sábado, 19 de janeiro de 2019

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Acredite: este mouse tem um computador e um teclado retrátil funcionais em seu interior

Posted: 18 Jan 2019 12:59 PM PST

Alguns hacks de hardware só existem para provar que eles são realmente possíveis. É o caso deste “Mouse-Computador” que foi projetado, impresso em 3D e montado pelo canal de YouTube Electronic Grenade. Trata-se de um computador portátil completamente funcional, menor que até mesmo os notebooks mais finos, mas, ao mesmo tempo, infinitamente menos conveniente de se usar, é claro.

Os botões, o sensor e a placa-mãe de um outro mouse óptico foram transplantados para uma caixa 3D projetada sob medida, grande o suficiente para acomodar também uma bateria recarregável de 500 mAh, um pequeno teclado Bluetooth que pode se retrair no interior e um computador Raspberry Pi Zero W.

O uso de um Raspberry Pi Zero W é um dos vários desafios que dificultam ser realmente produtivo com este pequeno computador, já que ele roda em um processador de um só núcleo de 1 GHz, com apenas meio gigabyte de RAM. Em outras palavras, não é um primor de velocidade. O teclado minúsculo não é para uso cotidiano, claro, mas não parece impossível de se usar, como qualquer um que tenha tido um smartphone antes da existência do software de correção automática poderia atestar.

O maior desafio pode ser essa tela. Embora seja uma OLED com cores de 16 bits e níveis de contraste aceitáveis, ela tem apenas uma polegada e meia de tamanho, com uma resolução de 128 x 128 pixels. Mesmo os smartwatches mais básicos conseguem exibir mais pixels do que isso, mas eles dependem de sistemas operacionais personalizados adaptados a pequenas telas. Esse computador portátil ainda executa um sistema operacional com pastas e janelas navegadas por um cursor minúsculo. Se eu vou trocar meu MacBook comparativamente volumoso por um desses? Não, mas aposto que ele roda Doom muito bem.

[YouTube via Motherboard]

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Google compra parte tecnológica de empresa de relógio Fossil para impulsionar smartwatches

Posted: 18 Jan 2019 12:04 PM PST

O Google anunciou nesta quinta-feira (17) que vai comprar parte da divisão de smartwatches da Fossil. Como parte do negócio, o Google também vai obter uma porção da equipe de pesquisa e desenvolvimento da Fossil Group. Não está claro exatamente o tipo de tecnologia que o Google está buscando, mas a aquisição paradoxalmente faz sentido e é um pouco intrigante.

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Primeiramente, a transação faz sentido, pois a Fossil é um dos parceiros mais longos do Google na área de vestíveis. Embora já tenhamos visto relógios com Wear OS (antigamente conhecido como Android Wear) de outras companhias, como a LG, a Fossil tem a coleção mais estilosa com a plataforma de vestíveis do Google.

"Vestíveis, feitos para o bem-estar, simplicidade, personalização e utilidade, têm a oportunidade de melhorar vidas das pessoas, fornecendo informações para os usuários e insight que eles necessitam num piscar de olhos", disse Stacey Burr, vice-presidente de gerenciamento de produtos do Wear OS, em um comunicado. "A adição do grupo de tecnologia do Fossil Group e equipe ao Google demonstra nosso compromisso com a indústria do bem-estar permitindo um portfólio diverso de smartwatches e oferecendo apoio às necessidades em constante evolução do consumidor em busca de vitalidade e movimento."

E é aí que as coisas começam a ficar esquisitas. Os pontos fortes da Fossil geralmente estão em seus relógios analógicos híbridos. Estes relógios são aparelhos que "parecem" antigos, mas que escondem características inteligentes. Eles costumam ter uma ótima duração de bateria, fazer algumas medições como de passos e mostrar notificações. Só recentemente que a Fossil entrou, de fato, na onda do Wear OS com o Fossil Sport, e só neste mês que recursos como medidor de batimento cardíaco, NFC e GPS foram adicionados nos smartwatches Kate Spade e Michael Kors Acess Sofie.

No entanto, quando se fala de rumores de um Pixel Watch, isso não oferece muita confiança. A plataforma de smartwatch do Google já teve altos e baixos e, à esta altura, alguns redesigns e reformulações de marca. A categoria também ficou para trás por causa do chip Qualcomm 2100, que consumia bateria pra caramba, e, até o momento, a versão mais recente, o Qualcomm 3100, não foi usado em muitos aparelhos disponíveis no mercado. (No momento, apenas o Montblanc Summit 2 e o Fossil Sport). Relógios Fossil são sem dúvida o melhor hardware Wear OS disponível, mas eles não competem no mesmo nível que o Galaxy Watch, da Samsung, com Tizen ou o Apple Watch.

Então, teremos um Pixel analógico híbrido? Não, obrigado. Isso parece uma perda total de esforços do Google em renovar o Wear OS e uma decepção para quem espera um smartwatch touchscreen. O que me deixa em dúvida sobre os comentários de Burr é esta história de "bem-estar". Nesta área de tecnologia voltada para saúde, a Fossil tem que correr para tentar alcançar o Apple Watch, a Fitbit e a Samsung.

De qualquer forma, já está na hora de ter uma boa alternativa Android ao Apple Watch, e espero que esta aquisição seja um sinal de que o Google está pronto para parar de atrasar seus esforços.

[The Verge]

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Os óculos de realidade aumentada do Facebook pode estar mais próximo de virar realidade

Posted: 18 Jan 2019 11:13 AM PST

O Facebook estaria despejando recursos no desenvolvimento de um novo hardware de realidade aumentada bacana — mas não espere vê-lo nos produtos tão cedo.

