quarta-feira, 24 de abril de 2019

Gizmodo Brasil

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Drones da Wing, empresa da Alphabet, recebem autorização para fazer entregas nos EUA

Posted: 23 Apr 2019 03:19 PM PDT

O Project Wing, da Alphabet, empresa-mãe do Google, obteve aprovação da Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) para conduzir voos comerciais com drones no estado da Virgínia.

A empresa, às vezes chamada simplesmente de Wing, vem realizando testes no estado desde 2016, mas a nova autorização da FAA permitirá que ela finalmente venda coisas como alimentos ou medicamentos encomendados pelos consumidores por meio do aplicativo da Wing.

A Wing recebeu aprovação para entregas via drones comerciais na Austrália no início deste mês, algo inédito no mundo. A empresa fez parceria com restaurantes, cafés e farmácias locais para entregar mercadorias em cerca de 100 casas nos subúrbios da capital da Austrália, Canberra. A Wing diz que realizou mais de 70 mil voos de teste e completou mais de três mil entregas em domicílio na Austrália até o momento.

Depois da certificação desta terça-eira (23), a Wing poderá fazer o mesmo nos EUA, embora não esteja imediatamente claro quais serão os primeiros parceiros de entrega da empresa. Testes anteriores realizados pela Wing na Virgínia incluíram o envio de burritos da Chipotle para estudantes da Virginia Tech em um ambiente controlado, mas a empresa estará entrando em contato com empresas nas áreas de Blacksburg e Christiansburg para mostrar a tecnologia e “obter feedback”, de acordo com uma declaração enviada pela FAA por e-mail para o Gizmodo. A Wing diz que espera começar as entregas “ainda neste ano”.

A Wing publicou uma declaração no Medium nesta manhã, explicando os benefícios potenciais da entrega via drones:

Para as comunidades de todo o país, isso apresenta novas oportunidades. Bens como medicamentos ou alimentos podem agora ser entregues mais rapidamente por drone, dando às famílias, trabalhadores com horários pouco convencionais e outros consumidores ocupados mais tempo para fazer as coisas que importam. A entrega pelo ar também proporciona maior autonomia para aqueles que precisam de assistência com mobilidade. Além disso, os drones totalmente elétricos reduzirão o tráfego nas estradas e a poluição e as emissões de carbono nos céus.

Os drones da Wing evoluíram ao longo dos anos, e a empresa se orgulha de eles serem completamente elétricos e sem emissões. Seu modelo atual de aeronaves não tripuladas decola antes de ser equipado com um pacote de entrega, como você pode ver no GIF abaixo, da Austrália.

Sanduíches e café são preparados para entrega via drones da Wing na Austrália. GIF: Wing/YouTube

O maior problema que ainda tem de ser resolvido é o ruído gerado pela aeronave. Drones podem ser muito barulhentos, já que passam zumbindo em áreas residenciais. Os modelos atuais podem voar a até 121 metros de altura e são guiados por algoritmos de aprendizado de máquina, de acordo com a empresa. Eles têm uma velocidade máxima de 120 quilômetros por hora.

A Wing não é a única empresa que está trabalhando na entrega via drones, mas é a primeira a fazer seu negócio comercial decolar, com o perdão do trocadilho. A Amazon prometeu em dezembro de 2013 que as entregas por drones estavam a apenas cinco anos de distância. Acontece que a gigante da tecnologia estava quase certa, tirando o fato de que não seria ela a empresa a fazer isso com sucesso. Apesar dos avanços, entregas via drone cobrindo todo o território dos EUA seguem algo distante no futuro.

“Este é um passo importante para o teste seguro e para a integração de drones em nossa economia”, disse a secretária de Transportes dos EUA, Elaine L. Chao, em um comunicado enviado por e-mail ao Gizmodo. “A segurança continua sendo a nossa prioridade número um à medida que essa tecnologia continua a se desenvolver e a alcançar todo o seu potencial.”

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Jovem diz que ter sido preso por engano por causa de reconhecimento facial da Apple; empresa nega

Posted: 23 Apr 2019 01:02 PM PDT

A vida de um adolescente de Nova York se tornou um pesadelo devido a uma confusão com sua identidade. Em um processo de US$ 1 bilhão movido contra a Apple na segunda-feira, ele afirma que o problema foi causado ​​pelo software de reconhecimento facial da empresa.

O processo de Ousmane Bah alega que alguém roubou sua carteira de motorista — que não tem sua foto. Essa pessoa, então, teria usado o documento para se identificar falsamente como Bah ao ser pega roubando US$ 1.200 em produtos da Apple, principalmente Apple Pencils, de uma loja em Boston.

O autor do processo afirma que, quando o suposto ladrão foi pego e falsamente se apresentou como Bah, a equipe de segurança da Apple tirou uma foto do ladrão e erroneamente anexou-a às informações pessoais de Bah em um sistema de segurança. Então, quando outros roubos foram cometidos pela mesma pessoa, a Apple determinou incorretamente que Bah seria o suposto criminoso, de acordo com o processo.

Bah alega nunca ter estado em Boston. Ele também diz que estava em seu baile de formatura em Nova York no dia do suposto roubo.

Os policiais de Nova York prenderam Bah em sua casa às 4 da manhã do dia 29 de novembro. Mas, quando um detetive viu as filmagens da câmera de segurança de uma loja da Apple, o policial percebeu que a pessoa não se parecia com Bah.

De acordo com o processo, o detetive do Departamento de Polícia de Nova York disse a Bah que a segurança da Apple usa tecnologia de reconhecimento facial. O investigador suspeitou que, durante uma das muitas transgressões do suposto ladrão em locais da Apple em vários estados, o criminoso havia apresentado a carteira de motorista de Bah e se identificado falsamente como ele para um guarda de segurança patrimonial da empresa .

A Apple ainda não respondeu o pedido do Gizmodo para comentar o caso. Ao Engadget, um porta-voz disse que a empresa não usa reconhecimento facial em suas lojas.

Perguntamos à Apple se a empresa armazena fotos de pessoas e usa essas fotos para identificar pessoas que acreditam ter cometido crimes nas lojas (sem o uso de tecnologia de reconhecimento facial), mas ainda não obtivemos resposta. Vamos atualizar este post se a Apple responder.

O processo alega que essa prisão equivocada afetou os estudos de Bah, já que ele tinha uma prova na faculdade naquele dia. Bah alega que teve que perder vários dias de aula devido a suas viagens a diferentes estados para responder às acusações.

