terça-feira, 19 de março de 2019

Gizmodo Brasil

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MySpace excluiu anos de músicas de usuários sem querer — e só perceberam depois de meses

Posted: 18 Mar 2019 02:57 PM PDT

O MySpace, uma das primeiras redes sociais a permitir que bandas compartilhassem suas músicas direto com fãs, perdeu anos de músicas durante uma transferência de servidor no ano passado. O mais interessante disso é que as pessoas só notaram isso nesta semana.

Nesta segunda-feira (18), a BBC e outros sites reportaram que o MySpace admitiu que perdeu músicas, fotos e vídeos que foram inseridos no site nos primeiros 12 anos de operação. Mas estas matérias citam relatos compartilhados por usuários do Reddit no ano passado.

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"Como consequência de um projeto de migração de servidor, fotos, vídeos e áudios que você fez upload há mais de três anos não estão mais disponíveis no MySpace", diz a mensagem que um usuário do Reddit publicou em julho. "Pedimos desculpas pelo inconveniente e sugerimos que você retenha suas cópias de backup."

Segundo o usuário do Reddit, o aviso foi mostrado no player de música do site, mas não está mais aparecendo. O tal aviso também sugeria contatar Jana Jentzsch, responsável pela proteção de dados, para mais informações. O Gizmodo entrou em contato com Jentzsch e o MySpace para comentar sobre o assunto, mas ainda não recebeu uma resposta.

Na mesma thread do Twitter, outros usuários reclamavam de não conseguir acessar as músicas do MySpace e compartilharam as respostas que eles disseram ter recebido do site. Um outro usuário disse que em fevereiro de 2019 alguém do suporte do MySpace explicou: "Houve um problema com músicas e vídeos que foram "subidas" há mais de três anos. Estamos cientes do ocorrido e fui informado de que o problema foi corrigido, no entanto, não há ainda previsão de quando isso será corrigido. Até isso ser consertado, a opção de download não estará disponível."

Isso significa que músicas que foram colocadas na plataforma antes de 2015 foram perdidas.

Um terceiro usuário do Reddit comentou na thread com uma captura de tela do que parece ser um e-mail de alguém do MySpace dizendo: "Em função de uma migração de servidor, arquivos foram corrompidos e impossibilitados de serem transferidos para o nosso site atualizado. Não há como recuperar os dados perdidos."

O problema foi retomado novamente em um subreddit de tecnologia no domingo (17). Foi este post que inspirou a BBC e outros sites a cobrirem o assunto.

Em uma pesquisa, conseguimos achar algumas músicas postadas há alguns anos — por exemplo, a página da banda de metal Job For A Cowboy ainda tem músicas que foram disponibilizadas em 2005 e 2007. No entanto, o Gizmodo buscou especificamente por Colin Healy and the Jetskis, uma banda punk em que nosso ex-editor do Gizmodo US Harrison Weber tocava, e descobrimos que não têm mais músicas por lá.

Entramos em contato com o Weber para ele comentar sobre o sumiço do acervo digital de sua antiga banda. "Bem, a boa notícia é que nós salvamos as músicas em CDs", disse. "Honestamente, isso é ruim. O MySpace era bem legal. Fico imaginando se o Pure Volume teve algum problema do tipo."

O Pure Volume é um site para envio de músicas que fechou no ano passado.

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Anatel ensina consumidores a cancelar serviços de telecomunicações

Posted: 18 Mar 2019 02:06 PM PDT

Fachada da Anatel. A cor predominante é prata, e o logo da Anatel é um círculo azul e uma curva em amarelo, com a palavra Anatel escrita em maiúsculas na cor verde. O dia está ensolarado e o céu, azul. Há uma bandeira do Brasil hasteada logo em frente ao prédio.

Quem já tentou cancelar algum serviço de telecomunicação sabe o inferno que isso pode ser. De olho nesse problema e em comemoração ao Dia Mundial do Consumidor, celebrado na última sexta-feira (15), a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) lançou uma campanha de esclarecimento sobre o procedimento de cancelamento de serviços de telecomunicações.

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A ação inclui um hotsite onde os usuários podem conferir um passo a passo simples de como cancelar serviços de telecomunicações por meio de diferentes canais: por atendente, por telefone, pela internet e na loja física.

Em comunicado enviado ao Gizmodo Brasil por e-mail, a Anatel destaca que é possível cancelar, por telefone ou pela internet, sem falar com algum atendente. "Mesmo havendo faturas em atraso, a prestadora é obrigada a cancelar o serviço; a prestadora não pode condicionar o cancelamento à retirada de um equipamento (por exemplo: um modem ou um receptor de TV por assinatura) da casa de um consumidor", afirma a agência, que também diz que "a empresa é responsável por fazer essa retirada".

Segundo a Anatel, essa possibilidade de cancelamento direto, sem a intermediação de um atendente, é um direito desde a entrada em vigor do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor (RGC), em 2014, com o serviço de telecomunicações devendo fornecer um endereço na web para isso em seu espaço do cliente dentro de seu portal.

Pelo telefone, a prestadora tem dois dias úteis depois do pedido para processar o cancelamento, com o consumidor sendo cobrado pelos serviços que usar até a efetivação da solicitação. Por este canal, a opção de cancelamento automático deve estar na primeira lista de itens que o usuário ouvirá ao ligar para a central.

