Gizmodo Brasil |
- A primeira foto nítida de Ultima Thule revela um formato de boneco de neve
- Brecha permite que hacker reproduza qualquer vídeo do YouTube no Chromecast
- Apple culpa China, dólar forte e troca de baterias por vendas fracas de iPhones
- As formigas também emitem gases de efeito estufa potentes com seu resíduo “industrial”
- China faz história e aterrissa sonda Chang’e 4 no lado oculto da Lua
- As origens improváveis do primeiro computador quântico
- Esta rede neural consegue transformar ovelhas em girafas e mudar peças de roupas
- Netflix remove episódio de série que criticava Arábia Saudita e seus investimentos no Vale do Silício
- O asteroide Bennu agora é o menor objeto já orbitado por uma nave espacial
- Estes sapos-cururu australianos pegaram carona em uma cobra para escapar de tempestade
- Black Mirror: Bandersnatch tem cenas que nem mesmo o diretor da série consegue desbloquear
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A primeira foto nítida de Ultima Thule revela um formato de boneco de neve Posted: 03 Jan 2019 11:56 AM PST A equipe da New Horizons liberou as primeiras imagens de alta resolução do (486958) 2014 MU69, apelidado de Ultima Thule, o objeto mais distante já explorado por uma nave espacial. A New Horizons foi lançada ao espaço em 2006 e chegou ao seu alvo inicial, Plutão, em 2015. A NASA então ampliou a missão para analisar um novo alvo, um objeto do Cinturão de Kuiper, chamado (486958) 2014 MU69, ou MU69. “Ultima Thule” é um apelido temporário até que um nome formal seja selecionado, provavelmente este ano. A sonda atingiu seu novo objetivo no Dia de Ano Novo às 15:33 no horário de Brasília, mas o sinal só alcançou a Terra horas depois. A New Horizons tem enviado fotos borradas do objeto e detectou algumas características estranhas, como nós comentamos – não parecia haver qualquer variação na quantidade de luz que ele refletia. Embora parecesse ter a forma de um pino de boliche, sua estrutura real permanecia nebulosa até agora. Captura de tela: NASATV A nova imagem, que agora é a foto mais distante já tirada, responde a essa pergunta: trata-se de um objeto vermelho muito escuro, de dois lóbulos, com 33 quilômetros de comprimento e 16 quilômetros de largura. Parece ser uma “binária de contato”, uma forma comum de cometas distantes, como lembrado pelo pessoal da Planetary Society. Não está claro como esses formatos se formam, mas acredita-se que elas começam como dois objetos que orbitam um ao outro e com o tempo se fundem. Novos dados confirmaram que o objeto completa uma rotação em cerca de 15 horas ou mais e que ele é muito escuro – apenas de 6% a 13% da luz solar recebida, conforme contou Cathy Olkin, uma cientista planetária do Southwest Research Institute em uma coletiva de imprensa. Os pesquisadores descobriram que a variação inesperadamente baixa na curva de luz se dá por causa da forma – duas esferas têm uma mudança menor em sua área de superfície do ponto de vista da espaçonave do que uma elipse teria. A rocha não tinha crateras de impacto claras. Os objetos do Cinturão de Kuiper, dos quais Plutão é o maior deles, são especialmente interessantes porque se pensa que eles retêm parte do material que originou o Sistema Solar – e esse material estaria intacto após bilhões de anos. Os cientistas da New Horizons começaram a analisar os primeiros dados enviados pela nave espacial. Dados e imagens continuarão a chegar ao longo da missão e deveremos ter novidades em breve. The post A primeira foto nítida de Ultima Thule revela um formato de boneco de neve appeared first on Gizmodo Brasil. |
Brecha permite que hacker reproduza qualquer vídeo do YouTube no Chromecast Posted: 03 Jan 2019 10:29 AM PST Hackers descobriram um bug que permite a invasores assumir o controle de um Chromecast, possibilitando que o dispositivo “reproduza qualquer vídeo do YouTube que desejarem – inclusive vídeos feitos sob medida”, como aponta o TechCrunch. O bug explora uma vulnerabilidade bem conhecida: roteadores com Universal Plug and Play [UPnP] ativado por padrão, que expõe os dispositivos em uma rede à web mais ampla). Aparentemente, há ainda uma falha no design do Chromecast, que permite que qualquer pessoa possa acessar o dispositivo para “sequestrar o fluxo de mídia e exibir o que quiser”, sem autenticação. O TechCrunch acrescenta que este último bug é conhecido há anos e que foi revelado por pesquisadores de segurança em 2014:
De acordo com a TechCrunch, a nova vulnerabilidade foi descoberta por um hacker conhecido como Hacker Giraffe. Ele usou a técnica para forçar milhares de Chromecasts a reproduzir um vídeo que avisava: “O SEU Chromecast/Smart TV está exposto à internet pública e está expondo informações confidenciais sobre você!” No final da mensagem havia um link para que os usuários soubessem mais sobre a vulnerabilidade do UPnP e com informações sobre como se proteger:
Ele também pediu para que as pessoas se inscrevessem no canal do YouTuber PewDiePie. O Hacker Giraffe, inclusive, é a pessoa por trás do ataque que sequestrou dezenas de milhares de impressoras para imprimir uma mensagem que dizia: “PewDiePie está com problemas e ele precisa da sua ajuda para derrotar a T-Series!”. O TechCrunch observou que a brecha pode ser utilizada para realizar uma série complicada de ataques, incluindo a reprodução de comandos de voz voltada para um alto-falante inteligente, permitindo que os invasores mexessem em qualquer conta ou dispositivo conectado à casa. Como já comentamos, “o UPnP tem um longo histórico de ser explorado por hackers, muitas vezes expondo dispositivos que deveriam ser visíveis apenas localmente. A Akamai informou no ano passado que o UPnP estava sendo usada por hackers para ocultar o tráfego em uma ‘campanha de abuso organizado e generalizado'”. Um ataque recente usando uma vulnerabilidade do UPnP incorporou a falha do EternalBlue, que foi descoberta pela Agência de Segurança Nacional (NSA) e que vazou em 2017. Em nota, o Google reconheceu que recebeu relatos de que o vídeo estava surgindo em alguns Chromecasts, mas alegou que “esse não é um problema específico do Chromecast, mas sim o resultado de configurações de roteador que tornam dispositivos inteligentes, incluindo o Chromecast, acessíveis ao público”. The post Brecha permite que hacker reproduza qualquer vídeo do YouTube no Chromecast appeared first on Gizmodo Brasil. |
Apple culpa China, dólar forte e troca de baterias por vendas fracas de iPhones Posted: 03 Jan 2019 09:24 AM PST Tim Cook avisou nesta quarta-feira (2), que a Apple diminuiu a sua expectativa de receitas para o primeiro trimestre de 2019. Em outras palavras, a Apple deve ganhar menos do que previu anteriormente – além disso, a companhia culpa a China. Apesar do alerta, a Apple espera gerar apenas US$ 84 bilhões de receitas neste trimestre. Sim, US$ 84 bilhões parece muito dinheiro, especialmente se considerarmos que a Apple estima seus custos operacionais trimestrais em cerca de US$ 8,7 bilhões. Apesar disso, se compararmos com a previsão anterior, é possível notar uma queda significativa (a projeção era entre US$ 89 bilhões e US$ 93 bilhões em receitas). Esse rato alerta foi o suficiente para que as ações da Apple parasse de ser negociada após o horário comercial. Quando a negociação foi retomada 20 minutos depois, a queda registrada foi de mais de 7%. Em uma entrevista concedida à CNBC, publicada logo após o posicionamento aos investidores, Tim Cook culpou alguns fatores para a nova projeção. “Se você olhar para os nossos resultados, nosso déficit é de mais de 100% do iPhone, e principalmente na China”, disse o CEO da companhia. “Está claro que a economia começou a desacelerar no segundo semestre, e acredito que as tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China pressionaram ainda mais a economia”. Segundo Cook, a China e Trump são um pouco culpados pelo fato de a Apple não ganhar tanto dinheiro quanto o esperado. Essa questão foi aprofundada na carta enviada aos investidores, apontando que PIB da China desacelerou significativamente no segundo semestre de 2018, o que pode explicar uma redução nas vendas de iPhones no ano passado naquela região. O executivo citou ainda "aumentos de preço devido ao dólar forte" – quase que uma admissão de que os aparelhos estão muito caros – e comentou também sobre o programa de substituições de bateria que aconteceu no ano passado, que reduziu de R$ 449 para R$ 149 após o episódio que revelou que a companhia diminuía a performance dos celulares conforme a bateria se degradava. A companhia prevê que menos pessoas comprem iPhones e por isso eles têm um plano: transferência de foco para novas áreas de crescimento, como serviços assinaturas da Apple Music e outros). Cook ressaltou que outros produtos, excluindo o iPhone, “combinadas, [devem] crescer quase 19% ano após ano”. Todo esse cenário não é uma grande surpresa. A companhia fez campanhas de marketing pesadas e até algumas promoções para aumentar as vendas dos iPhones durante o período de final de ano – ou seja, eles já estavam observando algum declínio. É um sinal de que o modelo de negócios da Apple pode mudar caso as vendas dos iPhones não se recuperem. É um sinal também de que a companhia tem falhado em seus lançamentos e não tem deixado tantas pessoas animadas com um novo modelo. Cook parece estar ciente da percepção de desaceleração na inovação dos produtos da marca e sabe também que as vendas têm caído. Em sua carta, o CEO disse: “A Apple inova como nenhuma outra empresa no mundo, e nós não estamos tirando o pé do acelerador”. O que isso quer dizer? Cook não detalhou exatamente o que a Apple iria fazer em termos de novidades, mas disse isso:
Portanto, a Apple não pode dobrar a economia global à sua vontade, mas vai facilitar a troca do seu telefone antigo por um novo e garantir que você não perca nenhum de seus contatos. O que é uma interpretação estranha de inovação, mas uma experiência mais agradável na Apple Store soa muito melhor do que um headset de realidade aumentada. Mais barato, também (para eles). The post Apple culpa China, dólar forte e troca de baterias por vendas fracas de iPhones appeared first on Gizmodo Brasil. |
As formigas também emitem gases de efeito estufa potentes com seu resíduo “industrial” Posted: 03 Jan 2019 07:59 AM PST Uma nova pesquisa mostra que pilhas de resíduos produzidos por formigas-cortadeiras emitem quantidades significativas de óxido nitroso, um potente gás de efeito estufa. • Estes sapos-cururu australianos pegaram carona em uma cobra para escapar de tempestade Reações químicas dentro das pilhas de resíduos orgânicos produzidos pelas formigas-cortadeiras criam quantidades abundantes de óxido nitroso, de acordo com uma nova pesquisa publicada na quarta-feira (2) na revista científica Proceedings of the Royal Society B. Esses insetos esforçados não estão contribuindo para o aquecimento global na escala das atividades humanas, mas seus comportamentos estão alterando fundamentalmente a composição e a função das florestas tropicais, incluindo a forma como os nutrientes são transportados e reciclados. As formigas-cortadeiras são insetos herbívoros dominantes e onipresentes nas Américas Central e do Sul. Esses insetos conseguem sugar a seiva das folhas para aumentar rapidamente a energia, mas o verdadeiro objetivo da colheita de folhas é alimentar os fungos que crescem em seus ninhos. As formigas-cortadeiras são agricultoras de insectoides, cultivando fungos para alimentar as suas colônias. Incrivelmente, elas podem remover até 8% da folhagem florestal viva a cada ano, tornando-as verdadeiras influenciadoras do ambiente, afetando tanto a estrutura como a função da floresta. Porém, como qualquer processo de escala industrial, essa atividade agrícola resulta em resíduos. As formigas-cortadeiras não gostam de deixar lixo por aí e, por isso, desenvolveram um sistema pelo qual fungos mortos, folhas podres e restos de formigas mortas são lançados no topo de um aterro, longe da colônia. Esse comportamento cria uma espécie de pilha de compostos cheia de matéria orgânica, preparando o terreno para processos químicos complexos. O carbono e o nitrogênio contidos nesses aglomerados de resíduos interagem para produzir uma quantidade surpreendente de óxido nitroso, como mostra a nova pesquisa. Pilha de resíduos produzidos por formigas-cortadeiras. Imagem: F. M. Soper et al., 2019/Proceedings of the Royal Society B Para o novo estudo, a entomologista Fiona Soper, da Universidade de Montana (agora na Universidade Cornell, em Nova York), e seus colegas viajaram para uma floresta tropical no sudoeste da Costa Rica. A equipe de Soper estudou as pilhas de lixo produzidas pela espécie Atta colombica, uma espécie de formiga-cortadeira. No total, os pesquisadores mediram as emissões de 22 depósitos de lixo de colônias em uma área de quatro quilômetros quadrados. Os resultados mostraram que cada pilha era um ponto importante de óxido nitroso na floresta tropical. Individualmente, esses locais de resíduos não produzem uma grande quantidade de gases de efeito estufa, mas, coletivamente, sim. A equipe estima que 350 gramas de óxido nitroso são produzidos por hectare a cada ano, o que supera as “emissões de fundo em mais de três ordens de magnitude”, escreveram os pesquisadores no estudo, acrescentando que os níveis eram comparáveis aos de “sistemas projetados, como tanques de tratamento de águas residuais”. Esses pontos importantes de óxido nitroso produzem gás em taxas muito maiores do que qualquer outra coisa que poderia ser produzida sem a intervenção das formigas, como a topografia ou a umidade do solo, escreveram os pesquisadores. É importante ressaltar que o estudo foi limitado a uma pequena área geográfica; a quantidade de gás produzido em outros locais de formigas-cortadeiras pode variar. No futuro, os cientistas devem realizar pesquisas semelhantes em outras partes das Américas Central e do Sul para saber mais e calcular a contribuição global total das emissões de óxido nitroso feitas pelas formigas-cortadeiras. Como os pesquisadores escreveram no estudo, essas formigas “podem representar uma fonte não reconhecida de gases de efeito estufa em toda a Região Neotropical”. Conforme apontado, a quantidade de óxido nitroso produzido por essas formigas não deve afetar o clima global, mas fica claro por esse estudo que, apesar de seu tamanho diminuto, elas são uma verdadeira força da natureza. [Proceedings of the Royal Society B via New Scientist] The post As formigas também emitem gases de efeito estufa potentes com seu resíduo “industrial” appeared first on Gizmodo Brasil. |
China faz história e aterrissa sonda Chang’e 4 no lado oculto da Lua Posted: 03 Jan 2019 06:20 AM PST A Administração Espacial Nacional da China (AENC) aterrissou a sonda lunar Chang’e 4 no lado oculto da Lua, informou a imprensa chinesa na quarta-feira (2) — marcando a primeira vez que alguma espaçonave conhecida pousou na metade mais distante do satélite, que não pode ser vista da Terra. • O asteroide Bennu agora é o menor objeto já orbitado por uma nave espacial De acordo com a agência de notícias Xinhua (rede de mídia estatal), a sonda Chang’e 4 foi lançada do Centro de Lançamento de Satélite Xichang, na província de Sichuan, em um foguete Longa Marcha 3B em 8 de dezembro de 2018 e tem orbitado a Lua desde 12 de dezembro. A missão levou um pousador e um rover, enquanto seu satélite de retransmissão Queqiao “está operando na órbita Halo em torno do segundo Ponto de Lagrange (L2) do sistema Terra-Lua”, acrescentou a Xinhua. A emissora estatal chinesa CGTN publicou no Twitter uma imagem que dizia ser a “primeira foto do mundo do lado mais distante da Lua”.
