quinta-feira, 16 de maio de 2019

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Huawei está disposta a assinar “acordo de não espionagem” com governos, diz presidente da empresa

Posted: 15 May 2019 03:23 PM PDT

Estande da Huawei em feira de eletrônicos.

Já faz algum tempo que a Huawei foi posta sob suspeita de espionagem por autoridades americanas. Nos EUA, inclusive, entidades governamentais estão proibidas de comprar seus produtos. A companhia, porém, se defende e nega as acusações. No mais novo episódio, Liang Hua, presidente da Huawei, disse estar preparado para assinar um “compromisso de não espionagem” com governos.

A declaração foi dada com ênfase em um acordo desse tipo com o governo britânico. Diz a Reuters:

“Estamos dispostos a assinar acordos de não espionagem com governos, incluindo o governo do Reino Unido, para nos comprometermos a fazer com que nossos equipamentos atendam a um padrão sem espionagem e sem backdoors”, disse o presidente da Huawei, Liang Hua, a repórteres em Londres por meio de um intérprete.

Um porta-voz do governo britânico ouvido pela Reuters disse que “os resultados da análise da cadeia de suprimentos das telecomunicações afetando o caso da Huawei serão anunciados em breve e todas as operadoras de rede precisariam cumprir a decisão”.

O Reino Unido é um dos membros da Five Eyes, aliança de cinco países para compartilhamento de informações de inteligência da qual os EUA também fazem parte. O país já considerou que os problemas da Huawei são um risco gerenciável. A comissão britânica responsável por garantir a integridade dos equipamentos de telecomunicações também encontrou brechas de segurança nos equipamentos da empresa, mas não chegou a banir nem restringir a atuação da companhia.

Apesar da pressão dos EUA, outros países seguem negociando a compra de equipamentos da companhia chinesa para a infraestrutura das redes 5G. Alemanha, Índia e Emirados Árabes Unidos são alguns exemplos.

A Huawei tem alternado entre uma defesa em tom diplomático de sua tecnologia, quando diz que não há nenhuma lei na China que obrigue a instalação de backdoors ou a cooperação com o governo, e uma postura mais combativa, com provocações aos EUA, alusões à NSA e processos contra o próprio governo americano por proibir seus equipamentos antes de passar pelo devido processo legal e ser considerada culpada, o que seria inconstitucional.

Os Estados Unidos, porém, devem prosseguir na batalha — que, é sempre bom lembrar, se dá em um momento de guerra comercial com a China. Segundo a Reuters, o presidente Donald Trump deve assinar uma ordem executiva alegando riscos à segurança nacional para aumentar a abrangência da proibição à Huawei, estendendo-a também a empresas privadas norte-americanas.

[Reuters 1, 2, TechCrunch]

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A DJI fez uma câmera clone da GoPro, só que com uma tela frontal e mais barata

Posted: 15 May 2019 03:18 PM PDT

Câmera de ação DJI Osmo Action

GoPro, tenho más notícias. A gigante do drone DJI acabou de lançar sua nova câmera de ação Osmo Action. É como uma GoPro — de tal modo que achei que era mesmo uma GoPro quando peguei na mão. No entanto, a Osmo Action e o último modelo da GoPro não são idênticas, mas têm tamanho e design tão parecido que fica claro como a companhia taiwanesa adotou estilo parecido com o da empresa norte-americana.

A provocação da DJI à GoPro vai além do visual da Osmo Action e seus recursos. Enquanto a Hero7 Black possui estabilização de imagem HyperSmooth, a Osmo Action possui estabilização RockSteady. Ambas as câmeras podem gravar em 4k a 60 fps com seus recursos de estabilização de imagem ativados ou desativados. Ambas permitem captura em slow motion em 8x e ambas são à prova d'água (a DJI aqui reivindica uma pequena vitória, divulgando a profundidade máxima de 11 metros, enquanto a Hero7 Black suporte até 10 metros).