A Anatel lembra que, caso o consumidor queira efetuar o cancelamento com um atendente, este não pode fazer qualquer imposição ou aplicar qualquer regra abusiva para evitar que o serviço seja cancelado. "Se o consumidor optar por cancelar o serviço com a ajuda de um atendente (por telefone ou pessoalmente na loja da prestadora) o contrato deve ser rescindido na hora", explica a agência. Mas a própria agência sabe que nem sempre é tão simples assim.

De acordo com o comunicado de imprensa, foi verificado que muita gente ainda tem dificuldades em cancelar seus serviços. Em 2018, foram 250 mil reclamações ligadas ao assunto, ou 8% do volume total de reclamações — número estável em relação ao observado anteriormente, enquanto outros tipos de reclamações viram uma diminuição em seu volume, segundo a agência.

Para mais informações de como cancelar seus serviços de telecomunicações, acesse o hotsite criado pela Anatel aqui.

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Não dá para aceitarmos mais a desculpa das redes sociais de que elas são grandes demais para policiar conteúdo

Posted: 18 Mar 2019 01:22 PM PDT

Todo momento horripilante amplificado pelas redes sociais segue o mesmo roteiro básico, e o ataque terrorista mortal transmitido ao vivo no Facebook ocorrido na Nova Zelândia, que deixou pelo menos 50 mortos e dezenas de pessoas machucadas, tem todos os pontos de enredo habituais de ódio viralizando online.

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O atirador publicou um streaming ao vivo de seu massacre no Facebook, transmitindo por 17 minutos. O Facebook, no fim das contas, removeu a transmissão depois de a polícia sinalizá-la, mas o vídeo se espalhou além de sua audiência inicial, em redes como YouTube, Reddit, Twitter e outras plataformas. Ele foi publicado novamente inúmeras vezes, disseminando violência e a ideologia de ódio do atirador a milhões de pessoas. As empresas, é claro, dizem que estão trabalhando fervorosamente para derrubar os vídeos repostados.

Já vimos isso diversas vezes, então a pergunta é obrigatória: por que essas grandes empresas de tecnologia são tão ruins em bloquear os vídeos do atirador da mesquita de suas plataformas? Por que elas falham em impedir que conteúdo radicalizante, racista e de ódio sature seus sites? Por que o Vale do Silício efetivamente falha em policiar suas plataformas? O problema vai muito além de um vídeo de assassinato em massa — e vai direto ao coração da riqueza e do poder do Vale do Silício.

“A escala é o problema”, disse o escritor Antonio Garcia Martinez, ex-gerente de publicidade do Facebook, no Twitter na sexta-feira (15), quando perguntado sobre o que está por trás dessa dificuldade.

Para o Vale do Silício, a escala de suas plataformas é o que as torna multibilionárias. A escala sem precedentes é uma criação intencional projetada para um lucro sem precedentes. Para executivos, acionistas e engenheiros que buscam um bônus e aumento, escala é tudo.

Escala também é sempre sua desculpa.

Como elas mesmas admitem, essas empresas são grandes demais para conseguir moderar efetivamente suas plataformas, particularmente em um caso como o vídeo explosivo de violência em massa de sexta-feira. Então, se elas são grandes demais para resolver esse problema, talvez seja hora de reduzir sua escala.

“A rápida e ampla disseminação desse conteúdo de ódio — ao vivo no Facebook, publicado no YouTube e amplificado no Reddit — mostra o quão facilmente as maiores plataformas ainda podem ser mal utilizadas”, disse o senador democrata Mark Warner em um e-mail para o Gizmodo. “Está cada vez mais claro que o YouTube, em particular, ainda tem que lutar contra o papel que tem desempenhado na facilitação da radicalização e do recrutamento.”

Se os próprios executivos de tecnologia estão, em sua própria maneira velada, reconhecendo que suas empresas são grandes demais, talvez devêssemos ouvi-los.

É difícil conhecer completamente a dimensão exata dessas empresas, devido à sua falta de transparência. O Facebook não respondeu a um pedido de comentários sobre o assunto, mas a empresa diz que tem 30 mil funcionários e inteligência artificial encarregados de remover conteúdo de ódio. O YouTube, que aparentemente vê 500 minutos de vídeos publicados a cada segundo, disse em seu último relatório trimestral que, no quarto trimestre de 2018, o site removeu 49.618 vídeos e 16.596 contas por violar políticas de promoção da violência ou de extremismo violento. Eles também removeram 253.683 vídeos violando políticas de violência explícita.

Na semana passada mesmo, a CEO do YouTube, Susan Wojcicki, disse a mesma coisa quando a jornalista Kara Swisher perguntou à executiva por que os neonazistas continuam prosperando e crescendo no YouTube e por que os comentários do site são um lugar notoriamente vil — recentemente, por exemplo, surgiram denúncias de que ele vem sendo usado por pedófilos para se conectarem. Sua resposta: a escala é o problema.

Defendendo sua empresa, Wojcicki disse que mais de 500 horas de vídeo são publicadas no YouTube a cada minuto e que milhões de comentários ruins são removidos a cada trimestre. “Mas você tem que perceber que o volume que temos é muito substancial, e estamos trabalhando para dar aos criadores mais ferramentas para que eles também sejam capazes de gerenciar isso”, disse a CEO.

Espera aí, exatamente de quem é a responsabilidade de gerenciar a proliferação de grupos nazistas e pedófilos em sites como o YouTube? Dos usuários? No YouTube, pelo menos, a resposta é, aparentemente, sim.

