quinta-feira, 7 de março de 2019

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Seu navegador ficou maluco? Saiba como restaurar as configurações

Posted: 06 Mar 2019 02:08 PM PST

Ícones dos quatro principais navegadores

Como uma reinstalação do sistema operacional, a redefinição do navegador pode corrigir todos os tipos de problemas e melhorar o desempenho ao mesmo tempo: corrigir erros irritantes, eliminar extensões desatualizadas e deixar o navegador novo em folha. Veja como fazer isso em todos os principais browsers.

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Normalmente, isso não afeta seus favoritos ou senhas salvas: todas as informações que você depende para fazer suas coisas na internet. Alguns navegadores também permitem que você limpe todos esses dados (geralmente associados a uma conta de usuário vinculada), mas explicaremos quando esse for o caso.

Google Chrome

Se você é usuário do Google Chrome, precisa abrir o menu do Google Chrome (através do ícone de três pontos no canto superior direito) e escolher Configurações. Clique em Avançado para abrir o segundo painel de opções e clique em Restaurar configurações para os padrões originais e Redefinir configurações.

A página de inicialização volta ao padrão, o Google se torna seu mecanismo de pesquisa novamente e todas as guias fixas são apagadas da memória. Os dados de navegação, como os cookies, são apagados (embora não aconteça o mesmo com o seu histórico de navegação) e todas as suas extensões serão desativadas, mas não removidas.

Captura de Tela: Gizmodo

Para apagar uma extensão corretamente, abra o menu do Google Chrome novamente e escolha Mais ferramentas, em seguida, Extensões. Clique em Remover ao lado de qualquer extensão que você queira apagar permanentemente. Lembre-se de primeiro salvar todos os dados que você deseja manter, se necessário.

Também é possível limpar tipos individuais de conteúdo do navegador Google Chrome: No painel Configurações, você precisa selecionar Avançado e Limpar dados de navegação. Você pode limpar tudo, desde o histórico de navegação até o cache de arquivos, sem afetar nenhuma das outras coisas que o navegador tenha armazenado.

Mozilla Firefox

Você está usando o Firefox? Abra o menu do navegador (as três linhas horizontais no canto superior direito) e escolha Ajuda e Informações para resolver problemas. Na guia que for aberta, selecione Restaurar o Firefox para redefinir o navegador.

Mais uma vez, suas senhas e favoritos não são afetados, nem as suas guias abertas. Todos os complementos e personalizações instalados são removidos, então você está efetivamente de volta à estaca zero com o navegador, mas com os dados da sua conta intactos. É como fazer uma nova instalação do Firefox em um novo computador.

Captura de tela: Gizmodo

Se você quiser apenas lidar com uma extensão problemática em vez de redefinir totalmente o navegador, poderá encontrá-la em Extensões no menu do Firefox. Clique em Extensões e em seguida Remover ao lado de todas as opções das quais você deseja se livrar.

Você perceberá que há também uma opção Reiniciar com extensões desativadas ao lado do botão Restaurar o Firefox. Isso coloca o Firefox em um "modo de segurança" para que você possa solucionar problemas que possam ser causados ​​por uma extensão – as extensões também podem ser removidas no modo de segurança usando o processo descrito acima.

Safari

Infelizmente, o Safari não possui um recurso de redefinição, embora tivesse em versões mais antigas. Você pode redefinir o macOS completamente, colocando todo o seu Mac (e Safari) de volta ao seu estado de fábrica, ou você pode percorrer as partes individuais do Safari para limpá-los um por um.

Então, abra o menu do Safari e clique em Preferências – é onde todas as opções do navegador são mantidas. Alterne para a guia Extensões, por exemplo, e lá você pode remover qualquer complemento que esteja causando problemas ou que não seja mais necessário.

Captura de tela do browser SafariCaptura de tela: Gizmodo

Além das extensões, as redefinições do navegador normalmente limpam todos os cookies locais e dados temporários (então você precisa fazer login no Facebook, no Gmail e em todo o resto de novo). Para os cookies, vá até Privacidade na caixa de diálogo Preferências, clique em Gerenciar dados de sites e escolha Remover Tudo na tela seguinte.

Quanto a se livrar do cache de arquivos temporários armazenados no seu computador pelo Safari, você precisa primeiro abrir a guia Avançado em Preferências, em seguida, marque Mostrar menu Desenvolvedor na barra de menus e abra o menu Desenvolvedor (que apareceu magicamente). Em seguida, escolha Esvaziar Caches. Com isso feito, você está mais ou menos de volta ao zero no Safari.

Microsoft Edge

Quando se trata do novo navegador da Microsoft, mais uma vez existem opções de reparar e redefinir separadas, mas elas não estão realmente no navegador. Você precisa abrir o painel Configurações do Windows 10 e escolher as Aplicativos, Microsoft Edge e Opções Avançadas.

Use Reparar se você não conseguir realmente iniciar o Microsoft Edge ou Redefinir para limpar os dados do Edge armazenados no dispositivo que estiver usando no momento – no caso do Edge, seu histórico de navegação será apagado e você irá sair do sites nos quais você está logado (então você tem que se logar novamente). As extensões não são removidas, mas são redefinidas e aparecem como se acabassem de ter sido adicionadas.

Função de reset do Microsoft EdgeCaptura de tela: Gizmodo

Como de costume, você pode alterar esses vários elementos individualmente, se quiser. Abra o menu do navegador Edge (três pontos, no canto superior direito) e escolha Extensões para ver todas as extensões do navegador que você instalou. Cada uma pode ser desativada ou você pode clicar no ícone de engrenagem e escolher Desinstalar.

Quando se trata de dados de navegação e cookies, você precisa escolher Configurações no menu do Edge, depois em Privacidade e Segurança, e depois, em Escolher o que limpar. Faça suas escolhas usando as caixas de seleção (cookies e dados armazenados em cache, por exemplo) e clique em Limpar.

Opera

Se você instalou o Opera, sua opção de redefinição é, na verdade, chamada de recuperação, mas faz o mesmo trabalho, colocando o navegador de volta ao estado padrão. Você terá mais controle sobre o processo do que alguns outros navegadores também.