As duas câmeras permitem que você tire fotos enquanto grava vídeos, contam com modos de disparo em timelapse e, infelizmente, têm interfaces irritantes feitas para suas pequenas telas sensíveis ao toque, que podem fazer você querer jogar a câmera na parede.

A grande diferença entre a Osmo Action (que custa US$ 350) e a Hero7 Black (que custa US$ 400) é o display colorido frontal que mostra o preview do que a câmera está gravando. Isso vai ser um grande motivo para preferir o equipamento da DJI ao da GoPro, além de ser uma desvantagem significativa do design da GoPro foi nunca ter a capacidade de facilitar uma "auto-gravação".

A DJI sabiamente fez da tela frontal um recurso essencial e que é fácil de usar para vídeos ou mesmo selfies. Para ativar o visor frontal, basta tocar na tela traseira com dois dedos duas vezes (ou pressionar o botão "quick switch" na lateral). Você faz isso novamente para desligá-lo.

Então, se fosse dizer qual o recurso matador da Osmo Action comparado com a GoPro, diria que é esta tela frontal, que pode fazer toda a diferença. Só tem que ver como a autonomia de bateria deste equipamento se compara com o de apenas um display que, até então, tem sido a praxe neste mercado.

Traseira da câmera DJI Osmo Action

É importante notar que a Osmo Action é a primeira câmera do tipo da DJI, no entanto a empresa está no mercado de imagem há bastante tempo. Eles, por exemplo, têm colocado câmeras em seus drones de consumo desde o lançamento do Phantom FC40, em 2013, e, mais recentemente, fizeram uma parceria com a Hasseblad para a câmera do Mavic 2 Pro.

A DJI também fabrica uma série de gimbals (estabilizadores portáteis de imagem), incluindo o Osmo, que é essencialmente uma câmera 4K ultra-estável que qualquer um pode operar. Portanto, a Osmo Action faz parte de um legado tecnológico de câmera. Estou chocado pelo fato de a DJI não ter testado isso no passado.

A Osmo Action também oferece alguns bônus além da tela frontal colorida. Você pode gravar um vídeo HDR 4K, um recurso útil ao fotografar com luz de alto contraste. A GoPro oferece HDR apenas nos modos de foto e timelapse nas câmeras Hero7 Black e Hero6 Blacck. A DJI também oferece vários filtros de lente — incluindo o ND, polorizador e filtros subaquáticos — que se encaixam no corpo da câmera. Para ser justo, a GoPro também possui filtros de encaixe.

Detalhe da câmera DJI Osmo Action

Em meus testes iniciais, os filtros ND e polarizador funcionaram bem e deram até algum controle adicional sobre a aparência dos meus vídeos em vários condições e configurações de iluminação. A DJI afirma que os filtros subaquáticos "restaurarão a cor natural das cenas subaquáticas", embora eu ainda não tenha tido a chance de testá-los.

Mesmo com minha limitada manipulação da Osmo Action, alguns elementos irritantes tornaram-se rapidamente aparentes. Por exemplo, a imagem na tela da câmera fica um pouco atrás do movimento real. Me pergunto se esse detalhe poderia fazer você perder alguma coisa enquanto tenta gravar uma ação rápida e apenas olhar pela tela. No entanto, é possível que esse problema de latência seja algo que a DJI possa corrigir em futuras atualizações de firmware.

É impossível usar a Osmo Action sem comparar com a GoPro, que definiu o setor de câmeras de ação. Mas isso não é uma coisa ruim! Na verdade, no caso da DJI, eu chamaria de uma aposta esperta. Se você reparar os últimos anos, a DJI construiu seu negócio em drones que poderiam colocar uma GoPro no ar. Então, parecia ser apenas uma questão de tempo até que a DJI entrasse no mercado de câmeras de ação.

DJI Osmo Action com filtro

O que é especialmente inteligente é que a DJI projetou a Osmo Action para trabalhar com a carcaça existentes da GoPro. Isso significa que os usuários da GoPro não precisam comprar um novo acessório para tirar proveito da câmera Osmo Action. Ela é tão familiar que a curva de aprendizado dos entusiastas do GoPro para ela vai ser mínima.