“Durante todo o seu primeiro ano de faculdade, o Sr. Bah passou por ansiedade constante e medo de que ele pudesse ser preso a qualquer momento”, afirma o processo.

As acusações contra Bah foram retiradas em Nova York, Delaware e Massachusetts, mas não em Nova Jersey.

Este é um caso confuso, e a ação pode estar equivocada na forma como se refere à tecnologia de reconhecimento facial da Apple. É impossível saber exatamente em que ponto os erros ocorreram. De qualquer forma, parece mesmo que Bah podia ter se ferrado por causa da negligência da Apple.

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App WiFi Finder coletava senha de redes privadas de Wi-Fi, e esse banco de dados agora vazou

Posted: 23 Apr 2019 12:30 PM PDT

Milhares de usuários de um aplicativo chamado WiFi Finder, cujo objetivo declarado é, obviamente, localizar e fornecer credenciais para hotspots de Wi-Fi públicos, involuntariamente enviaram suas próprias senhas de Wi-Fi doméstico para o banco de dados do aplicativo, que agora vazou online.

O TechCrunch noticiou na segunda-feira (22) que o aplicativo — que parece ter sede na China — foi usado por mais de cem mil pessoas para coletar mais de dois milhões de senhas Wi-Fi globalmente. O banco de dados inclui nomes de rede (SSID), geolocalização precisa e senhas em texto simples, entre outros dados.

O aplicativo permite que os usuários façam upload de listas de senhas Wi-Fi armazenadas, mas não tem nenhum mecanismo para diferenciar entre hotspots públicos e redes domésticas. Milhares de usuários só nos EUA aparentemente não notaram isso, sem falar nas falhas óbvias do desenvolvedor do aplicativo.

O banco de dados em si foi descoberto por Sanyam Jain, pesquisador de segurança e membro da GDI Foundation, informou o TechCrunch.

Durante mais de duas semanas, Jain e o repórter de segurança Zack Whittaker tentaram entrar em contato com a empresa por trás do aplicativo, que está listada como “Proofusion” na loja Google Play. Eles não tiveram sucesso. Por fim, o host de nuvem DigitalOcean interveio e deixou o banco de dados offline.

Embora as potenciais consequências dessa bagunça sejam extremas, elas são provavelmente minimizadas pelo fato de que os atacantes precisariam visar individualmente as famílias contidas no banco de dados (embora isso seja mais provável graças aos dados de geolocalização expostos pelo banco de dados).

Hipoteticamente, um invasor poderia usar as credenciais para brincar com as configurações do roteador, interceptar logins, espalhar malware pela rede e assumir o controle de dispositivos de casa inteligente, como câmeras de segurança. No entanto, os cibercriminosos de carreira provavelmente achariam esse processo entediante. Hoje em dia, é muito mais fácil enviar um único link malicioso para alguns milhões de usuários e ver quem morde a isca.

O que é horrível é saber que tantas pessoas continuam baixando aplicativos desenvolvidos por empresas das quais ninguém nunca ouviu falar, dando-lhes acesso a todos os tipos de informações pessoais sobre si mesmos e sobre os outros.

Baixar o WiFi Finder, por exemplo, exigia que os usuários dessem acesso aos seus locais, listas completas de contatos — ou seja, números de telefone e contas de e-mail de todos os seus amigos e familiares e, em alguns casos, aniversários e perfis de rede social —, assim como, sem nenhum motivo específico, a capacidade de ler, modificar e excluir dados em seus smartphones.

Se você ainda não sabia, não use aplicativos que exigem essas permissões.

A própria loja Google Play segue sendo um espetáculo de bagunça total e uma das maneiras mais fáceis de espalhar rapidamente malware para as massas. Pesquisadores em janeiro, por exemplo, descobriram que nove milhões de donos de Android foram infectados por dezenas de aplicativos maliciosos. Um mês antes, um outro grupo de pesquisadores encontrou 22 aplicativos baixados mais de dois milhões de vezes que abriram secretamente pequenas janelas de navegador e clicaram repetidamente em anúncios, drenando as baterias dos usuários. E, no mês passado, o Google excluiu cerca de 200 aplicativos infectados com adware que haviam sido baixados quase 150 milhões de vezes. A lista continua.

Ainda que seja verdade que grandes empresas renomadas também podem vazar ou simplesmente abusar intencionalmente de dados de usuários — se você tiver instalado um produto do Facebook em seu telefone, deus te abençoe —, os usuários podem reduzir o risco de serem sacaneados por um aplicativo malicioso e/ou não confiável, tirando um tempinho para (no mínimo) buscar no Google o nome do desenvolvedor do aplicativo, da mesma forma como você faria ao escolher um prestador de serviço.

Você deve ser particularmente cético quando um serviço é oferecido gratuitamente. Se uma pessoa aleatória se oferecesse para consertar problemas no seu carro de graça, você provavelmente (eu espero) recusaria. Baixar um aplicativo aleatório com este nível de acesso aos seus dados é praticamente igual a desbloquear seu telefone e entregá-lo a um estranho no shopping.

Basta um exame rápido da breve política de privacidade do WiFi Finder — que inclui um link para um “Gerador de Política de Privacidade de Aplicativos” (kkkkk) — para perceber que a probabilidade de algo dar errado é muito alta. Então, por favor, apenas exerça um pouco de bom senso.

[TechCrunch]

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Recurso que permitia abrir diferentes apps numa mesma janela no Windows 10 é descontinuado

Posted: 23 Apr 2019 11:15 AM PDT

Recurso Sets (Conjuntos) no Windows 10

Em 2017, a Microsoft mostrou uma funcionalidade chamada Sets (Conjuntos). Ela consistia na organização de dados, aplicativos, sites em abas. A funcionalidade chegou até a pintar para alguns usuários do Windows Insiders, que recebem atualizações antes, mas parece que a Microsoft vai deixar o recurso de lado, segundo o ZDNet.

Em abril de 2018, o recurso Sets foi disponibilizado para algumas pessoas e, apesar de ter uma proposta de facilitar a organização de janelas, o recurso não foi bem recebido pelos usuários ou não foi compreendido, informa o ZDnet. Além disso, para funcionar bem com programas do pacote Office, exigiria muito esforço da equipe. Então, a Microsoft deixou de lado o desenvolvimento da funcionalidade.

Em um vídeo publicado no YouTube, a Microsoft explica as facilidades que o Sets poderia trazer. O exemplo mostra uma estudante que quer fazer um trabalho sobre vulcões. Ela, então, abre um documento no Word. Na sequência, ela adiciona outra aba e consegue abrir o OneNote para verificar links com sites úteis. Ao clicar em um dos sites, surge uma nova aba. Então, todo os apps usados para a atividade ficam em uma só janela, facilitando a navegação entre os diferentes aplicativos envolvidos.

