terça-feira, 12 de março de 2019

Gizmodo Brasil

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Apple deve anunciar seu aguardado streaming de filmes e séries em 25 de março

Posted: 11 Mar 2019 03:20 PM PDT

A Apple anunciou hoje um evento a ser realizado ainda este mês, em 25 de março. O convite é intencionalmente vago e traz poucas informações além de data, hora e local — diz apenas que “É hora do show”. Informações, no entanto, apontam que o aguardado serviço de streaming da empresa deverá ser revelado.

O evento acontece no dia 25 de março, no Steve Jobs Theater, em Cupertino, na Califórnia, às 10h no horário local (14h no horário de Brasília). O convite confirma informações antecipadas no mês passado.

Na ocasião, a Bloomberg também disse que celebridades de Hollywood — como as atrizes Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Jennifer Garner, e o diretor J.J. Abrams — tinham sido convidadas para o lançamento.

Os quatro estariam trabalhando em projetos para o serviço de streaming da empresa de Cupertino. Garner e Abrams estariam fazendo uma série chamada My Glory Was I Had Such Friends, enquanto Aniston e Witherspoon estariam fazendo uma série dramática sobre um telejornal matinal.

A programação original da Apple, no entanto, já gerou críticas internas. De acordo com relatos do ano passado, a política da empresa de não entrar em polêmicas e manter uma imagem familiar estaria limitando várias produções e levando funcionários a chamar o serviço de “TV aberta com mensalidade cara“.

O Verge lembra que a tagline “It’s show time” (“É hora do show”, em tradução livre) já foi usada em outro convite de evento da empresa. Em setembro de 2006, a Apple anunciou o aluguel e a venda de filmes pelo iTunes e lançou a iTV (que mais tarde seria rebatizada como Apple TV). Se serve como uma pista, é mais um indício de que teremos novidades da Apple envolvendo filmes e séries. O convite trazia, inclusive, uma animação de contagem regressiva bastante parecida com a de filmes antigos.

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A guinada da Apple para serviços parece fazer sentido, levando em consideração algumas atitudes da empresa em relação a seus negócios.

No fim do ano passado, ela deixou de divulgar números de vendas de iPhones, iPads e Macs, no que foi lido como uma indicação de desempenho comercial fraco. Isso se confirmou quando os resultados financeiros do último trimestre de 2018 foram divulgados e mostraram queda nas receitas vindas de iPhones. Outras empresas também preveem um mercado mais competitivo para smartphones nos próximos anos. Os serviços da Apple, por outro lado, bateram recorde de receitas. Investir nisso, portanto, pode trazer mais dinheiro para a empresa.

A Apple já oferece um serviço de streaming de música, o Apple Music, e está fazendo um esforço (e contrariando suas próprias regras) para tentar trazer mais assinantes para ele. Além do streaming de vídeo, a empresa deve também criar uma assinatura de revistas e jornais digitais. No entanto, ela está enfrentando resistência das editoras e empresas de mídia por querer ficar com a metade do valor da assinatura.

[Mashable]

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Yellow lança compartilhamento de bicicletas elétricas em São Paulo

Posted: 11 Mar 2019 02:57 PM PDT

Entrou em operação em São Paulo, nesta segunda-feira (11), o primeiro serviço de compartilhamento de bicicletas elétricas da cidade, oferecido pela Yellow — empresa que tem operado desde agosto de 2018 na metrópole com bicicletas tradicionais e conta também com patinetes elétricos.

Em comunicado enviado ao Gizmodo Brasil, Ariel Lambrecht, um dos fundadores da Yellow, afirma que a área de atuação inicial em São Paulo será a mesma já utilizada pelos patinetes elétricos, nas zonas sul e oeste, incluindo locais como as avenidas Paulista e Faria Lima.

O preço inicial da operação é de R$ 5,00 para o desbloqueio do veículo e mais R$ 0,40 para cada minuto de uso. Dez minutos da brincadeira, portanto, sairiam por R$ 9,00, por exemplo.

Segundo o comunicado, as bicicletas elétricas podem ser usadas entre as 8h e as 21h, disponíveis em pontos privados parceiros. A empresa afirma que as bikes estarão todas as manhãs presentes nesses locais, mas que os usuários podem encerrar sua corrida também em qualquer local da área de atendimento, contanto que esteja onde é permitido o estacionamento de bicicletas. No fim de cada dia, a Yellow coleta as bicicletas, as recarrega e faz a manutenção e a limpeza.

Área contemplada pelas bicicletas elétricas da Yellow. Foto: Divulgação

Você pode pagar pelas corridas com as bikes elétricas usando cartão de crédito ou dinheiro. É possível também comprar, em dinheiro, crédito para utilizar as bicicletas, disponível em lojas, bancas de jornal e estabelecimentos parceiros na cidade, como lanchonetes. O valor comprado então é enviado para o app do usuário.

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As bicicletas elétricas da Yellow atingem velocidade máxima de 25 km/h, contam com campainha, sinalização noturna e espelhos retrovisores. Elas não têm acelerador, mas vêm com pedal assistido e um sensor que ativa o auxílio do motor ao detectar as pedaladas, deixando o pedal mais leve e aumentando a velocidade.

Considerando o sucesso dos patinetes elétricos em grandes vias, é de se imaginar que as bicicletas tenham adesão no mínimo parecida.

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Companhias aéreas suspendem voos com Boeing 737 Max 8 após queda de avião que matou 157 pessoas na Etiópia

Posted: 11 Mar 2019 01:38 PM PDT

Várias companhias aéreas de todo o mundo, juntamente com a China e a Indonésia, decidiram cancelar voos com aviões Boeing 737 Max 8. No domingo (10), a queda de uma aeronave desse modelo na Etiópia matou 157 pessoas. O acidente do voo 302 da Ethiopian Airlines foi o segundo envolvendo um Boeing 737 Max-8 nos últimos cinco meses. Em outubro passado, um Max 8 operado pela Lion Air caiu na costa da Indonésia e matou todas as 189 pessoas a bordo.

Desde a manhã de segunda-feira (11), nenhuma grande companhia aérea norte-americana suspendeu os voos de sua aeronave Max 8. No Brasil, a Gol também suspendeu o uso de suas sete aeronaves deste modelo na noite da segunda-feira — mais cedo, ela havia afirmado que não suspenderia as decolagens desses aviões.

