sábado, 22 de dezembro de 2018

Gizmodo Brasil

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Esta cratera cheia de gelo é uma das coisas mais incríveis da superfície de Marte

Posted: 21 Dec 2018 11:43 AM PST

A cratera de Korolev em Marte possui uma pista de gelo com mais de 82 quilômetros de diâmetro e é uma das coisas mais espectaculares da superfície do planeta vermelho, como mostram as últimas imagens enviadas pelo satélite Mars Express.

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Batizada em homenagem ao cientista russo Sergey Korolev, a cratera está localizada nas partes baixas do norte de Marte e ao sul da região de Olympia Undae – uma zona arenosa repleta de dunas, localizada próximo à região polar do planeta.

Pode parecer que a cratera da Korolev está cheia de neve, mas na verdade isso que você vê é gelo. A cratera mede 82 quilômetros de diâmetro, e no centro – o ponto mais profundo – o gelo chega a 1,8 quilômetro de profundidade.

Essa nova foto da cratera foi capturada pela Câmara Estéreo de Alta Resolução (HRSC) do satélite Mars Express da Agência Espacial Europeia, que já está em órbita ao redor de Marte há 15 anos.

A imagem foi construída a partir de cinco fotos, cada uma capturada durante uma órbita diferente, em abril passado. A imagem foi processada para mostrar como a cratera Korolev aparece quando vista de um determinado ângulo, e a cor foi corrigida para mostrar como ela seria caso a víssemos ao vivo. Uma vista aérea (disponível abaixo) e uma vista topográfica da cratera também foram liberadas pela ESA (Agência Espacial Europeia, na sigla em inglês).

Vista aérea da cratera de Korolev.

O gelo dentro da cratera é permanente, mesmo com o Verão que dura seis meses no norte de Marte. A cratera é bastante profunda e o seu ponto mais baixo está a 1,9 quilômetro em relação a borda. A ESA explica:

As partes mais profundas da cratera de Korolev, aquelas que contêm gelo, funcionam como uma armadilha fria natural: o ar que se move sobre o depósito de gelo arrefece e afunda, criando uma camada de ar frio que fica diretamente sobre o próprio gelo.

Comportando-se como um escudo, esta camada ajuda o gelo a permanecer estável e evita que ele aqueça e desapareça. O ar não conduz tanto calor, exacerbando o efeito e mantendo a cratera Korolev permanentemente fria.

Se os humanos alguma vez forem à Marte, esta região poderá ser estratégica. A água é escassa no planeta vermelho, por isso essa região polar, com suas extensas calotas de gelo, pode fornecer um amplo suprimento do líquido.

Além disso, a cratera de Korolev proporcionaria um local ideal para o jogo de hóquei mais épico da história do Sistema Solar.

[ESA]

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Pegadas impressionantes de dinossauros são encontradas na Inglaterra

Posted: 21 Dec 2018 10:39 AM PST

Um rastro de pegadas de dinossauro bem preservadas foi descoberto em uma praia no sul da Inglaterra. Remontando ao período Cretáceo, as impressões ainda mostram vestígios de pele, escamas e garras.

Paleontólogos da Universidade de Cambridge descobriram 85 pegadas de dinossauro de pelo menos sete espécies diferentes em uma praia em East Sussex, perto de Hastings, na Inglaterra. Esta já é considerada "a coleção mais diversa e detalhada desses traços fósseis do Período Cretáceo encontrados no Reino Unido até hoje", de acordo com um comunicado.

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As pegadas variam em tamanho, de 2 cm a quase 60 cm de diâmetro. Os pesquisadores, liderados por Anthony Shillito, estudante de doutorado do Departamento de Ciências da Terra de Cambridge, conseguiram identificar alguns dos dinossauros responsáveis pelas impressões, incluindo um Iguanodon, um Ankylosaurus, uma espécie de estegossauro e alguns saurópodes não identificados (herbívoros de pescoço longo e quatro patas). O nível de detalhe em algumas dessas impressões é verdadeiramente notável.

Pegada de algum tipo de terópode, um carnívoro de duas pernas. Imagem: Neil Davies

A descoberta dessas pegadas foi possível graças à erosão. Nos últimos quatro invernos, fortes tempestades atingiram a costa, fazendo com que os penhascos de arenito e de barro colapsassem, o que acabou por expor as pegadas que estavam dentro delas.

As camadas estratigráficas datam do período Cretáceo Inferior, entre 145 milhões e 100 milhões de anos atrás. Detalhes desta descoberta extraordinária foram publicados esta semana na revista científica Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology.

Uma olhada mais de perto nas impressões de uma pegada de Iguanodon. Imagem: Neil Davies

Esta região do sul da Inglaterra é conhecida por produzir fósseis de dinossauros, incluindo o primeiro exemplo de tecido cerebral fossilizado, encontrado em 2016. Durante o século passado, no entanto, a área forneceu apenas a clássica pegada de dinossauro, e certamente nada nessa escala do que foi descoberto hoje.