Por fim, escolher entre a Osmo Action e a Hero7 Black pode se reduzir ao preço. A Osmo Action custa US$ 350, enquanto a Hero7 Black tem preço sugerido de US$ 400.

A GoPro, pelo menos, oferece um programa de troca que faz com que ela possa custar US$ 300, se você enviar à GoPro sua unidade antiga. Mas surpresa! A DJI acaba de anunciar um programa próprio de troca, oferecendo aos clientes a possibilidade de ter desconto ao entregar telefones, tablets, drones ou câmeras. É mais complicado do que o simples esquema "dê uma câmera para a gente, e damos a você um desconto de US$ 100", mas isso aumenta ainda mais a balança para o lado da DJI.

A Osmo Action começa a vender nesta quarta-feira (15) e chegará às lojas em 22 de maio. Em breve, devemos ter uma análise completa da câmera de ação da DJI.

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Google junta busca de passagens aéres e hotéis com sugestões de passeios no novo Travel

Posted: 15 May 2019 01:07 PM PDT

Mapa com um lápis, um caderno, uma câmera, uma bolsa e guias de viagem sobre ele.

Se você já está pensando no destino da sua próxima viagem de férias, o Google tem uma novidade que pode ser útil. A empresa reuniu seus serviços de turismo — a busca de voos Flights, a pesquisa de hotéis e o planejador de viagens Trips — em um só lugar: o Google Travel.

Nele, você pode procurar voos e hospedagem na cidade escolhida. Também dá para ver coisas bacanas para se fazer lá. A aba Viagens reúne sugestões de destinos baseado nas suas pesquisas. Se você procurou voos para Salvador, por exemplo, a guia vai colocar Salvador como sugestão de destino. Também há uma lista de destinos sugeridos — creio eu que de acordo com seu perfil e localização, pois, para mim, apareceram cidades do litoral paulista e do sudeste brasileiro.

O Google diz também que confirmações de voos e reservas em hotéis enviadas para seu e-mail aparecerão em um cronograma. De acordo com o comunicado, também é possível fazer alterações nessa linha do tempo pelo Travel, e, nas próximas semanas, será possível incluir manualmente voos e reservas.

Para ajudar a fazer as malas, o Travel também mostra a previsão do tempo. Ele também dá dicas de roteiros de acordo com o tempo que você ficará no destino da sua viagem. Há, por exemplo, um roteiro “Rio de Janeiro em um dia”, para quem não vai passar muito tempo na cidade. O post no blog do Google também diz que a seção mostrará reportagens de turismo sobre o lugar para você saber melhor aonde ir, além de sugestões de eventos e restaurantes.

Apesar de centralizar tudo em um único endereço, o google.com/travel, alguns recursos da plataforma de viagens também estarão disponíveis em apps do Google no celular. Segundo o texto, o Maps também incluirá, ao longo dos próximos meses, informações sobre seus voos e reservas em hotéis. Hoje, ele já traz sugestões do que fazer nos arredores de onde você está.

Como a privacidade é um valor em alta no marketing do Google, o post sobre o Travel também faz questão de dizer que, se você não quer ver as pesquisas que você fez aparecendo como sugestões de viagens, basta desativar essa opção nas configurações de Resultados particulares e de Atividades na Web e de apps.

[Google]

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Spotify oferece serviço Premium por 90 dias com assinatura de R$ 1,99 por mês

Posted: 15 May 2019 12:28 PM PDT

Logotipo do serviço de streaming Spotify

Em uma promoção do tipo "deu a louca no gerente", o Spotify está oferecendo a assinatura premium do streaming de música com uma mensalidade de R$ 1,99 por três meses. A promoção vale para novos clientes e clientes do Spotify Free.

Reiterando, caso reste alguma dúvida: você paga R$ 1,99 por mês, totalizando R$ 5,97 no final do período.