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Rob Price, do Business Insider, revelou em uma reportagem publicada na quinta-feira (17) que o Facebook deslocou centenas de seus funcionários do conjunto de pesquisa Facebook Reality Labs para uma outra equipe — liderada por Michael Abrash e e Andrew “Boz” Bosworth — que irá se concentrar especificamente no trabalho em hardwares de realidade aumentada, incluindo o tão esperado headset do Facebook.

A empresa recusou um pedido de entrevistas sobre quantos funcionários foram transferidos ou seriam transferidos no total para essa nova equipe, mas a porta-voz do Facebook Tera Randall disse ao Business Insider que era por volta de “algumas centenas de pessoas” e que a empresa planejava expandir ambas as equipes neste ano.

O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, diz há anos que óculos de realidade aumentada eram uma prioridade para a empresa, mas a rede social reiterou consistentemente sua intenção de não ter pressa, para acertar na mão. Zuckerberg disse ao Recode em abril de 2017 que “todo mundo concordaria que não temos a ciência ou a tecnologia hoje em dia para construir os óculos de realidade aumentada que queremos”, mas que tal tecnologia pode existir daqui a “cinco anos, sete anos ou algo assim”.

É verdade que ainda não chegamos a ver uma boa versão dessa tecnologia. Porém, embora possa faltar muito tempo ainda para que chegue a versão do Facebook de um óculos AR, Price falou com uma fonte que alegou ter lidado com um protótipo dos óculos da companhia. A descrição da fonte de Price parece bater com modelos iniciais de como o Facebook imaginou que seus óculos AR seriam esteticamente:

A fonte, que havia testado um protótipo dos óculos, disse que eles pareciam muito mais óculos tradicionais do que os headsets pesados de realidade aumentada oferecidos por Microsoft (HoloLens) ou Magic Leap: “Eles parecem óculos realmente de ponta… São leves o bastante para não pesarem no seu rosto, mas não demais para fazer parecer que basta sentar neles para quebrá-los”.

Ficus Kirkpatrick, que supervisiona os softwares de AR e VR do Facebook, disse ao TechCrunch durante seu evento de AR/VR em outubro que “os óculos com que sonhamos estão bem distante”, mas apontou que o Facebook queria “ver esses óculos virarem realidade, e acho que queremos fazer nossa parte, ajudando a trazê-los”.

Embora a fonte de Price tenha dito que o headset pode ser lançado por volta de 2022 depois de atrasos, a porta-voz do Facebook Tara Randall disse ao repórter que “sua informação sobre datas de lançamento está errada” e que a empresa estava atualmente trabalhando em diversos produtos de realidade aumentada que talvez sequer sejam lançados.

Quando perguntada sobre um possível prazo de lançamento para seu headset de realidade aumentada, Randall disse ao Gizmodo por e-mail que “esse ainda é um projeto de longuíssimo prazo para nós e está no nosso roteiro de dez anos”.

[Business Insider]

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Tabela periódica mais antiga do mundo é encontrada durante faxina em armazém de universidade escocesa

Posted: 18 Jan 2019 09:51 AM PST

Um material escolar com uma versão inicial da tabela periódica de elementos foi descoberto em um laboratório de química da Universidade de St. Andrews. Feita na década de 1880, a tabela periódica foi considerada a mais antiga do mundo.

A sala de armazenamento do departamento de química da universidade escocesa não via uma boa faxina desde a inauguração do prédio, em 1968. Ela levou meses para ser arrumada em 2014, segundo um comunicado divulgado hoje pela Universidade de St. Andrews. Entre toda a bagunça acumulada ao longo dos anos, havia um estoque de cartas de ensino enroladas.

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Quando o químico Alan Aitken desenrolou um desses materiais , ele viu uma versão antiquada da tabela periódica dos elementos. No topo, estava um título escrito em alemão: "Periodische Gesetzmässigkeit der Elemente nach Mendeleieff", que quer dizer "regularidade periódica dos elementos de acordo com Mendeleev". O papel estava extremamente quebradiço e frágil, e algumas partes se desfizeram nas mãos de Aitken enquanto ele folheava. As más condições da folha, juntamente com sua arcaica tabela de elementos, levaram à hipótese de que ela era muito antigo.

Uma investigação detalhada sobre o gráfico e suas origens confirmou essas suspeitas. Sim, a tabela é muito antiga, datada de 1885, segundo a universidade. Mas não é só isso — agora, ela é o mais antigo material escolar conhecido a exibir a tabela periódica dos elementos.

O químico russo Dmitri Mendeleev desenvolveu a primeira tabela periódica em 1869 e revisou o gráfico em 1871. A tabela recém-descoberta é bastante semelhante à versão revisada, mas com diferenças importantes. Como o comunicado de St. Andrews explica:

A tabela de St. Andrews era claramente um dos primeiros exemplares. Ela tem anotações em alemão, e uma inscrição no canto inferior esquerdo — "Verlag v. Lenoir & Forster, Wien" — identifica uma editora científica que operou em Viena entre 1875 e 1888. Outra inscrição — "Lith. von Ant. Hartinger & Sohn, Wien" — identifica o litógrafo, que morreu em 1890. Trabalhando com a Equipe de Coleções Especiais, a Universidade [de St. Andrews] buscou orientação de uma série de especialistas internacionais. Após investigações posteriores, parece que não existe nenhum gráfico de estudos anterior com uma tabela do tipo. O professor Eric Scerri, especialista em história da tabela periódica da Universidade da Califórnia em Los Angeles, datou a tabela entre 1879 e 1886 com base nos elementos representados. Por exemplo, tanto o gálio quanto o escândio, descobertos em 1875 e 1879, respectivamente, estão presentes, enquanto o germânio, descoberto em 1886, não está.