Quando a conta do YouTube no Twitter postou no início da sexta-feira que a empresa estava “de coração partido” com as mortes na Nova Zelândia, ela provocou uma reação.

“Desculpe, mas ninguém quer saber se o YouTube está de coração partido”, disse Jackie Luo, engenheira da indústria de tecnologia do Vale do Silício. “Vidas foram perdidas, mais vidas serão. O YouTube é cúmplice — não tanto por causa das filmagens de ontem, mas por causa do enorme papel que ele tem desempenhado e continua a desempenhar na normalização e disseminação desse tipo de retórica violenta. É enfurecedor ver uma empresa que lucra enormemente enviando pessoas comuns em um poço sem fundo de vídeos que as radicalizam a ponto de ter esse tipo de crença e, então, faz uma notinha de pesar nas redes sociais, sendo que esse modelo produz consequências reais e terríveis.”

O notório problema de radicalização do YouTube é o combustível para o fogo que é a escala. O objetivo é fazer com que mais pessoas assistam, publiquem, assistam, publiquem e consumam propagandas o tempo todo. Esse é o negócio todo. A radicalização é uma forma especialmente eficaz e lucrativa de atingir a meta de crescimento.

“Isso não acontece porque uma seita de engenheiros do YouTube está tramando para derrubar o mundo de um penhasco”, escreveu o acadêmico Zeynep Tufekci no ano passado. “Uma explicação mais provável tem a ver com o nexo entre a inteligência artificial e o modelo de negócios do Google (o YouTube é propriedade do Google). Apesar de toda sua retórica sublime, o Google é um negociante de publicidade, vendendo a nossa atenção para as empresas que vão pagar por isso. Quanto mais tempo as pessoas ficarem no YouTube, mais dinheiro o Google ganha.”

Levar os usuários à próxima voz radical faz parte do negócio fundamental dessas empresas — a equação é essa: número de olhos vendo [mais] horas de visualização [é igual a] dólares de anúncios.

Em uma época em que os legisladores de Washington estão falando sobre desmantelar as grandes empresas de tecnologia, é muito interessante ver um executivo de tecnologia reconhecer que sua plataforma é grande demais para lidar com a responsabilidade que ela mesma trouxe.

"Desculpe, mas ninguém quer saber se o YouTube está de coração partido."

Eu tenho minha própria pequena experiência com o modelo de negócios de radicalização do YouTube, embora de uma forma muito mais inofensiva. Sou um corredor que, até há poucos anos, adorava corridas rápidas de 5 km. Quando comecei a usar mais o YouTube para assistir a vídeos de corrida, os vídeos recomendados e de reprodução automática continuavam me empurrando cada vez mais adiante. Estranhamente, ele presumiu que um corredor de 5 km iria querer correr maratonas e depois ultramaratonas. Eu fiquei obedientemente assistindo aos conteúdos antes de correr uma meia maratona no mês passado.

Se isso significa assistir a mais vídeos, o YouTube busca fazer de todos nós radicais corredores de ultramaratonas, porque, supostamente, a radicalização cria consumidores de conteúdo confiáveis e lucrativos.

Na sexta-feira, mais de 12 horas depois do evento em si, vídeos do atirador em Christchurch, na Nova Zelândia, matando muçulmanos que oravam em uma mesquita continuaram a se espalhar pela internet, em sites como Facebook, YouTube e Twitter, redes usadas como ferramentas de propaganda para nacionalistas brancos de extrema-direita.

“A escala é o principal problema tanto para o Facebook quanto para o YouTube”, tuitou Siva Vaidhyanathan. “Eles seriam inofensivos com menos de 50 milhões de usuários.”

A reação da Nova Zelândia, onde ocorreu o ataque, é menos tolerante.

“O fracasso em lidar com isso de forma rápida e decisiva representa uma total abdicação de responsabilidade por parte das empresas de rede social”, disse Tom Watson, vice-líder do Partido Trabalhista do Reino Unido. “Isso já aconteceu vezes demais. Não retirar esses vídeos imediatamente e impedir que outros fossem carregados é uma falha de decência.”

O argumento de que a escala é o problema e nunca pode ser completamente resolvido vem implicitamente embalado com a ideia de que a forma como as coisas são é a forma como as coisas têm de ser. A desculpa se alinha bem com o fato de que a velocidade rápida, o crescimento e a escala acontecem para dar a essas empresas já muito rentáveis ainda mais dinheiro.

“Lamento que o status quo, que nos torna extremamente ricos, possa ser tão terrível”, dizem eles. “Mas o que é que podemos fazer?”

(“Pesquisadores sobre extremismo e jornalistas (incluindo eu) avisaram à empresa por e-mails, telefone e cara a cara com os funcionários após o último ataque terrorista que o próximo mostraria sinais de radicalização do YouTube novamente, mas o resultado seria pior. Literalmente zombaram de mim.”)

A escala é um teste de Rorschach no Vale do Silício. Por um lado, é um objetivo quando um executivo de tecnologia está em uma reunião de lucros. Por outro lado, é uma desculpa se for um porta-voz da indústria de tecnologia pedindo desculpas à imprensa sobre as falhas da companhia.

Se os próprios executivos de tecnologia estão, em sua própria maneira velada, reconhecendo que suas empresas são grandes demais, talvez devêssemos ouvi-los.

