sexta-feira, 1 de março de 2019

Gizmodo Brasil

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YouTube desativará comentários em vídeos com crianças para combater rede pedófila

Posted: 28 Feb 2019 02:01 PM PST

À luz do problema recentemente revelado sobre a existência de uma rede de comentaristas pedófilos em sua plataforma, o YouTube anunciou novas medidas relativamente severas para combater a questão. Em post de blog nesta quinta-feira (28), a companhia afirmou que, dentro dos próximos meses, desativará os comentários em vídeos que contenham menores de idade nas imagens.

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O YouTube destacou seu próprio processo de bloqueio de comentários em vídeos que poderiam ser sujeitos a comportamento predatório, que atingiu dezenas de milhões de conteúdos, e disse que irá expandir isso para mais vídeos, contendo crianças e também menores de idade mais velhos que estejam sob risco de ser alvo desse tipo de comportamento.

A plataforma irá, sim, permitir que um número limitado de criadores de conteúdo mantenha os comentários habilitados em vídeos seus que contenham menores de idade nas imagens. Entretanto, trabalhará em conjunto com essas contas para fazer a moderação dos comentários, com ferramentas além das tradicionais de gestão da área. O número de criadores que poderão manter os comentários ativos não foi revelado, e o YouTube se limitou a dizer que, ao longo do tempo, esse grupo irá crescer.

Uma outra medida anunciada pelo site para combater o problema é o aperfeiçoamento de seu sistema de classificação de comentários. Não podemos verificar a veracidade dessa afirmação, mas o YouTube disse que já vinha trabalhando na ferramenta e que, na esteira da recente polêmica envolvendo essa rede de possíveis pedófilos, decidiu acelerar sua implementação.

Apesar de não revelar como esse sistema funciona exatamente, a plataforma alegou que ele é mais abrangente e possibilitará ao site detectar e remover duas vezes mais comentários individuais — o post de explicação das novidades foi feito no blog que se dirige a criadores de conteúdo, então o site destacou também que esse novo classificador não afeta a monetização dos vídeos.

O YouTube encerra sua publicação afirmando que excluiu "certos canais que tentam pôr em perigo as crianças de alguma forma". "Vídeos encorajando desafios nocivos e perigosos que visam qualquer pública também são claramente contra as nossas políticas", alertou o site.

A velocidade com que o YouTube lidou com essa situação, trazida à tona pelo youtuber Matt Watson no último dia 17 em um vídeo no próprio site, nos faz pensar se realmente a empresa não tinha maneiras mais ágeis de resolver questões como a disseminação de desinformação ou a falsa reivindicação de direitos autorais em sua plataforma. Provavelmente a resposta rápida e enérgica dos anunciantes — como a Disney e a Nestlé, que, segundo a Bloomberg, tiraram suas propagandas do site em questão de dias — tem algo a ver com isso.

Resumo da polêmica

No último dia 17, o youtuber Matt Watson publicou um vídeo em seu canal trazendo à luz uma rede de comentaristas possivelmente pedófilos exibindo comportamento predatório na área de comentários de vídeos contendo crianças. Basicamente, eles faziam comentários marcando o tempo dos vídeos em que algum menor de idade aparecia em posições constrangedoras, ajudando outros pedófilos a identificar momentos de seu interesse no conteúdo.

Para refinar o processo predatório, muitos deles, inclusive, criavam contas completamente novas e não consumiam nenhum conteúdo senão vídeos de crianças — o que induzia o algoritmo de recomendação do YouTube a fazer sugestões semelhantes, alimentando um ciclo sem fim de material para uso por parte da rede pedófila.

[YouTube]

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WhatsApp deve ter criptomoeda própria ainda no primeiro semestre deste ano

Posted: 28 Feb 2019 01:24 PM PST

No fim do ano passado, ouvimos falar que o Facebook estava trabalhando em uma criptomoeda para o WhatsApp que facilitaria, por exemplo, transações financeiras por meio do aplicativo. Agora, parece que os desenvolvimentos estão relativamente avançados, com previsão de a solução estar pronta ainda neste ano.

De acordo com reportagem do New York Times, que ouviu fontes que não puderam se identificar, o Facebook tem trabalhado em uma moeda para usuários do app de mensagens que facilitaria o envio e recebimento de dinheiro a amigos e familiares. E, pelo jeito, a situação está bem avançada, pois o jornal norte-americano cita que a rede social já até avisou algumas casas de câmbio de criptomoeda que o produto estaria pronto até o primeiro semestre deste ano.

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Diferentemente de outras criptomoedas, o "dinheiro virtual do Facebook", que ainda não tem nome (e que eu gostaria muito que se chamasse ZapCoin), será baseado no valor de moedas tradicionais, como dólar e euro, por exemplo.

Segundo o jornal, ter uma moeda com valor estável ajuda a afastar especuladores. Além disso, seria um fator de segurança para os usuários, que não precisariam se preocupar com um aumento ou queda abrupta em seu valor.

A princípio, o foco é o WhatsApp, porém, com a possível integração de mensagens entre Facebook, Messenger e do próprio WhatsApp, parece que a viabilização do serviço pode atender num futuro próximo as principais plataformas da companhia de Mark Zuckerberg.

Especulações à parte, o fato é que o WhatsApp tem flertado com essa ideia já há um tempo. Na Índia, o principal mercado do app, a plataforma oferece uma solução chamada WhatsApp Pay, em que é possível transferir dinheiro via mensagem, tendo como base tecnologias do sistema bancário local. Google, Alipay e WeChat Pay são outras companhias que atuam da mesma forma.

