sábado, 16 de março de 2019

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Smartphones estariam deixando jovens mais deprimidos, sugere estudo

Posted: 15 Mar 2019 03:16 PM PDT

Adolescentes e jovens adultos estão no meio de uma crise de saúde mental única, sugere nesta quinta-feira (14) um estudo, que descobriu que as taxas de episódios depressivos e aflição psicológica severa aumentaram drasticamente entre esses grupos nos últimos anos, enquanto a movimentação, seja positiva ou negativa, mal aconteceu para faixas etárias mais avançadas.

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A autora principal do estudo, Jean Twenge, professora de psicologia de 47 anos da Universidade Estadual de San Diego, nos Estados Unidos, passou grande parte de sua carreira estudando as atitudes e crenças das gerações mais novas. Mais recentemente, em 2017, Twenge publicou um livro de ciência popular apresentando seu argumento central de que adolescentes e jovens adultos em amadurecimento estão especialmente solitários e desconectados, graças, em parte, à crescente abundância das redes sociais e de dispositivos como smartphones.

Seu livro é intitulado iGen: Why Today's Super-Connected Kids Are Growing Up Less Rebellious, More Tolerant, Less Happy—and Completely Unprepared for Adulthood (em tradução livre, “iGen: Por Que as Crianças Superconectadas de Hoje Estão Crescendo Menos Rebeldes, Mais Tolerantes, Menos Felizes — e Completamente Despreparadas Para a Vida Adulta).

O livro e o trabalho de Twenge têm seus detratores, que argumentam que sua teoria é apoiada por evidências fracas e escolhidas a dedo ou que outros fatores além dos smartphones podem ser os verdadeiros culpados por trás de um aumento legítimo da depressão adolescente. Um novo estudo, publicado no Journal of Abnormal Psychology e escrito por Twenge e outros, parece pronto para refutar pelo menos algumas dessas críticas.

Twenge e sua equipe analisaram dados da Pesquisa Nacional sobre Uso de Drogas e Saúde dos EUA, um levantamento nacionalmente representativo dos hábitos de vida dos americanos. No total, eles analisaram mais de 600 mil americanos de diferentes faixas etárias que participaram da pesquisa de 2005 a 2017.

Entre esses anos, eles acompanharam a taxa de episódios de transtorno depressivo maior e aflição psicológica grave, medida por como as pessoas responderam a questões como se eles já tinham se sentido “tão tristes ou deprimidos que nada conseguia os animar”. Eles também olharam para as taxas de desfechos relacionados ao suicídio, como a frequência com que as pessoas pensavam sobre suicídio, formavam planos para realizá-lo e, de fato, tentavam cometer suicídio.

Para quase todas as faixas etárias acima de 18 anos, a taxa de aflição severa vivenciada no mês anterior aumentou entre 2008 e 2017 (2008 foi o primeiro ano em que as taxas de aflição em adultos foram monitoradas). Mas esse aumento foi muito mais drástico entre os jovens adultos.

Em 2008, por exemplo, cerca de 5% dos adultos entre 30 e 34 anos tiveram aflição grave, enquanto 6,5% do mesmo grupo disseram o mesmo em 2017 — um salto de 33%. Enquanto isso, pouco mais de 8% das pessoas de 20 e 21 anos de idade tiveram aflição grave em 2008, em comparação com 14,4% em 2017 — um aumento relativo de 78%.

Um padrão parecido se repetiu em episódios de transtorno depressivo maior e desfechos relacionados ao suicídio: adolescentes e jovens adultos tiveram taxas mais altas de depressão em 2017 do que tiveram antes, enquanto a taxa de depressão para a maioria dos grupos etários acima de 30 anos foi menor em 2017 em comparação a 2009 (os idosos foram a exceção).

Pessoas mais jovens tendem a ter mais depressão e outros problemas de humor do que pessoas mais velhas. Mas os resultados sugerem que os jovens de hoje estão lidando com mais depressão e angústia do que os jovens de uma década atrás. E, embora parte dessa melancolia possa ser causada por fatores culturais que afetam a todos até certo ponto, ela atinge os mais jovens com mais força.