As pegadas dos dinossauros são de grande valor para os cientistas, oferecendo vislumbres que os fósseis do corpo não fornecem, como evidências de tecidos moles, comportamento e uma noção de quais animais e plantas estavam vivendo no mesmo lugar ao mesmo tempo.

A área em que esses dinossauros em particular perambulavam provavelmente estava perto de uma fonte de água, de acordo com os cientistas. O local também continha traços de plantas e invertebrados fossilizados.

Uma pegada de anquilossauro, com impressões da pele e das garras. Imagem: Neil Davies

"Para preservar as pegadas, você precisa do tipo certo de ambiente", disse o coautor do estudo, Neil Davies, em um comunicado. "O solo precisa ser 'pegajoso' o suficiente para que a pegada deixe uma marca, mas não tão molhada que ela acabe lavada. Você precisa desse equilíbrio para capturar e preservar."

Ao que Shillito acrescentou: "Além da grande abundância e diversidade dessas pegadas, também vemos detalhes absolutamente incríveis. Você pode ver claramente a textura da pele e as escamas, assim como marcas de garras com quatro dedos, que são extremamente raras. Você pode ter alguma ideia de quais dinossauros tinham essas patas a partir da forma das impressões — compará-las com o que sabemos sobre pés de dinossauros de outros fósseis permite identificar as semelhanças importantes. Quando você também olha para pegadas de outros locais, pode começar a descobrir quais as espécies que eram as principais."

Os paleontologistas de Cambridge estão tentando descobrir se esses dinossauros podem ter alterado os fluxos dos rios. Hoje, grandes mamíferos, como hipopótamos e vacas, criam pequenos canais conhecidos por desviar o fluxo de um rio. Os dinossauros, com seu enorme tamanho, talvez pudessem causar processos semelhantes. Essas pegadas recém-descobertas mostram indícios desse processo em ação, como marcas profundas onde moitas de plantas estavam crescendo e ao longo das margens dos canais do rio. Mais pesquisas serão necessárias para que isso seja oferecido como prova de que os dinossauros desviam os canais de água.

Uma visão das falésias onde as pegadas foram descobertas. Imagem: Neil Davies

Este pode ser o fim das explorações paleontológicas ao longo deste afloramento particular. A erosão tem sido tão intensa ao longo desta praia em East Sussex que as autoridades construíram defesas marítimas para retardar ou impedir os processos de erosão costeira. Como consequência, mais pistas deixadas pelas antigas criaturas permanecerão escondidas nas rochas — pelo menos por enquanto.

[Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology]

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Sabe o vídeo do ex-engenheiro da NASA e sua bomba de glitter para pegar ladrão? Ele é parcialmente fake

Posted: 21 Dec 2018 09:12 AM PST

Lembra daquele vídeo viral do ex-engenheiro da NASA que se cansou de ter suas encomendas roubadas? E que então construiu uma bomba de glitter de alta tecnologia impressionante para pegar os ladrões e até emprestou a invenção para os amigos fazerem o mesmo? Então, acontece que parte do vídeo foi falsificada pelos amigos do criador, Mark Rober, que se desculpou pela enganação.

Rober excluiu, nesta quinta-feira (20), cerca de um minuto e meio de seu vídeo original no YouTube, publicando-o novamente — algo que o site permite fazer sem ter que sacrificar o número de visualizações. Segundo Rober, uma das pessoas para quem ele deu a bomba de glitter pediu para que amigos ou vizinhos fingissem ser ladrões na frente das câmeras.

“Parece que, nestes dois casos, os ‘ladrões’ eram na verdade conhecidos da pessoa que estava me ajudando,” tuitou Rober. “Pelas imagens que recebi dos smartphones que só gravam em momentos específicos, isso não ficou claro para mim. Desde então, removi essas reações do vídeo original (originalmente 6:26-7:59).”

O Gizmodo recebeu uma dica por e-mail de que parte da história não batia. Então, demos uma olhada em uma galeria confusa (mas convincente) do Imgur dissecando as partes mais suspeitas. Porém, mesmo antes de essa dica chegar, tentamos falar com Rober, que não respondeu ao nosso pedido de entrevista. E a NordVPN, que patrocinou o vídeo original, parou de responder depois que enviamos perguntas a um porta-voz questionando se partes do vídeo foram encenadas.

Você pode assistir à parte excluída do vídeo original de Rober abaixo:

Mesmo com a parte encenada, a invenção ainda é impressionante. E se você for acreditar no Rober, maior parte do vídeo segue sendo legítima. Mas o criador entende por que as pessoas talvez não confiem mais nele.

“Sinto muito mesmo por isso”, tuitou Rober. “No final das contas, sou responsável pelo conteúdo que vai no meu canal e devia ter feito mais aqui. Posso garantir que as reações foram genuínas quando o pacote foi retirado da minha casa. Dito isso, sei que minha credibilidade está um pouco abalada, mas incentivo vocês a olharem para os tipos de vídeos que tenho feito nos últimos sete anos.”