A Cayman Airways e a Ethiopian Airlines anunciaram nesta manhã a suspensão de todos os voos com Boeing 737 Max 8. O anúncio foi feito logo após a Administração de Aviação Civil da China ordenar que todas as companhias aéreas do país parassem de voar com o Max 8. A Boeing começou a entregar o novo modelo para as companhias aéreas no meio do ano passado, e a China já tinha 97 aeronaves desse modelo em operação, segundo a CNN.

O voo 302 da Ethiopian Airlines caiu no domingo, pouco tempo após a decolagem de Addis Ababa, capital da Etiópia. A aeronave levava cidadãos de pelo menos 35 países. Funcionários da Ethiopian Airlines ainda estão tentando determinar o que causou o acidente. A caixa preta do avião foi recuperada nesta segunda-feira, embora esteja, segundo informações, danificada.

“Esse tipo de coisa leva tempo”, disse à Associated Press James Macharia, ministro de Transportes do Quênia, que está ajudando na investigação na Etiópia.

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O 737 da Boeing é o jato mais popular da empresa em todo o mundo, e as empresas aéreas dos EUA não anunciaram nenhum plano para suspender voos com o mais novo modelo do 737, o Max 8. A Delta e a United disseram ao Gizmodo que não operam nenhuma aeronave Max 8, embora a United Airlines tenha dito que atualmente possui 14 modelos Max 9 em sua frota.

A American Airlines, que diz ter atualmente 24 aviões Boeing 737 Max 8 em operação, disse ao Gizmodo por e-mail que tem “total confiança na aeronave e nos membros de tripulação”.

“A American Airlines estende nossas condolências às famílias e amigos dos que estão a bordo do voo 302. da Ethiopian Airlines. Neste momento, não há fatos sobre a causa do acidente além do que foi noticiado na imprensa”, disse um porta-voz do escritório de relações de mídia da American ao Gizmodo.

A Southwest disse ao Gizmodo que atualmente opera uma frota de 34 aeronaves Max 8 e que não tem planos de deixar de usá-las. “Nosso coração está com as famílias e entes queridos dos passageiros e funcionários do voo 302 da Ethiopian Airlines”, disse um porta-voz em um email, acrescentando: "Continuamos confiantes na segurança e na aeronavegabilidade de nossa frota de mais de 750 aeronaves Boeing”.

A Jetblue e a Alaska Airlines ainda não responderam ao nosso pedido de comentário.

Companhias aéreas sediadas nos Estados Unidos estão esperando para potencialmente suspender voos de qualquer uma de suas aeronaves Max 8 também, sinalizando o fato de não terem recebido nenhum aviso para fazê-lo.

"Continuamos trabalhando em estreita colaboração com a Boeing, com a FAA e com a NTSB. Nós não fizemos nenhuma mudança em nosso cronograma atual de voos", disse um porta-voz da American ao Gizmodo por e-mail.

Outras companhias aéreas em todo o mundo, incluindo a Singapore Airlines, estão adotando uma postura de esperar para ver antes de incorporar a aeronave Max 8 em sua frota. Como observa o Daily Beast, não há outro modelo de avião na história recente que tenha sofrido dois acidentes graves logo após a decolagem.

No Brasil, a Gol inicialmente manteve o cronograma de voos com o Boeing 737 Max 8. No entanto, na noite de segunda-feira (11), a companhia decidiu suspender o uso das aeronaves, de acordo com o G1. Ela é a única empresa brasileira que opera com este modelo — são sete aviões que operam em rotas para os EUA, América Latina e Caribe. Diz o G1:

Ao longo da segunda-feira, os pilotos que estavam escalados para operar o 737 MAX 8 foram comunicados de que seriam transferidos para voos de outras aeronaves, segundo apurou o G1. A companhia também suspendeu a venda de voos que utilizariam o modelo – eles sairiam de Brasília e Fortaleza e iriam até Miami e Orlando.

A Gol informou que os clientes com viagens previstas nas aeronaves 737 Max 8 serão comunicados e reacomodados em voos da empresa ou de outras companhias aéreas.

As informações sobre o acidente do voo 610 da Lion Air e a queda deste fim de semana na Etiópia são assustadoramente semelhantes. Ambos os aviões supostamente passaram por uma situação em que os sistemas automatizados acreditaram que o nariz do avião estava muito alto. Em casos assim, os sistemas automatizados teriam empurrado o nariz da aeronave para baixo, em um esforço para impedir que ela parasse, mesmo que não houvesse perigo real de isso acontecer. Os pilotos teriam tentado manualmente levantar o nariz de volta, mas especula-se que eles não tenham conseguido tirar o controle da mão dos computadores.

Emissoras de TV da Austrália informaram nesta manhã que uma atualização de software da Boeing seria enviada em breve para as companhias aéreas, mas o Gizmodo não pôde verificar independentemente essa afirmação.

A Boeing forneceu esta declaração ao Gizmodo:

Mantemos nossos clientes e reguladores envolvidos em preocupações que possam ter — e entramos em contato com eles para discutir suas operações e decisões. A segurança é nossa prioridade número um, e estamos tomando todas as medidas para entender completamente todos os aspectos desse acidente, trabalhando em conjunto com a equipe de investigação e todas as autoridades reguladoras envolvidas. A investigação está em seus estágios iniciais, mas, neste momento, com base nas informações disponíveis, não temos nenhuma base para emitir novas orientações aos operadores.

[…]

A Boeing está profundamente entristecida com a notícia do falecimento dos passageiros e da tripulação no voo 302 da Ethiopian Airlines, um avião 737 MAX 8. Nós estendemos nossas sinceras condolências às famílias e entes queridos dos passageiros e tripulantes a bordo e estamos prontos para apoiar a equipe da Ethiopian Airlines. Uma equipe técnica da Boeing viajará até o local do acidente para fornecer assistência técnica sob a direção do Departamento de Investigação de Acidentes da Etiópia e do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA.