O estudo não consegue fornecer nenhuma evidência direta sobre o que está causando essa disparidade, o que é uma crítica comum ao trabalho do Twenge. Mas, de acordo com a autora, ele parece excluir que fatores como a Grande Recessão sejam especialmente relevantes.

“Se causas econômicas fossem as culpadas, não faria muito sentido que a depressão atingisse seu pico em 2017, quando a taxa de desemprego estava em níveis recordes, e fosse menor durante os anos de recessão, quando o desemprego era alto”, ela disse ao Gizmodo. “Além disso, se os fatores econômicos fossem responsáveis, você esperaria que o aumento fosse maior entre os adultos em idade ativa, que são diretamente afetados por mudanças no mercado de trabalho. Em vez disso, são os mais jovens que mostram os maiores aumentos na depressão, incluindo os de 12 a 17 anos, que são poupados dos efeitos diretos da preocupação de sustentar uma família em tempos de pobreza econômica.”

Twenge e seus coautores argumentam que, como esse aumento na depressão começou em 2012, na época em que os smartphones começaram a se tornar um acessório universal, eles e dispositivos similares devem estar desempenhando um grande papel. Eles podem estar tornando ainda mais difícil para adolescentes e jovens dormir — a falta de sono é um fator bem conhecido de saúde mental mais precária — ou limitando a quantidade de interação social face a face que as pessoas têm com seus amigos e familiares. E, embora esses mesmos efeitos também possam estar acontecendo com millennials e gerações mais velhas, os autores dizem que eles seriam mais influentes para pessoas em seus anos de formação.

Independentemente das causas exatas, é sabido que adolescentes deprimidos e suicidas são mais propensos a sofrer como adultos, então essa grande onda de depressão entre os jovens pode causar ondulações anos ou até mesmo décadas depois. E, como não parece haver um fim para o aumento, pelo menos por ora, as coisas podem piorar ainda mais.

Twenge não desconsidera o valor da tecnologia, mesmo em ajudar as pessoas a permanecerem mentalmente saudáveis, mas ela disse que mais trabalho deveria ser feito para entender como esses dispositivos podem estar afetando os jovens e como prevenir melhor esse dano. No futuro imediato, disse ela, todos nós, mas especialmente os adolescentes, provavelmente poderíamos deixar nossos smartphones fora do quarto, desligar nossos aparelhos uma hora antes de dormir e limitar nosso tempo de tela fora do trabalho ou da escola a duas horas por dia ou menos.

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Qualcomm deve US$ 1 bilhão à Apple, decide juiz — mas não é tão simples

Posted: 15 Mar 2019 02:05 PM PDT

Embora a batalha jurídica entre Apple e Qualcomm esteja longe de acabar, estamos começando a nos aproximar de algum tipo de resolução.

Na quinta-feira (14), o juiz Gonzalo Curiel, do Distrito Sul da Califórnia, proferiu uma decisão favorável à Apple, declarando que a Qualcomm precisa pagar à companhia da maçã US$ 1 bilhão.

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A batalha jurídica entre os dois gigantes da tecnologia remonta a 2017, quando a Apple processou a Qualcomm alegando que a fabricante de chips e modems havia rompido um acordo de cooperação ao se recusar a pagar para a empresa de Tim Cook o abatimento de royalties de patentes. Em sua decisão na quinta-feira, o juiz Curiel concordou com a alegação da Apple, resultando no julgamento preliminar do US$ 1 bilhão.

Entretanto, está um pouco incerto se a Qualcomm terá que desembolsar todo esse dinheiro, já que, como parte de sua reconvenção contra a Apple, a empresa alega que lhe são devidos royalties de patentes por iPhones vendidos com tecnologia Qualcomm embutida.

É aqui que fica complicado: como a Foxconn, e não a Apple, é responsável por de fato montar os iPhones, o modo como o licenciamento de patente da Qualcomm funciona é com a empresa cobrando a Foxconn por royalties, que depois são reembolsados pela Apple. Então, graças a um acordo separado, a Qualcomm reembolsaria à Apple uma porcentagem dessas taxas de licenciamento como abatimento de royalties de patentes, contanto que a Apple consentisse em não atacar a Qualcomm no tribunal.