“Estou especialmente destruído porque tanto pensamento, tempo, dinheiro e esforço foram colocados na construção do dispositivo, e espero que isso não manche todo o esforço como ‘falso’.” Rober prosseguiu: “Ele funciona de verdade (como todas as outras coisas que construí no meu canal), e nós tornamos públicos todo o código e a build. Novamente, sinto muito por colocar algo no meu canal que era enganoso”.

Claro, essa não é a questão mais importante da semana, em meio a tanta coisa como mais uma polêmica em torno do Facebook e o fechamento do segundo aeroporto mais movimentado do Reino Unido por causa de drones. Ainda assim, é importante corrigir o registro feito, especialmente de um vídeo que ajudamos a espalhar (mas ainda achamos que a tecnologia é legal!). Mesmo que seja só uma bomba de glitter.

[Buzzfeed]

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Estas histórias terríveis com lentes de contato mostram por que você deve tirá-las à noite

Posted: 21 Dec 2018 07:21 AM PST

Quem usa lente de contato sabe que é preciso ter uma boa higiene com elas. Isso inclui retirá-las à noite e lavá-las com uma solução de limpeza de esterilização. Mas isso não significa que todos sigam o conselho.

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Para aqueles que precisam de um lembrete mais visceral sobre por que esses hábitos são tão importantes, aqui estão algumas histórias terríveis sobre o que pode acontecer caso você não limpe suas lentes. Já fique avisado: tem umas coisas feias aqui.

As histórias – seis, no total – foram coletadas por médicos oftalmologistas e publicadas pela primeira vez em um relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Agora, a série de casos foi republicada na edição de janeiro de 2019 da revista Annals of Emergency Medicine, juntamente com um comentário de especialistas.

Os olhos das pessoas envolvidas ficaram bem ferrados, em grande parte devido à má higiene das lentes de contato, especialmente quando as utilizaram por longos períodos de tempo ou dormiram com elas.

A primeira história é de homem de 34 anos que usava lentes de contato gelatinosas há 17 anos. Ele não curtia muito tirá-las e contou que dormia com as lentes de três a quatro noites por semana e até mesmo nadava usando-as. O homem acabou desenvolvendo uma infecção no olho esquerdo que deixou sua visão turva; dois meses de medicamentos antimicrobianos convencionais não foram o suficiente para ajudá-lo.

Depois de mais testes, descobriu-se que o culpado era, na verdade, o protozoário Acanthamoeba, que pode entrar furtivamente no olho através de água da torneira contaminada.

As infecções oculares causadas por amebas como a Acanthamoeba podem ser incrivelmente difíceis de eliminar. O homem precisou usar um colírio anti-séptico durante seis meses. No começo do tratamento, era preciso aplicá-lo a cada hora. A visão do seu olho esquerdo se estabilizou depois, mas ele precisou passar a usar lentes de contato rígidas, em vez das gelatinosas.

Mesmo assim, ele se saiu melhor do que um homem de 57 anos que visitou o pronto-socorro relatando dificuldade de enxergar em ambos os olhos, além de uma dor aguda. Ele disse que não limpava ou substituía regularmente suas lentes gelatinosas e, antes da ida ao médico, as tinha usado por duas semanas seguidas. Ambos os olhos estavam infectados com bactérias, mas a córnea – a camada transparente que reveste a frente do olho – da vista direita estava tão ferida e perfurada que ele precisava de um enxerto para recuperar a visão.

O caso acima não é o pior. Talvez a história mais horripilante seja a de de um homem de 59 anos que usou suas lentes de contato gelatinosas por dois dias seguidos em uma viagem de caça; no terceiro dia, ele sentiu dor no olho esquerdo.

Depois de visitar o médico, foi diagnosticado um arranhão em uma das córneas; o tratamento consistia na aplicação de colírio e lentes de contato especiais para ajudar na recuperação. Os sintomas só pioraram, até que um dia, depois de sair do chuveiro e limpar os olhos com uma toalha, ele “ouviu um estalido e sentiu uma sensação dolorosa no olho esquerdo”.

Um exemplo típico de como fica um olho quando a córnea infecciona. Foto: Deborah S. Jacobs, Jia Yin/CDC

Quando chegou ao oftalmologista, descobriu-se que ele tinha um grande buraco na córnea. Ele precisava de um enxerto de córnea urgente para evitar que seu olho perdesse a integridade. Felizmente, depois de tomar antibióticos e fazer uma cirurgia de catarata, sua visão se recuperou bem e ficou perto do normal.

Outras três pessoas, felizmente, não chegaram a ter casos tão sérios. Uma menina de 17 anos desenvolveu uma cicatriz permanente em sua córnea direita depois de dormir com lentes; uma mulher de 34 anos teve uma infecção e contou que não ia ao oftalmologista há cinco anos (em vez disso, ela enviava sua receita pela internet); e um menino de 18 anos ficou com os olhos cheios de bactérias por dormir com lentes coloridas, além de ter ganhado uma cicatriz na córnea.

Essas histórias representam o pior que pode acontecer caso as pessoas não cuidem bem de suas lentes. De qualquer modo, quem usa lentes tem mais chances de desenvolver infecções oculares e outros problemas relacionados. Esse risco pode definitivamente aumentar se você não deixar a higiene das lentes em dia ou se não visitar o oftalmologista regularmente.