Parece ter havido uma confusão anterior sobre se o pouso realmente havia acontecido em determinado momento, já que as mídias estatais China Daily e CGTN excluíram tweets comemorando o feito na noite passada. No entanto, outros meios de comunicação chineses, incluindo a Televisão Central da China e o Global Times, de propriedade do Partido Comunista da China, confirmaram mais tarde que a Chang’e 4 tinha aterrissado na superfície lunar, segundo o Guardian. A Lua tem sua órbita ao redor da Terra sincronizada com sua velocidade de rotação — significando que o lado mais distante está sempre apontando para longe do nosso planeta. Ao contrário de seu apelido popular, o lado mais distante da Lua não é escuro; ele recebe tanta luz solar quanto seu lado voltado para a Terra. De acordo com a National Geographic, embora a AENC esteja sendo sigilosa, relatórios anteriores indicavam que a agência espacial estava visando a cratera Von Kármán, localizada na Bacia do Polo Sul-Aitken da Lua, que é “uma área baixa de mais de 2.400 km que cobre quase um quarto da superfície da Lua“, além de uma das maiores crateras de impacto conhecidas no Sistema Solar. As prioridades para a nave e sua equipe de controle na Terra incluem experimentos em rádio de baixa frequência, crescimento de plantas em baixa gravidade e a relação entre os ventos solares e a superfície da Lua, assim como determinar “se há água ou outros recursos nos polos”, segundo a CNN. Os sinais não podem passar através da Lua até o local de pouso, o que significa que o satélite de retransmissão é o único método de comunicação — embora isso o torne ideal para uma série de experimentos interessantes e possa preparar o caminho para futuras missões chinesas, escreveu a CNN:
Como observou a CNN, o último aterrissador do programa espacial chinês, o Yutu, saiu de operação em 2016 depois de fazer história como a primeira espaçonave de uma nação que não os Estados Unidos ou a Rússia a fazer um pouso lunar (outros objetos artificiais aterrissaram na Lua, como orbitadores extintos). O projetista-chefe do programa de sondas lunares da China, Wu Weiren, disse que a missão trouxe informações valiosas para o projeto do Chang’e 4, segundo a CNN. Vários dos instrumentos a bordo do Chang’e 4 foram usados anteriormente no lander Yutu. “É realmente um momento histórico, e estou muito animado”, disse o geocientista planetário da Universidade de Geociências da China Long Xiao, em um e-mail para a National Geographic. “Com a aterrissagem bem-sucedida e as fotos tiradas tanto pelo lander quanto pelo rover em breve, estou ansioso para ver a verdadeira face do lado oculto!” The post China faz história e aterrissa sonda Chang’e 4 no lado oculto da Lua appeared first on Gizmodo Brasil. |
As origens improváveis do primeiro computador quântico Posted: 03 Jan 2019 04:19 AM PST Em 1998, duas equipes publicaram artigos com os resultados dos primeiros cálculos quânticos. No entanto, os primeiros computadores quânticos não eram computadores. Eram equipamentos bioquímicos que utilizavam a mesma ciência que estava por trás das máquinas de imagem por ressonância magnética. Você pode pensar em computação quântica como uma corrida entre empresas de tecnologia para a construção de um poderoso dispositivo de processamento que tornará a inteligência artificial mais real, revolucionará a medicina e será capaz de quebrar a criptografia que protege nossos dados. E, de fato, os protótipos dos computadores quânticos do final da década de 1990 nos levaram indiretamente aos computadores quânticos desenvolvidos pelo Google e pela IBM. Mas não foi assim que tudo começou – na verdade, os responsáveis foram físicos que estavam mexendo com equipamentos matemáticos e bioquímicos por curiosidade. “Não foi motivado de forma alguma pela criação de computadores melhores”, conta Neil Gershenfeld, diretor do Centro de Bits e Átomos do MIT e membro de uma das duas equipes que realizaram, pela primeira vez, experimentalmente, algoritmos quânticos. “O motivo era entender se o universo computa e como o universo computa.” Pra que computação quântica?Computadores são sistemas que iniciam com uma entrada e, a partir disso, aplicam uma série de instruções para que se obtenha uma saída. Os computadores de hoje traduzem entradas, instruções e saídas em interruptores, chamados bits, que são iguais a zero ou um e cujos valores controlam outros interruptores. Há muito tempo, os cientistas usam computadores para simular as leis da física, com a expectativa de entender melhor como o universo funciona – por exemplo, você pode simular até onde uma bola vai, com base em seu ponto de partida e no quão rápido ela é lançada. Mas usar bits para simular a física não fazia muito sentido para o famoso físico Richard Feynman, uma vez que as leis da física na menor escala estão enraizadas em um conjunto de regras chamadas de mecânica quântica. “A natureza não é clássica, puxa, e, se você quiser fazer uma simulação da natureza, é melhor torná-la mecânica quântica”, disse Feynman em uma conferência de 1981 que ficou bastante famosa. Um pequeno grupo de cientistas criou teorias sobre o uso dessas regras para criar simulações melhores durante a década seguinte. Em vez de interruptores, os bits da simulação quântica são ondas de partículas duplas da mecânica quântica. Cada bit quântico ainda estaria restrito a duas possibilidades, mas, como ondas, elas podem assumir qualquer um desses estados simultaneamente com diferentes forças, interagindo umas com as outras como ondas oceânicas – amplificando a força de certas combinações de escolhas ou cancelando combinações. Porém, uma vez que esses bits quânticos são medidos, cada um deles imediatamente se encaixa em um único estado. Essas forças, ou amplitudes, traduzem-se na probabilidade de ter cada resultado. No início da década de 1990, “as pessoas pensavam que a computação quântica era basicamente maluca, e muitos tinham (supostamente) provado que ela nunca poderia funcionar”, conforme conta Jonathan Jones, professor de física da Universidade de Oxford e que foi um dos primeiros a executar algoritmos quânticos em um computador quântico real. As pessoas pensavam que se tratava apenas de uma curiosidade criada por físicos teóricos que se perguntavam se poderiam entender o próprio universo na linguagem dos computadores. Também parecia que a delicadeza da mecânica quântica – o fato de que qualquer pequeno empurrão poderia rapidamente romper qualquer bit quântico (qubits) e transformá-lo em partículas de estado único – a tornaria impossível de se realizar. Virada no jogoDois acontecimentos marcantes acabaram com essas ideias. O físico Peter Shor revelou um algoritmo em 1994 que mostrava que um computador baseado em qubits poderia fatorar grandes números de forma quase que exponencialmente mais rápida do que os melhores algoritmos baseados em bits. Se os cientistas pudessem inventar um computador quântico avançado o suficiente para executar o algoritmo, ele poderia quebrar sistemas de criptografia modernos, já que é fácil para os computadores clássicos multiplicar dois grandes números primos juntos, mas muito, muito difícil de levar o resultado de volta aos primos. O segundo ponto importante veio em meados dos anos 1990, quando os físicos começaram a desenvolver a correção de erros – a ideia de espalhar um único qubit de informação por meio de uma série de qubits correlacionados para diminuir os erros. Mesmo assim, o campo era limitado, e os físicos com quem conversamos discutiam suas ideias em conferências nas quais a maioria dos cientistas de computação quântica do mundo caberia numa única sala. Intersecção de camposOs precursores da computação quântica, como Charlie Bennett, Isaac Chuang, Seth Lloyd e David DiVincenzo, tinham muitas ideias que se espalharam rapidamente na comunidade. Quase simultaneamente, vários grupos independentes perceberam que a indústria médica e bioquímica há muito tempo usava um computador quântico na pesquisa – via Ressonância Magnética Nuclear, ou NMR. NMR, a tecnologia por trás da ressonância magnética, geralmente consiste em uma molécula de interesse dissolvida em um solvente líquido e colocada em um forte campo magnético. Os núcleos dos átomos nessas moléculas têm uma propriedade mecânica quântica inata chamada “spin”, que é basicamente a menor unidade de informação magnética e pode estar em qualquer um dos dois estados, “para cima” ou “para baixo”. Esses “spins” se alinham com a direção do campo. Na medicina e na bioquímica, os cientistas atingem as moléculas com campos magnéticos oscilantes adicionais menores, chamados pulsos de radiofrequência, fazendo com que os átomos libertem sinais característicos que oferecem informações físicas sobre a molécula. As máquinas de ressonância preferivelmente usam esse sinal para criar uma imagem. Os físicos perceberam que poderiam tratar certas moléculas nesse campo magnético como computadores quânticos, onde os núcleos serviriam como qubit, os estados de spin seriam valores qubit, e os pulsos de radiofrequência seriam simultaneamente as instruções e os controladores. Essas são as operações dos computadores quânticos, também chamados de portas lógicas, assim como são chamados nos computadores clássicos. “Em um sentido, a ressonância magnética nuclear estava realmente à frente de outros campos durante décadas,” disse Jones, um bioquímico que se juntou ao físico Michele Mosca para executar um dos primeiros cálculos quânticos. “Eles tinham feito portas lógicas nos anos 1970. Eles simplesmente não sabiam o que estavam fazendo e não chamavam de portas lógicas.” Os primeiros algoritmos quânticosFísicos como Chuang, Gershenfeld e David Cory publicaram trabalhos detalhando como descobriram esses dispositivos em 1997. Um ano depois, duas equipes, uma com Jones e Mosca e outra com Chuang e Mark Kubinic, fizeram os algoritmos quânticos. O primeiro consistiu em moléculas de citosina em que dois átomos de hidrogênio tinham sido substituídos por átomos de deutério – hidrogênio com um nêutron. O último usou moléculas de clorofórmio. Eles prepararam os qubits em estados iniciais, executaram um cálculo aplicando um pulso de radiofrequência especialmente criado e mediram os estados finais. Nós não ouvimos muito sobre computadores quânticos NMR hoje em dia. Isso porque os físicos sabiam que a técnica tinha seus limites, e todo mundo com quem conversei mencionou isso. Mais qubits significaria moléculas mais especialmente criadas. As técnicas se baseavam em gambiarras, de tal forma que cada qubit adicional tornaria mais difícil tirar o sinal do ruído de fundo. “Ninguém pensou que isso seria usado para mais do que uma demonstração”, disse Jones. A técnica simplesmente não teria escala para além de alguns resultados. Ainda assim, eram experiências importantes, e os físicos ainda conversam sobre elas. As máquinas NMR continuam a ser cruciais para a bioquímica e ainda têm um lugar na tecnologia quântica. Mas esse trabalho inicial deixou um impacto importante e indireto no campo. Repercussão nos dias de hojeA ciência por trás desses pulsos de radiofrequência tem tido repercussão nos computadores quânticos que o Google, a IBM e outras empresas desenvolveram, sempre com o objetivo de controlar os qubits. Os computadores quânticos que executam o algoritmo de Shor ainda estão a décadas de distância, mas as empresas começaram a mostrar dispositivos reais com dezenas de qubits que podem realizar cálculos rudimentares e claramente quânticos. Charlie Bennet, consultor da IBM e veterano em computação quântica, explicou que esses experimentos não eram descobertas enormes por si só, e, na verdade, a comunidade NMR vinha avançando em sua própria ciência, antes da computação quântica aparecer. Os físicos com quem falei explicaram que ninguém “ganhou” e que não houve “corrida” no final da década de 1990. Em vez disso, foi um ponto de transição ao longo de uma estrada de avanços incrementais, um ponto no tempo em que grupos de cientistas vieram a perceber que os seres humanos tinham a tecnologia para controlar estados quânticos e usá-los para computações. “A ciência é sempre assim. Toda a evidência é mais importante do que quase qualquer outro artigo”, disse Bennett. “Há descobertas importantes – mas estas raramente ocorrem em artigos individuais.” Saiba mais: The post As origens improváveis do primeiro computador quântico appeared first on Gizmodo Brasil. |