A Boeing terá uma semana difícil pela frente, já que, como o Wall Street Journal aponta, 5.526 do Max 8 haviam sido encomendados e ainda seriam entregues a companhias aéreas em todo o mundo. As ações da empresa caíram mais de 10% nas negociações feitas antes da abertura oficial do mercado de ações dos EUA.

[Associated Press, CNN, Daily Beast, G1]

Atualizado às 20h28 com o novo posicionamento da Gol

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Amazon oferece testes da Alexa a brasileiros, e alto-falantes podem chegar em breve por aqui

Posted: 11 Mar 2019 11:08 AM PDT

Ainda não temos alto-falantes inteligentes disponíveis em varejistas brasileiros. Por ora, é uma categoria de produto presente majoritariamente na Europa, Ásia e América do Norte. Isso parece que vai chegar ao fim muito em breve, pois a Amazon vai começar a fazer testes com a assistente Alexa no mercado brasileiro.

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Num primeiro momento, a empresa oferecerá para alguns clientes brasileiros uma unidade do alto-falante inteligente Amazon Echo para testes. Isso quer dizer que as pessoas selecionadas devem usar o aparelho e dar feedback para empresa sobre o funcionamento da assistente Alexa. A própria Amazon explica um pouco isso no e-mail que tem sido enviado para consumidores selecionados:

O Echo é um alto-falante controlado por voz, projetado inteiramente em torno de controles de voz – está sempre pronto para ouvir e responder rapidamente. Alexa é o cérebro por trás do Echo – basta perguntar e ela responderá perguntas, tocará música, lerá notícias, informará as condições do tempo e muito mais.

Inicialmente, a Alexa oferecerá um conjunto limitado de recursos, mas novas funcionalidades serão incluídas ao longo do período de testes. Pedimos que tenha paciência. Nesse período a Alexa nem sempre entenderá o que você falar, ou responderá da maneira esperada. No entanto, esperamos que experimente os novos recursos à medida que nossas equipes de desenvolvimento os disponibilizarão em português para a Alexa. A Alexa foi desenvolvida para melhorar com o tempo. Quanto mais você interagir com ela, mais ela se adapta aos seus padrões de fala, vocabulário e preferências pessoais.

Você gostaria de participar deste programa? Suas avaliações e informações sobre a experiência com a Alexa serão essenciais para aprimorar a comunicação em língua portuguesa e agradecemos antecipadamente por sua dedicação. Os selecionados para participar serão convidados a explorar e nos ajudar a melhorar os recursos oferecidos pela Alexa.

Você deve estar se perguntando: como faz para entrar nesse grupo de testes? Bem, não tem como. A empresa diz que vai selecionar alguns dos seus clientes brasileiros e ponto. Se você já comprou na Amazon, vale dar uma checada no seu e-mail.

De qualquer jeito, é interessante ver o movimento da Amazon em começar o trabalho de regionalização da Alexa para o mercado nacional. A companhia não deu previsão de quando, de fato, será o lançamento.

A notícia é animadora, pois isso indica que o Google e a Apple devem também em breve trazer seus alto-falantes inteligentes para não ficar para trás. Nos EUA, a Amazon já é líder de mercado.

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Polícia de Nova York agora tem ferramenta automatizada para identificar padrões em crimes

Posted: 11 Mar 2019 10:42 AM PDT

O Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) desenvolveu uma ferramenta de reconhecimento de padrões chamada Patternizr para classificar montanhas de arquivos relacionados a “centenas de milhares de crimes registrados no banco de dados da NYPD”, noticiou a Associated Press no domingo (10).

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De acordo com a AP, o NYPD diz que a ferramenta pode ajudar os analistas que trabalham para o departamento a descobrir potenciais ligações entre diferentes crimes, às vezes em toda a cidade e, portanto, pouco prováveis de terem sido detectados por meio de métodos manuais. Embora a ferramenta — criada pelo comissário assistente de análise de dados do NYPD Evan Levine e pelo ex-diretor de análise Alex Chohlas-Wood — venha sendo usada desde 2016, o departamento só reconheceu sua utilização neste mês.

Segundo a AP:

O departamento divulgou seu uso da tecnologia apenas neste mês, com Levine e Chohlas-Wood detalhando seu trabalho no INFORMS Journal on Applied Analytics, em um artigo alertando outros departamentos sobre como eles poderiam criar softwares semelhantes. Falando sobre isso com a imprensa pela primeira vez, eles disseram recentemente à Associated Press que o departamento de polícia deles é o primeiro do país a usar uma ferramenta de reconhecimento de padrões como essa.

“O objetivo do Patternizr é, evidentemente, melhorar a segurança pública”, disse Levine, um astrofísico de formação acadêmica. “Quanto mais facilmente identificarmos padrões nesses crimes, mais rapidamente poderemos identificar e prender os perpetradores.”

A AP acrescentou que o teste do NYPD baseado em uma década de padrões de crime identificados manualmente, “recriou com precisão padrões de crimes antigos em um terço das vezes e retornou partes de padrões em 80% das vezes”. A questão não é acusar os suspeitos diretamente, mas reduzir o número de possíveis pistas que os investigadores podem perseguir. Um exemplo fornecido pelo departamento para a agência de notícias foi o de um “ladrão de furadeiras” que roubou duas lojas diferentes no Bronx e em Manhattan — incidentes que analistas em distritos separados podem nunca ter comparado diretamente.

O NYPD tem cada vez mais implantado uma série de sistemas de alta tecnologia, incluindo uma frota de drones para “operações táticas“, um canhão de som ensurdecedor que afirma ser uma “ferramenta de comunicação eficaz e segura” e veículos disfarçados de táxis que são supostamente carregados com equipamentos de vigilância de última geração. Tem também um controverso “Sistema de Imagem Forense”, que integra dados biométricos em bases de dados pesquisáveis de pessoas levadas sob custódia e que tem sido duramente contestado com base na falta de transparência.

O NYPD tem tido uma relação conflituosa com organizações de direitos civis que argumentam que o departamento tem sido resistente a reformas, encerrando investigações sobre supostas más condutas e tentando reprimir as informações que revela sobre suas práticas. Qualquer expansão de seu conjunto de ferramentas, especialmente aquelas que poderiam ser influenciadas por vieses, é, portanto, passível de ser enfrentada com preocupação pelos defensores da privacidade e das liberdades civis.