Resta conhecer ainda os detalhes dessa operação do Facebook. É importante saber se, por exemplo, o Facebook vai ser responsável por cada uma das transações ou se terá uma abordagem mais tradicional, como a do PayPal.

Telegram e Signal vão entrar na onda também

O WhatsApp não deve ser o único a ter uma moeda própria. O Telegram também está trabalhando para lançar sua criptomoeda, chamada Gram. No ano passado, a companhia levantou quase US$ 2 bilhões para financiar suas iniciativas no campo de moedas virtuais.

O Signal, que é mantido por uma fundação (que, inclusive, conta com o financiamento de um cofundador do WhatsApp), também está levando adiante o plano de concretizar uma moeda chamada MobileCoin.

Tanto a Gram como a MobileCoin devem ser lançadas nos próximos 12 meses.

O New York Times nota que essas empresas estão tentando evitar os riscos sofridos pelas muitas criptomoedas que surgiram por aí. O bitcoin, por exemplo, chegou a valer US$ 20 mil e hoje custa US$ 3.800.

Enquanto isso, o chinês WeChat Pay está nadando de braçada, oferecendo pagamento e recebimento de dinheiro no país com o maior número de pessoas conectadas do mundo.

[New York Times]

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Simulação no Deserto do Atacama mostra como um rover poderia detectar vida em Marte

Posted: 28 Feb 2019 12:26 PM PST

Sonda autônoma do tipo rover usada em experimento no Deserto do Atacama

Ao usar o árido Deserto do Atacama, no Chile, como um substituto para Marte, os pesquisadores mostraram que é possível usar uma sonda autônoma do tipo rover para detectar a vida sob uma superfície desolada. O teste resultou na descoberta de um microrganismo resiliente – exatamente o tipo de criatura que podia se esconder profundamente sob a superfície marciana.

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Uma nova pesquisa publicada na Frontiers in Microbiology descreve uma missão experimental da NASA no Deserto do Atacama, no Chile, que poderia espelhar uma futura missão a Marte. O rover experimental e a broca, projetados pelo Instituto de Robótica da Carnegie Mellon e financiado pela NASA, conseguiram recuperar microorganismos sob a superfície – especificamente, uma bactéria resistente ao sal.

Semelhanças do Atacama com Marte

O teste deu uma justificativa para uma missão de caça a Marte, mas houve muitos desafios e limitações. Como a nova pesquisa mostrou, encontrar vida em Marte – se é que ela existe – exigirá algumas inovações tecnológicas sérias, muito dinheiro e um pouco de sorte.

Há bilhões de anos, Marte apresentava um clima temperado e água líquida em sua superfície, proporcionando um ambiente potencial para a vida emergir. Atualmente, é improvável que exista vida na superfície. Níveis letais de radiação banham o Planeta Vermelho, e sua superfície contém escassos traços de água líquida.

Durante o verão marciano, as temperaturas diurnas próximas da linha do equador podem atingir os 20 graus Celsius, mas durante à noite o clima pode chegar a assustadores 100 graus Celsius negativos.

A broca robótica do veículo em uso no deserto de AtacamaA broca robótica do veículo em uso no deserto de Atacama. Imagem: Stephen Pointing

As condições abaixo da superfície são diferentes, de acordo com Stephen Pointing, pesquisador do Yale-NUS College em Singapura e principal autor do novo estudo. Logo abaixo da superfície, rochas e sedimentos oferecem um abrigo contra as condições extremas acima, fornecendo um habitat potencial para a vida.

Como Pointing explicou ao Gizmodo, não há lugar na Terra que seja igual a superfície de Marte, mas o solo sob o Deserto do Atacama no Chile é um análogo decente.

“Alguns dos solos mais parecidos com os de Marte na Terra estão no Deserto de Atacama”, disse Pointing. "Há muito pouca entrada de água no deserto e com o tempo o solo se tornou muito pobre em nutrientes e extremamente salgado, quimicamente se assemelhando aos solos de Marte de várias maneiras. Para nos prepararmos para futuras missões a Marte, usamos lugares como o Deserto do Atacama para testar teorias sobre a distribuição de vida e novas tecnologias para procurar vida”.

Para o experimento, Pointing e seus colegas implantaram um rover autônomo de quatro rodas equipado com uma broca robótica, que recuperou com sucesso amostras de sedimentos subterrâneos de uma profundidade de 80 centímetros. Os pesquisadores compararam amostras recuperadas pelo veículo a amostras coletadas manualmente. Em seguida, usando sequenciamento de DNA, o time mostrou que a vida bacteriana nos sedimentos recuperados por ambos os métodos era semelhante, mostrando que a técnica com o rover foi um sucesso.

As bactérias não estavam distribuídas uniformemente pelo deserto. Na verdade, elas estavam localizadas em manchas aparentemente aleatórias. Isso provavelmente se deve à "disponibilidade limitada de água, nutrientes escassos e a geoquímica do solo", conforme explicou Pointing, acrescentando que, na busca pela vida em Marte, "será o o caso mais difícil do que achar uma agulha no palheiro”.

Além de tudo, esse estudo é o primeiro a mostrar que os microorganismos estão distribuídos dentro de zonas habitáveis de subsuperfícies específicas no Deserto do Atacama.