Esta rede neural consegue transformar ovelhas em girafas e mudar peças de roupas Posted: 02 Jan 2019 12:06 PM PST Usar machine learning (aprendizado de máquina) para trocar uma imagem por outra não é novidade. No entanto, é só pedir para que sistemas façam algo um pouco mais complicado do que uma simples troca de rosto e os resultados são terríveis. Agora, pesquisadores afirmar ter desenvolvido uma técnica que produz imagens muito mais convincentes, mesmo em cenários complexos. Segundo eles, a inteligência artificial é capaz de trocar calças por saias, copos por garrafas, ou um rebanho de ovelhas por várias girafas. Os cientistas do Instituto Avançado da Coreia para Ciência e Tecnologia e da Universidade de Pohang de Ciência e Tecnologia afirmam que a técnica, batizada de InstaGan, se destaca pela capacidade de lidar com alterações nas formas e por conseguir alterar vários elementos de imagem ao mesmo tempo. O método, baseado em redes geradoras de adversários (GANs, na sigla em inglês), processa informações de instâncias, como a capacidade de identificar objetos e limites em imagens. Em seu artigo, os pesquisadores escrevem que acreditam ser os primeiros a desenvolver tal técnica em imagens mais complexas. Os resultados são bastante impressionantes. Mulheres em fotos em um cenário cheio de informações têm suas calças trocadas por saias sem nenhuma mudança discernível no fundo. Mas o resultado não é completamente impecável: as pernas estão um pouco desfocadas. Imagem: Sangwoo Mo, Minsu Cho, Jinwoo Shin As imagens que mostram como o sistema troca várias ovelhas por girafas são mais impressionantes. Tanto o fundo quanto os animais parecem realistas, especialmente se comparados a outros sistemas que tentam fazer a mesma coisa. Os pesquisadores fizeram questão de contrastar a técnica com métodos anteriores, que produzem alguns híbridos de ovelhas-girafa ou ovelhas aparentemente sem cabeça. Os pesquisadores apontam uma série de possibilidades de uso. Os exemplos de troca de peças roupas, por exemplo, podem ser usados por pessoas interessadas em comparar diferentes itens em uma loja virtual. Eles também observam que essa pesquisa pode se aplicar à tradução automática neural – o processo de usar inteligência artificial para prever o que as palavras podem vir a seguir em uma frase – e na geração de vídeos. Naturalmente, existem formas nefastas de se usar essa tecnologia. A partir do momento que temos um sistema capaz de gerar conteúdo falso que convence as pessoas, as preocupações com o uso intencional dessas técnicas aumentam. Tais ferramentas já existem – e estão sendo exploradas de forma negativa – mas essa provavelmente será usada para ajudar a promover o trabalho de outros pesquisadores bem intencionados. The post Esta rede neural consegue transformar ovelhas em girafas e mudar peças de roupas appeared first on Gizmodo Brasil. |
Posted: 02 Jan 2019 10:59 AM PST A Netflix removeu um episódio do programa Patriot Act, do comediante Hasan Minhaj, do catálogo de streaming na Arábia Saudita em meio à pressão do governo local. O episódio, que foi disponibilizado mundialmente em 28 de outubro de 2018, critica líderes governamentais por causa da morte do repórter Jamal Khashoggi, do Washington Post, pela guerra no Iêmen e pelos investimentos de bilhões de dólares vindos da Arábia Saudita em direção ao Vale do Silício. • Black Mirror: Bandersnatch tem cenas que nem mesmo o diretor da série consegue desbloquear A decisão da Netflix de remover o episódio foi inicialmente noticiada pelo Financial Times, mas o capítulo ainda está disponível no YouTube na Arábia Saudita. O YouTube é de propriedade do Google, e não está claro se o site recebeu um pedido para remover o episódio também. O Google não respondeu imediatamente ao pedido de entrevista do Gizmodo, mas a Netflix disse à rádio norte-americana NPR: “Apoiamos firmemente a liberdade artística e removemos este episódio apenas na Arábia Saudita depois de termos recebido um pedido legal válido — e para cumprir a lei local”. Qual lei local? As autoridades sauditas citaram uma lei sobre “produção, preparação, transmissão ou armazenamento de material que afeta a ordem pública, valores religiosos, moral pública e privacidade, através da rede de informação ou computadores”. Portanto, praticamente qualquer coisa que o governo considere inaceitável. A Arábia Saudita já ameaçou anteriormente qualquer pessoa que espalhasse “notícias falsas” com cinco anos de prisão. O episódio de Patriot Act sobre a Arábia Saudita é extremamente crítico em relação ao assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, que foi morto dentro do consulado saudita em Istambul, na Turquia, em 2 de outubro. Khashoggi, que havia criticado o governo em vários de seus textos, foi atraído para o consulado por agentes do governo que teriam drogado o repórter e cortado seu corpo em pedaços enquanto sua noiva esperava do lado de fora. Seus restos mortais nunca foram encontrados, embora o governo turco acredite ter vídeo do corpo desmembrado sendo levado do prédio em vários sacos. Mas a polêmica em torno do episódio não é apenas sobre Khashoggi. Minhaj também mergulha nas conexões do governo saudita com o poder nos Estados Unidos, inclusive com muitos na indústria de tecnologia. E Minhaj faz muitas piadas às custas do Vale do Silício durante o programa. “Os sauditas efetivamente possuem 10% da Uber, o que faz todo o sentido”, diz Minhaj no episódio. “Arábia Saudita e Uber são ambos lugares em que as mulheres motoristas não se sentem seguras.” “As empresas de tecnologia estão nadando em mais dinheiro saudita do que uma concessionária Bugatti em Beverly Hills”, continuou Minhaj. “Todas essas empresas receberam investimentos sauditas, por meio de uma companhia japonesa chamada Softbank”, explica Minhaj, enquanto logotipos de empresas como Slack, WeWork e DoorDash aparecem atrás do apresentador. Minhaj prossegue, explicando que o príncipe herdeiro saudita Mohammad bin Salman (comumente chamado de MBS) investiu cerca de US$ 11 bilhões no Vale do Silício desde 2016. Então, sim, os líderes na Arábia Saudita provavelmente estão irritados com o fato de o episódio discutir a guerra no Iêmen e a morte de Khashoggi, mas também há provavelmente muita preocupação sobre o novo escrutínio envolvendo o dinheiro sujo de sangue que está sendo colocado diretamente nas empresas de tecnologia americanas. Vários CEOs americanos de alto escalão, incluindo o CEO da Uber, se retiraram de uma grande conferência de tecnologia saudita em outubro passado, embora seja interessante ver quanto tempo a aversão ao dinheiro saudita realmente dura. Por sua parte, o governo norte-americano não parece ter nenhum problema real com a Arábia Saudita, apesar de as agências de inteligência americanas acreditarem que MBS tenha ordenado diretamente a morte de Khashoggi. Na verdade, o presidente norte-americano, Donald Trump, não tem nenhum problema com o assassinato cometido pelos sauditas, contanto que seus interesses financeiros sejam atendidos. “É uma equação muito simples para mim. Estou prestes a tornar a América grande novamente e eu sempre priorizo a América”, disse Trump no mês passado sobre a relação dos EUA com a Arábia Saudita. É bom lembrar que Trump nunca divulgou suas declarações de impostos, e não há como saber se ele atualmente tem algum interesse financeiro pessoal no reino saudita. Os críticos do presidente têm se concentrado amplamente em sua possível relação financeira com a Rússia, mas há inúmeros outros países com os quais ele pode ter conflitos de interesse. O site de notícias canadense Global News tem um bom resumo do que já sabemos:
“Podemos nunca saber todos os fatos em torno do assassinato do Sr. Jamal Khashoggi”, disse Trump em comunicado no final do ano passado. “De qualquer forma, nossa relação é com o Reino da Arábia Saudita. Eles têm sido um grande aliado em nossa luta muito importante contra o Irã.” The post Netflix remove episódio de série que criticava Arábia Saudita e seus investimentos no Vale do Silício appeared first on Gizmodo Brasil. |
O asteroide Bennu agora é o menor objeto já orbitado por uma nave espacial Posted: 02 Jan 2019 09:06 AM PST O novo ano trouxe marcos importantes para duas missões espaciais – mas apenas uma delas trata da própria sobrevivência da espécie humana. A OSIRIS-REx, a nave espacial da NASA que visita o asteroide Bennu, realizou uma queima de oito segundos de seu propulsor, colocando a nave em órbita ao redor do asteroide. Ou seja: Bennu é o menor objeto que uma nave espacial já orbitou. A OSIRIS-REx estava a caminho de asteroide desde maio de 2016 e chegou no início do mês passado. A nave orbitará a cerca de 1,5 quilômetro do centro do asteroide, de acordo com um comunicado publicado pela equipe da OSIRIS-REx. Orbitar em um objeto tão pequeno é um trabalho árduo. Como já escrevemos, os asteroides têm campos gravitacionais leves e desiguais. E de fato, os cientistas da OSIRIS-REx não tinham uma órbita final totalmente planejada até chegarem ao Bennu. Desde então, a sonda voou sobre o asteroide várias vezes para fazer uma espécie de mapeamento, antes de se preparar para a realização da manobra de inserção. Ainda assim, a equipe da OSIRIS-REx precisará continuar ajustando a nave para mantê-la em órbita. É sempre emocionante chegar a um novo objeto do sistema solar. Duas missões alcançaram marcos importantes na véspera e no dia do Ano Novo: a OSIRIS REx orbitou Bennu, e a New Horizons voou pelo Kuiper Belt Object (486958) 2014 MU69, apelidado de Ultima Thule, o objeto mais distante já explorado por uma missão construída por humanos. Eu, particularmente, estou mais interessado na OSIRIS-REx. Basicamente porque os asteroides podem contar segredos sobre o ambiente em que o nosso planeta se formou. Além disso, os asteroides podem conter a água ou os metais preciosos que um dia poderão servir para a exploração numa eventual viagem espacial. Por fim Bennu é um objeto potencialmente perigoso, o que significa que seu tamanho e trajetórias futuras o tornam digno de estudos para o caso de alguma dia ameaçar colidir com a Terra. A OSIRIS REx explorará esses três tópicos e muito mais. A OSIRIS-REx mapeará o asteroide para criar modelos 3D que ajudarão a equipe a se preparar para 2020, quando a sonda tentará aterrissar na superfície dele para coletar amostras. A OSIRIS-REx está programada para retornar à Terra em 2023. Saiba mais: The post O asteroide Bennu agora é o menor objeto já orbitado por uma nave espacial appeared first on Gizmodo Brasil. |
Estes sapos-cururu australianos pegaram carona em uma cobra para escapar de tempestade Posted: 02 Jan 2019 07:50 AM PST A foto abaixo, capturada por Andrew Mock, de Kununurra, no norte da Austrália, mostra dez sapos-cururu resistindo a uma tempestade que despejou quase 70mm de chuva subindo às costas de uma píton de aproximadamente 3,5 metros, segundo informou o Guardian na segunda-feira (31).
