sexta-feira, 29 de março de 2019

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Xiaomi Mi Fold: a terceira via dos dobráveis vem aí

Posted: 28 Mar 2019 02:55 PM PDT

O Galaxy Fold da Samsung e o Mate X da Huawei representam duas abordagens distintas no que diz respeito ao design de celulares dobráveis. Um novo vídeo promocional do Mi Fold da Xiaomi, porém, mostra que mais combatentes ainda estão por vir para as próximas batalhas da guerra da flexibilidade móvel.

Com um design de duas dobras, o Mi Fold usa uma tela central fixa com duas asas que se desenrolam de ambos os lados. A ideia central do design tem mais em comum com o Mate X do que o Galaxy Fold. Isso porque, como o Mate X, o aparelho da Xiaomi tem uma tela flexível que se dobra para fora e não para dentro. A principal diferença é que ele precisa de duas dobradiças para revelar totalmente sua grande tela flexível.

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Embora isso possa não parecer tão importante, o design de articulação dupla do Mi Fold significa que, quando totalmente expandido, sua tela está mais próxima da tradicional proporção 16: 9 usada em telefones e tablets tradicionais do que o Galaxy Fold e o Mate X, que ostentam telas quase quadradas. Essa diferença torna o Xiaomi o melhor celular dobrável para assistir a filmes e programas de TV — o espaço que ele perderia com ajustes de tela e barras pretas seria mínimo.

Além disso, a tela principal do Mi Fold parece oferecer outra vantagem, especialmente em comparação com o Galaxy Fold da Samsung. Depois de ver o Mi Fold e ter a chance de usar um pouco o Mate X, eu acho que a maior fraqueza do Galaxy Fold da Samsung não é sua espessura ou seu suposto vinco, mas sim a pequena tela exterior, de apenas 4,6 polegadas.

No mercado de smartphones de hoje, encontrar um dispositivo com uma tela menor que cinco polegadas é quase impossível. O tamanho de 4,6 polegadas, portanto, parece minúsculo. E, para piorar a situação, o tamanho dela em relação às dimensões externas reais do Galaxy Fold criam a impressão de que muito espaço é desperdiçado por sua moldura.

A preocupação é que, com uma tela tão pequena, fazer coisas do dia a dia no dobrável da Samsung (como procurar rotas, navegar na web ou tirar uma foto) vai ser muito difícil, a menos que você abra totalmente o dispositivo — algo que talvez você não queira fazer enquanto caminha pela rua.

Por outro lado, o Mi Fold também não é perfeito. A principal desvantagem do design da Xiaomi é que, embora a parte central da tela do Mi Fold ofereça muito espaço para aplicativos, ela também é bastante ampla, mesmo quando suas asas estão dobradas. Isso poderia tornar o aparelho desajeitado e incômodo. Além disso, o Mi Fold parece ser tão ou mais espesso que o Galaxy Fold — o aparelho da Samsung deve ter algo entre 15 e 17 milímetros.

No entanto, a coisa mais interessante sobre o Mi Fold é que ele pode ser o telefone dobrável mais barato até o momento. Atualmente, a Xiaomi tem uma política que determina que as margens de lucro da divisão de hardware da empresa nunca serão superiores a 5%, uma estratégia que permite a ela vender dispositivos como o Xiaomi Mi 9 por menos de US$ 450, mesmo que esse celular tenha especificações de topo de linha.

Mesmo assim, ainda estamos falando de algo que custará em torno de US$ 1.000. Mas, ao comparar com os preços de US$ 2.000 e US$ 2.600 para o Galaxy Fold e o Mate X, a ideia de comprar um telefone dobrável parece muito menos ridícula.

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Vídeo da Samsung mostra resistência da dobradiça do Galaxy Fold, mas dúvida sobre vinco na tela permanece

Posted: 28 Mar 2019 01:20 PM PDT

Os smartphones estão voltando a ser esquisitos, apostando em formatos pouco convencionais para o que nos acostumamos a ver na última década. As telas foram ficando mais alongadas, com recortes e até olhos nos últimos anos. O hype para os próximos telefones, ao que tudo indica, é mais engenhoso: fazer aparelhos dobráveis, que sejam híbridos de celular e tablet.

Como qualquer tecnologia que está engatinhando, ainda há dúvidas sobre a viabilidade e a real qualidade desses primeiros aparelhos. A Samsung divulgou um vídeo de testes de fabricação para provar a qualidade de seu Galaxy Fold.

