segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Gizmodo Brasil

Gizmodo Brasil


Eclipse total da Lua acontece na madrugada de domingo para segunda-feira e será visível de todo o Brasil

Posted: 20 Jan 2019 09:58 AM PST

Em julho do ano passado, ao cobrir o eclipse lunar total mais longo do século, nós encerramos o texto com um aviso:

Se desta vez o lado leste do Brasil é privilegiado pelo evento, a pesquisadora tranquiliza os moradores do lado oeste do País, afirmando que, na noite de 20 para 21 de janeiro de 2019, "o Brasil inteiro verá o eclipse total da Lua do início ao fim".

Pois este dia chegou. Na noite e na madrugada deste domingo (20) para a segunda-feira (21), ocorre um eclipse lunar total, e ele será visível de todo o Brasil.

O satélite ficará na "sombra" do nosso planeta e adquirirá uma coloração vermelha. A luz do Sol não é bloqueada ao passar pela atmosfera da Terra. No entanto, ela é espalhada e absorvida, como em uma "filtragem" que dá o tom alaranjado ou avermelhado. Por isso, o fenômeno vem sendo chamado de "Lua de Sangue". Como a Lua também estará próxima ao seu perigeu, o ponto mais próximo à Terra, ela também vem sendo chamada de "Superlua de Sangue".

De acordo com o EarthSky, o acontecimento será visível de todo o continente americano, e também da Europa, ilhas como Groenlândia e Islândia e regiões Norte e Oeste da África.

Segundo o blog do astrônomo Cássio Barbosa no G1, o evento deve começar às 0h36 da noite de domingo para segunda, no horário de Brasília, quando a Lua entrará na chamada penumbra, a parte mais difusa da sombra projetada pela terra. Ela começa a entrar na umbra, parte mais central e escura da sombra, à 1h33. O eclipse atingirá o ponto máximo às 3h12.

Não é necessário nenhum equipamento especial para observar o eclipse lunar, mas binóculos ou lunetas ajudam a visualizá-lo melhor. Estar em um lugar amplo também ajuda.

Este é o único eclipse total do ano — em julho haverá um parcial e com visibilidade restrita a algumas regiões do Brasil. Depois desse, teremos outro eclipse total em 2021, e ele não será visível do Brasil. Só em 2022 poderemos ver outro fenômeno do tipo de nosso país. É melhor aproveitar.

[G1, BBC, EarthSky]

The post Eclipse total da Lua acontece na madrugada de domingo para segunda-feira e será visível de todo o Brasil appeared first on Gizmodo Brasil.

Amazon está distribuindo “coletes tecnológicos” para evitar atropelamentos por robôs em seus armazéns

Posted: 20 Jan 2019 08:40 AM PST

A Amazon começou a distribuir um "novo dispositivo vestível de segurança no trabalho" em mais de 25 locais durante o ano passado, informou o TechCrunch na sexta-feira (18). Ele é um "colete de tecnologia robótica" que alerta os robôs sobre a localização dos funcionários dentro de um armazém, de modo a evitar acidentes de trabalho.

• Fábrica responsável por produção de Kindles na China viola todos os tipos de leis trabalhistas
• Amazon aumenta salário mínimo nos EUA para US$ 15 por hora depois de pressão pública

O colete em questão possui sensores integrados que permitem aos robôs da Amazon detectar obstáculos (neste caso, humanos) e manobrar para contorná-los. O vice-presidente da Amazon Robotics, Brad Porter, disse ao TechCrunch que, anteriormente, os trabalhadores tinham que registrar manualmente suas localizações nas instalações da Amazon para evitar colisões com robôs:

"Todos os nossos sistemas robóticos empregam vários sistemas de segurança, desde materiais de treinamento a barreiras físicas à entrada, passando por controles de processo e sistemas a bordo", disse Brad Porter, vice-presidente da Amazon Robotics, ao TechCrunch. "No passado, os funcionários marcavam a grade de células em que estavam trabalhando para permitir que o planejador de tráfego robótico percorresse com inteligência essa região. O que o colete permite que os robôs façam é detectar humanos de uma distância maior e atualizar de forma inteligente o seu plano de viagem para evitar obstáculos sem a necessidade de o empregado delimitar explicitamente essas zonas."

