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- Cientistas extraem sangue líquido de cavalo de 42 mil anos de idade encontrado congelado na Sibéria
- Estes robôs-cachorro são ainda mais assustadores ao trabalharem em grupo para rebocar um caminhão
- De maneira surpreendente, Apple e Qualcomm firmam acordo e retiram todos os processos
- Conheça Colossus, o robô usado pelos bombeiros para combater o incêndio na Catedral de Notre-Dame
- Equador diz ter sido vítima de 40 milhões de ataques cibernéticos desde entregar Julian Assange
- Sony dá primeiros detalhes sobre o PS5 e a espera será angustiante
- Microsoft prepara Surface Buds, fones de ouvido sem fio para concorrer com os AirPods da Apple
- Remédio de perda de peso que te deixa satisfeito com menos comida é aprovado nos EUA
- Amazon planeja lançar streaming de música gratuito com propaganda para Echo
- [Hands-on] Galaxy Fold: mais impressionante do que eu imaginava
- Por trás do plano da Apple em acabar com o uso de minérios em seus produtos
Cientistas extraem sangue líquido de cavalo de 42 mil anos de idade encontrado congelado na Sibéria Posted: 16 Apr 2019 03:20 PM PDT Os cientistas da região de Iakutsk, na Sibéria, conseguiram extrair amostras de sangue líquido de um potro de 42 mil anos de idade que foi encontrado embebido em permafrost em 2018. Os cientistas esperam recolher células viáveis com o objetivo de clonar a espécie de cavalo extinta. O potro foi descoberto na depressão de Batagaika em 11 de agosto de 2018. O permafrost deixou os restos mortais em muito boa forma, aumentando a esperança de que suas células possam ser extraídas. Acredita-se que o espécime pertença a uma espécie extinta de cavalo, conhecida como raça Lenskaya (também chamada de cavalo Lena), conforme escreveu o jornal Siberian Times no ano passado. Uma colaboração entre a Universidade Federal do Nordeste em Iakutsk (NEFU) e a Fundação de Pesquisa Biotecnológica Sooam, da Coreia do Sul, está atualmente analisando os restos mortais com a intenção explícita de clonar o cavalo pré-histórico. Para fazer isso, no entanto, os pesquisadores teriam que extrair e cultivar células somáticas viáveis — algo que eles ainda não foram capazes de fazer. Todas as mais de 20 tentativas de cultivar células do tecido do animal falharam. Uma análise detalhada do cavalo começou no mês passado, com o trabalho previsto para durar até o final de abril. Como o Siberian Times noticiou nesta terça-feira (16), os pesquisadores já conseguiram extrair amostras de sangue líquido dos vasos cardíacos do espécime, que foram bem preservadas devido às condições favoráveis de sepultamento e do permafrost, de acordo com Semyon Grigoryev, chefe do Museu Mammoth em Iakutsk. Não está claro se as células viáveis podem ser cultivadas a partir da amostra de sangue. A amostra de sangue extraída do espécime. Imagem: NEFU Em entrevista à agência de notícias russa TASS, e conforme divulgado pelo Siberian Times, Grigoryev disse que a autópsia mostrou “órgãos belamente preservados” e tecidos musculares preservados com sua “cor avermelhada natural”. Além disso, o potro ainda exibe pelos na cabeça, pernas e partes do corpo. Ter “pelo preservado é outra descoberta que fez a comunidade científica vibrar, pois todos os cavalos antigos anteriores foram encontrados sem pelo”, disse Grigoryev. Quando vivo, o animal apresentava uma cor castanha, com cauda e crina pretas. “Nossos estudos mostraram que, no momento da morte, o potro tinha de uma a duas semanas de idade, então ele havia acabado de nascer”, disse Grigoryev. “Como em casos anteriores de restos muito bem preservados de animais pré-históricos, a causa da morte foi afogamento na lama, que congelou e se transformou em permafrost. Muita lama e lodo que o potro engoliu durante os últimos segundos de sua vida foram encontrados dentro de seu trato gastrointestinal.” A natureza conservada do cavalo, junto com a amostra de sangue, significa que ele é “o animal da era do gelo mais bem preservado já encontrado no mundo”, declarou Grigoryev. Bem, “mais bem preservado” está nos olhos do observador, mas Grigoryev tem um argumento sólido. Em 2013, cientistas russos encontraram sangue líquido nos restos de um mamute-lanoso de 15 mil anos. O sangue retirado do potro é 27 mil anos mais velho. Como apontado, um dos principais objetivos dessa colaboração entre a NEFU e a Sooam é ressuscitar esse animal por meio dos processos de clonagem. Um detalhe importante é que a Sooam está no negócio da clonagem de cães de estimação na Coreia do Sul, e seu pesquisador principal é Hwang Woo Suk, o controverso geneticista acusado de várias violações éticas flagrantes durante os anos 2000. Aparentemente, o trabalho “está tão avançado” que a equipe está procurando uma égua de barriga de aluguel “para o papel histórico de dar à luz a espécie ressurgida”, relata o Siberian Times com seu típico entusiasmo desenfreado. Claramente, existem algumas questões éticas e tecnológicas sérias que precisam ser abordadas. Reviver espécies é controverso por uma série de razões, incluindo a diminuição da qualidade de vida do clone (que será submetido a experimentos durante toda a sua vida), o problema da diversidade genética e da consanguinidade e a ausência de um habitat da era do gelo para abrigar a espécie ressuscitada, entre outras limitações. A colaboração russo-coreana também está tentando clonar um mamute-lanoso, e a pesquisa obtida a partir do estudo do potro poderia ser usada como base para esse experimento pendente. A ressurreição de uma espécie extinta, quer queiramos quer não, pode acontecer mais cedo do que pensamos. The post Cientistas extraem sangue líquido de cavalo de 42 mil anos de idade encontrado congelado na Sibéria appeared first on Gizmodo Brasil. |
Estes robôs-cachorro são ainda mais assustadores ao trabalharem em grupo para rebocar um caminhão Posted: 16 Apr 2019 02:25 PM PDT Quando não está perturbando o mundo com supersoldados ciborgues que dão saltos mortais, a Boston Dynamics parece gostar de se divertir com suas criações robóticas. Provavelmente inspirados nas corridas de cachorro que puxam trenós, a companhia juntou dez robôs-cachorro SpotMini para reunir força o suficiente para carregar um caminhão movido à diesel. Eu falei em diversão, né? Na verdade, a impressão é de terror. Apesar de sempre mostrar robôs fazendo movimentos complexos, os SpotMini não chegam nem aos pés do humanoide Atlas, da Boston Dynamics. Aqui, pelo menos, a empresa parece contar com a simpatia dos humanos com coisas que lembrem cachorros. O problema é que estes "cachorros" conseguem escapar de laboratórios, resistir a golpes de tacos de hóquei e agora, aparentemente, são aptos a puxar bastante peso quando estão em grupo. A demonstração é um outro exemplo de pesquisa robótica em que robôs simples são feitos para trabalhar juntos e atingir grandes feitos. Geralmente, isto é feito por robôs muito pequenos que parecem se movimentar de forma aleatória até completar determinado objetivo, mas este não é o caso deste exército de SpotMinis. Dado o fato de que estes robôs custam centenas de milhares de dólares, eles, sem dúvida, serão lançados para aplicações militares, e você pode facilmente imaginar um esquadrão deles recuperando um veículo (como este do vídeo), ou dois ou três SpotMinis salvando um soldado ferido, ou outras missões menos assistivas. Vendo tudo isso, dá para entender melhor por que os lobos caçam formando alcateias. [YouTube] The post Estes robôs-cachorro são ainda mais assustadores ao trabalharem em grupo para rebocar um caminhão appeared first on Gizmodo Brasil. |