De acordo com a AP, o NYPD diz que a ferramenta Patternizr não inclui dados sobre a raça dos suspeitos, como parte de um esforço para reduzir possíveis vieses.

Christopher Dunn, diretor jurídico da New York Civil Liberties Union, disse à AP que o NYPD deveria permitir avaliações independentes do Patternizr.

“Para garantir a justiça, o NYPD deve ser transparente sobre as tecnologias que implanta e permitir que pesquisadores independentes auditem esses sistemas antes que eles sejam testados em nova-iorquinos”, escreveu Dunn.

[Associated Press]

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Maduro culpa ataques cibernéticos americanos pelo apagão na Venezuela

Posted: 11 Mar 2019 09:13 AM PDT

O presidente venezuelano Nicolás Maduro — cujo governo tem enfrentado uma crise econômica enorme, alegações de fraude eleitoral e uma crescente luta pelo poder com o líder oposicionista Juan Guaidó, apoiado pelos Estados Unidos — está culpando ciberataques dos EUA pelo quarto dia consecutivo de quedas de energia no país.

Segundo a Reuters, Maduro tuitou no domingo que “o sistema elétrico nacional foi sujeito a múltiplos ataques cibernéticos”. Ele acrescentou que o governo está “fazendo grandes esforços para restaurar o fornecimento estável e definitivo nas próximas horas”. Ele não forneceu nenhuma evidência para a alegação, embora o ministro da Informação, Jorge Rodríguez, tenha descrito anteriormente o suposto ataque como tendo afetado um “sistema de controle automatizado” que determina a quantidade de energia gerada pela usina com base na capacidade e demanda, de acordo com a Associated Press.

“Ao atacar o sistema de controle automatizado, as máquinas param como um mecanismo de proteção”, disse Rodriguez.

No entanto, os especialistas dizem que as interrupções são provavelmente causadas por falhas na infraestrutura em vez de sabotagem, escreveu a Reuters.

Os apagões começaram na quinta-feira (7) e abalaram ainda mais um país que já enfrentava uma grande escassez de alimentos, medicamentos e bens de consumo.

De acordo com a Reuters, testemunhas disseram que algumas lojas e restaurantes conseguiram seguir operando com geradores, embora os sistemas de pagamento com cartão de débito não estivessem funcionando corretamente e os clientes estivessem sendo frequentemente solicitados a pagar em dólar. O transporte público também está em más condições, com relatos de que muitos não conseguem viajar para seus locais de trabalho. A Doctors for Health, uma organização não governamental, disse no sábado (9) que 17 pacientes em hospitais morreram devido à falta de eletricidade, embora a Reuters tenha relatado que não foi capaz de verificar esse número de forma independente.

Pelo menos alguns roubos ocorreram em um bairro operário no oeste de Caracas, acrescentou a Reuters, com uma mercearia saqueada depois que manifestantes entraram em conflito com a polícia. O impacto sobre a produção de petróleo, a principal indústria de apoio à economia venezuelana, não está claro.

Parentes de um paciente usam velas para caminhar em uma clínica escurecida em Caracas, em 7 de março de 2019. Foto: Ariana Cubillos/AP

Um ex-presidente do sistema elétrico estatal, Miguel Lara, disse à Reuters que os apagões se devem provavelmente à falha de componentes que o governo de Maduro não está consertando, ao invés de algum tipo de arma cibernética. A AP notou que cortes de energia em menor escala têm sido uma faceta regular da vida venezuelana há anos, embora também tenha escrito que a interrupção na quinta-feira foi sem precedentes.

O Washington Post escreveu na sexta-feira (8):

Durante anos, especialistas e trabalhadores da empresa estatal de eletricidade têm alertado sobre uma debilitante falta de manutenção e o êxodo massivo de profissionais de usinas de energia e outras instituições.

Russ Dallen, sócio gerente da corretora Caracas Capital Markets, com sede na Flórida, disse que a causa da paralisação foi que o governo “roubou o dinheiro que deveria ter sido investido na modernização da rede elétrica e na compra de usinas de energia”.

“Pode-se deduzir dos atrasos e dos resultados da queda que foi um problema nas linhas que saem de Guri, e não na fábrica em si”, disse Lara à Reuters.

Um vídeo de dentro da Venezuela parecia mostrar uma explosão de transformadores no estado de Bolívar, que provavelmente contribuiu para as interrupções, conforme escreveu o jornalista Germán Dam.

Guaidó, que usou uma disposição da constituição venezuelana para reivindicar a presidência em janeiro, acusou o governo de não fornecer uma explicação plausível para a falha da rede elétrica.

“O regime a esta hora, dias depois de um apagão sem precedentes, não tem diagnóstico”, disse ele, segundo a Reuters.

Como noticiou o New York Times no ano passado, o Comando Cibernético dos EUA tornou-se mais agressivo no ciberespaço e provavelmente tem a capacidade de lançar tais ataques contra adversários, ao mesmo tempo em que prepara um programa para “derrubar as defesas aéreas do Irã, seus sistemas de comunicação e sua rede de energia caso ocorra um conflito”. Tal ataque exigiria a aprovação presidencial, embora os assessores tenham dito que Donald Trump “mostrou apenas um interesse superficial no assunto”, acrescentou o jornal.

Não é a primeira vez que Maduro acusa os Estados Unidos de tentar derrubá-lo usando métodos de alta tecnologia. Em agosto de 2018, seu governo disse que as explosões em uma assembleia militar em Caracas foram causadas por drones carregadores de bombas enviados por seus oponentes e apoiados por expatriados nos EUA, Colômbia e outros países latino-americanos. O governo de Maduro já prendeu dezenas de supostos conspiradores, mas críticos à administração têm acusado regularmente seu governo de tecer narrativas sem fundamento para proteger seu poder político.

A situação na Venezuela deve continuar piorando, e não melhorar, já que as sanções do governo Trump sobre o país seguem afetando o país. Os Estados Unidos prometeram expandir ainda mais o número de instituições alvo no país latino-americano. A Casa Branca se recusou a dizer que quaisquer opções para lidar com a crise estão descartadas, provocando certa preocupação de adversários políticos internos, como o senador Bernie Sanders, de que poderia estar planejando algum tipo de intervenção militar imprudente.