Uma investigação subsequente dos registros financeiros da universidade mostrou que Thomas Purdie, professor de química de 1884 a 1909, comprou o gráfico de um catálogo alemão em outubro de 1888. A tabela em si foi fabricada em Viena no ano de 1885.

Com a data e a origem do gráfico estabelecidas, as autoridades de St. Andrews dedicaram-se à tarefa de preservar a relíquia para a posteridade. A equipe de Coleções Especiais da Universidade foi solicitada a realizar uma restauração, com financiamento proveniente do National Manuscripts Conservation Trust.

Trabalhando com cuidado para não danificar ainda mais a tabela, os restauradores usaram escovas para remover poeira e detritos da superfície. Eles também removeram o gráfico de maneira bastante cuidadosa do seu pesado suporte de linho. Água deionizada foi aplicada para remover os anos de descoloração, e papel japonês kozo e pasta de amido de trigo foram usados ​​para reparar rasgos e lacunas.

Na etapa final, os restauradores criaram uma réplica em tamanho real da tabela, que agora está em exibição em St. Andrews. Quanto ao original, ele está agora descansando em segurança em uma sala com controle de temperatura nas instalações da Special Collections. Esperamos que não seja esquecido por mais um século.

[University of St. Andrews]

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Homem injeta 18 “doses” de seu próprio sêmen no braço para curar dor nas costas

Posted: 18 Jan 2019 08:44 AM PST

Em um novo estudo de caso, médicos irlandeses relatam o impressionante caso de um homem de 33 anos que injetou seu próprio sêmen intravenosamente durante um ano e meio, uma “cura” autodesenvolvida para tratar sua dor crônica nas costas. Parece que não funcionou.

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Depois de ter supostamente injetado sêmen no braço mensalmente durante 18 meses, o homem enfim procurou assistência médica — mas não para o braço. Em vez disso, o paciente se queixava de “dores fortes e repentinas na região lombar”, tendo levantado um “objeto de aço pesado” três dias antes. Durante seu check-up, o médico encontrou um inchaço vermelho em seu antebraço direito, e, em seguida, o homem admitiu que estava injetando seu próprio sêmen nas veias, usando uma agulha hipodérmica que havia comprado online.

Desta vez, ele havia injetado três “doses” de sêmen, tanto em seus vasos sanguíneos quanto em seus músculos.

Foto: Dunne et al/Irish Medical Journal/

“Este é o primeiro caso relatado de injeção de sêmen para uso como tratamento médico”, escreveram os médicos do Adelaide and Meath Hospital, na Irlanda, no estudo de caso intitulado “‘Semenly’ Harmless Back Pain: An Unusual Presentation of a Subcutaneous Abscess”, publicado no Irish Medical Journal.

A região inchada cresceu e endureceu ao redor da área de seu braço onde ele havia injetado seu sêmen, e um raio X revelou uma área de ar preso sob a pele do homem. Os médicos imediatamente hospitalizaram o paciente, tratando-o com uma terapia antimicrobiana intravenosa. Depois que a dor nas costas do paciente melhorou, ele teve alta hospitalar.

Os médicos realizaram uma busca na literatura médica e além, não revelando um único caso de injeção intravenosa de sêmen para dor nas costas. De acordo com o estudo de caso:

Embora haja um relato dos efeitos da injeção subcutânea de sêmen em ratos e coelhos, não houve casos de injeção intravenosa de sêmen em humanos encontrados na literatura. Uma pesquisa em sites e fóruns mais ecléticos na internet não encontrou nenhuma outra documentação de injeção de sêmen para tratamento de dor nas costas ou outros usos. Tentativas de injeção intravenosa e arterial de substâncias nocivas como mercúrio, gasolina, líquido de isqueiro de carvão vegetal, ácido clorídrico e hidrocarbonetos são bem descritas e geralmente são realizadas em tentativas de suicídio, diferentemente do caso descrito acima, no qual o paciente buscava aliviar desconforto físico.

Depois de relatar o primeiro caso de um homem que injetou seu próprio sêmen para tentar tratar a dor nas costas, os autores ofereceram um aviso: é perigoso para os não treinados realizar injeções intravenosas em si mesmos, especialmente quando estão injetando coisas que não são feitas para serem injetadas em veias, como sêmen.

Essa não é a primeira vez que vemos algo assim. Talvez este caso faça você se lembrar de Aaron Traywick, o falecido biohacker que uma vez fez em si mesmo um tratamento não regulamentado de herpes na frente de uma plateia.

Os médicos por trás do estudo sobre o paciente que injetou sêmen em si apontam que o caso mostra os riscos de experimentar tratamentos em si mesmo antes que pesquisas clínicas de segurança sejam feitas.

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O admirável mundo de possibilidades das APIs para desenvolvimento web

Posted: 18 Jan 2019 08:40 AM PST

API. Ou Application Programming Interface. Ou ainda Interface de Programação de Aplicativos, em português. Você já ouviu falar nestes termos? Bom, talvez sim. Mas, o que você pode não saber é a dimensão que essa tecnologia tomou, principalmente no cenário digital, e como ela é uma chave mestra para você aí que quer se tornar um desenvolvedor web.  

De forma geral, as APIs correspondem a um conjunto de instruções e padrões estabelecidos por um software para a utilização das suas funcionalidades por aplicativos que não pretendem envolver-se em detalhes da implementação do software, mas apenas usar seus serviços. De um jeito mais simples, elas são grandes responsáveis pela conexão e interação entre softwares, plataformas e ferramentas para que tudo funcione em conjunto.

