sexta-feira, 1 de março de 2019

Gizmodo Brasil

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Como se proteger de golpes de cartão de crédito ou débito no Carnaval

Posted: 01 Mar 2019 02:04 PM PST

No Carnaval, seu celular não é o único item que está sob risco de ser perdido ou roubado e causar prejuízo. Seu cartão de crédito e/ou de débito também é um alvo para golpistas e aproveitadores.

Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta para golpes neste período de festas.

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Um deles é o golpe da troca de cartão em blocos de Carnaval. O esquema funciona assim: ao comprar com um ambulante mal-intencionado, ele se aproveita de uma distração sua ou dá uma desculpa do tipo “a máquina não tem sinal aqui, vou passar e já volto” para trocar seu cartão por um muito parecido, do mesmo banco, na hora de devolver para você. Pronto, agora ele tem seu cartão e prestou atenção na sua senha, podendo usá-lo e ficar com o dinheiro.

Portanto, fique atento ao pegar seu cartão de volta: verifique se é realmente o seu. Também tome cuidado com máquinas adulteradas, em que a senha fica exposta na tela. Caso você seja vítima desse golpe, entre em contato com o banco ou administradora do cartão e bloqueie-o o mais rápido possível — alguns cartões oferecem essa opção em seus aplicativos, inclusive.

A Febraban também alerta para o golpe da dupla operação. Ele é bem simples: o vendedor mal-intencionado se aproveita da distração do cliente para dizer que houve um problema na transação, que precisará ser repetida em outra maquininha, cobrando duas vezes pelo mesmo produto ou serviço.

Fique atento e verifique seu extrato — se houve uma operação em duplicidade, você pode solicitar que a operação seja cancelada imediatamente.

A Febraban também tem uma série de recomendações de segurança para o uso de cartões que valem para o ano todo:

Nunca empreste ou entregue o seu cartão para ninguém, nem permita que o examinem sob qualquer pretexto. Pode haver a troca do cartão sem que você perceba;

Nunca guarde a senha junto com o cartão, reduzindo o risco de perda e roubo.

Em caso de roubo, perda ou extravio do seu cartão, ligue imediatamente à Central de Atendimento do seu banco e solicite o cancelamento do cartão. Em caso de roubo, registre um B.O. em uma delegacia mais próxima;

Em caso de retenção do cartão no caixa automático, não digite sua senha e aperte as teclas “ANULA” ou “CANCELA”. Ligue imediatamente para o banco ou procure a ajuda de um funcionário que esteja identificado, se estiver usando o caixa eletrônico de uma agência bancária. Tente utilizar o telefone da cabine para comunicar o fato. Se ele não estiver funcionando, pode tratar-se de tentativa de golpe. NUNCA utilize telefones de terceiros desconhecidos, especialmente os celulares, para comunicar-se com o banco, pois os dados de sua conta e senha ficam registrados na memória do aparelho. Além disso, você poderá não estar falando com representante do banco;

Tome especial cuidado com esbarrões ou encontros acidentais, que possam levá-lo a perder de vista, temporariamente, o seu cartão magnético. Se isso ocorrer, verifique se o cartão que está em seu poder é realmente o seu. Em caso negativo, ligue imediatamente para o banco e solicite o cancelamento do cartão;

Ao efetuar pagamentos com seu cartão, não deixe que ele fique longe do seu controle e tome cuidado para que ninguém observe a digitação da sua senha.

Solicite sempre a via do comprovante de venda e confira o valor impresso da compra;

Ao sair, só leve cartões e talões de cheques se for utilizá-los. Assim, você evita a perda ou roubo;

Em viagem, se não for usar o cartão, deixe-o guardado no cofre do hotel;

NUNCA utilize seu cartão para fazer compras em sites desconhecidos.

Uma alternativa possível é recorrer a um cartão pré-pago ou uma pulseira de contato pré-paga e carregar com uma quantia não muito grande, para diminuir os possíveis prejuízos. E, claro, sacar e levar apenas uma pequena quantia de dinheiro em espécie para poder deixar os cartões em casa pode soar meio antiquado, mas serve muito bem para evitar esse tipo de problema.

[Febraban via Folha]

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O que fazer se você perder o celular ou tiver o aparelho roubado

Posted: 01 Mar 2019 01:47 PM PST

O Carnaval está aí e você quer curtir, certo? Seja no bloco, seja nos desfiles das escolas de samba, seja em alguma festa, é bom prestar atenção para sua folia não virar um problemão. Saiba o que fazer caso seu celular seja roubado ou perdido.

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O que fazer caso você perca o celular?

Um dos problemas que você pode enfrentar durante esses dias de festa é perder o celular — derrubar por aí, esquecer no táxi, simplesmente colocar em algum lugar e esquecer, entre muitas outras possibilidades.

Felizmente, tanto Android quanto iOS oferecem ferramentas para tentar localizar o smartphone e recuperá-lo.

O Android tem um gerenciador de dispositivos nativo — todo aparelho com o sistema operacional conta com esse recurso. Para acessá-lo, basta entrar em android.com/devicemanager e fazer login com sua conta do Google. No site, você consegue ver onde seu Android foi localizado pela última vez e quando foi a última vez que ele esteve online.

Se a localização é a da sua casa (ou de outro lugar onde você está, como uma casa de praia, por exemplo) e você não encontra o aparelho, você pode fazê-lo tocar, mesmo que ele esteja no modo silencioso. Se não for esse o caso, também dá para proteger as informações do aparelho, colocar na tela uma mensagem e um número para discar e, na pior das hipóteses, apagar todos os dados do smartphone.

Alguns apps para Android oferecem essa mesma proteção com alguns extras. É o caso do Cerberus, que permite gravar áudio e vídeo do smartphone perdido, tirar screenshots e receber alertas caso seu celular saia de determinada região previamente delimitada por você.

O iOS também conta com recusos nativos parecidos com os do Android. Por meio do iCloud, você consegue usar o Find My iPhone para descobrir a localização do seu iPhone perdido, fazê-lo tocar som, mostrar um número de telefone para contato e, na pior das hipóteses, apagar os dados do aparelho. Você não precisa instalar nada no seu iPhone — em outros aparelhos da Apple, é necessário baixar um app.

O ecossistema do iOS também tem outros aplicativos com recursos adicionais. É o caso do Prey, que usa Wi-Fi e GPS para verificar a localização do iPhone, grava informações de rede e tira fotos de quem encontrar o celular usando tanto a câmera frontal quanto a câmera traseira.

O que fazer caso seu celular seja roubado?

Mesmo com tantos recursos, pode ser que seu celular não tenha sido encontrado por nenhuma alma cheia das melhores intenções ou pode ser que você tenha sido vítima de um roubo mesmo.