Três dos seis casos envolveram pessoas que compraram suas lentes sem uma prescrição válida, e uma pessoa teve uma infecção por causa de lentes de contato coloridas.

Normalmente, as prescrições de lentes de contato precisam ser refeitas a cada ano ou dois, dependendo de como está a visão do paciente. E essas visitas ao oftalmologista, segundo os autores, podem “servir como oportunidades para reeducação sobre práticas seguras de uso e cuidados com as lentes”.

“Dormir com lentes é um dos comportamentos mais arriscados e mais comumente relatados por usuários de lentes de contato”, disse Jon Femling, principal autor do relatório e médico de emergência da Universidade do Novo México, em um comunicado. “Se você quiser evitar infecções e evitar uma viagem à emergência, o cuidado adequado com os olhos é uma obrigação”.

Esse é um bom conselho, com certeza.

[Annals of Emergency Medicine]

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Smartwatch da Omron com medidor de pressão faz mais sentido que o Apple Watch

Posted: 21 Dec 2018 06:27 AM PST

Embora muitos relógios inteligentes e rastreadores de atividade física possam medir sua frequência cardíaca, a maioria não tem um objetivo médico sem ser se familiarizar com uma linha de base. Até mesmo o Apple Watch Series 4 vem com muitas advertências sobre seus recursos de ECG e fibrilação atrial. Mas o smartwatch HeartGuide da Omron é o primeiro wearable para medir com sucesso a pressão arterial do pulso — e com a autorização da FDA, órgão de saúde dos EUA.

A tecnologia no HeartGuide é bastante impressionante. Debaixo da pulseira há uma braçadeira que infla para medir a pressão sistólica e diastólica através do método oscilométrico. Basicamente, é a mesma técnica usada no consultório do seu médico, onde eles prendem e enchem uma braçadeira. A diferença é que ela é muito menor.

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Eu testei o dispositivo recentemente em uma demonstração e devo que dizer que usar o HeartGuide é simples, curto e definitivamente menos doloroso do que o que a enfermeira faz comigo no meu exame físico anual — e os resultados bateram com os que normalmente tenho!

Para testar, basta pressionar um botão e colocar a mão sobre o coração enquanto o manguito automaticamente se infla e esvazia sozinho. Quando terminar, você poderá ver uma leitura da sua pressão arterial na tela. Se estiver em um intervalo saudável, você verá um círculo verde. Se a sua pressão arterial estiver muito alta, a borda ficará vermelha.

A única coisa que achei um pouco difícil na demonstração foi o ajuste. Meus pulsos são pequenos, então era difícil conseguir um ajuste adequado com uma unidade de tamanho médio. A Omron diz que o tamanho médio deve dar certo em cerca de 75% dos usuários, e que versões pequenas e grandes acabarão sendo lançadas para o resto de nós.

A Omron atua principalmente no segmento de dispositivos de teste de pressão arterial, mas conceber um aparelho destinado a ser usado o tempo todo apresentou alguns desafios. Em primeiro lugar, a cinta em si tem que ser inflexível, e qualquer bomba dentro tem que pressionar o ar diretamente para baixo ou você corre o risco de medições imprecisas.

Além disso, miniaturizar o método oscilométrico para caber em um pulso exigiu que a Omron registrasse mais de 80 patentes. O CEO da companhia, Ranndy Kellogg, diz que algumas das bombas, válvulas e chips proprietários do aparelho são menores que um grão de arroz.

Ilustração: Omron Healthcare

Levando tudo isso em consideração, a duração estimada da bateria no HeartGuide é surpreendentemente longa. A Omron me deu uma estimativa conservadora de dois dias, mas disse que você deve conseguir de 30 a 50 medições a partir de uma única recarga. Em última análise, a Omron disse que isso deveria significar colocar na tomada cerca de 1 ou 2 vezes por semana. A tela transflectiva do HeartGuide ajuda. Embora tenha a capacidade de mostrar cores e deva ser fácil de ler sob a luz direta do sol, ele não será tão brilhante quanto a tela OLED ou AMOLED que você normalmente vê em smartwatches com tela sensível ao toque.

Além da pressão arterial, o HeartGuide também pode rastrear passos, distância, sono e calorias queimadas. Também é esperado que ele lide com notificações de chamadas, texto e e-mail. E como os dados sem contexto não são particularmente úteis, o HeartGuide virá com um aplicativo. O plano é que ele forneça informações sobre sua pressão arterial em relação à qualidade do sono, seus níveis de atividade e outros hábitos de vida, como quanto café você bebe.

Mas o mais impressionante é que o HeartGuide tem autorização 510k da FDA (órgão que regula alimentação, medicamentos e outras questões de saúde nos EUA), o que significa que ele deve ser tão preciso quanto outro dispositivo de teste de pressão arterial já disponível. Ao contrário dos 30 dias que a Apple precisou para a inédita classificação da FDA, o HeartGuide teve que passar por dois anos de testes e estudos de caso. E é isso que faz dele um contraponto interessante para o Apple Watch Series 4.