Clique no botão Opera no canto superior esquerdo da interface do navegador e selecione Atualização e Recuperação. Clique em Recuperar e você poderá ver suas opções: as guias, os cookies e os dados temporários serão removidos, as extensões serão desativadas, mas você poderá optar por preservar ou não seus favoritos, histórico e senhas salvas.

Captura de Tela: Gizmodo

Se você decidir limpar tudo em vez de manter seus dados pessoais, as extensões serão desinstaladas em vez de desativadas. Para remover extensões manualmente do navegador, você precisa abrir o menu Visualizar e escolha Exibir Extensões.

Para obter mais controle sobre o que é excluído e o que não é, abra o menu do Opera e escolha Configurações. Clique em Avançado e Limpar dados de navegação para remover tipos específicos de dados do navegador, incluindo seu histórico de navegação, arquivos em cache, cookies, preenchimento automático de dados do formulário e assim por diante.

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Apple vai supostamente consertar iPhones mesmo que eles tenham baterias de terceiros

Posted: 06 Mar 2019 01:08 PM PST

Diversos veículos de imprensa estão noticiando que a Apple alterou sua política em relação a reparos em iPhones com substituição de baterias feita por terceiros. As notícias dizem que a empresa irá agora consertar iPhones mesmo que o dispositivo tenha uma bateria que não seja da Apple dentro. E como as baterias são talvez o reparo mais essencial para um dispositivo móvel, isso é importante não só para os donos de iPhone, mas também para o movimento mais amplo de direito de reparo.

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No início desta semana, o site francês de tecnologia iGeneration foi o primeiro a identificar mudanças na política de reparos da Apple, que, segundo o portal, entraram em vigor em 28 de fevereiro. Citando “um documento interno obtido… de três fontes confiáveis”, o MacRumors corroborou essa notícia, assim como seus detalhes.

Ambos os sites dizem que a Apple instituiu uma nova política pela qual os proprietários de iPhone com baterias de terceiros serão elegíveis para reparos nas Apple Stores assim como nos Centros de Serviço Autorizado Apple (AASPs). Anteriormente, os técnicos eram instruídos a negar serviço em iPhones com baterias que não fossem da Apple.

Se as informações estiverem corretas, os proprietários de iPhone com baterias de terceiros podem agora levar seus dispositivos para o Genius Bar ou um AASP e reparar outros componentes (como tela, placa lógica, microfone ou câmera).

Caso se trate de uma reparação relacionada apenas a baterias, a Apple ou o técnico autorizado irá supostamente substituir a bateria de terceiros por uma da Apple. O técnico também terá o arbítrio de substituir todo o telefone caso as guias da bateria estejam quebradas ou faltando ou se houver excesso de adesivo. Em outras palavras, parece que a Apple ainda irá reparar seu dispositivo se você tiver feito um reparo descuidado com terceiros.

É difícil saber exatamente o que significa a política de reparo da Apple supostamente aprimorada porque ainda não sabemos todos os detalhes. Entramos em contato com a Apple para confirmar as informações veiculadas pela imprensa e iremos atualizar esta publicação se tivermos uma resposta.

Enquanto isso, uma conversa com o Suporte da Apple sugeriu, sim, que algumas mudanças haviam sido feitas. O representante disse que a empresa alterou recentemente uma política que permitiria que o Genius Bar ou um AASP substituísse baterias de terceiros por dispositivos fora de garantia. O representante também disse que um reparo de tela em um iPhone com uma bateria de terceiro “ficaria a critério do técnico inspecioná-lo”. Supostamente, um técnico não iria querer trabalhar em um telefone que contivesse uma bateria que parecesse que poderia explodir. Algumas pessoas sugeriram que a segurança e a proteção são razões pelas quais a Apple não quer reparar iPhones com baterias de terceiros.

No entanto, existe um cenário maior envolvido aqui. Mesmo um pouco de mudança na frente de reparo da Apple deve ser muito empolgante para os ativistas de direito ao reparo, que lutam há anos por pequenas mudanças nas políticas, como o caso da bateria de terceiros. Em primeiro lugar, se essa notícia da bateria for verdadeira, ela representaria mais uma grande concessão feita pela Apple na luta mais ampla para dar aos consumidores mais controle sobre seus aparelhos. Há dois anos, a empresa disse que a substituição de telas feita por terceiros não anularia mais as garantias do iPhone, o que foi um grande passo para a parte do público desajeitada que sempre acaba com telas rachadas.

Mas as baterias são quase mais importantes que isso, uma vez que são inerentemente propensas à degradação e, com o tempo, a falhas. A Apple, um pouco vergonhosamente, deixou esse fato bem claro quando secretamente desacelerava os iPhones mais antigos para evitar que suas baterias envelhecidas causassem desligamentos inesperados. Após semanas de polêmica, a empresa finalmente decidiu cortar o preço das substituições de bateria fora de garantia de US$ 79 para US$ 29 para certos iPhones nos Estados Unidos, embora alguns clientes tenham sido forçados a pagar por reparos mais caros antes de obter a substituição barata da bateria. Todo esse drama público chamou a atenção para o fato de que as baterias do iPhone não duram para sempre, e é seguro supor que isso fez com que mais pessoas pensassem em substituir as baterias.

Isso então levanta a questão de se a Apple quer ou não que as pessoas substituam as suas baterias. A companhia admitiu que essas substituições de baterias baratas prejudicaram as vendas do iPhone, então você imaginaria que a empresa iria gostar de manter uma política que desencorajasse as substituições de baterias que não envolvessem colocar dinheiro no bolso da Apple. No entanto, a nova política de reparo, caso as notícias sejam verdadeiras, daria aos usuários de iPhone mais opções para substituições mais baratas com menos consequências, o que, por sua vez, desencorajaria ainda mais as pessoas de comprar iPhones. Do que se trata isso?

Eis uma hipótese absurda: talvez a Apple esteja realmente ouvindo seus clientes. A explosão de opções de terceiros é a prova de que as pessoas querem escolher quando se trata de reparar seus dispositivos. Então, talvez a Apple esteja tentando fornecer aos usuários de iPhone uma experiência geral melhor, uma que não os prenda em opções de reparo tão desagradáveis que eles talvez considerem abandonar os iPhones completamente e obter um desses novos e incríveis telefones Samsung com câmera tripla. Talvez a Apple esteja olhando para um futuro incerto e fazendo o que pode para permanecer tão rica quanto possível.