Em pouco mais de 30 segundos, máquinas dobram muitas vezes os aparelhos repetidamente, com as telas ligando e desligando no processo. A Samsung diz que o teste serve para conferir se os aparelhos aguentam 200 mil dobradas e desdobradas e leva uma semana para completar. A empresa afirma que isso é o suficiente para cinco anos de uso, levando em consideração que o usuário abra e feche o celular cem vezes por dia (o que parece um pouco exagerado).

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Uma questão da dobra, porém, parece que ainda está aberta (com o perdão do trocadilho). O Galaxy Fold não foi usado por ninguém da imprensa até agora, e imagens de divulgação levantaram uma dúvida sobre como fica essa parte da display cuja flexibilidade é mais exigida que o resto. O vídeo garante que os mecanismos vão funcionar, mas a tela continua com aquele papel de parede de borboleta que é convenientemente preto no meio, onde fica o vinco. Pelo jeito, só teremos respostas quando o Fold chegar às lojas, o que está previsto para 26 de abril.

[Samsung]

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Teclados de MacBooks ainda têm problemas e teclas travam por causa de sujeira

Posted: 28 Mar 2019 12:11 PM PDT

MacBook Air 2018

Desde 2015, a Apple implementou em seus MacBooks uma nova tecnologia de teclado que a empresa chama de borboleta, e isso causou várias complicações — se entrar alguma sujeira, as teclas paravam de funcionar ou passavam a repetir caracteres. Ano passado a Apple disse que tinha consertado o problema, mas, segundo uma reportagem do Wall Street Journal e por experiência própria, as coisas continuam ruins para quem tem MacBook com teclado borboleta.

Antes de ir adiante, é importante diferenciar as tecnologias de teclado. Antes de 2015, a empresa usava o teclado tesoura, presente na maioria dos laptops (você pode ver na imagem abaixo como ele é). No entanto, para deixar os aparelhos mais finos, passou a usar o teclado borboleta.

Mecanismo de teclado tesoura e mecanismo de teclado borboleta

O problema do teclado borboleta são esses espacinhos que ficam na borda do mecanismo. Se entrar qualquer tipo de poeira, a tecla para de funcionar ou passa a "grudar os encaixes", fazendo com que os caracteres sejam digitados repetidamente. Então, é comum sair uns "CCCC" ou uns "EEEEE" do nada.

Nos MacBooks vendidos no ano passado, portanto os de terceira geração do teclado borboleta, a Apple começou a colocar uma membrana plástica para proteger as teclas de sujeiras. Mesmo assim, muita gente reclama que o problema de repetição de tecla ou de teclas desativadas continua rolando.

Na reportagem do Wall Street Journal, um porta-voz da Apple lamentou o problema e disse que ele “ocorre com um pequeno número de usuários" e que "a maioria dos donos de MacBook tem tido uma boa experiência com o novo teclado".

No ano passado, um monte de gente reclamou dos teclados de seus MacBooks a ponto de processarem a fabricante. A Apple, motivada pela ação judicial ou não (vai saber, né?), criou um programa de reparo aplicável para laptops comprados entre 2015 e 2017.

No fim das contas, não há muito o que fazer. No vídeo do WSJ, é recomendado a troca do laptop (se ele tem até um ano, é possível fazer isso), usar algum sistema de jato de ar para ajudar a limpar ou ainda usar o Unskaky, um app ainda em fase de testes e que apaga automaticamente quando o teclado repete algum caracter.

É um pouco triste que em 2019 ainda tenhamos computadores com teclados que param de funcionar por causa de sujeira.

Como sugerido pelo WSJ, talvez o problema repetido — que já ocorre com alguma frequência desde 2015 — faça alguns consumidores tomarem uma medida um pouco mais drástica, como mudar para outros laptops finos e com faixa de preço igual ou inferior, como a linha XPS, da Dell, o Matebook X, da Huawei, ou Swift 7, da Acer.

[Se tiver tempo, dê uma olhada na matéria e no vídeo da Joanna Stern, do Wall Street Journal, sobre o assunto — desde os tempos do David Pogue, do NYT, ela talvez seja uma das melhores jornalistas a abordar assuntos de tecnologia de forma simples e fácil]

[WSJ]

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Spotify está testando novo plano de assinatura para duas pessoas

Posted: 28 Mar 2019 11:47 AM PDT

Temos boas notícias para casais ou colegas de apartamento que não se odeiam: o Spotify está testando um novo plano de assinatura chamado Premium Duo, para casas com duas pessoas. Em e-mail ao Gizmodo, o Spotify disse que a novidade está disponível em cinco mercados: Colômbia, Chile, Dinamarca, Irlanda e Polônia. Nestes três últimos, o preço é de € 12,49 (cerca de R$ 55 em conversão direta).