“A superfície sustenta uma comunidade onipresente e banal, dominada pelo Chloroflexi fotossintético, e isso já foi amplamente divulgado”, disse Pointing ao Gizmodo. "Logo abaixo da superfície é onde começa a ficar interessante. Vimos que, com o aumento da profundidade, a comunidade bacteriana tornou-se dominada por bactérias que podem prosperar nos solos extremamente salgados e alcalinos. Essas, por sua vez, foram substituídas em profundidades de até 80 cm por um grupo único de bactérias que sobrevivem metabolizando o metano como fonte de alimento".

A pesquisa mostra que o subsolo de Atacama pode suportar micróbios altamente especializados que poderiam sobreviver ao solo marciano. Além disso, Marte é conhecido por conter grandes quantidades de metano na superfície, apontando para a possível presença de microorganismos como os encontrados no Chile, de acordo com o novo artigo.

Um próximo passo importante para Pointing e sua equipe será descobrir como os micróbios subterrâneos do Atacama são capazes de sobreviver. Para esse fim, eles estão procurando possíveis estratégias usadas pela bactéria para sobreviver por longos períodos sem água e em exposição a condições extremamente salgadas. Além disso, a equipe gostaria de retornar ao Deserto do Atacama com um rover capaz de perfurar 2 metros.

Nem tudo são flores (ou vida)

Dito isso, é hora de colocar os pés no chão.

Os pesquisadores usaram com sucesso uma sonda para detectar a vida na Terra, o que não é extremamente difícil, mesmo quando o ambiente é deserto. A vida floresceu na Terra por bilhões de anos, e é onipresente, aparecendo até em rochas a milhares de metros abaixo da superfície. Sim, a nova pesquisa foi feita em um local semelhante a Marte, mas ainda não é Marte. Na melhor das hipóteses, o novo estudo apresenta justificativa científica para uma futura missão de caça à vida no Planeta Vermelho, mas qualquer especulação sobre a vida existente em Marte ainda é exatamente isso: especulação.

Outra limitação importante da nova pesquisa é que as amostras de sedimentos foram testadas em laboratório, e não por equipamentos do próprio rover. O próprio Pointing admitiu que isso representará um grande obstáculo para quem planejar uma missão para Marte.

“Para um rover em Marte, há um desafio em identificar sinais inequívocos de vida”, disse Pointing. "O método de sequenciamento de DNA que empregamos é ótimo aqui na Terra, mas atualmente é muito complexo para funcionar de forma confiável em Marte. É por isso que a detecção indireta de outras moléculas conhecidas por serem formadas por células vivas é provavelmente a abordagem que as missões a Marte seguirão no curto prazo”.

Em outras palavras, faria mais sentido para um rover do futuro procurar por bioassinaturas – os remanescentes da vida biológica, como traços inexplicáveis de oxigênio molecular combinado com metano, acúmulo de micróbios (estromatólitos) e vestígios de resíduos fossilizados, gordura e esteróides. Se algo assim pudesse ser detectado, “precisaríamos de novas técnicas experimentais para testar se essa bactéria marciana estaria realmente viva e capaz de manter um metabolismo ativo”, disse Pointing.

Por fim, há o custo de enviar uma missão desse tipo a Marte. A NASA e a ESA estão planejando enviar rovers para Marte dentro dos próximos anos, mas não está claro se as agências têm capacidade tecnológica ou fundos para organizar uma missão capaz de trazer amostras de solo e rocha marciana à Terra para análise. Como a SpaceNews noticiou nesta semana, é improvável que a NASA traga amostras de Marte na década de 2020, principalmente devido às despesas.

Pointing admitiu que uma missão de retorno seria cara, custando centenas de milhões de dólares.

“No entanto, a pesquisa nos ajudará a abordar uma das maiores questões que possivelmente podemos fazer”, disse ele. “A Terra é o único planeta que suporta a vida?”

[Frontiers in Microbiology]

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Em caso raro, irmãos australianos são gêmeos semi-idênticos

Posted: 28 Feb 2019 10:28 AM PST

Um par de irmãos australianos são uns dos humanos mais raros já registrados, de acordo com seus médicos. Eles dizem que o irmão e a irmã são gêmeos semi-idênticos, compartilhando exatamente o mesmo DNA do lado da mãe, mas apenas uma parte da composição genética do pai. Pensa-se que as crianças são apenas o segundo caso de gêmeos semi-idênticos descobertos e o primeiro a ser identificado durante a gravidez.

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A história dos gêmeos foi detalhada em um relato de caso publicado na quarta-feira (27) no The New England Journal of Medicine. Segundo os autores, os irmãos são uma classe de gêmeos chamada sesquizigóticos, uma espécie de ponto médio entre gêmeos fraternos e idênticos.

Gêmeos fraternos ocorrem quando dois espermatozoides diferentes fertilizam dois óvulos diferentes, criando dois zigotos diferentes, ambos acabando implantados no útero como embriões em desenvolvimento. Então eles são tão geneticamente semelhantes (cerca de 50%) quanto quaisquer dois irmãos comuns seriam — eles apenas nascem ao mesmo tempo. Gêmeos idênticos, por outro lado, são feitos quando o mesmo esperma fertiliza o mesmo óvulo, mas então esse zigoto se divide em dois embriões, cada um compartilhando a mesma mistura genética de DNA da mãe e do pai.

Porém, neste caso, os autores teorizam que dois espermatozoides fertilizaram simultaneamente o mesmo óvulo.