Pense nelas como "pontes" que conectam aplicações e que realizam a comunicação entre essas aplicações para compartilhar suas ações, ferramentas, padrões e protocolos. Além disso, as APIs proporcionam a integração entre sistemas que possuem linguagens totalmente distintas de maneira ágil e segura; conectam tecnologias heterogêneas, como diferentes bancos de dados, por exemplo; e fazem com que funcionalidades e ferramentas específicas de determinados aplicativos sejam utilizadas em outros, sem que isso cause qualquer dificuldade.

Para facilitar, vamos aos exemplos. Quando você se cadastrou na Uber (e em outras centenas de aplicativos), você tinha a opção de preencher todos os dados ou clicar no botão referente ao login com o Facebook. Isso é feito através de uma API. Também quando você entra em um site de hotel e nele há o mapa do Google que mostra a melhor maneira de chegar ao local: essa integração de sistema com o Google Maps é uma API. Ou quando você efetua uma compra online, o site usa uma API para enviar a sua informação de cartão de crédito a um aplicativo remoto que verifica se os dados procedem. Assim que o pagamento é confirmado, é enviada uma resposta ao site liberando a compra. São milhares de situações. E sim, por incrível que pareça, as API's estão mais presentes do que você imagina no nosso dia a dia. É exatamente por isso que elas são tão importantes no mundo de desenvolvimento web e, por isso, que fazem parte do currículo do curso de Desenvolvimento Web da Ironhack.

É, de fato, um universo de possibilidades. Afinal, por conectar softwares, as APIs têm papel essencial na criação de aplicativos. Na realidade, os apps que conhecemos hoje só são possíveis a partir da ligação entre sistemas e ferramentas que as APIs proporcionam.

Já dentro dos negócios e das empresas, a inserção das APIs nos sites e aplicativos de diversos nichos de mercado faz com que seja mais fácil coletar e armazenar informações e dados unindo diversas ferramentas de análise de forma  prática e funcional, sempre mantendo a segurança e a estabilidade na execução.

Mas, e aí, você quer se tornar um desenvolvedor web e fazer uso das APIs e de tantas outras tecnologias? Então, agora é a hora de mergulhar nos estudos. A Ironhack, escola de programação global que chegou a São Paulo em 2018, possui um bootcamp de programação pra lá de completo. As aulas, em horário noturno ou em tempo integral, são voltadas para o que as empresas realmente precisam e ensinam as tecnologias, frameworks, linguagens e habilidades de ponta. Tudo isso por meio de uma metodologia de ensino eficaz para a sua melhor aprendizagem. Tá pronto? É hora de saber mais. Confira!

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Ebola, HIV e movimento antivacinação: as ameaças globais de 2019 segundo a OMS

Posted: 18 Jan 2019 07:10 AM PST

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fixou firmemente seu olhar sobre o movimento antivacinação. Em um post nesta semana, a OMS listou a hesitação com relação a vacinas como uma das principais ameaças à saúde do mundo a se combater em 2019, juntamente com outros grandes problemas como HIV, Ebola e mudanças climáticas.

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A nova inclusão (ela não estava na lista da OMS de 2018) é o mais recente reconhecimento do quão perigoso se tornou o movimento antivacinação. Os casos de sarampo aumentaram 30% globalmente entre 2016 e 2017, por exemplo, de acordo com a OMS. Esse aumento no sarampo não é inteiramente culpa do movimento antivacina (a falta de cuidados de saúde acessíveis é outra razão), e as taxas globais de vacinação ainda permanecem altas em países como os EUA, onde há muito tempo é um requisito obrigatório para crianças que entram no sistema escolar. Mas o movimento semeou dúvidas suficientes para criar bolsões de pessoas não vacinadas, com a doença altamente contagiosa podendo se espalhar como um incêndio.

O estado de Nova York, por exemplo, está enfrentando seu pior surto de sarampo em décadas, com mais de 170 casos relatados desde setembro do ano passado e outros 33 casos na vizinha Nova Jersey. Quase todos esses casos aconteceram entre a minoria de judeus ultraortodoxos que evitaram a vacinação e provavelmente trouxeram o vírus de Israel, outro país lidando com surtos do vírus, segundo o Departamento de Saúde do Estado de Nova York. Os Estados Unidos, graças à vacinação obrigatória, é declarado livre de casos de sarampo nativos desde 2000.

“A vacinação é uma das maneiras mais rentáveis de evitar doenças — ela atualmente evita de dois a três milhões de mortes por ano, e mais 1,5 milhão delas poderiam ser evitadas se a cobertura mundial das vacinações melhorasse”, escreveu a OMS.

Não é só o progresso contra o sarampo que os antivacinas ameaçam fazer descarrilar. A vacina contra o HPV deverá reduzir drasticamente a taxa de câncer de colo do útero e outros cânceres, contanto que a cobertura da vacina siga crescendo. Mas o que já não é escassez de propaganda antivacinação e teorias da conspiração em torno dessa vacina.

Pelo lado positivo, mais um triunfo da saúde pública, impulsionado pela vacinação, está prestes a dar frutos. Em 2018, segundo a OMS, havia menos de 30 casos de poliomielite selvagem espalhados em dois países, e a organização espera que 2019 tenha o empurrão final necessário para interromper completamente sua transmissão. Essa será certamente uma vitória que vale a pena comemorar, pois a poliomielite é uma doença devastadora que, antigamente, chegou a matar ou paralisar meio milhão de pessoas, muitas vezes crianças, todos os anos.