O Series 4 não se destina a ser usada por qualquer pessoa já diagnosticada com fibrilação atrial. É para alertá-lo potencialmente de que você pode ter a doença. Enquanto isso, o HeartGuide é um smartwatch destinado a ajudar pessoas que já sabem que têm pressão alta. "As pessoas que compram esse relógio provavelmente já foram ao médico e foram diagnosticadas com pressão alta", disse Kellogg. Basicamente, este é um smartwatch que pode útil para os seus pais e avós.

Por US$ 500, ele não é exatamente barato. Mas, em termos de utilidade real, parece ser um dispositivo de saúde mais bem pensado do que o Apple Watch. A pressão sanguínea é um assassino silencioso, assim como a fibrilação atrial. Segundo a American Heart Association, 103 milhões de adultos nos EUA têm pressão alta — quase metade da população adulta. No Brasil, entre 20% e 30% da população adulta sofrem com esse problema.

Quando você considera que a pressão sanguínea tende a flutuar ao longo do dia, uma leitura singular no consultório do médico ou na farmácia realmente não representa uma imagem do todo. Dar aos pacientes com pressão alta uma maneira de monitorar de maneira fácil e precisa como seus estilos de vida afetam suas leituras pode ser um fator de mudança.

Saberemos mais sobre a precisão das medições e a duração da bateria quando pudermos testá-lo no ano que vem. Mas, por enquanto, o dispositivo está disponível para pré-venda no site da Omron. Ele será lançado oficialmente na CES, em 8 de janeiro.

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Facebook estaria trabalhando em uma criptomoeda para transferências no WhatsApp

Posted: 21 Dec 2018 04:37 AM PST

Graças ao fluxo incessante de manchetes negativas sobre o Facebook, é compreensível que muitos tenham se esquecido de que a companhia recentemente estava se voltando para as criptomoedas. Mas o plano de moeda digital da gigante das redes sociais supostamente segue de pé, mesmo à medida em que se torna claro que nada online é sagrado.

• Não adianta desligar os serviços de localização, pois o Facebook continua monitorando onde você está
• Facebook deu acesso a mensagens privadas de usuários para Spotify e Netflix

Citando fontes familiarizadas com o assunto, a Bloomberg informou na quinta-feira (20) que a criptomoeda do Facebook, há tanto tempo especulada, está em desenvolvimento e permitirá que os usuários transfiram dinheiro por meio de seu serviço de mensagens criptografadas WhatsApp. Mas não espere que isso aconteça em breve:

A empresa está desenvolvendo uma stablecoin — um tipo de moeda digital indexada ao dólar americano — para minimizar a volatilidade, disseram as pessoas (ouvidas), que pediram para não serem identificadas discutindo planos internos. O Facebook está longe de lançar a moeda, porque ainda está trabalhando na estratégia, incluindo um plano para ativos de custódia, ou moedas comuns que seriam mantidas para proteger o valor da stablecoin, disseram as fontes.

A empresa está atualmente de olho no mercado de remessas na Índia, disse a Bloomberg. Um porta-voz do Facebook disse ao veículo de imprensa que a companhia “está explorando maneiras de aproveitar o poder da tecnologia blockchain” e que sua nova criptomoeda, liderada pelo ex-presidente do PayPal David Marcus está “explorando muitas aplicações diferentes”. Marcus anunciou em maio, no próprio Facebook, que deixaria a equipe de Messenger da empresa para se juntar à divisão de blockchain.

“Depois de quase quatro anos incrivelmente gratificantes liderando o Messenger, decidi que estava na hora de assumir um novo desafio”, disse Marcus na época. “Estou formando um pequeno grupo para explorar a melhor forma de aproveitar a Blockchain no Facebook, começando do zero.”

Uma moeda criptográfica potencialmente iminente não foi a única coisa que colocou o WhatsApp no noticiário desta semana. Citando um relatório de duas ONGs israelenses, o TechCrunch noticiou na quinta-feira que o WhatsApp está agora analisando um problema sério de pornografia infantil criptografada em sua plataforma — um problema que sua empresa-mãe, o Facebook, não conseguiu resolver.

O ano infernal do Facebook continua, mas suas ambições de criptografia parecem permanecer muito vivas.

[Bloomberg, TechCrunch]

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Cruzar os EUA em um carro autônomo foi uma baita irresponsabilidade deste cara

Posted: 21 Dec 2018 04:04 AM PST

Anthony Levandowski — que já trabalhou no Google, onde ele supostamente contribuiu para pelo menos um acidente grave e não alertou a polícia enquanto supervisionava seu programa de carros autônomos, e na Uber, onde supostamente usou segredos roubados do Google e foi demitido após ser processado por isso — está dando uma voltinha por aí de novo.