Mas aí fica ainda mais complicado. Como parte da discussão legal da Apple, a companha da maçã instruiu suas contratadas de fabricação (por exemplo, a Foxconn) a recusar pagamentos de royalty da Qualcomm, um número que a Qualcomm alega ter subido para em torno de US$ 1 bilhão. Isso significa que, apesar do julgamento recente da Apple na audiência preliminar, se a Apple é forçada a pagar os royalties iniciais por usar chips da Qualcomm, isso basicamente resultaria em situação de equilíbrio.

Entendeu? Não? Tudo bem, você terá bastante tempo para descobrir tudo: nenhuma dessas decisões é final até que o julgamento comece de verdade no próximo mês.

[CNBC]

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Novo material antirruído pode acabar com barulho de drones e aviões

Posted: 15 Mar 2019 12:36 PM PDT

Material anti-ruído em forma de anel criado por pesquisadores da Universidade de Boston

A maneira mais efetiva de bloquear um som irritante é criar uma barreira. Quanto mais grossa ela for, melhor. Mas essa solução é impraticável em muitos cenários, ainda mais pensando em cidades do futuro, provavelmente mais barulhentas do que nunca – principalmente com a ampla adoção de drones, por exemplo.

Porém, em vez de vivermos entocados em lugares cheios de barreiras enormes, poderemos utilizar um metamaterial acústico projetado por pesquisadores da Universidade de Boston que é capaz de silenciar os sons irritantes direto na fonte, sem bloquear o movimento do ar.

Mover o ar cria ruído, não tem como escapar disso. É assim que o som funciona na Terra, e é por isso que não é possível ouvir nada no vácuo do espaço. Às vezes, esses ruídos são intencionais e prazerosos: como falar, ouvir ou fazer música. Em outros momentos, são ruídos irritantes produzidos por máquinas, sistemas de aquecimento ou resfriamento, motores ou até mesmo hélices que foram projetadas especificamente para mover o ar.

Há poucas inovações no sentido de criar dispositivos que movam o ar de uma forma que o ruído produzido seja mais agradável para o ouvido humano – os ventiladores sem hélices da Dyson e alguns secadores de cabelo me vem à mente, mas só isso.

Os pesquisadores Reza Ghaffarivardavagh e Xin Zhang da Universidade de Boston encontraram uma solução bem melhor, e que não impede o movimento do ar – o que torna a tecnologia possível de ser usada em produtos como drones e ventiladores ou ventoinhas.

Um teste do metamaterial. Ele é colocado em uma das pontas de um tubo. Um alto-falante fica na outra ponta. Não é perfeito, mas a redução de ruído é significativa.

A partir de simulações computacionais, os pesquisadores da Universidade de Boston desenvolveram um novo material desenhado com uma estrutura 3D que é capaz de refletir as vibrações e distúrbios no ar de volta para a sua fonte.

Os sons não desaparecem magicamente, mas por meio de uma instalação estratégica e do posicionamento desse novo metamaterial. Dessa forma, o barulho pode ser direcionado para longe dos ouvidos humanos – o que, no final das contas, é o que importa nesse caso.

O primeiro protótipo foi desenhado para silenciar sons que viajavam por um cano de PVC situado na frente de um alto-falante. Como resultado, a parte impressa em 3D se parece com um donut de plástico – o buraco no meio permite que o ar passe sem impedimentos, mas cercado por um padrão helicoidal 3D exclusivo que evita que os sons se propaguem.

Os resultados? Queda de 94% no ruído produzido por um tom agudo emitido pelo alto-falante. Com o protótipo instalado numa das pontas do tubo conectado ao alto-falante, o tom se torna praticamente imperceptível ao ouvido humano.

São resultados promissores vindos apenas de um protótipo, e o time tem trabalhado para refinar e aperfeiçoar o metamaterial.

O material não precisa necessariamente ser fabricado no formato redondo do protótipo. Um anel certamente seria útil para silenciar o cooler de um computador, ou o zumbido agudo de uma minúscula hélice de um drone. Ainda assim, o metamaterial funcionaria também na forma de um cubo ou hexágono, permitindo que grandes paredes de bloqueio de som sejam montadas.