Neste caso, ligue para sua operadora e solicite o bloqueio da linha. Isso é necessário para evitar o uso de seus créditos ou de sua conta.

Também é necessário solicitar na operadora o bloqueio do IMEI. O IMEI é um número único de cada aparelho, como se fosse uma espécie de “CPF do celular”. Ele está na caixa do aparelho, na nota fiscal e no selo de homologação da Anatel. Se você não tiver mais nada disso, também dá para acessá-lo:

  • Se seu celular é Android, entre em android.com/devicemanager, faça login com sua conta do Google e clique no ícone de informações (um pequeno “i” dentro de um círculo). O IMEI estará lá.
  • Se seu celular é iPhone, entre no ID Apple, coloque suas informações de login, vá até a seção “Dispositivos” e selecione seu aparelho. O IMEI estará lá.

De posse do IMEI do aparelho roubado, faça um boletim de ocorrência do roubo em uma delegacia ou, caso o Estado onde você está disponibilize essa opção, pela Internet.

Feito isso, ligue para a sua operadora e solicite o bloqueio do IMEI. Isso deverá dificultar a vida de quem ficar com o aparelho roubado, pois a ativação do dispositivo na operadora será impedida.

Curtir o Carnaval (ou qualquer outra festa, caso você não seja grande fã de blocos e desfiles) pode ser bem divertido. Você só precisa tomar cuidado com seus pertences e com você mesmo para não sair prejudicado.

Este texto é uma versão atualizada deste post de 2016.

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Espaçonave encontra evidência de que subterrâneo de Marte já foi abundante em água

Posted: 01 Mar 2019 12:46 PM PST

Cientistas relatam ter encontrado evidências de um antigo sistema de águas subterrâneas em Marte, de acordo com um novo estudo. As pistas apareceram em imagens captadas por orbitadores de Marte.

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Estudos seguem encontrando evidências de que Marte já foi úmido, desde a composição química de sua poeira até vales aparentemente cortados por rios antigos. Mas quanta água e quais efeitos ela teve ainda são assuntos para discussão. Os pesquisadores por trás do novo estudo descobriram evidências de níveis flutuantes de água subterrânea em crateras em todo o Planeta Vermelho.

“Essas bacias profundas (lagos subterrâneos abastecidos por águas subterrâneas) serão de interesse para futuras missões de exploração, pois podem fornecer evidências de condições geológicas adequadas à vida”, escreveram os cientistas no artigo publicado nesta quinta-feira (27) no Journal of Geophysical Research-Planets.

A paisagem marciana. Foto: Agência Espacial Europeia (ESA)

Os pesquisadores analisaram uma amostra de imagens de crateras de impacto no hemisfério norte de Marte tiradas pelo HiRISE (High Resolution Imaging Science Experiment) e pela Câmara de Contexto (CTX) do Orbitador de Reconhecimento de Marte, da NASA, e da High Resolution Stereo Camera (HRSC), do orbitador Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA). Eles identificaram 24 crateras de 1,4 a 3,1 quilômetros de profundidade, que foram analisadas em busca de provas da influência da água subterrânea.

Várias linhas de evidência apareceram na análise. Algumas das crateras tinham vales que pareciam ser formados pela erosão da água. Algumas tinham canais esculpidos em suas paredes. Outras tinham “terraços”, plataformas que poderiam ter sido formadas pela presença de água parada. Quinze das crateras tinham formas de leque que pareciam deltas de rios. Algumas tinham cones que pareciam afluentes ramificados. Seus leitos eram planos, possivelmente devido ao depósito de sedimentos da água. Dezesseis das crateras tinham pilhas de detritos que pareciam ter sido provocadas por deslizamentos de terra.

Diagrama mostrando a água em recuo formando características em crateras atuais. Imagem: ESA

Em conjunto, esses pontos de dados, todos ocorrendo em profundidades semelhantes, fizeram com que os pesquisadores deduzissem que as características observadas nessas crateras “continham águas que progressivamente recuaram, deixando para trás acidentes geográficos em uma ordem cronológica específica”, diz o estudo. Mais importante ainda, as mesmas características observadas em todo o hemisfério norte do planeta sugeriram aos pesquisadores que Marte pode ter ficado saturado com água subterrânea para poder produzir os resultados vistos no artigo. O nível da água também se alinha com evidências existentes de um antigo oceano marciano.

Resultados como esses são empolgantes e seguem pintando Marte de 3,5 bilhões de anos como um lugar úmido como a Terra de hoje, com oceanos, rios e um lençol freático. Eles também fazem você pensar, é claro, se o planeta já abrigou vida. Serão necessárias missões como o ExoMars Rover Rosalind Franklin e o Mars2020 para caçar diretamente essas pistas de vida — e esse estudo dá aos cientistas um lugar para procurar.

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Arquivo com 30 milhões de páginas que inclui os principais feitos humanos está a caminho da Lua

Posted: 01 Mar 2019 12:14 PM PST

Concepção artística do módulo lunar Beresheet

O módulo lunar privado israelense Beresheet está a caminho da Lua — e, escondido nele, está um pequeno disco com 30 milhões de páginas de documentos que oferecem uma cartilha sobre o conhecimento humano. A coleção de imagens, textos e símbolos é o primeiro passo do projeto para construir uma "biblioteca lunar" e parte de uma iniciativa maior de criar um arquivo galático da Terra.

A casa ártica do Doomsday Vault (Cofre do Apocalipse, em tradução livre) contém uma seleção de sementes que está sob ameaça de descongelamento com a mudança climática cada vez mais severa. E a aniquilação nuclear ainda paira como um lembrete sempre presente de que a Terra pode não ser o local mais seguro para guardarmos registros do conhecimento e do progresso.

Por essas razões e outras, a AMF (Arch Mission Foundation) está trabalhando em uma abordagem multifacetada para resumir "os registros de nossa civilização" em um formato sustentável e enviá-lo para diferentes locais de nossa galáxia.

Na quinta-feira da semana passada, o módulo lunar Beresheet, com o primeiro disco da Lunar Library Initiative (Iniciativa da biblioteca lunar), foi lançado no Falcon 9, da Space X, e pode chegar à Lua em 11 de abril.

O arquivo, do tamanho de um DVD, é composto por 25 discos de filme de níquel, que foram fabricados sob encomenda pela NanoArchival para que a AMF armazenasse uma quantidade impressionante de formatos analógicos e digitais. Embora nós não tenhamos certeza que o dispositivo vá aguentar as temperaturas extremas e a radiação por bilhões de anos, a ideia é que ele dure o máximo possível.