Assim como no plano familiar, que sai por R$ 26,90 no Brasil e permite até seis usuários, as duas pessoas do plano Premium Duo precisam morar no mesmo endereço para colher os benefícios. Pessoas que já têm uma conta premium podem trocar de plano por meio das configurações de conta. O Spotify recusou confirmar quando ou se tem planos de expandir o Premium Duo para os Estados Unidos e outros locais, mas é comum que serviços sejam testados em mercados selecionados antes de sair para o restante do mundo.

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Um dos novos recursos que o Spotify está testando com o Premium Duo é uma playlist compartilhada e gerada por inteligência artificial chamada Duo Mix. Basicamente, ela é parecida com a Descobertas da Semana, no sentido de que ambos os assinantes recebem uma só lista com músicas que, supostamente, devem se encaixar com os gostos pessoais de cada um. Você pode mudar o astral para “relaxado” ou “animado”, dependendo do clima em que você estiver, e ícones pequenos de perfil estarão próximos a cada música da lista para que vocês saibam em quem a recomendação é baseada.

Existe também uma opção para playlists compartilhadas, que permite que você bombardeie seu parceiro compartilhando toda a sua biblioteca. Ambos os assinantes também poderão gerenciar suas configurações da página inicial e os detalhes da conta de uma única página chamada Duo Hub, disse o Spotify.

O desconto em si não é lá tão grande, especialmente quando você considera que € 12,49 é cerca de US$ 14 — ou aproximadamente o mesmo valor que o plano de assinatura familiar nos Estados Unidos — e que uma conta premium individual sai por US$ 10 (também nos EUA). Dito isso, ao longo do tempo, esse pequeno desconto acumulado pode virar uma quantia boa que você pode querer gastar, sei lá, em algum lanche.

[The Verge]

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Como funciona o novo recurso de navegação com realidade aumentada do Google Maps

Posted: 28 Mar 2019 09:47 AM PDT

Você provavelmente já passou pela situação de sair do metrô ou descer do ônibus em uma cidade estranha. Você tem o caminho que precisa fazer no seu telefone, mas você não sabe para que lado ele fica ou o nome daquelas ruas. Se você andar na direção errada, pode perder muito tempo até voltar para a rota certa. Essa é a situação perfeita para o novo VPS (Visual Positioning System, ou sistema de posicionamento visual) do Google, que usa realidade aumentada para mostrar para onde você deve ir.

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Na conferência Google I/O do ano passado, vimos uma nova camada de realidade aumentada no Google Maps. Ela foi projetado para superar as limitações do GPS em áreas densamente construídas e evitar confusões quando você estiver andando a pé por aí. O recurso ainda não está disponível publicamente, mas pudemos testá-lo e dizer o que deve vir por aí.

Este é o Visual Positioning System, ou VPS. Imagem: Google

O VPS extrai seus dados dos prédios e pontos de referência ao seu redor, em vez de confiar apenas na localização dos satélites. Ao combinar o VPS com os dados do Street View e um pouco de aprendizagem de máquina, o Google Maps pode descobrir onde você está (e para onde você deveria ir), mesmo que seu receptor GPS erre sua localização e pense que você está a três quarteirões da sua real posição.

Ele tem algumas peculiaridades que você pode ter perdido na breve demonstração do Google feita no ano passado. Também vale ressaltar que ele ainda é rotulado como um lançamento Alfa – você deve esperar muitos bugs nesse estágio e muitas melhorias a serem feitas.

Se você tiver acesso, o modo de realidade aumentada fica no aplicativo do Google Maps. Captura de tela: Gizmodo

Para acessá-lo no Android ou iOS neste momento, você precisa ser um dos Guias Locais do Google e estar no nível 5 ou superior (ou seja, alguém que deixa muitas avaliações e comentários sobre locais no Google Maps). Até agora, não há nenhuma palavra sobre quando a função estará disponível para todos, mas veja como ela se saiu em nossos testes.

Escolha um lugar para ir e defina uma rota a pé normalmente. Junto com o botão Iniciar habitual, você também verá uma opção Iniciar AR — escolha esta opção para ir direto para o modo de realidade aumentada. Você também pode alternar para o AR mais tarde, tocando no pequeno ícone de cubo que fica no canto inferior esquerdo da tela quando estiver navegando normalmente.

