quarta-feira, 27 de março de 2019

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Você precisa baixar o iOS 12.2 agora mesmo para corrigir mais de 50 brechas de segurança

Posted: 26 Mar 2019 02:58 PM PDT

Perdido em meio ao anúncio da Apple de novos serviços de streaming de TV, jogos por assinatura, novo cartão de crédito de titânio extravagante e um novo app da Apple TV, o iOS 12.2 foi também lançado. Embora a novidade mais significativa no iOS 12.2 seja o aplicativo de notícias atualizado da Apple, qualquer pessoa mesmo remotamente preocupada com a segurança vai querer baixar a última versão do sistema o mais rápido possível, uma vez que ela contém 51 correções de segurança diferentes.

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Cobrindo uma gama de dispositivos, desde o iPhone 5s e o iPad Air até produtos mais recentes, a atualização do iOS 12.2 inclui correções para vulnerabilidades em aplicativos principais, como Contatos, FaceTime, Mail, Mensagens e muito mais. Além disso, o sistema também inclui atualizações de segurança para partes profundas do próprio sistema operacional, incluindo o kernel e o gerenciamento de energia, sem falar em todo um conjunto de correções do WebKit que devem ter um grande impacto na segurança e privacidade de seus dados ao usar o Safari. Por exemplo, uma das vulnerabilidades de segurança corrigidas na atualização permitia que os sites acessassem o microfone do seu smartphone sem qualquer indicação para você.

Além das atualizações de segurança, o iOS 12.2 também traz consigo quatro novos Animojis (coruja, javali, girafa e tubarão) para iPhones e iPads recentes (iPhone X e posteriores), novos controles de TV dedicados na Central de Controle e na tela de bloqueio ao usar o AirPlay e suporte para os AirPods de segunda geração recentemente lançados.

Na área de entretenimento, embora ainda tenhamos que esperar mais alguns meses para receber o próximo lote de atualizações da Apple TV, o iOS 12.2 agora lhe dará a possibilidade de reproduzir qualquer vídeo, show, filme ou jogo de esportes na Apple TV só de falar com a Siri. Enquanto isso, no Apple Music, a nova aba Navegação apresenta mais destaques em uma única página, o que deve facilitar a tarefa encontrar novas músicas e playlists.

Para ver as notas de lançamento completas do iOS 12.2, clique aqui ou vá aqui para ver uma lista mais detalhada de todas as novas atualizações de segurança. E, independentemente de você estar mais preocupado com a sua segurança ou em experimentar novas funcionalidades, se estiver executando uma versão antiga do iOS, você deve considerar seriamente a atualização de todos os seus dispositivos móveis da Apple caso ainda não tenha feito isso.

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Power bank poderoso, fones de ouvido sem fio e óculos inteligente: os novos acessórios da Huawei

Posted: 26 Mar 2019 01:54 PM PDT

Óculos inteligentes Huawei

A Huawei apresentou os novos smartphones da série P30 (P30 e P30 Pro) com pompa e circustância em evento realizado em Paris nesta terça-feira (26). No entanto, junto com os telefones, a empresa chinesa mostrou vários acessórios interessantes: um powerbank capaz de carregar até laptops, dois novos fones de ouvido, um par de óculos inteligentes e novos smartwatches.

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Power Bank para laptop?

O Super Charge Power Bank da Huawei é um monstrinho — não tanto pela carga de 12.000 mAh, mas pela potência de 40 W. Pense que, na prática, você conseguirá carregar rapidamente todos seus eletrônicos, inclusive se você tiver um MacBook — os carregadores dos laptops da Apple tem 30 W, então o acessório da Huawei poderia, inclusive, fornecer carga mais rápido.

Além de smartphones e laptops, a Huawei afirmou que será fácil também carregar o console Nintendo Switch.

Super Power Charger, da Huawei, carrega até laptopCrédito: Captura de tela

O Super Charge Power Bank tem preço sugerido de 99 euros e, por enquanto, não tem previsão para chegar no mercado brasileiro.

Fones de ouvido Bluetooth com fio e sem fio

A empresa apresentou dois modelos de fones de ouvido: Huawei Free Lace e Huawei Freebuds Lite.

Começando pelo Free Lace, ele é um acessório Bluetooth, cujos auriculares são ligados por um fio. O pulo do gato é que em uma das pontas tem um conector USB-C escondido, o que permite carregar o acessório em qualquer lugar.

Fones de ouvido Huawei FreelaceCrédito: Captura de tela

A empresa promete autonomia de até 18 horas com uma carga completa. Na hora da pressa, com apenas 5 minutos de carga, a Huawei fala que o fone consegue aguentar quatro horas seguidas. Nada mal para um aparelho compacto do tipo. Ele tem classificação IPX5, o que significa que ele deve se proteger bem do suor durante atividades físicas.

O Huawei FreeLace tem preço sugerido de 99 euros.

Indo na onda da Samsung e da Apple, a Huawei também têm seus fones de ouvido verdadeiramente sem fio: são os Huawei FreeBuds Lite.

Fones de ouvido sem fio Freebuds Lite, da HuaweiCrédito: Captura de tela

Ele conta com um caixinha que, além de servir como interface para carregá-lo, guarda também uma carga completa. A autonomia dele é de 12 horas contando com a carga do case.

O acessório tem preço sugerido de 119 euros.

Óculos inteligentes

Num anúncio à la Apple — por falar muito e não revelar muitos detalhes — a Huawei deu um teaser de um dispositivo novo que consiste numa espécie de óculos inteligentes.

A empresa o chamou de Huawei X Gentle Monster Eyewear e ele foi concebido em parceria com a Gentle Monster, uma marca de luxo sul-coreana que produz óculos. Pelo que deu para entender, com o acessório é possível atender chamadas telefônicas de um smartphone pareado, além de ver vídeos na lente e ouvir som estéreo — os fones estão posicionados na região da orelha. Outra novidade do dispositivo é que ele é carregado via NFC.

Por ora, é só isso que sabemos. Não existe detalhe sobre câmeras, como o Google Glass ou o Spectacles. A Huawei informou que o acessório deverá ser vendido em julho.

Óculos inteligentes da HuaweiCrédito: Captura de tela

Huawei Watch GT Active e Elegant

Um dos últimos itens citados na apresentação da Huawei foi a atualização da linha de smartwatches Watch GT, que agora conta com uma versão Active (com caixa de 46 mm) e Elegant (42 mm), ambos com tela AMOLED de 1,39''.

O destaque da linha, além do visual de um relógio convencional, é a duração de bateria. Na versão Active, pode chegar a duas semanas de autonomia, considerando o monitoramento cardíaco sempre ligado e exercício de 90 minutos por semana. Já no Elegant, chega a uma semana nas mesmas condições.

Como outros da categoria, os dois modelos monitoram sono, atividades físicas, batimentos cardíacos e contam com GPS integrado.