Elliot Abrams, homem de referência do governo Trump na Venezuela, foi condenado em 1991 por mentir ao Congresso sobre o escândalo Irã-Contras enquanto era vice-secretário de Estado e supostamente se envolveu em um golpe (temporariamente) bem-sucedido contra o antecessor de Maduro, Hugo Chávez, em 2002, além de minar os resultados das eleições em território palestino em 2006 e apoiar regimes genocidas na Guatemala. Enquanto isso, o senador Marco Rubio tuitou recentemente uma clara ameaça a Maduro na forma de duas imagens lado a lado do falecido ditador líbio Muammar Gaddafi, uma delas provavelmente uma imagem estática das imagens da tortura e execução de Kadhafi em 2011.

[Reuters]

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O HoloLens 2 é incrível, mas ainda não é para você

Posted: 11 Mar 2019 08:49 AM PDT

Óculos HoloLens 2

A Microsoft finalmente se ligou sobre a verdadeira função do HoloLens. Recentemente, tive a oportunidade de testar o novo HoloLens 2, e depois de usá-lo e levar um tempo para calibrar o monitoramento ocular, eu pude instantaneamente me mover por uma sala e interagir com objetos criados a partir da luz. Foi esquisitamente natural participar de um mundo de realidade aumentada.

Vi um helicóptero voando sobre um sofá real, e quando me aproximei dele, a caixa invisível que cercava o objeto revelou bordas brilhantes, que podiam ser arrastadas para redimensionar a aeronave virtual. Foi só pinçar e puxar para ele girar. Não havia nada em minhas mãos. Nada de luvas especiais ou controles. O HoloLens 2 monitorou meus dedos, e eu sabia exatamente o que fazer. Foi uma interação perfeita. E, no mesmo espaço curto de tempo, ficou claro que o consumidor médio não vai ter um HoloLens tão cedo.

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O primeiro HoloLens era uma promessa. Todo ano após seu anúncio, a Microsoft o promovia no palco de sua conferência anual de desenvolvedores, a Build, e parecia que estávamos presenciando o futuro da computação. Como se a Microsoft estivesse nos preparando para vestirmos estes óculos gigantes e nos colocar em um mundo livre de monitores e gabinetes de computador.

No entanto, começou a parecer que tudo isso não passava de meros teasers. Em 2017, nos perguntamos como seria este futuro. Mais ou menos nessa mesma época, a Microsoft mudou as aspirações de uso, que deixaram de ser nossas casas e passaram para fábricas e grandes corporações.

Em 2018, fui à Build, e participei de várias demos do HoloLens. Elas se concentravam em mostrar como o HoloLens funcionava para pessoas trabalhando em fábricas ou consertando máquinas pesadas.

Traseira do HoloLens 2 A Microsoft balanceou o peso do HoloLens 2 colocando a CPU e a bateria na parte traseira. O carregamento é feito via porta USB-C. Crédito: Alex Cranz/Gizmodo

No Mobile World Congress, a Microsoft finalmente mostrou o HoloLens 2, e a maioria das conversas era, novamente, sobre onde os grandes óculos poderiam ser usados. O foco eram fábricas. Em negócios onde ferramentas especializadas fazem você parecer um pouco esquisito, a utilidade do acessório é interessante, pois torna tudo mais prático — e a praticidade supera a esquisitice. Era, na verdade, um novo produto, que é uma peça impressionante de hardware e uma atualização significante quando comparada com o HoloLens original.

Como é usar o HoloLens 2

O HoloLens 2 tem um campo de visão maior que o HoloLens original, e é comparável com o do Magic Leap One. O campo de visão é essencialmente a extensão de espaço que você pode ver que está sendo "aumentado". O HoloLens original era de 30 graus por 17,5 graus, enquanto o Magic Leap One é 40 graus por 30 graus, e o HoloLens 2 é 43 graus por 29 graus. O campo de visão humano médio é de 220 graus. Então, o HoloLens 2 tem ainda muito a melhorar. Ele ainda fornece, essencialmente, uma janela para o mundo de realidade virtual. Basta se aproximar de objetos de realidade aumentada, e você encontrará partes dele cortadas à medida que saem de seu campo de visão.

Mas o campo de visão do HoloLens 2 é ainda impressionante para realidade aumentada. A Magic Leap alcança um campo de visão parecido por meio de uma tecnologia nova, que fez os investidores se empolgarem e despejarem bilhões na empresa. A Microsoft veio com sua própria alternativa. No caso, ela atira lasers em espelhos que se movem super-rápido e dispersam a luz através das lentes refletivas, criando, assim, os objetos de realidade aumentada.

Detalhe das telas do HoloLens 2

É uma solução inteligente, que permite um campo de visão maior que o HoloLens original, embora ocupe menos espaço, de modo que a Microsoft conseguiu colocar mais sensores e câmeras na parte frontal do headset. A parte traseira do headset é composta pelo computador e bateria que são responsáveis por tudo.

O headset é, consequentemente, confortável e bem balanceado, e tem sensores suficientes para rastrear suas mãos (o que é útil para interações sem controle) e seus olhos (útil para fazer com que objetos de realidade aumentada "reajam" com mais naturalidade e pareçam menos coisas presas em uma tela semitransparente a uma polegada de seus globos oculares).

Mas a decisão da Microsoft de usar lasers, que fornecem luz colorida em comprimentos de onda muito estreitos (comparado com displays LED tradicionais) é um problema. Sendo mais específico, um tipo de mudança de cor chamada metamerismo. Quanto mais estreito for o comprimento de onda da luz, mais provável que seus olhos e meus olhos percebam o mesmo comprimento de onda de cor de forma diferente. Junta-se a isso a forma que os espelhos dispersam a luz. No fim das contas, a unidade que usei tem alguns problemas graves de cor, quase como se eu estivesse olhando um holograma barato.