De acordo com a AMF, as primeiras quatro camadas do disco de 120 milímetros contêm pequenas gravações analógicas que podem ser vistas com um microscópio de baixa potência. Ao todo, elas contêm 60 mil imagens de documentos, fotografias, livros e ilustrações. A primeira camada pode ser vista com uma ampliação 100x e as outras próximas três gravações são 10 vezes menores.

Entre os conteúdos, dessas camadas está uma cópia do Wearable Rosetta Disk, da Long Now Foundation. Nele, está um guia de linguística de mais de 1.000 linguagens humanas. A fundação tem uma demonstração interativa bem útil de como é dar zoom na superfície do disco. As camadas analógicas contêm uma cartilha com mais de 1 milhão de conceito com fotografias e palavras correspondentes em vários idiomas "relevantes".

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As camadas analógicas também incluem instruções técnicas para acessar as camadas digitais do dispositivo, incluindo o conhecimento científico e de engenharia necessário para decodificar os formatos de arquivos. Os conteúdos digitais sem compressão têm 200 GB de informação e incluem uma cópia completa da Wikipedia em língua inglesa, além do conjunto de dados PanLex, da Long Now Foundation, que conta com a tradução para 5.700 idiomas.

A ideia é continuar enviando mais discos para a Lua com mais documentos relacionados à humanidade. Outra missão está planejada em parceria com a Astrobotic em 2020. Além disso, outros arquivos menores foram enviados na órbita baixa da Terra, além de alguns que estavam à bordo do Tesla Roadster vermelho que Elon Musk enviou em direção à Marte.

Isto tudo não tem a ver apenas com guardar documentos no caso de alienígenas encontrarem um planeta Terra destruído pelos humanos. Nova Spivack, fundador da AMF, disse ao CNET que "a rede interplanetária de localizações de backup que iniciamos pode até ajudar a possibilitar uma internet interplanetária". Como leva tempo para transmitir informações entre a Terra e missões no espaço, a AMF espera configurar essas bibliotecas em vários postos avançados para as equipes decodificarem e acessarem.

Embora o objetivo de preservar o progresso humano seja admirável e a tecnologia de armazenamento usada pela AMF seja útil para viagens espaciais, a maioria de nós provavelmente só quer saber o que foi selecionado para representar a humanidade. Infelizmente, isso não será revelado, pelo menos por ora. Quando o Gizmodo contatou a AMF solicitando mais informações, um porta-voz enviou um arquivo PDF de 84 páginas com uma espécie de tabela de conteúdos ainda em progresso e não pronta para ser compartilhada com o público.

Mesmo que recebêssemos uma cópia completa de todas as 30 milhões de páginas contidas no disco, nós não teríamos o tempo suficiente para analisar o material. Conseguimos confirmar que tem trechos do Internet Archive e uma cópia do World Factbook no dispositivo. Uma lista de assuntos contidos no aparelho conta com categorias do tipo "aeroespacial" e "matemática", além de temas surpreendentes como "estudos femininos", "criminologia" e "humor". Infelizmente, não temos uma lista das músicas incluídas pela AMF.

Quando perguntamos para a AMF por que a lista completa de conteúdos não foi liberada até agora, um porta-voz nos disse:

Estamos anunciando os conteúdos da biblioteca agora por causa de nossos vários parceiros. Muito mais conteúdos serão revelados, mas obviamente seria perturbador anunciar tudo de uma vez. Em vez de confiar numa curadoria problemática do material, queremos incluir toda a amplitude de diversidade de conhecimento e cultura humanos registrados e do registro de vida e civilização do planeta Terra.

De fato, dos dez capítulos de informação encontrados nas camadas digitais, um é simplesmente identificado como "Coleções privadas". A AMF está trabalhando com grandes organizações sem fins lucrativos como o Project Gutenberg e a Wikimedia Foundation, mas também está obtendo financiamento privado em troca de oportunidade de incluir alguns conteúdos.

No ano passado, Spivack disse ao Live Science que ele espera que, no futuro, este tipo de oferta seja barata e disponível para todos. Ele quer que o preço fique entre US$ 20 e US$ 100 pelo direito de incluir "alguns fragmentos de dados" em um dos arquivos. Ele também disse que a AMF não censurará os conteúdos. "Nós iremos incluir tudo, inclusive as coisas más, pois elas também são importantes", disse ele na ocasião.

Será que algum doador rico quis enviar o primeiro nude a aterrissar na Lua? Possivelmente. Será que a pegadinha do Rick Roll foi incluída no arquivo privado? Eu acredito que sim. Sem escolhas bobas como esta, o arquivo não diria nem uma pequena fração de nossa gloriosa história — além disso, não daria um aviso justo antes que espécies alienígenas façam contato com a gente.

[Arch Mission Foundation, CNET]

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Twitter vai testar recurso de esconder respostas a tuítes para tentar tornar a plataforma menos horrível

Posted: 01 Mar 2019 10:07 AM PST

A busca do Twitter para consertar sua plataforma continua, desta vez com um recurso experimental de moderação de respostas. O recurso “Esconder Tuíte” será um experimento público, mas ainda não está claro quem terá acesso a ele.

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A pesquisadora de segurança Jane Manchun Wong compartilhou uma captura de tela da ferramenta na quinta-feira (28), escrevendo que o recurso Esconder Tuíte permitirá que os usuários que postarem o tuíte de origem poderão esconder e revelar as respostas ao seu tuíte. Um porta-voz do Twitter disse que a empresa testará a ferramenta por agora para ver se ela pode facilitar conversas mais saudáveis na plataforma — o que, como qualquer pessoa que já esteve no Twitter entende, não é um objetivo pequeno.

(“O Twitter está testando moderação das respostas. Ele permite que você oculte as respostas sob seus tuítes, ao mesmo tempo em que fornece uma opção para mostrar as respostas escondidas.”)

Michelle Yasmeen Haq, gerente de produto sênior do Twitter, tuitou uma thread sobre o recurso, escrevendo que o “Esconder Tuíte” serviria a um propósito não oferecido atualmente pelas opções de bloquear, silenciar ou denunciar.

“Com esse recurso, a pessoa que iniciou uma conversa poderia optar por esconder as respostas aos seus tuítes. As respostas ocultas poderiam ser vistas por outros por meio de uma opção de menu”, disse Yasmeen Haq. “Achamos que a transparência das respostas ocultas permitiria à comunidade reparar e chamar a atenção para situações em que as pessoas utilizam a funcionalidade para ocultar conteúdos com os quais discordam. Achamos que isso pode equilibrar a experiência de produto entre quem publica o tuíte original e o público.”

