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- Cientistas fazem estudo sobre como os animais descansam, e as fotos são muito fofas
- Mudança climática levou alguns Neandertais ao canibalismo, sugere pesquisa
- Mark Zuckerberg propõe discussão sobre regulamentação do Facebook e outras empresas
- Estudo alarmante conclui que sapos estão passando por processo de extinção global “catastrófico”
- Helicóptero da NASA com destino a Marte é aprovado em testes com condições extremas
Cientistas fazem estudo sobre como os animais descansam, e as fotos são muito fofas Posted: 31 Mar 2019 02:26 PM PDT Os cientistas descobriram que o modo como um animal descansa — reclinado de costas, de barriga para baixo, de pé ou sentado — é determinado principalmente pelo seu tamanho. Mas, mais importante, os autores do estudo forneceram uma grande seleção de imagens de animais relaxando de várias maneiras, e elas são muito fofas. [foo_related_posts] Os cientistas concordam que o descanso é importante, seja para “recuperação física” ou para o sistema nervoso central, de acordo com o artigo publicado no Journal of Mammalogy. Mas por que os animais repousam de uma maneira e não de outra? Hipóteses anteriores afirmam que a forma e a localização do sistema digestivo do animal influenciam a posição em que eles relaxam. A equipe por trás do mais novo trabalho descobriu que a questão era mais complexa do que isso. Eles também tiraram um monte de fotos de animais de zoológico dando aquela encostada. Os pesquisadores observaram 253 animais em zoológicos na Alemanha e na Suíça durante a manhã, tarde e noite. Eles gravaram os animais de pé, sentados, deitados de costas, deitados de lado e deitados de barriga para baixo. Eles compararam as diferenças nas posições de descanso com os tipos digestivos dos animais e outros dados, como a massa deles. O que eles notaram? Bem, os cangurus sempre descansavam de lado. Os porcos-do-mato nunca deitaram de lado. Os hipopótamos, às vezes, deitavam de lado, mas preferiam descansar de barriga para baixo. Ruminantes, animais que fermentam o alimento em um estômago antes de digeri-lo em outro, nunca se debruçaram de lado, pois precisam posicionar seu trato digestivo adequadamente. Os elefantes não se deitam durante o dia, mas dormem de lado à noite. Os javalis africanos relaxaram em uma postura sentada. Quanto aos padrões, os pesquisadores notaram que espécies maiores geralmente passam mais tempo em pé enquanto descansam, e espécies menores passam mais tempo sentadas enquanto descansam. Animais maiores também eram mais propensos a encostarem de lado quando deitaram. Em resumo, eles aprenderam que, embora a digestão pareça ser um fator pelo qual os ruminantes não deitam de lado, parece que há outros fatores também. Mas, novamente, o mais importante é que eles tiraram muitas fotos de animais de boa que eu gostaria de compartilhar com vocês. Longe de mim ser uma pessoa que defende zoológicos, mas essa coletânea de animais relaxando ficou maravilhosa. The post Cientistas fazem estudo sobre como os animais descansam, e as fotos são muito fofas appeared first on Gizmodo Brasil. |
Mudança climática levou alguns Neandertais ao canibalismo, sugere pesquisa Posted: 31 Mar 2019 01:13 PM PDT Neandertais são famosos por terem vivido a última grande era glacial, mas por um período de cerca de 14 mil anos tiveram de suportar os efeitos de um ciclo de aquecimento global natural. Lutando para se adaptar às mudanças das condições, os Neandertais enveredaram-se para o canibalismo por desespero, de acordo com um novo estudo. A nova pesquisa, publicada nesta semana no Journal of Archaeological Science, sugere que o impacto esmagador do Último Período Interglacial, também conhecido como o período Eemiano, forçou os Neandertais ao canibalismo. [foo_related_posts] Nesta era da pré-história, entre 128 mil e 114 mil anos atrás, as temperaturas globais subiram para cerca de 2 graus Celsius acima da temperatura