De maneira surpreendente, Apple e Qualcomm firmam acordo e retiram todos os processos Posted: 16 Apr 2019 01:05 PM PDT A batalha judicial entre Apple e Qualcomm por causa de patentes e legislações antitruste teve um fim inesperado. Ao contrário de se arrastar por semanas, como muitos previam, as duas partes chegaram a um acordo e retiraram todos os processos em todo o mundo. A Apple pagará uma quantia não revelada à Qualcomm. Além disso, as duas companhias firmaram uma acordo de licenciamento global de patentes com validade de seis anos, extensíveis por mais dois. Também foi firmado um acordo de fornecimento de componentes, o que indica que os iPhones e outros produtos Apple devem voltar a contar com modems da Qualcomm. O processo havia sido movido pela Apple em 2017, questionando as altas taxas de licenciamento cobradas pela Qualcomm. A corte ouviria as duas empresas a partir dessa semana, mas, logo ao apresentar seus pontos iniciais, ambas indicaram a possibilidade de um acordo. A empresa fabricante de chips contra-atacou e processou a Apple em diversas partes do mundo. Ela conseguiu algumas vitórias, como proibições de vendas de iPhones na China e na Alemanha. O Gizmodo US explica melhor os detalhes dessa disputa:
Esse, porém, não é o único imbróglio judicial em que a Qualcomm está metida. Ela está sendo processada também pela Comissão Federal do Comércio dos EUA (ou FTC, na sigla em inglês) por violações a normas antitruste. Resumidamente, o caso deste processo é bastante relacionado à agora encerrada disputa da Apple com a Qualcomm. Muitos dos padrões de telecomunicação, que definem como devem ser componentes como modems, dependem de patentes da Qualcomm. Assim, de acordo com o FTC, o valor que todas as empresas pagam pelo licenciamento funcionaria como um imposto. Sem ele, consumidores poderiam estar pagando valores menores pelos produtos, argumenta o órgão do governo norte-americano. [Apple] The post De maneira surpreendente, Apple e Qualcomm firmam acordo e retiram todos os processos appeared first on Gizmodo Brasil. |
Conheça Colossus, o robô usado pelos bombeiros para combater o incêndio na Catedral de Notre-Dame Posted: 16 Apr 2019 12:16 PM PDT O mundo parou para olhar com tristeza e um pouco de esperança o incêndio que tomou conta da catedral de Notre-Dame, em Paris, na tarde de segunda-feira, 15 de março, um dia após o Domingo de Ramos. Tristeza pelas fortes imagens de destruição de uma construção importante não apenas para os católicos, como para o mundo ocidental como um todo. E esperança por causa da torcida para que os danos fossem os menores possíveis, e os bombeiros, bem-sucedidos em sua missão de controlar o fogo. As chamas levaram horas para serem domadas, começando às 18h50 no horário local (13h50 no horário de Brasília), com o incêndio declarado sob controle às 3h de terça-feira (22h em Brasília). Os bombeiros, aplaudidos pelos parisienses que assistiam de perto o trabalho, foram saudados como verdadeiros heróis. Eles contaram, no entanto, com uma ajuda que passará relativamente despercebida: um robô chamado Colossus. Talvez a imagem mais dolorosa do incêndio desta segunda-feira tenha sido a queda da flecha da catedral, a torre mais alta do edifício, que chegava a 93 metros acima do solo. Logo que perceberam que isso estava para acontecer, os bombeiros que trabalhavam no interior da construção foram chamados para fora, dando lugar para o Colossus. Fabricado pela Shark Robotics, empresa de La Rochelle, comuna francesa situada na região de Nova Aquitânia, o robô Colossus é um drone terrestre feito para encarar situações perigosas demais para os seres humanos, especialmente em casos de ameaça de deslizamento, vazamento de gás ou temperaturas muito elevadas.
O Colossus "permitiu apagar [parte do fogo] e abaixar a temperatura dentro da nave" da catedral, segundo Gabriel Plus, porta-voz dos bombeiros, em entrevista à agência de notícias AFP. Em uma declaração publicada pela rádio Europe1, Cyryl Kabbara, cofundador da Shark Robotics, afirmou que o robô, feito para ser totalmente modular, é capaz de realizar "diversas missões, como extinguir incêndios remotamente, evacuar pessoas machucadas, levar equipamentos ou conduzir trabalho de reconhecimento, usando suas ferramentas de inspeção de vídeo e sensores de gás". O Colossus, que pesa 500 kg, não conta com inteligência artificial para agir sozinho uma vez dentro de uma missão. Ele é comandado à distância pelos bombeiros. O robô de 1,60m tem um canhão d'água potente, capaz de disparar jatos fortes e até em formato de cone. Ele conta também com esteiras que possibilitam ao veículo subir escadas e deslizar sobre escombros. Capaz de levantar até duas toneladas, ele tem autonomia de oito horas. Concebido com o auxílio dos bombeiros e sua expertise, o Colossus não foi o único equipamento tecnológico utilizado nos trabalhos de combate ao incêndio da catedral de Notre-Dame desta segunda-feira. Drones da DJI foram utilizados pelos bombeiros para visualizar como o fogo estava se espalhando dentro da estrutura, ajudando a determinar as posições em que as mangueiras disparando água seriam mais eficazes. Tecnologia pode desempenhar papel na reconstruçãoA resposta à destruição parcial da catedral de Notre-Dame foi quase imediata, o que não é surpresa, dada sua importância para Paris, para a França e também para o mundo ocidental. Famílias bilionárias francesas, proprietárias ou sócias de importantes grupos como Kering, LVMH e L'Oréal, anunciaram a doação de € 600 milhões (mais de R$ 2,6 bilhões), enquanto a cidade de Paris e a região de Ile-de-France, que inclui Paris e seus arredores, destinarão € 50 milhões e € 10 milhões, respectivamente. E, para esse trabalho de restauração do que foi perdido, a tecnologia poderá ser, mais uma vez, importante. Isso porque, em 2015, o agora falecido historiador da arquitetura Andrew Tallon liderou um projeto de mapeamento digital do interior e do exterior da catedral, gerando assim uma réplica digital exata da construção, que pode ser uma base essencial para os trabalhos dispendiosos daqui para a frente. Versão digital da catedral. Imagem: Divulgação/Andrew Tallon Símbolo de uma das cidades mais importantes do mundo, a Catedral de Notre-Dame começou a ser construída em 1163 e levou 180 anos para ser concluída. Em seus mais de oito séculos de história, foi restaurada várias vezes, sendo palco também de inúmeros acontecimentos históricos, como a coroação de Napoleão em 1804, a festa pela libertação de Paris na Segunda Guerra Mundial, além de ponto de culto à razão após a Revolução Francesa. The post Conheça Colossus, o robô usado pelos bombeiros para combater o incêndio na Catedral de Notre-Dame appeared first on Gizmodo Brasil. |
Equador diz ter sido vítima de 40 milhões de ataques cibernéticos desde entregar Julian Assange Posted: 16 Apr 2019 11:12 AM PDT Autoridades equatorianas alegam que o país sofreu cerca de 40 milhões de ataques cibernéticos. Eles teriam começado quando o país permitiu que a polícia britânica removesse o fundador do Wikileaks, Julian Assange, de sua embaixada em Londres. As informações são da AFP. Segundo a agência de notícias, o número de 40 milhões foi revelado pelo vice-ministro de Tecnologias de Informação e Comunicação do Equador, Patricio Real. Ele disse que os ataques começaram pouco depois da prisão em 11 de abril:
Os ataques volumétricos são um tipo de ataque distribuído de negação de serviço (DDoS), em que os atacantes inundam os servidores com pedidos numa tentativa de sobrecarregá-los e impedir o acesso de usuários legítimos. O número de 40 milhões deve ser entendido não como o número de ataques coordenados independentemente, mas como o número cumulativo de tentativas automáticas de perturbar os sistemas visados. Sites do Ministério das Relações Exteriores, do banco central, do gabinete do presidente Lenín Moreno, das autoridades fiscais e de uma série de outras páginas do governo foram visados, escreveu a AFP. Nenhuma instituição relatou tentativas bem-sucedidas de roubar ou destruir dados, acrescentou a agência de notícias. Assange, fundador da organização internacional sem fins lucrativos e secreta Wikileaks, havia originalmente buscado e recebido asilo na embaixada em 2012. Naquela época, as autoridades britânicas estavam tentando extraditar Assange para a Suécia, onde as forças policiais estavam investigando dois depoimentos separados de que ele havia cometido agressão sexual e estupro. Assange se defendeu das alegações, afirmando serem um pretexto para garantir sua extradição para os EUA, onde ele seria processado por vazar segredos governamentais e militares. As autoridades suecas abandonaram mais tarde a investigação, mas o Reino Unido continuou buscando sua detenção por não ter pago a fiança. Assange permaneceu na embaixada e, aparentemente, foi desgastando a paciência do Equador ao longo do tempo. Enquanto ele estava lá, o Wikileaks liberou caches de e-mails hackeados dos sistemas de e-mail do Partido Democrata, mensagens diretas do Twitter de Assange com Donald Trump Jr. (nas quais ele implorava por uma embaixada) vazaram, e a conta oficial do Wikileaks no Twitter começou a publicar afrontas de extrema-direita. A embaixada teria cortado seu acesso à internet em 2018 por suposta interferência política, o que, segundo o governo, veio depois de pedidos de que ele deixasse de prejudicar sua relação com outros países. Moreno se referiu a Assange como um “problema herdado” de seu antecessor, Rafael Correa, e acusou Assange de hackeá-lo pessoalmente. No fim das contas, os Estados Unidos acusaram secretamente, sim, Assange de conspirar com Chelsea Manning para tentar invadir uma rede de computadores protegida do Departamento de Defesa (a Rede de Protocolo de Internet Secreta, SIPRNet), usando outro nome de usuário. Essa tentativa falhou, mas Manning acabou fornecendo ao Wikileaks centenas de milhares de arquivos do governo, que a organização divulgou em 2010. Esses arquivos variavam de cabos diplomáticos a outros dados que implicavam militares dos EUA no Iraque e no Afeganistão na ocultação de mortes de civis, permissão de tortura e, talvez o mais infame, na abertura de fogo em Bagdá a partir de navios Apache, matando pelo menos uma dúzia de pessoas, incluindo dois jornalistas da Reuters. Os vazamentos humilharam o governo dos EUA, e tem havido uma discussão considerável sobre se Assange realmente conspirou com Manning para invadir a SIPRNet ou as acusações são apenas uma vingança. Se Assange for extraditado para os EUA e condenado, enfrentará um máximo de cinco anos de prisão sob essas acusações. Como o Verge observou, a acusação é incomumente fraca nas provas (e possivelmente fora do prazo prescricional), embora a CBS News tenha noticiado que os promotores estão avaliando acusações extras. No entanto, se extraditado apenas com base na acusação específica de invasão, o Verge relatou que os juristas dizem que os EUA não podem simplesmente atingi-lo com acusações adicionais como espionagem — o que os advogados de Assange afirmam que poderia lhe render a pena de morte. [AFP] The post Equador diz ter sido vítima de 40 milhões de ataques cibernéticos desde entregar Julian Assange appeared first on Gizmodo Brasil. |
Sony dá primeiros detalhes sobre o PS5 e a espera será angustiante Posted: 16 Apr 2019 09:10 AM PDT Os rumores vinham circulando há meses, mas agora é oficial: o PlayStation 5 vem por aí e agora sabemos que ele tem especificações parrudas. Porém, do clássico jeitão Sony, precisaremos esperar e lidar com desnecessários teasers até que o console da próxima geração chegue perto de ir para as lojas. Lembra quando a Sony anunciou o PS4 em 2013? Foram duas horas de marketing, muita falação e ele nem chegou a aparecer no palco. Desta vez, temos alguns detalhes a mais, graças a entrevista que Mark Cerny da Sony deu à Wired. Rapidamente, esses são os pontos chave: nova CPU, nova GPU com suporte a Ray Tracing, armazenamento com SSD, áudio 3D e retrocompatibilidade com jogos do PS4. Dessas especificações, a mais intrigante é o SSD que promete carregamentos muito mais rápidos e tempo de renderizações mais altas para acompanhar os jogos de gráficos mais intensos. De acordo com Cerny, a CPU será baseada na linha de terceira geração Ryzen, da AMD. Já a GPU será uma variação customizada da família Navi da Radeon – e sim, essa placa suporta o ray tracing. A Wired não teve a oportunidade de fazer um hands-on, mas viu uma demonstração. Num primeiro momento, o game Spider-Man foi rodado em um PS4 Pro – o personagem viajava entre destinos de Manhattan. O carregamento ficava próximo dos 15 segundos a cada novo local escolhido. A mesma seção do jogo rodando no console da próxima geração levou 0,08 segundos para carregar. A Sony ainda está sendo irritante, de propósito. Quando perguntado se a próxima geração manterá a tradição de nomes e se chamará PlayStation 5, Cerny deu um "sorriso enigmático". Sobre o preço… Quem sabe, né? O produto não deve nem aparecer esse ano. Pode ser que o veremos em 2020 ou em algum momento de 2021. Não dá para esperar mais detalhes na E3 desse ano, já que, pela primeira vez em 24 anos, a Sony não irá ao evento. O negócio é se preparar para pelo menos mais um ou dois anos de rumores e dicas da Sony. [Wired] The post Sony dá primeiros detalhes sobre o PS5 e a espera será angustiante appeared first on Gizmodo Brasil. |
Microsoft prepara Surface Buds, fones de ouvido sem fio para concorrer com os AirPods da Apple Posted: 16 Apr 2019 08:51 AM PDT Fazer fones de ouvido intra-auriculares sem fio é uma tendência entre as grandes empresas de tecnologia. A Apple tem seus AirPods, a Samsung contra-atacou com os Galaxy Buds, a Huawei também lançou o seu, e a Amazon planeja entrar neste mercado. A mais nova a querer fabricar fones inteligentes e que dispensam cabos é a Microsoft. As informações são do site Thurrott, especializado na empresa de Redmond. Os fones teriam recursos que nos acostumamos a ver em dispositivos desse tipo: cancelamento de ruído, integração com assistente virtual (no caso, a Cortana) e interações avançadas com o conteúdo dos smartphones. O codinome do projeto é Morrison (provavelmente em referência a Jim Morrison, o lendário vocalista da banda The Doors) e nome provável do produto é Surface Buds (o que já rendeu algumas piadas). Esse não será o primeiro fone da linha Surface. Ano passado, a Microsoft lançou headphones (ou fones supra-auriculares, como você preferir chamar) com a marca e esses mesmos recursos. Eles, inclusive, ficaram um pouco abaixo do que o esperado nos testes. Também não será o primeiro intra-auricular da Microsoft — a linha Zune (lembra dela?) tinha seus próprios fones de ouvido. O Thurrott também não crava a data de lançamento. O site diz que cronogramas de projetos costumam atrasar e ser cancelados. Portanto, um lançamento ainda em 2019 é plausível, mas não há nada garantido. [Thurrott] The post Microsoft prepara Surface Buds, fones de ouvido sem fio para concorrer com os AirPods da Apple appeared first on Gizmodo Brasil. |