A máquina de ressonância magnética é conhecida por produzir uma série de barulhos altos que os pacientes precisam suportar enquanto fazem exames – muitas vezes por mais de uma hora. Graças às simulações de software e à flexibilidade da impressão 3D, esse metamaterial acústico pode ser personalizado para se encaixar entre as bobinas de uma máquina de ressonância magnética e um paciente, envolvendo-os em uma bolha de silêncio e tornando o procedimento consideravelmente menos intimidante.

Mas por enquanto eu só preciso de um desses para o meu despertador todas as manhãs.

[Boston University via New Atlas]

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Mercúrio, e não Vênus, é o planeta mais próximo da Terra, dizem cientistas

Posted: 15 Mar 2019 10:49 AM PDT

Uma equipe de cientistas acaba de demonstrar algo que pode te chocar: Mercúrio, e não Vênus, é o planeta mais próximo da Terra em média.

Os pesquisadores apresentaram seus resultados nesta semana, em um artigo na revista Physics Today. Eles explicam que nossos métodos atuais de calcular qual planeta é “o mais próximo” simplificam demais a questão. Mas isso não é tudo.

“Além disso, Mercúrio é o vizinho mais próximo, em média, a cada um dos outros sete planetas no Sistema Solar”, escrevem. Espera aí, como é que é?

Os nossos equívocos sobre o quão próximos os planetas estão uns dos outros vêm da forma como normalmente estimamos as distâncias para outros planetas. Geralmente, calculamos a distância média entre o planeta e o Sol. A distância média da Terra é de uma unidade astronômica (UA), enquanto a de Vênus é de cerca de 0,72 UA. Se subtrairmos uma da outra, calculamos a distância média da Terra a Vênus como 0,28 AU, a menor distância entre qualquer par de planetas.

Porém, um trio de pesquisadores percebeu que essa não é uma maneira precisa de calcular as distâncias para os planetas. Afinal, a Terra passa metade do tempo no lado oposto de sua órbita de Vênus, colocando-a a 1,72 UA de distância. É preciso, em vez disso, calcular a distância média entre cada ponto da órbita de um planeta e cada ponto da órbita do outro planeta. Os pesquisadores fizeram uma simulação com base em duas suposições: de que as órbitas dos planetas eram aproximadamente circulares e de que elas não estavam em um ângulo uma em relação à outra.

GIF: Tom Stockman/Gabriel Monroe/Samuel Cordner

Isso meio que faz sentido — se você ganhasse ingressos para um jogo de futebol, você iria preferir um assento próximo à linha de meio de campo para ver maior parte da ação, e não atrás dos gols, mesmo que, ocasionalmente, você fosse ficar mais perto dos jogadores no ataque nesse último caso. É basicamente isso o que acontece aqui nesse estudo levantado pelos pesquisadores.

De fato, eles descobriram que Mercúrio era o planeta mais próximo da Terra na maior parte do tempo, em média — e de cada um dos outros planetas do Sistema Solar. A órbita inclinada e excêntrica de Plutão não funciona com as suposições dos pesquisadores, mas ele não é um planeta mesmo, conforme definido pela União Astronômica Internacional.

Você pode ler tudo sobre a conta feita no periódico científico Physics Today ou então ver uma explicação da conta no YouTube.

Mas considerando que não existem erros flagrantes na análise, acho que está na hora de dizermos “tchau” para Vênus e dar as boas-vindas ao nosso novo vizinho mais próximo, o melhor dos planetas: Mercúrio.

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Huawei desenvolveu sistema operacional próprio, caso tensão com EUA aumente

Posted: 15 Mar 2019 09:14 AM PDT

Logo da Huawei

A Huawei tem um plano B caso a tensão com os Estados Unidos aumente. Um executivo da companhia revelou que eles desenvolveram um sistema operacional para smartphones e computadores, que pode passar a ser usado se as soluções das empresas americanas não estejam mais disponíveis caso haja alguma sanção do governo.

A empresa, que é líder no mercado de smartphones na China, utiliza o Android em seus celulares e o Windows nos computadores. A revelação foi feita por Richard Yu Chengdong, chefe da divisão mobile da Huawei, ao jornal alemão Die Welt.

Uma pessoa envolvida com o assunto disse ao South China Morning Post que a Huawei começou a desenvolver seu próprio sistema operacional em 2012, depois que os Estados Unidos realizaram uma investigação sobre eles e sobre a ZTE.