Após os três meses, o assinante pode pagar os R$ 16,90 por mês (que é o valor regular de uma assinatura do serviço) e continuar como Premium, ou simplesmente cancelar e voltar a ter acesso aos conteúdos da versão gratuita. Para assinar, basta acessar este link no site do Spotify.

A promoção passa a valer nesta quarta-feira (15) e dura até 30 de junho. Depois desta data, os valores voltam ao normal.

Captura de tela da página de promoção do Spotify

A vantagem de ser assinante Premium é que você pode ouvir músicas offline, escolher as faixas que quiser ouvir sem anúncios ou mesmo pular as faixas dos artistas quantas vezes você tiver vontade. Sem contar que a plataforma disponibiliza milhares de podcasts.

Por outro lado, ser Free não é também das piores coisas do mundo. Já listamos aqui alguns dos motivos, mas, de bate pronto, é interessante, pois o usuário tem acesso a playlists temáticas e recebe recomendações personalizadas.

A iniciativa da empresa é interessante, pois R$ 1,99 por mês é acessível para qualquer um. Poderíamos ficar horas aqui listando o que é possível comprar com essa quantia — um Trident na região da Faria Lima, duas paçocas do Amor na região da Faria Lima, um salgadinho Torcida na região da Faria Lima, entre outros itens deste distrito empresarial de São Paulo, cujos preços costumam ser maiores que o normal. Resta saber se o pessoal vai curtir e continuar pagando ou vai ser só uma moda passageira.

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Anonimidade e segurança digital garantida? Essa é a proposta deste VPN

Posted: 15 May 2019 11:30 AM PDT

Eu, você e basicamente todo mundo anda buscando por mais privacidade. Principalmente, com os escândalos cada vez maiores (e mais recorrentes) de ameaças digitais e roubos de dados pessoais. É por isso, inclusive, que a procura por VPN (do inglês: Virtual Private Network – VPN) aumentou consideravelmente. E com razão, óbvio.

O que já não é nenhuma novidade é que a VPN funciona como uma camada extra de segurança durante suas conexões. Ela é uma rede privada virtual em que o tráfego de dados do dispositivo passa por um servidor dedicado antes de chegar ao seu destino, tudo isso para que a sua navegação fique anônima e criptografada, protegendo, assim, a sua privacidade.

De forma mais simples, a VPN permite que você se conecte a um site sem que nenhum intermediário consiga ver seus dados. Isso é bem útil quando nos conectamos em um Wi-Fi público (shoppings, metrôs, hotéis…), por exemplo, em que há o risco de hackers interceptarem sua comunicação e terem acesso a tudo o que você envia pela web. Sim, das suas conversas à senha do banco.

O que não é tão fácil assim de entender é como escolher uma boa VPN. Ou seja, uma confiável, segura e que realmente atenda às suas necessidades. Uma das opções do mercado é o Spod VPN & Filtro Web, recém-lançado na App Store.

Tela do VPN
Interface do aplicativo. Tela inicial

O Spod é um aplicativo 100% brasileiro que chega com algumas propostas um tanto quanto diferentes de seus concorrentes. E é aí que mora suas principais vantagens. O foco do app é unir segurança, privacidade e anonimidade para os dispositivos iOS. Como? Utilizando de quatro principais funcionalidades.

Filtro Web

O Spod combina uma VPN a um firewall (Filtro Web) que serve para deter diversas ameaças na internet. Entre eles, os rastreadores de publicidade, que identificam os usuários, mostram anúncios relevantes e coletam informações sobre você; e as ameaças ao sistema, como conteúdos maliciosos e websites de phishing. Vale ressaltar que toda essa parte de segurança é feita por meio do protocolo IKEv2 com criptografia AES-256 para proteger a comunicação entre o iOS e os servidores Spod.