Oficialmente, a Microsoft não se pronunciou sobre o recurso. O mais próximo disso foi um tuíte de Rich Turner, gerente de programa sênior da Microsoft, dizendo no fim de semana que é prioridade adicionar abas ao Windows Console, ainda que a funcionalidade não estará disponível na próxima atualização de maio da Microsoft.

À princípio, o Sets (Conjuntos) só funcionaria com apps universais, mas, com o tempo, a Microsoft informou que otimizaria programas desenvolvidos em Win32 para funcionar com o recurso. No entanto, com a descontinuidade do projeto, nem dá para sermos como seria essa integração de programas pensados para diferentes arquiteturas.

Ainda que o recurso não esteja nativo, pelo menos existe uma alternativa que possa ajudar quem quer se organizar como a forma proposta pelo Sets. No caso, você pode baixar o Groupy, da desenvolvedora Stardock, para ter à disposição uma função parecida.

[ZDNet]

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[Review] Moto G7 Power: uma bateria bem grande para quem não se importa com um smartphone razoável

Posted: 23 Apr 2019 10:32 AM PDT

Desde que os smartphones estão por aí — e isso já tem mais de uma década, caramba — eles evoluíram bastante em praticamente todos os aspectos: câmeras, sistemas operacionais, desempenho, telas. Um deles, talvez, ainda deixa a desejar: a bateria.

Uma noite voltando mais tarde para casa, por diversão ou por necessidade, pode te deixar offline. Uma madrugada em que falte energia elétrica na sua casa pode virar uma surpresa desagradável pela manhã. Todo mundo que tem um smartphone já precisou caçar uma tomada por aí ou andar com um desajeitado power bank. É esse o preço que pagamos para levar uma boa câmera e um bom processador por aí.

As coisas estão melhorando, porém – praticamente todo celular razoável hoje em dia tem bateria na faixa dos 3.000 mAh, e os topos de linha já estão superando a marca dos 4.000 mAh. Isso dá uma folguinha, mas não garante muita coisa além de voltar para casa ao fim do dia com alguma carga para até voltar para a tomada. Se você quer tranquilidade, você precisa ir além disso.

O Moto G7 Power é uma opção bem interessante. Com 5.000 mAh de capacidade, ele promete resolver esse problema. E aí, resolve? E o resto? É bom ou não é? Usamos por algumas semanas e respondemos essas perguntas.

O que é?

O Power foi a grande novidade dessa geração da família Moto G da Motorola. Desde que a companhia passou a criar diferentes modelos para uma letra, tínhamos visto o Play – um celular mais baratinho com processador e memória mais modestos – e o Plus – um modelo mais caro, com especificações mais potentes. O Power é um novo modelo, e ele tem em sua bateria com capacidade para 5.000 mAh seu grande argumento de vendas.

Cabe dizer, porém, que não é a primeira vez que um Motorola tem uma bateria desse tamanho. O Moto E4 Plus e Moto E5 Plus não tinham Power no nome, mas suas baterias contavam com o mesma capacidade de 5.000 mAh. Mesmo o Moto G6 Play tinha uma bateria bastante respeitável, com 4.000 mAh.

O nome Power, portanto, parece ser também uma estratégia de marketing para identificar melhor o produto entre os consumidores, como se dissesse "ei, esse aqui é o da bateria grande". De resto, ele é um modelo simples, muito mais parecido com o Moto G7 Play do que o Moto G7 regular.

Em relação ao modelo mais barato, ele tem obviamente uma bateria maior (5.000 mAh versus 3.000 mAh), uma tela maior (6,2 polegadas versus 5,7 polegadas) e 1 GB a mais de RAM (3 GB versus 2 GB). Tem uma versão mais completa, com 64 GB de armazenamento e 4 GB de RAM, mas nós testamos a mais barata mesmo.

Foto: Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

Características mais sofisticadas do Moto G7, por outro lado, ficaram de fora: o Moto G7 Power não tem câmera dupla na traseira nem tela Full HD, só para mencionar dois aspectos. É, portanto, um telefone intermediário sem nenhum recurso de telefone premium.

A decisão pela câmera simples é mera redução de custos e pode ser um fator que pese negativamente para muita gente na hora de optar pelo Moto G7 Power. Quem gosta de tirar fotos provavelmente não vai querer abrir mão de uma câmera secundária e as opções que ela traz consigo, como maior ângulo de abertura ou possibilidade de desfoque de fundo em retratos.

Mesmo assim, a câmera do Moto G7 Power faz um trabalho digno – falaremos mais sobre isso adiante.

A tela HD+, com 1520 x 720 pixels, também deve ter custo menor do que um painel FullHD, de 1080 pixels de largura, como os que equipam os modelos G7 e G7 Plus.

Aqui, porém, eu acho que cabe uma defesa: telas com resoluções menores gastam menos bateria. Se a ideia é ter um aparelho com boa autonomia, faz sentido abrir mão de uma resolução maior para conseguir algumas horas a mais longe da tomada.

Compreendo que para quem gosta de ver filmes, séries ou mesmo fotos a resolução maior pode ser um diferencial e tanto. Para o meu uso, digo com sinceridade, isso é perfeitamente dispensável. Se eu tivesse que optar entre qualidade de imagem superior ou duração de bateria melhor, eu escolheria a segunda alternativa sem pensar muito.

Usando

De resto, o Moto G7 Power é um Moto G, com as linhas e características do produto que ficou tão famoso entre os brasileiros.

Ele tem uma traseira curvada, assim como as bordas superior e inferior do aparelho. Na mão, ele fica muito bem – a curva das costas do aparelho se ajusta bem aos dedos, e o polegar alcança praticamente tudo que precisa ser alcançado, com uma exceção, talvez, à extremidade superior esquerda (se você for destro como eu), mas dificilmente você precisará de alguma coisa por lá.

Foto: Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

Na traseira, uma pequena protuberância abriga a lente única da câmera e o LED que é usado com flash. Um pouco abaixo, fica um leitor de impressões digitais, disfarçado de logo da Motorola. Como o design com tela que ocupa toda a frente do aparelho vem se tornando padrão, nem cabe mais discutir a opção por colocar este sensor na traseira.

Daqui a alguns anos, sensores sob a tela podem se tornar populares. Por enquanto, só aparelhos de topo de linha e preço altíssimo contam com o recurso.