As outras ameaças à saúde em 2019 destacadas pela OMS incluem doenças não transmissíveis como diabetes e câncer, uma possível pandemia de gripe (lembrete: tome a vacina contra a gripe), condições de vida como fome e guerra, que tornam as pessoas especialmente vulneráveis, resistência a antibióticos, sistemas de saúde fracos e o vírus da dengue. A mudança climática e a poluição do ar também fizeram parte da lista: entre 2030 e 2050, segundo a OMS, espera-se que a mudança climática cause 250 mil mortes adicionais por ano, devido ao aumento de problemas como malária, estresse térmico, desnutrição e diarreia.

[OMS]

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Estas três dicas de segurança são o suficiente para não se preocupar com novos vazamentos

Posted: 18 Jan 2019 06:26 AM PST

O chamado “mega vazamento” desta semana pode ser um problemão para você. Se for o caso, isso significa que é a hora ideal para tomar o controle da sua segurança digital. Sim, todas as companhias precisam ser responsabilizadas pela negligência de segurança que permite que dados sensíveis sobre você caia nas mãos erradas. Mas neste momento, não existe razão para acreditar nesses caras – então é melhor você se prevenir.

• Vazamento de dados gigantesco expõe mais de 772 milhões de e-mails e 21 milhões de senhas

Cerca de 21 milhões de senhas únicas foram vazadas nessa semana. Os usuários que não precisam se preocupar muito são aqueles que, pelo menos, ativaram algum tipo de autenticação múltipla – o mais simples é a autenticação de dois fatores ou “2FA”. Melhor ainda se você tiver adotado um gerenciador de senha confiável, que permite que você crie senhas únicas, longas e complexas para cada site. Adicione uma chave física e você certamente estará tranquilo.

Separamos uma listinha com três passos para ter uma boa rotina de segurança e nunca ficar preocupado com outro vazamento de senhas.

Passo 1: Habilite a autenticação em dois fatores

A autenticação em dois fatores (2FA) não é perfeita, mas tem sido amplamente adotada pelos sites e serviços, além de ser muito fácil de usar.

Ela funciona assim: você vai fazer o login, digamos, de sua conta de e-mail, e depois de colocar a senha senha o site pede para que você insira o código que foi enviado para o seu celular (vamos falar mais sobre isso adiante). O que isso faz, teoricamente, é prevenir que pessoas acessem sua conta. Mesmo que elas saibam sua senha, será preciso ter acesso físico ao seu celular.

Então, mesmo que a sua senha vaze, esse problema não se tornará tão grande.

Hoje em dia, muita gente já sabe que não se pode acessar a conta do banco sem colocar o código que é enviado para o telefone. E muitos dos grandes serviços na internet já suportam o 2FA. Geralmente, a opção para ativá-lo está nas configurações de segurança da sua conta, vale a pena dar uma olhada.

E, veja, se algum serviço que lida com informações sensíveis não oferece uma opção de autenticação em dois fatores, é melhor parar de usá-lo. Fica claro que uma empresa como essa não dá a mínima para a sua segurança.

A razão pela qual “vazamentos” como esses recebem tanta atenção é pelo fato de deixarem as contas de milhões de pessoas expostas. Todos ficam indignados com as empresas que deveriam ter protegido melhor as informações, e com razão. Mas a ideia de que os usuários não têm nenhuma responsabilidade pela segurança digital é perigosa e preguiçosa.

Eu disse que o 2FA não é perfeito, então vou elaborar a ideia: a maioria dos serviços 2FA envolve o envio de códigos de segurança, normalmente de 5 a 6 dígitos, por meio de uma mensagem de texto (SMS). Já foi provado diversas vezes que, embora mais seguro, receber o código via SMS está longe de ser infalível.

Uma maneira de melhorar a segurança do 2FA é usar um aplicativo autenticador em seu smartphone. (Você pode baixar o Google Authenticator, por exemplo, na App Store e na Google Play). Esses aplicativos mostrarão códigos de segurança em vez de enviar um por mensagem de texto. Muitos serviços, mas infelizmente não todos, têm a opção para que você use um app desses, em vez do SMS.

Passo 2: Use um gerenciador de senhas

Os gerenciadores de senhas são a segunda linha de defesa nestas situações. Você já deve ter lido que não se deve reutilizar senhas, e caso você não use um software do tipo, há uma boa chance de você não seguir esse conselho.

É quase impossível, sem algum dispositivo mnemônico, gerar senhas exclusivas e complexas para cada serviço que você usa e lembrar-se delas o tempo todo. A melhor maneira de garantir que você está sempre usando senhas fortes, portanto, é instalar um gerenciador de senhas, que faz o trabalho duro para você. Existem várias opções, mas o LastPass e o 1Password funcionam muito bem.

Gerenciadores de senhas permitem que você crie senhas muito longas e complexas, e então esquecer que elas existem. A única senha que você precisa lembrar é aquela que permite que você acesse o próprio gerenciador. Obviamente, faça uma boa senha (aqui tem um guia, em inglês, sobre como fazer isso).

Uma senha longa e complexa é fundamental em situações onde as senhas são vazadas (a menos que sejam vazadas em texto puro). Em muitos casos, um vazamento envolve senhas que são codificadas usando um protocolo de criptografia fraco ou antiquado, como o MD5. Isso requer que o atacante quebre (ou descriptografe) essas senhas que estão “escondidas”. Quanto mais longa e complexa for uma senha, mais difícil para o atacante descobri-la.