Relógios Watch GT Active e Elegant, ambos da HuaweiWatch GT Active e Watch GT Elegant. Crédito: Divulgação

Fora isso, o smartwatch ganhou novas cores de pulseiras (verde escuro e laranja) e uma pequena diferenciação no design nas bordas comparado ao modelo lançado anteriormente.

O Huawei Watch GT Active tem preço sugerido de 249 euros, enquanto Huawei Watch GT Elegant vai custar 229 euros. Eles ainda não tem data para início das vendas.

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Asus disponibiliza ferramenta para consertar ataque que usou atualizações de software para infectar computadores

Posted: 26 Mar 2019 01:20 PM PDT

Na segunda-feira (25), veio à tona um ataque a computadores da Asus — ele usava uma ferramenta de atualização de software da própria empresa para distribuir malware. Nesta terça-feira (26), a companhia taiwanesa liberou um update para resolver o problema.

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Em comunicado enviado pela Asus ao Gizmodo Brasil, a empresa afirma ter implementado “uma correção na versão mais recente (…) do software Live Update”, que foi usado pelo grupo mal-intencionado para distribuir o malware. Para baixar a última atualização do Live Update, clique neste link.

O programa responsável pelas atualizações agora conta com” vários mecanismos de verificação de segurança para evitar qualquer manipulação maliciosa na forma de atualizações de software ou outros meios e (…) um aprimorado mecanismo de criptografia de ponta-a-ponta”.

A empresa também diz ter fortalecido e atualizado a arquitetura de software de servidor para evitar que ataques como esse se repitam no futuro.

Para quem tem um computador Asus, a companhia disponibilizou uma ferramenta de diagnóstico para saber se seu sistema foi afetado. Para baixá-la, clique neste link e baixe o arquivo zipado.

O ataque, revelado ontem em uma matéria do Motherboard a partir de uma descoberta da Kaspersky Lab, é chamado de ShadowHammer. Ele usou o próprio programa de atualização de software dos computadores da Asus para distribuir malware. Estima-se que meio milhão de máquinas tenham baixado a falsa atualização.

O programa malicioso que vinha nela, porém, visava infectar apenas um pequeno número de máquinas, cerca de 600. O código continha inclusive os endereços MAC das máquinas que buscava infectar — ao encontrá-las, ele direcionava a um novo servidor para baixar outro malware que também se passava por atualização da fabricante.

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[Hands-on] Os novos smartphones Huawei P30 e P30 Pro têm um zoom inacreditável

Posted: 26 Mar 2019 11:56 AM PDT

Faz muito tempo que eu espero que uma empresa, qualquer empresa, coloque um bom zoom na câmera de um smartphone. Dois anos atrás, a Oppo exibiu um protótipo de aparelho com zoom de 5x no MWC. Mas, depois de todo esse tempo, foi a Huawei quem finalmente trouxe o zoom óptico de 5X para o mundo real no novo Huawei P30 Pro.

Um zoom tão grande é o equivalente a andar com uma lente 17-88mm no bolso. No Huawei P30 Pro, isso é suficiente para capturar detalhes dos prédios próximos ou tirar fotos de pedestres mesmo estando no 15º andar. Normalmente, isso por si só seria suficiente para tornar um novo telefone interessante, mas a Huawei não parou por aí.

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O Huawei P30 Pro (junto com o Huawei P30 padrão) ostenta uma câmera completamente reprojetada que, segundo a Huawei, permite a ele capturar imagens de pouca luz com uma qualidade sem precedentes.

Traseira do do Huawei P30 ProSe você olhar bem de perto, poderá ver que a lente zoom de 5x, a última da esquerda, parece meio afundada quando comparada às outras. Isso ocorre porque ela usa um prisma para curvar a luz dentro do aparelho. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Em toda a indústria, no coração da maioria dos smartphones, há um sensor com um filtro Bayer, que usa uma variedade de pixels vermelhos, verdes e azuis para que o sensor da câmera saiba quais são as cores. No entanto, no P30, a Huawei diz que abandonou os pixels verdes tradicionais em favor dos pixels amarelos, com a ideia de que o amarelo é uma cor inerentemente mais clara que o verde, o que permite que mais luz atinja os pixels do sensor.

Quanto mais luz acertar o sensor, mais iluminadas ficarão suas fotos e, com o suposto ISO máximo de 409600, os recursos de pouca luz do P30 e do P30 Pro soam ridiculamente inacreditáveis. Apesar de não ser uma comparação entre produtos do mesmo tipo devido à grande diferença no tamanho do sensor, uma câmera moderna mirrorless como a Nikon Z7, mesmo levando em consideração sua faixa estendida, chega a um ISO de apenas 102400 — isto é, quatro vezes menor que o P30.

Nesse ponto, você pode estar se perguntando por que, se mudar para pixels amarelos em vez de verdes em um filtro Bayer aumenta tanto o desempenho em pouca luz, outras empresas não o fizeram? Bem, a principal razão é que todo o processamento e cálculo de imagens que ocorrem nas câmeras digitais modernas se baseiam na maneira como essas três cores primárias interagem. Para o P30, a Huawei alega ter reprojetado completamente toda a pilha de componentes das câmeras do telefone, do sensor ao processador de imagens, até como toda essa informação é transmitida em uma tela ainda baseada em pixels RGB. É realmente uma aposta alta.

Huawei P30 Pro de frenteFoto: Sam Rutherford/Gizmodo

Mas a magia da câmera não para por aí. Além da câmera principal de 40 MP e da lente zoom de 5x e sensor de 8 MP — que usa uma lente periscópica bacana e um prisma para iluminar o interior do telefone — o P30 também possui lente ultra grande angular de 16 mm para fotografar paisagens. E, como um bônus especial no P30 Pro, a Huawei chegou a usar uma câmera de time-of-flight 3D bastante sofisticada, que deve medir a distância com mais precisão, algo que o telefone usa para melhorar suas fotos de retrato ou simplesmente calcular o tamanho de objetos próximos usando o aplicativo de medidas.

Se isso ainda não for suficiente, o zoom de 5x do P30 Pro (o P30 padrão chega a 3x), pode ser combinado com zoom digital para criar um zoom híbrido de 10x, ou levado até o limite para atingir uma ampliação completa de 50x. Neste alcance, as coisas começam a ficar seriamente pixelizadas, mas eu poderia usá-lo para ver o que estava na tela do computador em um escritório do outro lado da rua, o que é bastante impressionante — e talvez um pouco assustador também. A Huawei colocou praticamente todas as novas tecnologias de câmeras imagináveis ​​no P30 Pro só para ver o que acontece.

Em outros aspectos, como o P30 é o mais recente telefone da Huawei, ele vem naturalmente com o mesmo tipo de recursos de luxo encontrados nos aparelhos premium de hoje. Você obtém um belíssimo design de vidro com tela OLED curva de 6,37 polegadas com resolução de 2.340 x 1.080 pixels (ou 6,1 polegadas no P30 padrão), um processador Kirin 980 com NPUs (unidades de processamento neural) duplas, uma bateria enorme de 4.200 mAh (ou 3.650 mAh, no P30 padrão) e extras sofisticados como leitor de impressões digitais na tela e carregamento reverso sem fio.