“A Huawei tem sistemas alternativos disponíveis, mas apenas para o uso em circunstâncias extenuantes. Não esperamos usá-los, e para ser honestos, não queremos usá-los”, disse um porta-voz da Huawei na última quinta-feira (14). “Apoiamos completamente os sistemas operacionais de nossos parceiros – adoramos usá-los e os nossos consumidores também. Android e Windows sempre permanecerão a nossa prioridade”.

As empresas americanas monopolizam o mercado de sistemas operacionais. O iOS, da Apple, e o Android, do Google, possuem 99,9% do mercado global de celulares, de acordo com uma estimativa da Gartner liberada no ano passado.

A fabricante de equipamentos de telecomunicações chinesa ZTE já foi proibida de usar produtos e serviços americanos, após uma proibição governamental dos EUA.

O clima entre Huawei e Estados Unidos não está legal há alguns meses. Os episódios esquentaram com a briga comercial entre EUA e China e piorou quando os EUA acusaram a companhia de roubar segredos comerciais, violar sanções econômicas ao Irã e representar um risco para os países que adotam seus equipamentos de telecomunicações. A Huawei nega.

Em um dos últimos capítulos, a empresa processou o governo dos Estados Unidos por restringir as agências federais de usar seus produtos. A Huawei quer forçar o governo dos EUA a mostrar o que ele tem de concreto para barrar a tecnologia da companhia.

[SCMP]

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Supremacista branco mata 49 pessoas em ataque a mesquita na Nova Zelândia transmitido no Facebook

Posted: 15 Mar 2019 08:34 AM PDT

Pelo menos 49 pessoas morreram e dezenas ficaram seriamente feridas depois de ataques terroristas nesta sexta-feira (15), em Christchurch, na Nova Zelândia. O terrorista usou diversas armas visando muçulmanos em duas mesquitas, além de ter o que a polícia descreveu como dispositivos explosivos. Uma série de ataques foi transmitida ao vivo no Facebook por 17 minutos. Três homens e uma mulher foram presos, segundo o jornal New Zealand Herald.

Um dos terroristas foi identificado como sendo um homem de 28 anos originalmente de Grafton, na Austrália. O criminoso divulgou um manifesto repleto de ódio supremacista branco, referência à cultura online e elogio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um “símbolo de identidade branca renovada”. O Facebook excluiu as páginas de Instagram e Facebook do terrorista.

“Nossos corações estão com as vítimas, suas famílias e a comunidade afetada por esse ato horrendo”, disse ao Guardian Mia Garlick, uma executiva do Facebook para a Austrália e Nova Zelândia.

“A polícia da Nova Zelândia nos alertou para um vídeo no Facebook pouco depois de a transmissão ao vivo começar, e nós rapidamente removemos as contas de Facebook e Instagram do atirador e o vídeo”, disse Garlick. “Também estamos removendo qualquer elogio ou apoio ao crime e ao atirador/aos atiradores logo que somos informados. Continuaremos trabalhando diretamente com a polícia da Nova Zelândia conforme a resposta e a investigação deles continuam.”

Emissoras de TV na Austrália transmitiram partes do vídeo do atirador, mas cortaram pouco antes de o terrorista entrar em uma das mesquitas. A polícia neozelandesa pediu que o vídeo não fosse compartilhado.

O manifesto terrorista parece ser uma tentativa de trollar a mídia e foi publicado em sites como o Scribd antes de ser derrubado. Um dos terroristas pode ser ouvido dizendo “lembrem-se, pessoal, de se inscrever no canal do PewDiePie” no vídeo, pouco antes de começar os disparos, em referência ao popular youtuber que já recebeu críticas por ajudar a disseminar discurso supremacista branco. PewDiePie, cujo verdadeiro nome é Felix Kjellberg, tuitou suas condolências dizendo estar “absolutamente enojado” pelos ataques.

Pelo menos 41 pessoas foram mortas na mesquita da Avenida Deans, e outras sete morreram na mesquita da Avenida Linwood, em Christchurch, segundo a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, que concedeu entrevista coletiva algumas horas depois do início do massacre. Outras 20 pessoas estariam em estado grave.