Na Europa, os reguladores estão analisando de perto a possibilidade de multar as plataformas de redes sociais que não conseguem remover conteúdo extremista dentro de uma hora. “Uma hora é a janela de tempo decisiva em que ocorrem os maiores danos”, afirmou Jean-Claude Juncker no Discurso sobre o Estado da União do ano passado no Parlamento Europeu.

“Precisamos de ferramentas fortes e direcionadas para vencer essa batalha online”, declarou Vera Jourova, comissária europeia da Justiça.

O problema está também atraindo a atenção nos Estados Unidos.

"Precisamos de ferramentas fortes e direcionadas para vencer essa batalha online."

Cada vez mais, os políticos americanos querem fazer algo sobre a escala e o poder das empresas de tecnologia. Recentemente, a candidata presidencial democrata e senadora Elizabeth Warren propôs dividir as grandes empresas de tecnologia. Separar as grandes empresas americanas de tecnologia pressionaria “todos no mercado a oferecer produtos e serviços melhores”.

As empresas do Vale do Silício “têm um problema de moderação de conteúdo que está fundamentalmente além da escala com que sabem lidar”, disse Becca Lewis, pesquisadora da Universidade de Stanford e do think tank Data & Society, ao Washington Post. “Os incentivos financeiros estão em jogo para manter o conteúdo em primeiro lugar e a monetização em primeiro lugar. Qualquer tratamento das consequências negativas que daí possam advir é reativo.”

No momento, os incentivos se alinham de forma que o Vale do Silício continuará a ser ruim no policiamento das plataformas que criou. Os incentivos podem ser mudados. Na linguagem que o Vale do Silício consegue entender, há maneiras inovadoras de interromper a espiral descendente da indústria de rede social. Uma delas se chama regulamentação.

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Dona da Claro fecha acordo para comprar Nextel por R$ 3,47 bilhões

Posted: 18 Mar 2019 11:51 AM PDT

A América Móvil, empresa mexicana dona da Claro, anunciou nessa segunda-feira (18) que chegou a um acordo para efetuar a compra da Nextel. A companhia comprará 100% da participação da operadora de suas atuais detentoras, a NII Holdings (que tem 70% da Nextel) e a AI Brazil Holdings (que tem 30%). O valor total a ser pago é de US$ 905 milhões (R$ 3,47 bilhões, convertendo).

Como nota o G1, a negociação ainda precisa da aprovação dos acionistas das atuais controladoras, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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As primeiras notícias sobre uma venda da Anatel surgiram no segundo semestre de 2018, com informações de que Vivo, TIM e Claro teriam interesse na compra da operadora. Naquela época, ainda vigorava uma regra de limites máximos de concentração de espectro da Anatel. Essa regra mudou em novembro do ano passado, abrindo caminho para a venda da empresa.

A Nextel possui, hoje 3,3 milhões de linhas móveis ativas, o que a coloca como a quinta maior operadora do país, com uma fatia bem pequena do mercado brasileiro, 1,43%. Elas se juntarão às 56,5 milhões de linhas móveis ativas da Claro (24,61% do mercado brasileiro).

Como observa o Teletime, a somatória ainda fica longe da Vivo, líder do setor, que tem mais de 73 milhões de linhas móveis, mas serve para consolidar a segunda posição da empresa, que até então era ameaçada pela TIM e seus 56 milhões de linhas. O TechCrunch também comenta que essa é mais uma aquisição em uma série feita pela mexicana América Móvil na América Latina. Recentemente, a empresa também comprou ativos da Telefonica na Guatemala e em El Salvador.

A aquisição parece ser mesmo o fim da linha para a marca Nextel. A operadora ficou famosa por oferecer serviço de rádio em uma época anterior à disseminação da internet móvel, mas o diferencial deixou de ser atrativo com a chegada de WhatsApp, 3G, 4G e tudo que vimos na última década. A rede iDEN, nome da tecnologia de rádio proprietária da Motorola que era usada pela Nextel, foi desativada no final de 2017.

[TeleTime, G1, InfoMoney]

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Provedores de internet na Nova Zelândia dizem estar bloqueando sites que não removeram vídeos do atentado a mesquitas

Posted: 18 Mar 2019 11:28 AM PDT

Na semana passada, um homem de 28 anos, fortemente armado, entrou em duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, e abriu fogo, matando pelo menos 50 pessoas no pior massacre da história moderna do país. Antes de atacar dezenas de fiéis muçulmanos, o assassino publicou um manifesto, descrevendo por que planejava cometer um assassinato em massa, e então transmitiu parte do horrível ato no Facebook.

O vídeo foi republicado centenas de milhares de vezes. Como resultado, três dos maiores provedores de serviços de internet móvel da Nova Zelândia optaram por bloquear temporariamente alguns dos sites onde o vídeo permanece disponível.

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Clientes de Spark, Vocus ou Vodaphone podem ter dificuldade em acessar sites conhecidos por hospedar material questionável e que ajudaram ativamente a espalhar os 17 minutos de filmagens de assassinato em tempo real depois que eles foram retirados do Facebook. Os sites bloqueados incluem os fóruns 4chan e 8chan. Este último, um site que existe em grande parte para aqueles que acreditam que o próprio 4chan é censurado demais, foi onde o atirador inicialmente publicou seu manifesto.