Um porta-voz do Twitter disse que a plataforma está explorando maneiras de dar aos usuários mais controle sobre o que eles veem em seus feeds. A moderação das respostas definitivamente parece fazer isso. Mas também não corrige o Twitter e, definitivamente, não reduz o abuso na plataforma. Em vez disso, ele transfere a responsabilidade de limpar o lixo para os usuários — o que não é o ideal, mas ainda assim parece melhor do que nada.

Esse recurso também parece uma ideia muito melhor do que a ferramenta de esclarecimento de tuítes descrita pelo cofundador e CEO do Twitter Jack Dorsey, que sequer sabemos se ainda está em desenvolvimento.

[Twitter]

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Este relógio com tela flexível não é tão zoado quanto parece

Posted: 01 Mar 2019 08:11 AM PST

Smartwatch com tela flexível Nubia Alpha

O MWC deste ano se tornou uma celebração de todos os tipos de dispositivos de telas flexíveis. Depois da aparição do Samsung Galaxy Fold e do Huawei Mate X, eu comecei uma caçada a mais gadgets de telas dobráveis. Foi nessa hora que eu lembrei que a Nubia – fabricante de dispositivos esquisitos como este telefone de duas telas – trouxe para Barcelona uma versão redesenhada de um smartphone em formato de relógio com uma tela flexível.

Para ser claro, o Nubia Alpha foi anunciado originalmente na IFA 2018, mas agora que a tecnologia flexível está em voga, eu estava muito curioso para ver como o dispositivo progrediu durante os últimos seis meses, especialmente pelo fato de a companhia ter feito algumas melhorias no projeto do conceito.

Tela do smartwatch com tela flexível Nubia AlphaA tela flexível do Alpha é bem melhor do que eu esperava. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

O design esquisito do Alpha parece ficar em algum lugar entre o Samsung Galaxy Gear original e a Microsoft Band, mas com a adição de uma tela longa e flexível, além de uma saliência de cada lado. Quando eu vi o Alpha pela primeira vez, zoei o fato de terem incluído uma pulseira super larga e uma carcaça desajeitada e grandona. Mas depois de finalmente ter a chance de experimentar o último modelo, ele se provou menos ofensivo do que eu temia.

Eu diria que o Alpha erra por pouco. Não é o desastre certo que eu previa. Na real, o grande erro da Nubia é tentar fazer coisas demais nesse dispositivo. Tentar incluir funcionalidades básicas de um smartwatch como monitoramento de batimentos cardíacos e contador de passos em um dispositivo que também é capaz de fazer ligações, tirar fotos e reproduzir vídeos é pedir para ter problemas.

Smartwatch Nubia Alpha de frenteO Alpha redesenhado é mais elegante, mas ainda há oportunidades para melhorias. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

A Nubia fez uma série de melhorias desde a IFA 2018, incluindo um novo projeto para a pulseira, que agora é mais fina, mais atrativa e não muito diferente de pulseiras metálicas usadas em relógios tradicionais. Quando eu vesti, pensei que o dispositivo iria parecer um monstro no meu pulso, mas isso não aconteceu.

A fabricante também diminuiu as saliências dos dois sensores do Alpha e incluiu botões mais tradicionais nas laterais para ajudar na navegação de ajustes e menus. Ao usar o relógio, senti muita rapidez e consegui deslizar e tocar pelos menos com uma familiaridade rara ao usar dispositivos tão ambíguos. Mas por alguma razão, os controles sensíveis ao toque regulares não são o suficiente para o Alpha, por isso a companhia adicionou a possibilidade de navegar pelos menos ao fazer gestos com a mão acima de um sensor de movimento presente no lado esquerdo do dispositivo.

Detalhe lateral do smartwatch Nubia AlphaImagine como seria o Alpha sem o sensor de movimento e câmera. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Os controles por gestos remotos são um truque legal, mas no final das contas, eu não consegui parar de pensar como seria o visual do produto sem os sensores e sem a câmera de 5 megapixels. Se ele fosse um smartwatch tradicional com uma tela curvada, certamente me chamaria mais atenção.

A grande estrela do show é a tela OLED de 4 polegadas com resolução de 960 x 192 pixels e que é bem boa. Com uma densidade de pixels de 225 PPP, os textos e vídeos ficam bem nítidos. Embora o display curvado às vezes signifique que você não conseguirá ver as duas pontas ao mesmo tempo, há um apelo futurístico no visual, uma vez que a tela parece ir ao infinito enquanto acompanha o seu pulso.

Detalhe da tela flexível do smartwatch Nubia AlphaFoto: Sam Rutherford/Gizmodo

E apesar de estar equipado com um chip meio ultrapassado como o Snapdragon Wear 2100 e apenas 1GB de RAM, ele me pareceu bem responsivo. A Nubia diz até que sua bateria de 500 mAh é capaz de segurar quase dois dias de uso com uma única carga, o que é mais do que o prometido pela Apple em sua última geração de relógios.

O que me surpreendeu mesmo foi o preço do modelo com suporte apenas para Bluetooth: 450 euros (R$ 1.940, na cotação atual). Ele não é exageradamente caro para um aparelho que tem tanta coisa e é tão diferente. A fabricante está produzindo ainda um modelo com suporte a dados de celular via eSIM por 550 euros (R$ 2.370).

Aplicativo de câmera do smartwatch Nubia AlphaTirar selfies é algo que você realmente iria querer fazer com um dispositivo vestível? Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Eu ainda não compraria um Alpha no lançamento, previsto para o terceiro trimestre. Mas depois de usá-lo por alguns minutos, fiquei surpreso ao descobrir que o híbrido de smartphone com relógio da Nubia não é tão ridículo quanto eu pensei que seria. Em muitos aspectos, as telas flexíveis podem ter ainda mais a oferecer em dispositivos vestíveis do que em smartphones.

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Glovo deixará de funcionar no Brasil a partir de 3 de março

Posted: 01 Mar 2019 06:35 AM PST

Entregador da Glovo em motocicleta

O mercado de delivery brasileiro perderá um integrante. A espanhola Glovo, que começou a operar por aqui há um ano, anunciou que deixará o País. A startup, que concorre com iFood, Rappi e Uber Eats, disse que “o Brasil é um mercado extremamente competitivo e que, para obter o sucesso que planejamos originalmente, precisaríamos de mais investimento e tempo para penetrar, liderar e alcançar rentabilidade”. O aplicativo irá funcionar até o dia 3 de março, às 23h59.

O Glovo estava presente em 21 cidades e, em janeiro, havia lançado o Glovo Prime, um serviço de assinatura de R$ 16,90 mensais que permitia entregas gratuitas para pedidos a partir de R$ 30. O aplicativo fazia delivery de tudo quanto é tipo de produto: desde comida, passando por itens de supermercado e farmácia, até objetos de uma pessoa para outra.