média global no século 20. Os arqueólogos autores do novo estudo, Alban Defleur e Emmanuel Desclaux, ambos do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, apresentaram novas evidências que mostram como o pico acentuado da temperatura remodelou o ambiente eurasiático e, consequentemente, os animais dos quais os Neandertais dependiam para sobreviver. Alteração climática brutalCondições mais quentes poderia soar como um alívio bem-vindo para os Neandertais, mas a mudança foi provavelmente muito perturbadora. Eles viveram na Eurásia por centenas de milhares de anos antes do Último Período Interglacial, e se adaptaram bem às condições da era do gelo. As mudanças resultantes para a vida vegetal e animal não foram necessariamente para melhor, pelo menos para os Neandertais, embora arqueólogos e antropólogos admitam que se sabe muito pouco sobre como a espécie viveu nesse período que durou 14 mil anos. A nova pesquisa é importante na medida em que sintetiza novas e antigas evidências para mostrar que o período Eemiano não foi um bom momento para eles. Para o novo estudo, Defleur e Desclaux avaliaram restos de Neandertais e outras evidências, como sedimentos, carvão vegetal e restos de animais, coletados de Baume Moula-Guercy, uma caverna perto da aldeia de Soyons no sudeste da França. Alguns dos ossos de Neandertal coletados nesta caverna, que foram descobertos no final da década de 1990, exibiram sinais de canibalismo. Os autores também revisaram a literatura científica existente sobre a caverna e as condições ambientais durante o período Eemiano. Pelo menos seis dos indivíduos encontrados na caverna – dois adultos, dois adolescentes e duas crianças – foram canibalizados, como evidenciado pelas marcas de corte feitas por ferramentas de pedra, sinais de completo desmembramento corporal e ossos de dedos que continham marcas de mastigação a partir de dentes de Neandertal. Canibalismo por necessidadeA evidência do canibalismo existe ao longo de grande parte da história, mas é difícil discernir as razões exatas para a prática em cada caso. Um estudo de 2017, publicado na Scientific Reports, mostrou que o canibalismo não é a forma mais eficaz de adquirir calorias, e que as práticas ritualísticas desempenharam um papel significativo no comportamento. Apesar disso, comer um indivíduo de sua própria espécie para sobreviver durante momentos de estresse nutricional não pode ser descartado em alguns casos, e é citado como a razão para o canibalismo observado nesse novo estudo. Que os Neandertais se envolveram com canibalismo não é uma grande surpresa. Exemplos desse comportamento entre o grupo já foram descobertos anteriormente – como em fósseis de Neandertais que haviam sido encontrados na Bélgica. “Há evidências circunstanciais convincentes em toda a Europa de que os Neandertais ocasionalmente se envolveram com o canibalismo”, disse Danielle Kurin, antropóloga da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, que não estava envolvida no novo estudo, ao Gizmodo. “A evidência para o canibalismo inclui marcas de corte no osso que são consistentes com desmembramento e deformação. Ossos como o fêmur e o crânio mostram sinais de ruptura intencional [logo após a morte], o que sugere um esforço para atingir tecidos de alta caloria, como a medula óssea e até mesmo o cérebro, em alguns casos”. Dito isto, Kurin disse que não há evidência suficiente para confirmar que os Neandertais praticaram canibalismo ritualístico, em momentos como funerais. E de fato, os padrões de trauma descritos no novo estudo são mais consistentes com o canibalismo nutricional, disse ela. “É principalmente em casos mais recentes – aqueles com apenas alguns milhares de anos e que envolvem humanos anatomicamente modernos – que vemos esse padrão de purificação de cadáveres, como o desmembramento, como parte de um ritual funerário”, disse Kurin. “Em outros casos, a intenção é a profanação: a destruição intencional de uma