(“68mm [de chuva] caíram na última hora em Kununurra. Tirei todos os sapos-cururu da represa do meu irmão. Alguns deles pegaram o caminho mais fácil — pegando carona na traseira de uma píton de 3.5m.”) O jornal escreveu que a cena bizarra foi inicialmente descoberta pelo irmão de Andrew Mock, Paul Mock. Pouco depois, eles rapidamente tiraram uma foto da cobra:
De acordo com Jodi Rowley, curadora da Amphibian & Reptile Conservation Biology no Museu Australiano, os sapos-cururu em questão podiam estar menos interessados em escapar da chuva e mais em desesperadamente tentar transar com a cobra.
(“Sapos-cururu machos [Rhinella marina] podem muitas vezes ser um pouco ansiosos *demais* para acasalar! Eles estão todos tentando acasalar com a pobre píton de oliva [Liasis olivaceus]!”)
(“Sapos-cururu machos muitas vezes ficam um pouco entusiasmados. Este vídeo INCRÍVEL me lembra da vez que eu encontrei um sapo-cururu tentando acasalar com uma manga em decomposição na região norte de Queensland!”) Os sapos-cururu não são nativos da Austrália. Eles foram levados ao país na década de 1930, numa tentativa desorientada de eliminar as infestações de besouros de plantações de cana de açúcar. Isso não funcionou, mas os sapos se reproduzem rapidamente e são altamente adaptáveis, e cada etapa de seu ciclo de vida, dos ovos à idade adulta, está repleta de um potente veneno que “pode causar batimentos cardíacos acelerados, salivação excessiva, convulsões e paralisia e pode resultar em morte para muitos animais nativos”, segundo o Departamento de Meio Ambiente e Energia do governo australiano (a toxina persiste mesmo após a morte, o que significa que seus cadáveres podem envenenar animais carnívoros ou até mesmo lagoas e poças). Não tem como saber com certeza, mas, de acordo com a BBC, estima-se que o número de sapos em todo o país talvez tenha chegado aos bilhões:
Os esforços para controlar a propagação do sapo incluíram campanhas de eliminação apoiadas pelo governo (embora o financiamento tenha sido cortado em 2014, visto que os animais ultrapassaram o programa), além da distribuição de salsichas de carne de sapo para os predadores com uma substância nauseante, numa tentativa de treiná-los para não comerem os sapos tóxicos. De acordo com o Conversation, pesquisadores recentemente sequenciaram o genoma da espécie, o que poderia dar às autoridades de conservação melhores ferramentas para enfim combater sua invasão ao continente. [The Guardian via Quartz] The post Estes sapos-cururu australianos pegaram carona em uma cobra para escapar de tempestade appeared first on Gizmodo Brasil. |
Black Mirror: Bandersnatch tem cenas que nem mesmo o diretor da série consegue desbloquear Posted: 02 Jan 2019 06:15 AM PST Black Mirror: Bandersnatch é um filme interativo de 90 minutos que traz várias reviravoltas, finais alternativos e versões reinterpretadas de cenas já vistas. E, aparentemente, tem ainda mais peças nesse quebra-cabeça que talvez nunca vejamos. De acordo com uma matéria do Hollywood Reporter, o diretor de Bandersnatch, David Slade, compartilhou como, além de vários finais e outros trechos de filmagens interessantes, existem easter eggs “dourados”, ou “golden eggs“, como ele descreveu, tão difíceis de se encontrar que talvez nunca sejam descobertos. Durante uma exibição prévia a jornalistas na sede da Netflix, Slade até brincou sobre como havia uma cena tão bem escondida que nem mesmo ele conseguia acessar. “Existem cenas que algumas pessoas simplesmente nunca verão, e tivemos que nos certificar de que estávamos de acordo com isso”, disse Slade. Embora isso possa ser frustrante, não parece surpreendente. O episódio supostamente tem cerca de cinco horas de filmagens preparadas. Eu reproduzi o negócio todo, incluindo todos esses finais, fazendo o meu melhor e cheguei a cerca de quatro horas. Existem vários lugares em que easter eggs poderiam aparecer, como na caixa fechada do pai de Stefan ou no número de telefone usado para ligar para a terapeuta. Além disso, alguns fãs apontaram imagens de bastidores que poderiam indicar outras cenas que ainda não vimos. Para qualquer um que esteja buscando ter todas as respostas em algum momento, tenho uma má notícia: o criador de Black Mirror, Charlie Brooker, confirmou ao Hollywood Reporter que uma versão linear de Bandersnatch não será lançada. O que você viu na Netflix é tudo que teremos. Black Mirror está programada para voltar com sua 5ª temporada em algum momento deste ano. Annabel Jones, produtora da série, confirmou que Bandersnatch atrasou o lançamento da próxima temporada, mas não falou em quanto tempo. Porém, se você quiser sua dose de Black Mirror antes da nova temporada, talvez seja uma boa hora para começar a buscar esses easter eggs do filme interativo. Nunca se sabe o que você vai encontrar. The post Black Mirror: Bandersnatch tem cenas que nem mesmo o diretor da série consegue desbloquear appeared first on Gizmodo Brasil. |
Carros autônomos da Waymo, do Google, são alvos de ataques contínuos nos EUA Posted: 02 Jan 2019 03:45 AM PST No Arizona, o mesmo estado em que um dos carros autônomos da Uber atingiu e matou uma pedestre, os moradores estariam vandalizando veículos autônomos operados pela Waymo, a spin-off do Google pertencente à Alphabet. • Uber retoma testes de carros autônomos nas estradas nove meses depois de acidente fatal O New York Times noticiou na segunda-feira (31) que mais de 20 incidentes de vandalismo contra os veículos ocorreram desde 2017, quando a Waymo chegou a Chandler, no Arizona. Os ataques aos carros da companhia, informados pela primeira vez pelo jornal Arizona Republic no mês passado, envolveram de tudo, desde pneus cortados até uma arma apontada e direção imprudente para tirar os carros da estrada. Citando relatórios da polícia, o New York Times informou que alguns indivíduos também atiraram pedras nos veículos. E não são só os carros que estão enfrentando a violência, mas também os condutores dentro deles. De acordo com o Arizona Republic e o New York Times, os motoristas de reserva têm supostamente sido alvos de gritos e ameaças à sua segurança em várias ocasiões. Em um incidente particularmente terrível noticiado pelo New York Times, um homem teria “ameaçado o funcionário que entrava (num veículo Waymo) com um pedaço de tubo de PVC”. “A segurança está no centro de tudo o que fazemos, o que significa que manter nossos motoristas, nossos condutores e o público seguros é nossa prioridade principal”, disse um porta-voz da Waymo ao Gizmodo, em uma declaração por e-mail em resposta às reportagens. “Ao longo dos últimos dois anos, achamos os arizonianos acolhedores e entusiasmados com o potencial desta tecnologia para tornar as nossas estradas mais seguras. Acreditamos que um elemento-chave do envolvimento local tem sido o nosso trabalho contínuo com as comunidades nas quais conduzimos, incluindo as autoridades policiais do Arizona e outros socorristas.” No mês passado, o Arizona Republic publicou um vídeo divulgado pelo Departamento de Polícia de Chandler sobre um incidente ocorrido em agosto. Nas imagens, um homem identificado pela polícia como Roy Leonard Haselton, de 69 anos, pode ser visto apontando um revólver para um dos veículos da Waymo. O detetive Cameron Jacobs escreveu em um relatório policial que o homem “declarou que desprezava e odiava aqueles carros (Waymo) e que a Uber tinha matado alguém”, conforme publicado pelo Arizona Republic em sua longa investigação sobre os ataques contínuos. O acidente fatal em que um dos veículos autônomos da Uber se envolveu ocorreu em Tempe, em março do ano passado. Embora o carro tivesse um motorista de reserva presente, o condutor pode ter sido distraído vendo um vídeo em seu smartphone no momento em que o veículo atingiu e matou uma ciclista. Embora o acidente tenha sido provavelmente o episódio de maior repercussão envolvendo veículos autônomos, a Waymo também se envolveu em seus próprios acidentes de trânsito. Citando fontes familiarizadas com o assunto, o Information noticiou em outubro um acidente do ano passado em que um motorista de reserva da Waymo teria adormecido no volante e posteriormente colidido com uma divisória central de estrada. De acordo com a reportagem, isso ocorreu depois que o indivíduo “inadvertidamente desligou o software do carro autônomo tocando no pedal do acelerador e então não conseguiu assumir o volante”. Em resposta aos relatos de incidentes contínuos envolvendo seus veículos autônomos, a Waymo apontou duas coisas: seus mais de 40 mil quilômetros registrados por dia e o que caracterizou como incidentes “extremamente raros” que vão parar em relatórios policiais. A companhia também apontou o apoio que tem da Câmara de Comércio e Indústria do Arizona. “Estamos no programa dos primeiros condutores. A tecnologia é incrivelmente impressionante, e meus vizinhos lhe dão boas-vindas”, disse Garrick Taylor, vice-presidente sênior de relações governamentais e comunicações da Câmara de Comércio e Indústria do Arizona, em um tuíte no mês passado. “Trata-se de algumas maçãs podres que estragam todo o grupo.” Mas o fato é que esses incidentes estão ocorrendo, talvez indicando que nem todos os moradores do Arizona se sintam tão “acolhedores e entusiasmados” quanto a empresa acredita. [New York Times via 9to5Google] The post Carros autônomos da Waymo, do Google, são alvos de ataques contínuos nos EUA appeared first on Gizmodo Brasil. |
Termômetro e medidor de pressão com mercúrio estão proibidos em 2019 Posted: 01 Jan 2019 11:36 AM PST Sabe aquele tradicional termômetro de mercúrio? E os esfigmomanômetros, que verificam a pressão arterial e também usam mercúrio? Pois então, a partir desta terça-feira, 1º de janeiro, a fabricação, importação e venda dos produtos estão proibidas no Brasil. A decisão tinha sido tomada em março de 2017, quando foi publicada no Diário Oficial da União, e passa a valer agora em 2019. Os serviços de saúde estão proibidos de os usarem e devem fazer o descarte adequado. Se você tem um desses em casa, não precisa se preocupar. A única recomendação é ter cuidado com o armazenamento e a manipulação para que não ocorra a quebra do vidro. Há ainda algumas instruções para o descarte, conforme aponta a Agência Brasil:
A determinação, aprovada pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cumpre o compromisso assumido pelo Brasil na Convenção de Minamata. O documento foi assinado em 2013 pelo Brasil e por mais 140 países. A proibição não vale para produtos de pesquisa e de calibração de instrumentos ou uso como padrão de referência. The post Termômetro e medidor de pressão com mercúrio estão proibidos em 2019 appeared first on Gizmodo Brasil. |
O smartphone com cinco câmeras da Nokia pode ser anunciado até o final de janeiro Posted: 01 Jan 2019 08:16 AM PST Especulações sobre um novo smartphone topo de linha da Nokia surgiram há alguns meses, após um vazamento que revelava que o celular teria um design maluco com cinco lentes para a câmera traseira. A Nokia ainda não está pronta para revelar detalhes oficiais, mas outro vazamento surgiu nesta semana. Trata-se de um vídeo em alta resolução – aparentemente, um vídeo promocional da Nokia –, que foi publicado pelo pessoal do MySmartPrice e pelo @evleaks. O filme mostra renderizações detalhadas que trazem o conjunto de câmera em formato hexagonal com cinco lentes e um flash, além de um outro sensor que poderia permitir que o celular tirasse fotos com todas as câmeras ao mesmo tempo. O vídeo é interessante especialmente por mostrar outras características do suposto Nokia 9 PureView. O aparelho terá algumas características de design do Nokia 8 Sirocco, e os cantos do vidro traseiro serão levemente curvados, como no Samsung Galaxy S8 ou S9. O modelo aparentemente não terá nenhum entalhe, mas também não esconderá as bordas na parte de cima e de baixo. O Nokia 9 PureView pode se juntar ao programa Android One, do Google, o que significa que ele viria com um Android puro e teria atualizações de software mais ágeis – já que nesse programa é o próprio Google quem gerencia as atualizações.