De acordo com uma reportagem da Reuters, publicada no Estadão em janeiro, havia a expectativa de expansão no Brasil. Os planos incluíam dobrar a presença, chegando a 50 cidades até o final de 2019. Segundo a Exame, a filial brasileira estava sob forte pressão desde a visita do presidente global, Oscar Pierr, há duas semanas. Os resultados da empresa por aqui não agradavam.

A Glovo tem forte presença em América Latina, Europa, Oriente Médio e África. De acordo com um comunicado da empresa enviado ao Gizmodo Brasil, haverá concentração de “recursos em outros nichos” onde a empresa “está alcançando uma participação de mercado significativa e gerando valor”.

Em um e-mail enviado aos entregadores e publicado pelo Tecnoblog, a companhia diz que todos “receberão os repasses devidos conforme nossos Termos e Condições” e que os centros de atendimento da empresa ainda estarão disponíveis para “sanar dúvidas e preocupações”.

O mercado de delivery é, de fato, muito competitivo. No final do ano passado, um dos integrantes mais fortes do setor, o iFood, recebeu investimento recorde de US$ 500 milhões – o maior aporte privado já feito em uma empresa de tecnologia na América Latina. Para termos uma ideia da diferença de presença, o aplicativo está disponível em 483 cidades do Brasil – o número de pedidos mensais do iFood no Brasil chegou a 10,8 milhões em outubro de 2018.

Confira abaixo o comunicado da Glovo na íntegra:

A Glovo decidiu encerrar as operações no Brasil e sair do mercado já nos próximos dias. O objetivo é concentrar recursos em outros nichos da América Latina, Europa, Oriente Médio e África, onde a empresa está alcançando uma participação de mercado significativa e gerando valor.

Depois de 12 meses, percebemos que o Brasil é um mercado extremamente competitivo e que, para obter o sucesso que planejamos originalmente, precisaríamos de mais investimento e tempo para penetrar, liderar e alcançar rentabilidade.

Esta é a razão pela qual decidimos nos concentrar nos outros mercados da América Latina, onde há demanda no crescimento dos serviços da Glovo e podemos colher melhores resultados para os nossos parceiros, entregadores e companhia.

Como um dos principais serviços de entrega sob demanda e que mais cresce no mundo, agora em 21 países e em mais de 100 cidades, nós continuamos a enxergar um forte avanço global e expandimos para uma nova cidade a cada quatro dias, o que nos torna o aplicativo preferido para entrega de tudo na maioria das cidades onde servimos.

Em nossa saída programada, todos os compromissos com usuários, parceiros e entregadores serão honrados.

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O Huawei Mate X é mais empolgante do que você pensa

Posted: 01 Mar 2019 05:44 AM PST

Até o momento, qualquer pessoa minimamente interessada em tecnologia já ouviu falar sobre o Mate X — o smartphone dobrável caríssimo da Huawei que, apesar do anúncio ter sido recente, de alguma forma roubou a atenção do Galaxy Fold, da Samsung, lançado há uma semana.

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O Mate X conseguiu até transformar alguns céticos em smartphones dobráveis em crentes. Não é o meu caso, pois sempre fui otimista quanto à tecnologia de telas flexíveis. Esses displays não são como os notches (recortes). Eles não são apenas um passo incremental para conseguir telas maiores. Telas flexíveis têm o poder de transformar a forma como as pessoas criam e desenvolvem tudo quanto é tipo de gadget, especialmente vestíveis e smartphones.

No entanto, após passar um tempo com o Mate X, o que mais me surpreendeu é que, apesar de ser uma tecnologia de primeira geração e com muitas coisas a serem melhoradas, o Mate X é mais impressionante ao vivo e a cores do que achei que seria.

Huawei Mate X com detalhe na dobradiçaA dobradiça do Mate X é acionada por mola, então, quando você aperta o botão, ele abre aproximadamente 45 graus. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Antes de irmos fundo na questão do celular, temos que estabelecer que devemos esquecer o quanto ele vai custar. Ele tem preço sugerido de € 2.300 euros (cerca de R$ 9.890 na conversão direta), o que o torna caríssimo, e em nenhuma circunstância ele vale tanto a pena custando 150% a mais que um aparelho premium, como o Mate 20 Pro ou o Galaxy S10, que já são opções caras. Preços altos são comuns em aparelhos com novas tecnologias. Considere quando a Motorola lançou o DynaTac, o primeiro celular, que saiu em 1983 e custava US$ 4.000. Essa tecnologia de displays dobráveis vai ser bem cara a princípio e, caso faça sucesso, vai se tornar mais acessível.

Voltemos ao aparelho. Do momento que eu o peguei, o Mate X parece mais sólido que seu design de tela articulado de tela dobrável sugeria. Grande parte da estabilidade vem do corpo assimétrico do Mate X, que conta com uma barra gigante no lado direito em que ficam grande parte dos componentes do smartphone e uma porta USB-C, embora sirva como um suporte mais substancial do telefone.

Huawei Mate X semi-abertoVocê provavelmente não vai querer usá-lo dobrado deste jeito. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Mesmo quando manuseado com apenas uma mão e ao balançá-lo, a tela não não se move, e, embora eu tenha tido que tentar bastante, você pode dobrar a tela na posição oposta da dobradiça, o que é algo que você não vai querer. A Huawei também optou por uma solução antiga para manter o telefone firme quando dobrado no meio: um simples botão abaixo da câmera tripla do Mate X.

É uma adição surpreendente; muitos telefones novos tentam ter aparências mais simplificadas (e alguns, inclusive, não têm nenhum tipo de porta), mas funciona. O clique que você ouve quando fecha a tela do Mate X passa uma impressão reconfortante que assegura que a tela está fechada.

A Huawei também trabalhou no software do Mate X para que, independentemente de você estiver usando a câmera, navegando na web ou checando sua agenda, a transição entre usar metade da tela e a tela toda (e vice-versa) seja bastante suave. Diferentemente do Royole FlexPai, ele não tem falhas ou artefatos gráficos que aparecem ao fazer a mudança entre os modos.

Enquanto isso, no modo de uso com apenas uma mão, o Mate X não parece tão diferente de um aparelho normal. Graças aos painéis reforçados na parte de trás do display, a tela não fica esmagada como ocorre com telas antigas de Nintendo 3DS, e a forma como a tela curva para o lado quando dobrada quase dá a mesma impressão que você tem de smartphones modernos com displays de vidro arredondados 3D.