O Gizmodo não conseguiu verificar independentemente as alegações de que outros sites, como o serviço de compartilhamento de arquivos Mega, os de hospedagem de vídeos LiveLeak e BitChute, o de cache Archive.is e o Kiwifarms também foram desativados para os clientes na Nova Zelândia. De qualquer forma, acredita-se que os bloqueios sejam temporários.

“Onde o material é identificado, o site é temporariamente bloqueado e notificado, solicitando que removam o material”, disse Meera Kaushik, membro da equipe de comunicação da Vodafone, ao Bleeping Computer.

“Essa é uma medida sem precedentes da indústria de telecomunicações, mas que todos concordam ser necessária”, disse Geoff Thorn, diretor-executivo do Fórum de Telecomunicações da Nova Zelândia, ao CIO. “O atirador queria claramente que suas ações fossem vistas, mas não acreditamos que isso seja desejável e estamos fazendo o máximo que podemos para evitar que isso aconteça.”

As leis da Nova Zelândia sobre censura e conteúdo indecente diferem significativamente daquelas dos EUA, por exemplo. O Departamento de Relações Internas da Nova Zelândia mantém uma lista de sites banidos, principalmente para impedir a disseminação de imagens de abuso e exploração de crianças, que são bloqueadas no nível de DNS pelos provedores de internet participantes.

Ainda assim, a resposta é uma oportunidade de comparar com as tentativas das plataformas de redes sociais americanas, como Facebook, Twitter e Reddit, de impedir que os usuários compartilhem imagens do massacre de Christchurch. O Reddit, por exemplo, baniu a comunidade r/watchpeopledie, que era focada em imagens e vídeos de incidentes fatais da vida real. Só o Facebook afirma que derrubou um milhão e meio de cópias do massacre em um único dia, e aposto que ainda existem muitos mais hospedadas por lá.

Muitos fóruns — o 8chan entre eles — hospedam links alternativos na deepweb acessíveis por meio do navegador Tor, e os sites bloqueados ainda podem estar disponíveis para os neozelandeses por meio do uso de um VPN. O vídeo foi inicialmente transmitido ao vivo por meio do Facebook, se espalhando via YouTube, Twitter e Reddit, nenhum dos quais foi supostamente bloqueado, então não está claro o quão eficaz esse bloqueio será para impedir que os neozelandeses vejam as filmagens.

Mais eficaz na prevenção de futuros imitadores do que outras nações, a Nova Zelândia já está considerando uma proibição de fuzis de assalto em todo o país. A internet é global, no entanto, e enquanto a conselheira da Casa Branca, Kellyanne Conway, pedia aos telespectadores da Fox que lessem o manifesto do atirador em sua totalidade, três pessoas foram mortas por um atirador nesta manhã em Utrecht, na Holanda. A BBC informou que “mesquitas em toda a cidade foram supostamente fechadas devido a preocupações de segurança”.

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Pombos com mochilas estão coletando dados climáticos no Reino Unido

Posted: 18 Mar 2019 09:43 AM PDT

Os defensores dos pombos têm algo novo para se gabar: as aves, sempre alvo de queixas e reclamações, podem ser a mais recente ferramenta dos cientistas no combate à poluição do ar e no rastreamento das mudanças climáticas.

Pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, desenvolveram um pequeno conjunto de sensores que podem ser amarrados nas costas dos pombos. Rick Thomas, o pesquisador que lidera o projeto, usa as aves para coletar dados sobre microclimas urbanos — variações de temperatura, umidade e ventos a cada quarteirão, que afetam as condições de vida nas grandes cidades.

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“Muitas pessoas dizem: ‘Bem, por que você simplesmente não usa um drone?'”, diz Thomas. Mas drones, é claro, causaram problemas no Reino Unido recentemente. “Você não pode voar drones por lá. Mas os pássaros voam por toda parte.”

Felizmente para os cientistas, não foi necessária nenhuma perseguição selvagem para rastrear seus pássaros. O projeto trabalha com voluntários locais que criam pombos-correios, uma variedade do pombo comum que foi criada selecionando a capacidade de encontrar o caminho de casa.

Foto: Rick Thomas

Quando as aves voltam para casa, os sensores são recuperados, e os dados, baixados. A mochilinha de cada ave coleta informações de temperatura, umidade e luz ambiente, bem como a localização do GPS e a pressão do ar.

Ao projetar os sensores, a equipe seguiu diretrizes rígidas para garantir que eles não perturbassem as aves. O pacote completo é inferior a 3% do peso corporal do pombo, como é padrão ao instalar equipamentos científicos em animais silvestres.

A esposa de Rick, Cat Thomas, projetou e costurou as alças que prendem os sensores nos pássaros, refazendo muitas vezes antes de se decidir pelo design que era melhor para os pombos.

“Se (os proprietários dos pombos) não estiverem satisfeitos com qualquer aspecto dos sensores nas costas das aves, eles não precisam fazer seus pássaros voarem”, explica Thomas. “O bem-estar das aves é absolutamente primordial.”

Até o momento, as cinco aves envolvidas no projeto registraram um total de 41 voos e cobriram quase mil quilômetros. Uma expansão do projeto para outras cidades exigiria que mais proprietários de pombos oferecessem suas aves para o trabalho — e demandaria mais recursos.

Foto: Rick Thomas

"(A criação de pombos) Não é tão popular como já foi, o que é uma pena", diz Thomas.