• Na corrida dos veículos autônomos, Google processa Uber por roubo de patente e projetos
• Uber demite engenheiro acusado de roubar documentos confidenciais do Google

Levandowski alega ter feito a primeira viagem rodoviária cruzando o país em um carro autônomo, sem precisar dirigir. Um Prius o levou de San Francisco a Nova York, passando grande parte do trajeto na Interstate 80, usando seu mais novo software proprietário de veículo autônomo, o Copilot, o próximo produto de sua nova empresa, a Pronto. (Ele será voltado para o mercado de caminhões de longas viagens.)

Ele diz ter tocado o volante apenas durante paradas planejadas, para reabastecer ou descansar. A história, relatada pela primeira vez pelo Guardian, está levantando todos os tipos de questionamentos, como, por exemplo, "por que alguém ainda deixa Anthony Levandowski fazer outra empresa de veículos autônomos?"

É uma conquista tecnologicamente impressionante, se for verdade (embora alguns especialistas citados pelo Guardian sejam muito céticos, o que, dado o passado de Levandowski, não deveria ser surpresa). Levandowski supostamente fez "várias tentativas", chegando a Utah mais de uma vez antes de ser forçado a um desistir da missão e ter que colocar as mãos no volante para evitar uma colisão ou mudar de faixa, e então começar de novo. Levandowski estava no banco do motorista o tempo todo, mas, sobre sua viagem aparentemente bem-sucedida, disse: "Se não houvesse ninguém no carro, teria funcionado."

É também um caso de uma figura do Vale do Silício cuja grande tomada de risco é glorificada como corajosa, recebendo o que parece ser uma fonte infinita de oportunidades tanto da imprensa quanto entre os parceiros da indústria. (A matéria do The Guardian é bastante crítica, mas a maior parte da cobertura subsequente foi focada na conquista técnica.)

Lembre-se, Levandowski foi fundamental para criar uma cultura de imprudência, não apenas no Google, onde ele trabalhou — e onde a segurança se tornou uma preocupação mais predominante — mas na "corrida para ser o primeiro" em toda a nascente indústria de veículos autônomos. Ele teria ignorado as próprias regras do Google sobre quais ruas eram seguras para testar carros autônomos e causou um acidente com outro executivo no carro. Em seguida, ele criou sua própria empresa, a Otto, em que foi acusado de usar segredos roubados de empresas do Google. A Otto acabou comprada pela Uber, de onde ele foi demitido em 2017.

Agora, como ele diz no post anunciando seu novo empreendimento, ele está de volta. "O 'por que' é bastante simples", ele escreve, "estou de volta porque é a paixão da minha vida tornar realidade o potencial de vida dos veículos autônomos." Dado seu histórico passado — o homem é tão apaixonado pela perspectiva de salvar vidas com veículos autônomos que aparentemente esteve disposto a colocá-las em perigo em sérios acidentes de carro — é difícil acreditar que a louca trajetória de Levandowski para construir uma tecnologia automotiva autônoma seja motivada por profundas preocupações com a saúde pública.

Isso — uma jogada publicitária, impressionante ou não, consigo mesmo no cockpit — parece mais um esforço para provar que ele ainda é uma força relevante no campo e contribui pouco para demonstrar que aprendeu alguma coisa com seu comportamento anterior muito criticado. (Seu carro foi parado em Utah, mas não houve acidentes relatados.)

De sua parte, Levandowski me escreveu dizendo que ele chamou o software de "Copilot" por uma razão, em oposição a algo que indicava que seria um sistema autônomo — levantando, talvez, a questão de por que ele escolheu promovê-lo com uma viagem cruzando o país supostamente autônoma.

"Como mencionado no final do vídeo, em nosso blog e em nosso site, nosso nível atual de tecnologia é um sistema de assistência ao motorista de 'Nível 2'", ele me escreveu em um email por meio de um contato de imprensa. "Ele não pode e não funcionará a menos que esteja apenas auxiliando os motoristas totalmente alertas, como a marca 'Copilot' deve sinalizar (cada motorista de veículo ainda é o ‘piloto’ de seu veículo). O produto Copilot traz para o mercado de caminhões as características que antes eram de domínio exclusivo de veículos de passageiros de luxo. Com o tempo, nosso software superior nos permitirá começar a trabalhar em sistemas de nível 4 de uma maneira muito mais segura e escalável, mas ainda não chegamos lá hoje. Acreditamos que o envio de mensagens claras sobre o que a tecnologia pode e não pode fazer, inclusive pela mídia, é um componente crítico da segurança no trânsito, à medida que a tecnologia de direção autônoma é implementada."

No entanto, fazer um teste de acrobacias atravessando o país com um carro pilotado por um novo software pode não ser a melhor maneira de estabelecer que você é uma pessoa confiável que aprendeu com seus erros do passado. Aqui está Levandowski, novamente se atirando de cabeça através das fronteiras estaduais em uma viagem que poderia levantar questões legais — regras de testes de carros autônomos variam de estado para estado, e Levandowski teve que passar por muitos da Califórnia a Nova York. (Levandowski se recusou a responder uma pergunta sobre quais considerações foram feitas sobre a legalidade de sua viagem.)