Normalmente, esse tipo de erro resulta rapidamente em um aborto espontâneo, já que os humanos normalmente não podem se desenvolver com três conjuntos diferentes de cromossomos. No entanto, de alguma forma, o zigoto resultante incorporou uma divisão igual de DNA dos três conjuntos, com três grupos de células se formando posteriormente: células contendo o DNA da mãe e DNA do esperma 1; células com o DNA da mãe e DNA do esperma 2; e células contendo DNA apenas do esperma 1 e 2. Ao longo do tempo, o terceiro grupo de células somente de espermatozoides foi efetivamente suprimido pelas células contendo DNA de ambos os pais. Então, ainda mais inesperadamente, o feixe de células se dividiu em dois embriões, criando os gêmeos.

“Eles são 100% idênticos do lado da mãe e 78% idênticos do lado do pai, o que significa que, em média, são 89% idênticos”, disse o autor principal Michael Gabbett, geneticista da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália, ao Gizmodo.

Gabbett e o coautor do estudo, Nicholas Fisk, obstetra e vice-chanceler adjunto de pesquisa da Universidade de Nova Gales do Sul, ajudaram a administrar o cuidado fetal das gêmeas no Royal Brisbane and Women’s Hospital, em Queensland, em 2014. Embora tenha ficado aparente dentro de semanas após a gravidez que a mãe estava tendo gêmeos, só no início do segundo trimestre é que a equipe notou algo incomum.

“O ultrassom da mãe, com seis semanas, mostrou uma placenta única e um posicionamento de sacos amnióticos que indicavam que ela estava esperando gêmeos idênticos”, disse Fisk em um comunicado. “No entanto, um ultrassom de 14 semanas mostrou que os gêmeos eram do sexo masculino e feminino, o que não é possível para gêmeos idênticos.”

"Eles são 100% idênticos do lado da mãe e 78% idênticos do lado do pai, o que significa que, em média, são 89% idênticos."

Fisk e sua equipe também examinaram a literatura médica e bancos de dados genéticos gêmeos em busca de outros casos de gêmeos semi-idênticos. Mas só conseguiram encontrar um outro caso. Esse caso, publicado em 2007 por médicos dos Estados Unidos, destaca a complexidade do sexo biológico.

Os médicos norte-americanos relataram que a divisão dos cromossomos paternais resultou na intersexualidade de um dos gêmeos, o que significa que ele tinha genitália ambígua; o outro era anatomicamente masculino. O cromossomo Y é geralmente o que determina o sexo de uma pessoa, com homens biológicos predominantemente com cromossomos XY em suas células. Ambos os gêmeos, como se verificou, tinham uma mistura de cromossomos sexuais XY e XX, mas o gêmeo intersexual só tinha uma divisão de 5% de XY comparado a XX, enquanto o gêmeo anatomicamente masculino tinha uma divisão de 50-50. A participação do gêmeo anatomicamente masculino nos genes XX simplesmente não foi suficiente para impedi-lo de desenvolver órgãos sexuais masculinos.

“No início, questionamos se havia talvez outros casos que tivessem sido classificados erroneamente ou não relatados, então examinamos dados genéticos de 968 gêmeos fraternos e seus pais”, disse Fisk. “No entanto, não encontramos outros gêmeos sesquizigóticos nesses dados, nem qualquer caso de gêmeos semi-idênticos em grandes estudos globais de gêmeos.”

Os gêmeos australianos são considerados quimeras do lado do pai, com um gêmeo com uma divisão de cerca de 50-50 dos cromossomos sexuais XY e XX e o outro com uma divisão de cerca de 90-10 de XX para XY.

Diferentemente do caso de 2007, no entanto, os gêmeos são anatomicamente masculino e feminino, respectivamente. Infelizmente, a gêmea feminina teve um coágulo de sangue não relacionado logo após o nascimento, um que necessitou uma amputação do seu braço direito passando pelo ombro. Ela também foi diagnosticada mais tarde com disgenesia gonadal, uma condição congênita ligada a casos de configurações cromossômicas raras. A doença faz com que os genitais de uma pessoa não se desenvolvam normalmente e tenham uma elevada probabilidade de se tornarem cancerosos. Portanto, a gêmea foi submetida a uma cirurgia de precaução para remover os ovários.

Ainda assim, ambos os gêmeos, agora com quatro anos de idade, parecem estar se desenvolvendo normalmente e indo muito bem, disse Gabbett ao Gizmodo. Ele e sua equipe planejam continuar monitorando as crianças para quaisquer outras complicações.

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EUA proíbem transporte de baterias de íon lítio como carga em voos comerciais

Posted: 28 Feb 2019 09:30 AM PST

A Administração Federal de Aviação dos EUA e o Departamento de Transporte dos EUA emitiram, nesta quarta-feira (27), uma regra provisória que proíbe o transporte de células e baterias de íon lítio como carga em aviões de passageiros. Além disso, ela estabelece um limite de 30% de carga nas baterias transportadas por aviões cargueiros.

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As baterias de íon lítio têm uma possibilidade não negligenciável de explodir, o que é, naturalmente, uma razão para ter cuidado com a sua presença nos aviões. A mudança de regras de quarta-feira foi, na verdade, exigida pela Organização da Aviação Civil das Nações Unidas para todos os países membros em 2016. No Brasil, essa proibição foi colocada em prática pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) naquele ano mesmo. Como observa o TechCrunch, os regulamentos atualizados estão apenas codificando essa diretiva nas regras de aviação dos EUA.