Cada pacote de sensores custa cerca de US$ 250, o que o torna uma solução de baixo custo para a aquisição de dados em locais de difícil acesso. Embora Thomas ainda esteja trabalhando em problemas de calibração com alguns dos sensores, ele está confiante nas medições de temperatura — o aspecto do projeto que ele estava tentando ao máximo aperfeiçoar.

Os dados coletados pelos pombos podem ajudar os pesquisadores a prever como a poluição do ar viaja pelas cidades, o que, por sua vez, pode subsidiar decisões sobre onde construir infraestruturas importantes, como hospitais e escolas.

A identificação de hotspots também pode ajudar os funcionários públicos a adotarem políticas para a adaptação às mudanças climáticas, à medida que nossas cidades seguem ficando mais quentes. Além disso, o desenvolvimento de sensores, como os de gás, poderia fornecer aos cientistas e formuladores de políticas imagens instantâneas de poluentes no ar.

Em última análise, Thomas espera desenvolver um sensor que seja energeticamente autossustentável, permitindo equipar aves selvagens. A adição de painéis solares pode ser um peso muito grande para um pequeno pombo carregar, então ele pensa em amarrá-los nas gaivotas.

Equipar pássaros selvagens também exigiria a capacidade de transmitir dados, mas Thomas tem uma resposta para isso — utilizando redes Wi-Fi abertas em locais onde você provavelmente encontrará essas aves migrando.

Então, se você vir um pássaro com uma mochila estilosa na próxima vez que visitar o Reino Unido, não se assuste. Ele está apenas fazendo o seu trabalho.

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Após três anos e meio, Apple atualiza iPad Air e iPad mini; preços começam em R$ 3.499

Posted: 18 Mar 2019 07:22 AM PDT

iPad Air e iPad mini, lado a lado

A Apple decidiu lançar, sem muito alarde, dois novos iPads nesta segunda-feira (18). O site da companhia ficou fora do ar por alguns minutos durante a manhã e, quando voltou, lá estavam os dois novos modelos: um novo iPad Air de 10,5 polegadas e um novo iPad mini. Fazia três anos e meio que esses modelos não recebiam um upgrade.

Ambos ganharam compatibilidade com o Apple Pencil de 1ª geração e usam o chip A12 Bionic, o mesmo dos iPhones XR e XS.

O iPad Air está maiorzinho: a tela que era de 9,7 polegadas agora tem 10,5 polegadas. A companhia destaca que ele é superfino (6.1 mm) e pesa 453 gramas. O tablet tem tela Retina e bateria que “dura até 10 horas”. Completam as especificações a câmera traseira de 8 megapixels e câmera frontal de 7 megapixels.

A Apple diz que o modelo teve melhoria de 70% na performance e duas vezes mais capacidade gráfica, mas não deixa claro qual é o parâmetro de comparação – supomos que seja em comparação à geração anterior.

Já o iPad Mini, que tem tela de 7,9 polegadas e resolução Retina – a maior densidade de pixels entre todos os modelos – se beneficia do chip A12 com “três vezes mais performance e nove vezes mais capacidade gráfica”.

Ainda não há uma data específica para o lançamento no Brasil, mas os novos produtos já aparecem no site brasileiro, com os preços altos de sempre:

Preços iPad mini

  • iPad mini (64 GB, somente Wi-FI): R$ 3.499
  • iPad mini (64 GB, Wi-FI + Celular): R$ 4.599
  • iPad mini (256 GB, somente Wi-FI): R$ 4.699
  • iPad mini (256 GB, Wi-FI + Celular): R$ 5.799

Preços iPad Air

  • iPad Air (64 GB, somente Wi-FI): R$ 4.499
  • iPad Air (64 GB, Wi-FI + Celular): R$ 5.599
  • iPad Air (256 GB, somente Wi-FI): R$ 5.699
  • iPad Air (256 GB, Wi-FI + Celular): R$ 6.799

A companhia tem um evento marcado para a próxima segunda-feira, 25 de março, mas não deve falar de produtos de hardware – a expectativa é para o lançamento de seu serviço de streaming de vídeo.

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Botar o queijo para ouvir um hip hop faz com que ele fique mais gostoso, diz estudo

Posted: 18 Mar 2019 06:52 AM PDT

O “efeito Mozart” aparentemente funciona com queijos. Pesquisadores da Universidade de Berna, na Suíça, descobriram que expor queijo à música dá mais sabor – o alimento tem até preferência por gênero: hip-hop.

O experimento começou em setembro do ano passado e envolveu a fabricante de queijos Käsehaus K3 e pesquisadores da Universidade de Artes de Berna. Durante seis meses, nove rodas de queijo emmental de 10 quilos cada foram colocadas em caixas de madeira para que se fizesse o teste de impacto da música sobre o sabor e o aroma.

Quando a ideia do experimento surgiu, o diretor de música da universidade, Michael Harenberg, disse ao JapanTimes que estava muito cético. “Mas aí descobrimos um campo chamado sonoquímica que olha para a influência das ondas de som, para o efeito do som em corpos sólidos”.

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As rodas de queijo foram expostas por 24 horas por dia à música. Uma roda ouvia Jazz (We’ve Got) Buggin’ Out, do A Tribe Called Quest; outra ouvia a ópera A Flauta Mágica, de Mozart; o representante do rock foi Stairway to Heaven, do Led Zeppelin; UV, de Vril no techno e Monolith, de Yello para música ambiente.

Outras rodas foram expostas a sons de baixa, média e alta frequência. Uma delas não ouvia nada, para se ter uma referência.