Sobre o restante das especificações, o Nokia 9 PureView deve vir com tela de 5,99 polegadas com resolução 2K e suporte à tecnologia HDR10, chipset Qualcomm Snapdragon 845, 6GB de RAM, 128GB de armazenamento e lentes da Zeiss – o vídeo promocional diz que o conjunto de sensores permitirá que o aparelho capture “10x mais luz” do que as câmeras de outros smartphones. O modelo ainda deve vir com um leitor de impressões digitais sob a tela. Segundo o MySmartPrice, a Nokia pretende adiantar o lançamento do aparelho – que inicialmente era esperado para a MWC 2019, que acontece no final de fevereiro. O anúncio pode vir um pouco antes, já no final de janeiro, para sair na frente da concorrência. Apesar disso, ainda não há informações sobre a possível disponibilidade do modelo. The post O smartphone com cinco câmeras da Nokia pode ser anunciado até o final de janeiro appeared first on Gizmodo Brasil. |
Cientistas na China estão perdendo o rastro de pacientes editados geneticamente com a técnica CRISPR Posted: 01 Jan 2019 04:51 AM PST As terapias genéticas estão em seus estágios preliminares de desenvolvimento, então faria sentido manter certo controle sobre os pacientes cujo DNA foi modificado por meio da inovadora técnica CRISPR. Para alguns cientistas na China, no entanto, isso aparentemente não é uma prioridade. • Governo chinês diz ter interrompido polêmico projeto de edição de genes de bebês O Wall Street Journal está noticiando que um número não revelado de pacientes chineses com câncer que foram submetidos a terapias genéticas experimentais não está sendo devidamente acompanhado, como seria de se esperar. Nesses casos, os pacientes tiveram seus genes modificados com a ferramenta de edição de genes CRISPR-Cas9 em um esforço para tratar o câncer. Cientistas encarregados de pelo menos um estudo não mantiveram laços com seus pacientes posteriormente e não realizaram exames de acompanhamento, de acordo com o Wall Street Journal. De fato, os acompanhamentos são extremamente importantes para pacientes submetidos a terapias de genes. Mudanças no DNA podem desencadear consequências indesejadas. Problemas de saúde inesperados decorrentes de modificações genéticas, tais como doenças autoimunes, podem surgir mais tarde na vida. “Como não entendemos totalmente o genoma humano e ainda estamos desenvolvendo conhecimento sobre (o CRISPR-Cas9 e tecnologias relacionadas), precisamos monitorar as consequências desejadas e indesejadas sobre a vida dos pacientes”, disse ao Wall Street Journal Jennifer Doudna, bioquímica da Universidade da Califórnia em Berkeley e coinventora do CRISPR. Esse é o mais recente e preocupante acontecimento da pesquisa biomédica na China. No mês passado, o cientista chinês He Jiankui afirmou ter produzido os primeiros bebês geneticamente modificados do mundo. O cientista, que trabalha na Southern University of Science and Technology em Shenzhen, disse que usou o CRISPR para modificar o DNA de embriões humanos, resultando no nascimento de meninas gêmeas com suposta imunidade ao HIV. Pouco depois dessa notícia, o governo chinês expandiu seu sistema de crédito social para incluir infrações cometidas por pesquisadores, um esforço para conter a endêmica má conduta científica no país. A edição de genes da linha germinal humana e a implantação de embriões no útero materno ainda não são legalizadas na China ou em qualquer outro lugar do mundo, principalmente porque a edição genética ainda está em seus estágios iniciais e porque os traços modificados seriam hereditários (tanto nos EUA quanto na China, não há problema em modificar embriões, mas eles precisam ser destruídos após alguns dias). A edição genética somática, por outro lado, na qual o DNA de uma pessoa viva é alterado para tratar várias doenças, desde câncer até hemofilia, resulta em mudanças genéticas que não são hereditárias. Mas as terapias genéticas somáticas, como a variedade de linha germinal, também estão em sua fase inicial, exigindo a devida diligência, supervisão responsável e uma grande dose de cautela. As terapias genéticas somáticas são legais tanto na China como nos Estados Unidos. Nos EUA, os cientistas pesquisadores têm caminhado com cuidado nessa direção, com a FDA (órgão público norte-americano responsável pelo controle de alimentos e medicamentos) mantendo um olhar atento. Até o momento, apenas uma terapia genética foi aprovada nos EUA — um estudo clínico na Universidade da Pensilvânia para testar a segurança do CRISPR e envolvendo apenas 18 pacientes. Na China, no entanto, não existe equivalente à FDA. Os médicos podem prosseguir com um estudo clínico depois de receberem aprovação dos conselhos de ética de seus hospitais, conforme noticia o Wall Street Journal. Até janeiro de 2018, pelo menos 86 pacientes na China tiveram seu DNA editado com CRISPR. A maioria desses estudos está sendo conduzida pela Anhui Kedgene Biotechnology Co., uma startup privada, como aponta o WSJ:
Três dos médicos envolvidos nos testes de edição genética foram recentemente contatados pelos Ministérios da Ciência e da Saúde da China (a coisa mais próxima que a China tem da FDA, mas que nem chega perto). Quando o Wall Street Journal entrou em contato com esses ministérios para obter mais informações, eles se recusaram a comentar. Tudo isso é muito frustrante e lamentável, principalmente porque esse comportamento científico deplorável está dando ao CRISPR e a toda a perspectiva de edição genética uma má reputação. O CRISPR e outras tecnologias de edição de genes estão prontos para eliminar dezenas de doenças e até mesmo inaugurar a era da seleção de traços humanos e melhorias (as gêmeas editadas por genes com imunidade ao vírus da AIDS, por exemplo, é realmente uma ideia muito boa em princípio — só que é muito prematura). Infelizmente, a situação com os cientistas chineses poderia influenciar a opinião pública contra essas promissoras biotecnologias, que já são controversas por si só. The post Cientistas na China estão perdendo o rastro de pacientes editados geneticamente com a técnica CRISPR appeared first on Gizmodo Brasil. |
Os 18 textos mais lidos do Gizmodo Brasil em 2018 Posted: 31 Dec 2018 11:36 AM PST Estamos prestes a começar um novo ano e, como muita gente, decidimos revisitar o nosso 2018. Em um ano de acontecimentos imprevisíveis, escândalos entre as grandes empresas de tecnologia, avanços científicos, descobertas, memes e muitos debates, os conteúdos que se sobressaíram em audiência foram os casos bizarros e as curiosidades. Estes foram os 18 textos mais lidos do ano no Gizmodo Brasil: 1. Mulher morre depois de contrair ameba comedora de cérebros ao lavar nariz com água da torneiraUma história pra lá de bizarra foi a campeã de audiência em 2018. Uma mulher de 68 anos de idade de Seattle morreu após contrair uma ameba rara que come cérebros. A senhora usava água da torneira para lavar seu nariz. 2. Arqueólogos descobrem cavalo de 30 mil anos atrás praticamente intactoO cavalo de 30 mil anos foi o vice. Quem encontrou ele foram pesquisadores da Universidade Federal do Nordeste, na Rússia. Ele vivia na região de Yakutia entre 30 mil e 40 mil anos atrás. E teve gente querendo comer o bicho. 3. Dono das maiores unhas do mundo as corta e ganha grana o suficiente para se aposentarEssa história é levemente nojenta. O homem tinha unhas que chegavam a dois metros de comprimento. Ele não as cortava desde os 14 anos de idade; foram 66 anos sem uma aparada. 4. Dezoito novas espécies de aranha-pelicano foram descobertas em Madagascar
5. Pesquisadora coleta fotos de pênis para estudo sobre autoestima, mas encerra projeto devido à reação públicaUma pesquisadora decidiu estudar o relacionamento entre o tamanho do pênis e a autoestima. Para isso, ela pediu para que homens enviassem fotos de seus órgãos genitais e responder a algumas perguntas, incluindo se eles acreditavam se o tamanho do pênis deles estava na média, abaixo da média ou acima da média. A reação pública ao estudo fez com que ela encerrasse a pesquisa, no entanto. 6. O rato fofinho que toma banho igual humanos não é um rato e está sofrendoUma das primeiras histórias de grande repercussão do ano foi o rato fofinho que tomava banho. A real é que o bicho não era um rato e a cena não era tão engraçada para ele. Houve bastante debate sobre a espécie do animal e se aquele comportamento era um sinal de que ele estava sofrendo. 7. Você pode ficar doente por causa de um assento de privada?
8. Como acompanhar o resultado das Eleições 2018 pelo computador ou smartphoneAs Eleições de 2018 foram quentes e muita gente procurou saber como acompanhar os resultados do primeiro e segundo turno pelo celular ou pelo computador. A gente deu dicas com as fontes oficiais e algumas sugestões de aplicativos. 9. Primeira grande chuva em séculos causa morte de várias formas de vida no deserto mais seco do mundo
10. Encontraram um tesouro milionário em um antigo jarro de moedas de ouro romanasAcharam um baita tesouro debaixo de um teatro abandonado perto de Milão, na Itália. Tratava-se de um pote de moedas de ouro (cerca de 300) remontando ao século 5 d.C. 11. O mistério de sumiços no Triângulo das Bermudas pode ter sido desvendado por cientistasA região do Triângulo das Bermudas é conhecida por naufrágios e sumiços de navios e aviões. Pois bem, um especialista ouvido para um documentário levantou uma hipótese do porquê isso acontece. Basicamente: ondas gigantes. 12. Qual a comida mais perigosa do mundo?