O que dá para dizer é que o leitor de digitais do Moto G7 Power tem um bom posicionamento e fica ao alcance do indicador. O módulo da câmera fica distante, então você não vai ficar sujando a lente a cada vez que tentar desbloquear o celular.

Foto: Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

A tela agora tem um notch e molduras menores, mas ainda bastante perceptíveis. A qualidade do painel LCD parece boa. O sistema dá três opções de saturação de cor: Naturais, Realçadas ou Saturadas. A primeira opção me pareceu muito branda, e a terceira, muito artificial. Escolhi a segunda opção e fiquei satisfeito com o resultado – cores vivas e não "lavadas" como costumam ser os painéis desse tipo.

O contraste, entretanto, fica devendo em comparação com uma AMOLED, e você percebe isso em textos, mesmo. E, se é pra falar de economia de energia, temos que levar em consideração que as telas AMOLED gastam menos eletricidade, já que podem se dar ao luxo de acender menos pixels ao mostrar imagens e interfaces em preto.

Com relação à resolução, ela é bem satisfatória. Não senti falta dos 1080p ao ver vídeos e fotos. Algumas miniaturas de imagem em redes sociais e textos, porém, mostram pequenos serrilhados, mas isso só me incomodou um pouco e foi apenas nos primeiros dias. Depois, me acostumei e isso deixou de ser uma questão.

Ah, vale dizer que a tela tem um notch, entalhe, recorte – chame como você preferir. Foi a primeira usei por um período mais longo um aparelho com esse detalhe de design.

Foto: Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

Eu sou um grande crítico da ideia do notch: acho uma das tendências mais feias que a indústria de smartphones adotou até hoje. No iPhone, vá lá, você tem o Face ID e as câmeras dele, e a tela realmente ocupa grande parte da frente. O Moto G7 Power não tem nada disso, e há alguma borda ao redor da tela.

Devo dizer, porém, que usar um aparelho com isso é menos incômodo do que eu esperava. Em alguns momentos, é até bastante lógico e racional. Afinal de contas, por que perder espaço com ícones irrelevantes como status do Bluetooth e notificações que não são tão urgentes? É melhor deixar esse espaço para a câmera e o alto-falante.

Seria ainda melhor se o Moto G7 Power oferecesse a opção de deixar a barra de notificações sempre preta para ela se "integrar" ao notch, mas não é o caso.

Foto: Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

Isso nos leva ao próximo ponto: o sistema operacional. O Moto G7 Power roda Android 9 Pie com poucas alterações, como já virou tradição da Motorola. Há pequenas diferenças de recursos para o Pixel 3, nossa referência de Android puro:

  • A barra de busca do Google não aparece na tela do multitarefas, como acontece no Pixel.
  • Por padrão, a barra de navegação vem com os três botões clássicos do Android: Voltar, Início e Multitarefas.
  • Há a opção de mudar para a navegação com um só botão, mas ela se comporta de um jeito um pouco diferente do Pixel 3. Deslizar o botão para a direita apenas alterna entre o aplicativo atual e o último a ser usado. No Pixel 3, esse recurso pode ser usado para rolar pelas janelas dos apps recentes.
  • Não há sugestões de ações rápidas na gaveta de aplicativos.

Foi também a minha primeira experiência mais longa com o Pie. Devo dizer que achei o sistema mais inteligente que as versões anteriores do Android. Essas foram as novidades que eu mais achei dignas de nota.

  • Se você dispensa com certa frequência notificações de um determinado aplicativo, por exemplo, o sistema sugere que bloquear aquele tipo de notificação daquele app. Nem sempre você vai concordar, às vezes rola um medo de perder alguma coisa importante. Mas, francamente, precisamos dizer isso aqui, tem aplicativo que é chato. O sistema sugerir para você uma medida mais drástica é ótimo.
  • O Não Perturbe mudou de novo. Sua função, agora, é sumir com notificações. Antes, elas continuavam aparecendo, mas sem fazer barulho. Agora, elas simplesmente não aparecem. É uma opção bem interessante e pode te ajudar a não ser interrompido nem mesmo silenciosamente em algumas situações.
  • Uma mudança relacionada a essa é nos controles de volume. O modo silencioso voltou e está desvinculado do Não Perturbe. Você pode alternar entre silencioso, vibração e som em um ícone que aparece ao apertar o botão de volume. O controle deslizante e os botões agora mudam o volume da reprodução de mídia (a música ou os vídeos). Eu achei que faz bastante sentido essa nova configuração. Eu dificilmente preciso ajustar o volume de toque — silenciar ou colocar em modo vibração é mais que suficiente. Poder ter o volume de mídia mais acessível é bem mais útil – pense quando você quer ver um vídeo em uma situação em que não é recomendável fazer barulho, por exemplo.

Praticamente não há bloatware (apesar de vir com um app do Facebook instalado, mas que pode ser desinstalado), e algumas adições de recursos estão no aplicativo Moto. Todo o clássico da linha Moto G está aqui: os movimentos de girar o aparelho para ativar a câmera e agitar para ligar a lantera. A tela acende para mostrar ícones de notificação, data e hora, e há atalhos rápidos para responder mensagens ou marcar e-mails como lidos, por exemplo.

O conjunto de processador Snapdragon 632 (octa-core de 1,8 GHz), GPU Adreno 506 e 3 GB de RAM mostra bom entrosamento. No meu uso – aplicativos de redes sociais e trabalho e alguns jogos simples como TwoDots e Bouncy Hoops – não notei lentidões ou travamentos. Não é um desempenho impressionante, mas é bastante seguro e estável, sem deixar o usuário na mão. O multitarefas segura bem aplicativos em segundo plano – você não vai perder a mensagem que está escrevendo se for conferir um e-mail rapidinho, por exemplo.

O que é bem chato, por outro lado, são os 32 GB de armazenamento. Com cerca de 30 apps instalados, 6 GB de biblioteca do Deezer offline e fotos e vídeos, a capacidade do telefone para salvar meus arquivos acabou e eu precisei fazer uma limpeza. Para quem instala pouca coisa no smartphone, isso deve ser suficiente, mas para usos mais avançados, é pouca memória. Felizmente, há slot para cartão microSD, e ele é independente dos dois chips de operadora do tipo nanoSIM.

Bateria

Ok, você já sabe como o Moto G7 Power funciona. Mas o grande diferencial dele não está no desempenho, nem na tela, nem no design. O negócio aqui é bateria. E aí? Como ela se sai?