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O que é ray tracing e por que esta técnica de gráficos para games é tão interessante

Posted: 06 Mar 2019 12:01 PM PST

A Nvidia anunciou recentemente novas placas gráficas de ponta com uma designação RTX anexada aos números dos modelos – o que o RTX indica são as capacidades aprimoradas de ray tracing (traçado de raios) da placa, o que pode trazer um novo nível de realismo aos jogos. Aqui está o que você precisa saber sobre o ray tracing e como ele vai aparecer nas placas gráficas do futuro.

O nome é uma indicação do que o Ray Tracing realmente é: tentar determinar o caminho dos fótons de luz em ambientes virtuais, para que esses ambientes virtuais pareçam tão realistas quanto possível. Ser capaz de descobrir como a luz deve agir em uma cena requer muito poder computacional, ainda mais quando objetos e fontes de luz começam a se mover (como tendem a fazer em jogos e filmes).

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O ray tracing não é algo novo. Os programadores têm feito experiências desde os primeiros dias da computação gráfica. O que mudou ao longo do tempo é quão realista e detalhado ele pode ser e o quão rápido ele pode ser computado, com as novas placas da Nvidia a tecnologia está dando um novo salto.

Como o Ray Tracing funciona

Demonstração de iluminação de cena com tecnologia Ray TracingImagem: Nvidia

O ray tracing tenta descobrir o caminho da luz, imaginando o olho observando uma cena e fazendo o caminho inverso, até a fonte de luz. A cor de cada pixel deve ser calculada com base nos objetos de uma cena, na relação entre eles e no número, tipo e posição das fontes de luz da cena – não é um conjunto simples de cálculos.

O modo como a luz incide sobre um pano preto é diferente de como ele cai em uma esfera cromada, é claro, e os algoritmos de traçado de raios precisam levar em conta todas essas propriedades de cada objeto em vista de cada fonte de luz que incide neles. A luz salta e reflete também, tornando ainda mais difícil o processo de descobrir as cores de milhões de pixels.

Como resultado, é necessário uma enorme quantidade de poder de processamento. Já vemos cenas utilizando o ray tracing de alta qualidade há anos, mas elas têm sido restritas a imagens estáticas ou cenas que podem ser processadas com bastante antecedência – cenas de efeitos especiais em filmes conseguiram implantar o ray tracing muito antes dos videogames, porque enorme sistemas computacionais podem passar dias calculando a física de uma cena.

A Pixar até publicou um artigo sobre como usou o ray tracing no filme Carros. "Adicionar o ray tracing ao renderizador permite muitos efeitos adicionais, como reflexos precisos, sombras detalhadas e oclusão de ambiente", explica a Pixar. (Oclusão de ambiente é uma técnica usada para melhor entender onde a luz é bloqueada em uma cena, e como isso é representado na tela).

Imagem: Nvidia

Muitos dos efeitos impressionantes trazidos pelo ray tracing – reflexos, sombras, refrações – já existem em jogos de computador, mas os detalhes desses efeitos são em grande parte falsificados ou estimados por artistas gráficos. A mudança para o traçado de raios verdadeiro e em tempo real foi comparada à mudança de gráficos pintados por artistas para gráficos calculados pela física.

Até agora, os jogos dependiam somente de uma técnica de renderização chamada rasterização, onde, em vez de bombardear uma cena com milhões de raios de luz virtual em todas as direções, os processadores gráficos calculam como os milhões de triângulos que compõem os modelos 3D deveriam parecer convertidos em pixels e imagens planas em 2D, mas somente um por vez. Raios de luz simulados vindos diretamente de uma fonte de luz virtual influenciam a cor e o brilho desses pixels renderizados, mas vários triângulos não podem afetar um ao outro, exigindo sombras, iluminação indireta e reflexos para que todos sejam inteligentemente simulados.

Nos melhores jogos de hoje, no melhor hardware, parece fantástico – mas ainda não é como olhar para o mundo real. O ray tracing em tempo real promete outro passo nessa direção.

Imagem: Nvidia

A luz é particularmente difícil de parecer certa com a rasterização: ela é tratada mais ou menos como uma linha reta, iluminando os lados dos objetos mais próximos da fonte de luz e projetando uma sombra do outro lado, mas no mundo real ela não funciona assim.

Graças aos engenheiros da Nvidia, Microsoft e outros, chegamos agora ao estágio em que a iluminação ultra-realista pode ser mapeada sem ser pré-renderizada. Você deve ver a diferença mais claramente em configurações de iluminação complicadas, onde há uma fileira de portas de vidro, ou um vitral, ou uma cachoeira.

Ray tracing nas placas Nvidia

Imagem: Nvidia

Com a mudança de nome de RTX para GTX, a Nvidia está fazendo um grande estardalhaço em cima dos recursos de ray tracing de sua nova série de placas. Essas placas e as GPUs de Turing contidos neles foram projetados especialmente para lidar com os tipos de cálculos avançados e exigentes que o rastreamento de raios exige.

Se você pensar em como a luz viaja através de uma cena – literalmente na velocidade da luz – e como sombras, reflexos e refrações são formados (como quando a luz passa pela água), é perfeitamente compreensível por que as placas gráficas caseiras demoraram todo esse tempo para chegar a um estágio em que o ray tracing em tempo real é possível.

Confira a demonstração de Shadow of the Tomb Raider da Nvidia abaixo, por exemplo. Já vimos truques de iluminação como esse antes, mas não com os mesmos detalhes ou com o mesmo nível de realismo: observe como a forte luz de fundo é suficiente para transformar objetos e pessoas em silhuetas completas, algo que precisa do poder do ray tracing para funcionar adequadamente.

É algo que engenheiros e pesquisadores vêm trabalhando há meio século, tanto na computação quanto na produção de filmes. A melhor cena de computação gráfica no cinema agora parece parte do mundo real, com reflexos e refrações e tudo, e agora as novas placas da Nvidia prometem trazer o mesmo realismo aos jogos.

"O ray tracing em tempo real substitui a maioria das técnicas usadas hoje em renderização padrão por cálculos ópticos realistas que reproduzem a maneira como a luz se comporta no mundo real, oferecendo imagens mais reais", disse a Nvidia.