Em vez de usarem alto-falantes, os pesquisadores colocaram minitransmissores para conduzir a energia da música para o queijo. “Toda a energia é diretamente ressoada dentro do queijo”, disse Harenberg à Reuters.

“Fizemos duas pesquisas, uma científica e outra com um júri de especialistas culinários”, disse Peter Kraut, diretor do departamento de música da Universidade de Berna, à AFP. “Ambas chegaram a conclusão de que existem diferenças no sabor e no aroma, de acordo com a música com a qual o queijo foi submetido”.

Benjamin Luzuy, chefe de cozinha com um programa na TV e membro do júri , contou à Reuters TV que “as diferenças foram muito claras, em termos de textura, gosto e aparência”.

Kraut disse à AFP que o passo final para o experimento será a realização de uma pesquisa biomédica que irá investigar se houve diferenças na composição química dos queijos.

Quem sabe teremos queijos com as capas dos nossos álbuns favoritos na embalagem.

[Reuters, AFP]

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Facebook diz ter removido 1,5 milhão de vídeos do atentado na Nova Zelândia em 24 horas

Posted: 18 Mar 2019 05:55 AM PDT

O Facebook disse na noite de sábado (16) que 24 horas após um horrível ataque contra os muçulmanos em Christchurch, Nova Zelândia, que matou pelo menos 50 pessoas e feriu outras dezenas na sexta-feira (15), bloqueou 1,5 milhão de tentativas de compartilhar um vídeo do ataque. O atentado foi transmitido no Facebook pelo atirador. Mais de 1,2 milhão dessas tentativas foram bloqueadas no upload.

O gigante das mídias sociais escreveu no Twitter que havia tomado a medida adicional de bloquear todas as versões do vídeo editado para remover o conteúdo gráfico a mando das autoridades locais e “por respeito às pessoas afetadas por esta tragédia”.

Pelo menos 17 minutos do ataque foram transmitidos ao vivo no Facebook, e o assassinato em massa foi acompanhado pelo lançamento online de um manifesto aparentemente destinado a enquadrar o incidente dentro do contexto de comunidades marginais de internet, como fóruns de extrema direita. O suspeito fez referência a personalidades da Internet, como o youtuber gamer Felix "PewDiePie" Kjellberg e a colunista conservadora norte-americana Candace Owens, além de citar um terrorista neo-Nazi como inspiração para o ataque. De acordo com relatos, o suspeito portava armas exibindo símbolos supremacistas brancos.

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Como o Wall Street Journal escreveu no domingo, apesar das tentativas de suprimir sua disseminação pelas autoridades da Nova Zelândia e por muitas plataformas importantes, o vídeo rapidamente se espalhou nestas mesmas plataformas, incluindo Facebook, YouTube e Twitter. O Washington Post observou que ainda era fácil localizar versões do vídeo nesses sites na sexta-feira, e as versões arquivadas foram igualmente disseminadas.

O TechCrunch também nota que o número de 1,2 milhão de vídeos bloqueados logo no envio significa que o Facebook deixou passar aproximadamente 300 mil cópias no momento em que foram colocadas na plataforma para distribuição. A rede também não esclarece quanto tempo os vídeos permaneceram no site ou quantas vezes eles foram visualizados.

Além disso, o Journal escreveu que é simples localizar cópias sendo compartilhadas em sites marginais, particularmente aqueles associados à internet de extrema-direita, como um certo fórum de imagens.

Os usuários podem postar imagens ou discussões anonimamente, e materiais anti-muçulmanos e anti-semitas são difundidos no site. Em vários segmentos criados no sábado, pessoas não identificadas compartilharam o vídeo e vincularam-se a versões arquivadas.

Alguns usuários editaram e retocaram o vídeo, tentando imitar os videogames projetados do ponto de vista dos personagens empunhando armas. Uma versão foi editada para incluir efeitos sonoros durante os tempos em que o suspeito disparou sua arma e gráficos de balas e outras ferramentas quando ele mudou de arma. Outro vídeo adicionou música de fundo em ritmo acelerado.

O Reddit baniu uma comunidade chamada r/watchpeopledie por violar políticas que proíbem "conteúdo que incita ou glorifica a violência" após os tiroteios. Uma fonte disse ao Verge que os usuários do subreddit estavam encorajando ativamente o compartilhamento do vídeo e do manifesto. (No entanto, o subreddit estava em grande parte inativo desde 2012 e estava "em quarentena" por trás de uma landing page há algum tempo, escreveu o Verge.) A Steam também derrubou mais de 100 perfis que tinham nomes de usuários ou fotos de perfil glorificando o atirador de Christchurch.

Enquanto o Facebook removeu um número impressionante de vídeos, as autoridades ainda estão zangadas com a plataforma por causa de seu papel na disseminação de imagens violentas — e cada vez mais céticas sobre a desculpa dada por ela e outras empresas de tecnologia, que dizem que a quantidade torna isso difícil, se não impossível, para eles reagirem rapidamente a tais eventos.

“A disseminação rápida e em larga escala desse conteúdo odioso — transmitido ao vivo no Facebook, carregado no YouTube e amplificado no Reddit — mostra com que facilidade as maiores plataformas ainda podem ser mal utilizadas”, escreveu o senador Mark Warner em um e-mail ao Gizmodo. “Está cada vez mais claro que o YouTube, em particular, ainda precisa lidar com o papel que desempenhou na facilitação da radicalização e do recrutamento”.