Com as instruções de realidade aumentada, fica difícil se perder por aí. Captura de tela: Gizmodo

Abra a interface da realidade aumentada e mantenha seu telefone na sua frente. O Google Maps, então, pede que você aponte a câmera do seu telefone para os prédios. Isso funciona de modo independente da localização do GPS e ajuda o aplicativo a se orientar quando o sinal dos satélites não for confiável.

Na maioria das vezes, a cena é reconhecida em um segundo ou menos, e você entra no modo de realidade aumentada. Nós deparamos com alguns problemas quando os prédios estavam particularmente próximos (em ruas estreitas) ou distantes (em parques), mas em geral era confiável o suficiente. Lembre-se que isso ainda está na fase alpha, então não estamos nem falando de uma versão beta.

O modo de realidade aumentada reconhece prédios e dá as direções de acordo com eles. Captura de tela: Gizmodo

Quando o Google Maps entende onde está, você pode começar a usar de fato os recursos de realidade aumentada. As direções podem aparecer como um ponto azul discreto nas laterais da tela, um pontilhado azul confirmando que você está no caminho certo ou (quando chegar perto de uma curva ou conversão) enormes setas animadas que apontam para a próxima rua que você precisa pegar.

Sendo este AR, esses gigantescos ponteiros flutuantes movem-se enquanto você se move e a câmera, e eles funcionam muito bem para ajudá-lo a descobrir aonde você deveria ir. O AR elimina todas as dúvidas sobre se você está enfrentando o caminho certo ou se está no seu turno, e ter o mapa também na tela abaixo (em um semicírculo menor) torna as instruções ainda mais fáceis de seguir.

O aplicativo diz para abaixar o telefone. Para ativar o modo de realidade aumentada, basta levantá-lo de novo. Captura de tela: Gizmodo

Quando você precisa ir em frente, isso também é indicado claramente no aplicativo, e os nomes das ruas são incluídos para que você possa conferir com as placas. Quando você chegar perto de seu destino, ele estará marcado com um alfinete vermelho do Google Maps.

Este não é um modo que você mantém ativado e aberto o tempo todo — é algo que você ativa a cada alguns minutos para pegar mais instruções. Ao abaixar o telefone, ele volta para a visualização normal; ao levantá-lo, o modo de realidade aumentada volta a funcionar. Você pode ajustar esse comportamento nas configurações do Google Maps.

O modo de realidade aumentada está em desenvolvimento e nem sempre funciona. Captura de tela: Gizmodo

O aplicativo em si avisará você para não manter o telefone na sua frente por muito tempo. O aviso aparece depois de apenas alguns segundos ou alguns passos, porque ele realmente não foi feito para uso prolongado. A ideia é que você se atenha à visualização de navegação tradicional e vá para a realidade aumentada apenas quando houver alguma dúvida sobre para onde você precisa ir em seguida.

Na verdade, é mais para quando você está parado e não quando você está andando. O GPS não é muito confiável quando você está entre arranha-céus gigantes ou outros grandes prédios urbanos. Por isso, esse recurso pode ser muito útil no futuro.

Pense nisso como um bônus adicional à navegação a pé, e não como um modo alternativo no qual você vai gastar muito tempo. É algo que você vai usar quando estiver em cruzamentos complicados, ou quando você estiver saindo do metrô, ou quando a localização do GPS do seu telefone estiver muito confusa.

Infelizmente, ainda não há sinal de quando veremos em nossos smartphones a raposa que apareceu na demo do Google no I/O 2018. O Google ainda deve estar pensando em como guiar as pessoas usando a nova tecnologia. Mesmo assim, ela já é bastante impressionante — ative-a caso ela apareça em seu app do Google Maps.

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KaiOS: sistema para celulares simples com WhatsApp chegará em breve ao Brasil

Posted: 28 Mar 2019 08:10 AM PDT

Se em sua volta, amigos e familiares só usam smartphones, saiba que você é privilegiado, sim. O fato é que ainda existe muitos feature phones (celulares com sistemas simples) por aí, seja pela limitação de conexão em determinados locais ou mesmo pelo alto preço dos celulares inteligentes. Pensando neste público é que surge o KaiOS, um sistema operacional para aparelhos simples, que conta com algumas funções de smartphones (como suporte ao WhatsApp), e que deve desembarcar em breve no Brasil.

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Até o momento, pelo menos três marcas que atuam localmente já estão considerando trazer aparelhos com o KaiOS: Positivo, SempTCL e Multilaser.