No que diz respeito à tela, ela é ótima. As cores são ricas e saturadas, e, para pessoas que gostam de tirar fotos com um tablet ou não têm uma visão boa, usar o app da câmera ou ver fotos com a tela gigante de 8 polegadas do Mate X é sensacional. Para algo que é essencialmente o pioneiro de toda uma nova classe de dispositivos, não parece ter as frustrações de aparelhos de primeira geração com duas telas como o ZTE Axon M.

E a durabilidade?

Dito isso, há ainda algumas importantes questões que o Mate X precisa responder, sobretudo em termos de durabilidade do display. Quando a Samsung mostrou a tela dobrável Infinity Flex em novembro do ano passado, a companhia ressaltou que teve todo o trabalho de criar uma nova camada OLED flexível e o painel que fica atrás dela, um polarizador ultrafino e até novos tipos de adesivos flexíveis que permitiriam que o smartphone dobrável sobrevivesse a milhares de dobras.

Smartphone Huawei Mate X de lado

A Huawei fez um discurso parecido com o Mate X, mas, diferentemente da Samsung, a chinesa deu menos detalhes sobre como a tela do dispositivo foi feita ou de onde ela vem. Quando questionado, um porta-voz da Huawei disse que a empresa não fala quem são seus fornecedores. Ao todo, há poucas empresas no mundo que fazem telas flexíveis, e, com a certeza de que a Samsung não é responsável pela tela do Mate X, só sobra a LG e a TCL.

No entanto, existe um cenário que sugere que, mesmo sem o envolvimento direto da Samsung, as telas do Mate X e do Galaxy Fold podem ter o mesmo fundamento tecnológico. No fim de 2018, um fornecedor da Samsung foi pego e processado por roubar a tecnologia de tela dobrável e vender para um fabricante chinês, com alguns rumores dizendo que a tal companhia que comprou os modelos foi a BOE, uma fabricante conhecida por produzir componentes para dispositivos da Huawei.

Dois Huawei Mate X lado a ladoAlgumas unidades mostram o vinco no meio da tela, outras, não. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Não saber a origem da tecnologia pode ser uma preocupação para quem quiser ter detalhes sobre a durabilidade, e há sinais de que o Mate X pode ter problemas. A Huawei exibiu para o público alguns Mate X, e alguns deles mostravam um vinco suspeito no meio da tela. Isso fez com que alguns questionassem a veracidade das afirmações da Huawei sobre a durabilidade.

No entanto, o enrugamento em si possa não ser um problema de verdade, pois quando visto de frente, ou de ângulos agudos, você não consegue ver o tal vinco. Essa dobra não estava presente no Mate X que eu manuseei, embora isso não seja tão surpreendente, pois algumas unidades foram muito mais manuseadas que outras.

A outra preocupação é que, ao usar plástico em vez de vidro para a camada protetora nos displays flexíveis, eles podem ser mais propensos a danos quando em contato com objetos pontiagudos, como chaves ou moedas — objetos que já há alguns anos não são uma ameaça para as telas de smartphones modernos. Independentemente disso, até dispositivos como o Mate X e o Galaxy Fold estiverem disponíveis, não saberemos o quão resistentes esses smartphones dobráveis são.

Outra preocupação diz respeito ao que a Huawei afirma sobre as capacidades 5G do smartphone, que, supostamente, alcança velocidades de até 4,6 Gbps em uma rede sub-6GHz. Se isso for verdade, isso seria o dobro da velocidade máxima do modem 5G X50, da Qualcomm. Porém, Patrick Moorhed, um analista da indústria de telecom, disse no Twitter que apenas 5G rodando em ondas milimétricas deveriam atingir velocidades tão rápidas.

Selfie com o Mate X, da HuaweiÉ assim que se tira selfie com o Mate X, da Huawei. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Mesmo com essas questões, o que a Huawei mostrou no MWC com o Mate X é ainda revolucionário. E, mais do que antes, estou convencido de que, diferentemente de TVs 3D e do LaserDisc, dispositivos com telas flexíveis não são só uma moda passageira. Só espero que esses gadgets se tornem acessíveis e que os problemas da tecnologia sejam resolvidos.

O Mate X vai ser lançado em junho, dois meses após a Samsung lançar o Galaxy Fold.

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Como uma adolescente do século 19 começou uma batalha sobre quem é o dono dos nossos rostos

Posted: 01 Mar 2019 03:37 AM PST

Mais de um século atrás, uma adolescente chamada Abigail Roberson teve sua foto tirada em um estúdio profissional no interior do estado de Nova York. A foto não era particularmente escandalosa – Roberson é retratada dos ombros para cima, desviando o olhar da câmera, mas alcançou a versão de viralidade possível em 1890 e desencadeou um debate legal sobre privacidade que permanece sem resolução 120 anos depois.

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Apesar de ter sido um caso famoso em sua época, Roberson foi amplamente esquecida, apesar de sua experiência ter incentivado os legisladores a criar a primeira lei nos EUA que proibia as empresas de colocar nossos rostos em seus anúncios. Vale a pena revisitar sua história agora na era das impressões biométricas, câmeras de vigilância onipresentes e tecnologia "smile to pay [sorria para pagar]" porque uma pergunta em seu cerne permanece sem resposta: quais são os limites legais sobre o que alguém pode fazer com uma imagem de seu rosto?

Roberson nasceu em 1883 e cresceu em Rochester, Nova York, o berço da câmera portátil Kodak, a tecnologia que colocou as máquinas fotográficas em praticamente todas as casas americanas. Quando tinha cerca de 14 anos, ela visitou um estúdio de fotografia perto de sua casa em Corn Hill, um tranquilo bairro residencial perto do rio Genesee, para tirar algumas fotos formais.

Artigos de jornais da época descrevem Roberson como incrivelmente bonita, mas terrivelmente tímida, então ela ficou horrorizada quando, alguns meses depois de tirar as fotos, descobriu uma versão de uma delas pendurada em uma mercearia em Vermont. Ela foi impressa em um cartaz de propaganda em litografia da "Franklin Mills Flour". Aproximadamente meio metro de largura por 7 metros de altura, o cartaz apresentava Roberson de perfil olhando pensativamente para longe da câmera, usando uma blusa de babados sob um grande letreiro rebuscado que dizia, "A FARINHA DA FAMÍLIA".

Imagem: O Cartaz da Farinha Franklin Mills com Roberson (findagrave.com)

Roberson se reconheceu imediatamente e ficou super constrangida até quase morrer. Ela desmaiou de “choque nervoso” e ficou de cama, segundo documentos judiciais. Isso pode soar como uma reação extrema inventada por um advogado com a intenção de provar "dor e sofrimento", mas Roberson não era uma jovem saudável; décadas depois, em uma entrevista em 1967, ela disse ao Rochester Democrat & Chronicle que os médicos haviam dito que ela tinha "um coração ruim, apenas um pulmão e sabe-se lá o que mais". Ela se lembrou de ter sido apresentada às pessoas na época como "A filha da Sra. Roberson, a inválida".