Remédio de perda de peso que te deixa satisfeito com menos comida é aprovado nos EUA Posted: 16 Apr 2019 08:18 AM PDT Pessoas acima do peso e obesas em breve terão uma nova opção médica para ajudá-los a controlar seu peso. Na segunda-feira (16), a empresa de biotecnologia Gelesis, de Boston, anunciou que recebeu autorização da FDA (órgão norte-americano equivalente à Anvisa) para comercializar sua nova ajuda para perda de peso para o público, um dispositivo médico à base de comprimidos chamado Plenity, que faz com que as pessoas se sintam satisfeitas mais rapidamente. O Plenity é único de diversas maneiras, de acordo com Harry Leider, diretor médico da Gelesis. O tratamento é destinado (juntamente com dieta e exercício) para pessoas com um índice de massa corporal de até 40. Mas ele é o primeiro tratamento de perda de peso aprovado ou liberado pela FDA para pessoas com um índice de massa corporal de apenas 25, que é o limite inicial para alguém que considerado acima do peso. Historicamente, tais tratamentos são utilizados apenas por pessoas consideradas obesas, com um IMC superior a 30. E a forma como ele funciona também é diferente dos remédios anteriores para perda de peso. “O que torna o Plenity diferente e único, principalmente, está em seu mecanismo de ação, que usa um hidrogel superabsorvente”, disse Leider ao Gizmodo. O material hidrogel é uma mistura patenteada de celulose (o elemento básico das plantas, que é comumente consumido como fibra) e ácido cítrico que é formado em uma matriz tridimensional. Esse material, quando introduzido na água, pode absorver até 100 vezes o seu peso. Quando alguém ingere o Plenity com sua refeição, teoricamente, o remédio se expande no estômago e no intestino delgado, deixando menos espaço disponível para comida e, basicamente, convencendo seu corpo a se sentir cheio mais cedo do que de outra forma. “Ele também não é absorvido pelo corpo, por isso funciona inteiramente pela sua ação mecânica e deixa o corpo em segurança”, acrescentou Leider. A FDA não respondeu imediatamente a um pedido de comentários do Gizmodo. A principal evidência que garantiu a liberação do Plenity pela FDA foi um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, envolvendo mais de 400 pacientes com IMC entre 27 e 40. De acordo com o ensaio, publicado online em novembro passado, os pacientes que tomaram Plenity durante seis meses em conjunto com uma dieta e um regime de exercício perderam em média 6,4% do seu peso de base, em comparação com a média de 4,4% perdido por aqueles que tomaram o placebo. Essa é uma diferença estatisticamente significativa, ainda que modesta, mas a Gelesis aponta para o sucesso alcançado pelas chamadas “respostas ao estudo” como um melhor indicador do potencial do Plenity. De acordo com o estudo, cerca de 60% das pessoas que tomaram o Plenity perderam pelo menos 5% do seu peso corporal, enquanto 27% perdeu 10% ou mais de seu peso corporal. Em comparação, as chances de alcançar um desses dois objetivos no grupo do placebo foi de aproximadamente metade disso, em 42% e 15%, respectivamente. Essas histórias de sucesso foram, em geral, aparentes muito rapidamente, com mais de 85% dos que perderam 5% ou mais do peso corporal em até seis meses tendo perdido 3% ou mais do peso corporal em até oito semanas. “A obesidade provavelmente não é apenas uma doença, mas várias. Portanto, quase nenhum tratamento funcionará para todos”, disse Leider. “Mas essas respostas podem ser notadas muito cedo.” Classificado como um dispositivo médico de Classe 2, o Plenity vai, contudo, parecer um medicamento típico para as pessoas que o tomam. Os usuários serão instruídos a engolir três cápsulas com um copo de água 20 a 30 minutos antes do almoço e do jantar. O Plenity também só estará disponível por meio de prescrição, embora o diretor de operações da Gelesis, David Pass, tenha dito ao Gizmodo que planeja criar um programa de telemedicina em que os potenciais pacientes possam ser selecionados e receitados remotamente, além de as prescrições estarem disponíveis no consultório de seu médico. A empresa pode algum dia explorar uma opção de venda livre, mas não para o futuro imediato. A segurança do Plenity também parece ser impressionante, uma vez que não houve diferença significativa na quantidade e gravidade dos efeitos colaterais individuais relatados em comparação com o placebo (em ambos os grupos, cerca de 3% relataram efeitos adversos graves, embora a maioria tenha acontecido no início e tenha durado menos de duas semanas). No entanto, sintomas gastrointestinais leves, como dor de estômago ou constipação, foram mais comuns em geral para as pessoas que tomaram o Plenity. “Não testamos nenhuma quantidade maior (do Plenity), mas, de um ponto de vista científico, deve ser relativamente seguro mesmo se você tomar mais,” disse Leider quando o Gizmodo perguntou sobre os riscos de alguém acidentalmente tomar mais de três cápsulas. “Existe um limite de quanto fluido pode ser absorvido de uma só vez.” Dito isso, o tratamento não será recomendado para mulheres grávidas, pessoas com problemas digestivos graves, como a doença de Crohn, e aqueles com alergia aos ingredientes do Plenity, principalmente ácido cítrico e celulose. Vai levar algum tempo até que o Plenity esteja amplamente disponível ao público. A empresa espera testar um lançamento limitado do produto até o final de 2019, com planos de tê-lo disponível em todos os Estados Unidos em algum momento do próximo ano. David Pass disse ao Gizmodo que ainda não existe uma lista concreta de preços para o remédio, mas acrescentou que a empresa está “comprometida em tornar o Plenity acessível para a maioria dos nossos clientes-alvo, com ou sem convênio.” A Gelesis também está buscando realizar ensaios clínicos para usar a mesma tecnologia de hidrogel, ligeiramente modificada, para ajudar a tratar outras condições como diabetes, doença hepática gordurosa não alcoólica e doença inflamatória intestinal. The post Remédio de perda de peso que te deixa satisfeito com menos comida é aprovado nos EUA appeared first on Gizmodo Brasil. |
Amazon planeja lançar streaming de música gratuito com propaganda para Echo Posted: 16 Apr 2019 07:18 AM PDT A Amazon está planejando lançar um serviço de streaming de música gratuito, mas com propagandas. A ideia é oferecer um catálogo de músicas para os donos dos alto-falantes Echo já nas próximas semanas. De acordo com a reportagem da Billboard, que ouviu fontes ligadas aos planos da companhia, a Amazon ofereceu pagar às gravadoras uma quantia fixa por cada transmissão, independente da quantidade de publicidade vendida pela plataforma. Essa não será a estreia da Amazon em streaming de música. A empresa já oferece dois milhões de faixas no Prime Music, que vem junto com a assinatura do Amazon Prime (que custa US$ 119 por ano e tem vantagens no frete das compras feitas pelo e-commerce). Outra opção é o Amazon Music Unlimited, que tem 50 milhões de músicas no catálogo e custa US$ 9,99 mensais no plano avulso, ou US$ 7,99 para quem assina o Prime, ou ainda US$ 3,99 para quem o utiliza apenas nos alto-falantes Echo. Ainda não está claro qual seria o tamanho do catálogo de músicas gratuitas. A entrada da companhia pode esquentar a briga no mercado de streaming de músicas. O Spotify hoje lidera a corrida com 96 milhões de usuários pagantes e 116 milhões na versão gratuita. O Apple Music, por sua vez, tem 56 milhões de assinantes. A Amazon não revela seus números. The post Amazon planeja lançar streaming de música gratuito com propaganda para Echo appeared first on Gizmodo Brasil. |