Outro exemplo mostrado abaixo vem de uma demonstração da tecnologia dentro do Unreal Engine publicada em março. Observe os detalhes e a qualidade das reflexões na cena – de repente, ela mal se distingue da ação ao vivo (embora essa demonstração exigisse uma configuração extremamente poderosa do PC e alguma rasterização de plano de fundo para funcionar).

As novas placas dividem o ray tracing em dois componentes –projeção dos raios (que rastreia os caminhos dos raios) e sombreamento (que determina a aparência final dos objetos). Os núcleos de ray tracing nas novas placas RTX são projetados para acelerar especificamente a transmissão de raios, portanto, o desempenho aumenta e as melhorias visuais variam dependendo da geometria de uma cena e de quanto trabalho precisa ser feito.

Sendo as primeiras placas gráficas de consumidor a incluir hardware específico para ray tracing, a série RTX 2000 representa outro marco na renderização em tempo real. É claro que sombras, reflexos e outros truques de iluminação estão em jogos há anos, mas agora eles não precisam ser distorcidos ou aproximados – eles podem ser calculados com precisão.

Ainda é uma tecnologia recente, e os jogos terão que ser programados especificamente para aproveitar o hardware RTX. No momento, a lista de jogos que suporta os novos padrões é relativamente pequena, mas deve crescer e crescer com o tempo. Como já dissemos, a revolução do ray tracing não vai ser da noite para o dia, mas já está começando.

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China acusa dois canadenses de espionagem depois de pedido de extradição de executiva da Huawei

Posted: 06 Mar 2019 10:34 AM PST

O governo chinês acusou formalmente dois cidadãos canadenses, Michael Kovrig e Michael Spavor, de espionagem e roubo de “segredos de Estado”, segundo uma matéria do Washington Post. As acusações vêm na esteira de uma decisão de um tribunal canadense, feitas na sexta-feira (1º), de que uma executiva da Huawei acusada de fraude pode ser extraditada do Canadá para os Estados Unidos.

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“Os departamentos relevantes enfatizaram que a China é um país sob o império da lei e reprimirá resolutamente as atividades ilegais e criminosas que ameaçam seriamente a segurança nacional”, segundo um anúncio publicado pela Comissão Central de Assuntos Políticos e Jurídicos do Partido Comunista da China.

Os dois homens foram detidos em dezembro, menos de duas semanas depois que a CFO da Huawei, Meng Wanzhou, foi presa em Vancouver a pedido do governo dos EUA. Meng foi acusada de fraude e de violações de sanções dos EUA contra o Irã. Agora, ela enfrenta um processo de extradição para os EUA.

Em janeiro, o Departamento de Justiça dos EUA acusou a Huawei Technologies de fraude, obstrução da justiça e roubo de segredos comerciais da T-Mobile. Uma matéria do New York Times desta semana afirma que a Huawei planeja processar o governo dos EUA por bloquear o uso da tecnologia da empresa por agências federais.

Quem são os canadenses acusados de espionagem?

Spavor dirige uma organização chamada Paektu Cultural Exchange, que trabalha para incentivar tanto o investimento externo quanto o turismo ocidental na Coreia do Norte. Spavor é considerado amigável com o ditador norte-coreano Kim Jong-Un, o que torna as acusações contra o Spavor ainda mais estranhas. A Coreia do Norte é um aliado próximo do governo chinês.

Kovrig é um ex-diplomata da China e assessor de um grupo de especialistas em Bruxelas chamado International Crisis Group. O site do grupo tem um relógio que lista há quanto tempo Kovrig foi detido e pede sua libertação imediata. De acordo com fontes, ele está há 85 dias na prisão, em uma cela que fica com luzes acesas durante o dia inteiro.

“Estamos cientes da matéria da Xinhua de 4 de março, mas não ouvimos nada oficial sobre quaisquer acusações contra nosso colega Michael Kovrig”, Karim Lebhour, do International Crisis Group, disse ao Gizmodo por e-mail.

"O trabalho de Michael para o Crisis Group foi totalmente transparente e aberto, como todos que acompanham sua atuação podem atestar. Acusações vagas e infundadas contra ele são fracas e injustas."

Prisões por todos os lados estão sendo feitas, tendo como o pano de fundo dos atritos entre EUA e China, com o Canadá no meio. Países ocidentais afirmam que a Huawei não deveria estar desenvolvendo redes 5G por causa dos laços estreitos da gigante de tecnologia com o governo chinês. Mas a Huawei está insistindo não apenas que é segura, mas também que os Estados Unidos também espionam seus próprios cidadãos.

Este problema não vai desaparecer tão cedo. E enquanto isso, qualquer americano ou canadense que esteja pensando em viajar para a China em um futuro próximo pode reconsiderar seus planos. A última coisa que alguém quer é se tornar um peão neste jogo de xadrez global.

[Washington Post]

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Morre aos 86 anos o coinventor da primeira calculadora eletrônica portátil do mundo

Posted: 06 Mar 2019 09:34 AM PST

Jerry Merryman, uma das três pessoas da Texas Instruments que levam o crédito pela invenção da primeira calculadora eletrônica portátil do mundo na década de 1960, morreu em um hospital de Dallas, em 27 de fevereiro. Merryman tinha 86 anos.

No outono norte-americano de 1965, Merryman e seus colegas da Texas Instruments foram encarregados de criar uma calculadora eletrônica portátil em uma época em que a maioria dos eletrônicos, de computadores a calculadoras e televisores, era composta por máquinas enormes. A menor calculadora da época pesava mais de 20 quilos. Dezoito meses depois, em 1967, Merryman ajudou a entregar um protótipo de 1,36 quilo ao seu chefe. Esse exemplar foi apelidado de CAL-TECH e está agora está no museu Smithsonian.

Como a Associated Press aponta, a equipe foi liderada por Jack Kilby, que inventou o circuito integrado em 1958 e ganharia o Prêmio Nobel de Física no ano 2000. Havia muitas pessoas que pensavam que a calculadora portátil não poderia ser feita, mas Merryman, juntamente com seus colegas, como James Van Tassel, na TI, trabalhou dia e noite no projeto.