Mas, tirando cenários raros, como a proibição de aparelhos Galaxy Note 7 potencialmente explosivos, a nova regra não afeta o direito do passageiro de transportar dispositivos alimentados por baterias desse tipo em vôos — algo que criaria enormes transtornos às viagens aéreas, já que são uma das mais tipos comuns de baterias usados em eletrônicos de consumo.

Uma captura de tela de um teste de 2014 da Administração Federal de Aviação dos EUA em seu centro técnico em Atlantic City, Nova Jersey. Foto: FAA/AP

É mais fácil para a tripulação ou para os próprios passageiros lidar com uma bateria flamejante no espaço aberto da cabine do que empacotada em um espaço para carga bastante inacessível. Além disso, algumas medidas automatizadas de combate a incêndios são menos eficazes em casos de queima de bateria.

Orientações da Administração Federal de Aviação dos EUA emitidas em 2018 observam que despachar baterias de íons de lítio sobressalentes na bagagem é proibido e que os passageiros devem ser advertidos para remover essas baterias e transportá-las na cabine de passageiros:

Incidentes de fumaça e incêndio envolvendo baterias de lítio podem ser mitigados pela tripulação de cabine e passageiros dentro da cabine da aeronave.

Se uma bagagem de mão for despachada no portão ou no avião, baterias de lítio sobressalentes, cigarros eletrônicos e dispositivos devaping devem ser removidos da bagagem e mantidos com o passageiro na cabine da aeronave. Mesmo na bagagem de mão, esses itens devem ser protegidos contra danos, ativação acidental e curto-circuito. Terminais não selados na carcaça da bateria pelo fabricante devem ser cobertos com fita adesiva e colocados em bolsas separadas para evitar curtos-circuitos.

Como o Engadget nota, a maioria dos viajantes não será impactada por regras sobre embarques de carga, mas a mudança pode afetar os tempos de espera para as pessoas que fazem pedidos de compra de longa distância para baterias, já que terão que esperar por voos de carga. Outra consequência é que dispositivos com baterias desse tipo podem passar a ser vendidos, tanto online quanto em lojas físicas, descarregados, e não preparados e prontos para serem usados, como são hoje.

[FAA via Engadget/TechCrunch]

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Kelly Rowland ainda não sabe para que serve o Excel, 17 anos depois de mandar SMS por ele em clipe

Posted: 28 Feb 2019 08:17 AM PST

Cantora Kelly Rowland no programa The Real

Se você exerce algum tipo de atividade minimamente remunerada ou teve algum tipo de aula de computação na escola, é muito provável que você saiba minimamente o que é o Microsoft Excel. Pois bem, a cantora norte-americana Kelly Rowland não tem a menor ideia do que é.

"Eu não sei o que é o Microsoft Excel. Não tenho a menor ideia. E quando eu vejo todos esses memes, penso: 'eu não ligo para isso'", disse ela durante entrevista no programa norte-americano The Real.

Para entender os tais memes, temos que voltar ao ano de 2002, portanto 17 anos atrás. Naquela época, foi lançado o clipe da música Dilemma, cantada pelo rapper Nelly e por Kelly Rowland, que fazia parte do grupo Destiny Child. Eu estava na oitava série, e essa música tocava a toda hora e por toda a parte; o clipe, então, sempre aparecia nas paradas da MTV.

Estamos falando de uma era pré-smartphone. O iPhone só começou a ser vendido em 2007, e antes disso a categoria de telefones inteligentes era povoada por BlackBerrys e Nokias.

O fato é que, em Dilemma, Kelly pega seu celular Nokia 9290 Communicator para checar se recebeu uma mensagem. É possível ver que lá tem uma mensagem provavelmente escrita por ela que diz algo como "Onde você está? Avise quando receber esta mensagem". Ela fica brava, pois o pretendente dela ainda não tinha respondido.

Parte do clipe Dilemma em que há uma mensagem de texto no ExcelA tal cena da mensagem no Microsoft Excel. Crédito: Reprodução/YouTube

Na época não houve tanta zoeira, mas com o tempo as pessoas foram revendo o clipe e percebendo que havia algo muito esquisito em receber uma mensagem no Excel.

Meme em inglês sobre o clipe Dilemma“Em 2002, Kelly Rowland enviou uma mensagem para seu namorado via Microsoft Excel e ficou nervosa, pois ele não respondeu. Questionável…”

Em uma entrevista em 2016, o rapper Nelly disse que "aquilo era o que tinha de mais moderno na época" e que, "vendo agora, parece desatualizado". No entanto, não respondeu por que é que o Excel foi usado.

O perfil no Twitter do Microsoft Excel entrou na zoeira, parodiando a música: "No matter what you do, we’re crazy over you" ("Kelly, não importa o que você faça, somos loucos por você"). Em tempo, no refrão da música, a cantora diz: "No matter what I do, All I think about is you".

Voltando à entrevista recente da Kelly, após dizer que não conhecia o programa da Microsoft, ela comentou apenas que o diretor do vídeo achou a ideia brilhante na ocasião. Então, dá a entender que ela simplesmente foi lá e fez o que foi pedido a ela.

É engraçado que, após as declarações, um pessoal no Twitter, vendo a reação da cantora, começou a imaginar a realidade paralela de pessoas muito ricas que não precisam nem saber o que é o Microsoft Excel. Lógico, elas não devem saber, mas quem cuida das finanças delas, com certeza.

