich disse que deveria ser possível reconstruir outros edifícios antigos destruídos, incluindo aqueles em Palmira, na Síria, que foram destruídos em parte pelo Estados Islâmico. A técnica também poderia ser usada para reconstruir desastres modernos, como acidentes aéreos, que exigem estudo forense de peças dispersas para entender a causa e a origem de uma possível explosão, acrescentou. Como diversão à parte, Hillary Clinton visitou o local em 1997 e perguntou a Vranich como era a estrutura. “Eu lhe disse que não sabia”, afirmou Vranich ao Gizmodo. “Acho que devo escrever um bilhete para ela, dizendo que, 21 anos depois, tenho uma resposta para a pergunta dela.” The post Cientistas reconstroem virtualmente um magnífico templo de sociedade anterior aos incas appeared first on Gizmodo Brasil. |
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