[Hands-on] Galaxy Fold: mais impressionante do que eu imaginava Posted: 16 Apr 2019 06:02 AM PDT O Galaxy Fold representa mais de oito anos de design, engenharia e de novas tecnologias. Tudo isso só para entender como uma tela flexível funciona. Estamos falando de novos adesivos maleáveis e polímeros compostos complicados feitos especificamente para oferecer suporte a uma tela que dobra. E agora, meses após a primeira apresentação, eu finalmente tive a chance de ver um em "carne e osso". E apesar do preço de US$ 2.000, o Galaxy Fold é a prova de que a tendência de smartphones dobráveis pode ser mais do que um modismo. A primeira impressão é que o Galaxy Fold parece um aparelho sólido. Ele emite um estalo satisfatório toda vez que você fecha o telefone, algo que me lembra um aspecto muito legal dos telefones flip. Mas a outra coisa que você vai notar mesmo antes de abrir o telefone é o quão grande o Galaxy Fold é — parece uma barrona de chocolate. A partir daí, você pode usar tanto a "tela da capa" como qualquer outro smartphone, no entanto a tela de 4,6 polegadas significa que você tem algumas limitações. É claro, a grande tela flexível aparece quando você abre o telefone, e aí você tem um display gigante de 7,3 polegadas. Sim, o vinco está lá, mas com o tempo ele passa a incomodar menos. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo Se você executa várias tarefas ao mesmo tempo, as coisas só vão melhorando. Você pode deslizar no lado direito da tela para ter acesso a alguns apps, e é possível abrir três deles simultaneamente. Graças à habilidade de abrir um app adicional numa janela flutuante, o Fold consegue executar até quatro apps ao mesmo tempo. Enquanto isso, para assegurar estas transições e que o desempenho seja o melhor possível, o Galaxy Fold vem com o chip Qualcomm Snapdragon 855, 512 GB de armazenamento e 12 GB de RAM. Como bônus, como o Galaxy S10, o Galaxy Fold vem com carregamento sem fio Qi junto com a tecnologia PowerShare, da Samsung, que permite que você compartilhe a carga com outro aparelho. Em termos de durabilidade real, uma crítica ao Fold é que ele não tem resistência à água. Para ser claro, a habilidade do Fold de alternar entre diferentes telas de apps, que a Samsung chamada de App Continuity, está ainda está em seu estágio inicial. Este tipo de funcionalidade com vários apps ainda não está nem disponível nem no Android puro (deve ser disponibilizada no Android Q), embora a Samsung tenha trabalhado com o Google e outros parceiros para assegurar que apps importantes da marca e de terceiros funcionem bem nesta tela dobrável. Porém, nem sempre funciona bem em apps menos populares, ou alguns jogos, que recorrem à proporção de tela 16:9. Apesar de contar com duas baterias que juntas somam 4.380 mAh, ainda questiono se o Galaxy Fold tem longevidade o suficiente para manter aquela tela grande e todo o resto funcionando por bastante tempo. Isto deve ser respondido conforme fico mais tempo com o aparelho para uma análise mais aprofundada. O Fold vem com o total de seis câmeras, então você sempre vai conseguir facilmente tirar uma selfie. Na frente, há ainda uma câmera de 10 megapixels sobre a tela da capa, enquanto uma segunda câmera selfie de 12 megapixels e uma de 8 megapixels de profundidade ajudam em fotos no modo retrato que ficam na parte de dentro. No entanto, como todo smartphone convencional, os sensores importantes ficam na parte de trás, com o Fold oferecendo um sensor de 16 megapixels ultra wide, uma câmera grande angular de 12 megapixels e uma telefoto de 2x. O sensor de biometria do Galaxy Fold fica na lateral. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo O Galaxy Fold tem um vinco notável, mas quando você o utiliza normalmente, ele é menos incômdo do que eu pensei que fosse. Geralmente, ele desaparece, potencialmente se tornando menos chato do que um risco na tela. Mas dependendo da situação e da luz ambiente, você pode ainda notar que ele está lá, mesmo ao ver um vídeo. É impressionante, mas a Samsung não desafiou magicamente as restrições de materiais e, para algumas pessoas, isso pode soar como uma imperfeição. Da mesma forma, a espessura do aparelho ainda será motivo de controvérsia para alguns. Pessoalmente, acho que isso vai me incomodar ao longo prazo, mas alguns dos meus colegas insistem em usar calças com bolsos pequenos, e nesse caso o fato de ele ser muito espesso será um problema. E mesmo que esse vinco e essa espessura não sejam muito irritantes, há ainda uma outra realidade que as pessoas devem enfrentar: o preço de US$ 1.980, que é uma baita quantia para um dispositivo que está em sua primeira versão. Este telefone claramente é direcionado para quem quer ter o que for de mais avançado em tecnologia. Após um curto espaço de tempo com o dispositivo, devo admitir que fiquei encantado com o aparelho. Consegui imaginar o Galaxy Fold se encaixando em minha vida perfeitamente sem a necessidade de grandes ajustes. As diferentes cores do Galaxy Fold. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo No entanto, a questão que fica é: você pagaria quase US$ 2.000 pela oportunidade de ter um? Ainda não tenho certeza, então, em breve, publicaremos nossa análise sobre o Galaxy Fold. The post [Hands-on] Galaxy Fold: mais impressionante do que eu imaginava appeared first on Gizmodo Brasil. |
Por trás do plano da Apple em acabar com o uso de minérios em seus produtos Posted: 16 Apr 2019 04:35 AM PDT Resumo: Há dois anos, a Apple informou que acabaria com o uso de minério em seus produtos. Consultamos, então, especialistas para mostrar as complexidades de se atingir este objetivo, o que a Apple tem feito e o que a empresa ainda precisa fazer para atingir tal marco. Existem 118 elementos na tabela periódica. Um iPhone contém cerca de 75 deles. Não temos um número exato porque a Apple não forneceria um, e é isso é o tema desta história. E enquanto alguns desses elementos, como o alumínio e o lítio, são conhecidos tanto no nome quanto na função, outros, como neodímio e gálio, são tão exóticos quanto as letras pequenas na parte inferior da lista de ingredientes de um jantar de microondas. A maravilha tecnológica dentro do seu bolso não existiria sem todos os ingredientes. Mas a existência de dispositivos como o iPhone tem um preço. Todos os metais dentro de um iPhone – conhecido ou estranho, precioso ou comum – vêm de rochas que foram extraídas da Terra, muitas vezes, usando processos ambientalmente destrutivos e práticas trabalhistas eticamente duvidosas. Agora, a Apple espera mudar isso. Dois anos atrás, a empresa anunciou que espera interromper a mineração da Terra "um dia". Desde então, a Apple embarcou em uma guerra clandestina e multilateral contra o lixo, encontrando novas fontes de materiais em tudo, desde sobra de fabricação a dispositivos que pararam de funcionar. Apesar de anunciar periodicamente pequenos marcos — um robô que pode desmontar 200 iPhones por hora; um MacBook Air com uma cobertura de "100% de alumínio reciclado" –, a gigante de tecnologia lembra ao mundo que está progredindo em direção ao seu objetivo de um futuro livre de mineração. Mas a verdade é que esse objetivo continua distante. Para uma empresa que vende mais de 200 milhões de