pessoa indesejável. No entanto, mais uma vez, devo salientar que temos pouca evidência de que os Neandertais estejam envolvidos em práticas complexas de sepultamento, ou atos de punição corporal”. Os cientistas já sabiam que os Neandertais da caverna de Baume Moula-Guercy praticavam o canibalismo, mas a ligação com a mudança climática é nova. Nesse sentido, os autores forneceram um retrato ecológico da Europa Eemiana, destacando as condições ambientais em mudança e os tipos de alimentos disponíveis para eles. Mudança de paisagem e de presasOnde as pastagens outrora dominavam a paisagem, as florestas temperadas se infiltraram. Grandes animais de presa, como mamutes, veados gigantes, elefantes gigantes e rinocerontes de nariz estreito, foram substituídos por roedores, porcos-espinhos, cobras e répteis (incluindo tartarugas), muitos dos quais migraram para norte a partir da região mediterrânica. Para os Neandertais, isso não era bom, como os pesquisadores escreveram no novo artigo:
A população posteriormente entrou em colapso durante o período Eemiano, de acordo com Defleur e Desclaux, e a escassez de restos mortais e artefatos desse período é mais uma prova disso. Como o artigo apontou, a população de Neandertais nunca foi grande – nunca existiu mais de dezenas de milhares de indivíduos vivos ao mesmo tempo. Os Neandertais viviam em pequenos grupos constituídos por cerca de 15 a 25 indivíduos, no máximo, de modo que declínios populacionais severos foram provavelmente catastróficos. É importante ressaltar que o “canibalismo destacado em Baume Moula-Guercy não é uma marca de bestialidade ou sub-humanidade”, conforme escreveram os autores. Pelo contrário, os dados apontam para um “curto e único episódio de sobrevivência [canibalismo] em resposta ao estresse nutricional induzido por mudanças ambientais rápidas e radicais”. Kurin disse que os autores apresentaram um argumento convincente. “Há certamente um precedente para o desespero como motivação para comer carne humana”, disse Kurin a Gizmodo. “Neandertais podem ter tido uma visão diferente daquela que temos a respeito dos corpos mortos. Podemos ver um ente querido; Neandertais podem ter visto um cadáver em decomposição pronto para ser consumido, se necessário”. Os Neandertais, especula ela, poderiam ter praticado o canibalismo como forma de sobreviver a períodos prolongados de insegurança alimentar ou desespero. Entre grupos humanos da história mais recente, comer a carne de um ancestral era parte do processo de luto que permitiria que os mortos realizassem sua passagem para um além-mundo, disse Kurin, enquanto ajudava os descendentes vivos a lidar com a perda. “Comer a carne tornou-se uma forma de recordar os mortos”, disse ela. Uma ideia interessante, mas sem evidências de que os Neandertais possuíam tais crenças. Como Defleur e Desclaux mostraram, as descobertas em Baume Moula-Guercy representam um episódio isolado, então precisamos ter cuidado ao generalizar este exemplo para outros Neandertais. Arqueólogos devem continuar a busca por mais evidências que remontam ao período Eemiano. De qualquer forma, parece que a mudança climática teve um sério impacto sobre os Neandertais. [Journal of Archaeological Science via Cosmos] The post Mudança climática levou alguns Neandertais ao canibalismo, sugere pesquisa appeared first on Gizmodo Brasil. |
Mark Zuckerberg propõe discussão sobre regulamentação do Facebook e outras empresas Posted: 31 Mar 2019 11:05 AM PDT O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, respondeu neste sábado (30), em um editorial de opinião publicado no Washington Post (e em sua própria página pessoal da rede social), às críticas crescentes que pedem que o setor de tecnologia seja mais regulamentado. Zuckerberg dividiu as áreas onde ele diz que a regulamentação poderia ser útil em quatro seções: conteúdo nocivo, integridade eleitoral, privacidade e portabilidade de dados. Surpreendentemente, ele ofereceu detalhes específicos de como isso poderia funcionar. [foo_related_posts] Sobre o primeiro ponto, conteúdo nocivo, Zuckerberg escreveu que as plataformas enfrentam a “responsabilidade de manter as pessoas seguras nos nossos serviços” e que “as empresas da internet devem ser responsáveis pela aplicação das normas sobre conteúdo nocivo”. Ele também disse que, para fazer isso de forma eficaz, o Facebook precisa ser capaz de identificar e eliminar discursos violentos ou de ódio, mas também pediu por “uma abordagem mais padronizada” em todo o setor, incluindo a supervisão de terceiros:
Visto que levou anos para o Facebook para admitir que o nacionalismo branco e o separatismo branco são na verdade a mesma coisa que a supremacia branca, a supervisão independente dessas decisões de conteúdo provavelmente não é uma idéia tão ruim assim. Quanto à integridade eleitoral, Zuckerberg disse que a empresa já tomou algumas iniciativas, como forçar anunciantes políticos a verificar suas identidades reais e criar um banco de dados de anúncios relacionados à política, mas sugeriu que será necessário é uma revisão total do ambiente de financiamento de campanhas:
Todos os pontos são válidos, mas evitam uma questão sobre o Facebook: por que a rede social é tão vulnerável a maquinações políticas? Além disso, não aborda se a economia da informação, da qual a rede social se sustenta, é, de fato, o problema sobre esse tema. Esses tipos de mudanças implicariam uma grande revisão das leis de financiamento e divulgação de campanhas, que dificilmente surgirão nos próximos anos em qualquer país. Isto é, não sabemos nem se isso realmente acontecerá em algum momento. Há também o fato de que a empresa historicamente tem tentado se isentar das regras de veiculação de anúncios. Recentemente, a companhia não conseguiu lidar com questões éticas para publicidade imobiliária e acabou sendo acusada de discriminação habitacional pelo Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos Estados Unidos. Sobre privacidade, Zuckerberg pediu que os EUA aprovem uma legislação semelhante à do Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia, que ele disse que poderia ter se tornado uma “estrutura global comum” (em vez de haver diferentes leis para cada país). Ele também falou sobre portabilidade de dados, descrito como fluxo livre de informações entre os serviços – embora ele tenha aludido ao Login do Facebook como um exemplo, que na verdade é mais uma forma de a empresa colocar olhos em toda a web e não tem nada a ver com a proteção dos direitos dos usuários:
(Como o TechCrunch observou, o próprio Facebook vem se esquivando da portabilidade dos dados, permitindo apenas que os usuários exportem listas de amigos de uma maneira que dificulta a sua localização em outras redes sociais). Ainda assim, esta é uma grande mudança de comportamento em relação ao ano passado, quando Zuckerberg estava em cima do muro sobre a necessidade ou não de regulamentação. Na época, ele descreveu o GDPR como bom em princípio, mas apenas para a Europa, e sugeriu que a auto-regulação era a melhor abordagem. O que parece ter mudado é que a pressão política externa sobre o Facebook continuou a aumentar: a rede social e outras empresas de tecnologia enfrentaram uma recepção cada vez mais hostil por parte do público e de parlamentares. Rolou até ameaças de regulamentação e conversas sobre ações antitruste. Um exemplo: o governo australiano está ameaçando aprovar leis na esteira do massacre de Christchurch, que foi transmitido ao vivo no Facebook, que poderia colocar executivos de plataformas na cadeia e imporia multas significativas se eles não agissem rapidamente para remover conteúdo terrorista. Em outras palavras, Zuckerberg e companhia agora acreditam que as regulamentações semelhantes às do GDPR, assim como outras que envolvem tópicos como moderação de conteúdo, são inevitáveis e é melhor para o Facebook estar na vanguarda. Um exemplo disso é a Phillip Morris, titã do tabaco que era a favor da regulamentação de sua indústria. Um artigo do periódico médico Tobacco Control da BMJ descreve a ação da companhia como uma tentativa de “aumentar sua legitimidade, se redefinir como socialmente responsável e alterar o ambiente de litígio”. O Facebook está claramente em um nível de maldade muito menor do que a indústria do cigarro, mas falando de forma geral, as indústrias não apoiam regulamentações a menos que elas ajudem seus resultados financeiros ou evitem regulamentações mais severas. É importante ressaltar que há relatos de que o Facebook tem reforçado o seu time de lobistas nos Estados Unidos e outros países. Como aponta a Bloomberg:
Zuckerberg também se esquivou daquela que é provavelmente a crítica mais potente ao Facebook: a rede social, o Google e a Amazon, são empresas tão grandes, tão poderosos e tão entrincheiradas que a resposta regulatória adequada seria dividi-las – no caso do Facebook, isso pode significar a criação de subsidiárias como o WhatsApp e o Instagram – ou pelo menos a criação de fragmentos da empresa. Sobre isso, nem um pio. Leia abaixo o artigo de Mark Zuckerberg na íntegra:
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Estudo alarmante conclui que sapos estão passando por processo de extinção global “catastrófico” Posted: 31 Mar 2019 09:20 AM PDT Cientistas não são conhecidos por serem alarmistas. E é exatamente isso que torna um novo estudo lançado na quinta-feira (28) sobre anfíbios, bom, bastante alarmante. [foo_related_posts] O artigo, publicado na Science, detalha uma “perda catastrófica e corrente” de anfíbios no mundo. Segundo a estimativa “conservadora” do estudo, 501 espécies de sapos e outros anfíbios foram devastadas pela quitridiomicose, uma doença causada por um fungo que viajou o mundo de carona na globalização e no comércio de animais. Aproximadamente 20% dessas espécies estão presumivelmente extintas da natureza, e mais espécies podem desaparecer à medida que os humanos aceleram ao longo da sexta extinção em massa. A quitridiomicose — causada por duas estirpes do fungo Batrachochytrium — se espalhou de seu lar original na Península da Coreia para o resto do mundo em um tempo incrivelmente pequeno. A doença faz com que anfíbios percam sua pele e, por fim, morram de parada cardíaca. A quitridiomicose provavelmente impulsiona as quedas de números de anfíbios no planeta desde a década de 1980, mas as duas estirpes só foram descobertas em 1998 e 2003, respectivamente. Isso colocou os pesquisadores em uma corrida para alcançá-las e entendê-las, e esse novo estudo é o primeiro a ter uma visão global do impacto da doença. “Existia uma necessidade de estimar objetivamente o impacto, o que, infelizmente, acabou sendo mais severo do que o esperado”, disse Frank Pasmans, ecólogo da Universidade de Gante, na Bélgica, que trabalhou no estudo, ao Earther. As descobertas, que contam com dados coletados pela União Internacional para a Conservação da Natureza, por estudos e entrevistas com especialistas em anfíbios, mostram que a quitridiomicose causou a maior perda de biodiversidade atribuída a uma doença. Os pesquisadores consideram o fungo da quitridiomicose entre gatos e roedores como a espécie invasiva mais prejudicial no planeta. Além de 18% dos anfíbios atingidos pela extinção da quitridiomicose, outras 124 espécies viram suas populações diminuírem em 90% ou mais, colocando-as à beira da extinção. Apenas 60 espécies apresentaram sinais de recuperação, mas Pasmans disse que parece que o pior da epidemia já passou nos lugares onde a doença foi encontrada, depois de um pico na década de 2000 na América do Sul ocidental, a região mais afetada pela quitridiomicose. Mas isso não significa que acabou. Gráfico registrando o impacto da quitridiomicose por gênero. O Atelopus, um gênero de sapos encontrado principalmente nas Américas Central e do Sul, foi atingido com maior força. Gráfico: Scheele, et al., 2019 “Com a mudança global, a interação entre o fungo e o sapo pode mudar”, disse Pasmans em um e-mail. Uma das estirpes de fungos de quitridiomicose, que afeta principalmente as salamandras, também pode se espalhar pela Europa ou pelas Américas, “regiões ricas em espécies de salamandras altamente suscetíveis”. “Isso deve nos fazer refletir sobre os danos que a globalização descontrolada pode causar à biodiversidade. Os anfíbios são atualmente o exemplo mais emblemático disso, mas situações semelhantes podem ocorrer em qualquer organismo. Se quisermos preservar a biodiversidade, teremos que introduzir barreiras.” É difícil imaginar como seriam essas barreiras num mundo com estradas que atravessam ecossistemas e aviões, barcos e comboios que atravessam o planeta. A globalização abriu uma caixa de Pandora de espécies e doenças invasivas, e a mudança climática está adicionando mais pressão. Isso levou a algumas intervenções malucas, desde bombardeios de saturação de ilhas com ratos invasores ou com a caça de cobras com armas. No entanto, essas técnicas não irão necessariamente impedir uma doença invasiva. Pasmans sugeriu que um comércio global mais regulado, particularmente quando se trata de animais, poderia mitigar alguns dos riscos. Alguns cientistas até pediram a proibição da importação de todos os anfíbios para os Estados Unidos para impedir a propagação do fungo. Intervenções mais agressivas onde foram encontradas quitridiomicose ou outras espécies ou doenças invasivas poderiam oferecer outro caminho a seguir. Se tudo falhar, existe um último recurso: esperamos que, como disse Pasmans, “eventualmente, os sapos (pelo menos aqueles que não forem extintos) e o fungo ‘aprenderão’ a coexistir”. The post Estudo alarmante conclui que sapos estão passando por processo de extinção global “catastrófico” appeared first on Gizmodo Brasil. |
Helicóptero da NASA com destino a Marte é aprovado em testes com condições extremas Posted: 31 Mar 2019 07:15 AM PDT Os tradicionais rovers de seis rodas funcionam muito bem em Marte, mas imagine como seria um helicóptero voando pelo ar rarefeito do planeta. Partindo de local para o outro, a aeronave nos daria uma visão aérea do Planeta Vermelho, mas não é tão simples quanto parece. Para testar a viabilidade desta ideia, a NASA irá enviar uma espécie de helicóptero para Marte e, como os testes de voo recentemente concluídos demonstraram, este pequeno veículo está oficialmente pronto para brilhar. [foo_related_posts] Em julho de 2020, um foguete Atlas V da United Launch Alliance será lançado a partir Estação da Força Aérea do Cabo Canaveral, na Flórida, com destino a Marte. A bordo estará o rover Mars 2020, e junto com ele estará um pequeno helicóptero de 1,8 quilo. Uma vez que estiver em Marte, essa será a primeira aeronave a voar acima da superfície de outro planeta. Engenheiros do projeto Mars Helicopter da JPL em Pasadena, Califórnia, atingiram um importante marco de desenvolvimento, no qual um modelo do tal helicóptero foi submetido a uma série de testes críticos de voo, conforme informa a NASA. O pequeno helicóptero conseguiu realizar um voo controlado e constante em condições que simulavam o Planeta Vermelho – um bom indicativo de que ele irá operar adequadamente por lá. “Ao nos prepararmos para o primeiro voo em Marte, registramos mais de 75 minutos de tempo de voo com um modelo de engenharia, que era uma aproximação do nosso helicóptero final”, disse o diretor do projeto MiMi Aung, num comunicado de imprensa da NASA. “Mas este teste recente do modelo de voo foi muito importante. Este é o helicóptero com destino a Marte. Precisávamos ver que ele funcionaria como o esperado”. Espera-se que o helicóptero e o rover Mars 2020 pousem no Planeta Vermelho em Fevereiro de 2021. A aeronave não será utilizada imediatamente. De acordo com a NASA, o primeiro voo deve acontecer “alguns meses” após o início missão. Quando chegar o momento ideal, o helicóptero será submetido a uma série de testes de voo, de não mais do que 90 segundos. O veículo de demonstração usado nos testes de voo. Imagem: NASA/JPL-Caltech O helicóptero é super simples, sem muitas funcionalidades e firulas. A NASA o descreve como um “demonstrador de tecnologias”. Os resultados dos testes realizados no Planeta Vermelho serão utilizados para o desenvolvimento de aeronaves mais sofisticadas para voar por lá. No futuro, talvez tenhamos um helicóptero com câmera. Construir um helicóptero capaz de voar em Marte é, de fato, um grande desafio tecnológico. O dispositivo tem de ser capaz de suportar alterações extremas de temperatura em Marte, principalmente à noite, quando a temperatura fica abaixo dos 90 graus Celsius. Cada um dos 1.500 componentes diferentes da aeronave, compostos de alumínio, silício, carbono, folhas e espuma, terão de suportar as contrações e expansões provocadas pelas condições ambientais que mudam dramaticamente. A capacidade de voo depende da presença de um meio que forneça a força de elevação necessária. A atmosfera da Terra é bastante densa, mas o mesmo não se pode dizer de Marte, onde a atmosfera é rarefeita – apenas 1% do que é aqui na Terra. Para ser justo, tais condições existem na Terra, mas a uma altitude de 30.480 metros (100.000 pés). Os engenheiros não quiseram testar o pequeno helicóptero em uma altura tão extrema quanto essa e, por isso, recriaram essas condições dentro do Simulador Espacial JPL. Não querendo testar seu pequeno helicóptero a uma altura tão extrema, os engenheiros da NASA recriaram essas condições dentro do Simulador Espacial JPL. Em preparação para o teste de voo, todos os gases foram sugados da câmara de vácuo de cerca de 7,5 metros de largura e substituídos por dióxido de carbono, tornando-a bem similar com a atmosfera de Marte. O helicóptero conseguiu sair do solo e ficou no ar durante cerca de um minuto, atingindo uma altitude modesta de dois centímetros. A equipe do projeto preparando o helicóptero para os testes. Imagem: NASA/JPL-Caltech Outro problema de Marte é a sua baixa gravidade, que é aproximadamente 38% da gravidade da Terra. Em Marte, o helicóptero que tem 1,8 quilo terá cerca de 680 gramas, alterando drasticamente seu perfil de voo. Simular a baixa gravidade foi consideravelmente mais desafiador, mas a NASA o fez usando um “sistema de transferência de gravidade”. Nos testes, uma correia motorizada foi conectada ao topo do helicóptero, fornecendo uma assistência de 62% – que corresponde a gravidade a mais presente na Terra. “O sistema de transferência de gravidade funcionou perfeitamente, assim como o nosso helicóptero”, disse Teddy Tzanetos, condutor dos testes do helicóptero no JPL. “Só precisávamos pairar a uma altura de 5 centímetros para obter todos os conjuntos de dados necessários para confirmar que nosso helicóptero voa de forma autônoma, até na atmosfera rarefeita de Marte; não havia necessidade de ir mais alto. Foi um baita de um primeiro voo”. Com 75 minutos de voos de testes registrados, e um helicóptero aparentemente pronto para os rigores de Marte, a etapa de certificação está completa. “Da próxima vez que voarmos, voaremos em Marte”, declarou Aung. “Observando nosso helicóptero passar por seus ritmos na câmara, não pude deixar de pensar sobre os veículos históricos que estiveram lá no passado. A câmara fez testes para missões como as das sondas Ranger Moon e até mesmo das Voyagers e Cassini, além de todos os roveres que passaram por Marte. Ao ver o nosso helicóptero lá dentro, lembrei-me que estamos a caminho de escrever um pequeno pedaço da história espacial”. Sem dúvida, este pequeno helicóptero pode ser o início de algo grande, que pode proporcionar uma forma inteiramente nova de explorar a superfície de outro planeta. [NASA] The post Helicóptero da NASA com destino a Marte é aprovado em testes com condições extremas appeared first on Gizmodo Brasil. |
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