Como o TechCrunch observou, a OSHA (Administração de Saúde e Segurança do Trabalho dos EUA) adverte que estudos sugerem que muitos acidentes com robôs nos locais de trabalho nos Estados Unidos "ocorrem durante condições operacionais não rotineiras, como programação, manutenção, testes, atualizações ou ajustes", quando os trabalhadores podem estar "temporariamente dentro do alcance operacional do robô".

A Amazon está se caminhando a todo vapor para a instalação de mais e mais robôs em seus centros de distribuição. Durante a temporada de festas de 2018, a empresa contratou menos funcionários temporários, mas quebrou seus recordes de entregas, um sinal claro de que a automação está alimentando o crescimento da empresa.

Porter acrescentou em sua declaração ao TechCrunch que o colete tem sido um "grande sucesso" e registrou "um milhão de ativações únicas".

A Amazon certamente tem motivos para investir em segurança. Sua equipe tem repetidamente reclamado de longas jornadas de trabalho, vigilância constante e pagamentos injustos, além de lesões evitáveis ​​em seus armazéns lotados.

Em abril passado, o Conselho Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional divulgou um relatório afirmando que a Amazon era um dos locais de trabalho mais perigosos do país. A organização escreveu que o CEO Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo, construiu grande parte de seu patrimônio "em um modelo de negócios que apresenta um ritmo de trabalho implacável e monitoramento constante dos funcionários". Entre 2013 e a publicação do relatório, o Conselho descobriu que sete trabalhadores haviam morrido nos armazéns da Amazon.

Dois foram supostamente atingidos por veículos de grande porte e dois foram mortos por empilhadeiras, mas um foi "morto após ser arrastado e esmagado por uma correia transportadora em um depósito da Amazon em Avenel, Nova Jersey" em 2013. Outro foi "atropelado e imobilizado até a morte por um carregador de paletes em um depósito da Amazon em Carlisle, Pensilvânia" em 2014, de acordo com o relatório.

Mais tarde, em 2018, uma investigação do Guardian descobriu "inúmeros casos" de acidentes de trabalho ou outros ferimentos na cadeia de suprimentos labiríntica da Amazon, com muitos dos trabalhadores "desabrigados, incapazes de trabalhar ou privados de receber sua renda".

Mais recentemente, dezenas de trabalhadores ficaram feridos em dezembro de 2018, quando, de acordo com o Washington Post, uma "máquina automatizada" atingiu e quebrou uma lata de 250 ml de repelente de urso — contendo, entre outras coisas, a capsaicina, a substância química que deixa a comida picante e, em quantidades elevadas, é um poderoso irritante.

[TechCrunch via Engadget]

The post Amazon está distribuindo "coletes tecnológicos" para evitar atropelamentos por robôs em seus armazéns appeared first on Gizmodo Brasil.

Cientistas criam réplicas tridimensionais de vasos sanguíneos humanos que podem ajudar no estudo de doenças

Posted: 20 Jan 2019 07:08 AM PST

Uma equipe internacional de cientistas afirma ter alcançado um feito inédito: criar réplicas tridimensionais de vasos sanguíneos humanos cultivados em uma placa de Petri. A façanha maluca, detalhada em um novo estudo publicado na quarta-feira (16) na Nature, nos permitirá compreender melhor e estudar doenças incapacitantes como o diabetes.

• Esta árvore bonitinha na verdade é um coágulo de sangue tossido por um paciente com insuficiência cardíaca
• Cientistas propõem nova forma de tratar depressão: com implantes cerebrais

Pessoas com diabetes — condição marcada por um alto nível crônico de açúcar no sangue — muitas vezes desenvolvem má circulação sanguínea. Ataques cardíacos, derrame e até mesmo amputação de membros podem eventualmente acontecer como consequência disso. Os cientistas conseguem usar animais, incluindo camundongos, para estudar a progressão do diabetes. Mas esses modelos de camundongos não capturam todos os aspectos do diabetes que vemos em humanos, inclusive como ele danifica os vasos sanguíneos.