Os gerenciadores de senhas podem parecer arriscados no início. Parece que você está deixando tudo sob uma única senha e há um medo de que ela seja roubada ou vazada. Aqui está uma lista, por exemplo, de serviços 2FA oferecidos pelo LastPass:

Uma coisa que eu vou acrescentar, uma vez que eu mencionei o LastPass diversas vezes, é que, caso queira usar um token físico, você precisará ter a versão paga do software. Neste momento, a assinatura sai por US$ 2 mensais.

Isso pode soar como um incômodo, mas os gerenciadores de senhas são incrivelmente convenientes. Quando você está logado no gerenciador, ele irá preencher as senhas por você.

Digitar senhas longas e complexas em teclados minúsculos pode ser irritante e você pode usar o TouchID ou FaceID (ou o leitor de impressões do Android) para fazer logins via smartphone. Nos navegadores do computador, há extensões para agilizar os logins.

Passo 3: Compre tokens de segurança físicos

Se confiar num gerenciador de senhas ainda te assusta, ainda há outra opção. Você pode comprar um token de segurança físico para proteger o próprio gerenciador. Há opções como o Yubikey ou o Google Titan Security Key. E eu recomendo que você compre dois desses.

O Yubikey e o Titan são “tokens de segurança físico”, que contém uma chave de criptografia privada. Quando você habilita a opção de chave de segurança física em seu gerenciador de senhas, nem você – nem ninguém mais – poderá acessar sua conta sem ela. Isso significa que para invadir a sua conta, um atacante precisará (a) da sua senha, (b) acesso ao seu telefone desbloqueado e (c) do seu token físico.

Isso também significa que você não pode perder o seu token (e é por isso que é melhor comprar dois deles).

Se você está comprando um token de segurança pela primeira vez (ou querendo comprar um mais novo), recomendo o Yubikey Series 5 ou o Google Titan. Ao contrário dos Yubikeys mais antigos, a versão Series 5 inclui NFC e USB, enquanto o Titan inclui um dongle Bluetooth e um dongle USB. Por que você precisa de ambos? Porque essas opções permitem que você possa usá-los com qualquer celular.

Veja, a sua conta de e-mail é uma das coisas mais valiosas que você tem e de nenhuma maneira você pode se dar ao luxo de que algum desconhecido tenha acesso a ela. Além de conter conversas importantes, é por meio do seu e-mail que você consegue recuperar senhas de outras contas.

Um token de segurança físico basicamente reduzirá essa ameaça a um nível inexistente. Tanto os Yubikeys quanto o Google Titan também podem ser usados para proteger suas contas das redes sociais.

Passo 4: Aproveite

Se tudo isto é novo para você, provavelmente vai parecer algo bem difícil. Mas depois de configurar tudo, não vai demorar mais do que alguns dias até que sua nova rotina de segurança seja bem natural.

Se a notícia do vazamento te deixou abalado e você está preocupado com a possibilidade de alguém conseguir acessar algum material sensível, é hora de entrar para o clube.

A Electronic Frontier Foundation, uma das principais organizações de direitos digitais, tem uma biblioteca incrível com dicas e tutoriais de segurança muito úteis, que cobrem tópicos desde como criar senhas super seguras usando dados e como criar um plano de segurança, até explicações mais profundas sobre como a criptografia funciona e uma variedade de guias de ferramentas de segurança.

Dedique algum tempo para aprender mais sobre segurança e tenha menos dores de cabeça no futuro.

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Anéis de Saturno podem ter se formado durante a era dos dinossauros, sugere análise

Posted: 18 Jan 2019 06:00 AM PST

Os anéis de Saturno podem ter se formado relativamente há pouco tempo — por volta dos últimos cem milhões de anos ou algo assim —, de acordo com uma nova pesquisa.

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Uma equipe de cientistas analisou o campo gravitacional de Saturno e a massa de seus anéis, com base em dados da missão Cassini, que terminou em 2017. Suas medições levaram a informações sobre a composição do planeta e a jovem idade dos anéis, pelo menos do ponto de vista astronômico.

“Talvez uma grande colisão tenha formado os anéis por volta da era dos dinossauros”, disse Luciano Iess, autor principal do estudo da Universidade de Roma La Sapienza, na Itália, em entrevista ao Gizmodo. “Mas, para mim, a verdadeira surpresa foi a estrutura interior.”

Os cientistas avaliaram o campo gravitacional de Saturno medindo um sinal de microondas que a Cassini enviou aos receptores na Terra durante suas órbitas de encerramento de missão. Durante essas 22 órbitas finais, a sonda foi posicionada de tal forma que raspasse o topo das nuvens de Saturno em cada passagem, enviando seus sinais para a Terra sem ser bloqueada por Saturno. Os pesquisadores escolheram seis dessas órbitas, medindo como o campo gravitacional em torno de Saturno mudou a velocidade da Cassini e, por sua vez, o sinal de microondas.

Depois de deduzir a força do campo gravitacional do planeta e de seus anéis, os pesquisadores foram capazes de determinar a massa total dos anéis: cerca de 15 quintilhões de quilos. Isso é cerca de sete mil vezes menos massivo que a Lua, ou cerca de 0,4 vezes a massa da pequena lua saturniana Mimas. A equipe estimou a idade dos anéis em cerca de dez milhões a 100 milhões de anos, em comparação com a idade de Saturno, de 4,5 bilhões de anos. Eles publicaram seus resultados na revista científica Science.

Iess ficou especialmente empolgado com as medições do planeta em si, que revelaram que seu campo gravitacional diferia das expectativas iniciais.