Ah, e não posso deixar de mencionar as cores do P30, que incluem uma nova gama de gradientes com nomes como Amber Sunrise, Breathing Crystal, Aurora e Pearl White. Essas cores são bastante encantadoras, e quando você as compara com o resto dos produtos disponíveis no mercado, são facilmente os tons mais atraentes usados em celulares. Dito isso, se você for um pouco mais discreto, ainda poderá optar por um P30 ou P30 preto.

O único recurso que o P30 tem e que o P30 Pro deixou de fora é a saída para fones de ouvido. O P30 Pro também vem com um disparador infravermelho, algo que até mesmo a Samsung abandonou há algumas gerações.

Smartphone Huawei P30

Olha, eu não estou aqui para dizer como você deve se sentir em relação à Huawei no que se refere à segurança nacional. Mas, depois de conferir o novo P30 e P30 Pro, não posso deixar de ficar impressionado com toda a tecnologia que a empresa colocou dentro de seu telefone.

O P30 não será barato: ele custará 799 euros, sendo que o modelo Pro, com as câmeras mais avançadas, sai por no mínimo 999 euros. Independentemente disso, estou ansioso para ver como ele se sai quando chegar às lojas e pudermos testá-lo.

A boa notícia é que o aparelho deverá chegar ao mercado brasileiro em maio. Enquanto não temos o preço local, é hora de fazer suas apostas para saber quanto eles deverão custar por aqui.

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Lei de direitos autorais que ameaça liberdade na internet passa em votação final na UE

Posted: 26 Mar 2019 10:57 AM PDT

Em meio a protestos generalizados, online e fora da rede, a União Europeia aprovou uma nova e polêmica diretiva de direitos autorais nesta terça-feira (26). Dois anos depois, a legislação pretende dar aos detentores de direitos autorais mais controle sobre seu trabalho, mas os críticos dizem que ela poderia dar mais poder aos gigantes da tecnologia, sufocar o livre fluxo de informações e matar nossos amados memes.

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O Parlamento Europeu aprovou a diretiva de direitos autorais em uma votação com 348 votos a favor, 274 contra e 36 abstenções. As novas regras são a primeira grande atualização das leis de direitos autorais da UE desde 2001, passando por um processo legislativo tortuoso e confuso que só chamou a atenção do público no ano passado. Os legisladores que se opuseram à diretiva tentaram remover as partes mais controversas da legislação antes de realizar uma votação final na terça-feira, mas foram derrotados pelos votos de apenas cinco membros do Parlamento.

A diretiva visa capacitar os editores de notícias e artistas contra as grandes plataformas tecnológicas como o Facebook e o Google, uma vez que elas se beneficiam do trabalho de outros. Como tal, a lei tem visto um grande apoio de grandes nomes como Lady Gaga e Paul McCartney. Para muitos, dificultar que os gigantes da tecnologia ganhem dinheiro e reúnam tráfego a partir de violações de direitos autorais soa muito bem na teoria. Mas especialistas como o inventor da World Wide Web, Tim Berners-Lee, têm tido problemas com duas partes da legislação que eles alertam que poderiam ter enormes consequências indesejadas.

Entendendo os detalhes e riscos da legislação

A situação toda é bastante complicada, e já a abordamos com mais detalhes antes, mas os princípios básicos são bastante simples. O Artigo 11, conhecido como o “imposto sobre links”, exige que as plataformas web obtenham uma licença para criar links ou usar trechos de artigos de notícias. Isso se destina a ajudar as organizações jornalísticas a obter alguma receita de serviços como o Google Notícias, que exibem uma manchete ou parte de um artigo que sugere aos leitores.

Já o Artigo 13 determina que uma plataforma web faça seus “melhores esforços” para obter licenças para material protegido por direitos autorais antes que ele seja carregado em suas plataformas e altera o padrão atual de exigir que as plataformas simplesmente cumpram as solicitações de remoção de direitos autorais. O temor é de que as plataformas terão que usar filtros de upload imperfeitos para lidar com o fluxo de conteúdo gerado por usuários e que as práticas de moderação mais draconianas se tornem a nova norma. Em ambos os casos, os críticos argumentam que a diretiva é muito vaga e que os esforços para corrigir os problemas são míopes.

A principal preocupação é que a legislação faça exatamente o contrário do que pretende fazer. Os editores vão sofrer com a dificuldade de partilhar artigos ou descobrir notícias, e, em vez de pagarem por uma licença, empresas como a Google vão deixar de exibir os resultados das notícias, como fizeram quando regras semelhantes foram testadas na Espanha. Plataformas menores ou startups que permitem que os usuários façam upload de conteúdo, por sua vez, não terão a chance de competir com os Facebooks do mundo, que podem permitir operações de moderação enormes e, ainda assim, não conseguem fazer tudo certo. A ideia de uso justo se tornará nula e sem efeito à medida que as empresas decidirem que não vale a dor de cabeça permitir o upload de um meme reaproveitado e arriscar as consequências legais disso.

A eurodeputada Julia Reda tem sido uma das maiores críticas à diretiva e tuitou na manhã desta terça-feira que hoje é um “dia péssimo para a liberdade na internet”. Jimmy Wales, fundador da Wikipédia, disse no Twitter que o internauta “perdeu uma enorme batalha hoje” no Parlamento Europeu. “A internet livre e aberta está sendo rapidamente entregue a gigantes corporativos à custa de pessoas comuns”, escreveu Wales. “Não se trata de ajudar os artistas, mas sim de reforçar as práticas monopolistas.”

Para aqueles que se opõem à diretiva, há um pouco de esperança no fato de que cada país da União Europeia terá agora dois anos para adotar e melhorar a legislação antes de ela ser aplicada em seu território. Porém, como apontou Cory Doctorow, da Electronic Frontier Foundation, isso também é um problema. “Os serviços em toda a UE terão dificuldade em apresentar diferentes versões dos seus sites às pessoas com base no país em que se encontram, e por isso há uma boa razão para acreditar que os serviços online irão convergir para a implementação nacional mais restritiva da diretiva”, escreveu Doctorow.

O registro final de como cada membro do Parlamento votou sobre a diretiva será postado neste link. Os europeus que queiram garantir que a internet permaneça o mais aberta possível terão de manter a pressão sobre os seus governos à medida que tudo isso for sendo resolvido. Essa legislação escapou do radar durante muito tempo, porém, agora que ganhou tanta atenção, ninguém deve pensar que a luta para melhorá-la acabou.