Idealmente, seria bom ver os efeitos de qualquer doença em algo o mais semelhante possível aos seres humanos. Pequenos órgãos desenvolvidos em laboratório, ou “organoides”, como os cientistas os chamam, surgiram nos últimos anos como uma opção tentadora para fazer exatamente isso.

Até agora, porém, os pesquisadores por trás do estudo atual dizem que não tínhamos verdadeiramente recriado vasos sanguíneos humanos no laboratório. Mas os feitos por essa equipe de pesquisa são "perfeitos", segundo um comunicado de imprensa da Universidade da Colúmbia Britânica.

"Nossos organoides se assemelham muito aos capilares sanguíneos humanos, mesmo em nível molecular, e agora podemos usá-los para estudar doenças dos vasos sanguíneos diretamente no tecido humano", disse em um comunicado o autor principal do estudo, Reimer Wimmer, pesquisador de pós-doutorado no Instituto de Biotecnologia Molecular da Academia de Ciências da Áustria (IMBA), em Viena.

Os organoides foram cultivados a partir de células-tronco, células imaturas capazes de se transformar em mais de um tipo de célula. Assim como nas pessoas, descobriu-se que as réplicas tinham uma rede de capilares sanguíneos revestidos por membrana basal, uma espécie de tecido conjuntivo que ajuda a sustentar e dar estrutura aos vasos.

Wimmer e sua equipe foram além com suas réplicas, transplantando-as em camundongos sem nenhum sistema imunológico (um passo que os impediria de rejeitar o tecido do doador). Os organoides foram facilmente levados para sua nova casa, conectando-se ao sistema circulatório nativo dos camundongos, e se desenvolveram ainda mais em uma rede de artérias, pequenas veias e arteríolas (ramos de uma artéria que fluem em vasos capilares).

Além disso, eles foram capazes de recriar vasos sanguíneos "diabéticos", caracterizados por um espessamento da membrana basal. Nos experimentos com camundongos, e dando suporte a pesquisas anteriores, eles encontraram evidências de que um caminho de sinalização envolvendo a proteína NOTCH-3 desempenhava um papel fundamental na criação do espessamento visto em vasos sanguíneos de pessoas com diabetes. Bloquear outra enzima que visa a NOTCH-3, a γ-secretase, também parecia impedir que esse dano acontecesse.

Os resultados desses experimentos, segundos os pesquisadores, mostram que esses vasos podem ser um modelo melhor para estudar o diabetes do que os tradicionais de camundongos. E, pela importância do nosso sistema circulatório para o resto do corpo, o potencial para essas réplicas cultivadas em laboratório se estende muito além da pesquisa do diabetes.

"Cada órgão do nosso corpo está ligado ao sistema circulatório", disse o autor sênior Josef Penninger, diretor fundador do IMBA e atual diretor do Instituto de Ciências da Vida da Universidade da Colúmbia Britânica, em um comunicado. "Os organoides vasculares gerados a partir de células-tronco representam um modelo divisor de águas — nos permitindo desvendar etiologias e tratamentos para um amplo espectro de doenças vasculares, desde diabetes, doença de Alzheimer, doenças cardiovasculares, cura de feridas ou derrame até câncer."

Os vasos sanguíneos são apenas a mais recente fronteira no desenvolvimento de organoides. Cientistas já criaram versões em miniatura de estômago, pulmões e desenvolvendo até um cérebro. Esses organoides foram usados para estudar os efeitos desde fibrose cística até o vírus zika.

[Nature via IMBA]

The post Cientistas criam réplicas tridimensionais de vasos sanguíneos humanos que podem ajudar no estudo de doenças appeared first on Gizmodo Brasil.

Experimento fascinante busca recriar a marcha de um dos primeiros animais a caminhar na Terra, há 300 milhões de anos

Posted: 20 Jan 2019 04:37 AM PST

Usando simulações de computador e um robô, pesquisadores recriaram a provável caminhada de um animal de 300 milhões de anos, considerado um dos primeiros caminhantes terrestres do planeta.