13. Troca de janela de arranha-céu na Rússia dá super errado e provoca uma "chuva de vidro"Trocar uma janela de um prédio de 30 andares não é fácil. Operários encarregados dessa tarefa passaram por uma situação terrível: um cabo que segurava o vidro se rompeu e ele foi direto para o chão. 14. Quais eram os empregos do futuro segundo especialistas de 1988Imaginar o futuro pode ser bem difícil, mas às vezes algumas pessoas acertam bastante. Um artigo publicado no dia 5 de setembro de 1988 no jornal Press and Sun-Bulletin, de Nova York, falava com diversos especialistas sobre como os trabalhos do futuro seriam. Há algumas respostas bem interessantes. 15. Esta árvore bonitinha na verdade é um coágulo de sangue tossido por um paciente com insuficiência cardíacaOutra história bizarra que rolou já no final desse ano foi o caso de um homem de 36 anos que tossiu um coágulo de sangue com um formato bem peculiar. O coágulo tinha 15 centímetros de largura na forma quase perfeita da árvore brônquica direita de um pulmão humano. 16. 5 detalhes para ficar de olho nas especificações do seu próximo smartphone
17. Cientistas encontram outra possível explicação para o embranquecimento dos cabelosPor que os cabelos ficam brancos? Há uma série de coisas envolvidas, desde genes até o sistema imunológico (e por isso algumas pessoas podem ficar com os cabelos brancos repentinamente). Alguns cientistas exploraram esse tema, especialmente do embranquecimento precoce. 18. A ararinha-azul, do filme Rio, foi considerada provavelmente extinta na natureza em um estudo
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Coisas que rolaram em 2018 e que ainda devem ter destaque em 2019 Posted: 31 Dec 2018 09:47 AM PST O ano está acabando mas algumas histórias que rolaram em 2018 ainda devem dar o que falar em 2019. Separamos aqui alguns dos temas que ainda devem render um caldo no próximo ano e que devemos ficar de olho. Guerra comercial EUA vs. China
Você deve se lembrar, por exemplo, que uma executiva da Huawei – gigante de telecomunicações chinesa – foi presa no Canadá a mando dos EUA por suspeita de infringir embargos ao Irã. Ela já saiu da prisão após pagar uma fiança milionária, mas algumas autoridades chinesas acreditam que sua detenção foi uma espécie de demonstração de poder dos americanos, que poderiam usá-la como moeda de troca. A Huawei, inclusive, tem sido constantemente acusada (sem muitas provas) de que é uma ameaça à segurança nacional de aliados dos EUA, com a desculpa de que a companhia pode colaborar com o governo chinês em casos de espionagem. A ZTE, outra grande companhia chinesa, sofre com as mesmas alegações. Falando em espionagem, a SuperMicro, fabricante de placas-mãe chinesa, sofreu grande pressão após a Bloomberg afirmar que seus componentes estavam infectados com um microchip espião. Os equipamentos da companhia eram utilizados por agências governamentais americanas e grandes empresas incluindo Apple e Amazon. Uma auditoria independente feita a mando da SuperMicro revelou que não há indícios de microchip espião, mas o estrago já foi feito. Essa briga não deve terminar tão cedo e podemos ver até mesmo uma escalada na chamada guerra fria tecnológica. Ambos os países devem medir forças no campo da ciência e tecnologia, conforme apontamos aqui. Questão ética sobre modificação genética de bebês
O cientista usou a ferramenta de edição de genes CRISPR/Cas9 para modificar embriões humanos, na esperança de torná-los resistentes ao HIV. Segundo ele, o pai é portador do vírus, mas as filhas nasceram saudáveis e imunes. Críticos dizem que ainda é muito cedo para julgar. O caso gerou um baita rebuliço na comunidade científica e Jiankui está desaparecido – a suspeita é que o governo chinês tenha o prendido. A modificação genética deve avançar nos próximos anos e, uma hora ou outra, deve ser aplicada em humanos. A maior parte da comunidade, no entanto, diz que era muito cedo para esse tipo de aplicação e que ainda não temos dimensão dos efeitos colaterais que a modificação genética pode ter. Assunto para se acompanhar de perto. Proliferação de exames de DNA deve ajudar a resolver mais crimes e avançar no combate a doenças
Trata-se do caso de Joseph James DeAngelo, suspeito de ser o assassino de Golden State, procurado há 40 anos. Ele teria sido responsável por pelo menos 12 assassinatos e 50 estupros entre 1976 e 1986. Para encontrá-lo, investigadores na Califórnia usou amostras de DNA coletadas de cenas de crime para criar um perfil genético do suspeito. Em seguida, vasculhou as árvores genealógicas online, procurando por parentes do assassino de Golden State. Em 2019, o método deve ser usado mais vezes. Mas não só para a solução de crimes que esses testes devem ser utilizados. Cientistas devem investir na pesquisa dos dados genéticos para combatem doenças e encontrar respostas para muitas questões médicas e genéticas da humanidade. Carros autônomos
O caso aconteceu em março, quando um atropelamento por um carro autônomo do Uber em Tempe, no Arizona, resultou na morte de Elaine Herzberg, mulher de 49 anos que atravessava a rua de bicicleta quando foi atingida pelo veículo do Uber. Segundo relatórios divulgados pela polícia de Tempe em junho, o acidente era "completamente evitável". Dados de celular obtidos pelas autoridades sugerem que a operadora de teste do veículo da Uber também estava assistindo por streaming a um episódio de The Voice no momento da fatalidade. A polícia apontou também que os veículos autônomos da Uber não alertavam os operadores sobre quando assumir o controle de seus carros. A investigação ainda está em andamento, mas outras informações preliminares também dão conta de que o sistema de freio de emergência pode ter falhado, mesmo com o carro tendo visto Elaine. Os testes com os veículos autônomos do Uber foram interrompidos, mas voltaram nesse fim de ano. O ano que vem, portanto, deve ser crucial para a tecnologia; devemos ver mais avanços e ficaremos na torcida para que fatalidades como essa sejam evitadas. Funcionários de empresas de tecnologia putos com suas empresas
E não foi o único caso na empresa; diversas pessoas deixaram seus cargos após não serem ouvidos a respeito de um contrato com o governo que envolvia uma inteligência artificial para um controverso programa militar conhecido como Project Maven. As insatisfações dos funcionários iam desde preocupações éticas em particular a respeito do uso de inteligência artificial em drones bélicos a questões mais amplas sobre as decisões políticas do Google. A pressão deu certo e a companhia abandonou a parceria. O desenvolvimento de um motor de buscas específicos para a China, com resultados censurados, também foi alvo de protestos internos. Mais de 600 funcionários do Google estão exigindo o fim do projeto Dragonfly, como é chamado. Os funcionários que criticaram o projeto na carta publicada no Medium nesta semana se alinharam com grupos de direitos humanos que levantaram preocupações sobre a censura e a vigilância do projeto, bem como a potencial implicação de sua adoção. O Google não foi o único, no entanto. A Amazon também sofreu pressão dos funcionários, que pediram para que a companhia cancelasse contratos com agências do governo dos EUA – mais especificamente o encerramento da venda do Rekognition, o sistema de reconhecimento facial da empresa, para o governo dos EUA, e o rompimento do contrato da Palantir, uma empresa de mineração de dados, que utiliza seus serviços na nuvem. Os funcionários da Amazon citavam como motivo para interrupção de contrato a política de tolerância zero da presidência dos Estados Unidos nas fronteiras do país, o que resultou em milhares de crianças sendo separadas dos seus pais. Funcionários da Microsoft também se levantaram contra decisões da empresa nesse sentido. Eles pressionaram a liderança para cancelar um contrato com o Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos EUA (ICE, na sigla em inglês), uma reação contra a política da agência de separar crianças de suas famílias na fronteira dos Estados Unidos. Huawei no Brasil
O último posicionamento da Huawei foi genérico mas não descartou a vinda para o Brasil. Segundo a companhia “[…] o Brasil é o quarto maior mercado de smartphones no mundo em número de unidades embarcadas. Baseados nas oportunidades de negócios, continuaremos a estudar o mercado e avaliar os melhores produtos e experiências necessárias para atender à demanda e expectativas dos brasileiros”. Já a Positivo disse que “estava discutindo se iria participar e como será sua eventual entrada [da Huawei] no Brasil”. A chegada da marca chinesa poderia dar uma balançada no mercado local, dada a qualidade dos últimos dispositivos. A história não terminou em 2018 e deve render mais notícias no próximo ano. Vazamentos mil
A LGDP (Lei Geral de Proteção de Dados) está aí, mas só deve começar a valer mesmo em 2020. De qualquer maneira, a preocupação dos usuários em relação a segurança e privacidade de seus dados pessoais parece estar aumentando e as empresas devem começar a olhar com mais cuidado para a área de cibersegurança. Fica a torcida para que não tenhamos tantos vazamentos em 2019. The post Coisas que rolaram em 2018 e que ainda devem ter destaque em 2019 appeared first on Gizmodo Brasil. |
Google começa a lançar recurso para combater spam por SMS no Android Posted: 31 Dec 2018 07:30 AM PST Todo mundo odeia spam por SMS. E, agora, alguns usuários do Android estão relatando ver alertas sobre um novo recurso de proteção do Google contra esse tipo de conteúdo em seu app Mensagens. De acordo com o Android Police, a atualização para ser um lançamento limitado, já que não está disponível para todos os dispositivos ainda. Aqueles que já contam com a funcionalidade estão relatando uma notificação ao abrir o app Mensagens, anunciando a nova configuração e dizendo: “Para ajudar a proteger contra spam, alguns dados sobre suas mensagens, mas não seu conteúdo, são enviados para o Google”. O recurso de proteção contra spam pode ser ativado ou desativado manualmente por meio das configurações avançadas do Android, segundo capturas de tela publicadas pelo Android Police. Quando a proteção é ativada, os dados coletados pelo Google não incluem o conteúdo das mensagens do usuário ou seu número de telefone, segundo o site de suporte da empresa. Isso contrasta com as denúncias de spam enviadas manualmente pelos usuários para a companhia, que incluem a mensagem completa enviada pelo remetente de spam (além de uma cópia que pode ser enviada também para as operadoras). Entramos em contato com o Google para mais informações sobre seus planos de lançamento e detalhes dos dados coletados por seu novo recurso, mas ainda não tivemos uma resposta. Claro, se você não confia que o Google manterá sua palavra, dá para simplesmente parar de trocar SMS e ir para um aplicativo criptografado de terceiros como o WhatsApp (como basicamente todo mundo faz). The post Google começa a lançar recurso para combater spam por SMS no Android appeared first on Gizmodo Brasil. |
Como foi a primeira convenção de desenvolvedores dos óculos de realidade mista Magic Leap Posted: 31 Dec 2018 04:33 AM PST "Hoje, nosso mundo parece dividido". Isso foi o que disse Rony Abovitz, CEO da infame startup de realidade mista Magic Leap, em pé meio sem jeito em cima de um palco circular, cercado por centenas de participantes da primeira conferência de desenvolvedores da empresa e seu primeiro grande evento voltado para o público, de olho em um teleprompter e com os braços atrás das costas. “Parece quebrado”, ele disse. "Nossa nova mídia de computação espacial parece fresca. Não carrega a bagagem e as manchetes negativas que estão dominando as notícias hoje em dia." Isso, é claro, é discutível. Poucas empresas podem atrair imensos níveis de investimento, gerar anos de coberturas épicas da imprensa, lentamente frustrar sua própria base de fãs, ser atingida por processos judiciais relacionados ao local de trabalho e praticamente se tornar um termo derrogatório sem sequer lançar um único produto — tudo enquanto mantém uma avaliação de US$ 6 bilhões. E a Magic Leap de alguma forma conseguiu tudo isso. A empresa sediada na Flórida já foi a mais descolada e enigmática entidade da tecnologia — em meados de 2010, lembro de ouvir histórias de amigos de amigos que alguém que eles conheciam estava investindo nesse negócio de realidade aumentada, e como era incrível —, surfando a onda de meio bilhão de dinheiro do Google, reações maravilhadas a vídeos conceituais e uma impressionada matéria de capa da Wired. No centro disso tudo estava Abovitz, que criava a expectativa sobre o Leap, digamos, comparando a empresa à NASA durante a missão à Lua. “O programa espacial teve as missões Mercury, Gemini e Apollo, e estamos em nossa fase da Apollo”, ele disse à Fast Company em 2014. Abovitz descreveu o Magic Leap como produtor de "realidade cinematográfica", que iria causar "uma mudança completa na computação visual". Depois de anos de intenso sigilo e relativo silêncio, em agosto, a Magic Leap finalmente lançou para desenvolvedores seu produto principal, um conjunto de realidade mista equipado com óculos, uma varinha de controle e um computador portátil, que poderia ser comprado por US$ 2.295. Recentemente, a empresa realizou sua conferência inaugural de desenvolvedores, para tentar atrair criadores de conteúdo de terceiros e apresentar o equipamento a um público mais amplo. De muitas maneiras, esse é o estágio final da estreia pública do produto. Em 2015, Abovitz disse à Wired: "Quando lançarmos, será