Roberson descobriu mais tarde que havia 25.000 cópias desse anúncio espalhadas por todo o país, a colocando em um tipo totalmente novo de notoriedade. Em uma época anterior ao Instagram, antes dos comerciais de TV (ou da própria TV), e antes mesmo dos jornais diários de Rochester imprimirem imagens, seu rosto estava em exposição pública para todos verem. Embora seu "choque nervoso" possa ter sido o produto da teatralidade exagerada de seu advogado, é fácil imaginar que ter o seu rosto exposto em milhares de lugares públicos foi de mais para uma adolescente do século 19..

No início de 2018, a CNN publicou uma reportagem sobre uma mulher que descobriu que seu rosto estava sendo usado em anúncios em todo o mundo porque ela deu a um fotógrafo os direitos de sua imagem em troca de retratos profissionais gratuitos. A história de Roberson seria parecida, exceto que provavelmente não era o fotógrafo que estava lucrando com a sua foto.

Surpreendentemente, não há nada nas pilhas de documentos judiciais e de notícias da época que discutam exatamente como a Franklin Mills Company, ou a Rochester Folding Box Company, a empresa de impressão que produziu os pôsteres, conseguiram a foto de Roberson. Ela disse ao Democrat & Chronicle que seu namorado pediu uma cópia de sua foto para dar a um amigo próximo que queria fazer um retrato a partir dela. Todas as pessoas envolvidas no incidente morreram há muito tempo, mas um descendente do tio de Roberson me disse que o namorado de Abigail trabalhava para uma das duas empresas envolvidas no anúncio, e poderia ter dado a foto da namorada ao seu empregador sem o conhecimento ou consentimento dela.

O advogado de Roberson argumentou que os acusados ​​haviam invadido o “direito de privacidade” dela. Essas três palavras simples são o que torna esse processo notável.

Roberson e sua mãe decidiram processar ambas as empresas envolvidas na criação do anúncio. O processo movido na Suprema Corte do Condado de Monroe em 1900, quando Roberson tinha 17 anos, alegou que o anúncio havia sido impresso e distribuído em todo o país e “internacionalmente” (o que provavelmente significava apenas Canadá). A queixa legal alegou que quando Roberson estava bem o suficiente para sair da cama, ela foi “zombada” por pessoas da cidade que a reconheceram do cartaz. Como as empresas infligiram essa angústia mental a Roberson puramente pelo "propósito de lucro e ganho para si mesmas", ela e sua mãe exigiram US$ 15.000 em indenização, o equivalente a cerca de US$ 400.000 hoje.

O caso foi a julgamento na Suprema Corte do Condado de Monroe, onde, de acordo com o Democrat & Chronicle, o advogado de Roberson argumentou que os réus invadiram o “direito de privacidade” de Roberson. Essas três palavras simples são o que torna esse processo notável.

Em 1900, ainda não havia um caso em Nova York sobre o direito à privacidade. Não havia lei em nenhum lugar do país que o mencionasse. Não está na Constituição dos EUA. O mais próximo que a Declaração de Direitos chega a ela é a Quarta Emenda, que protege os cidadãos dos Estados Unidos contra a busca e apreensão ilegal de suas propriedades pelo governo. Então, quando George Eastman, o fundador da Kodak, inventou a câmera portátil em 1888, a sociedade americana não tinha a linguagem jurídica para discutir as implicações potencialmente invasivas da nova tecnologia.

As câmeras já existiam nos estúdios há mais de meio século, mas até elas se tornarem portáteis, apenas os fotógrafos profissionais sabiam como operá-las. Graças à Kodak, na virada do século 20, um terço dos lares americanos possuía câmeras portáteis. Isso causou alarme: o termo "demônio Kodak" foi cunhado para designar homens sem escrúpulos que esperavam escondidos nas árvores ou atrás de paredes para tirar fotos de transeuntes desavisados.

Em 1890, dois estudiosos jurídicos de Harvard, Samuel Warren e Louis Brandeis, abordaram a então nova tecnologia em um artigo agora famoso (entre estudantes de direito) na Harvard Law Review argumentando que "fotografias instantâneas invadiram os recintos sagrados da vida privada e doméstica", as pessoas precisavam de um direito constitucionalmente reconhecido para serem deixadas em paz, ou um "direito de privacidade". O caso de Roberson, uma década depois, deu aos tribunais a primeira oportunidade de decidir se seguiriam seus conselhos.

Se preparando para o caso de os tribunais não estarem prontos para reconhecerem o conceito de privacidade, o advogado de Roberson também alegou que as empresas tinham roubado sua propriedade, afirmando que a imagem de alguém é de sua propriedade.

O juiz da Suprema Corte decidiu em favor dos Roberson e concedeu-lhes os US$ 15.000. Ele achava que sua decisão estabeleceria um importante precedente legal, escrevendo que em sua opinião "existiu na opinião pública [durante anos] a sensação de que a lei era muito frouxa para oferecer algum remédio para a circulação não autorizada de retratos de pessoas privadas. (Um sentimento que, claro, ressoa até hoje).

As empresas insatisfeitas apelaram duas vezes e o caso chegou à mais alta corte do estado. As empresas negaram a existência de um direito de privacidade e argumentaram que não haviam roubado ou usado qualquer coisa de valor monetário real para Roberson, de modo que não roubaram sua propriedade.

O Tribunal de Apelações de Nova York concordou (embora não por unanimidade) e anulou a vitória dos Roberson em julho de 1902 em uma decisão por 4 a 3. Na opinião da maioria, o juiz Alton Parker escreveu que um direito legal de privacidade não existia, que a propriedade física de Roberson não havia sido roubada, que sua reputação não estava prejudicada, e que sua angústia era puramente mental, então ela não tinha um caso válido.

O rosto de Roberson não tinha valor intrínseco, de acordo com o juiz (apesar de seu valor em ajudar a Franklin Mills a vender farinha), e se o tribunal concedesse a ela danos por violações de privacidade que causaram apenas sofrimento mental, ele abriria as comportas de litígios "na fronteira do absurdo". A opinião de Parker é incrivelmente machista: ele não podia acreditar que Roberson não estava lisonjeada, dado o "elogio à sua beleza implícito na seleção da foto".