A resposta curta: a bateria do Moto G7 Power se sai muito bem, ela aguenta dois dias de uso – tirando da tomada na manhã do primeiro dia e colocando de volta na noite do segundo – com redes sociais por três a quatro horas por dia, música por uma hora por dia, acessos esporádicos a e-mail, internet banking, listas de tarefas.

A resposta longa: eu instalei o aplicativo AccuBattery no Moto G7 Power para ter uma ideia melhor de como é o consumo de energia no aparelho. Nos próximos parágrafos, há alguns comentários sobre o desempenho da bateria.

De acordo com os dados coletados, o smartphone gasta entre 4% e 5% de sua bateria por hora com a tela ligada. Fazendo uma continha de padaria, na ponta do lápis, isso dá entre 20 e 25 horas de uso (veja bem, de uso direto e contínuo, ficar mexendo no smartphone) com 100% da capacidade. Você precisar ficar um dia inteiro usando seu smartphone para fazer a bateria do Moto G7 Power acabar. Com a tela desligada, o Moto G7 Power faz algo entre 0,7% e 1,8% de consumo por hora.

As sessões mais longas registradas pelo AccuBattery no têm entre 36 e 40 horas (entre tela ligada e tela desligada) para ir de 100% a 10%. Ou seja, você consegue tirar o telefone da tomada na manhã do primeiro dia, usá-lo, ir dormir sem carregar, pegar o smartphone no dia seguinte e usá-lo de novo. Você chegará à noite com o celular funcionando e tempo suficiente para colocá-lo para carregar.

Para se ter ideia de alguns usos mais reais, eu tive um dia de uso extraordinariamente intenso com ele, com uma hora de uso de GPS no Google Maps mais uma hora de uso como roteador quando tive problemas com a internet de casa. Mesmo assim, ele chegou ao fim do dia com 40% de bateria, sem sustos. Ver meia hora de streaming ao vivo em tela cheia, em outro dia, gastou só 2% da carga.

A título de comparação, eu tenho um Asus Zenfone 3 Zoom, que tem os mesmos 5.000 mAh de capacidade do Moto G7 Power. De acordo com o AccuBattery, a bateria dele descarrega, em média, 9% por hora com a tela ligada. Ou seja, ele gasta praticamente o dobro.

Isso se deve, provavelmente, à menor resolução da tela – o Moto tem tela HD, o Asus tem tela FullHD. Otimizações do Android 9 Pie, que usa inteligência artificial para entender seus padrões de uso e desativar aplicativos pouco utilizados, e o fato de o Moto ter um processador da linha Snapdragon 6xx mais moderno e econômico podem entrar nessa conta também.

Com a tela desligada, meu Zenfone 3 Zoom faz cerca de 0,5%. Eu não sei se o AccuBattery considera nessa conta o fato de a tela do Moto acender quando chega alguma notificação — talvez o aplicativo só considere que a tela está ligada quando ela é desbloqueada. Seja como for, podemos imaginar que o Moto Tela consome bastante bateria – a tela do aparelho é LCD, o que significa que, mesmo com fundo preto, o gasto é mais alto.

Foto: Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

Uma das grandes vantagens de uma bateria desse tamanho é dar mais segurança para o usuário. Se você estiver trabalhando de casa e a luz acabar, você pode usar o celular como roteador para concluir suas tarefas, sem medo de ficar sem bateria. Se a luz acabar durante a noite, ele terá bateria suficiente para chegar no outro dia ligado, sem chance de você perder a hora porque o despertador não tocou.

O carregador também é bastante digno de nota. O AccuBattery registrou, em média, 45% de carregamento por hora na tomada. Isso significa que em cerca de duas horas você tem seu Moto G7 Power carregado por completo, com o suficiente para dois dias. Isso é bastante coisa.

Câmera

Como dissemos, o Moto G7 Power está meio defasado em relação ao que há de mais moderno em fotografia. Enquanto muitos intermediários já têm câmeras duplas (ou até triplas e quádruplas), o Power vem com apenas um conjunto de lente com abertura f/2.0 e sensor de 12 megapixels. Na frente, uma câmera seflie de 8 megapixels e abertura f/2.2. É básico, bem básico, básico até demais.

O resultado me surpreendeu. Não porque ficou ótimo, mas porque minhas expectativas eram baixas mesmo. As fotos ficam entre o razoável e o bom.

Com boa iluminação, há uma boa fidelidade com as cores, e o aspecto geral é bastante aceitável. O nível de detalhes, mesmo com os 12 megapixels, parece se perder no processamento, e a impressão que dá ao aproximar de alguns detalhes é de uma imagem chapada, artificial. Para postar no Instagram, no entanto, está de bom tamanho.

Com pouca iluminação, não há milagre: às vezes, o que sai é um borrão. Em algumas situações como shows, porém, eu achei que o HDR fez um trabalho bastante competente ao conseguir fotos razoáveis, sem estourar muita coisa nem borrar movimentos.

A câmera também tem uns truques de software, como modo retrato (feito com inteligência artificial para desfocar o fundo), modo de seleção de cor e fotos animadas.

Conclusão

O Moto G7 Power foi lançado há dois meses com preço sugerido de R$ 1.399. Hoje, você já o encontra em lojas online por volta de R$ 1.100.

Eu sei o que vocês vão dizer. Por esse preço, dá para comprar aparelhos importados com especificações melhores, em que pese a falta de garantia e suporte técnico oficial no País. Eu sei disso. Vocês sabem disso. A Motorola sabe disso.

Foto: Alessandro Feitosa Jr./Gizmodo Brasil

Mesmo assim, acho que o Moto G7 Power pode ser uma boa compra para quem procura um smartphone com uma ótima bateria, mesmo levando em conta aparelhos que não estão oficialmente no mercado brasileiro. Os chineses nessa faixa de preço chegam "só" até 4.000 mAh de capacidade, e têm telas FullHD que provavelmente gastam mais.

Acho que a Motorola teve méritos de fazer um smartphone com foco em um aspecto e um bom argumento de vendas. O negócio aqui é esse: bateria, autonomia, tempo longe da tomada. E, ao contrário do que aconteceu na minha experiência com o Moto E5 Plus, eu achei o G7 Power ok para usar. Não trava, o multitarefas funciona bem. A câmera poderia ser melhor, mas passa. Como alguém que valoriza a bateria, eu consideraria comprar um Moto G7 Power.