As empresas de redes sociais estão se desdobrando para excluir conteúdos criados pelos terroristas. Conforme o vídeo e o manifesto originais são derrubados em sites como Facebook e Scribd, eles são postados novamente em lugares como YouTube e Twitter.

“Nossos corações estão partidos com a terrível tragédia de hoje na Nova Zelândia. Por favor, saibam que estamos trabalhando vigilantemente para remover qualquer imagem violenta”, tuitou o YouTube.

As páginas de Facebook de um dos criminosos estava repleta de links para conteúdo de supremacia branca, incluindo uma série de vídeos anti-imigrantes no YouTube. O site de compartilhamento de vídeos é de propriedade do Google e tem sido uma plataforma com conteúdos extremistas nos últimos anos, radicalizando jovens por meio de uma narrativa de que os países ocidentais estão sendo “invadidos” por estrangeiros, especificamente os muçulmanos.

O título do manifesto, “A Grande Substituição”, uma referência à ideia de que as pessoas brancas estão sendo “substituídas” por muçulmanos e outras minorias em países ocidentais, foi ecoada repetidamente no noticiário tanto dos Estados Unidos quanto da Austrália. Palavras-chave como “substituir” são usadas por disseminadores de ódio populares como Tucker Carlson, na Fox News, e a frase “os judeus não vão nos substituir” foi cantada no infame protesto neonazista em Charlottesville em 2017.

Um fórum no Reddit em que são compartilhados vídeos de pessoas morrendo recebeu várias publicações contendo o vídeo, antes de a polícia da Nova Zelândia pedir que o conteúdo fosse retirado. Usuários no fórum reclamaram de “censura” e ficaram bravos pelo fato de os links terem sido removidos.

Contas de supremacistas brancos no Twitter, uma outra plataforma em que há ocorrência de conteúdos sobre radicalização neonazista, estavam exaltando o massacre. Uma conta, por exemplo, tuitou: “Restam apenas 1,8 bilhão”. Outra conta particularmente nojenta escreveu: “Neozelandês evita dezenas de estupros com um só truque estranho”.

O Gizmodo conseguiu encontrar vários vídeos completos dos 17 minutos de terror que o atirador compartilhou inicialmente no Facebook, e isso horas depois do ataque.  O vídeo mostra um dos tiroteios a partir da perspectiva do terrorista, gravado com uma câmera montada na cabeça, à la jogos de tiro em primeira pessoa.

É possível ouvir o que parece ser música polca em uma língua estrangeira tocando no alto-falante do carro do terrorista enquanto ele dirige. Outra canção tocada durante o massacre foi descrita como “música militar britânica do século 17” pelo jornal Sydney Morning Herald. O atirador parece conversar com pelo menos uma pessoa no banco de trás do carro.

O vídeo mostra o atirador matando homens, mulheres e crianças. Algumas pessoas se arrastavam no chão depois de levar um tiro, e pelo menos um homem na mesquita é visto tentando contra-atacar o terrorista, correndo até ele, mas ele também é morto. Algumas vítimas haviam se amontoado em um canto, onde o atirador começa a disparar repetidamente contra uma massa de pessoas.

“Não houve sequer tempo de mirar, havia tantos alvos”, diz o terrorista para o cúmplice que está no banco de trás do carro, conforme eles saem dirigindo.

Inicialmente, Donald Trump havia tuitado um link para o site Breitbart News, site compartilhado em outras oportunidades pelo presidente norte-americano, berço de supremacistas brancos e cuja área de comentários trazia mensagens afirmando que os muçulmanos eram invasores e não tinham espaço em países ocidentais. Mais tarde, no entanto, Trump excluiu o tuíte e enviou uma outra mensagem, desejando “melhores votos” para as pessoas da Nova Zelândia.

Políticos de extrema-direita na Austrália culparam os próprios muçulmanos pelo massacre, em vez do terrorista branco australiano que conduziu a carnificina.

“A verdadeira causa do derramamento de sangue nas ruas da Nova Zelândia hoje é o programa de imigração que permitiu que muçulmanos fanáticos migrassem para a Nova Zelândia em primeiro lugar”, tuitou o senador australiano Fraser Anning depois dos ataques.