O KaiOS é baseado em Linux e é praticamente uma ressureição do Firefox OS (lembra?). A ideia por trás dele é ser um meio termo entre um smartphone e um feature phone (que eles chamam de “smart feature phone“) por ser um dispositivo simples com funções mais espertas.

Estamos falando aqui de aparelhos com bateria que duram dias, tenham telas pequenas e possibilitem uso de redes sociais, navegação na internet e comandos de voz. Sobre preço, a ideia é ficar em algo entre R$ 250 e R$ 300 — pelo menos estas foram as estimativas que alguns fabricantes nos deram.

Em entrevista do TechCrunch, Sebastien Codeville, CEO do KaiOS Technologies, ressalta a questão do preço como atrativo dos aparelhos com o KaiOS. "Smartphones são relativamente baratos, com aparelhos baratos na casa dos US$ 35, mas os KaiOS têm preço entre US$ 15 e US$ 20. É ainda a metade do preço de um smartphone. Além disso, há feature phones com preço entre US$ 7 e US$ 8, mas eles não têm acesso a maioria dos serviços móveis. Então, o KaiOS fica no meio dessas alternativas."

Codeville ainda diz que apesar do apelo para mercados emergentes, existe também a possibilidade de atingir públicos em mercados mais maduros, como idosos (que preferem aparelhos mais simples), trabalhadores manuais que precisam de dispositivos mais resistentes e praticantes de esportes radicais. Ou mesmo, no caso do Brasil, poderia servir até como um aparelho para ir a eventos com grandes aglomerações, como blocos de Carnaval.

Lógico, a loja de apps do KaiOS não é das mais vastas, mas as grandes plataformas estão de olho no crescimento. Já tem versão do Facebook e do WhatsApp para o KaiOS. Além disso, o Google apresentou na Mobile World Congress 2019 funções do Assistant para a plataforma — o que deve ajudar no processo de fazer buscas e digitação com a função Voice Typing (como é difícil digitar nos teclados desses aparelhos, eles deverão contar com um conversor de voz em texto).

Celulares com sistema KaiOSAlguns dos celulares com o sistema KaiOS. Este amarelão em destaque é o Nokia do “Matrix”. Crédito: KaiOS

Ué, mas quem vai querer algo assim em pleno século 21? A GSMA (Global System for Mobile Communications Association), um grupo que reúne operadoras móveis de todo o mundo, estima que 134 milhões de pessoas na Índia não têm capacidade financeira para comprar o smartphone mais barato com acesso à internet. Só no país asiático, foram vendidos 54 milhões de unidades de celulares com o KaiOS — mundialmente já foram comercializados 85 milhões.

Esses números absurdos atingidos na Índia fizeram com que a plataforma se tornasse a segunda do país, perdendo apenas para a plataforma Android. No mundo, o KaiOS já é a terceira plataforma, segundo o StatCounter, muito atrás de Android e iOS, respectivamente.

Então, se existe este tipo de desafio no segundo maior mercado de telefonia móvel do mundo, por aqui, o quarto mercado, também tem essa demanda.

Apesar dos feature phone estarem em declínio no Brasil, o fato é que existem muitas áreas sem cobertura 3G ou 4G no território nacional, então ainda existe mercado para este público que busca aparelhos mais simples

Por ora, dentre as fabricantes locais, a Positivo está entre as que devem lançar ainda neste ano aparelhos com KaiOS no mercado nacional. "O fato é que existe um grande potencial em áreas de baixa renda do país e que acabam tendo um desafio semelhante com o da Índia", disse Jorge Bosch, gerente de produto da Positivo, em conversa com o Gizmodo Brasil.

Reinaldo Paleari, gerente de mobilidade da SempTCL, pensa de forma parecida. Segundo ele, o mercado de feature phones atende vende 2,7 milhões por ano e que atende prioritariamente um público com limitações financeiras. Neste processo, diz, o “KaiOS é uma maneira de trazer um pouco mais de funcionalidades para esses aparelhos e para este público".

Ainda não há previsão para chegar ao Brasil, algumas empresas disseram que a expectativa é de tê-los no terceiro trimestre, enquanto outras preferiram não dar detalhes.

No entanto, o objetivo da Positivo, uma das que vão trazer aparelhos KaiOS ao Brasil, será trabalhar no varejo para tornar esses aparelhos conhecidos. "Trabalhamos muito com nosso principal canal de vendas, que é o varejo. É um ponto focal muito importante para explicar isso aos consumidores. Além disso, temos presença em todos os estados e trabalhamos bastante com nossos parceiros”, afirmou Boerch, da Positivo.