smartphones por ano, junto com milhões de tablets e computadores, alcançar o que os especialistas em sustentabilidade chamam de "economia circular" representará uma reformulação completa de tudo, desde a maneira que os dispositivos da Apple são fabricados até o que fazemos com estes dispositivos no final de suas vidas. Isso exigirá que a Apple desenvolva ou facilite o desenvolvimento de novas tecnologias inovadoras de reciclagem. Talvez mais importante, a Apple terá que fazer escolhas de design e políticas que incentivem os consumidores a atualizar e consertar seus dispositivos antigos, em vez de jogá-los fora pelo modelo mais recente. A questão é se esse é um futuro que a Apple realmente deseja – ou se os seus investidores permitirão. Entendendo o problemaJosh Lepawsky, geógrafo da Universidade Memorial de Newfoundland, estuda a vida ambiental de nossos produtos eletrônicos. Ele descreve segurando um smartphone na mão como se estivesse segurando um mundo em miniatura. Considere apenas alguns dos ingredientes de um iPhone e você começará a entender o porquê. O alumínio que as lendárias fresadoras da Apple entalham em invólucros cinzentos e robustos vem da bauxita, uma rocha sedimentar e enferrujada que penetra os solos através do cinturão tropical da Terra. O cobalto que serve como cátodo dentro da bateria de íon-lítio de um smartphone é extraído de pedras de xisto e arenito na economicamente empobrecida República Democrática do Congo, As terras raras – elementos com nomes que distorcem a língua e estranhos arranjos de elétrons que fazem as telas brilharem e dão força aos ímãs encontrados nos alto-falantes – vêm principalmente do interior da Mongólia e do sul da China. A lista continua: tungstênio, tântalo, cobre, estanho, ouro, prata, paládio e muito mais; uma verdadeira Nações Unidas de maravilhas geológicas que representam quase todos os continentes da Terra. Antes que todos esses ingredientes possam ser unidos em um pequeno retângulo altamente funcional, eles devem ser extraídos de minérios usando mãos, pás e martelos, maquinaria pesada e explosivos. Esses minérios são então fundidos e refinados em metais com as propriedades desejáveis, antes de serem moldados, cortados, parafusados, colados e soldados em produtos que são colocados em embalagens e enviados para venda em todo o mundo. Cada passo neste processo de produção requer energia, e no nosso mundo movido a combustível fóssil, isso significa produzir dióxido de carbono que aquece o clima do ar. Posto isto, a Apple estima que 77% de sua pegada de carbono venha da fabricação. Isso não é incomum para a indústria. Homem trabalhando em uma mina de Shinkolobwe, na República do Congo, em 2004. Crédito: AP Photo/Schalk van Zuydam "A grande quantidade de resíduos de eletrônicos ocorre no processo de fabricação", disse Lepawsky, observando que não são apenas as emissões de carbono que precisam ser consideradas, mas uma enorme quantidade de subprodutos tóxicos gerados durante a mineração e o refino dos metais. Talvez não seja surpresa, portanto, que o esforço da Apple para acabar com a mineração tenha começado com o foco na redução de uma de suas maiores fontes de resíduos de fabricação – o alumínio. Minerar a bauxita e fundí-la para produzir o metal prateado é incrivelmente custoso energeticamente, e a Apple precisa de muito alumínio de alta qualidade para esculpir as coberturas "unibody" exclusivas que seus computadores usam. Outro problema é que o processo de fresagem que eles usam também gera muito dejeto. Então, a Apple começou a coletar esse lixo, o derretendo e moldando novos pedaços de alumínio que podem ser usados para esculpir mais coberturas de gadgets. Embora a Apple não diga exatamente quando começou a "reciclar" o alumínio dessa maneira, ele entrou nos relatórios ambientais da empresa em 2016. Em 2018, a Apple ficou boa o bastante em aproveitar sobras para criar linhas inteiras de produtos. O MacBook Air e o MacMini de 2018 são os primeiros produtos da Apple a serem produzidos com a cobertura de "100% de alumínio reciclado", usando uma liga feita de "aparas de alumínio recapturadas que são retrabalhadas até o nível atômico". O uso de menos alumínio em geral ajudou a reduzir a pegada de carbono dos dispositivos pela metade, segundo a Apple. Os críticos são rápidos em apontar que a Apple está apresentando o que é essencialmente uma boa decisão de negócios como se fosse uma vitória para o meio ambiente. “Sua abordagem de usinagem com máquinas de fresagem gasta quantidades incríveis de material, então eles precisariam reutilizar o metal ou não seria econômico”, disse Kyle Wiens, CEO da empresa de conserto de eletrônicos iFixit, em e-mail enviado ao Gizmodo, acrescentando que o alumínio foi o "alvo mais fácil" na promessa de 100% de reciclagem da Apple. Wiens apontou que o derretimento de todas essas aparas de volta em novos tijolos de alumínio também requer energia; energia que talvez pudesse ser salva usando um processo de fabricação diferente para começo de conversa. A Apple disse ao Gizmodo que a energia usada para derreter e remoldar o alumínio da sucata é cerca de 5% do que é necessário para fundir o alumínio virgem. Outros concordaram que a reciclagem de alumínio é dinheiro fácil. Christian Remy, pesquisador de interação humano-computador da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, chamou o metal de “o mais próximo possível do material reciclado perfeito”, acrescentando que, enquanto dependemos da energia dos combustíveis fósseis, a reciclagem “levanta outras preocupações". Remy disse que a mudança para materiais alternativos pode causar um impacto muito maior nas emissões de carbono da Apple. Vários especialistas do setor disseram que a Apple provavelmente já estava comprando alumínio reciclado no mercado antes de começar a fazer barulho sobre seus esforços de recuperação de sucata. Alex King, ex-diretor fundador do Critical Materials Institute (CMI), do Departamento de Energia dos EUA, disse ao Gizmodo que o alumínio produzido para venda nos EUA hoje é predominantemente sucata nova e velha. “É uma boa aposta se você comprar alumínio, uma grande quantidade [seja reciclado]”, disse ele. A Apple não quis comentar sobre essa afirmação. Alguns entendidos do assunto tiveram uma visão mais otimista dos esforços da empresa para reduzir seus resíduos. Lepawsky disse que a Apple tentar tornar seu próprio processo de fabricação mais eficiente é “realmente significativo”. “Isso significa que eles provavelmente estão trazendo de volta um volume de produção de material que é muito maior do que a reciclagem de pós-consumo”, disse ele. “Isso é bom”. “Você quer começar onde você pode fazer alguma mudança efetiva”, Scott Vaughan, ex-presidente do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, afirmou ao Gizmodo. "Eu não veria isso como uma falha". Mas se você vê isso como um marketing inteligente, um verdadeiro impulso em direção à sustentabilidade, ou um pouco dos dois, uma coisa é clara: os restos do chão de fábrica não suportam as necessidades materiais da Apple. Para se aproximar de um futuro livre de mineração, a Apple precisa começar a trazer seus mortos de volta à vida. Reciclagem complexaEm uma fábrica em Austin, Texas, uma linha de braços robóticos de 9 metros de comprimento desmonta nove versões diferentes do iPhone. Daisy, o sistema de reciclagem de smartphones que a Apple anunciou ao mundo em abril passado, é sem dúvida a destilação perfeita do ambientalismo do Vale do Silício: uma inteligente