[The Independent]

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Brasileiro gosta bastante de tecnologia, mas falta usá-la mais para ganhar dinheiro

Posted: 26 Mar 2019 08:56 AM PDT

Laptop sobre uma mesa exibindo gráficos

Desde a popularização da internet por aqui, sempre ouvimos falar que os brasileiros gostam muito de redes sociais e navegam bastante na rede — segundos dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), sete entre dez brasileiros têm acesso à internet, e o uso de redes sociais do País é 45% maior que a média mundial. Apesar de usar bastante tecnologia, o brasileiro, por falta de competências digitais, acaba utilizando pouco a rede para criar algo novo, o que tem consequências econômicas. A conclusão é de uma pesquisa colaborativa entre o Google e a consultoria McKinsey.

O levantamento inédito tentou entender um pouco o nível das habilidades digitais dos brasileiros. Além disso, a ideia era verificar oportunidades de melhoria e como essas capacidades influenciam a economia.

Antes de falar do estudo em si, é preciso mencionar a metodologia. A pesquisa estabeleceu cinco capacidades e pediu para que os participantes dessem uma nota de 1 a 5 com o auxílio de um questionário. Abaixo, as capacidades, as notas e as conclusões gerais sobre cada uma delas.

  • Acesso (3,5) – habilidade de ligar, configurar e conectar dispositivos em rede para usar as principais funções dos softwares e apps de celular mais importantes

.

Conclusões: sabe ligar/desligar aparelhos e navegar. Não usa comandos de voz e não domina a configuração de softwares.

  • Uso (3,4) – habilidade de fazer transações, ter presença online, como perfis em redes sociais, boa navegação em qualquer site e buscar conteúdo.

Conclusões: sabe usar apps de mensagem e realizar buscas. Não sabe direito como funciona o armazenamento na nuvem e transações online.

  • Segurança (3,4) – noções de proteção de dados, avaliação de perigos online e distinção entre informações pessoais e compartilháveis.

Conclusões: tem cuidado com dados e informações pessoais e sabe reconhecer um golpe de phishing. No entanto, não são bons em identificar sites seguros (fontes de informação segura) e em identificar malwares.

  • Cultura Digital (3) – habilidades de vocação exploratória, hábito de aprendizado por tentativa e erro, atualização constante em relação a novas tecnologias e disposição para resolver problemas.

Conclusões: tem vocação para aprender experimentando e sabe acompanhar análises de lançamentos. No entanto, não é muito propenso ao aprendizado por tentativa e erro e tem medo do uso de novas tecnologias.

  • Criação (1,8) – habilidade de criação em diferentes mídias e apresentações a partir de programas de computador, conhecimento de ferramentas de divulgação como SEO e programação.

Conclusões: consegue criar e desenvolver apresentações e editar vídeos. No entanto, não manja muito de programação, aplicações de conceitos de machine learning e automação de sistemas de dados.

As capacidades de segurança, uso e cultura já causam impacto financeiro quando exigem níveis avançados. No entanto, a competência de criação, que teve a menor nota, é a mais relevante para fins econômicos.

"Competências de criação têm alto impacto positivo na renda já a partir do nível introdutório", diz a pesquisa. Então, mesmo tendo uma noção básica, uma pessoa que sabe editar um vídeo ou mesmo criar apresentações já consegue se diferenciar no mercado, seja na formalidade ou em trabalhos esporádicos.

No fundo, o que o estudo tenta mostrar é que quanto mais desenvolvidas são as competências digitais, melhor.

Elas possibilitam maior participação na força de trabalho (fazendo parte da economia digital, vendendo itens ou serviços — exemplo: apps de transporte), redução de desemprego (indivíduos com muita competência digital sabem se virar e têm grande chance de conseguir um trabalho online) e aumento de produtividade (por saberem usar melhor as ferramentas, costumam ter maior satisfação e oportunidades melhores).

"O desenvolvimento de competências digitais é importante para a captura de impacto econômico com potencial de adicionar US$ 70 bilhões ao PIB até 2025", diz o estudo.

A média das competências foi 3, o que não é ruim, mas ainda falta uma certa profissionalização. Isso quer dizer que todo mundo deve aprender programação? Não necessariamente. Às vezes, noções básicas de marketing digital já podem ajudar a potencializar um comércio de bairro, por exemplo, melhorando a visibilidade ou mesmo oferecendo promoções.

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Primeira caminhada espacial completamente feminina foi adiada por falta de traje

Posted: 26 Mar 2019 08:25 AM PDT

Astronauta Christina Koch (centro) ajuda os colegas Nick Hague (esquerda) e Anne McClain na Estação Espacial Internacional

A primeira caminhada espacial completamente feminina não acontecerá na data prevista. A NASA havia planejado uma missão do lado de fora da Estação Espacial Internacional (ISS) para as astronautas Anne McClain e Christina Koch no dia 29 de março, mas os planos foram cancelados “devido, em parte, a disponibilidade de trajes espaciais na estação”, conforme um comunicado da agência.

A caminhada espacial que aconteceria nesta sexta-feira (29) seria a segunda parte de uma série de três, planejada pela NASA para a Expedição 59. A primeira delas aconteceu no dia 22 de março, quando Anne McClain e o astronauta Nick Hague passaram praticamente sete horas do lado de fora do laboratório, trocando as baterias dos painéis solares da ISS.

A segunda caminhada seria praticamente idêntica – outra série de baterias seriam trocadas. A astronauta Christina Koch continuará participando da missão, mas a colega McClain ficará dentro do laboratório e será substituída por Hague.

De acordo com a NASA, McClain descobriu durante a primeira caminhada que a parte de cima de seu traje precisa ser do tamanho médio. “Como apenas um torso de tamanho médio pode ser preparado até sexta-feira, 29 de março, Koch o usará”, afirma a agência.

O Space.com diz que as astronautas da Estação Espacial conduzem uma série de checagens nos trajes para realizar caminhadas e o corpo humano cresce na microgravidade. Recentemente, McClain tuitou que cresceu cinco centímetros desde que chegou à Estação, em dezembro.

Ainda não está claro exatamente porque o tamanho do traje se tornou um problema só agora.

Das cerca de 500 pessoas que já estiveram no espaço, menos de 11% são mulheres. Todas as caminhadas espaciais até hoje envolveram ou equipes compostas exclusivamente por homens ou equipes envolvendo homens e mulheres, segundo o Guardian.

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Huawei apresenta P30 e P30 Pro com recursos de fotografia semiprofissional

Posted: 26 Mar 2019 06:47 AM PDT

A Huawei vem se tornando notável por apresentar bons smartphones de topo de linha, comparáveis aos aparelhos da Samsung e da Apple. Nesta terça-feira (26), a companhia apresentou em Paris seus novos modelos, o P30 e o P30 Pro.

O destaque dos aparelhos está nas câmeras. Para começar, o sensor de 40 megapixels, presente nos dois aparelhos, consegue captar 40% mais luz comparado com os concorrentes. O sensor também conta com um novo esquema de pixels, o RYYB. Em vez de ter dois pixels dedicados à luz verde, ele tem dois dedicados ao amarelo, capturando as luzes vermelha e verde.