Especificações do Moto G7 Power

  • Tela: 6,2 polegadas,
  • Resolução de 1.520 x 720 pixels (densidade de 271 ppi)
  • Sistema operacional: Android Pie
  • Processador: Snapdragon 632 (1,8 GHz)
  • Armazenamento: 32 GB, expansível
  • RAM: 3 GB
  • Câmera traseira: 12 megapixels, abertura f/2.0
  • Câmera frontal: 8 megapixels, abertura f/2.2
  • Bateria: 5.000 mAh
  • Conectividade: 4G LTE, Bluetooth 4.2, Wi-Fi 802.11n
  • NFC: varia de acordo com o mercado
  • Tamanho: 159,4 x 76 x 9,3 mm
  • Peso: 193 g
  • Cores: lilás e azul navy

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Empresa que criou o robô de dobrar roupas Laundroid pede falência

Posted: 23 Apr 2019 09:13 AM PDT

Robô dobrador de roupas Laundroid

A próxima vez que você se pegar pensando sobre o apocalipse robô, lembre-se que depois de anos de desenvolvimento este pequeno robô não conseguiu nem mesmo dobrar roupas.

Durante os últimos anos da Consumer Electronics Show (CES), o estande da Seven Dreamers conseguiu chamar a atenção de grandes plateias para demonstrações de seu robô dobrador de roupas, o Laundroid.

E por que não, né? Um robô que economiza o seu tempo em uma das tarefas mais monótonas do cuidado de casa não é nada mal. Parecia muito bom para ser verdade… Tanto que a empresa fez o pedido de falência nesta terça-feira (23) no Japão.

Geralmente, os robôs têm dificuldades em tarefas domésticas. Eles conseguem aspirar o chão, esfregar azulejos e até mesmo cortar a grama, mas tendem a ir mal em tarefas como segurança doméstica ou companhia.

O pessoal da Seven Dreamers fez algumas promessas grandiosas sobre as capacidades do Laundroid, que tinha o tamanho de uma geladeira e meio que limitava quem poderia ter um desses.

Usando reconhecimento de imagem, inteligência artificial e mecanismos de manuseio, o Laundroid era supostamente capaz de dobrar e organizar uma pilha de roupa limpa. Depois que ele terminava o trabalho, era só você colocar a pilha em uma gaveta.

Parecia um produto muito inovador, mas na realidade ele tinha dificuldades para dobrar o vestuário básico. A máquina exigia que as roupas fossem pré-preparadas – ou seja, os usuários ainda tinham algum trabalho. Não dava para abrir a gaveta do robô e simplesmente jogar as roupas lá dentro.

No final das contas, a Seven Dreamers conseguiu acumular US$ 20 milhões em dívidas para cerca de 200 credores. A empresa ainda havia prometido começar a vender o Laundroid por cerca de US$ 1.000 até o final desse ano.

No entanto, o sonho de se livrar da tarefa de dobrar roupas ainda não acabou. A FoldiMate parece seguir firme na intenção de fazer parte do trabalho para você – no entanto, a máquina tem sido apresentada desde a CES 2016 e ainda não há previsão de lançamento.

[Seven Dreamers via Engadget via Gearoid Reidy]

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9ª geração da série H da Intel inclui primeiro chip de notebook capaz de chegar a 5 GHz via turbo

Posted: 23 Apr 2019 08:51 AM PDT

A melhor parte do MacBook Pro do ano passado foi o processador de 8ª geração da série H que a Apple escolheu para colocar em seu interior. A série H foi feita para notebooks robustos ou estações de trabalho grandes, então encontrá-la em algo tão fino e leve quanto um MacBook Pro de 13 polegadas foi uma mudança bem-vinda de ritmo — principalmente porque significava que o MacBook Pro era bem mais rápido que concorrentes como o Dell XPS 13 e o HP Spectre 13.

Agora que a série H está recebendo uma atualização, e embora isso não signifique necessariamente uma atualização para o MacBook Pro, isso quer dizer que você poderá comprar alguns notebooks mais rápidos, pelo menos até que os processadores de 10nm da Intel, há muito tempo atrasados, finalmente façam uma aparição no final deste ano.

Os processadores de 9ª geração da série H são baseados no processo de 14nm que a Intel vem usando há mais de meia década. Isso é potencialmente ruim porque seu principal rival, a AMD, já está usando um processo de 12nm e está mudando para 7nm em breve. Um processo menor normalmente significa que a CPU será mais rápida e mais eficiente.

Mas a Intel fez um trabalho decente de realmente polir seu processo de 14nm. A empresa o refinou ao ponto de que esta nova CPU realmente poderia ser impressionantemente rápida — embora provavelmente não tão rápida ou eficiente quanto uma eventual versão de 10nm.

Existem alguns ganhos de velocidade decentes na 9ª geração da série H, principalmente no que diz respeito à velocidade de clock. A Intel promete que a sua CPU topo de linha, o i9-9980HK, terá uma velocidade de clock turbo de 5 GHz, sendo o primeiro chip de notebook a alcançar essa velocidade. O i9-9980HK é notavelmente também a rara CPU de laptop capaz de fazer overclocking. O resto da série H, desde o i5-9300H até o i9-9880H, não terá essa capacidade, embora a Intel afirme que o i7-9850H será “parcialmente” desbloqueável.

Imagem: Intel

Além de algumas modestas melhorias na velocidade, a verdadeira magia dessas novas CPUs vem do chipset em que estão operando. O novo chipset móvel Intel 300 oferece suporte a até 128 GB de RAM DDR4, assim como o recentemente anunciado SSD híbrido e unidade Optane da Intel, o H10. Essa unidade deve lhe dar todos os aumentos de velocidade impressionantes da memória Optane, juntamente com uma unidade de armazenamento SSD já rápida.

A série 300 também terá suporte ao Wi-Fi 6 802.11ax. Essa sopa de palavras significa um potencial para velocidades de streaming assustadoras — até três vezes mais rápidas do que o padrão 802.11ac atual, desde que seu roteador suporte 802.11ax e seu provedor lhe dê largura de banda suficiente para aproveitar essas velocidades. Se todos essas ressalvas não forem problema para você, então os novos processadores da série H valem a empolgação.

Razer, Asus, Dell e Alienware anunciaram line-ups atualizados de laptops gamers com suporte para a série H, e outros fabricantes de laptops gamers devem seguir o exemplo. As estações de trabalho podem ser mais lentas de atualizar, então é melhor esperar sentado por uma atualização da Apple.

Além dos novos processadores móveis, a Intel também anunciou uma linha completa de CPUs desktop para preencher a linha de computadores de mesa. O preço varia de US$ 122 para o i3-9100T a US$ 440 para o i9-9900, por ora sem informações de preço para o Brasil.