Para ter algum sucesso, fico pensando que esses aparelhos também devam vir com boas ofertas de planos móveis. Na Índia, a operadora Jio adotou uma tática arriscada de oferecer dados e voz ilimitados para os compradores dos aparelhos. Fico curioso para saber se tal prática vai se repetir no Brasil.

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Reino Unido encontra brechas de segurança em equipamentos da Huawei

Posted: 28 Mar 2019 07:31 AM PDT

Logo da Huawei

O tempo fechou para a Huawei nesta quinta-feira (28). Um relatório do Centro de Cibersegurança Nacional do Reino Unido encontrou “defeitos estruturais” na engenharia de software e processos de segurança da empresa. De acordo com as autoridades britânicas, as brechas poderiam ser utilizadas por hackers independentes ou por governos, apresentando riscos para a segurança nacional.

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A Huawei é a maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo e peça chave na instalação da infraestrutura da tecnologia 5G. A companhia vem sofrendo acusações dos Estados Unidos, que afirmam que a tecnologia da Huawei poderia ser cooptada pelo governo chinês para fins de espionagem. A empresa nega.

Apesar da pressão dos EUA, diversos países ignoraram os alertas e seguiram adiante em parcerias com a Huawei – Alemanha, Índia e os Emirados Árabes Unidos já sinalizaram que devem fechar contratos com a companhia.

O relatório britânico aponta para falhas de segurança, reforçando que foram encontrados “problemas técnicos significativos nos processos de engenharia da Huawei, levando a novos riscos nas redes de telecomunicações do Reino Unido”. Porém, o documento não impõe restrições nem bane a companhia do país.

Em um comunicado, a Huawei disse que “compreende as preocupações e as leva a sério”.

De acordo com o New York Times, o relatório aponta que a empresa não consegue replicar boa parte do software que desenvolve e que, por isso, as autoridades não puderam se assegurar sobre qual código estava sendo introduzido nas redes sem fio do país. Eles acrescentaram que a Huawei não supervisionava os fornecedores que entregavam componentes para seus produtos.

Desde 2010, o Reino Unido tem um conselho encarregado de supervisionar as operações da Huawei. Os produtos e os códigos da empresa são analisados em um laboratório de segurança a cerca de 110 quilômetros de Londres. O conselho disse que a Huawei não teve “progresso material” na resolução de falhas de segurança identificadas no relatório do ano passado.

As autoridades não acreditam que os defeitos encontrados sejam “resultado da interferência estatal chinesa”.

Banir as operações da Huawei pode representar perdas econômicas significativas, uma vez que a adoção do 5G ficaria comprometida. De acordo com o Guardian, a participação da empresa chinesa nos planos de disponibilização do 5G no Reino Unido deve ser definida nas próximas semanas, após uma análise governamental do mercado de infraestrutura e telecomunicações.

[The New York Times, The Guardian]

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Uma mulher passou a vida toda sem sentir dor, achando que isso era normal

Posted: 28 Mar 2019 06:58 AM PDT

Chama de um fogão

Durante toda sua vida, uma mulher escocesa fraturou ossos, teve sua pele queimada e passou por uma cirurgia sem sentir nada de dor — e ela não percebia que estava passando por algo super incomum, segundo um novo estudo de caso.

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Os cientistas estão interessados em pessoas que sentem pouca dor, como uma forma de encontrar maneiras de ajudar aqueles que sofrem com isso. Neste caso da escocesa, a mulher foi ao hospital para fazer uma cirurgia na mão que, normalmente, é bem dolorosa, mas ela não precisou de analgésicos após o procedimento. Achando aquilo esquisito, uma equipe de pesquisadores percebeu que a condição dela estava ligada com um processo de mutação genética.

Anteriormente, a mulher tinha sido diagnosticada com artrite no quadril, o que ela não sentia, apesar "da alta gravidade da degeneração na articulação", segundo o estudo. Ela passou toda sua vida sem sentir dor até que perceberam que estava ocorrendo algo estranho — nesse meio tempo, ela fez procedimentos dentários sem anestesia, não sentia dor com cortes ou ossos quebrados, e houve até casos em que sua pele estava sendo queimada e ela só notou ao sentir o cheiro. Ela chegou a dizer aos pesquisadores que conseguia comer pimenta malagueta sem nenhum outro efeito além de um "ardor agradável" na boca. Ah, e ela não sentia nenhum tipo de ansiedade, depressão, medo ou pânico — nem mesmo durante um acidente de carro recente, segundo o estudo.