As empresas de tecnologia “têm um problema de moderação de conteúdo que está fundamentalmente além da escala com a qual elas sabem como lidar”, disse Becca Lewis, pesquisadora da Universidade de Stanford e do Data & Society, ao Washington Post. “Os incentivos financeiros estão em jogo para manter o conteúdo em primeiro lugar e a monetização em primeiro lugar.”

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, solicitou uma reunião com o Facebook para falar sobre o streaming ao vivo, segundo a Reuters. Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista Britânico, afirmou que “aqueles que controlam e possuem plataformas de mídia social devem lidar com isso imediatamente e impedir que essas coisas sejam transmitidas”.

No ano passado, os legisladores da União Europeia ponderaram a imposição de multas em plataformas que não conseguem remover o conteúdo extremista em uma hora, prenunciando o tipo de proposta que provavelmente ocorrerá após o ataque.

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Caixa preta de 737 Max 8 que caiu na Etiópia mostra dados semelhantes a acidente anterior com mesmo modelo, diz ministra

Posted: 18 Mar 2019 04:48 AM PDT

Avião Boeing 737 Max

A ministra dos Transportes da Etiópia, Dagmawit Moges, disse que os dados da caixa preta mostram que o acidente com um Boeing 737 Max 8 da Ethiopian Airlines se assemelha ao acidente de outro Boeing 737 da Lion Air em outubro de 2018, informou o Wall Street Journal no domingo (17).

O jornal escreve que a ministra não deu mais detalhes sobre a semelhança entre os incidentes — como o possível envolvimento de um software para evitar que a aeronave perdesse sustentação, que acredita-se que seja o culpado no acidente da Lion Air:

“Semelhanças claras foram observadas entre o voo 302 da Ethiopian Air e o voo 610 da Lion Air, que será objeto de estudo adicional durante a investigação”, disse a ministra dos Transportes, Dagmawit Moges. Ambos os voos eram realizados em aeronaves Boeing 737 MAX 8.

Moges se recusou a dar detalhes sobre as semelhanças identificadas, incluindo se o novo software anti-stalling da Boeing que vem sendo associado ao voo da Lion Air foi ativado. Ela falou depois que o departamento de investigações de acidentes aéreos da França, o BEA, enviou os dados do gravador de voz do cockpit e do gravador de dados de voo para as autoridades etíopes.

De acordo com o Journal, Moges acrescentou que os investigadores da Ethiopian e do Conselho Nacional de Segurança no Transporte dos EUA (NTSB, na sigla em inglês) confirmaram os dados da caixa preta, e uma avaliação preliminar dos resultados será emitida dentro de um prazo de 30 dias. Autoridades da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) e reguladores de voo europeus também estavam presentes quando os dados foram obtidos, diz a publicação.

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Os dados dos satélites mostram que ambos os aviões tinham um perfil de voo similar antes de caírem, enquanto relatórios indicaram que pode haver um problema sério com sistemas de controle automatizados projetados para reduzir o risco de perda de sustentação (o Sistema de Aumento de Características de Manobra, ou MCAS). Um mau funcionamento poderia potencialmente fazer com que o avião mergulhasse em queda livre, correspondendo a informações de que o capitão do avião da Ethiopian Airlines reportou sérios problemas logo após a decolagem. Como o Journal escreveu:

A tripulação da Lion Air lutou contra o avião pelos 11 minutos após a decolagem, antes que o avião caísse. O sistema, baseando-se em entradas incorretas de sensores, achava que a tripulação estava prestes a fazer com que o avião perdesse sustentação e repetidamente empurrou o nariz para baixo, disseram os investigadores em um relatório preliminar. Os pilotos tentaram recuperar o comando, mas acabaram perdendo o controle.

Também tem havido alguns problemas com o nível de treinamento de pilotos certificados para pilotar modelos anteriores da aeronave antes de assumir o controle dos jatos mais novos.

Na semana passada, companhias aéreas em todo o planeta começaram a manter em solo aeronaves Boeing 737 Max 8. Depois de mais alguns dias, a FAA também aderiu a decisão e suspendeu a operação de aviões 737 Max 8 e 737 Max 9 com companhias aéreas americanas, tornando os EUA o último grande país a adotar a medida.

A American Airlines disse ao Gizmodo por meio de um comunicado que a Boeing caracterizou a suspensão dos aviões nos EUA como resultado de uma "cautela abundante". No entanto, o CEO da Boeing, Dennis Muilenburghad — que tem um bom relacionamento com a Casa Branca — tentou convencer a administração Trump a não emitir o pedido, dizem fontes.

Embora 376 encomendas distintas do 737 Max tenham sido atendidas, cerca de 4.636 pedidos ainda estavam pendentes em fevereiro, informou recentemente a Bloomberg. Algumas companhias aéreas estariam considerando migrar para a concorrência. Mais de US$ 600 bilhões em encomendas estão potencialmente em risco, segundo a Bloomberg. A Boeing prometeu uma revisão do software do avião para reduzir o risco de mais um acidente.

De acordo com o Journal, os serviços funerários para os 157 mortos no último acidente aconteceram em Adis Abeba no domingo (17). No entanto, eles foram feitos com caixões vazios, já que provavelmente levará cerca de meio ano para identificar restos humanos recuperados via análise de DNA.

[Wall Street Journal]

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