resposta de engenharia para um problema muito complexo. Algo que é divertido de se ver, mas cujo valor ambiental é, aparentemente por definição, difícil de determinar. E no entanto, se a Apple leva a sério o fim da mineração, essa selva de braços robóticos e esteiras transportadoras parece uma parte central do plano da empresa. Poucas pessoas fora da Apple viram Daisy de perto — a empresa tem uma segunda versão instalada na Holanda — mas a Apple diz que esses robôs podem desmontar 200 iPhones por hora. Enquanto os telefones são desmontados, seus componentes são direcionados para uma série de caixas, dependendo do material que a Apple espera recuperar. A ideia é que cada uma dessas caixas represente um estoque de minério – capas ricas em alumínio; ímãs de terras raras; baterias de lítio-cobalto- que a Apple pode encontrar uma segunda vida, seja em um “loop curto”, onde o material volta direto à fabricação da empresa, ou em um “loop longo”, para um mercado de reciclagem. Como exemplo de reciclagem de ciclo curto, a Apple disse ao Gizmodo que Daisy separa caixas de alumínio de outros metais e classifica o alumínio por grau, medidas que permitem que uma capa retorne diretamente à produção. Como uma prova de conceito do longo ciclo, a Apple envia placas lógicas de telefones coletados por Daisy para parceiros de reciclagem, que estão retirando o estanho – e em alguns casos, cobre e metais preciosos – e devolvendo ao mercado geral de reciclagem. A partir desse mercado, a Apple agora especifica 100% de estanho reciclado nas placas lógicas de vários modelos de iPhone e computadores. Mas esse estanho representa uma pequena fração do material que Daisy coleta, e já existe um sistema de reciclagem estabelecido para a Apple seguir. O alumínio, como já foi dito, também é bastante reciclável. Porém, a questão do que acontece com alguns dos ingredientes mais incomuns em um iPhone permanece em aberto. Pegue as terras raras. Hoje, menos de 1% desses metais são reciclados, devido ao duplo desafio de coletar produtos eletrônicos gastos o suficiente para fazer a reciclagem valer a pena – aparelhos individuais contêm quantidades extremamente pequenas deles – e a dificuldade de recuperar os metais. Teoricamente, um robô de reciclagem que armazene rapidamente grandes quantidades de partes ricas em terras raras pode superar o primeiro desafio – se você sabe onde estão os ímãs de terras raras para recuperá-los, como Daisy pode fazer, você logo se encontrará sentado em uma pequena mina. A partir daí, uma opção é o ciclo curto: integrar partes ricas em terras raras diretamente em novos produtos. Mas a Apple está constantemente mexendo no design de seus produtos, o que pode exigir ajustes na receita do ímã da terra rara. Nesse caso, os metais podem ter que ser extraídos e passados através de um ciclo de reciclagem mais longo antes que possam ser reutilizados. E quando se trata de extrair terras raras da tecnologia de uma forma que torna a reciclagem econômica, a química fundamental ainda precisa de muito trabalho, segundo o químico da Universidade da Pensilvânia Eric Schelter, cujo laboratório está focado nesse mesmo problema. “A ciência e a engenharia não estão prontas para apoiar a Apple nesse objetivo sem ter um iPhone de US$ 5.000”, disse Schelter ao Gizmodo. Ele estava exagerando um pouco, mas o ponto é claro: um iPhone X novo atualmente custa entre US$ 450 e 700 nos EUA se você entregar um antigo na loja — no Brasil, a Apple não tem programas de troca. Isso não quer dizer que a ciência não vai chegar lá. Vários consórcios de pesquisa estão trabalhando no desafio da reciclagem de terras raras, incluindo o Critical Materials Institute, que recentemente ganhou um prêmio R&D 100 por criar um método de recuperação que não envolve a produção de resíduos ácidos perigosos, algo que King chamou de uma “grande conquista”. (Também é um lembrete de que a reciclagem também pode ser um negócio sujo). Em seu último relatório ambiental, a Apple diz que está "investindo em novas tecnologias" para recuperar terras raras, mas se recusou a oferecer detalhes adicionais. Há também o cobalto, um metal de alta prioridade para reciclagem, dado seu papel crítico nas baterias de íon de lítio. Sua demanda devem disparar à medida que o mercado de veículos elétricos e de energia limpa cresce. Assim como acontece com as terras raras, a reciclagem de baterias de íons de lítio está em sua infância, mas especialistas em metais raros vêem isso como uma área com muito potencial de crescimento. Novos esforços de reciclagem de baterias surgiram recentemente na Austrália, Estados Unidos e China, onde uma empresa de reciclagem já produz "mais cobalto do que as minas do país em um ano", segundo um relatório recente do Fórum Econômico Mundial. Semelhante ao alumínio, a Apple diz que está investigando a recuperação de sucata de bateria contendo cobalto, e que também está pensando sobre o que fazer com as baterias nos confins de suas vidas. “Se eles [Apple] puderem encontrar uma maneira de reciclar baterias de uma maneira mais econômica, isso não ajudará a Apple, isso ajuda a todos”, disse David Abraham, membro sênior da New America ao Gizmodo, enfatizando que será necessário investir em ciência básica antes que se estabeleça uma infra-estrutura de reciclagem em escala industrial. Jonathan Eckart, líder de projeto do Fórum Econômico Mundial, Global Battery Alliance lançado em 2017 para enfrentar os desafios de sustentabilidade em toda a indústria de baterias, destacou o simples ato de coletar dispositivos suficientes como um desafio importante para a reciclagem de baterias de smartphones. Assim como acontece com as terras raras, a Apple poderia potencialmente superar este desafio com iniciativas parecidas com Daisy – supondo que um número suficientemente grande de telefones mortos esteja chegando aos recicladores robóticos para a desmontagem. O que leva à grande questão que está por trás de todos esses esquemas hipotéticos: quantos dispositivos a Daisy está realmente desmontando? Nós simplesmente não sabemos. Enquanto a Apple tenha dito ao Gizmodo que as duas versões de Daisy estão "operando e desmontando telefones", a empresa não informa quantos telefones os robôs processaram, nem quantos eles recebem de volta através de programas de troca de consumidores como o Apple GiveBack. O que está claro é que os marcos de reciclagem que a Apple destaca tão intensamente representam apenas uma parte de seu consumo total de material, o que significa que tudo isso terá que ser ampliado enormemente para acabar com sua dependência de metais extraídos. O Popular Science relatou no ano passado que a Apple vai licenciar a tecnologia Daisy para outras pessoas. Quando isso acontecerá? A Apple estenderá o conceito de reciclagem robótica para outros tipos de dispositivos? A Apple não revela. Quando perguntamos se tinha uma data em mente para fechar o ciclo em qualquer metal, a empresa simplesmente disse “o mais rápido possível”. Será que as empresas querem mesmo mudar?Em uma tarde fria de dezembro, Lisa Jackson, vice-presidente de Meio Ambiente, Política e Iniciativas Sociais da Apple, sentou-se frente um auditório lotado de cientistas ambientais e da Terra na AGU (American Geophysical Union) em Washington, DC. Ela tinha acabado de dar uma palestra sobre as iniciativas ambientais da empresa, e o então presidente da AGU, Eric Davidson, perguntava a ela sobre questões ambientais e de direitos humanos relacionadas à mineração. Jackson elogiou o