[Mashable]

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Dona do app TikTok recebe multa milionária por coletar dados de crianças ilegalmente

Posted: 28 Feb 2019 06:47 AM PST

Seja em sua vida anterior, como o aplicativo de sincronização labial Musical.ly, ou em sua marca atual, o TikTok, plataforma de vídeos curtos, sempre cortejou uma demografia mais jovem. E, anteriormente, sua posição sobre a obtenção do consentimento do usuário era, digamos, desatenta. Por essas duas razões, a companhia é agora a dona da maior penalidade civil por violar a privacidade online de crianças nos Estados Unidos.

A lei norte-americana COPPA — Lei de Proteção da Privacidade Online das Crianças — obriga empresas que pretendem coletar informações pessoais a obter o consentimento dos pais de usuários menores de 13 anos. De acordo com a Comissão Federal de Comércio dos EUA, a empresa matriz Musical.ly Inc. estava “ciente de que uma porcentagem significativa de usuários tinha menos de 13 anos e recebeu milhares de reclamações dos pais”.

Entre as informações possivelmente coletadas pelo aplicativo estavam endereços de e-mail, números de telefone, nome e sobrenome e fotos. Um porta-voz da empresa se recusou a comentar sobre a porcentagem de usuários potencialmente menores de 13 anos, mas declarou que, desde a mudança de marca do aplicativo para TikTok, em agosto passado, ele sempre teve uma checagem de idade, pedindo que os usuários afirmassem que têm 13 anos ou mais.

Uma empresa de tecnologia flagrantemente desrespeitando leis de privacidade já é história velha a essa altura, mas a combinação de uma estrutura aberta de mensagens, páginas de perfil automaticamente públicas e um grande contingente de menores de idade levou a “relatos públicos de adultos tentando contatar crianças por meio do aplicativo Musical.ly”, disse a Comissão Federal do Comércio dos EUA. Além de ter que obedecer a lei COPPA daqui para a frente e apagar, a pedido dos pais, os dados armazenados, a Musical.ly Inc. vai ter que pagar uma multa de US$ 5,7 milhões.

Em um post de blog, o TikTok afirma que, começando nesta quarta-feira (27), “implementou mudanças para acomodar os usuários mais jovens dos EUA em uma experiência limitada e separada que traz segurança adicional e proteções de privacidade projetadas especificamente para esse público … que não permite o compartilhamento de informações pessoais e coloca grandes limitações no conteúdo e na interação do usuário”.

“Essa decisão da Comissão Federal do Comércio sublinha o que há muito sabemos: as empresas não consideram as informações pessoais das crianças fora dos limites”, escreveu o senador Ed Markey, de Massachussets, em um comunicado após a decisão.

“Embora essa multa possa ter um valor histórico para uma violação da COPPA, ela não é alta o suficiente para o dano que é causado às crianças e para impedir violações da lei no futuro por outras empresas”, completou.

Contribuiu: Rhett Jones

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Este estranho DNA sintético de oito letras nos ajuda a imaginar possíveis formas de vida extraterrestres

Posted: 28 Feb 2019 05:44 AM PST

O DNA convencional é composto dos pares de bases A, C, G e T habituais, mas um sistema genético recém-criado vem com oito, dobrando assim o número de letras normalmente encontradas em moléculas autorreplicativas. Curiosamente, o novo sistema, apelidado de “hachimoji”, poderia ser parecido com os blocos construtores da vida extraterrestre.

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Uma nova pesquisa publicada recentemente na revista Science traz a descrição em detalhes do hachimoji, que significa “oito letras” em japonês. Além dos quatro pares de bases convencionais, esse sistema genético tem quatro blocos construtores extras, drasticamente aumentando a densidade da informação em comparação com o DNA regular. Os cientistas por trás do trabalho, liderados por Steven Benner, da Fundação para a Evolução Molecular Aplicada em Alachua, na Flórida, disseram que o novo sistema pode ser robusto o suficiente para sustentar a vida, ou seja, para dar suporte aos processos necessários para a autorreplicação darwiniana.

GIF: Escola de Medicina da Universidade de Indiana/Gizmodo

Só para deixar claro, o hachimoji não é um organismo independente e autossustentável. Pelo contrário, ele é um modelo de uma estrutura genética alternativa necessária para sustentar vida autorreplicativa. Na Terra, o RNA e o DNA desempenham essa função exclusivamente, mas isso não quer dizer que outras variações não existam em outras partes do cosmos. De fato, não resta dúvidas de que os astrobiólogos estarão interessados nessa pesquisa, pois ela demonstra outro mecanismo possível do qual a vida poderia surgir, evoluir e se complexificar.

Os autores do estudo não estão alegando que os hachimojis existem em outros lugares do Universo, mas “podemos imaginar processos paralelos”, disse Andrew Ellington, coautor do novo estudo e biólogo sintético da Universidade do Texas em Austin, em um comunicado. Benner então acrescentou: “Ao analisar cuidadosamente os papéis de forma, tamanho e estrutura no DNA hachimoji, este trabalho expande nossa compreensão dos tipos de moléculas que podem armazenar informações em vida extraterrestre em mundos alienígenas.”