“Kilby ligou para alguns engenheiros do seu escritório e disse que precisávamos fazer uma espécie de dispositivo de computação pessoal. Ele teria que ter alguns botões nele para resolver um problema, e algumas luzes de neon ou algo assim para dar a resposta”, disse Merryman à Associated Press em uma entrevista em 2007. “Teria que ser operado a bateria e pequeno o suficiente para segurar na mão.”

Um dos maiores problemas não era simplesmente tornar a calculadora relativamente pequena, mas, sim, fazê-la sem gastar uma fortuna. Como Merryman disse à AP, alguns membros da Texas Instruments estavam convencidos de que era possível criar o dispositivo sem gastar milhares de dólares apenas em peças.

O protótipo conseguia realizar quatro funções básicas: adição, subtração, multiplicação e divisão. E, embora a calculadora seja incrivelmente primitiva em relação ao que temos no século 21, ela revolucionou o mundo da eletrônica. O termo “calculadora” ainda não tinha pegado, então o primeiro nome genérico para a coisa internamente na Texas Instuments era “computador de réguas de cálculo”. Uma versão comercial da calculadora, denominada Pocketronic, foi vendida em 1970.

Como explica o artigo de 1996 “A História da Calculadora Eletrônica de Mão“, de Kathy B. Hamrick, a Texas Instruments queria fazer uma calculadora portátil porque, na época, os microchips da empresa só estavam sendo usados por militares e pela indústria. Os chips da TI estavam abastecendo os mísseis Minute Man, da Guerra Fria, que estavam prontos no caso de uma guerra nuclear, mas a empresa de tecnologia queria entrar no mercado consumidor para criar uma demanda por seus chips.

Quando a calculadora Pocketronic chegou ao mercado, a mídia tradicional não mencionou Merryman ou qualquer outra pessoa na equipe da Texas Instruments pelo nome. Foi um trabalho importante no campo da eletrônica de consumo, mas, como tantas invenções do século 20 feitas em laboratórios e grandes empresas, foi em grande parte um trabalho anônimo.

No entanto, a calculadora portátil recebeu muitas comemorações de 40 anos em 2007, e a inclusão do protótipo CAL-TECH no Smithsonian foi gratificante para Merryman.

“A coisa mais impressionante foi ver meu protótipo entre o trabalho de Thomas Edison e Graham Bell no Smithsonian”, disse Merryman em uma cerimônia em 2007.

“Ele sempre disse que não se importava em ser famoso. Se seus amigos achavam que ele fazia um bom trabalho, ele estava feliz”, disse Phyllis Merryman, esposa de Jerry, à AP.

[Associated Press]

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Sistema de reconhecimento facial ajuda polícia baiana a prender homem procurado por homicídio

Posted: 06 Mar 2019 08:06 AM PST

O jovem Marcos Vinicius de Jesus Neri de 19 anos, procurado por homícidio, tentava curtir o carnaval em Salvador, vestido de mulher, no circuito Dodô (Barra-Ondina), nesta terça-feira (5). Porém, um sistema de câmeras de vigilância e reconhecimento facial da Bahia o identificou durante a passagem por um dos Portais de Abordagens da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Em seguida, ele foi abordado por policiais militares.

A SSP diz que Neri é procurado desde julho de 2018 e foi primeiro a ser capturado com o auxílio da tecnologia, mas não dá detalhes sobre quando ele cometeu o crime.

O sistema de reconhecimento facial foi lançado na Bahia no final do ano passado e, neste carnaval, foi empregado em três circuitos. De acordo com a secretaria, 460 mil pessoas foram identificadas por dia durante os eventos, utilizando aproximadamente 430 câmera de segurança.

O banco de dados utilizado é da própria da Secretaria da Segurança Pública, alimentado pela Superintendência de Inteligência. A nota divulgada à imprensa diz ainda que foram investidos mais de R$ 18 milhões nos softwares de reconhecimento e que ela é utilizada para encontrar criminosos e ajudar a localizar pessoas desaparecidas.

Na época em que o programa foi lançado, o governador Rui Costa disse ao Correio 24 Horas que o banco de dados continha 65 mil rostos e placas de carros cadastrados – o que incluía pessoas sendo procuradas e veículos com restrição de roubo.

Entramos em contato com a assessoria da SSP questionando se o desenvolvimento do software foi feito pelo próprio governo ou se a tecnologia foi comprada de alguma empresa. Até o momento da publicação desta matéria, não tivemos respostas.

O sistema de reconhecimento facial empregado nas ruas pode ser, de fato, benéfico para identificação de criminosos. No entanto, o sistema não é imune a falhas e levanta mais um ponto no debate sobre o direito à privacidade.

A Lei Geral de Proteção de Dados, que ainda não está em vigor, diz que os rostos das pessoas são considerados dados sensíveis e devem receber tratamento especial. Para a utilização de sistemas como esse, é necessário o armazenamento das imagens capturadas pelas câmeras para que elas sejam analisadas – não há informações sobre quem acessa essas informações, por quanto tempo ficam armazenadas e qual é o destino final delas.

Esse tipo de tecnologia foi testada no Reino Unido e, em 2017, na final da UEFA Champions League, o sistema de vigilância identificou 2.470 possíveis criminosos no meio da multidão. Destes, só 173 foram corretamente identificados – índice de erro de 92%. A tecnologia transforma pessoas inocentes em suspeitos, sem que essas pessoas saibam, até que a polícia possam averiguar suas situações.

A China já utiliza o reconhecimento facial para encontrar e prender suspeitos e, recentemente, uma pessoa foi presa após ser identificada por uma inteligência artificial em uma multidão de 60 mil pessoas. O país é conhecido por seu rígido controle social e implementou há pouco tempo um sistema de pontuação social, que mantém um placar de suas atividades cotidianas, punindo-o ou recompensando-o por determinadas atitudes.

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Spray nasal à base de anestésico é aprovado nos EUA para tratar depressão

Posted: 06 Mar 2019 07:13 AM PST

A FDA (equivalente norte-americana à Anvisa) aprovou seu primeiro novo tipo de tratamento de depressão em décadas, um medicamento de spray nasal baseado em cetamina sedativa.

O novo remédio, licenciado pela divisão farmacológica da Johnson & Johnson, a Janssen Pharmaceuticals, não é exatamente cetamina. Ele é derivado da esketamina, um parente químico da cetamina. O medicamento será vendido sob a marca Spravato.