Além disso, a marca é conhecida por empregar ISOs gigantes — quanto maior o ISO, maior a sensibilidade do sensor à luz. No P30, o número chega a 204800, enquanto no P30 Pro atinge 409600 — a título de comparação, uma câmera DSLR Canon 5D Mark IV tem ISO de 102400.

Com relação às lentes, o P30 tem um conjunto triplo, composto por uma wide, uma ultra wide e uma zoom de 3x.

Já o P30 Pro vem com um conjunto quádruplo, que conta também com lentes wide e ultra wide, uma zoom de 5x e uma câmera time-of-flight, usada para captar a profundidade das fotos, o que pode ser útil para retratos.

Na prática, isso deve ajudar a captar imagens em ambientes com pouca luz com muitos detalhes.
Em tempo de Lua cheia, o que mais tem é gente tentando captar as imagens com seus aparelhos. Segundo a Huawei, o P30 Pro, no modo automático, consegue facilmente capturar fotos de nosso satélite natural. A proeza é alcançada graças a um zoom máximo 50x, que combina zoom digital e zoom óptico, e um sistema de estabilização óptica das lentes. O Galaxy S10 tem um modo específico para esse tipo de cena.

Comparativo fotos de lua Huawei P30 Pro, Galaxy S10 Plus e iPhone Xs Max

A empresa também destacou a capacidade de fotos noturnas em iluminação praticamente inexistente, seja para situações dentro de ambientes fechados à noite ou para fotos do céu noturno.

Nem tudo é fotografia nos Huawei P30 e P30 Pro, porém. A empresa também promete melhorias de desempenho em relação à geração anterior, tanto para processamento de dados quanto para processamento gráfico.

O aparelho roda Android 9, com a EMUI 9.1. Uma das inovações da interface é uma navegação por gestos, que pode substituir os botões virtuais que ficam na parte de baixo da tela. Deslizar o dedo de cada uma das bordas laterais funciona como o Voltar; deslizar o dedo da borda inferior para cima funciona com o botão Home, e se você fizer isso e mantiver o toque na tela, funciona como o Multitarefas.

O aparelho também tem uns recursos extras que parecem interessantes.

Ao fazer exercício, em vez de deixar o aparelho no bolso para detectar o nível de corrida, basta colocá-lo no equipamento que ele conseguirá saber o ritmo da sua corrida pelo nível de vibração da esteira.

Em alguns países, a Huawei possibilitará que o smartphone se transforme em uma chave. Segundo a marca, pelo menos 7 modelos de veículos Audi poderão ser ligados com o smartphone graças à tecnologia Intelligent Digital Car Key. Apesar da aplicação para veículos, o sistema é compatível também para casas ou escritórios com fechaduras inteligentes.

As baterias para fazer tudo isso funcionar parecem alinhadas com os smartphones de hoje em dia. A do P30 tem capacidade para 3.650 mAh, enquanto a do P30 Pro leva 4.200 mAh. Já o carregador rápido parece um nível acima: ele tem 40 W de potência, e promete chegar a 70% da capacidade do P30 em apenas meia hora. Também tem carregamento sem fio de 15W.

Especificações

Aqui estão as especificações dos dois aparelhos.

Huawei P30

Huawei P30

  • Processador Kirin 980
  • Sistema: Android 9 Pie
  • Memórias: 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento
  • Tela: 6,1 polegadas Oled Full HD
  • Câmeras: 40 megapixels, 16 megapixels (grande angular) e 8 megapixels (zoom 3x); câmera selfie: 32 megapixels
  • Sensor de digital sob a tela
  • USB-C
  • Bateria: 3.650 mAh

Huawei P30 Pro

Huawei P30 Pro

  • Processador Kirin 980
  • Sistema: Android 9 Pie
  • Memórias: 8 GB de RAM e 128 GB/256 GB e 512 GB de armazenamento
  • Tela: 6,47 polegadas OLED Full HD
  • Câmeras: 40 megapixels, 16 megapixels (grande angular), 8 megapixels (zoom 5x) e TOF (time-of-flight camera) ; câmera selfie: 32 megapixels
  • Sensor de digital sob a tela
  • USB-C
  • Bateria: 4.200 mAh

Preço e disponibilidade

Na Europa, o Huawei P30 com 6GB de RAM e 128GB de armazenamento custará 799 euros. O P30 Pro tem 8GB de RAM e três opções de armazenamento: 128GB por 999 euros, 256GB por 1099 euros, e 512GB por 1249 euros. Todos os smartphones estarão disponíveis no mercado europeu a partir de hoje.

De acordo com o Estadão, o P30 Pro deve chegar ao Brasil em maio, confirmando o que a empresa havia anunciado no início deste mês. Junto com ele, virá um P30 Lite, que, ao que tudo indica, é uma versão customizada do P30. Os preços ainda não estão definidos.

Colaborou Guilherme Tagiaroli

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Tudo o que a Apple anunciou em seu evento neste 25 de março

Posted: 26 Mar 2019 05:54 AM PDT

Tim Cook em evento de serviços da Apple

O aguardado evento de serviços da Apple, repleto de celebridades, não decepcionou em dois aspectos específicos: havia mesmo muitas celebridades e foram feitos muitos anúncios. É difícil dizer o que foi mais empolgante.

De certa forma, as celebridades foram complementares. A Apple abriu o evento com atualizações importantes em aplicativos e serviços existentes, começando com um serviço de assinaturas de revistas e jornais chamado Apple News+. Em seguida, a companhia mostrou um novo cartão de crédito, chamado Apple Card. Anunciaram ainda um serviço de jogos chamado Apple Arcade. E, por fim, o novo aplicativo da Apple TV e o serviço Apple TV+, que foi quando as celebridades apareceram.

Foi um evento estranho, até porque foi algo inédito para a empresa – às vezes parecia que estávamos em uma grande cerimônia de premiação. Alguns dos novos serviços da Apple parecem bem legais – fizemos aqui um resumão do que rolou nesta segunda-feira (25):

Apple News+

Tim Cook abriu o evento contando que gosta de ir a uma banca de jornal e olhar para todas as capas das revistas. Em seguida, a companhia anunciou que o Apple News+, um serviço de assinatura que incluirá mais de 300 revistas – incluindo National Geographic, Popular Science, Billboard, The New Yorker, Sports Illustrated, New York Magazine e Variety.

O serviço aparecerá em uma nova aba do aplicativo Apple News. Esse menu parece uma versão redesenhada do Texture, serviço de assinatura de revistas digitais que a Apple comprou no ano passado.

Executivo mostra revistas que estarão inclusas no Apple News+Captura de tela: Gizmodo

O Apple News+ é bastante simples: por US$ 10 por mês, os assinantes terão acesso a todas essas revistas, bem como a alguns jornais, incluindo o Los Angeles Times e o Wall Street Journal.