Em RNA e DNA normais, combinações de quatro pares de bases permitem o armazenamento e transmissão de informação genética. Esses quatro blocos de construção de DNA, ou nucleotídeos, consistem em adenina, citosina, guanina e timina, ou mais simplesmente A, C, G e T. No RNA, o T é substituído por U, que é uracila. As bases codificam para aminoácidos, os blocos construtores fundamentais das proteínas.

Pesquisas anteriores conseguiram criar DNA sintético com quatro letras alternativas no total e um sistema com dois pares de bases adicionais, para um total de seis, mas esta é a primeira vez que os cientistas vão até oito.

As quatro novas letras, P, B, Z e S, aproximaram as estruturas e a funcionalidade do DNA comum, segundo o novo estudo; P e B são purínicos em funcionamento, e Z e S são pirimidínicos em funcionamento.

Nos testes, o sistema genético se mostrou capaz de armazenar e transferir informações, imitando efetivamente o comportamento molecular do DNA normal de quatro letras. É importante ressaltar que os hachimojis também atenderam às exigências de Schrödinger, que define um sistema darwiniano de evolução molecular (e, sim, esse é o mesmo Erwin Schrödinger cujo gato quântico hipotético estava vivo e morto). Schrödinger descreveu quatro requisitos da evolução: armazenamento de informações, transmissão, integridade estrutural e uma forma ou estrutura física discernível, porém maleável.

“O DNA de hachimoji pode fazer tudo o que o DNA faz para sustentar a vida”, apontou um comunicado de imprensa emitido pela Fundação para a Evolução Molecular Aplicada. “Ele forma pares de forma previsível, e regras predizem sua estabilidade. O DNA de hachimoji pode ser copiado para fazer RNA de hachimoji, capaz de direcionar a síntese de proteínas. O RNA de hachimoji pode ter um fenótipo selecionável (estrutura física), neste experimento um brilho verde-fluorescente.”

Lori Glaze, diretora interina da Divisão de Ciências Planetárias da NASA, ficou animada com a pesquisa, dizendo: “A detecção da vida é um objetivo cada vez mais importante das missões científicas planetárias da NASA, e este novo trabalho nos ajudará a desenvolver instrumentos e experimentos eficazes que expandirão o escopo do que procuramos”, de acordo com um comunicado de imprensa da agência.

“A pesquisa é significativa porque o DNA sempre foi considerado único. Por exemplo, o DNA é o único material para o qual temos a capacidade de projetar sequências com estabilidade previsível”, disse ao Gizmodo Floyd Romesberg, geneticista do Scripps Institute e coautor do estudo envolvendo o DNA sintético com seis pares de bases. “E o que Steve (Benner) mostrou é que suas novas quatro letras também satisfazem todos os aspectos dessa estabilidade previsível. Embora tenha havido indícios de que outras coisas além das quatro letras naturais do DNA possam ter essa propriedade, esse trabalho, pela primeira vez, demonstra isso verdadeiramente.”

Romesberg, que não esteve envolvido com o novo estudo, disse que uma aplicação importante de um alfabeto de oito letras é controlar a associação molecular, ou seja, a capacidade de programar a configuração dos nucleotídeos. Um alfabeto de oito letras, disse ele, é inerentemente mais específico do que um alfabeto de quatro letras.

“Mas isso é inútil se a estabilidade do alfabeto de oito letras não for previsível ou programável”, disse Romesberg. “Como Steve mostrou isso, isso abre todos os tipos de novas aplicações, que eu tenho certeza que seu laboratório e outros em breve desenvolverão.”

De fato, o novo estudo, além de suas implicações astrobiológicas, poderia ter um impacto no mundo real também. Os autores dizem que suas descobertas podem resultar em melhores equipamentos de diagnóstico, de monitoramento ambiental (como a detecção de vírus perigosos), alternativas ao armazenamento de informações, proteínas com aminoácidos adicionais e novos medicamentos inovadores.

[Science]

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Smartphone dobrável Huawei Mate X pode chegar ao Brasil ainda neste ano

Posted: 28 Feb 2019 04:16 AM PST

A Huawei vem planejando a volta para o mercado brasileiro há alguns meses. Embora a parceria com a Positivo tenha melado, a companhia não esconde que o Brasil é um mercado com potencial – o último indício foi dado nesta semana, quando a chefe de relações públicas da Huawei Mobile disse que a marca deve trazer os seus aparelhos topo de linha para cá. E nesta quarta-feira (27), o site MobileTime publicou que o Mate X, o smartphone dobrável da Huawei, desembarcará no Brasil ainda em 2019 ou no começo de 2020.

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A reportagem cita o diretor executivo de Business Network Consulting da Huawei para a América Latina, Carlos Solomón Garcia, que disse que até abril as operadoras brasileiras e dos principais mercados latino-americanos, como Argentina, Chile e Peru, deverão receber o dispositivo para iniciar a fase de testes. "Os aparelhos deverão ser enviados aos mercados na região até o final do ano, e a comercialização deverá acontecer em seguida", comentou.

O Huawei Mate X é compatível com as redes 5G, mas o consumidor brasileiro dificilmente poderá aproveitar essa característica de cara. Isso porque o leilão da faixa de 3,5 GHz, onde parte do 5G brasileiro deverá operar, só deve acontecer em março de 2020, e a instalação da infraestrutura deverá levar ainda mais tempo.

O Mate X tem tela OLED dobrável com dois ajustes possíveis: quando está dobrado, duas telas ficam disponíveis, e quando está aberto há uma tela maior, para o modo tablet:

  • 6,6 polegadas (19.5:9) é a tela principal, quando dobrado.
  • 6,4 polegadas (25:9) é tela traseira, quando dobrado.
  • 8 polegadas é a tela principal, quando aberto.