Depois da minha última matéria sobre a imprudência desnecessária da indústria de carros autônomos, eu recebi algumas respostas que iam pelo caminho de que, bem, a direção feita por humanos já é perigosa o bastante, então será que os carros autônomos são tão piores assim? E o ponto principal é: claro, talvez isso seja verdade. Os carros autônomos poderiam ser muito mais seguros do que aqueles operados por motoristas humanos idiotas, irritados, cansados, ocasionalmente bêbados, então talvez possamos pedir para que, desde o início, as pessoas que os constroem evitem a imprudência e opacidade em sua cultura e em seus sistemas. Levandowski, até o momento, mostrou tudo, menos estar à altura dessa tarefa.

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Por que nos lembramos de alguns sonhos, mas não de outros

Posted: 21 Dec 2018 02:56 AM PST

Se você já acordou à beira de um ataque cardíaco, encharcado de suor e convencido de que nunca vai sobreviver à vergonha de correr pelado pelo centro da cidade, você sabe que alguns sonhos são mais memoráveis ​​do que outros. A maioria dos sonhos, na verdade, parece totalmente imemorável, pelo menos no sentido de que não conseguimos recordá-los. E, no entanto, de vez em quando, um sonho vai ficar com você durante o café da manhã, o dia, o mês, o ano — e se tornará uma lembrança como qualquer outra.

Por que alguns sonhos nos acompanham enquanto o resto desaparece? Para o Giz Pergunta desta semana, entramos em contato com vários neurocientistas, psicólogos e pesquisadores do sono para descobrir quando e por que estamos mais propensos a lembrar de um determinado sonho.

Uma memória perfeita seria um fardo ou um superpoder?

Como constatamos, temos uma boa noção do que causa a lembrança dos sonhos, assim como de como melhorá-la — por isso, se você achar que está lembrando pouco dos seus sonhos ultimamente, leia algumas boas técnicas de retenção.

Katja Valli

Pós-doutoranda na Universidade de Turku, na Finlândia, e professora sênior de neurociência cognitiva na Universidade de Skövde, na Suécia, cuja pesquisa se concentra em estados alterados de consciência e sobre sonhos e sono.

Normalmente, lembramos apenas dos sonhos que tivemos antes de acordarmos pela manhã (ou no meio da noite). Isso pode ocorrer porque, durante o sono, nossos cérebros não parecem capazes de transferir memórias de curto prazo para a memória de longo prazo, e, assim, os sonhos que tivemos no início da noite se dissipam sem deixar vestígios. Mas estudos de laboratório mostram que sonhamos em todos os estágios do sono durante a noite, mas precisamos ser acordados para poder nos lembrar dos sonhos.

O conteúdo dos nossos sonhos também afeta o que nos lembramos. Sonhos muito emocionais, especialmente negativos, são mais bem lembrados que os sonhos "mundanos". Esse viés de memória também existe para memórias acordadas e não é exclusivo dos sonhos.

Os pesadelos costumam ser muito bem lembrados, porque são altamente negativos emocionalmente e nos acordam por serem tão assustadores.

Algumas pessoas naturalmente têm uma boa memória de sonhos e se lembram de seus sonhos quase todas as manhãs; outros mal se lembram deles. Isso decorre, em parte, do seu interesse pelos sonhos: os mais interessados ​​em seus sonhos também se lembram com mais detalhes. A memória dos sonhos pode ser treinada prestando atenção aos seus sonhos: comece a manter um diário de sonhos, e você ficará surpreso com quanto mais sonhos e detalhes deles você consegue lembrar depois de algumas semanas.

"Os mais interessados ​​em seus sonhos também se lembram melhor deles".

Shelby Harris

Professora Clínica Associada da Faculdade de Medicina Albert Einstein e psicóloga clínica licenciada especializada em medicina do sono comportamental.

Eu gosto de pensar no sonho como uma forma de descobrir como processar todas as informações do dia. O cérebro é como um armário de arquivos e, todas as noites — especialmente durante o sono REM (movimento rápido dos olhos) —, ele está tentando criar pastas para guardar memórias, aprender novas habilidades e também descobrir quais documentos devem ser destruídos. Sonhar é uma versão confusa de nossas vidas diárias, refletindo o que está acontecendo enquanto o cérebro tenta codificar as informações e, em seguida, armazená-las no arquivo.

A maioria das pessoas tem dificuldade de lembrar de todos os seus sonhos. Nos primeiros cinco minutos ao acordar, a maioria das pessoas esquece cerca de 50% deles, e os 50% restantes são gradualmente esquecidos nas próximas horas quando começamos o dia.

Às vezes, nos lembramos de sonhos simplesmente porque acordamos no meio deles, se o sonho era particularmente angustiante ou perturbador, ou se você está mais ansioso ou estressado.

Deirdre Barrett

Professora Assistente de Psicologia da Harvard Medical School e autora de The Committee of Sleep e The New Science of Dreaming, entre outros livros.

Se não acordarmos imediatamente de um sonho, ele nunca sairá da nossa memória de curto prazo para ser armazenado na de longo prazo. O neurotransmissor mais importante dessa transferência — a noradrenalina — está em um nível muito baixo durante o sonho, assim como a atividade elétrica nas áreas mais importantes para a memória de longo prazo.