Os médicos recomendaram que ela falasse com a equipe de genética da University College London, que sequenciou seu genoma, de seus filhos e de sua mãe, buscando alguma alteração que estivesse causando essa tolerância à dor.

O culpado parecia ser a falta de um DNA do "pseudogene" FAAH-OUT, que são versões degradadas de genes funcionais que antes achavam que era "lixo", mas que frequentemente têm um papel importante. A mulher também tinha uma mudança de nucleotídeo (os blocos de construção do DNA) no gene FAAH, que é responsável por um enzima chamada amido hidrolase de ácido graxo. Estudos anteriores também mostraram que as pessoas com pequenas variações no gene FAAH têm menos ansiedade e sentem menos dor.

Agora, os pesquisadores esperam explorar esta parte de nosso genoma para ajudar as pessoas que sofrem com dores crônicas e ansiedade, segundo o estudo publicado no British Journal of Anaesthesia.

"É muito empolgante trabalhar com pacientes raros que não sentem dor e, com sorte, identificar novos analgésicos como consequência desse trabalho", diz James Cox, autor do estudo e professor do Instituto Wolfson para Pesquisa Biomédica da University College London, ao Gizmodo.

O estudo aponta que testes de remédios com objetivo de interromper a dor inibindo a produção do FAAH até o momento não tiveram bons resultados. Mas, talvez, mirar no pseudogene FAAH-OUT pode ser uma estratégia melhor.

Em última análise, este é apenas um estudo de caso, e há ainda muito trabalho a ser feito antes de declararmos vitória sobre a dor. Também não é possível dizer que apenas parte do genoma é ligada à dor. Outros genes parecem afetar como as pessoas sentem dor, como no caso da professora italiana Letizia Marsili. Ela, por exemplo, não sente dor graças a uma mutação no gene ZFHX2.

Apesar de ser ruim, a dor tem um papel importante — deve ser ruim estar queimando e só perceber ao sentir o cheiro de sua própria pele queimada. No entanto, a dor, especialmente a crônica, pode reduzir significativamente a qualidade de vida de uma pessoa, e novas estratégias para reduzi-la são mais do que urgentes. Cox espera que, com a ajuda da tecnologia da edição de genes, os cientistas irão em breve conseguir desenvolver novas terapias para o tratamento desse problema tão antigo.

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McDonald’s compra startup para te ajudar a personalizar e agilizar pedidos

Posted: 28 Mar 2019 05:51 AM PDT

Fechada do McDonald's

O McDonald’s vai recomendar itens do cardápio de acordo com as suas preferências. Quando você passar no drive-thru, será como se estivesse no site da Amazon, navegando por itens e recebendo recomendações que “você provavelmente também vai gostar”. Como? Usando dados de consumo dos clientes e dados de contexto.

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A companhia anunciou no começo desta semana a aquisição da Dynamic Yield, uma empresa de tecnologia especializada em recomendações a partir de machine learning. Os algoritmos da startup reunem dados e tendências de consumo e oferece recomendações personalizadas, como as que vemos em diversas lojas virtuais.

O sistema empregado no McDonald’s funcionará inicialmente no drive-thru, e as estações de atendimento irão mostrar sugestões de acordo com o clima, horário do pedido e itens de menu que sejam “tendência”. Quando um cliente passar pela rede de fast food em um dia quente, é provável que sugiram que você compre um smooth ou um sorvete, por exemplo.

Uma vez que o pedido é iniciado, o sistema leva em consideração os itens já selecionados para fazer novas recomendações:

Painel mostra sugestões de itens a serem adicionados no pedido do McDonald's

O McDonald’s já testou o sistema em diversas unidades dos Estados Unidos em 2018. O plano é empregar o software por todo o país em 2019 e, em seguida, exportá-lo para os demais mercados. A companhia também pretende oferecer a tecnologia nos quiosques de autoatendimento e no aplicativo para smartphone.

O valor da aquisição da Dynamic Yield não foi revelada, mas o TechCrunch afirma que um fonte próxima à negociação revelou que o acordo foi de mais de US$ 300 milhões. É a maior aquisição do McDonald’s em 20 anos.

A Dynamic Yield ainda irá operar como uma empresa independente e tem liberdade para atender outros clientes.

[TechCrunch]

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Pesquisadores criam joias anticoncepcionais em tentativa de encontrar método não-invasivo

Posted: 28 Mar 2019 03:56 AM PDT

Atualmente, quando se trata de não engravidar, o fardo cai quase completamente sobre as mulheres. E a menos que você tenha feito uma extremamente dolorosa inserção de DIU, vários dos métodos comumente usados exigem uso constante para atingir seu máximo de eficácia. É por isso que pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos EUA, querem que as mulheres tenham a opção de vestir seu contraceptivo na forma de uma joia.