Lateral do HoloLens 2Na lateral, é possível ajustar o volume do HoloLens 2. Crédito: Alex Cranz/Gizmodo

Greg Sulliivan, diretor de comunicação da Microsoft, me disse que o software da versão que testei não era a final, e que havia ainda algum trabalho para corrigir estes problemas de mudança de cor. Isso, na verdade, é uma questão da tecnologia de realidade aumentada, como um todo. As barreiras para pequenos headsets estão em como a informação é exibida, não em como se interage com objetos criados ou mesmo em como estes objetos são criados pelo computador. A tecnologia de display tem ainda muito a melhorar antes que estes óculos possam ser reduzidos a um tamanho apropriado para usuários convencionais usarem.

Por que ele ainda não está pronto para você?

O HoloLens 2 está fazendo um novo tipo de computação, então você poderia pensar que a interação é a parte desafiadora disso tudo. Levamos anos para ter a interface gráfica de usuário que usamos em desktops, mas a Microsoft praticamente dominou a forma como interagiremos com coisas em realidade aumentada em questão de anos. Agora, todo mundo, especialmente a Magic Leap, precisa prestar atenção nos problemas que o HoloLens 2 resolveu.

E nós precisamos estar conscientes dos problemas que ainda existem no aparelho. A utilidade de realidade aumentada ainda é limitada para que valha a pena para o usuário médio. Não quero usar um grande headset enquanto estou cozinhando só para ver o passo a passo de uma receita para não precisar checar meu computador. Preferiria levar um soco a andar com um negócio desses por aí só para ver a direção que devo seguir para ir a um local que não conheço. Sim, a realidade aumentada pode ser até útil para as pessoas atualmente, só que a tecnologia não é boa o suficiente para que qualquer um de nós queira utilizá-la.

Me lembra um pouco os primeiros fones de ouvido Bluetooth. Quando você via alguém com aquele pequeno objeto no ouvido, você sabia que ou a pessoa estava trabalhando ou era um babaca. Estar com um HoloLens por aí seria mais como esta segunda situação que eu descrevi.

Detalhe do HoloLens 2Para olhar as pessoas nos olhos, basta colocar o visor para cima. Crédito: Alex Cranz/Gizmodo

No caso dos fones de ouvido, o divisor de água foram os AirPods, da Apple. Os headsets de realidade aumentada ainda estão aguardando para os AirPods da categoria.

E, após usar o HoloLens 2, certamente parece que vamos ter de esperar bastante. Estamos ainda numa era inicial de realidade aumentada — algo que até o diretor de comunicação da Microsoft admitiu. A outra empresa de realidade aumentada, a Magic Leap, parece sugerir que a adoção de realidade aumentada virá num grande salto, mas a Microsoft optou por passar por pequenas etapas incrementais.

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Reconhecimento facial do Galaxy S10 pode ser enganado com vídeos e até com irmão

Posted: 11 Mar 2019 07:42 AM PDT

Detalhe das câmeras frontais e barra de notificação do Galaxy S10

A Samsung reformulou suas opções de autenticação via biometria no Galaxy S10. O leitor de íris deu lugar a um sistema de reconhecimento facial que utiliza as câmeras frontais e o leitor de impressões digitais na traseira agora está incorporado na tela – as primeiras análises sobre o smartphone apontam que o leitor de impressões digitais é mais lento e menos preciso do que aquele presente na geração anterior.

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Já o sistema de reconhecimento facial pode ser burlado facilmente utilizando um vídeo ou até mesmo uma pessoa parecida, como um irmão. É o que mostram reportagens de diversos blogs e YouTubers: tanto o pessoal do Verge quanto o Unbox Therapy conseguiram enganar o sistema do Galaxy S10.

A configuração padrão do sistema de reconhecimento facial do Galaxy S10 deixa ativada a opção de “reconhecimento rápido”, que prioriza velocidade em detrimento da segurança. Os relatos do Verge e do Unbox Therapy não deixam claro se essa opção estava ativada quando eles tentaram burlar o sistema. No entanto, um youtuber italiano do canal SmartWorld disse ao Android Police que essa opção estava desativada e, mesmo assim, conseguiram desbloquear o celular por meio de um vídeo.

A desenvolvedora Jane Wong relatou em seu Twitter que o reconhecimento facial do Galaxy S10 chegou a confundir ela e seu irmão. Ela conta que o telefone dele foi desbloqueado facilmente por seu rosto.

O Android Authority lembra que o desbloqueio via reconhecimento facial baseado nas câmeras frontais sempre foi inseguro, desde o Android 4.0, de 2011. Na época, esse sistema também era facilmente burlado por fotos e, embora o Google tenha tentado criar um sistema que tentava identificar se a pessoa poderia se mexer naturalmente, diversos usuários conseguiram contornar isso com edição de imagens.

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[Review] Galaxy A7 (2018): vale a pena ter três câmeras?

Posted: 11 Mar 2019 06:07 AM PDT

Traseira do Galaxy A7 (2018)

Era questão de tempo até que colocasse três ou mais câmeras na traseira de um celular (já tem gente que inventou de colocar cinco). O que eu não esperava é que essa adição fosse feita num celular considerado de gama média – ou como os executivos gostam de falar: intermediário premium. No ano passado, um executivo da Samsung afirmou que os smartphones intermediários da marca teriam novas tecnologias antes dos topos de linha e o Galaxy A7 foi o primeiro a confirmar a nova estratégia da fabricante sul-coreana.

Ao ver a palavra premium você já pode esperar um aparelho relativamente caro – no lançamento, em novembro de 2018, o preço sugerido do Galaxy A7 era R$ 2.199. O mercado já fez o seu trabalho e o modelo desvalorizou consideravelmente: quase seis meses depois ele sai por cerca de R$ 1.600. Considerando o valor mais baixo, o modelo tem lá as suas vantagens, mas já adianto que não me convenci muito.

Nos próximos parágrafos, conto como foi usar o Galaxy A7 (2018) por alguns dias:

Visual

Tela do Galaxy A7 (2018)

O Galaxy A7 é daqueles celulares que chamam a atenção na prateleira da loja: um telão AMOLED de seis polegadas com resolução FullHD e traseira brilhante azul, preta ou cobre. A unidade que testei era a de cor mais chamativa: azul. E ele é praticamente inteiro da mesma cor.

É justamente essa uniformidade em cores metalizadas na traseira e lateral que faz com que o acabamento (que nas laterais é de plástico e na traseira é de vidro) passe uma sensação mais barata ao celular. Tivesse aqui um detalhe em uma cor ligeiramente mais sóbria, talvez o look and feel mudasse completamente para melhor.