“Havia pessoas pensando que, uma vez que determinássemos o interior de Júpiter, se poderia saber qual era a estrutura interior de Saturno. Aconteceu que isso estava errado, porque eles são bem diferentes”, disse Iess. Aparentemente, a atmosfera de Saturno flui e se move profundamente no planeta, talvez nove mil quilômetros abaixo de seus topos de nuvens. Mas ainda há partes misteriosas e não atribuíveis da gravidade do planeta que podem ser causadas por convecção, turbulência ou oscilações. Eles não sabem, disse Iess.

Essa é apenas parte da evidência sobre os anéis de Saturno e a gravidade, é claro. “É uma peça importante do quebra-cabeça, mas não é a única”, disse Kelly Miller, cientista de pesquisa do Southwest Research Institute, que não esteve envolvida no estudo. Miller acha que o artigo tem um interesse intrínseco e aponta que mais dados sobre a composição química dos anéis poderiam confirmar as estimativas em torno de sua idade. Iess compartilha do sentimento, mas observa que isso exigiria o envio de uma sonda para capturar amostras dos anéis.

Porém, a idade jovem dos anéis tem implicações importantes. Isso significa que a característica que mais associamos a Saturno pode ser uma coisa nova, cosmologicamente, possivelmente o resultado de alguma colisão caótica que ocorreu milhões de anos atrás, ou talvez algo mais estranho. E isso, combinado com dados recentes sugerindo que os anéis do planeta podem desaparecer daqui a 100 milhões de anos, indica que temos sorte de viver em uma época em que Saturno tem anéis, disse Iess.

É louco pensar que Saturno só obteve seus anéis icônicos durante a era dos dinossauros ou até mais recentemente. E estudos como esses poderiam revelar mais sobre como o planeta e seus anéis se formaram e como os discos no espaço se comportam de forma mais geral. Agora, só precisamos enviar uma nova sonda para Saturno.

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Cientistas suíços treinaram um robô para escapar de agressores humanos

Posted: 18 Jan 2019 04:20 AM PST

Engenheiros de uma instituição suíça dizem ter encontrado uma maneira de tornar um robô de quatro patas ainda mais difícil de combater durante um apocalipse robô. Em um novo artigo publicado na revista Science Robotics, eles descrevem um sistema que treina a máquina para que ela fuja o mais rápido possível e seja capaz de resistir a tentativas de derrubá-la. O robô poderia até mesmo se recuperar sozinho de uma queda.

Ah, que ótimo. GIF: Hwangbo, et al (Science Robotics)

O ANYmal foi originalmente desenvolvido por pesquisadores do Robotic Systems Lab, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Zurique (ETH Zurich). Desde então, ele é comercializado pela empresa ANYbotics, fundada em 2016, e continua sendo atualizado. Ao contrário de muitos robôs de quatro patas existentes atualmente, o ANYmal é à prova d’água e foi projetado especificamente para enfrentar condições bem distantes do ideal, como florestas, locais industriais e nevascas.

De acordo com a ANYbotics, seu robô já pode ser usado no mundo real para alcançar lugares perigosos aonde os humanos não podem ir, incluindo missões de busca e resgate. Ele até apareceu em um episódio recente de Arquivo X no ano passado, fazendo o papel de um robô de ataque – o que mais poderia ser?

Embora os robôs de quatro patas estejam à frente de que seus colegas de duas pernas quando se trata de agilidade e coordenação sem precisar de comandos humanos, ainda há muito o que melhorar. Uma das potenciais soluções que os engenheiros pensam em adotar é uma forma de aprendizado de máquina chamada aprendizado por reforço. Esse método permite que robôs se treinem por meio de tentativa e erro para encontrar a melhor maneira de realizar uma tarefa, como caminhar. Simplificando, o aprendizado por reforço deixaria o robô quase "pensar" e aprender como um animal, com sua própria lógica interna.

Passando por aí. GIF: Hwangbo, et al (Science Robotics)

No entanto, usar o aprendizado por reforço com um robô físico não é fácil, já que eles e seus movimentos são muito complexos. Então, por enquanto, os cientistas preferiram as simulações computacionais de um robô que aprende. Mas usar os dados dessas simulações para treinar robôs da vida real como o ANYmal também é difícil, de acordo com Jemin Hwangbo, cientista do Robotic Systems Lab na ETH Zurich e principal autor do artigo.

"Tem sido extremamente desafiador desenvolver políticas de controle para sistemas sofisticados com pernas", disse ele ao Gizmodo por e-mail. "Há um número incontável de situações que os robôs enfrentam e é quase impossível projetar uma lógica de controle que cubra todas elas."

No novo artigo, Hwangbo e sua equipe contam que desenvolveram uma rede neural que lhes permite traduzir dados de simulação para o robô de forma melhor e mais fácil do que antes. Essas simulações foram realizadas quase mil vezes mais rápido do que o que seria feito no mundo real. A equipe também diz ter reduzido o poder computacional que seria esperado para processar um sistema semelhante, precisando apenas de um PC típico para realizar as simulações.

GIF: Hwangbo, et al (Science Robotics)

Os resultados finais de seu trabalho – exibidos em uma série de vídeos – definitivamente parecem impressionantes e um pouco aterrorizantes. O recém-treinado ANYmal foi mais rápido e eficiente em termos de energia, capaz de bater seu recorde de velocidade em 25%, e também seguir os comandos para se mover a uma determinada velocidade. Ele já era bastante resistente, mas o novo treinamento tornou-o capaz de se manter em pé mesmo com tentativas reais de derrubá-lo. E agora ele pode até se erguer de uma queda, o que, segundo a equipe, nunca foi observado em um robô de quatro pernas de complexidade similar.