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Durante anos, a cetamina tem sido prescrita off-label (utilização não indicada no rótulo) para pessoas com depressão severa e idealização suicida, com alguns pacientes experimentando alívio em questão de horas. É importante apontar que esses são, normalmente, pacientes que não responderam bem a outros tratamentos. O spray nasal será aprovado para esse mesmo grupo seleto de pacientes.

“Existe uma necessidade de longa data por tratamentos efetivos extras para a depressão resistente a tratamento, uma condição séria e com risco de vida”, disse em um comunicado Tiffany Farchione, diretora interina da Divisão de Produtos Psiquiátricos do Centro de Avaliação e Pesquisa de Drogas, da FDA. “Ensaios clínicos controlados que estudaram a segurança e eficácia dessa droga, junto com uma revisão cuidadosa por meio do processo de aprovação de drogas da FDA, incluindo uma discussão robusta com nossos comitês consultivos externos, foram importantes para a nossa decisão de aprovar esse tratamento.”

De acordo com a FDA, a esketamina da J&J será aprovada para pessoas com depressão resistente a tratamentos, ou seja, pessoas que não responderam a pelo menos dois outros medicamentos antidepressivos. O remédio precisará ser tomado junto com um antidepressivo padrão, e cada dose será aplicada sob supervisão médica rigorosa, com os pacientes sendo monitorados por pelo menos duas horas antes de poderem deixar a clínica.

Dennis Charney, reitor da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, foi um dos primeiros cientistas a investigar e encontrar evidências dos benefícios da cetamina no tratamento da depressão e da idealização suicida; mais tarde, ele se tornou um dos coinventores do spray nasal (Charney, a Escola de Monte Sinai e outros têm direitos de patente sobre a droga, que desde então foram licenciados à J&J). Charney disse ao Gizmodo que o Spravato dará às pessoas que anteriormente não podiam arcar com os custos da cetamina uma nova opção de tratamento.

“Eu sou obviamente tendencioso aqui, mas este é, sinceramente, um divisor de águas para o tratamento da depressão”, disse Charney ao Gizmodo, repetindo um chavão compartilhado por muitos no campo. “Quer dizer, estamos falando de potencialmente milhões de pessoas que podem ser capazes de se beneficiar desse tratamento se não tiverem respondido a outros.”

Como as seguradoras de saúde normalmente não cobrem a cetamina quando usada como antidepressivo, os pacientes têm sido forçados a pagar centenas de dólares por infusão do próprio bolso (o número de infusões totais necessárias pode variar, dependendo do paciente e sua resposta, mas muitas vezes é meia dúzia ou mais por cada ciclo de tratamento). A J&J ainda não respondeu a um pedido de comentários do Gizmodo sobre o preço do Spravato.

A decisão da FDA vem na sequência de uma votação quase unânime de um comitê consultivo para aprovar o medicamento no mês passado. Embora a maioria dos especialistas tenha concordado que os benefícios da cetamina superavam qualquer risco potencial, efeitos colaterais de curta duração como desorientação, aumento da pressão arterial e dores de cabeça têm sido comumente encontrados.

Esses mesmos especialistas, mesmo aqueles que aprovaram a droga, também apontaram a falta de pesquisa sobre seus riscos a longo prazo como um tratamento da depressão, como, por exemplo, pacientes desenvolvendo um transtorno por uso de substâncias ou até dano cerebral — ambos vistos em usuários recreativos. E eles pediram pesquisas de longo prazo para manter o controle sobre novos pacientes usando cetamina e para observar esses riscos.

Charney, que disse que não esteve envolvido no desenvolvimento clínico do Spravato pela J&J, acredita que é importante ficar atento aos riscos da cetamina. Mas ele apontou que as dosagens de cetamina normalmente dadas a pacientes com depressão são, geralmente, muito menores do que o que as pessoas tomam de forma recreativa.

“É algo que pudemos observar durante uns dois anos já. E os clínicos com quem conversei e eu não vimos isso (acontecendo) com os pacientes”, afirmou. “Pelo menos até agora, o risco de abuso parece ser bem baixo.”

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Facebook usa telefone de autenticação em dois fatores para te incluir nas buscas

Posted: 06 Mar 2019 05:48 AM PST

CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, palestrando

Muita gente descobriu, na semana passada, que o Facebook deixa como opção padrão a opção para que “Todos” possam procurar pelo seu perfil usando o número de celular oferecido para a autenticação de dois fatores (2FA). O método pode ser utilizado para direcionar anúncios e fica disfarçado como uma ferramenta de privacidade que não tem benefícios tão reais. Apesar disso, ainda há um jeito de se proteger.

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Uma sequência de tuítes de Jeremy Budge do Emojipedia mostrou que nas configurações do Facebook, onde se controla quem pode procurar por sua conta usando o número de telefone que você ofereceu, não possui uma opção para sair completamente das buscas.

O objetivo da autenticação de dois fatores é dar aos usuários uma camada extra de proteção no login ao exigir que se adicione com código enviando via SMS ou aplicativo logo após inserir a senha. O Gizmodo noticiou em setembro que o Facebook também usa números de telefone para ajudar a direcionar publicidade e conectar usuários na função “pessoas que você talvez conheça”.

Como aponta o TechCrunch, o fato de o Facebook não oferecer opção para que alguém saia das buscas fizeram com que muita gente protestasse, incluindo o ex-chefe de segurança do Facebook, Alex Stamos.


Por anos o Facebook disse que adicionar o seu número de telefone para 2FA somente tinha propósitos de segurança. Agora seu número pode ser buscado e não tem nenhuma maneira de desativar isso.

Quando você coloca um número de telefone no Facebook, você tem a opção de escolher quem poderá ver esse número na página “sobre” do seu perfil. Você pode escolher “somente eu” e pensar que isso o esconde completamente e que será utilizado apenas para realizar logins em dois passos.

Mas dentro das configurações confusas do Facebook, existe uma outra caixa sob o menu “Configurações e ferramentas de privacidade“. Ali, existe a pergunta “Quem pode procurar você usando o número de telefone fornecido?” e não existe nenhuma opção para definir “Ninguém”. Por padrão, o ajuste está para “Todos”, o que permite que anunciantes subam suas próprias listas de e-mail para que o Facebook faça uma referência cruzada e direcione anúncios.