A parte estética pode ser considerada um gosto estritamente pessoal e há quem ache bonito. Seguindo em frente, curti que o Galaxy A7 tem um leitor de impressões digitais, ainda que de primeira você não consiga encontrá-lo. Isso porque ele fica no botão power, localizado na direita, logo abaixo dos botões de volume. É uma solução similar a que a Sony vinha adotando em seus smartphones e acho um local bacana para o leitor biométrico. A parte mais importante é que trata-se de um leitor competente, que geralmente leu minhas impressões de primeira.

Me decepcionou profundamente o fato de um aparelho lançado no final de 2018 ainda ter entrada microUSB. Qual é, Samsung? Já estamos na era do USB-C, vamos acelerar esse passo aí. Você não vai deixar de comprar um aparelho por causa disso, mas é uma economia barata por parte da fabricante, ainda mais pelo preço de lançamento do modelo.

Detalhe da porta microUSB do Galaxy A7 (2018)

Usando

Outra economia boba e, essa sim, mais negativa é a ausência de carregamento rápido. A bateria de 3.300 mAh pode demorar algumas horas até chegar à carga completa – considere que a concorrência oferece isso há tempos. No meu teste, demorou cerca de três horas para ir de 15% a 100%. Apesar desse defeito, o Galaxy A7 tem autonomia boa e não te deixará na mão durante um dia completo de uso.

Em minha rotina, costumo tirar o aparelho da tomada entre 8h e 9h, usando-o de vez em quando até o meio-dia. Depois disso, faço um uso mais intenso me deslocando pela cidade, ouvindo música via streaming, lendo textos no navegador, checando e-mail e redes sociais. Uso o aparelho de forma mais amena nas horas seguintes e no começo da noite me desloco novamente, fazendo o mesmo tipo de uso da ida. Desse dia inteiro, as configurações do sistema indicaram que a tela fica ligada durante cerca de 7 horas e que restavam pouco menos do que 25% de bateria. É uma autonomia muito boa.

Traseira do Galaxy A7 (2018)

Parte dessa eficiência vem do processador octa-core de 2,2 GHz Exynos 7885. É o processador para smartphones intermediários premium da Samsung e, combinado com os 4 GB de RAM e a GPU Mali-G71, faz um trabalho decente no desempenho.

Não dá para esperar animações perfeitamente fluidas o tempo todo; de vez em quando, durante transição de aplicativos ou rolagem de páginas, as coisas ficavam um pouco mais lentas – especialmente quando haviam aplicativos rodando em segundo plano. Se você já usou qualquer intermediário, seja ele da Samsung ou não, deve ter passado pela mesma experiência – é natural. Comparando com a experiência que eu tive com o Galaxy A8 (2018), foi muito mais tranquilo de mexer nesse aparelho.

Um dos pontos altos do celular é sua tela AMOLED. Ótimo contraste, brilho alto sob o sol, conteúdo bem nítido. E já que estou falando de imagem, bora emendar para falar das três câmeras traseiras.

Câmeras

Detalhe das três câmeras do Galaxy A7 (2018)

Começando pela salada de números de cada sensor:

  • O principal deles tem 24 megapixels e abertura f/1.7. A Samsung diz que ele quatro pixels em um para conseguir fazer boas imagens em condições adversas de luminosidade, mas não foi essa a experiência que tive à noite.
  • Há também um sensor de 5 megapixels e abertura f/2.2, que atua em conjunto com o principal para adicionar um controle melhor de profundidade de campo.
  • Já o último é composto por um sensor de 8 megapixels e uma lente grande-angular de abertura f/2.4 e 120 graus, para capturar imagens mais amplas.

Com a pompa das três câmeras, minha expectativa para as fotos era alta. Tive sentimentos mistos após tirar algumas fotografias.

Trata-se de uma câmera muito boa quando as condições de iluminação são ideais – fotos vívidas e nítidas de dia, muitos detalhes apesar de o HDR às vezes dar uma exagerada em texturas – pelo menos quando são tiradas com o sensor principal. Não é uma câmera de smartphones topo de linha, mas é decente. À noite, o cenário não fica bonito para o Galaxy A7: as luzes estouram com facilidade e os detalhes se perdem uma vez que o processamento de software tenta eliminar os ruídos.

O modo retrato funciona bem com pessoas e o nível de detalhes é bom. O software da Samsung permite definir o quão desfocado você quer que a sua foto fique e eu, geralmente, deixo ali pela metade – quando você deixa essa configuração no máximo, a impressão é de uma foto muito artificial. O que fica artificial, no final das contas, são retratos de objetos no geral – pessoas ficam bem nas fotos, mas esqueça os objetos nesse modo, é melhor fazer um macro.

Já a câmera com lente grande angular tira fotos com cores bem diferentes do sensor principal, muito menos vívidas. Além disso, o nível de detalhes é significativamente menor e a distorção – que sempre acontece em lentes do tipo – é bem pesada. Espere paredes curvadas e objetos distorcidos num nível maior do que o apresentado por outros smartphones que também possuem lentes wide-angle – eu diria que o nível de distorção é similar ao encontrado em câmeras da GoPro. Isso, pelo menos, significa que pode ser bem divertido usá-la. Ah, as fotos com esse sensor tiradas à noite são bem ruins.

Conclusão

Mão segurando Galaxy A7 (2018)
A maioria das análises publicadas na época do lançamento do Galaxy A7 o comparavam os modelos topo de linha que haviam sido lançados no ano anterior – e com razão, já que o celular chegou custando R$ 2.199 e por algumas centenas de reais a mais você conseguiria comprar um Galaxy S8, por exemplo.

O A7 desvalorizou, enquanto o preço dos topos de linhas, mesmo os mais antigos, deram uma estacionada. Agora, por cerca de R$ 1.600, dá para dizer que esse aparelho faz parte da linha de gama intermediária da Samsung. Dada a experiência, é um celular bem mais competente do que o Galaxy A8 – destaco a duração da bateria e a qualidade da tela. Para quem gosta de fotografar e não quer desembolsar muito, o A7 manda bem quando há muita luz e quando se usa a câmera principal – ou seja, embora se faça muito marketing sobre as três câmeras, apenas uma delas faz um bom serviço.