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União Europeia deve criar a maior base de dados biométrica do mundo

Posted: 23 Apr 2019 07:11 AM PDT

Um solicitante de visto americano coleta impressões digitais no Consulado dos EUA em Tijuana, México.

O Parlamento Europeu aprovou por uma margem significativa a simplificação de seus sistemas para gerenciar dados dos cidadãos e a criação de um banco de dados enorme que incluirá dados biométricos e imagens do rosto. A decisão deixou ativistas de privacidade alarmados.

O sistema, chamado de Repositório Comum de Identidade (CIR, na sigla em inglês), reúne muitas funções, incluindo a habilidade de autoridades de buscar em uma única base de dados em vez de fazer pesquisas em diferentes bancos. Essa base terá dados como impressões digitais, fotos do rosto e informações pessoalmente identificáveis como data de nascimento, número do passaporte, entre outros. De acordo com o ZDNet, o CIR se tornaria uma das maiores base de dados de registros do planeta.

O CIR irá acumular os registros de mais de 350 milhões de pessoas em um só lugar com informações identificáveis de cidadãos e não-cidadãos da União Europeia. De acordo com o Politico Europe, o novo sistema “irá garantir às autoridades acesso a identidade verificada de uma pessoa com uma única leitura de impressão digital”.

O sistema recebeu críticas significativas daquelas que argumentam que existem riscos aos direitos de privacidade. O grupo de liberdade civil Statewatch disse no ano passado que o projeto levaria a “criação de um Big Brother centralizado em uma base de dados do estado da União Europeia”.

O Parlamento Europeu disse que o sistema “tornará o uso dos sistemas de informação da União Europeia na segurança, gerenciamento de fronteira e de migração interoperáveis permitindo a troca de dados entre sistemas”. A ideia é que o CIR torne a obtenção de dados mais rápida e mais eficiente, o que pode ser positivo ou extremamente negativo, dependendo da sua confiança na coleta e armazenamento de dados por governos.

“Sem alterar os direitos de acesso ou pôr em perigo as regras de proteção de dados que os regem, a interoperabilidade assegurará um acesso mais rápido, mais sistemático e mais completo aos sistemas de informação da UE por parte dos profissionais em campo: agentes da polícia, guardas de fronteira, agentes de migração e membros do consulado, para que possam fazer melhor o seu trabalho”, declarou o relator Jeroen Lenaers (PPE, NL) numa declaração em fevereiro. “As melhores decisões podem ser tomadas com base numa melhor informação.

O CIR foi aprovado depois de duas votações: uma para a união dos sistemas utilizados para coisas relacionadas a vistos e controle de fronteiras que foi aprovado por 511 votos a 123 (com nove abstenções), e outra para a simplificação dos sistemas utilizados para cumprimento da lei, assuntos judiciais, de migração e asilo, que foi aprovada por 510 a 130 (também com nove abstenções). Parece que o lobby teve um papel importante nesse resultado, como contou um membro do Parlamento Europeu ao Politico Europe.

Um membro da Comissão Europeia disse à imprensa que não “acha que ninguém entendeu no que está votando”.

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Funcionárias do Google dizem ter sofrido retaliação por organizarem protesto contra assédio sexual

Posted: 23 Apr 2019 06:07 AM PDT

Funcionários do Google participando da protesto no dia 1º de novembro de 2018, no Harry Bridges Plaza em São Francisco.

Duas funcionárias do Google que ajudaram a organizar a manifestação que reuniu cerca de 20 mil trabalhadores para protestar contra a má conduta da empresa em relação a casos de assédio e agressões sexuais em novembro de 2018 disseram que a companhia tomou medidas de retaliação contra elas.

A revista Wired apontou em uma reportagem que Meredith Whittaker, do projeto de inteligência artificial do Google Open Research, e Claire Stapleton, gerente de marketing do YouTube, sofreram consequências profissionais por ajudarem a organizar a manifestação e paralisação da empresa.

Em uma carta enviada internamente nas listas de e-mail do Google, que foi obtida pela Wired, Whittaker escreveu que pouco depois que a companhia dissolveu o conselho de ética de inteligência artificial ela soube que seu papel na empresa “mudaria dramaticamente” e que ela teria que abandonar o seu trabalho no instituto de pesquisa da Universidade de Nova York:

Logo após o Google ter anunciado que iria dissolver seu conselho de ética de inteligência artificial, fui informada que minha função seria alterada dramaticamente. Disseram-me que para permanecer na empresa teria que abandonar o meu trabalho sobre ética na inteligência artificial e o AI Now Institute, que cofundei, trabalhei rigorosamente e que me trouxe reconhecimento nesses temas. Eu tenho trabalhado em questões de ética e viés da IA durante anos, e sou uma das pessoas que ajudaram a moldar o campo olhando para estes problemas. Eu também assumi riscos por fazer pressão para um Google mais ético, mesmo quando se isso fosse menos lucrativo ou conveniente.

Stapleton escreveu na carta que dois meses depois da manifestação, o Google a informou que ela “seria rebaixada, que perderia metade dos meus resultados e que o projeto que havia sido aprovado já não iria ser mais considerado”. Ela adicionou que quando contou o problema para os recursos humanos e o vice-presidente “as coisas ficaram significativamente piores”. Stapleton escreveu que foi instruída a tirar uma licença médica mesmo que não estivesse doente.

Embora Stapleton tenha contatado um advogado e tenha conseguido manter seu cargo, ela ainda sente que o Google é um ambiente de trabalho hostil:

Depois de cinco anos como uma funcionária de alta performance no YouTube Marketing (e quase doze no Google), dois meses após das manifestações, me disseram que eu seria rebaixada, que eu iria perder metade dos meus resultados e que um projeto que havia sido aprovado não iria mais ser considerado. Eu levei o problema para o RH e para o meu VP, o que tornou as coisas significativamente piores. Meu gerente começou a me ignorar, meu trabalho foi dado a outras pessoas, e me disseram para sair de licença médica, mesmo eu não estando doente. Só depois que eu contratei um advogado que o Google conduziu uma investigação e manteve meu cargo, pelo menos no papel. Embora o meu trabalho tenha sido devolvido, o ambiente permanece hostil e eu considero me demitir quase todos os dias.

As duas disseram na carta que elas coletaram mais de 300 histórias de retaliação no Google por causa da manifestação, escrevendo que pessoas que “se levantam e relatam discriminação, abuso e condutas antiéticas são punidas, deixadas de lado e tiradas da empresa”.