Sua nova técnica de treinamento, disse Hwangbo, não deveria funcionar apenas com o ANYmal. Eles acham que isso poderia ajudar qualquer robô de quatro patas a ficar melhor em pé. Mas ainda há mais trabalho a ser feito no treinamento de um robô para que ele possa ser ágil em várias situações.

"As abordagens apresentadas neste documento são apenas para terrenos planos", disse ele. "Para atravessar terrenos acidentados e não estruturados, precisamos de sensores de visão e uma política apropriada para processar as informações. Estamos trabalhando nessa direção e esperamos apresentar uma solução mais versátil em breve."

Enquanto isso, esperamos que, no futuro, o ANYmal não se lembre de nenhuma das violências cometidas contra ele em nome da ciência.

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Chuvas de meteoros artificiais serão o espetáculo desnecessário do futuro

Posted: 18 Jan 2019 02:38 AM PST

Um foguete Epsilon-4 decolou do Centro Espacial da JAXA em Uchinoura, no Japão. A bordo, ele levava um satélite capaz de gerar chuvas de meteoros artificiais ao soltar minúsculas partículas da órbita. O show de luzes resultante deve produzir listras mais brilhantes que as estrelas cadentes naturais — mas quem vai se importar com isso?

O projeto é chamado de Sky Canvas e é uma criação da Astro Live Experiences, ou ALE. A companhia, com sede em Tóquio, espera produzir um show de luzes espetacular em 2020, acima dos céus de Hiroshima e do Mar Interior de Seto. Se a Sky Canvas se sair de acordo com o planejado, a chuva de meteoros artificial deve ficar visível para milhões de pessoas em uma área que se estende por 200 quilômetros, de acordo com a FAQ da empresa.

• Entre falhas, furos e tempestades de areia, a pesquisa espacial deu passos importantes em 2018

Antes que isso possa acontecer, no entanto, a empresa primeiro precisa testar o conceito. Às 9h50 desta sexta-feira (18), horário do Japão, a JAXA lançará uma versão em pequena escala da plataforma necessária para tornar o espetáculo possível. A ALE usará a experiência para coletar o máximo de dados possível e ajustar conforme necessário, relata a Cnet.

Veja como deve funcionar, de acordo com o site da ALE. Quando o satélite atingir a órbita baixa da Terra, a cerca de 400 quilômetros do solo, ele soltará um fluxo de minúsculos pedacinhos chamados de "partículas". A empresa diz ter projetado essas partículas especialmente para que caíssem lentamente pela atmosfera durante a reentrada e brilhassem o máximo possível. Cada partícula mede cerca de um centímetro de diâmetro e pesa apenas alguns gramas.

Depois que forem liberados, os meteoros artificiais percorrerão um quinto do caminho ao redor da Terra antes de entrar na atmosfera. Assim que o fizerem, a fricção intensa fará com que brilhem. As faixas visíveis devem durar cerca de dez segundos ou mais, o que é um pouco mais longo que as estrelas cadentes naturais. Durante um show em grande escala, como o que está sendo planejado para 2020, uma pessoa deve ver cerca de cinco a 20 estrelas cadentes artificiais durante uma sessão média, cuja duração não é conhecida. A ALE diz que o espetáculo deve ser brilhante o suficiente para ver até mesmo de cidades iluminadas como Tóquio.

As partículas devem queimar completamente a alturas entre 40 a 60 quilômetros, bem acima da faixa de aviões comerciais, que normalmente voam a uma altitude de dez quilômetros. A ALE espera impactos "mínimos" no ambiente causados pela "poeira espacial" que se segue ao cair na Terra.

A empresa disse que cada satélite deve ser capaz de "vários milhares de lançamentos", embora não esteja claro quantas partículas serão lançadas para cada show. Quando o satélite estiver fora de operação, ele se desintegrará durante a reentrada para minimizar os detritos espaciais.

A ALE diz que o objetivo do Projeto Sky Canvas é

levar pessoas de todo o mundo a testemunhar uma experiência coletiva sem precedentes. Usando o espaço como nosso palco, nos esforçaremos constantemente para dar vida a novos níveis de entretenimento enquanto utilizamos sua tecnologia no desenvolvimento da ciência.

É claro que as chuvas de meteoros naturais, como as belíssimas e altamente previsíveis Perseidas e Leônidas, são plenamente capazes de atingir esses objetivos específicos. Não está claro como as minúsculas bolas brilhantes de ALE podem ajudar no "desenvolvimento da ciência".

O que está claro, no entanto, é que a ALE está ansiosa para conseguir uma fatia inicial da torta de entretenimento espacial, que, infelizmente, é uma das grandes tendências para os próximos anos. Como a empresa declarou em seu site, atualmente está "procurando patrocinadores" para sediar o evento previsto para acontecer no primeiro semestre de 2020. Em outras palavras, ela está claramente à procura de dinheiro, porque, além de "unir o mundo", a empresa quer ser rentável.

De fato, a coisa de colocar tanta parafernália no espaço está ficando fora de controle. Um ano atrás, por exemplo, a Rocket Lab, uma startup de foguetes, lançou um globo de espelhos em órbita chamada Humanity Star. Em dezembro do ano passado, o artista Trevor Paglen, com a ajuda do Museu de Arte de Nevada, lançou o Orbital Reflector — uma instalação de arte espacial temporária e brilhante.

Nenhum desses truques promocionais gerou muito interesse na Terra, e é provável que o projeto Sky Canvas da ALE, com suas cinco a 20 estrelas cadentes por sessão, também tenha o mesmo fim.

[Astro Live Experiences, Cnet]

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