Um político pode fornecer uma lista de e-mails para o Facebook de pessoas com um mesmo perfil psicográfico para quem ele quer mostrar um anúncio em um produto da rede social ou em um dos anúncios da rede que estão espalhadas na web, por exemplo.

A configuração mais privativa que você pode escolher é permitir que “Amigos” procurem por seu perfil.

Somente no ano passado, o Facebook admitiu dois vazamentos de dados que afetaram mais de 137 milhões de pessoas. Seria possível pensar que o Facebook faria um esforço para criar ferramentas de privacidade úteis e não daria razões para que seus usuários as evitassem. Mas esse é o Facebook, e sempre parece haver um motivo para tentar lucrar posteriormente.

A ferramenta de autenticação em dois fatores também foi criticada em fevereiro, quando passou a enviar repetidas mensagens de texto spam para os usuários. A companhia disse posteriormente que isso foi causado por um “bug”. No último sábado (2), Stamos disse que essa situação faz com que o Facebook enfraqueça a segurança de sua própria ferramenta, tuitando:

É por isso que empresas de tecnologia precisam de alguém que lute por segurança como um objetivo de primeira classe em seus produtos, o que é uma função diferente de uma boa engenharia de segurança. O Facebook não pode exigir plausivelmente o uso de autenticação em dois fatores para contas de alto risco sem segmentar isso para buscas e anúncios.

Como ativar a autenticação em dois fatores no Facebook sem dar o seu número de telefone

O ponto principal aqui é que você definitivamente deveria usar autenticação em dois passos (ou dois fatores) em sua conta do Facebook e ter a possibilidade de remover seu telefone da jogada. Para fazer isso, você precisará baixar em seu smartphone um app de autenticação de terceiros, como o Google Authenticator (disponível para Android e iOS) ou o Duo Mobile (disponível para Android e iOS). Então, você deverá acessar esta página do Facebook e clicar no botão “Começar”. Escolha a opção “Aplicativo de autenticação” e clique em “Próximo”. Será preciso incluir um código em seu app de autenticação ou ler um QR Code. Isso irá ligar o app de autenticação ao Facebook. Agora, quando for necessário passar pela segunda etapa de login, você terá um código único e temporário criado pelo app.

Habilitar a autenticação em dois passos com um número de telefone é muito mais simples e intuitivo, mas um aplicativo de terceiro é o método mais seguro para se usar nessa situação. Isso fará com que você esteja menos aberto para anúncios estranhos e mais seguro contra golpes de SIM Swap.

Eu entendo que estamos sobrecarregados com serviços que não respeitam a privacidade, então se você quer continuar usando o seu número de telefone para 2FA, pelo menos vá até a página de preferências e ajuste as configurações de anúncios para impedir que seu número seja uma forma de direcionamento.

O Facebook tem grandes planos para integrar o Instagram, Messenger e WhatsApp em um futuro próximo, e é completamente possível que eles usariam o poder sobre bilhões de usuários para exigir um número de telefone que serviria como uma identidade única para essa megaplataforma.

Perguntamos ao Facebook se eles têm planos de fazer isso, mas a companhia não respondeu nenhuma das questões para esta matéria. Tudo o que sabemos é que quanto mais as pessoas mostrarem que não estão dispostas a ceder seus números de telefone para uma companhia que não inspira confiança, mais provável de o Facebook fazer a coisa certa.

[Jeremy Burge via TechCrunch]

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Uber se livra de responsabilidade criminal de morte em acidente com veículo autônomo

Posted: 06 Mar 2019 05:05 AM PST

A Uber não foi responsabilizada criminalmente pela morte de Elaine Herzberg, 49, que ficou conhecida por se a primeira vítima conhecida de um acidente fatal com um veículo autônomo, quando foi atingida por um utilitário esportivo de testes da empresa na cidade de Tempe (Arizona), em março de 2018.

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De acordo com o Quartz, a promotora do condado de Yavapai Shiela Sullivan Polk — responsável pela investigação após a promotoria do condado de Maricopa ter se recusado a coordenar o processo após ter feito uma campanha contra o alcoolismo com a Uber — escreveu em uma carta de 4 de março que seu escritório não encontrou "base para culpabilidade criminal para a Uber Corporation". No entanto, ela ressaltou que há questões a serem respondidas sobre o que a condutora conseguia ver antes do acidente:

Polk disse que seu escritório concluiu que "o vídeo da colisão, como mostrado, provavelmente não descreve com precisão o que ocorreu". Ela não elaborou sobre as possíveis discrepâncias, mas recomendou que a polícia de Tempe faça uma análise com um especialista para entender o que a condutora do veículo deveria ter visto na hora do acidente, dada a velocidade do carro, condições de luz e outros fatores.

Nunca ficou claro o que aconteceria se a Uber fosse responsabilizada criminalmente sob a lei estadual, o que seria incomum, de acordo com o site Law & Crime:

Para ficar claro: o conceito de homicídio culposo é um princípio legal em teoria. Mas o conceito é mais ou menos esquisito para a legislação dos EUA e não é muito óbvio quem seria processado caso a Uber fosse condenada. Surgem outras perguntas: quem seria preso pela morte? Será que o CEO da Uber teria de usar o macacão de presidiário num futuro próximo? A possibilidade de uma corporação ser condenada por homicídio involuntário levanta várias questões pela novidade e pelas primeiras impressões legais.

Polk não elaborou sobre o raciocínio por trás de sua carta, mas acrescentou que desde que a Uber declarou que não podia ser responsabilizada criminalmente pelo incidente, as autoridades do condado de Maricopa agora estão livres para investigar se a condutora do veículo foi negligente.

Imagem disponibilizada pela polícia mostra minutos antes do acidente que matou mulher que tentava atravessar a via

Visão da câmera montada no veículo segundos antes da colisão, que foi fornecida pela polícia de Tempe. Crédito: Departamento de Polícia de Tempe/AP

O acidente ocorreu com quando um Volvo autônomo da Uber não detectou Herzberg, que estava prestes a atravessar a via com sua bicicleta. Investigadores da polícia descobriram que a operadora humana que estava dentro do carro, chamada Rafaela Vasquez, poderia estar transmitindo o reality show The Voice durante o acidente — embora eles também tenham descoberto que os veículos autônomos da Uber não indicavam aos motoristas quando eles deveriam controlar o volante para evitar uma colisão. O veículo Volvo em questão detectou algo na frente do veículo seis segundos antes da batida, mas não reconheceu apropriadamente que era uma pessoa. Houve apenas uma manobra de emergência 1,3 segundos antes de atingir Herzberg, mas os freios de emergência automatizados do veículo foram desativados pela Uber.