Anonimidade garantida

O Spod não exige nenhum tipo de cadastro. Dessa forma, o app não tem acesso ao seu nome, e-mail, telefone, redes sociais, enfim, nenhum dado pessoal. Isso serve para garantir que não acontecerá a venda de informações dos usuários e nem o compartilhamento com terceiros. É a primeira VPN no mundo a oferecer esse nível de anonimidade.

Multi-Região

Apesar de ser brasileiro, o Spod também possui servidores nos Estados Unidos. Ou seja, com isso, você pode escolher entre um servidor americano ou um brasileiro para se conectar. Qual o benefício disso? Muitos. Por exemplo, quando você quer ver vídeos no Youtube que não estão disponíveis no território brasileiro. Com a VPN, e usando um dos servidores dos EUA, isso não deve ser um problema.

Alertas em tempo real

Todos os bloqueios feitos pelo Filtro Web podem ser visualizados de dentro do app para que você saiba tudo que está acontecendo.

Alertas do VPN
Bloqueios feitos pelo Filtro Web

A assinatura do Spod está disponível em dois planos diferentes: o mensal (R$37,90 por mês) e o anual (R$31,66 por mês), o último com desconto de 16%. Em ambos os casos é possível fazer um teste gratuito durante 30 dias.

Para isso, basta instalar o aplicativo no iPhone e ativar um dos planos disponíveis. Neste momento nada será descontado do seu cartão cadastrado na App Store (ou dos créditos que você tenha adicionado). Se você não quiser continuar com o serviço, basta cancelar a assinatura antes de completar 30 dias.

Baixe já o Spod na App Store e faça o teste gratuitamente!

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Sepultura de 5 mil anos revela assassinato em massa de uma família da Idade do Bronze

Posted: 15 May 2019 10:57 AM PDT

As 15 pessoas encontradas em uma vala comum da Idade do Bronze no sul da Polônia foram mortas por um golpe na cabeça, mas seus corpos foram enterrados juntos, com muito cuidado e consideração. Evidências genéticas agora sugerem que esse indivíduos eram membros da mesma família – uma descoberta que joga uma nova luz sobre uma era tumultuada da pré-história europeia.

Esta trágica sepultura foi descoberta próxima à aldeia de Koszyce, no sul da Polônia, em 2011. Datada por radiocarbono entre 2880 e 2776 a.C., ela continha os restos mortais de 15 homens, mulheres e crianças, além de bens valiosos. Todos os esqueletos exibiram um traumatismo craniano grave. O motivo dos assassinatos não foi identificado, mas arqueólogos na época sugeriram que esses indivíduos haviam sido mortos durante um ataque em seu assentamento.

Para desvendar esse mistério, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Copenhagen, Universidade de Aarhus, e do Museu Arqueológico em Poznan (Polônia), conduziram uma análise genética dos esqueletos. Os resultados, publicados na semana passada no Proceedings of the National Academy of Sciences, sugerem que todos os indivíduos, com exceção de um, eram relacionados e que estavam posicionados na sepultura de acordo com a sua relação familiar.

As 15 caveiras exibiam fraturas cranianas fatais. Nenhuma ferida de defesa, como lesões nos membros superiores, foi detectada, o que sugere que esses indivíduos foram capturados e executados, e não mortos em um combate corpo a corpo, de acordo com o novo estudo.

Reconstrução artística da sepultura, mostrando como os corpos estavam posicionados. Ilustração: Michał Podsiadło

Além disso, a nova evidência indica que essas pessoas, associadas à Cultura Globular Amphora (um grupo que viveu na Europa central por volta de 3300 e 2700 a.C.), não eram geneticamente relacionadas a um grupo vizinho conhecido como Cultura Corded Ware. Os pesquisadores ainda não têm certeza do que aconteceu, mas eles imaginam que os assassinatos foram de natureza territorial. Esse período em particular marcou a transição do final do período Neolítico para a Idade do Bronze, pois os primeiros agricultores estavam desenvolvendo sociedades mais complexas. Mas também foi uma época turbulenta e violenta,  à medida que culturas europeias estabeleciam os primeiros contatos com culturas do leste, inclusive da planície asiática. A expansão dos grupos Corded Ware pode ter resultado nesse terrível incidente.