Se acordarmos diretamente de um sonho, teremos alguma chance de lembrar dele. Mesmo assim, os sonhos são mais difíceis de lembrar do que a experiência acordada. Isso ocorre em parte por causa de seus eventos ilógicos, descontínuos e às vezes vagos: um estudo descobriu que sonhos menos coerentes eram mais difíceis para um ouvinte lembrar do que aqueles com fortes emoções e enredos organizados. A outra questão é que, à medida que o cérebro desperta, está começando a ativar as áreas necessárias para o armazenamento a longo prazo.

Existem diferenças individuais que explicam a memória dos sonhos. Dormir bastante é o maior determinante, e as pessoas mais psicologicamente ativas ou interessadas especificamente em sonhos se lembram mais deles. Analisando as diferenças fisiológicas, um estudo de 2014 descobriu que as pessoas com maior fluxo sanguíneo para o córtex pré-frontal medial se lembravam de mais sonhos.

Existem técnicas que podem aumentar o número de sonhos que você lembra. Como mencionado, dormir bastante é o mais importante. Então, assim que você estiver pegando no sono, é bom pensar que você quer se lembrar dos seus sonhos. Deixe que seja o último pensamento enquanto você está apagando.

Mantenha um bloco e caneta ao lado da cama ou um telefone com um aplicativo de gravação de sonho. Quando você acordar não pule para fora da cama nem volte sua atenção para qualquer outra coisa. Mesmo que você não ache que se lembra de um sonho, leve apenas um minuto para ver se existe algum sentimento ou imagem com o qual você tenha acordado — às vezes, um sonho inteiro voltará nesse ponto. Ler e falar sobre sonhos tende a aumentar a lembrança deles. Até mesmo ler essa matéria está aumentando as chances de você se lembrar de um sonho hoje à noite.

“Um estudo descobriu que sonhos menos coerentes eram mais difíceis de lembrar do que aqueles com fortes emoções e enredos organizados.”

Susana Martinez-Conde

Professora de Oftalmologia, Neurologia e Fisiologia e Farmacologia do Centro Médico Downstate da Universidade Estadual de Nova York (SUNY) e autora de Champions of Illusion: The Science Behind Mind-Boggling Images and Mystifying Brain Puzzles, indicada para o Prêmio AAAS/Subaru de Excelência em Ciências de 2019.

Uma parte importante da lembrança dos sonhos é o fato de você acordar no momento em que está tendo um sonho.

Todo mundo sonha todas as noites — mas as pessoas que tendem a lembrar de seus sonhos com mais frequência podem estar acordando durante a fase REM (movimento rápido dos olhos) do sono, que é onde ocorrem os sonhos com conteúdo narrativo. Se você tem sonhos no meio da noite, mas depois passa a ter outras fases de sono sem acordar, então esses sonhos serão inacessíveis para você.

Outro elemento é o impacto emocional do sonho. Com certeza, muitas vezes acordamos e nos lembramos de um sonho que acabamos de ter. Mas os sonhos, mesmo quando nos lembramos deles, tendem a desaparecer rapidamente; não podemos nos apegar à maioria dos detalhes na maior parte do tempo. Se você pensar nos sonhos que teve ao longo de sua vida, provavelmente só consegue descrever meia dúzia. O que lhe resta são os mais vívidos, aqueles que foram especialmente agradáveis ​​ou especialmente assustadores — que tiveram algum impacto emocional em você. E isso tende a ser verdade para nossas memórias em geral — não é provável que nos lembremos do que comemos no café da manhã dez anos atrás, mas é provável que nos lembremos de quase sermos atropelados por um carro.

Stanley Krippner

Professor de Psicologia Humanística e Clínica da Universidade Saybrook.

A maioria dos sonhos é lembrada ao acordar pela manhã. Há duas razões para isso. Uma é o quão recente o sonho é; a outra é que os sonhos que surgem mais tarde nos sonhos noturnos são geralmente mais dramáticos e emocionais, portanto, mais fáceis de lembrar.

Claro, os sonhos podem ser lembrados a qualquer momento. A maioria dos sonhos ocorre durante o sono REM, mas algum tipo de atividade mental acontece durante toda a noite. Quando ele é particularmente dramático e emocional, especialmente no caso de pesadelos, uma pessoa pode acordar de repente e lembrar do sonho.

No entanto, muitas vezes, as crianças experimentam um fenômeno de desenvolvimento chamado de "terror noturno". Isso não ocorre durante o sono de Movimento Rápido dos Olhos (REM, na sigla em inglês) e quase nunca contém conteúdo de um sonho. Os pais, é claro, não sabem a diferença entre terrores noturnos e pesadelos, que as crianças quase sempre lembram.

Quando as pessoas são motivadas a lembrar seus sonhos e mantêm um diário de sonhos ou arquivo de computador com seus sonhos, a lembrança deles tende a ser mais frequente, mesmo antes do período dos sonhos da manhã.

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