• Este pássaro do período Cretáceo era bem parecido com as aves modernas
• Asteroide que matou os dinossauros também mexeu com a evolução dos tubarões

Centenas de milhões de anos atrás, os animais aquáticos começaram a fazer a transição para a terra. Mas como caminhavam os primeiros vertebrados quadrúpedes do mundo? A pergunta parece simples o suficiente, mas ninguém estava por perto para assistir a esse desenvolvimento evolucionário, e as análises de fósseis apenas sugerem como foi o processo.

OroBOT executando uma de suas marchas. GIF: Kamilo Melo (EPFL Lausanne), Tomislav Horvat (EPFL Lausanne)/Gizmodo

Não sabemos, por exemplo, se esses primeiros caminhantes, conhecidos como tetrápodes, eram capazes de ficar de pé sobre suas pernas ou se seus movimentos eram coordenados, equilibrados e energeticamente eficientes. Seria bom saber isso porque os primeiros animais a andar eventualmente evoluíram para répteis e mamíferos. Estilos de caminhada habilidosos e sofisticados — em comparação com técnicas básicas de locomoção, como rolar, se arrastar para a frente, deslizar ou saltitar — provavelmente facilitaram essa importante transição evolutiva.

Para ter uma ideia de como esses pioneiros terrestres andavam por aí, uma equipe de pesquisa liderada por John Nyakatura, da Universidade Humboldt de Berlim, e Kamilo Melo, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, voltou suas atenções para simulações de computador e robôs. Seu novo e fascinante artigo, publicado nesta quarta-feira (16) na Nature, mostra que os primeiros caminhantes haviam adotado um modo de andar avançado mais cedo do que os cientistas esperavam.

Reconstrução cinemática do Orobates. GIF: Jonas Lauströer (Universidade de Ciências Aplicadas de Hamburgo), Amir Andikfar (Universidade de Ciências Aplicadas de Hamburgo), John Nyakatura (Universidade Humboldt de Berlim)/Gizmodo

O modelo para o experimento foi um tetrápode de quatro pernas e 88,9 cm de comprimento, conhecido como Orobates pabsti. Essa antiga criatura parecida com um lagarto é um animal primitivo situado entre anfíbios e répteis na árvore genealógica evolutiva, um "amniote de tronco".

"O Orobates é um candidato ideal para entender como os vertebrados terrestres evoluíram, porque representa a linhagem que leva aos amniotas modernos — ou seja, animais que se tornaram amplamente independentes da água à medida que se desenvolveram dentro de ovos postos em terra", disse Nyakatura em um comunicado.

Além disso, os fósseis de Orobates são extremamente importantes para compreender a evolução dos vertebrados; essas criaturas são um primo muito próximo do último ancestral comum de mamíferos, répteis (incluindo todos os dinossauros e pterossauros extintos) e aves. Por fim, o Orobates deixou para trás um excelente registro fóssil de seu tempo na Terra, junto com trilhas fossilizadas de suas pegadas — uma situação que permitiu aos pesquisadores matar duas bolas em uma tacada só e conduzir uma análise física quantitativa dessa criatura extinta.

Na verdade, o primeiro passo do processo foi criar um modelo digital do esqueleto do Orobates. Os raios X dos fósseis ofereceram um começo importante, mas, para descobrir como eles movimentavam seus corpos no tempo e no espaço e ter uma noção de suas capacidades biomecânicas, os pesquisadores procuraram criaturas vivas semelhantes, incluindo caimões (um pequeno crocodilo), salamandras, iguanas e escíncidos.

Tal como os Orobates, esses animais remanescentes são quadrúpedes que se esparramam, com braços e pernas que se estendem de lado, em vez de diretamente para baixo — pense em como um crocodilo fica numa posição esparramada, diferentemente de um elefante, com os seus membros na posição de colunas.

Usando raios X e medidas de força, os cientistas documentaram a forma como esses animais sustentam seus corpos na vertical, como suas espinhas dorsais se movem e até que ponto eles podem dobrar seus cotovelos e joelhos enquanto andam. Esses dados foram então usados para alimentar uma simulação cinemática por computador do provável estilo de caminhada dos Orobates.