enorme". Depois de passar dois dias na LEAPcon, sinto que é meu dever — em nome de instaurar um pouquinho de sanidade em uma época em que uma empresa que nunca vendeu um produto a um consumidor pode valer um bilhão de dólares a mais do que o PIB de Fiji — informar que não é. O Magic Leap claramente quer que seu lançamento público pareça enorme — quem não gostaria? Decididamente ao estilo da Magic Leap, a companhia ocupou um lado inteiro do LA Mart, o prédio de 12 andares no centro de Los Angeles onde a conferência seria realizada, com uma imagem psicodélica de um astronauta e o slogan “Free Your Mind” (Liberte Sua Mente). De forma igualmente Leapiana, as demonstrações e a conferência reais ocorreram no porão, onde virar para o lado errado no corredor o levava à área de carga e descarga e o sinal de celular era inexistente. No início da manhã do primeiro dia da conferência, fui escoltado através de lojas de decoração e tapetes nas entranhas do prédio, onde uma série de demonstrações me esperava em uma grande sala industrial-chique modernista. Passei por um grande mapa da Nova Zelândia à esquerda, parte de uma experiência de realidade aumentada patrocinada pela Air New Zealand, uma espécie de simulador de CAD imersivo à minha direita, e, na estação de ajuste, onde a equipe da Magic Leap determinou os parâmetros do headset (ele vem em dois tamanhos diferentes e tem algumas partes ajustáveis) e foram marcados os resultados no cartão que carregaria para mostrar nas diferentes estações de demonstração. Eu era um 1-2-2-X. Em uma estação de demonstração, um funcionário brincou que, um dia, isso seria como a nossa carteira de motorista, uma identificação que teríamos de levar para todos os lugares. Eu ri. DemonstraçõesA primeira foi uma demonstração para o aplicativo de decoração e comércio espacial da Wayfair, onde era possível arrastar um pôster ou uma mesa do menu para a sala real em que você estava, ou teoricamente poderia, pois parecia funcionar apenas metade das vezes. Também era o mesmo tipo de demonstração de realidade aumentada que já foi feita muitas vezes no passado, com o Google Tango e o HoloLens. Em seguida, veio uma caminhada até uma enorme sala que abrigava uma estátua de robô construída pela empresa de “experiências imersivas” Meow Wolf. Subi em sua cabine para encontrar uma espécie de simulador de navegação, que envolvia basicamente arrastar pequenas bolas planetárias em círculos concêntricos em seu painel. Mais sofisticado foi o aplicativo Create, da própria empresa Leap, que permite que você solte pequenas figuras de baixa resolução e blocos de construção em torno de uma sala, onde eles respondem a objetos do mundo real. Recifes de desenho animado podiam brotar das paredes, você podia fazer cavaleiros lutarem em cima de uma mesa, e era possível soltar OVNIs para voarem ao redor da sala; era fofo e divertido, e as crianças talvez gostariam de passar um tempo com ele. Eu joguei uma versão de realidade aumentada do Angry Birds, da Rovio — também fofo e divertido. Havia um simulador de cuidar de Porgs, do ILMxLab, da Lucasfilms, que não era apenas fofo e divertido, mas também um exemplo bastante sofisticado das potencialidades do Magic Leap: se você ligasse um dispositivo inteligente na sala, as pequenas criaturas interagiam com ele, com seu pelo sendo atingido por um ventilador, dançando a música tocada por um alto-falante, dormindo na frente da TV. O jogo chave da Magic Leap, lançado na conferência, Dr. Grordbort's Invaders, era, sim, fofo e divertido e mostrava que os óculos poderiam, sim, oferecer uma experiência de jogo de maior orçamento. Tinha um jogo de controle de pragas que envolvia bater em aranhas com um taco. Tinha um ator declamando um monólogo de Shakespeare sob uma árvore. Tinha um jogo de perguntas em cima de um grande mapa da Nova Zelândia, narrado por um porco-espinho 3D (eu acho). Havia muita fofura e diversão em realidade aumentada, e não muito mais. Alucinação coletiva?Você sabe aquela sensação esquisita quando parece que todos ao seu redor estão participando de alguma alucinação moderada, e você errou na dosagem? O velho fenômeno “o que estou possivelmente deixando passar aqui”? Foi assim que eu me senti na LeapCon na maior parte do tempo, em meio a multidões usando frases de efeito em alta velocidade. E, depois, mais uma vez enquanto eu lia as resenhas dos dispositivos — de alguma forma, apesar dos anos de falha em entregar qualquer coisa de substância, uma boa parte da imprensa ainda está seguindo de perto o Leap. (Histórias de realidade aumentada e virtual são uma droga para jornalistas de tecnologia; elas criam uma cena fácil com frases prontas: estou olhando para uma enorme baleia azul, e eu juro que ela poderia me engolir inteiro — mas está tudo em meus óculos etc). Demonstração após demonstração, eu senti que, claro, esse negócio era legal. Os jogos eram charmosos, embora muitas vezes com defeitos e simplistas demais; e, sim, pode ser útil para os arquitetos a possibilidade de expandirem seus projetos e andar dentro deles. Eu gostei dos desenvolvedores, que eram inteligentes e engraçados. Alguns dos gráficos e interações eram muito bem renderizados. Mas não havia nada além de uma única demonstração — que eu vou falar sobre daqui a pouco — que me deixou compelido a repetir a experiência. Pareceu-me genuinamente louco que as pessoas pudessem ficar tão empolgadas com isso tudo, especialmente depois de anos de realidade virtual bem razoável e do Hololens, sem ter um incentivo monetário para ficar assim tão entusiasmadas. Magic Leap One, kit de desenvolvimento da empresa lançado em agosto. Como muitos repararam, o hardware ainda é extremamente limitante. A tecnologia que sustenta essas experiências parece genuinamente avançada, e, se não fosse por uma campanha de marketing agressiva de vários anos insistindo em uma realidade iminente em que os pixels se misturam perfeitamente com a física no mundo real, poderia ter sido verdadeiramente impressionante (se é ou não avançado o suficiente para eventualmente dar fundamento às promessas anteriores da Leap, essa é uma questão totalmente aberta neste momento). Por enquanto, o campo de visão é relativamente pequeno e desajeitado, então as imagens constantemente desaparecem de vista. Se você chegar muito perto delas, os objetos ficarão cortados ou se moverão de maneira estranha. E, se você conseguir uma boa vista, alguns objetos têm um aspecto de baixa resolução e transparente; alguns pareciam hologramas baratos de um filme antigo de ficção científica. O texto estava embaçado e muitas vezes dobrava em camadas que dificultavam a leitura, e as telas brancas pareciam ásperas — eu carreguei o Google no navegador Helio e imediatamente tive que fechar os olhos. Próximo iPhoneDe acordo com a Magic Leap, mais de mil pessoas se inscreveram para estar aqui. Por quê? Eu queria perguntar a todos de uma só vez. Você acha que isso é o futuro? Acha mesmo? Responder a essa pergunta, pensei, poderia ajudar a esclarecer se o Magic Leap se tornará a promessa vazia mais cara da nossa época — a empresa mais célebre a ocupar a nossa imaginação tecnológica talvez desde aquele gigante de outrora, como a General Magic que se originou dentro da Apple. Vimos algumas das mentes tecnológicas mais brilhantes dos anos 1990 buscarem uma tecnologia de comunicação pessoal revolucionária sem jamais entregar muito em termos de conteúdo, muito menos lucro. Ao longo de cerca de duas dúzias de entrevistas, encontrei uma mistura de desenvolvedores curiosos e céticos, pessoas que claramente acreditavam naquilo, investidores futuristas e óbvios oportunistas. Você sabe aquela sensação esquisita quando parece que todos ao seu redor estão participando de alguma alucinação moderada, e você errou na dosagem?"Vamos pensar nisso como o primeiro iPhone", Shrenik Sadalgi, diretor de Next Gen Experiences, da Wayfair, me contou. “Oito anos a partir de agora, se todo mundo tiver esse dispositivo, o quão poderoso é isso?” É uma frase que ouvi de novo e de novo dos desenvolvedores mais otimistas — a alusão, claro, é que esse é o futuro ainda se desenvolvendo, que o primeiro iPhone era relativamente tosco também e que poucos teriam previsto que ele definiria a classe de produto que dominaria não apenas toda a indústria de tecnologia, mas também o cotidiano da maioria das pessoas. Ninguém quer deixar de estar na fundação do próximo iPhone. E, sim, havia os crentes: eu conheci um desenvolvedor que voou de Singapura para pegar seus óculos e participar do evento e outro que disse que economizou bastante antes de conseguir comprar o dispositivo, o que o deixou falido. “Eu dei o Leap [salto], eu acho”, riu Brian Wong, um homem de 30 anos que diz que está autofinanciando um projeto de interface cérebro-máquina. "Ainda estou pagando tudo. Eu tive que realmente juntar cada centavo que eu consegui para chegar a US$ 2.400, sabe. Mas, sinceramente, não me arrependo." O problema com a analogia do primeiro iPhone é que, embora ele fosse imperfeito, havia um paradigma de interface do usuário e vários elementos que atraíam imediatamente, que "simplesmente funcionavam", como um certo guru de gola rolê diria. Ficou claro de imediato por que um aplicativo do Google Maps com base em toque ou um navegador móvel rico em gráficos era algo que você gostaria de ter no bolso o tempo todo, ou que percorrer um catálogo de endereços com o toque de um dedo fazia sentido — o apelo do Magic Leap, além do entretenimento, é quase inteiramente abstrato. “Fofo e divertido” só chega até certo lugar, você precisa de mais do que isso. “Isso é mais parecido com o Apple Newton do que com o iPhone da Apple”, me disse um investidor. É algo que eu pensei muito quando andava de demonstração para demonstração, ouvia palestras e participava de reuniões de desenvolvedores. O Magic Leap gastou mais de meia década e bilhões de dólares e ainda não apresentou algo particularmente atraente para tornar seu sistema de computação supostamente revolucionário, além de atirar em robôs na cara. “Nós ainda estamos na fase de fazer coisas malucas”, Rony Abovitz me disse no evento de temática steampunk de lançamento do jogo de tiro a robôs Dr. Grordbort. Soldados fantasiados de robôs separaram a multidão com adereços de armas de raios, se recusando a sair do personagem. Quando perguntei para Abovitz o que mais o empolgava sobre sua plataforma, essa foi sua primeira resposta: "Eu amo isso, porque eu amo ficção científica". Quando perguntei em que casos de uso do Magic Leap ele estava mais interessado, ele respondeu rapidamente: "Você viu Andy Serkis no andar de cima? É uma coisa totalmente diferente", afirmou, balançando a cabeça. O estúdio de captura de movimento de Serkis, Imaginarium, fez uma parceria com a Magic Leap, embora eu não tenha visto a demo na LEAPcon. Rony Abovitz, CEO da Magic Leap. Captura de tela: Magic Leap Essa questão da utilidade continuou a me atormentar durante a palestra no dia seguinte, quando Abovitz e companhia descreveram a cobertura de cidades em algo chamado Magicverse, que utilizaria redes 5G para cobrir a cidade com… o que exatamente? Jogos de atirar em robôs? Então, em uma entrevista com o diretor de conteúdo da Magic Leap, Rio Caraeff, perguntei para ele: se a Magic Leap pudesse projetar perfeitamente um aplicativo ou experiência para transmitir exatamente do que o dispositivo é capaz, idealmente, o que ele faria? "Eu quero o universo de Star Wars na minha vida. Eu quero, você sabe, droides rolando pelo meu escritório e virando meus assistentes pessoais e me ajudando a fazer as coisas", explicou. "Eu quero olhar para o céu e ver Tie Fighters e X-wings (naves da franquia Star Wars) lutando. Eu quero ser capaz de ter um androide companheiro e quero inteligência por trás disso. Eu quero essa persistência na minha vida." Isso parece um tema unificador; talvez sem surpresa, o Magic Leap é quase inteiramente construído sobre as visões de homens adultos que querem mergulhar em mundos de fantasia. Seu foco principal é entretenimento, jogos, diversões — realidade cinematográfica, claro; ampliar as fronteiras da computação? Não tanto (é revelador que o vislumbre mais convincente de um possível futuro com o Magic Leap tenha sido transmitido a mim pela gerente de produtos não-branca e não-homem, Sakina Groth, que falou convincentemente sobre um mundo livre da tirania das abas de navegador, onde você poderia ‘deixar’ páginas da internet em espaços físicos onde você precisasse delas; receitas na cozinha, artigos de pesquisa no escritório e assim por diante). Alguém na equipe do produto deve ter percebido que as pessoas podem querer algo para fazer no Magicverse além de recriar o filme Jogador Nº 1, que pode ser o motivo de, após anos de sigilo e silêncio parecido com o da Apple, a Magic Leap estar repentinamente ansiosa em receber a comunidade de desenvolvedores. Talvez sem surpresa, o Magic Leap é quase inteiramente construído sobre as visões de homens adultos que querem mergulhar em mundos de fantasia."No começo, eu estava muito trepidante, porque havia muitas promessas e havia, bem, muita intriga", disse Alexandria Heston, designer XR de Chicago. "E, quando eles acabaram lançando o hardware, eu não vou mentir, foi uma decepção. Mas, desde então, a quantidade de suporte da empresa tem sido ótima — nunca tive uma empresa me abordando e me perguntando como me ajudar a fazer o que faço." A Magic Leap, parece, está desesperada em colocar desenvolvedores a bordo. Talvez eles saibam que, para ser atraente para os consumidores e valer a pena gastar