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USB4 vai revolucionar o padrão USB: entenda as mudanças que ele representa

Posted: 11 Mar 2019 04:26 AM PDT

conector usb-c

É, chegou novamente a época — um outro padrão de USB foi apresentando, pronto para atualizar as portas do seu dispositivo num futuro próximo. Aqui vamos explicar tudo que você precisa saber sobre o USB4, incluindo melhorias de velocidade e as novas capacidades que ele vai pegar emprestado do Thunderbolt 3, que compartilha o mesmo formato de porta, mas é diferente e com um protocolo mais exigente que pode pegar carona nas portas USB-C.

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Se você estiver um pouco confuso sobre o que estamos falando, o último padrão em uso é o USB 3.1, embora não tenha muitos dispositivos que o suportem (os últimos MacBook Pro têm). O padrão USB 3.2 foi confirmado em termos de especificações técnicas, mas não vai aparecer em eletrônicos de consumo até o fim deste ano.

Estamos esperando o USB 3.2 chegar, então que bela hora para se falar de USB4, né? O USB Promoter Group acabou de divulgar os detalhes da nova tecnologia e removeu o espaço entre a palavra e o número de versão também. Para complicar as coisas ainda mais, o grupo agora está se referindo ao USB 3.0 como USB 3.2 Gen 1, e USB 3.1 como USB 3.2 Gen 2. Super fácil de entender.

O mais recente USB 3.2 é tecnicamente USB 3.2 Gen 2×2 — este "2×2" se refere à habilidade de usar dois canais de alta velocidade no mesmo cabo, para uma capacidade máxima de transmissão de 20 Gbps. O USB 3.1 (USB 3.2 Gen 2) chega até 10 Gbps, enquanto o USB 3.0 (USB 3.2 Gen 1) atinge até 5 Gbps.

Smartphones Pixel com porta USB-C à mostraCrédito Sam Rutherford/Gizmodo

Note também que o formato e o padrão da porta são separados do protocolo subjacente, embora eles frequentemente sejam desenvolvidos em conjunto (USB 3.2 Gen 2×2 precisa de um conector USB-C, por exemplo). Em outras palavras, nem todos plugues USB-C têm a mesma tecnologia USB por dentro — fabricantes podem fazer escolhas diferentes sobre as velocidades e preços que elas quiserem pagar.

Para oferecer um padrão USB em particular, você precisa de um dispositivo (digamos, um computador ou um telefone), uma porta USB e um cabo com suporte a estes dois primeiros, caso contrário, a velocidade cairá para um nível mais lento.

Com toda essa bagunça, o que o USB4 trará para nós? As manchetes dizem que a largura de banda dobrará novamente, então estamos falando de 40 Gbps. Se você não manja dos termos, a largura de banda é como o número de linhas em uma via — sua capacidade potencial — enquanto a taxa de transferência é quantos carros podem de fato viajar (ou estão viajando) por ela de uma vez só.

A taxa de transmissão (a velocidade) será sempre igual ou menor que a largura de banda (velocidade teórica) dependendo de todos os tipos de fatores, incluindo os dispositivos que você estiver usando. Se você estiver usando portas USB4, cabos e dispositivos compatíveis, você poderá atingir a taxa de transmissão máxima de 40 Gbps que a largura de banda permite.

Laptop com porta USB-CCrédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Além disso, a Intel está lançando o padrão Thunderbolt 3 como parte do protocolo USB4, que permitirá conectar monitores 4K e outros dispositivos juntos sem a necessidade de um hub — algo que o USB nunca conseguiu fazer.

Isso essencialmente significa que o Thunderbolt 3 vai ser construído na plataforma USB4, trazendo mais versatilidade em termos de taxas de transferência de dados quando usados com múltiplos dispositivos. Embora Macs combinem Thunderbolt 3 e USB, a tecnologia é ainda relativamente rara em PCs e outros dispositivos.

Nas palavras do comunicado à imprensa, o USB4 "define um método para compartilhar dinamicamente um link de alta velocidade com múltiplos dispositivos finais que melhor servem para a transferência de dados por tipo e aplicação" — então pense em múltiplos displays externos e outros dispositivos como discos rígidos conectados em apenas um cabo ou uma cadeia de cabos em vez de um hub.

A boa notícia é que tudo isso vai ser retrocompatível com USB 2, USB 3 e Thunderbolt 3 — seus dispositivos ainda conseguirão falar com hardware USB 4, a questão é que a velocidade vai ser menor.

Smartphone Samsung com porta USB-CCrédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Conexão de múltiplos dispositivos, dobro de largura de banda, mais versatilidade, integração com Thunderbolt 3…o USB4 parece pronto para evoluir do 3.2 da nomenclatura oficial.

Então, a pergunta que não quer calar: quando colocaremos a mão em aparelhos com estas altas taxas de transferência? A especificação do USB4 é esperada para ser formalmente finalizada e publicada no meio de 2019 (quando aparelhos USB 3.2 começarem a ser lançados). Ao mesmo tempo, o padrão USB-C deveria ter também um update para ficar em pé de igualdade com o USB4. Dependendo das fabricantes e o tipo de mercado, o hardware com USB4 deverá rolar até o fim de 2020.

O USB Promoter Group é composto por representantes da Apple, HP, Intel, Microsoft, Renenas Electronics, ST Microelectronics e Texas Instrumentos, então terão grandes nomes por trás do futuro que se aproxima. O grupo ainda tem apoio da organização sem fins lucrativos USB-IF (USP Implementers Forum), que lida com a certificação de aparelhos.

Ainda é necessário confirmar o nome oficial de marketing que você deve ver nas embalagens de produtos — por ora, temos SuperSpeed USB (USB 3.0 ou USB 3.2 Gen 1), SuperSpeed 10 Gbps (USB 3.1 ou USB 3.2 Gen 2) e SuperSpeed 20 Gbps (USB 3.2 Gen 2×2). Não espere que estas convenções de nome vão ficar em algum momento simples — talvez se a USB-IF seguir o bom exemplo da Wi-Fi Alliance.

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