O aparelho surpreendeu com sua espessura: são 11 mm quando fechado e apenas 5,4 mm quando aberto.

A Huawei equipou o aparelho com especificações potentes, incluindo processador Kirin 980, uma bateria de 4.500 mAh, um combo de botão de ligar com um leitor de digital e um novo modem Balong 5000 5G. A versão com 8 GB de RAM e 512 GB de armazenamento tem preço sugerido de € 2.300 (R$ 9.780 convertido para o câmbio atual). Imagine por quanto vai chegar no Brasil.

[MobileTime]

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Pesquisadores criam tecido que alterna entre aquecimento e resfriamento para você vesti-lo o ano todo

Posted: 28 Feb 2019 03:35 AM PST

Ela não parece tão chamativo quanto as roupas que atrai o seu olhar (e sua grana) em lojas como a REI (rede americana especializada em roupas para recreação e práticas esportivas), mas essa simples peça de tecido, desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Maryland, pode um dia ajudá-lo a substituir seu guarda-roupa dividido por estação por roupas que o mantêm quente ou fresquinho o ano todo.

O revestimento refletor do Omni-Heat, da Columbia. Foto: Andrew Liszewski/Gizmodo

Os fabricantes de roupas para atividades ao ar livre têm se esforçado há anos para desenvolver roupas que o mantenham confortável — seja quente, fresco ou seco — em todas as condições, de forma que os aventureiros que vão para a natureza selvagem não precisem colocar um guarda-roupa inteiro dentro da mala para estarem preparados. O forro refletor Omni-Heat, da Columbia, cobre o interior de uma jaqueta com um material parecido com papel alumínio que prende e reflete o calor do corpo de volta para o indivíduo, minimizando a necessidade de um casaco volumoso e com isolamento térmico. E, para o verão, a empresa simplesmente inverteu sua tecnologia Omni-Heat para criar suas roupas Omni-Shade, que usam um fino revestimento refletor para fazer ricochetear os raios solares para que você não cozinhe enquanto permanece coberto.

Foto microscópica da camada respirável e à prova d’água da linha Futurelight, da The North Face. Foto: The North Face

A nova linha Futurelight, da North Face, revelada na CES 2019, em janeiro, tem uma abordagem ainda mais avançada para compatibilidade em várias estações, com uma camada de tecido impermeável feita de fibras de nanoescala com poros tão pequenos que só o ar consegue atravessar. Ele promete manter as pessoas protegidas da chuva e da neve, mas ainda permite que o calor irradiando do corpo escape para que você não acabe ficando encharcado de suor enquanto tenta permanecer seco.

No entanto, atualmente, nenhuma empresa está vendendo um tecido que te mantenha quente quando seu corpo fica frio e que te esfria quando seu corpo aquece, que é o que os pesquisadores YuHuang Wang e Ouyang Min, da Universidade de Maryland, dizem que seu novo tecido é capaz de fazer. Ele é feito de um fio que é composto por duas fibras sintéticas — uma que repele água e outra que a absorve —, mas ambas são cobertas por finas camadas de nanotubos de carbono que as tornam condutoras.

Em resposta à umidade, como ser exposto ao suor saindo de seu corpo quando você fica quente, os pesquisadores dizem que uma das fibras absorve umidade e incha, fazendo com que o fio se deforme, o que empurra os fios para mais perto uns dos outros, criando espaços no tecido e permitindo que o ar quente e úmido escape. Quando está frio, eles dizem que o oposto acontece, e os fios se reorganizam de forma a minimizar os espaços e poros para manter o ar quente preso mais perto do seu corpo.

É parecido com o que o tecido da linha Futurelight, da The North Face, faz, só que com maior adaptabilidade. Porém, mudar a respirabilidade do tecido é apenas um dos truques impressionantes que eles afirmam que esse tecido tem.

Quando essas fibras incham, deformam e se aglomeram, elas também aparentemente alteram a atração magnética entre os minúsculos nanotubos de carbono em seu revestimento. Essas fibras supostamente se comportam como antenas microscópicas que ou bloqueiam e impedem que o calor que emana do seu corpo como radiação infravermelha escape — o que ajuda a criar uma camada de aquecimento entre você e o tecido — ou o deixam passar e escapar, dissipando calor. E tudo isso acontece sem qualquer interação humana.

Os pesquisadores ainda não estão prontos para lançar seus tecidos milagrosos para os fabricantes de roupas de atividades ao ar livre — ainda é preciso desenvolvê-los e aperfeiçoá-los antes que você os veja em uma jaqueta que você possa vestir durante todo o ano. No entanto, aparentemente, ele não é difícil de se fabricar em sua forma atual, uma vez que o revestimento de nanotubos de carbono pode ser aplicado durante o processo de tingimento padrão. Mas o vestuário parece ser apenas uma das aplicações potenciais dessa pesquisa. As casas são muitas vezes envolvidas num tecido sintético chamado Tyvek durante a construção, o que ajuda a manter a umidade fora, mas não é difícil imaginar que esse novo material possa ir um pouco mais longe e ajudar a manter as casas mais quentes no inverno e mais frescas no verão, melhorando consideravelmente a eficiência energética e, por sua vez, reduzindo as contas mensais.

[via ScienceDaily]

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