Dois grandes jornalões ficaram de fora: New York Times e Washington Post. Aparentemente, a Apple teve um imbróglio com as duas publicações porque queria ficar com metade da receita de assinaturas.

O Apple News+ vai funcionar no iPhone, iPad, bem como no Mac. A Apple também diz que o novo serviço de assinatura não permitirá que os anunciantes rastreiem o que você lê para oferecer anúncios personalizados.

O serviço começou a ser disponibilizado por meio de uma atualização de software e funciona somente nos Estados Unidos – há um período grátis de 30 dias e é possível compartilhar a assinatura com até seis pessoas da família (sem custos adicionais).

A ideia é que em breve a companhia lance um pacote similar no Reino Unido e na Austrália.

Apenas lembrando que o app Apple News não está disponível no Brasil e que ainda não há previsão para estrear por aqui.

Apple Card

Tim Cook disse que o Apple Pay é um grande sucesso. O serviço é tão bem-sucedido que a companhia decidiu expandi-lo e oferecer o seu próprio cartão de crédito (com a ajuda do Goldman Sachs).

Por enquanto, o Apple Card vai existir apenas em formato digital dentro da Apple Wallet e as transações vão rolar pelo Apple Pay.

Um cartão físico feito de titânio estará disponível até setembro. Ele será todo branco com um pequeno logotipo da Apple, mas não terá seu nome estampado, muito menos um número de cartão de crédito – a ideia é garantir a sua privacidade. (Essas informações estarão disponíveis no aplicativo Apple Wallet.)

Executiva mostra funcionalidades do aplicativo Wallet na aba do cartão de crédito da AppleCaptura de tela: Gizmodo

O Apple Card soa bastante como um cartão de crédito normal. Você recebe algumas recompensas como 3% de cashback (a Apple chama de “Daily Cash”) nas compras feitas em lojas e serviços da Apple, 2% nas compras em demais lojas e 1% nas compras feitas com o cartão físico.

Há ainda algumas ferramentas dentro do aplicativo Wallet que ajudam a acompanhar e categorizar seus gastos. O interessante é que não há nenhuma taxa de anuidade, nem taxa de atraso ou taxa internacional.

A Apple o apresenta afirmando que trata-se de um cartão “sem taxas“. Mas as letras miúdas no site da Apple diz, no entanto, que pagamentos em atraso levarão a um aumento na taxa de juros. Nossos amigos do Lifehacker dizem que é um “cartão de recompensas mediano”, e estamos inclinados a concordar.

O Apple Card estará disponível até o final de setembro. No site da Apple, você pode pedir para ser avisado quando ele estiver disponível – apenas nos Estados Unidos.

Apple Arcade

Março não estaria completo sem outro anúncio de um serviço de videogame. Por isso, a Apple nos deu uma prévia do Apple Arcade. O nome é bem descritivo porque o serviço é basicamente uma seção inteira de jogos desenvolvidos apenas para dispositivos da Apple e disponíveis apenas em dispositivos da Apple.

Para ser mais específico, o Apple Arcade se tornará uma nova seção da App Store. Por uma taxa de assinatura, você terá acesso a mais de 100 títulos exclusivos feitos por alguns dos melhores desenvolvedores. Haverá, por exemplo, um jogo do Sonic e uma nova versão de Frogger.

Serviço de jogos por assinatura Apple Arcade sendo anunciado em evento

Outra coisa legal sobre o Apple Arcade é que todos os jogos funcionarão offline, então você pode jogar em um avião ou no metrô. Os jogos também funcionam em diferentes plataformas – você pode começar a jogar em um iPhone e, em seguida, continuar de onde parou em uma Apple TV ou MacBook.

Os jogos do Apple Arcade não terão anúncios e nenhum tipo de transação dentro do app. Ainda não sabemos quanto ele irá custar.

A Apple diz que o serviço estará disponível no último trimestre e chegará ao Brasil. O compartilhamento familiar para até seis pessoas estará incluso no preço.

Apple TV e Apple TV+

Tecnicamente, esses dois itens foram anunciados de formas separadas, mas decidimos juntá-los para tornar as coisas menos confusas.

Primeiro, a Apple atualizou o aplicativo Apple TV que já está em milhões de dispositivos iOS e na set-top-box Apple TV. E a partir de agora, os Macs também terão esse app, bem como uma série de smart TVs de diversas fabricantes, incluindo Samsung e LG, e para set-top-boxes da Roku e da Amazon.

Novo aplicativo da Apple TV é demonstrado em eventoCaptura de tela: Gizmodo

Em seguida, anunciaram o Apple TV+, um serviço novo que será oferecido dentro do app da Apple TV. Foi a estrela do evento e tomou uma hora e meia das apresentações – além de ter envolvido algumas celebridades.

O novo serviço de streaming é mais parecido com a opção da HBO do que, digamos, da Netflix. A programação exclusiva, francamente, soa bem legal.

Há um reboot da série de ficção científica Amazing Stories dirigida por Steven Spielberg; uma comédia sobre um programa matinal de TV estrelado por Reese Witherspoon, Jennifer Aniston e Steve Carrell; um programa sobre imigrantes e filhos de imigrantes produzido por Kumail Nanianji chamado Little America, entre muitos outros. A  apresentadora Oprah Winfrey vai fazer alguns documentários, também.

Oprah Winfrey fala sobre serviço Apple TV+ em eventoCaptura de tela: Gizmodo

A Apple não deu nenhum detalhe sobre quanto o serviço vai custar. Ele será lançado no último trimestre do ano, inclusive no Brasil, e novos programas serão adicionados a cada mês.

Parece que a companhia colocou muita grana nisso e há uma grande expectativa para ver se os conteúdos nos farão esquecer dos fracassos Carpool Karaoke e Planet of the Apps, dois programas que a Apple já produziu. Sinceramente, não é muito difícil limpar essa barra.

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Technos Connect 3+: um smartwatch bonitão com alguns descuidos de software

Posted: 26 Mar 2019 05:15 AM PDT

Já faz um tempo que os smartwatches estão no mercado. Se isso levou várias marcas de eletrônicos e celulares a entrarem neste setor, também vimos um movimento no sentido oposto, com várias empresas especializadas em relógios lançando modelos mais completos, com recursos inteligentes. É o caso da Technos, marca brasileira que oferece a linha Connect. Eu usei por alguns dias o modelo Connect 3+ e trago algumas impressões sobre minha experiência com ele.

A primeira coisa que você nota é que ele chama a atenção. Mesmo sendo um modelo bem convencional, redondo e com cor prateada, o tamanho não é lá muito discreto, uma coisa meio de apresentador de programa de TV dominical. A caixa tem 48 mm. É mais, por exemplo, do que o maior Galaxy Watch, que tem 46 mm, e do que o maior Apple Watch série 4, que tem 44 mm. Ela também é alta (16 mm), e eu achei o modelo meio pesado no pulso — mas leve em consideração que eu não uso relógios, então algum estranhamento é natural.