Elas também anunciaram planos de um grande encontro para falar sobre o problema e pediram para que outros funcionários compartilhassem suas próprias histórias de retaliação.

“Acho que é muito simples”, disse o engenheiro de software e colega organizador da manifestação Amr Gaber ao New York Times. “O Google nunca as tratou dessa forma, e então a manifestação aconteceu. Agora elas estão tendo que lidar com a notícia de que seu trabalho não é mais importante”.

A manifestação aconteceu depois que uma reportagem do NYT revelou que o Google organizou um “prêmio de saída” de US$ 90 milhões para o criador do Android, Andy Rubin. Ele estava deixando a companhia em meio a acusações de assédio sexual.

Embora a companhia tenha se desculpado posteriormente e dito que havia demitido diversos funcionários por uma má conduta similar nos últimos anos sem pagar um pacote desse tipo, o incidente chamou mais atenção para outras demandas dos funcionários, incluindo o fim da arbitragem obrigatória em disputas trabalhistas — que impedem funcionários de buscarem resoluções para reclamações na Justiça —, igualdade salarial, melhores práticas envolvendo questões de assédio sexual e reporte de desvios de conduta e diretrizes de transparência, além do aumento do papel do diretor de diversidade.

Funcionários incluindo Whittaker e Stapleton organizaram uma manifestação e paralisação que aconteceu no dia 1º de novembro, reunindo cerca de 20 mil trabalhadores entre Estados Unidos, Europa e Ásia durante.

Pouco depois, o Google interrompeu sua política de arbitragem obrigatória em casos de assédio sexual (e no começo desse ano, a empresa disse que colocaria fim nos acordos de arbitragem em todos os problemas envolvendo os contratos dos funcionários).

Em uma declaração enviada para vários meios de comunicação, um porta-voz do Google negou alegações de que qualquer funcionário tenha sido retaliado por seu papel na manifestação. “Proibimos a retaliação no local de trabalho e investigamos todas as alegações. Os funcionários e as equipes recebem regularmente e comumente novas tarefas, ou são reorganizados, para acompanhar a evolução das necessidades de negócios. Não houve retaliação aqui”, disseram.

A carta completa das funcionários está disponível (em inglês) na revista Wired.

[Wired/New York Times]

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Estudo mostra evidências do que faz os cegos terem uma audição mais sensível

Posted: 23 Apr 2019 05:41 AM PDT

Homem atravessa na faixa de pedestre com bengala para cego

Um novo estudo sugere que perder a visão cedo na vida pode levar a alterações sutis nos circuitos cerebrais, responsáveis principalmente pela audição.

Acredita-se que ao nascer cego ou perder a visão cedo pode tornar a audição mais sensível. Mas, embora os estudos tenham mostrado consistentemente que as pessoas cegas parecem ter uma audição mais precisa em alguns aspectos, não sabemos muito sobre como ou onde essa capacidade aumentada realmente aparece no cérebro.

Os autores por trás deste último estudo, publicado no Journal of Neuroscience, disseram que o levantamento deles é o primeiro a olhar o que está acontecendo no córtex auditivo (região do cérebro que processa a audição) das pessoas que vivem com cegueira.

"Estudos anteriores analisaram os aspectos comportamentais, e somos os primeiros a tentar lidar com isso de uma forma mais modelada", disse a principal autora do estudo, Kelly Chang,  que é pesquisadora na área de visão e cognição da Universidade de Washington, ao Gizmodo.

Eles escanearam o córtex auditivo de pessoas que nasceram cegas ou desenvolveram cegueira no início da vida (incluindo algumas pessoas com anoftalmia, uma condição em que a pessoa nasce sem um ou os dois olhos) usando ressonância magnética.

Os participantes do estudo também foram escaneados enquanto passavam por testes auditivos em que ouviam tons puros. Estes tons eram tocados em frequências diferentes, e sua atividade cerebral no córtex auditivo era medida quando ouviam estes ruídos. Por fim, os resultados foram comparados com um grupo de controle com visão média. Todos os envolvidos tiveram audiência média.

Eles descobriram que o córtex auditivo era semelhante em ambos os grupos, incluindo seu tamanho. Mas havia uma diferença em um aspecto de como as pessoas cegas e as com visão processavam o som. Nos cegos, o córtex auditivo parecia estar mais sintonizado com as frequências de som tocadas no teste, com base nos tipos de atividade cerebral que os pesquisadores observavam nos escaneamentos.

"Digamos que você quisesse distinguir entre uma nota de baixa frequência e uma de alta frequência. Para pessoas com visão, isso é muito fácil de fazer, já que as notas estão muito distantes umas das outras. Mas em pessoas cegas, provavelmente porque eles só confiam no sistema auditivo, eles são muito melhores distinguir entre frequências muito próximas", disse Chang.

Outra pesquisa sugeriu que as conexões neurais do cérebro podem ser reorganizadas quando uma pessoa se torna cega, especificamente nas áreas que geralmente processam a visão. Este é um exemplo da conhecida plasticidade cerebral. No entanto, as conclusões, dizem os autores fornecem "algumas das primeiras evidências em seres humanos" que essa compensação pode acontecer em áreas do cérebro que não diretamente afetadas pela cegueira.

"Ver esta reorganização ocorrer numa área tão fundamental é notável", disse ela.

O tamanho pequeno da amostra do estudo (nove pessoas com cegueira precoce, incluindo cinco com anoftalmia) significa que as conclusões da equipe estão longe de serem definitivas. Mesmo se fossem, ainda há algumas questões importantes a serem descobertas, dizem os autores.

Por exemplo, há a questão sobre o que possibilita esta compensação no córtex auditivo no cérebro. Pesquisas anteriores, incluindo algumas da equipe de Chang, sugeriam que estes tipos de mudanças só podem ocorrer quando alguém se torna cego quando criança, e não ocorrem para aqueles que perdem a visão quando adultos. E talvez não seja a perda de visão em si que leva à reorganização do córtex auditivo, mas a necessidade de uma pessoa cega em se concentrar mais em certos sons para poder navegar pelo mundo. Algo que deve ser notado é como as pessoas que se tornaram cegas precocemente processam som e fala em movimento — ruídos complexos que requerem maior cooperação entre diferentes áreas do cérebro.

Estudos futuros para resolver essas questões, que Chang e outros estão trabalhando, poderiam examinar o que acontece com o córtex auditivo em pessoas que estão temporariamente cegas. Eles também poderiam olhar para as pessoas que mais ficaram cegas na idade adulta, incluindo aquelas que conseguem recuperar parcialmente a visão em algum grau.

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