A decisão do Tribunal de Apelações de Nova York foi controversa e criou no início dos anos 1900 meio que uma versão de uma guerra no Twitter atualmente, com conselhos editoriais em todo o país criticando a decisão. O New York Times escreveu que encorajaria os "kodakers" (stalkers, semelhantes aos "demônios Kodak") e outros membros do "público leigo promíscuo" a continuar invadindo a privacidade das pessoas, particularmente as mulheres, com impunidade. Sentindo a pressão do público, o juiz Denis O’Brien, um dos juízes que havia concordado com Parker, respondeu em um artigo da Columbia Law Review, dizendo que a imprensa e o público leigo não apreciavam os pontos mais delicados da lei. Como Parker, em sua opinião, O’Brien enfatizou que cabe ao legislativo, e não aos tribunais, criar novos direitos.

O New York Times escreveu que a decisão encorajaria os "kodakers" (stalkers, semelhantes aos "demônios Kodak") e outros membros do "público leigo promíscuo" a continuar invadindo a privacidade das pessoas, particularmente as mulheres, com impunidade.

Os legisladores eventualmente entraram na briga. Em sua primeira sessão após a decisão do caso Roberson, o legislador do estado de Nova York aprovou uma lei que concede aos cidadãos o direito de privacidade, que proibia que as empresas usassem o nome ou aparência de uma pessoa em anúncios sem ter o consentimento dessa pessoa.

Esta foi a primeira vez que uma lei relacionada à privacidade passou em qualquer lugar dos Estados Unidos. (Desde então, mais de 600 leis estaduais e federais relacionadas à privacidade foram aprovadas). Inspirou a Califórnia a aprovar uma lei semelhante, que serviu de base para uma ação coletiva de 2013 contra o Facebook por usar nomes de usuários e fotos de perfil para promover produtos que eles "curtiram" em "Histórias patrocinadas" sem o seu consentimento. (O Facebook resolveu o caso por U$ 20 milhões).

Em uma bela ironia, o juiz que decidiu contra Roberson, Alton Parker, subitamente desenvolveu um desejo por privacidade dois anos depois que ele decidiu que ela não existia legalmente. Em 1904 ele concorreu à presidência como candidato democrata contra Theodore Roosevelt. Durante sua campanha, ele reclamou que os paparazzi não deixavam ele e sua família em paz.

“Reservo-me o direito de colocar a mão nos bolsos e de assumir atitudes confortáveis ​​sem ter que ter medo permanente de ser capturado por alguém com uma câmera”, escreveu em um comunicado à imprensa. Abigail Roberson respondeu a Parker em uma carta aberta publicada na primeira página do The New York Times em 27 de julho de 1904.

“Aproveito esta oportunidade para lembrá-lo de que você não possui um direito como o que você afirma”, Roberson com 21 anos de idade à época escreveu de maneira descarada. “Eu tenho grande autoridade para a minha declaração, sendo nada menos do que uma decisão do Tribunal de Apelações deste Estado, sobre a qual você escreveu a opinião majoritária”.

Daniel Kornstein, um advogado de Nova York que me apontou para esta correspondência entre Roberson e Parker argumenta que a inconsistência nos sentimentos de Parker reflete o sexismo predominante na época. Parker não entendia que uma jovem podia ficar perturbada com uma atenção desagradável – dizendo que deveria se sentir lisonjeada –, mas na sua própria pele, ele descobriu que, na verdade, não apreciava “o elogio implícito” dos paparazzi tirando fotos dele. Ele acabou perdendo a eleição para Roosevelt com uma diferença enorme.

Houve muitas inovações na lei de privacidade em Nova York e nos Estados Unidos desde a decisão de Roberson, mas o controle dos moradores de Nova York sobre suas imagens ainda está limitado a casos em que essas imagens são usadas para ganho comercial sem o seu consentimento.

Em 1955, um juiz do Tribunal de Apelações declarou explicitamente que "[o direito de privacidade de Nova York] foi elaborado estritamente para abranger apenas o uso comercial do nome ou semelhança de um indivíduo e nada mais".

O direito de privacidade de Nova York nem sequer protege as vítimas de "pornografia de vingança", a publicação de imagens ou vídeos explícitos de outra pessoa sem o seu consentimento. Um projeto de lei separado teve que ser apresentado no Senado de Nova York para evitar pornografia de vingança e ainda aguarda votação.

Um especialista em direito com quem falei em Rochester, Andrew Kloc, explicou como, apesar da aprovação do direito de privacidade, a decisão de Roberson "ainda está presente": ela é usada como precedente legal em Nova York até hoje para limitar o escopo do direito de privacidade; recentemente, em março de 2018, foi citada no indeferimento do processo muito divulgado de Lindsay Lohan contra a Take Two Interactive Software por basear um personagem do GTA (Grand Theft Auto V) nela sem o seu consentimento.

As leis de outros estados reconhecem um direito mais amplo de privacidade. Por exemplo, apenas um ano após Nova York aprovar seu direito de privacidade, um juiz na Geórgia estabeleceu um precedente legal para reconhecer o direito à privacidade sobre a imagem de uma pessoa, mesmo quando a imagem não é usada para ganho comercial, quando seu uso meramente causa o sofrimento mental do sujeito.

A perda legal de Abigail Roberson garantiu que outros fossem protegidos de maneiras que ela não foi, mas as leis que ela inspirou estão limitadas às imagens tradicionais de nossos rostos e em Nova York ainda limitadas a casos em que nossas imagens são usadas para ganhos comerciais.

Atualmente, as digitalizações de nossos rostos, ou impressões faciais, são mais valiosas porque podem identificar pessoas de maneira única. Eles podem desbloquear telefones celulares que contêm vastas quantidades de informações pessoais. Seu rosto pode verificar transações financeiras ou confirmar sua identidade em aeroportos internacionais.

A tecnologia de reconhecimento facial permite que os stalkers identifiquem as mulheres que aparecem na pornografia e permite que atores poderosos do estado e não estatais identifiquem e ameacem manifestantes. O banco de dados de reconhecimento facial do FBI tem impressões de mais da metade dos adultos dos EUA. O Facebook provavelmente tem mais.

No entanto, não há lei federal nos EUA que estabeleça o que pode ser feito com essas impressões faciais. Apenas Illinois e Texas têm leis estaduais especificando que as empresas precisam de consentimento antes de coletar e armazenar as impressões digitais de qualquer indivíduo (e outras informações biométricas exclusivas).

Washington, o único outro estado com uma lei de privacidade biométrica só reforça o requisito de consentimento se uma empresa estiver usando a informação biométrica para "fins comerciais" e sua definição de informação biométrica atualmente não inclui identificação facial.

A menos que nossos legisladores atuem para nos dar mais controle sobre nossa privacidade biométrica, qualquer um de nós pode se considerar uma Abigail Roberson do século 21.

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