Ele vem com duas opções de pulseiras, uma de trava e outra de fivela. A troca é bem simples — um pequeno fecho libera a parte do corpo do relógio — e pode ser feita pelo próprio usuário.

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Na parte smart, o Connect 3+ tem tela IPS LCD de 1,28 polegadas, com resolução de 240 x 240. O brilho da tela é regulável e permite ver bem as horas mesmo sob o sol. A resolução parece pequena, e você consegue ver os serrilhados de ponteiros e de detalhes dos mostradores do relógio. É uma deficiência compreensível: uma resolução maior resultaria em um consumo mais rápido da bateria, e, convenhamos, ninguém quer ficar colocando um relógio na tomada todas as noites.

Por falar em bateria, aliás, ela tem capacidade para 300 mAh. O relógio gasta cerca de 30% dessa capacidade por dia. Uma recarga a cada dois ou três dias é mais que suficiente. Para recarregar, o Technos Connect 3+ vem com um cabo com conexão USB em uma ponta e uma espécie de prendedor na outra. É só ligar o cabo na tomada ou no computador e encaixar o prendedor no relógio que ele carrega.

Apesar de ser sensível ao toque, o relógio também conta com dois botões, um para ligar e desligar a tela (segure para ligar ou desligar o relógio) e outro que dá acesso rápido ao medidor de batimentos cardíacos.

Diferentemente de outras marcas de relógios que lançaram seus modelos inteligentes, o Connect 3+ não roda Android Wear. Ele vem com um sistema proprietário, compatível com Android (4.3 ou superior) e iOS (8 ou superior).

Para fazer a conexão com o smartphone, você precisa baixar o aplicativo da Technos. Aí as coisas podem ficar um pouco complicadas: se você procura Technos no Google Play, acha mais de um app da marca. Aparentemente, cada um é de um modelo específico, e o app de um relógio não funciona no outro. Seja mais esperto do que eu e confira qual o aplicativo certo antes de baixar e ficar tentando sem sucesso conectar.

Mesmo o aplicativo certo, porém, teve um problema no meu celular. Você precisa fazer um cadastro e criar uma conta Technos, mas, por algum motivo, as informações do formulário não apareciam para serem preenchidas. Depois, as opções de mostradores para acrescentar ao relógio também ficavam ocultas. Se fosse dar um palpite, diria que era algum conflito entre o app e a skin do Android da ASUS. Em um Moto G7 Power, o formulário apareceu perfeitamente.

Adivinhe onde está a checkbox para confirmar que você aceita os termos de uso.

Os seletores de data de nascimento e de dispositivo também não apareceram corretamente.

Bom, se ele é um smartwatch, é porque ele tem funções smart, certo? E quais são elas? O Connect 3+ atende ligações, mostra mensagens SMS e notificações, tem calculadora, contador de passos e despertador, mede a frequência cardíaca, funciona como controle remoto da câmera do celular e comanda a música que está tocando no aparelho. Ele também tem microfone e alto-falante, o que quer dizer que você pode ouvir as canções e fazer chamadas diretamente do relógio.

Minha experiência usando o relógio por alguns dias foi razoável. Ele deveria ligar a tela quando você faz o movimento de virar o pulso para ver as horas, mas nem sempre isso acontece, e não há uma opção de calibrar a sensibilidade para corrigir isso. As notificações de SMS funcionaram bem, assim como as de chamadas, mas as notificações de aplicativos simplesmente não apareceram. O controle de música funciona, mas, se você não estiver com um fone conectado no smartphone, o som sai pelo alto-falante do relógio — não dá para deixar o celular tocando um som ambiente e só comandar pelo smartwatch.

O contador de passos é bem bacana e parece bem preciso, além de trazer informações úteis como calorias queimadas e distância percorrida. Também tem notificação contra sedentarismo, que avisa em caso de longos períodos sem atividade física (mas aqui ela não apareceu, não). Ele também mede a qualidade do seu sono, mostrando quais as porcentagens de sono leve e sono pesado, mas estranhamente eu não achei onde fica o tempo total dormindo.

Esses dados de saúde, aliás, só apareceram no aplicativo depois de uma sincronização manual. Você precisa puxar de cima para baixo na tela principal do app, como nos apps de redes sociais e navegadores, o que me pareceu pouco intuitivo.

A impressão que fica é que o software é o ponto fraco do aparelho. O relógio é bem bonito, mas as falhas e os recursos pouco intuitivos dão uma impressão de descuido, o que é meio frustrante.

O Technos Connect 3+ está à venda na loja online da marca com preço sugerido de R$ 999.

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Humanos construíram sociedades complexas antes de inventarem deuses moralizantes

Posted: 26 Mar 2019 04:46 AM PDT

Criação de Adão

A ocorrência de deuses moralizantes na religião ocorreram depois — e não antes — da emergência de sociedades grandes e complexas, segundo uma nova pesquisa. Esta conclusão muda o pensamento convencional sobre o assunto, que pregava que deuses moralizantes são tipicamente citados como um pré-requisito para a complexidade social.

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Deuses que punem as pessoas por suas indiscrições antissociais apareceram em religiões depois do surgimento e expansão de sociedades grandes e complexas, de acordo com uma nova pesquisa publicada na revista Nature. A descoberta sugere que as religiões com deuses moralizantes, ou religiões pró-sociais, não eram um requisito necessário para a evolução da complexidade social. Foi somente até o surgimento de diversos impérios multiétnicos com populações superiores a um milhão de pessoas que deuses moralizantes começaram a aparecer — uma mudança das crenças religiosas que provavelmente funcionou para assegurar uma coesão social.

A crença em deuses vingativos — que punem as populações por suas indiscrições, como deixar de realizar um ritual de sacrifício ou que envia um raio como resposta a um insulto — é endêmica na história humana (isso é o que os pesquisadores chamam de "amplo castigo sobrenatural"). É muito mais raro, no entanto, que religiões envolvam divindades que impõem códigos morais e punem seus seguidores por não agirem de maneira pró-social. Não está totalmente claro por que as religiões pró-sociais surgiram, mas a hipótese de "deuses elevados moralizantes" é frequentemente invocada como uma explicação. Acredita-se que a crença em uma força sobrenatural moralizadora era culturalmente necessária para fomentar a cooperação entre estranhos em sociedades grandes e complexas.

De fato, várias religiões ao longo dos últimos milênios testemunharam a emergência de religiões pró-sociais, incluindo o moralizador deus abraâmico e a crença budista no karma. Enquanto as religiões satisfazem uma série de necessidades, tais como oferecer sentido e conforto existenciais, elas também serve como mecanismos de controle social. No caso das religiões pró-sociais, argumenta-se que existe uma conexão íntima e essencial entre as sociedades complexas e a crença em um deus moralizante — uma conexão que a nova pesquisa agora coloca em questão.