Visão de cima do OroBOT executando uma boa marcha marcada (mostrada em velocidade de 2x). GIF: Tomislav Horvat (EPFL Lausanne), Kamilo Melo (EPFL Lausanne)/Gizmodo

Não contentes em parar por aí, os pesquisadores usaram um robô, apelidado de OroBOT, para confirmar ou rejeitar as sugestões do computador. Com um robô trabalhando no mundo físico, os pesquisadores foram mais capazes de calcular a física envolvida — ou seja, a energia real transferida — nos vários estilos de caminhada propostos pela simulação.

"Nosso modelo robótico nos permitiu testar nossas hipóteses sobre a dinâmica de locomoção do animal", disse Melo em um comunicado. "Ele leva em consideração a física do mundo real de sua caminhada."

O OroBOT testou centenas de estilos de caminhada diferentes para determinar os mais prováveis usados — e não usados — pelos Orobates. Em um outro ato de diligência prévia, os pesquisadores correlacionaram os estilos de caminhada com pegadas fossilizadas feitas pela espécie. Se a marcha não combinava com as pegadas, era dada uma pontuação mais baixa. Os pesquisadores até criaram um site interativo em que o público e os cientistas podem explorar os possíveis estilos de caminhada usados.

Possível caminhada com elevação corporal e flexão moderadas da coluna vertebral. GIF: John Nyakatura (Universidade Humboldt de Berlim), Jonas Lauströer (Universidade de Ciências Aplicadas de Hamburgo), Amir Andikfar (Universidade de Ciências Aplicadas de Hamburgo)/Gizmodo

A marcha mais provável utilizada pelos Orobates, de acordo com essa pesquisa, era um estilo muito semelhante ao utilizado pelos caimões. Esse antigo animal se movia com uma marcha atlética e conseguia se manter levemente erguido sobre si mesmo — algo que as salamandras e os escíncidos não conseguem fazer. Isso acabou por ser um estilo de caminhada mais avançado do que o que se suspeitava.

"Nossas métricas indicam que os Orobates exibiam uma locomoção mais avançada do que se supôs anteriormente para tetrápodes anteriores, o que sugere que a locomoção terrestre avançada precedeu a diversificação dos amniotas modernos", escreveram os pesquisadores no estudo.

Empolgados, os pesquisadores disseram que sua nova metodologia multifacetada pode ser usada para estudar outras transições evolutivas importantes, como a origem do voo ou a caminhada galopante de mamíferos.

"Este é um estudo notável que usa tamanha variedade de abordagens que é difícil encontrar falhas", disse Emily M. Standen, professora assistente na Universidade de Ottawa e especialista em biomecânica animal primitiva e fisiologia comparativa, em entrevista ao Gizmodo. "Ao integrar a anatomia e trilhas fósseis com uma ampla gama de animais de postura esparramada e, em seguida, aplicar as ferramentas de engenharia e modelagem computacional para ajustar os dados, os autores pegaram uma enorme quantidade de informações e a colocaram em conjunto para criar uma descrição muito realista e difícil de refutar de como um animal antigo pode ter caminhado."

Standen achou interessante saber que um andar erguido parece ter precedido o surgimento e a diversificação de amniotas modernos e seus sucessores.

"Como o desempenho locomotivo é frequentemente selecionado para um contexto evolutivo adaptativo, esses dados sugerem que as vantagens de uma caminhada vertical — velocidade, eficiência e agilidade — podem ter contribuído para a diversificação de amniotas (modernos)", disse. "É empolgante pensar nisso."

Standen ficou impressionada com essa descoberta, mas foi a metodologia usada pelos pesquisadores que mais a impactou. Ela disse que o trabalho representa o que a ciência deve ser: mente aberta, interdisciplinar, amplamente focada e acessível.

"Este é realmente um grande esforço de qualidade e precisão incríveis", disse ela. "Sem mencionar que eles disponibilizaram essas ferramentas online para que outros possam adicionar informações e aprimorar os resultados. Parece inacreditável, e lembra aqueles comerciais de televisão que vendiam algo incrível e depois continuavam acrescentando outros 'presentes' sem nenhum custo adicional." Ela ainda brincou: "A única coisa que falta neste artigo é um conjunto de 12 facas."

[Nature]

The post Experimento fascinante busca recriar a marcha de um dos primeiros animais a caminhar na Terra, há 300 milhões de anos appeared first on Gizmodo Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário