quinta-feira, 18 de abril de 2019

Gizmodo Brasil

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Unidades do Galaxy Fold já começam a apresentar problemas

Posted: 17 Apr 2019 02:37 PM PDT

Apenas dias depois de a Samsung enviar seu smartphone dobrável de US$ 2 mil a criadores de conteúdo, um número preocupante de jornalistas diz que suas unidades do Galaxy Fold apresentaram problemas.

Repórteres de CNBC, Verge e Bloomberg tuitaram imagens mostrando problemas aparentemente distintos no Galaxy Fold — embora no caso do terceiro, o jornalista talvez tenha ajudado a ferrar com o telefone.

(“O telefone vem com esse filme/camada protetora. A Samsung diz que você não deve removê-la. Eu a removi, sem saber que não deveria (os consumidores também não vão saber). Parecia removível no canto esquerdo, então eu removi. Acho que isso contribuiu para o problema.”)

“Tem algo pressionando a tela na dobradiça, bem ali na dobra”, escreveu Dieter Bohn, do Verge, descrevendo um problema na unidade de review do Galaxy Fold que ele inicialmente recebeu. “É algo angustiante descobrir apenas dois dias depois de receber minha unidade de review. Mais angustiante ainda é que a protuberância eventualmente pressionou forte o bastante a tela até quebrá-la.”

(“CREDO: algo aconteceu com a tela do meu Galaxy Fold e causou uma protuberância. Não sei como aconteceu e estou esperando a Samsung me responder. Está quebrado.”)

Talvez o pior problema aparente, no entanto, tenha sido enfrentado por Steve Kovach, da CNBC, que compartilhou um vídeo da tela do Galaxy Fold piscando erraticamente após “um dia de uso”. No Twitter, Kovach disse que não fez “nada” com o telefone: “Acabei de desdobrá-lo!”

O youtuber tech Marques Brownlee disse que a tela do seu Galaxy Fold morreu depois que ele também tentou descascar o filme. Se vale de alguma coisa, o Gizmodo não teve nenhum problema com a nossa unidade de review até agora. Porém, a US$ 2 mil por aparelho, é certamente preocupante ver tantos problemas com o smartphone tão cedo. Espera-se que o dispositivo seja enviado aos consumidores no final deste mês.

(“Há uma camada que parece ser um protetor de tela no display do Galaxy Fold. NÃO é um protetor de tela. NÃO a remova. Fui até aqui descascando antes da tela dar problema e escurecer. Comecei de novo com um substituto.”)

Entramos em contato com a Samsung sobre os telefones defeituosos e atualizaremos essa matéria se tivermos uma resposta.

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Werner Herzog: “A pirataria tem sido a forma de distribuição de maior sucesso no mundo”

Posted: 17 Apr 2019 02:31 PM PDT

Sempre antenado na verdadeira natureza e no potencial da tecnologia, o influente diretor de cinema Werner Herzog apoia os cinéfilos que querem piratear seus filmes.

Herzog compartilhou suas ideias sobre pirataria na terça-feira (16), durante o festival de cinema Visions in Nyon, na Suíça. De acordo com o Independent, depois do produtor ucraniano Illia Gladshtein dizer a Herzog que só conseguia encontrar o filme do diretor em sites de torrent ilegais, Herzog respondeu afirmando que “a pirataria tem sido a forma de distribuição de maior sucesso no mundo”.

O diretor alemão, que esteve no festival para receber o prêmio Maitre du Réel pelo conjunto de sua obra, disse que preferia quando as pessoas o pagavam por seus filmes, mas que, se alguém não consegue encontrar seu trabalho na “Netflix ou na TV estatal, então vá e o acesse como um pirata”.

Herzog, que já dirigiu mais de 60 filmes, acrescentou: “Se alguém como você rouba meus filmes pela internet ou qualquer outra coisa, tudo bem, você tem minha bênção”.

Pesquisas sugerem que a pirataria pode não ser um problema para a venda de filmes. Em 2015, uma empresa holandesa apresentou um relatório de 304 páginas à Comissão Europeia que não encontrou evidências de que a pirataria prejudicava as vendas (a UE parece ter suprimido os resultados do estudo, apesar de ter pagado US$ 428 mil por ele).

Um outro estudo, feito por pesquisadores das Universidades de Houston e Western Ontario e publicado em janeiro de 2019, sugere até mesmo que a pirataria pode ser benéfica para os artistas. A pesquisa descobriu que filmes que são vazados na rede quando o filme ainda está sendo exibido nos cinemas podem despertar interesse e aumentar as arrecadações com a bilheteria.

Cineasta por trás de Encontros no Fim do Mundo e Fitzcarraldo, Herzog é conhecido por compartilhar sua sabedoria sobre tecnologia em eventos de cinema, como no Sundance, em 2016, quando criticou o Twitter.

“O que é que te impressiona sobre 100 mil tuítes, 100 mil estupidezes em 140 caracteres?”, disse Herzog no evento. “Nunca vi um tuíte sequer que eu achasse interessante.”

Herzog também falou na época que, em certo momento, ele havia evitado ligar seu celular durante um ano, em grande parte para evitar as redes sociais. “O que mais me assusta? A estupidez”, afirmou, explicando seu raciocínio ao acrescentar que ele achava que ver todos os comentários da internet revelaria um “despido e enorme ataque de estupidez”.

Os estúdios e as distribuidoras dos filmes de Herzog talvez se sintam igualmente agressivos depois de ouvir essas declarações mais recentes sobre pirataria.

[Independent, Screen Daily]

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Cientistas reviveram cérebros de porcos, levantando uma série de questões sobre o conceito de morte

Posted: 17 Apr 2019 02:04 PM PDT

Uma série de porcos

Pesquisadores da Universidade de Yale desenvolveram um sistema capaz de restaurar algumas funcionalidades do cérebro de porcos decapitados por pelo menos 10 horas após a morte deles. O feito tem um tremendo potencial científico, mas levanta preocupações filosóficas e éticas bem sérias.

Desenvolvido pelo neurocientista Nenad Sestan e seus colegas de Yale, o sistema foi mostrado para restaurar a circulação e algumas funcionalidades celulares de cérebros suínos intactos. Os cérebros foram ligados ao sistema, conhecido como BrainEx, quatro horas após a morte ter sido declarada e depois de um longo período sem oxigênio, que se chama anóxia. O sistema bombeou sangue sintético e outros compostos para o órgão desencarnado, restaurando a funcionalidade parcial por um período de seis horas. A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (17) na Nature.

É importante ressaltar que os cérebros não exibiam sinais de consciência, e os pesquisadores tomaram precauções extras para garantir que isso não ocorresse. As cabeças de porco foram compradas de uma fábrica de processamento de alimentos da região, de modo que nenhum morto foi deliberadamente morto para o experimento.

Os pesquisadores também realizaram esforços adicionais para consultar e receber aprovações de órgãos de ética, incluindo o Comitê Institucional de Cuidados e Uso Animal da Universidade de Yale e o Grupo de Trabalho de Neuroética dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA (NIH). Além disso, o bioeticista Stephen Latham, do Centro Interdisciplinar de Bioética de Yale, contribuiu e é um dos autores do novo estudo.

A capacidade de restaurar parcialmente a funcionalidade de um cérebro de um mamífero após a morte pode resultar em um novo modelo para o estudo de cérebros e novas intervenções médicas para doenças ou condições em que o cérebro sofre falta de oxigênio, incluindo acidentes vasculares cerebrais.

Ao mesmo tempo, no entanto, a nova conquista está desafiando nossa noção de morte e quando ela deve ser declarada — um desenvolvimento com implicações que vão da experimentação animal até a doação de órgãos humanos.

Diagrama mostra atividade dos neurônios e de células dos cérebros dos porcosNeurônios ativos (em verde) e células (em azul) nos cérebros do porcos ligados ao sistema BrainEx. Crédito: Stefano G. Daniele & Zvonimir Vrselja; Sestan Laboratory; Escola de Medicina de Yale

Se isso lhe soa familiar, você provavelmente está se recordando de uma reportagem do MIT Technology Review do ano passado em que certos detalhes deste experimento vazaram para o público.

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (16), Sestan disse que alguém vazou esta informação para a publicação do MIT após consultas a cientistas e bioeticistas. Uma afirmação feita no artigo do MIT Technology Review de que um cérebro de porco foi mantido "vivo" por 36 horas foi descartada por Sestan, que disse que tal esforço teria ido muito além do escopo do experimento (importante mencionar que em nenhum momento Sestan negou que um cérebro de porco ficou ligado ao sistema por 36 horas).

O novo estudo é agora a nossa primeira oportunidade para rever a experiência e ver o que foi realmente feito e por quê.

Conceito de morte

Atualmente, os neurocientistas podem apenas manter as células cerebrais em laboratório por algumas semanas. Desnecessário dizer que estudar células em uma placa de Petri está muito longe de ser capaz de estudar todo um cérebro. O mesmo vale para fatias finas de tecido cerebral, que fazem aproximações pobres de um cérebro funcional e coeso.

Consequentemente, os cientistas têm lutado para entender os vários processos que ocorrem no cérebro após a morte, como a capacidade do cérebro de reter certas funções, como a circulação e a taxa de morte celular.

O propósito do experimento BrainEx era "entender melhor como as células cerebrais reagem à parada circulatória" e "testar se algumas funções celulares podem ser restauradas no cérebro após a morte", explicou Sestan durante entrevista coletiva realizada ontem.

Esse esforço, disse ele, poderia colocar os neurocientistas em uma posição melhor para entender como potencialmente tratar "derrame e outros distúrbios no cérebro que causam a morte de células".

Latham concordou, dizendo que o experimento poderia levar a novas maneiras de preservar outros órgãos além do cérebro, ou mesmo "reverter a decomposição após a morte desses órgãos", disse. Finalmente, o experimento poderia resultar em novas formas de estudar cérebros após a morte em laboratório, afirmaram os cientistas.

Entendendo o experimento

Cérebros de mamíferos precisam de muito oxigênio. Interromper o fluxo de oxigênio no sangue, mesmo por período curtos, causam a morte de neurônios, resultando em sérios danos cerebrais. A anóxia, como esse processo é chamado, também ocorre após a morte. O novo estudo foi pensado para avaliar a gravidade deste dano após a morte, e se certa funcionalidade cerebral pode ser parcialmente restaurada nas horas imediatas depois que a morte é declarada.

Para testar esta possibilidade, Sestan e sua equipe desenvolveram um sistema que fornece fluxo sanguíneo para o cérebro na temperatura normal do corpo.

O dispositivo personalizado imita um sistema natural do órgão dentro do corpo, bombeando uma solução protetora projetada para promover a recuperação da anóxia prolongada. Esse suprimento sanguíneo artificial foi administrado a cérebros de suínos isolados, evitando parte da degradação tipicamente associada com a morte. O sistema BrainEx levou seis anos para ser desenvolvido.

Um total de 32 cérebros de porcos foram testados durante o experimento. Os porcos foram usados porque seus cérebros são relativamente grandes e estruturalmente semelhantes aos nossos.

Os cérebros foram removidos dos crânios e ligados ao dispositivo BrainEx quatro horas após a morte (portanto, esses cérebros sofreram de anóxia por quatro horas). Os cérebros permaneceram no sistema por seis horas enquanto os pesquisadores monitoravam cuidadosamente a atividade deles.

Particularmente, as seis horas de perfusões sintéticas de sangue resultaram em uma restauração da funcionalidade celular, juntamente com a prevenção de inchaço e outros fatores responsáveis pelo dano celular e a morte. Houve até alguma atividade sináptica.

Além de reduzir a morte celular, o BrainEx preservou a função circulatória nas principais artérias e pequenos vasos sanguíneos. O experimento poderia ter durado mais, mas os protocolos do estudo exigiram que os pesquisadores parassem nesse estágio.

É importante ressaltar que nenhuma funcionalidade de alto nível foi detectada, o que indicaria a presença de consciência e percepção. Um dispositivo de eletroencefalograma não detectou os sinais associados à consciência — ou seja, ondas de baixa amplitude de faixa alfa (8 a 12 Hz) e na faixa beta (13 a 30 Hz). Nenhuma evidência surgiu que sugerisse funcionalidades de ampla escala nos cérebros dos porcos.

Por segurança, no entanto, os pesquisadores usaram bloqueadores de atividade neuronal para evitar que a percepção consciente surgisse durante o experimento. Como os pesquisadores admitiram durante a conferência de imprensa, no entanto, esses bloqueadores neurais podem ter influenciado os resultados, impedindo-os de detectar a presença de consciência ou percepção. Dito isso, os cientistas estavam confiantes de que o sistema BrainEx não é capaz de reviver a consciência.

"Quero deixar claro que não detectamos consciência durante a pesquisa", afirmou Sestan. "Nunca foi um objetivo da pesquisa induzir a consciência nos cérebros.". Dito isso, sua equipe "estava preparada para induzir anestesia, baixar a temperatura dos cérebros" e fazer o que fosse necessário para "interromper qualquer atividade que ocorresse".

Isso "não é um cérebro vivo, mas um cérebro celularmente ativo", acrescentou Sestan, dizendo que os cientistas ainda não têm o conhecimento "para restaurar a função normal do cérebro — essa não era a meta e nem conseguimos isso".

Este experimento mostra que, nas condições certas, um cérebro grande e desencarnado de um mamífero possui uma capacidade subestimada de restaurar a microcirculação e a atividade molecular e celular após um período pós-morte prolongado, concluíram os pesquisadores do estudo.

Repercussão na comunidade científica

O grau em que este sistema poderia ser usado para preservar ainda mais o cérebro não está claro.

Seu uso, por exemplo, para restaurar cérebros criopreservados ou reviver indivíduos em um estágio vegetativo é completamente especulativo neste estágio. Como observado, no entanto, o sistema poderia ser usado para ajudar pacientes com AVC ou para tratar outras formas de danos cerebrais, mas tal perspectiva permanece distante no futuro, se é que vai ser possível.

Para a próxima etapa da pesquisa, os cientistas gostariam de testar os cérebros por períodos mais longos.

O bioético Kerry Bowman, da Universidade de Toronto e que não teve envolvido no estudo, disse que este é um estudo altamente significativo do ponto de vista ético, embora ele tenha dito que o estudo atual não violou os protocolos éticos existentes.

"A definição de morte em várias nações ocidentais se volta para o conceito de uma perda irreversível de todas as funções cerebrais. Este estudo desafia diretamente este conceito", disse Bowman em conversa com o Gizmodo.

"Embora não tenha sido detectada nenhuma atividade no eletroencefalograma, ou evidência de consciência, isso poderia refletir na forma como o estudo foi desenvolvido. Este estudo adiciona uma crescente consciência de que a morte não é um evento precipitado, mas um processo gradual. Com o tempo, isso poderia levar a desafios para o conceito legal de morte cerebral como uma definição válida de morte."

Os protocolos existentes de ética em pesquisa animal podem ser cada vez mais inadequados, disse Bowman, já que os animais não humanos poderiam ser mantidos em um campo indefinido entre a vida e a morte.

Além disso, pesquisas recentes em neurociência com eletroencefalograma e ressonância magnética sugere que a decodificação de algumas atividades neurais de pessoas vivas é possível até o ponto de reconstruir imagens, disse ele, e que parte dessa decodificação pode eventualmente ser feita após a morte.

Em um comentário publicado na Nature, a professora de direito e filosofia Nita Farahany e dois coautores disseram que a nova pesquisa transmite duas importantes suposições sobre a morte e seus efeitos imediatos sobre o cérebro:

Primeiro, que a atividade neural e a consciência são irremediavelmente perdidas dentro de segundos a minutos depois de interromper o fluxo sanguíneo em cérebros de mamíferos. Segundo, que a menos que a circulação seja rapidamente restaurada, há uma progressão irreversível em direção à morte celular e à morte do organismo […] mesmo com todas as incógnitas, a descoberta de que os cérebros dos mamíferos podem parecer "minimamente vivos", horas depois que os animais foram mortos, têm implicações que os especialistas em ética, reguladores e a sociedade devem pensar agora […] Em nossa visão, novas diretrizes são necessárias para estudos envolvendo a preservação ou restauração de cérebros inteiros, porque os animais usados para essa pesquisa poderia acabar em uma área cinzenta — não viva, mas completamente morta.

Farahany e os coautores do estudo fizeram várias propostas, incluindo o uso de técnicas além do eletroencefalograma para detectar sinais de percepção consciente, a criação de uma lista de espécies em que é apropriado ou não fazer este tipo de pesquisa, o uso contínuo de bloqueadores de atividade neuronal e anestésicos durante esses experimentos até que se saiba mais, além da determinação de um período apropriado que um cérebro deve ter permissão para usar o sistema BrainEx.

Em um segundo artigo publicado na Nature, os especialistas em bioética Stuart Youngner e Insoo Hyun, da Escola de Medicina da Universidade Case Western Reserve, disseram que o novo estudo está desafiando a suposição de que grandes cérebros são irremediavelmente danificados nos poucos minutos após a morte.

"Isso também levanta a possibilidade de que os pesquisadores possam melhorar a recuperação do cérebro de uma pessoa, mesmo depois que o coração e os pulmões pararem de funcionar", escreveram Youngner e Hyun.

"Os avanços decorrentes do estudo do BrainEx poderiam aumentar as tensões entre os esforços para salvar as vidas das pessoas e as tentativas de obter órgãos para doar a outras pessoas", acrescentando que "em nossa opinião, à medida que a ciência da ressuscitação cerebral progride, alguns esforços para salvar ou restaurar o cérebro das pessoas pode parecer cada vez mais razoável — e algumas decisões de renunciar a tais tentativas em favor da aquisição de órgãos para transplante podem ocorrer com menos frequência."

Claramente, este estudo com cérebro de porcos está provocando questões importantes, particularmente aquelas que envolvem concepções de morte.

Durante a coletiva de imprensa, os cientistas da BrainEx foram rápidos ao minimizar as implicações filosóficas mais amplas de suas pesquisas, dizendo que o sistema não está nem perto de ser capaz de restaurar totalmente a função cerebral. Esse pode ser muito bem o caso, mas esta pesquisa está preparando o terreno para avanços mais substanciais nessa área. É, portanto, fundamental que discutamos essas questões importantes agora, à medida que nos tornamos cada vez melhores em manter cérebros vivos.

[Nature]

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Trabalhadores na Inglaterra se deparam com túmulos de 26 esqueletos da Idade do Ferro

Posted: 17 Apr 2019 12:29 PM PDT

Obras de construção em Oxfordshire, na Inglaterra, resultaram na descoberta de 26 esqueletos que remontam à Idade do Ferro. Arqueólogos suspeitam que alguns dos restos mortais de três mil anos de idade podem ter sido vítimas de sacrifício humano.

A empresa Thames Water estava no meio de um grande projeto de assentamento de tubos em Oxfordshire quando seus trabalhadores tropeçaram em um antigo assentamento e suas sepulturas anexadas. Especialistas da Cotswold Archaeology foram chamados para investigar, de acordo com um comunicado. Os cientistas retiraram vários itens, como cerâmica, ferramentas de corte de pedra, ossos de animais, um pente decorativo — e nada menos que 26 esqueletos. O local, conhecido como Childrey Warren, tem cerca de três mil anos de idade, datando da Idade do Ferro da Inglaterra e anterior à conquista romana.

Esqueleto com o crânio colocado sob os pés. Imagem: Thames Water

Segundo os arqueólogos de Cotswold, os túmulos continham os restos mortais esqueléticos de homens e mulheres, alguns dos quais podem ter sido vítimas de sacrifícios humanos. Como a CNN apontou em sua cobertura, uma mulher foi encontrada com os pés cortados e os braços amarrados atrás das costas. Em outra sepultura, um crânio foi encontrado colocado aos pés de um esqueleto decapitado.

Sobre esse último achado, arqueólogos britânicos já viram esse tipo de coisa antes, inclusive em um local de 1,7 mil anos em Suffolk, na Inglaterra, envolvendo mais de 50 esqueletos, alguns decapitados. As razões por trás dessa prática de decapitação não são totalmente compreendidas, porém, no caso dos esqueletos de Suffolk, as cabeças foram removidas após a morte. Sepulturas como essas são chamadas de “enterros desviantes”, pois estão desalinhadas com a maioria das sepulturas deixadas para trás por uma cultura. Para as pessoas que participaram dessas práticas, no entanto, é justo dizer que elas não eram “desviantes”, provavelmente desempenhando algum tipo de papel importante na tradição local.

É necessária uma análise mais aprofundada dos restos mortais extraídos do local de Oxfordshire para que os arqueólogos cheguem a conclusões mais definitivas sobre as circunstâncias por trás dos enterros. Sim, alguns dos restos mortais podem ter sido o resultado de mortes ritualísticas, mas também podem ser execuções convencionais.

“A descoberta desafia nossas percepções sobre o passado e nos convida a tentar entender as crenças de pessoas que viveram e morreram há mais de dois mil anos”, disse Neil Holbrook, chefe executivo da Cotswold Archaeology, em um comunicado.

Paolo Guarino, administrador de projeto da Cotswold Archaeology, disse que os resultados apresentam uma oportunidade única de estudar uma comunidade conhecida principalmente por suas estruturas monumentais, incluindo o Cavalo Branco de Uffington, uma escultura de giz pré-histórica impressionante localizada em uma colina próxima.

Crânio animal encontrado no local. Imagem: Thames Water

“Os resultados da análise dos artefatos, ossos animais, esqueletos humanos e das amostras do solo irão nos ajudar a acrescentar informações importantes à história das comunidades que ocuparam essas terras tantos anos atrás”, disse Guarino no comunicado.

Os especialistas da Cotswold Archaeology já removeram todos os itens do local, permitindo que os trabalhos de construção continuassem. Os pesquisadores agora estão estudando os artefatos e os restos no laboratório, então devemos saber mais sobre essa extraordinária descoberta nos próximos meses e anos.

[Thames Water, CNN]

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Depois do acordo surpresa entre Apple e Qualcomm, Intel anuncia que desistiu de fabricar modems 5G para smartphones

Posted: 17 Apr 2019 10:58 AM PDT

O surpreendente acordo entre Apple e Qualcomm, anunciado nesta terça-feira (16), quando todo mundo esperava que uma guerra judicial tivesse início, começa a ter repercussões no mercado. Em um anúncio publicado nesta quarta (17), a Intel comunica que desistiu de fabricar modems 5G para smartphones. Ela fornecia esses componentes para os iPhones.

O acordo anunciado ontem entre Apple e Qualcomm prevê o uso de componentes, como modems, em produtos Apple, como iPhones e iPads, pelo prazo de seis anos, podendo ser renovado por mais dois.

Antes disso, quando as duas empresas estavam “brigadas”, a Apple passou a usar modems da Intel em seus aparelhos. Uma consequência bastante prática disso é que os iPhones passaram a ter velocidades piores de download quando comparados a smartphones que usavam modems da Qualcomm, como o Samsung Galaxy S9.

Em um comunicado, a Intel diz que não espera lançar modems 5G para smartphones, nem mesmo os que já estavam planejados para 2020. Na mesma publicação, o CEO da empresa, Bob Swan, diz que “não há um caminho claro [no negócio de modems 5G para smartphones] para a lucratividade nem para retornos positivos”.

Fora do campo de disputa de smartphones, a Intel diz que vai concentrar seus esforços no 5G nas áreas de laptops, Internet das Coisas e infraestrutura.

[Intel via Engadget]

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Mozilla tenta fazer Apple abrir mão de rastreamento usado para identificar usuários e direcionar anúncios

Posted: 17 Apr 2019 09:37 AM PDT

captura de tela de propaganda de tv do iphone. sobre uma mesa de madeira, está um iphone dourado. ele está virado de frente para a mesa, com as costas viradas para cima. em cima dele, está um grafismo com a frase "Privacidade. Isso é iPhone."

Uma petição lançada esta semana pela Mozilla está demandando que a Apple dificulte o rastreamento de usuários de iPhone feito por anunciantes. Isso seria feito com uma rotação mensal automática do ID único (um “identificador para anunciante” ou IDFA) que acompanha cada novo iPhone. A Mozilla, como você sabe, é a organização de software livre baseada no Vale do Silício que está por trás do navegador Firefox e de outros programas de código aberto.

Os anúncios recentes da Apple são centrados em torno de uma ideia: privacidade. A mensagem é que o resto da indústria de tecnologia está estragando tudo, enquanto a Apple não está.

Francamente, eles têm um bom argumento. Dos telefones e mensagens criptografados às ferramentas contra rastreamento nos navegadores, a Apple está superando a concorrência, mesmo que sarrafo seja baixíssimo e muito fácil de saltar.

A gigante de Cupertino, porém, está longe de ser perfeita e tem seus próprios críticos com relação à privacidade. A Mozilla está colocando em evidência uma tecnologia de rastreamento de iPhone que é desconhecida da maioria dos usuários.

Como Ashley Boyd, vice-presidente de defesa da Mozilla, explica em um post, mudar o IDFA a cada mês ainda permitiria que os anunciantes entregassem "anúncios relevantes" aos usuários, "mas seria mais difícil para as empresas criar um perfil sobre você ao longo do tempo".

Os donos de iPhone podem desativar isso por conta própria. Basta acessar Ajustes > Privacidade > Anúncios, onde você pode ativar a opção “limitar publicidade rastreada”. Você pode desativar anúncios baseados em localização indo em Ajustes > Privacidade > Serviços de localização > Serviços do sistema e desativando “anúncios da Apple baseados em localização”.

É o tipo de trabalho que a maioria dos usuários de tecnologia não se preocupará em fazer, mesmo que as opções não estivessem ocultas na listas de configurações. É por isso que a Mozilla está pedindo que a Apple tome medidas por conta própria.

O IDFA “permite que os anunciantes rastreiem as ações dos usuários enquanto eles usam aplicativos”, de acordo com a Mozilla. "É como um vendedor acompanhando você de loja em loja enquanto você compra, gravando cada coisa que você olha. Não é muito particular. "

A Apple não respondeu a um pedido de comentário.

Críticas anteriores do IDFA foram rebatidas por parte de desenvolvedores de aplicativos. Eles dizem que precisam da tecnologia para monetizar o ecossistema de aplicativos, que muitos de nós nos acostumamos a usar sem pagar nada. Uma rotação mensal geraria um saldo diferente?

"Se a Apple fizer essa mudança, ela não melhorará apenas a privacidade dos iPhones. Ela enviará ao Vale do Silício a mensagem de que os usuários querem que as empresas protejam sua privacidade por padrão", escreve Boyd.

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Bloqueio do TikTok na Índia deveria servir de lembrete para você não deixar seus filhos de bobeira na internet

Posted: 17 Apr 2019 09:07 AM PDT

Homem vendo tela de smartphone

Caso você não esteja no TikTok (antigo musical.ly), é muito provável que algum parente seu adolescente esteja por lá. O app social permite que as pessoas compartilhem vídeos de dublagens, esquetes humorísticas e um monte de gente dançando com limite de tempo de 15 segundos. Parecem usos inocentes, não? Na Índia, a situação degringolou e o governo ordenou que o Google e a Apple bloqueassem o app. O motivo? Conteúdos pornográficos e ofensas a políticos.

Apesar de o banimento só ter ocorrido nesta terça-feira (16), o governo indiano vem tentando tirar do ar o app desde fevereiro. Um dos primeiros críticos do app foi M. Manikandam, ministro da Tecnologia da Informação do Estado de Tamil Nadu, que pediu alguma ação após o deputado Thaminun Ansari ter dito que a popularidade do app estava conduzindo a população a uma "degeneração cultural".

Na terça-feira, o Ministério de Tecnologia da Informação e Eletrônicos, que regula as comunicações digitais no país, solicitou a remoção do app do Google Play e da App Store. A ordem veio após um pedido da corte de Tamil Nadu, que concluiu, após uma investigação, que havia muita pornografia e outros conteúdos ilícitos.

A proibição não significa que o app parou de funcionar na Índia, mas que não é possível baixá-lo em fontes oficiais. Usuários já cadastrados ou que baixaram o app em fontes alternativas continuam acessando o TikTok normalmente. No caso, o banimento foi mais uma punição para evitar o crescimento do app.

Em um comunicado ao TechCrunch, a companhia informou que "tem fé no sistema judicial" do país e que está "otimista sobre um resultado [favorável na Justiça] que seria bem recebido pelos 120 milhões de usuários ativos mensais do TikTok na Índia".

O problema na Índia não foi o primeiro do app. Nos EUA, o app foi recentemente multado em US$ 5,7 milhões por violar políticas de proteção às crianças.

Quais são os problemas com o TikTok?

No momento, o TikTok parece estar em um momento parecido com o Snapchat no início, sendo um refúgio para quem já se cansou de outras redes sociais. O problema do app, como o de todas as mídias sociais em estágio inicial, é que, como uma plataforma de conteúdos postados por usuários, pode haver muitos casos de conteúdos ilícitos.

Recentemente, o app começou a oferecer funções melhores de privacidade, permitindo que os usuários pudessem deixar seus perfis privados. Dando uma navegada no app em fevereiro (portanto, antes dessas mudanças), deu para perceber que o nível de comentários por lá beirava o absurdo, com até mesmo gente tentando paquerar meninas aparentemente menores de idade em vídeos de dança. Uma reportagem da BBC do início do mês já apontava que o app tinha um problema de predadores sexuais.

Por que o TikTok é importante?

O TikTok é um app da chinesa ByteDance que já teve mais de 1 bilhão de downloads pelo mundo. O crescimento dele fez com que o Facebook começasse a se mexer para ter uma função de dublagem para tentar ter apelo ao público jovem que tem invadido o aplicativo chinês.

De modo geral, o TikTok lembra bastante o Vine pelos vídeos curtos e pelo tipo de conteúdo. Não é o tipo de app que eu uso ativamente, mas parece ter bastante apelo para os adolescentes. Não só por possibilitar a postagem de vídeos com alguns filtros bacanas, mas acredito que o app tem uma "barreira contra os pais".

Existe uma diferença muito grande de geração e, imagino, dificilmente os familiares vão querer entrar lá para postar vídeos dançando ou fazendo duetos com outros artistas. Lógico, qualquer um pode fazer uma conta lá e seguir perfis, mas essa não deve ser a rede que os pais participam ativamente — a não ser que sejam pais youtubers.

O Facebook está perdendo usuários nos EUAO Brasil tem apresentado uma tendência de queda de uso na rede, segundo o Datafolha. No entanto, parece que a rede ainda não entrou com tudo na briga contra o TikTok. Então, devemos acompanhar em breve se a rede Zuckerberg vai contra-atacar à altura o seu concorrente chinês. Por enquanto, o TikTok está por aí angariando novos usuários e sendo a rede social que a maioria dos pais nem sabem que existe.

[Gizmodo US e TechCrunch]

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Claro inclui Passaporte Américas em todos os planos pós-pagos

Posted: 17 Apr 2019 07:13 AM PDT

Pessoa mexendo em um smartphone

A Claro estendeu a oferta do Passaporte Américas, que permite usar o celular em 18 países das Américas sem custo extra, utilizando a mesma franquia de internet do Brasil, para todos os planos pós-pagos.

A operadora já oferecia o Passaporte Américas, mas apenas nos planos de 15 GB e 30 GB de franquia de internet. Agora, mesmo o plano mais barato, com 7 GB de franquia, poderá aproveitar o roaming sem cobranças adicionais.

Os países contemplados são Estados Unidos, México, Canadá, Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, Costa Rica, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico e República Dominicana.

No plano mais caro, de 60 GB, há ainda o Passaporte Mundo, que possibilita o roaming com a franquia original em 80 países, incluindo Espanha, Inglaterra, Portugal, Austrália e China.

Atualmente, essas são as ofertas pós-pagas da Claro:

  • 7 GB de internet + 7 GB para vídeos e Passaporte Américas: R$ 119,90
  • 10 GB de internet + 10 GB para vídeos e Passaporte Américas: R$ 139,90
  • 15 GB de internet + 15 GB para vídeos e Passaporte Américas: R$ 179,90
  • 30 GB de internet + 30 GB para vídeos e Passaporte Américas: R$ 259,99
  • 60 GB de internet + 60 GB para vídeos e Passaporte Mundo: R$ 399,90

Os planos incluem ligações ilimitadas para qualquer operadora do Brasil e não descontam dados no WhatsApp, Facebook, Instagram, Twitter, Waze, Cabify, Easy Táxi e Claro Música. A franquia de vídeos pode ser usada em Netflix, YouTube, NET Now e Claro Vídeo.

Ao entrar em outro país, qualquer aplicativo usado é descontado da franquia.

A Claro oferece ainda o Passaporte Europa por R$ 19,90 mensais, e o Passaporte Mundo para qualquer plano por R$ 29,90 mensais. É preciso cumprir fidelidade de um ano para esses serviços.

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Estados Unidos dizem que software do Boeing 737 Max está “operacionalmente adequado”

Posted: 17 Apr 2019 05:52 AM PDT

Avião Boeing 737 Max em aeroporto

A Federal Aviation Administration (FAA), órgão equivalente à Anac nos Estados Unidos, divulgou um relatório preliminar sobre sua revisão inicial da atualização do software do Boeing 737 Max, após os dois acidentes de avião que aconteceram na Indonésia e na Etiópia e que mataram 346 pessoas.

O novo relatório da FAA, publicado na terça-feira (16), considerou o software da aeronave “operacionalmente adequado”.

O software de estabilização automática do Boeing 737 Max, conhecido como MCAS (Maneuvering Characteristics Augmentation System), foi citado como um possível contribuinte para os trágicos acidentes. De acordo com a Reuters, a empresa reprogramou o software 737 Max para que ele não iniciasse o MCAS por engano.

Após os acidentes, companhias aéreas deixaram de utilizar a aeronave em meados de março e a Boeing diminuiu a fabricação do modelo em 20%, além de ter interrompido entregas de modelos já encomendados. A paralisação do uso do modelo teve efeitos extensivos sobre a indústria da aviação. No mês passado, relatórios mostraram que a American Airlines estava cancelando 90 voos por dia.

O novo relatório foi produzido pelo Flight Standardization Board (Diretoria de Padronização de Voos). O grupo é composto por pilotos, engenheiros e especialistas em aviação. O documento inclui uma recomendação para que os pilotos do 737 Max façam um novo treinamento virtual para aprender sobre o sistema MCAS.

A Reuters informa que as ações da Boeing subiram 2% após a divulgação do relatório da FAA.

A Boeing não respondeu imediatamente a um pedido de comentários da Gizmodo.

Um porta-voz da FAA disse ao Gizmodo que a Boeing ainda precisa enviar formalmente o pacote de software para aprovação da agência, então parece que a Boeing – ou seja, a novela ainda não terminou.

[Reuters, CNBC]

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Pesquisadores descobrem como captar energia solar mesmo com painel coberto de neve

Posted: 17 Apr 2019 04:20 AM PDT

Rua coberta de neve enquanto carro anda pela via

Quanto mais você se afasta da linha do Equador, menos efetivos se tornam os painéis solares na geração de energia durante um ano inteiro. Não são apenas os períodos menores de luz do sol durante os meses de inverno que impõem um problema; até mesmo uma pequena camada de neve pode tornar os painéis incapazes de gerar eletricidade.

E como resultado do aquecimento global, os invernos se tornarão cada vez mais severos. A boa notícia é que pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) descobriram uma maneira de gerar energia elétrica a partir de toda essa neve.

A tecnologia que eles desenvolveram chama-se nanogerador triboelétrico baseado na neve (TENG de neve) que gera energia a partir da troca de elétrons. Se você já tomou um choque ao encostar na maçaneta de uma porta, você já experimentou a ciência por trás desse projeto.

Conforme os flocos de neve caem sobre o solo, eles estão carregados positivamente e prontos para ceder elétrons. De uma certa maneira, é energia gratuita – então, após testar inúmeros materiais com carga oposta, os pesquisadores da UCLA (trabalhando com colaboradores da Universidade de Toronto, Universidade McMaster e Universidade de Connecticut) descobriram que a carga negativa do silicone era a mais efetiva para capturar elétrons ao entrar em contato com os flocos de neve.

Os detalhes sobre o dispositivo criado foram compartilhados em um artigo publicado no periódico Nano Energy. O aparelho pode ser impresso em 3D dado o preço acessível do silicone. Além do silicone, um eletrodo não-metal é utilizado, o que faz com que o TENG seja flexível, possa ser esticado, além de torná-lo extremamente durável.

Os criadores do projeto acreditam que o dispositivo possa ser integrado a conjuntos de painéis solares que, quando ficassem cobertos de neve nos meses de inverno, ainda seriam capazes de gerar energia.

Porém, o gerador triboelétrico tem outros usos em potencial: ele não exige baterias ou carregamento e, portanto, poderia ser usado para criar estações meteorológicas baratas e autoalimentadas para enviar relatórios sobre as condições do inverno e medir a quantidade de neve acumulada.

A tecnologia poderia ainda melhorar dispositivos de mapeamento de atividades físicas utilizados por atletas de esportes de inverno – um rastreador em um ski poderia permitir colher dados e oferecer informações importantes sobre a performance individual e dados para treinos.

[UCLA via EurekAlert!]

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