A Uber estabeleceu um acordo com a família de Herzeberg em 2018 pagando uma quantia que não foi revelada publicamente. A empresa também ajustou seus protocolos de segurança, demitiu 100 operadores de carros autônomos para substituí-los por 55 especialistas de missão, além de ter interrompido testes até dezembro de 2018, quando renovou o programa em uma escala reduzida.

No entanto, naquele mesmo mês, apareceram reportagens feitas pelo Information de que o gerente da Uber Robbie Miller alertou outros funcionários sênior que antes da colisão fatal, veículos autônomos estavam "rotineiramente em acidentes resultando em danos". Ele ainda disse que os acidentes ocorriam "a cada 15 mil milhas percorridas (cerca de 24 mil quilômetros)", e que alguns motoristas "aparentemente não foram devidamente controlados ou treinados". O Information confirmou as alegações de Miller com cinco funcionários atuais da Uber e com outros 15 ex-funcionários da companhia.

Como notou a Reuters, o NTSB (National Transportation Safety Board) e o NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration), ambos órgãos de transporte dos EUA, ainda estão investigando e podem ter conclusões diferentes sobre quem deve ser culpado. A Uber perdeu aproximadamente US$ 3,3 bilhões no último ano, conforme informa a Reuters, e investidores ansiosos pela abertura de capital da companhia (cujo valor levantado por chegar a US$ 120 bilhões) podem ver o orçamento gigante da divisão de veículo autônomo com ceticismo.

[Quartz/Reuters]

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Resta apenas uma Blockbuster aberta em todo o mundo

Posted: 06 Mar 2019 03:16 AM PST

fachada de loja da blockbuster nos eua

Neste fim de semana, o público verá uma nostálgica viagem aos anos 90 com a estreia de Capitã Marvel. Os mais jovens verão a locadora Blockbuster, que aparece no filme, e não saberão dizer o que ela era. Ao mesmo tempo, a equipe da última Blockbuster na Austrália estará encerrando o negócio e fechando a loja. Depois disso, restará apenas uma única loja dessa venerável franquia na Terra.

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De acordo com a Australian Associated Press, a Blockbuster localizada no subúrbio de Morley, em Perth, finalmente sucumbiu à concorrência dos serviços de streaming de vídeo e notificou os clientes de que fechará suas portas até o final do mês. Você não pode fechar de uma hora para a outra, os clientes precisam devolver os DVDs. E, a partir de 8 de março, os vários produtos da marca Blockbuster estarão à venda para colecionadores e sentimentalistas.

A Blockbuster foi um gigante da locação de vídeo e chegou a ter 9 mil lojas no auge de sua dominação. Mas, à medida que seu negócio desapareceu, as locadoras restantes se transformaram em algo mais parecido com as lojinhas de bairro, onde você poderia bater papo sobre cinema com os funcionários.

“Nós recebemos clientes o tempo todo pedindo que não fechássemos, pois eles ainda desfrutam da experiência e do serviço que oferecemos”, disse a proprietário da loja, Lyn Borszeky, à AAP. "Em primeiro lugar, o número de clientes que ficaram desapontados quando as lojas fecharam e, em segundo lugar, nossa indústria era uma grande empregadora de estudantes universitários, que amavam seus filmes e mostravam sua paixão ao conversar com os clientes."

A última loja de tijolo e argamassa Blockbuster existente na Terra está localizada em Bend, no estado norte-americano do Oregon, e transformou seu status de raridade em uma atração para turistas, chegando até mesmo a vender sua própria cerveja artesanal.

Pessoalmente, eu não tenho muita nostalgia pela Blockbuster especificamente, mas eu sinto falta das locadoras de vídeo. Lembro que nos últimos dias antes de a Netflix dominar o mundo, a Blockbuster era a única locadora que você encontrava por aí. A empresa viu o que o futuro a reservava e começou a oferecer aluguéis ilimitados.

Eu estava na faculdade, tinha um bom tempo livre e ia até lá uma ou duas vezes por dia para pegar outro filme. Os funcionários me conheciam e riam quando eu chegava, como se dissessem: “Quantos filmes esse cara consegue assistir?” Hoje em dia, passar uma tarde inteira de sábado vendo TV é perfeitamente normal, já que todos nós parecemos estar desesperadamente famintos por conteúdo.

Steven Spielberg provocou um novo debate sobre o futuro das salas de cinema com sua campanha para proibir os filmes da Netflix de serem elegíveis para a premiação do Oscar. Tendo visto o esvaziamento das locadoras, muitos amantes do cinema querem ser proativos em amortecer o impacto do streaming para suas amadas salas de cinema. A Netflix se prontificou a listar todos os benefícios que o streaming oferece e insiste que adora filmes tanto quanto qualquer outra pessoa.

A crítica de cinema Emily Yoshida entrou na briga, tuitando: "Eu amo filmes. Filmes são uma grande parte da minha vida. A Netflix pode alegar sentir amor pelo que quiser, mas eu adoro o Netflix do mesmo jeito que eu adorei no meu videocassete em 1995 e no meu DVD em 2001." É um bom argumento: não é exatamente ofensivo à Netflix, mas reconhece que ela é uma ferramenta em vez de uma instituição amada.

Não me lembro do nome da marca do meu videocassete de quando era adolescente, mas ainda lembro o nome do dono da locadora do meu bairro. A loja era um local de encontro para as pessoas da vizinhança, claro, mas também era como uma galeria de arte para filmes. A Blockbuster pode ter sido um lugar mais corporativo e estéril, mas ainda oferecia essa oportunidade de simplesmente matar algum tempo passeando pelos corredores, admirando as artes das caixas e pensando em quantas estrelinhas um filme deveria ter para você levá-lo para casa naquela noite.

[Australian Associated Press via Business Insider]

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