“Alguém ainda dúvida da ligação entre a imigração muçulmana e a violência?”, disse Anning em outro tuíte odioso.

Primeira-ministra Jacinda Ardern fala com a imprensa durante coletiva no Parlamento, em 15 de março de 2019, em Wellington, na Nova Zelândia. Foto: Getty Images

A primeira-ministra da Nova Zelândia buscou confortar uma nação em luto e descreveu os ataques como os piores da história do país.

“Isso não é o que somos”, disse Ardern. “Esse ato não é um reflexo de quem somos como nação. É por isso que tantos neozelandeses, todos neozelandeses, imagino, ficarão chocados com isso hoje. Porque isso não é o que somos.”

“Isso é algo que todos nós rejeitamos completamente, e é claro que vai levar tempo para cicatrizar. E hoje nossos pensamentos e preces precisam ir para aqueles que foram afetados.”

Uma campanha de financiamento coletivo para ajudar as vítimas e suas famílias foi montada por uma organização sem fins lucrativos chamada Victim Support.

[New Zealand Herald e Sydney Morning Herald]

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A Lua tem “água em movimento”, mas não é o que você está pensando

Posted: 15 Mar 2019 07:58 AM PDT

Tabloides noticiaram recentemente que um relatório “bombástico” havia encontrado água em movimento na Lua que poderia levar à “colonização” do satélite. Obviamente, essas manchetes são enganosas — não há rios fluindo ao longo da superfície lunar. Vamos falar sobre o que realmente aconteceu.

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O Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO, na sigla em inglês), da NASA, uma sonda que tem orbitado a Lua desde 2009, encontrou moléculas de água sendo absorvidas e liberadas de grãos de poeira na superfície lunar ao longo do dia, com base na temperatura. Esses resultados marcam o único conjunto de dados a registrar a distribuição de água durante o dia lunar, de acordo com o artigo publicado na revista Geophysical Research Letters.

Embora todos nós já tenhamos associado a água à vida, não é estranho que a água apareça em outro lugar do Sistema Solar. Os cientistas já descobriram evidências de água nas rochas da Lua, que provavelmente esteve lá desde que o satélite natural se formou, assim como na sua superfície, provavelmente depositada por meteoros, de acordo com o artigo.

O novo estudo, liderado pela cientista sênior do Planetary Science Institute Amanda Hendrix, analisa dados obtidos pelo Lyman Alpha Mapping Project (LAMP), um instrumento que mede a luz ultravioleta distante no Orbitador de Reconhecimento Lunar. Os pesquisadores analisaram as variações diurnas da luz ultravioleta refletida pela superfície lunar de 2009 a 2016. Seus resultados mostraram uma pequena quantidade de moléculas de água migrando ao redor do satélite com base na temperatura, com as rochas liberando mais água ao meio-dia, quando a temperatura é mais alta e a água se move para áreas com menos radiação solar entrando.

No entanto, existem explicações alternativas para os resultados. É possível que os pesquisadores estivessem vendo água se formando a partir de moléculas de hidróxido fornecidas, um átomo de oxigênio ligado a um átomo de hidrogênio, pelo Sol, embora eles indiquem que seus resultados são consistentes com estudos laboratoriais do comportamento da água.

E, apesar do que as manchetes dos tabloides sugerem, não são cursos de água fluindo. As moléculas de água constituem menos de 1% das moléculas na superfície.

Ainda assim, é empolgante ter mais informações sobre a movimentação da água na Lua. Estudos como esse podem apontar futuros cientistas para os lugares e épocas para melhor procurar água na superfície lunar.

Hendrix disse em um comunicado: “Esses resultados ajudam a entender o ciclo lunar da água e, em última análise, nos ajudarão a aprender sobre a acessibilidade da água que pode ser usada por humanos em missões futuras à Lua”.

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Acordos de dados do Facebook com gigantes da tecnologia estão sob investigação criminal

Posted: 15 Mar 2019 06:14 AM PDT

O Facebook está sob investigação criminal por seus acordos de dados em massa com várias das maiores empresas de tecnologia do mundo, de acordo com uma reportagem de quarta-feira (14) no New York Times.

O Facebook confirmou as investigações em um comunicado.