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Os pesquisadores publicaram suas descobertas no Journal of Controlled Release neste mês. Seu trabalho ilustra como eles estão desenvolvendo o que descrevem como uma joia farmacêutica — um brinco, um anel, um colar e um relógio de pulso equipados com um adesivo transdérmico que entrega o hormônio contraceptivo levonorgestrel. Esse hormônio é geralmente usado prevenir a gravidez depois da relação sexual no caso de o anticoncepcional inicial ter falhado ou sido usado incorretamente. Ele é normalmente administrado em pílulas. Esse remédio é também encontrado em DIUs como Mirena, Kyleena e Skyla.

“Nós, portanto, esperamos que administrar o levonorgestrel através da pele a partir de um adesivo em um brinco deve ser tão eficaz quanto fazê-lo com um DIU ou um implante, contanto que mantenhamos a concentração correta de medicamento no sangue”, disse ao Gizmodo Mark Prausnitz, professor da Escola de Engenharia Química e Biomolecular do Instituto de Tecnologia da Geórgia e um dos três pesquisadores envolvidos no estudo.

Os pesquisadores ainda precisam testar as joias contraceptivas em humanos, mas eles já realizaram um teste com um brinco em ratos. Eles o aplicaram durante 16 horas e o retiraram por 8 horas a cada período de 24 horas, de forma a refletir a duração da utilização de alguém que vista a peça durante o dia.

“Nossos experimentos iniciais nesse estudo fornecem prova de princípio de que podemos fazer isso em ratos”, disse Prausnitz. O estudo apontou que as concentrações do hormônio abaixaram quando o adesivo foi retirado, mas permaneceram “bastante acima do limite contraceptivo humano”. Prausnitz afirmou que é necessário “mais desenvolvimento e estudos futuros em humanos” para confirmar se um brinco com o adesivo é tão eficaz quanto implantes anticoncepcionais, como o DIU.

Adesivos de controle de natalidade já existem — eles podem ser usados na barriga, no braço, nas nádegas ou nas costas, de acordo com a organização norte-americana Planned Parenthood, e precisam ser substituídos a cada semana durante três semanas, com uma semana de pausa entre os ciclos. Se usados perfeitamente, eles são 99% eficazes, mas a Planned Parenthood aponta que, “na realidade, o adesivo é cerca de 91% eficaz”, com espaço para erros.

Se — e isso é um grande “se” — sua eficácia for provada, as joias contraceptivas seriam únicas em sua forma. Minha primeira reação foi de que soa como um método de administração medicinal bastante inofensivo. Não acho que exista algo inerentemente errado em ter mais opções de anticoncepcional para escolher, especialmente novas alternativas indolores e não-invasivas. Minha segunda reação foi: eu adoraria ver mais pesquisas sobre contraceptivos masculinos, em vez de um jeito mais bonitinho de as mulheres prevenirem a gravidez. Perguntei a Prausitz se sua equipe estava explorando métodos anticoncepcionais masculinos, e ele disse que não estão criando nenhum novo tipo, apenas melhorando a maneira de tomá-los.

“Existem pesquisas ativas sobre contraceptivos masculinos, mas não estamos envolvidos atualmente”, afirmou. “Se e quando houver um bom anticoncepcional masculino, então ficaríamos animados em desenvolver um sistema de administração (do medicamento) que seja otimizado para ele.”

Minhas colegas que tomam ou já tomaram contraceptivos acharam que, na melhor das hipóteses, a joia anticoncepcional era bonitinha — e enervante na pior delas. Aquelas que ficaram entre em um meio-termo também se perguntaram por que não estão gastando mais energia em desenvolver novos mecanismos pelos quais os homens também possam considerar tomar o contraceptivo. Outras ficaram preocupadas se se lembrariam de colocar os brincos todos os dias pela quantidade necessária de tempo ou mesmo se iriam querer usá-los na maioria dos dias.

Uma colega que odiou o brinco anticoncepcional apontou que a presença da joia pode indicar a alguns que você está tentando evitar gravidez, o que, em círculos mais conservadores, cria conflito indesejado. E a ausência do brinco também pode sinalizar para alguns que você está tentando engravidar. Claro, muitas pessoas usam brincos. Seria necessária uma adoção bastante ampla para que esse tipo de método começasse a criar indícios visuais de se você está transando ou não. Mas, certamente, é algo a se pensar.

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