A nova pesquisa, liderada por Peter Turchin, do departamento de ecologia e biologia evolutiva da Universidade de Connecticut, foi um esforço para entender essa relação de forma mais científica. Até o momento, a maioria dos estudos sobre o assunto baseou-se em experimentos psicológicos ou análises comparativas transculturais, e não em dados históricos. O novo estudo foi um esforço para preencher esta lacuna.

Mapa de deuses conforme a regiãoLocalização de 30 regiões com amostras no mapa mundial, identificadas de acordo com a evidência de deuses moralizantes. MHG significa Moralizing High God (algo como Deus moralizante superior) e BHP significa Broad Supernatural Punishment (amplo castigo sobrenatural). Os números correspondem a milhares de anos atrás em termos de quando essas crenças apareceram dentro da cultura. Crédito: H. Whitehouse et al, 2019/Nature

Entendendo o estudo

Para tal fim, Turhcin e os colegas dele analisaram dados históricos sobre estruturas sociais, normas religiosas, crenças morais e uma série de outros fatores em centenas de sociedade em toda a história do mundo. Uma grande base de dados contendo informações históricas, arqueológicas e antropológicas foi usada para este estudo. Esta base de dados é chamada "Seshat: Global History Databank" e foi estabelecida em 2011 por Turchin, juntamente com os colegas da Universidade de Oxford, Harvey Whitehouse e Pieter Francois — os dois auxiliaram neste novo estudo.

A base de dados Seshat, batizada em honra da deusa egípcia do conhecimento e manutenção de registros, é um projeto em andamento para rastrear mudanças históricas importantes e sociológicas ao longo do tempo. O projeto tem como objetivo incentivar a pesquisa baseada em dados e prevenir enviesamento em análises — um problema comum na pesquisa historiográfica.

Para o novo estudo, Turchin e seus colegas analisaram quase 50 mil registros, abrangendo os últimos 10 mil anos da história mundial — do Neolítico até o início dos períodos industriais e coloniais. Mais de 400 sociedades diferentes foram incluídas advindas de 30 regiões ao redor do mundo. Ao todo, 51 medidas diferentes de complexidade social e quatro medidas de divindades morais foram usadas para avaliar qualquer potencial entre os dois fatores. Medidas de complexidade social incluem população, tamanho do exército, a presença de estradas, sistema judicial e textos científicos. Deuses moralizantes eram identificados por crenças como um deus elevado que criou o universo e ativamente influencia na moralidade humana.

"É verdade que alguns pesquisadores usam medidas mais sofisticadas envolvendo coisas como realizar experimentos para medir o grau de crença em deuses moralizantes, mas isso só pode ser feito em sociedade contemporâneas", observaram os pesquisadores em um comunicado à imprensa. "Não conseguimos voltar ao Egito antigo para perguntar para as pessoas em quanto elas acreditam na deusa Maat, que tem o poder de punir crimes na vida após a morte."

É importante ressaltar que os pesquisadores controlaram as relações históricas passadas, como a disseminação do cristianismo e do budismo, entre as sociedades estudadas para assegurar que os resultados eram consistentes entre várias religiões analisadas.

A análise de dados da Seshat mostraram que a crença em deuses moralizantes apareceram após — e não antes — o crescimento da complexidade social. Deuses "que se importam se somos bons ou maus surgiram tarde demais para incentivar a ascensão inicial das civilizações", informaram os pesquisadores em um comunicado. E quando essas crenças apareceram, elas ocorreram nas chamadas "mega sociedades", que são sociedades com mais de um milhão de pessoas.

"Isso sugere que, mesmo se deuses moralizantes não causaram a evolução de sociedades complexas, eles podem representar uma adaptação cultural que é necessária para manter a cooperação em tais sociedades, uma vez que elas excederam determinado tamanho, talvez devido à necessidade de sujeitar populações diversas em impérios multiétnicos a um poder comum de nível superior", dizem os autores no estudo.

Então, sem a presença de deuses moralizantes vingadores para manter os cidadãos de sociedades complexas, é razoável imaginar como essas sociedades conseguiam se manter intactas. Uma possibilidade detectada pelos pesquisadores é que rituais diários ou coletivos — o equivalente à missa de domingo no cristianismo — apareceu antes na ascensão da complexidade social. Tais rituais, dizem, "podem ter permitido que novas crenças e práticas se espalhassem, e se estabilizassem, dentro de populações muito maiores do que era anteriormente possíveis." Mas uma vez superado o limiar de uma mega sociedade, a coesão produzida por estes rituais não eram o suficiente para manter as coisas em ordem.

Um possível descuido neste novo estudo é a possibildiade de que deuses moralizantes criaram, de fato, a expansão inicial da complexidade — o problema é que essas datas simplesmente não existem, até porque essas sociedades iniciais não mantinham registros escritos. Os pesquisadores admitem que esta é uma possibilidade de distinção, mas "o fato de que registros escritos precederam o desenvolvimento de deuses moralizantes em 9 das 12 regiões analisadas (por um período médio de 400 anos) — combinado com o fato de que a evidência de que deuses moralizantes não foram encontradas na maioria das sociedades não-alfabetizadas — sugere que tais crenças não foram espalhadas antes da invenção da escrita", explica um dos autores do novo estudo.

Ahmed Skali, um pesquisador do Departamento de Economia, Finanças e Marketing do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne, na Austrália, descreveu o novo estudo como "fascinante", dizendo que ele "destaca o enorme progresso que a comunidade científica fez em entender por que e como nós chegamos às sociedades que temos hoje em dia". Ele admitiu ter ficado surpreso com os resultados.

"Minha melhor leitura das evidências disponíveis foi que deuses moralizantes surgiram antes, e então as sociedades os utilizaram para reforçar a coperação", disse Skali ao Gizmodo. "Por essa razão que a ciência empírica é tão empolgante, e tais estudos cuidados planejados, como sete, ajudam a mudar nossa compreensão do mundo em que vivemos."

Skali disse que o fato de impérios multiétnicos poderem ser sustentados por religiões pró-sociais faz bastante sentido, dando como exemplos dois califados islâmicos que ocorreram do século 7 ao século 16 no Império Otomano, entre outros. Ele também achou interessante que a cultura de escrita tende a emergir antes da aparecerem deuses moralizantes. O especialista especulou que é mais fácil para o conceito de deuses moralizantes ser disseminado uma vez que a tecnologia permite, num processo similar ao que ocorreu com a Reforma Protestante que se espalhou por meio da prensa de Gutenberg na Europa durante o século 16.

Por fim, o estudo sugere que as pessoas não se comportavam moralmente por medo de uma vida infernal ditada por um deus moralizante.

"Em vez disso, há evidências que sugerem que a rotina de rituais ajudavam com que as pessoas se unissem", disse Skali. "Isso é um achado fascinante."

[Nature]

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