mais de US$ 2 mil em basicamente um headset volumoso, vão precisar de ajuda. Na apresentação, John Donovan, CEO da AT&T Communications (outro paralelo com o iPhone é que a AT&T foi uma de suas primeiras parceiras), apontou que o iPhone realmente decolou depois que abriu a App Store para desenvolvedores, o que é verdade. Facebook, Instagram e Twitter ajudaram a alimentar a sua ascensão. Então, a Magic Leap pode terceirizar sua busca por um caso de uso crucial para os desenvolvedores. “Perguntam-me muito: qual é o aplicativo chave do Magic Leap?”, disse Caraeff, que admite que não tem uma resposta. "E eu acho que o que eu aprendi é que realmente não há um aplicativo chave. Há diferentes aplicativos chave para diferentes pessoas em diferentes setores." O único candidato a melhor aplicativo que eu vi foi uma demonstração de MICA, que a Leap está colocando como assistente pessoal. Na demonstração, ela estava sentada em uma mesa, onde acenou para eu me juntar a ela. Nisso, ela começou a olhar para mim com a intensidade de Marina Abramovic (ela foi, na verdade, projetada para imitar a famosa performance "The Artist Is Present", da artista), me desafiando a olhar de volta. Ser provocado por um avatar digital realista em um espaço humano real era uma sensação genuinamente nova, e a interação parecia emocionalmente carregada e crua, um passeio por meio do vale da estranheza. Ao longo da conferência, ouvi pessoas que haviam experimentado a demonstração lamentando que o Magic Leap planejava usar MICA como sua Alexa, quando poderia ser capaz de muito mais. Já que estamos falando sobre isso, Abovitz não mencionou ela quando estava listando as coisas com as quais ele estava animado. O Magic Leap Creator’s Edition está disponível para compra no site da empresa há dois meses. Caraeff diz que 50 mil contas de usuários foram criadas lá. Ele não me contou o número de vezes que o kit de desenvolvedor de software foi realmente baixado, embora tenha dito que era menos que isso, ou o número de headsets de Magic Leap enviados, que era ainda menor. Ele não quis dizer se um dispositivo destinado aos consumidores seria lançado no ano que vem, embora ele não ter tocado no assunto tenha me levado a acreditar que não. Nesse ponto, isso pode não importar. O Magic Leap foi escolhido pelos investidores, pela imprensa de tecnologia, pelo Google, por uma das maiores empresas de telecomunicações, pelos desenvolvedores de realidade aumentada procurando por uma base onde entrar, pelo grande capital que está em uma busca desesperada por um novo ecossistema tecnológico para entrar, uma nova plataforma para colonizar. Se o Magic Leap for bem-sucedido no final, vai ser porque já é grande demais para falhar. Pense nisso: o Magic Leap arrecadou U$ 2,3 bilhões em investimentos — recentemente do fundo soberano estatal da Arábia Saudita, uma nação que apareceu nas notícias depois que seu governo supostamente ordenou que um esquadrão matasse e desmembrasse um jornalista crítico do regime dentro de uma embaixada —, tudo antes de lançar um produto beta. De acordo com a Bloomberg, eles estão atualmente em conversas para construir um sistema para os militares dos EUA que aumentaria a letalidade dos soldados (Caraeff se recusou a comentar qualquer detalhe, mas confirmou que discussões com várias agências do governo estavam acontecendo). Se o Magic Leap for bem-sucedido no final, será porque já é grande demais para falhar.É por isso que qualquer vontade ansiosa em apoiar os esforços fofos e divertidos dessa empresa me deixa perplexo. Eu acho que devemos, no mínimo, manter o Magic Leap de acordo com os padrões e descrições de produtos apresentados por seu próprio fundador e criadores — e, por esses padrões, neste momento, o Magic Leap é ruim. Deveríamos nos sentir confortáveis dizendo isso, especialmente porque essa fofura e diversão está ocultando uma série de parcerias e investimentos eticamente duvidosos. Por que, podemos perguntar, essa empresa merece a boa vontade não-crítica de alguém? Por que parece que a intenção de todos é classificar ela da maneira mais generosa do mundo? Não me entenda mal; em muitos outros contextos, essas demonstrações seriam experimentos legais e espirituosos em um meio emergente. Eu não quero cuspir no trabalho árduo dos desenvolvedores, programadores e mentes criativas que trabalharam para construir algumas interações e conceitos convincentes. Mas essa é uma empresa que não demonstrou para onde planeja direcionar seu futuro voltado para produtos, que rotineiramente induz ao erro jornalistas sobre esses produtos e cria promessas que não se concretizam. Então, antes que os desenvolvedores adotem essa plataforma, antes de pensarmos em considerar isso como o próximo iPhone ou qualquer outra coisa e avaliar se pode cumprir suas promessas mais básicas, parece ser uma medida decente julgar sua confiabilidade em outras áreas, caso elas se concretizem. Essa é uma empresa que quer cobrir cidades inteiras com um “Magicverse” que ditará a própria natureza da realidade percebida — por que alguém a trataria com tanta delicadeza? “Hoje, nosso mundo se sente dividido”, disse Abovitz no discurso de abertura, antes de ressaltar novamente a falta de bagagem anterior do Magic Leap, uma plataforma imaculada. “Como um coletivo criativo, todos vocês que estão aqui hoje, podemos nos recusar a perpetuar a bagagem que pesa sobre os meios tradicionais que vieram antes.” O Facebook nos deixou na mão, o Twitter tem nazistas demais. Hollywood tem muitos Harveys Weinsteins, o rádio tem Limbaughs demais. Nós somos uma folha em branco — suba a bordo. Está muito longe de ser o novo paradigma de computação que mudaria o mundo, no seu auge de antecipação em 2014. Também é incrivelmente ingênuo, como se essa nova plataforma fosse de alguma forma imune às mesmas divisões e conflitos que mancharam todas as mídias que vieram antes. É ainda mais surpreendente quando você considera que esta é uma empresa sobre a qual uma nação violadora dos direitos humanos agora possui uma participação importante, uma empresa que está declaradamente aberta a construir formas de melhorar a letalidade para os militares, uma empresa que teve de lidar no ano passado um processo por discriminação sexual — coisas que podem de fato ser consideradas "bagagem". O coletivo criativo pode de fato se recusar a perpetuar a bagagem de plataformas passadas — pode se recusar a desenvolver para uma empresa que está recebendo dinheiro e contratos militares antes mesmo de entregar um produto de consumo, por exemplo. Dada a toxicidade daquelas mídias passadas, talvez valha a pena considerar outra abordagem: vamos examinar quem está pedindo "realidade espacial", de verdade, além dos motores do capital e um punhado de aficionados da ficção científica e homens com sonhos de existir dentro do universo de Star Wars. Se o colapso e o caos da cultura da internet nos ensinaram alguma coisa, é que as novas plataformas são excepcionalmente propensas a abuso e uso indevido, e é muito importante entender e confiar em quem está no controle do volante. A tecnologia, de modo geral, é maneira, mas ainda está em busca de um uso — ninguém, em última instância, poderia dizer por que o Magic Leap precisa existir fora do entretenimento. O produto é defeituoso e tem muita antecipação, embora seja ocasionalmente interessante. A bússola moral da empresa é ilegível na melhor das hipóteses e já muito comprometida na pior das hipóteses. É hora de parar de dar ao Magic Leap o benefício da dúvida, pelo menos até ele demonstrar que vale a pena compartilhar a nossa realidade com ele. The post Como foi a primeira convenção de desenvolvedores dos óculos de realidade mista Magic Leap appeared first on Gizmodo Brasil. |
Entre falhas, furos e tempestades de areia, a pesquisa espacial deu passos importantes em 2018 Posted: 30 Dec 2018 12:23 PM PST 2018 está acabando e, para comemorar mais um ciclo do nosso querido planeta Terra em torno do Sol, nada melhor do que relembrar quais foram as notícias mais importantes sobre nossa infinita busca pelo conhecimento de novos mundos. Não foi um ano fácil — muitos problemas deixaram engenheiros e astronautas bastante tensos — mas certamente teve suas vitórias e conquistas. TretasAchou que ia ter só notícia boa, só notícia de descoberta, só grandes avanços da exploração espacial na retrospectiva de 2018? Achou errado: o ano foi marcado por despedidas e muitos problemas com sondas, rovers e demais equipamentos. O telescópio Kepler, por exemplo, foi aposentado depois de ficar sem combustível. Foram nove anos de trabalho e aproximadamente 2.700 exoplanetas descobertos em sistemas estelares distantes. Outro telescópio famoso, o Hubble, passou por problemas, mas continua vivo e trabalhando depois de um conserto inusitado: a NASA basicamente desligou e ligou um giroscópio defeituoso para conseguir tirá-lo do modo de segurança. Outro cenário problemático se desenhou para os equipamentos da NASA que estão em Marte. O rover Curiosity teve anomalias de memória em seu computador, mas já voltou a realizar algumas operações científicas. Já a sonda Opportunity “desapareceu” devido a uma tempestade de poeira no Planeta Vermelho — até agora, nenhum sinal dela. A NASA espera que até janeiro os ventos possam limpar a poeira de seus aparelhos para ela retomar as atividades. Do lado russo da exploração espacial, a coisa não foi muito melhor, não. Uma falha no lançamento de um foguete Soyuz fez com que a Rússia suspendesse novas viagens para a Estação Espacial Internacional. Como a Roscosmos é uma das poucas agências espaciais a fazer esse tipo de viagem, a possibilidade de ter que deixar a EEI vazia chegou a ser considerada. E essa nem é a pior das histórias envolvendo uma espaçonave russa. Um vazamento de pressão de ar foi detectado na Estação Espacial Internacional em setembro, causado por uma "microfissura" no casco da espaçonave Soyuz. Só que, ao que tudo indica, não era um buraquinho qualquer, não, mas um furo feito com uma broca, e suspeita-se que ele tenha sido feito de dentro. É uma história para lá de estranha, que deve ter repercussões em 2019. Imagem: ESO Com tanta coisa dando errado, não seria de se estranhar se houvesse até uma invasão alienígena. Até chegaram a considerar que o objeto interestelar Oumuamua fosse uma espaçonave de outra civilização, mas não era nada disso. Feitos independentes2018 também marcou novos feitos das empresas privadas que investem em exploração espacial. A SpaceX fez história ao lançar seu primeiro foguete Falcon Heavy, o mais pesado até o momento. Ele levou, inclusive, o Tesla Roadster pessoal do bilionário Elon Musk para o espaço, com o boneco Starman "na direção".
O futuro parece ainda mais promissor: a companhia anunciou em novembro sua primeira viagem espacial "turística". Um foguete levará o bilionário japonês Yusaku Maezawa para um passeio ao redor da lua. A SpaceX não foi a única. Um feito mais modesto, mas não menos impressionante, foi alcançado pela Virgin Galactic. A empresa enviou sua aeronave comercial SpaceShipTwo para voar a uma altura de 82,68 quilômetros. Ainda é abaixo da linha de Karman, linha a 100 km do nível do mar que define onde começa o espaço, mas já foi o suficiente para enxergar e fotografar a curvatura do planeta Terra.
O ano foi tão bom para o lançamentos independentes que até mesmo o doidão terraplanista conseguiu colocar seu foguete no ar. Grandes descobertasApesar dos sucessivos problemas e dificuldades enfrentados pelas agências espaciais, houve, sim, consideráveis avanços, feitos e descobertas. Cientistas encontraram evidências de água em estado líquido presa debaixo de uma calota de gelo em Marte. Também ficamos sabendo que tem um pouquinho de gelo na Lua. Passamos a conhecer melhor os anéis de Saturno: eles fazem material orgânico chover no planeta. E, com o tempo, isso pode mudar drasticamente o jeito como o conhecemos: em 100 milhões de anos, os anéis podem desaparecer. Claro, nenhum de nós estará aqui para ver isso. Mas não foram só os planetas e luas que nos reservaram surpresas para 2018. Estamos, aos poucos, descobrindo objetos distantes do Sistema Solar, como Farout. A uma distância de 120 unidades astronômicas — isto é, 120 vezes a distância média entre a Terra e o Sol — Farout é o objeto mais distante já identificado. Concepção artística do hipotético Planeta Nove, às vezes referido como Planeta X. A descoberta de um novo planeta anão nos confins do Sistema Solar está fornecendo evidências adicionais de sua existência. A descoberta de alguns desses objetos aponta para possibilidades bastante interessantes. O Goblin, que está a 80 UA, dá mais suporte à hipótese da existência do chamado Planeta Nove, que teria grande massa e cuja gravidade explicaria as órbitas alongadas desses objetos. Lançamentos e pousosVoltando às viagens espaciais, um marco desse ano foi o pouso da sonda InSight, da NASA, em Marte. A pesquisa em asteroides também teve novidades, com a chegada da missão Hayabusa2, da agência japonesa JAXA, ao asteroide Ryugu, e o pouso da sonda OSIRIS-REx, da NASA, no asteroide Bennu. Novos lançamentos também foram realizados: a China enviou uma espaçonave com destino ao lado escuro da lua, e a agência europeia ESA colocou no espaço a missão BepiColombo rumo a Mercúrio. Entre tantos feitos, problemas e conquistas, já sabemos qual será a primeira grande notícia de 2019: a NASA confirmou que a sonda New Horizons se aproximará do objeto distante Ultima Thule nas primeiras horas do primeiro dia do ano.
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