programa da Apple de auditoria da cadeia de suprimentos antes de dizer em voz alta o que quase nunca é comentado. “Uma das frustrações que temos é que você só pode fazer tanto para tentar descobrir a verdade se estiver trabalhando contra interesses monetários, como corrupção ou fraude, ou pressão política para o desenvolvimento econômico”, ela disse, antes de voltar a reciclagem como uma maneira de "interromper o sistema atual". A vice-presidente da Apple está certa ao dizer que pode ser impossível para uma empresa do tamanho deles acabar com todos os abusos em toda a cadeia de suprimentos. Mas a reciclagem não é uma solução perfeita. Extrair minério de eletroeletrônicos produz resíduos perigosos. Se feito sem supervisão adequada, pode expor os trabalhadores e suas famílias a uma série de substâncias tóxicas, de acordo com um relatório recente sobre lixo eletrônico. Esse relatório mostra que grande parte da reciclagem atual de lixo eletrônico é feita no mundo em desenvolvimento por trabalhadores "informais", incluindo crianças. Crédito: AP “Só porque algo está sendo reciclado, não significa necessariamente que esteja automaticamente livre de conflitos”, disse Clare Church, pesquisadora do Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, que está trabalhando em um documento que aborda possíveis abusos na cadeia de fornecimento da reciclagem. Reciclar também requer energia, o que significa mais emissão de carbono que aquece o planeta, e hoje é basicamente impossível extrair todos os metais que vão na fabricação de um telefone. É com tudo isso em mente que os defensores da eletrônica sustentável descrevem a reciclagem como apenas o fim de um longo caminho. Os dispositivos devem ser construídos para durar o maior tempo possível antes de chegarem a esse ponto. “A reciclagem é o último estágio de uma economia circular”, disse Laura Gerritsen, que trabalha na cadeia de valor da empresa social FairPhone, ao Gizmodo. "Antes disso, você tem o uso, a reutilização e reparo". A equipe ambiental da Apple está bem ciente disso, como os comentários de Jackson na AGU deixaram claro. "Também estamos realmente investido na ideia de que nossos produtos durar um longo tempo", disse Jackson durante a palestra, acrescentando que upgrades gratuitos "podem fazer o seu iPhone atual parecer um modelo mais recente." E no entanto, de todas as frentes, o esforço da Apple em direção à eficiência do material é o que está menos alinhado com as palavras da empresa. “Eles estão perdendo algumas maneiras óbvias de reduzir o consumo geral de recursos na maneira como projetam seus produtos”, disse Liz Jardim, ativista corporativa sênior do Greenpeace, ao Gizmodo. A preferência da Apple por dispositivos elegantes e esguios cujas peças são soldadas e coladas antes de serem fixadas com parafusos patenteados transforma reparos básicos como trocar uma tela quebrada ou substituir uma bateria descarregada em uma dor de cabeça. Embora essas escolhas de design sejam impulsionadas em parte pelos consumidores – nossa demanda por telefones mais finos e resistentes à água levou a telefones que são mais difíceis de desmontar – a Apple não quer que mexamos no interior de seus produtos, como evidenciado pelo longo controle da empresa em não liberar o direito de reparar, o que permitiria que os consumidores levassem seus dispositivos para lojas independentes para atualizações e correções. Essas mesmas escolhas de design também tornam difícil para qualquer pessoa que não tenha meia dúzia de braços robóticos, desmontar um iPhone quando ele finalmente atingir sua data de validade. Como o diretor executivo do Centro Nacional de Reciclagem de Eletrônicos, Jason Linnell, explicou ao Gizmodo, a maioria dos recicladores de lixo eletrônico dos EUA ainda está recebendo principalmente TVs monitores e outros dispositivos volumosos, anteriores aos smartphones. Muitos não são voltados para o trabalho de precisão necessário para desconstruir um telefone ou tablet, e dispositivos que são difíceis de desmontar pelo design – e que podem explodir durante o processo – podem simplesmente não valer a pena o tempo e o esforço. Para a Apple, isso pode ser um recurso e não um erro: documentos obtidos pelo Motherboard em 2017 revelaram que a empresa exige que seus parceiros de reciclagem destruam iPhones e MacBooks para que seus componentes não possam ser reutilizados, reduzindo ainda mais o valor que os recicladores podem conseguir. Quando questionada sobre essas políticas, a Apple nos indicou sites públicos detalhando seus serviços de reparo e o programa GiveBack. Questionada sobre como a empresa concilia suas escolhas de projeto e política em relação ao reparo com a necessidade de reduzir seu consumo geral de materiais para acabar com a mineração, a Apple nos enviou uma lista de declarações públicas de Jackson enfatizando o compromisso da empresa com produtos duradouros. A Apple deu uma colher de chá para a comunidade de consertos nos últimos tempos. Seu MacBook Air 2018 inclui componentes mais modulares e fáceis de reparar, enquanto a RAM do MacMini é atualizável após a compra (com alguma dificuldade), ao contrário da versão de 2014 onde a RAM era soldada. Mas mesmo pequenas concessões como essa podem ter um custo para a empresa, levantando a questão de até onde a Apple estará disposta a ir. Como o CEO Tim Cook revelou em uma carta aos investidores em janeiro, a decisão da Apple de cortar sua taxa de substituição de US$ 79 para US$ 29 em 2017 – um pedido de desculpas por estrangular os iPhones mais antigos – provavelmente contribuiu para bilhões de dólares de receita perdida da empresa no primeiro quarto de 2019. Em outras palavras, quando as pessoas mantêm seus dispositivos antigos por mais tempo, elas compram menos coisas novas. E ainda isso é exatamente o tipo de coisa que precisa acontecer com mais frequência para que um futuro livre de mineração se materialize. “É difícil imaginar como uma empresa poderia atender às suas demandas de colocar novos produtos no mercado sem diminuir a produção total de seus produtos que chegam ao mercado”, disse Lepawsky. Claro, a Apple é apenas uma peça de um quebra-cabeça muito maior. Nenhuma outra grande empresa de eletrônicos estabeleceu uma meta pública de acabar com a mineração, mesmo uma tão nebulosa quanto a da Apple. O Gizmodo contactou a HP, a Dell, a Lenovo, a Samsung e a Huawei para comentar se considerariam assumir esse compromisso. A partir da publicação, apenas a HP respondeu, com um link para o seu Relatório de Impacto Sustentável de 2017, que descreve suas iniciativas de reciclagem. Em última análise, se a Apple pode, como Jackson diz, “atrapalhar” o atual sistema extrativista, dependerá se outros grandes jogadores da indústria eletrônica seguirem o exemplo. E isso pode depender da empresa que se consolida como uma líder do pensamento na eletrônica pessoal, demonstrar que o preço de seus produtos mais recentes não seja proibitivamente alto. Remy, da Universidade de Aarhus (Dinamarca), está cautelosamente otimista. Ele disse que “absolutamente” acredita que está dentro do poder da Apple interromper a mineração se a empresa levar isso a sério. E não enxerga as metas de lucratividade e sustentabilidade como diametralmente opostas. “Um telefone com uma bateria que dura mais tempo provavelmente venderia muito”, disse ele. The post Por trás do plano da Apple em acabar com o uso de minérios em seus produtos appeared first on Gizmodo Brasil. |
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