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“Estamos cooperando com os investigadores e levamos essas sondagens a sério”, disse um porta-voz do Facebook ao jornal na quarta-feira. “Fornecemos depoimento público, respondemos a perguntas e prometemos que continuaremos a fazê-lo.”

O foco exato da investigação, no entanto, permanece desconhecido. O Facebook não respondeu às perguntas sobre o tema ou a natureza da investigação.

O New York Times noticia que um grande júri de Nova York intimou dois fabricantes de smartphones não identificados que estão envolvidos em parcerias de dados com o Facebook, permitindo-lhes acesso aos dois bilhões de usuários da rede social.

Na semana passada, a pré-candidata presidencial às eleições norte-americanas de 2020 Elizabeth Warren propôs que o Facebook e outros gigantes da tecnologia fossem desmantelados. Esse foi o último pedido do tipo em uma onda crescente de apelos por regulamentação e ação antitruste contra o Vale do Silício.

A empresa já está sob investigação do Departamento de Justiça dos EUA por suas negociações com a empresa de consultoria Cambridge Analytica. Também houve relatos de que a empresa estaria negociando uma multa de vários bilhões de dólares com a Comissão Federal de Comércio sobre as falhas de privacidade da companhia. Do outro lado do oceano, investigadores europeus estão examinando uma violação de dados de 2018 em uma investigação que pode terminar em multa de US$ 1,63 bilhão.

“Esse episódio claramente nos prejudicou”, disse o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, ao Congresso dos Estados Unidos no ano passado, enquanto falava sobre o escândalo da Cambridge Analytica. “Temos que trabalhar muito para recuperar a confiança.”

Alerta para a sede em Menlo Park: preparar o túnel de fuga.

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Google adiciona buscador pró-privacidade DuckDuckGo em opções do Chrome

Posted: 15 Mar 2019 04:37 AM PDT

Eis uma mudança no Google Chrome que deixou muita gente surpresa: em 60 países, o browser agora incluiu a opção de se usar o motor de buscas pró-privacidade DuckDuckGo.

A mudança, percebida pelo TechCrunch, foi incluída no Chromium 73, a recém lançada versão do motor Chromium que é a fundação de código-aberto do navegador Chrome e de diversos outros browsers.

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Inicialmente, foi uma adição discreta, sem nenhum anúncio. Mas a mudança recebeu muita atenção assim que foi lançada para o público. Um porta-voz do Google explicou que “começando pelo Chrome M73, atualizamos a lista de motores de busca padrão disponíveis nas configurações do navegador. A nova lista é baseada na popularidade de motores de busca em diferentes locais, determinada a partir de dados disponíveis publicamente”.

A iniciativa do Google acontece justamente em um momento em que as empresas do Vale do Silício têm enfrentado críticas por privacidade, regulamentação e pedidos de processos antitruste.

Na Europa, a situação já foi além da falação: no ano passado, reguladores antitruste aplicaram uma multa recorde de US$ 5 bilhões por atividades monopolistas.

No mês passado, o Federal Trade Commission (FTC) iniciou uma nova força tarefa focada na indústria da tecnologia.

Em um ambiente cada vez mais hostil, ser gentil com competidores pode ser uma maneira de atenuar as críticas que devem vir por aí. O pessoal do DuckDuckGo está contente por ter sido adicionado.

“Estamos felizes que o Google finalmente reconheceu a importância de oferecer aos consumidores uma opção de buscas privadas no Chrome”, disse um porta-voz do DuckDuckGo ao Gizmodo.

O motor de buscas pró-privacidade tem 11 anos de idade e um bilhão de buscas mensais, de acordo com a empresa. Ninguém fora do Google sabe exatamente o número de buscas feitas no maior player deste mercado, mas os números estão pelo menos na faixa dos trilhões por ano, de acordo com um comunicado publicado pelo próprio Google em 2016.

O motor de buscas pró-privacidade francês Qwant também foi adicionado na França. A resposta da companhia foi um pouco mais ousada:


É uma brincadeira, mas obrigado novamente pelo Chrome73, eu estou realmente grato por isso, sinceramente. Ainda assim, recomendo o Firefox e o Brave. Eric Leandri reage à integração do Qwant aos motores de buscas disponíveis no Chrome.

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