"Nós sabemos, a partir de descobertas feitas em outras covas, que conflitos violentos aconteceram entre diferentes grupos nesse período", afirmou Niels Johannsen, arqueólogo da Aarhus University, em comunicado à imprensa. "No entanto, eles nunca haviam sido tão claramente documentados. À parte de toda a violência e tragédia, nosso estudo demonstra claramente que união e cuidado familiar eram muito importantes para essas pessoas, há cerca de 5 mil anos, tanto em vida como na morte".

De fato, a nova análise genética identificou esses 15 indivíduos como parte de uma grande família. No geral, quatro núcleos familiares foram documentados – mães e crianças majoritariamente. Os indivíduos foram enterrados de acordo com as relações familiares; mães foram enterradas com seus filhos, e irmãos foram posicionados próximos uns aos outros. A mais velha do grupo, por exemplo, foi enterrada ao lado de seus dois filhos, com 5 e 15 anos de idade. Uma mulher com idade aproximada de 30 anos foi enterrada próxima à sua filha adolescente e seu filho de 5 anos. Quatro meninos, todos irmãos, estavam ao lado um do outro. Claramente, todos eles foram enterrados por alguém que conhecia a família.

Na sepultura não foram encontrados pais ou qualquer outro parente do sexo masculino, "o que sugere que talvez tenham sido eles que enterraram seus familiares", escreveram os autores no estudo.

"Nossa impressão é que eles não estavam no local quando o massacre ocorreu e só retornaram depois, e posteriormente enterraram suas famílias de forma respeitosa", afirmou o biólogo Morten Allentoft da Universidade de Copenhagen em comunicado.

Apenas um indivíduo, uma mulher adulta, não era geneticamente relacionada a ninguém do grupo. No entanto, ela estava posicionada próxima a um jovem rapaz, o que sugere que "ela pode ter sido tão próxima a ele em vida como na morte", concluíram os autores.

"A presença de mulheres sem parentescos e homens com parentesco na sepultura é interessante porque indica que a comunidade em Koszyce era organizada segundo linhas de descendência patrilineares, acrescentando à evidência de que esta era a forma dominante de organização social entre comunidades do final do período Neolítico na região central da Europa".

Tipicamente, sociedades patrilineares são associadas à prática de mulheres se casarem fora do seu grupo social e residirem com a família do homem (ou seja, exogamia feminina). Diversos estudos anteriores já indicaram que casamentos arranjados patrilineares, de fato, prevaleceram em muitas parte da Europa Central durante esse período, segundo o estudo.

Um episódio brutal de um período particularmente brutal da história da humanidade. É uma cena que não seria tão assustadora se estivesse em Game of Thrones, mas, infelizmente, essa tragédia foi real demais.

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Motorola One Vision tem tela comprida e câmera cheia de truques por R$ 1.999

Posted: 15 May 2019 08:37 AM PDT

Motorola One Vision

A Motorola está de olho no segmento dos chamadas intermediários premium, smartphones que compõem a gama média mas que possuem especificações e características dos modelos mais caros. Nesta quarta-feira (15), a fabricante anunciou em um evento em São Paulo o Motorola One Vision, aparelho com promessa de boa câmera. O preço sugerido é de R$ 1.999.

Este é o segundo smartphone com Android One da marca a ser lançado no País – ele tem garantia de atualizações rápidas para os próximos dois anos. O primeiro foi justamente o “irmão menor” Motorola One. Segundo a companhia, esse segmento intermediário premium cresceu 200% no Brasil nos últimos quatro anos e, na América Latina, já representa 30% do mercado, conforme dados da IDC.

Para atrair o consumidor, a Motorola incluiu tela de 6,3 polegadas com resolução Full HD+ (2520×1080 pixels) e proporção 21:9 – o que significa que é um celular ligeiramente mais comprido do que os demais. O display ocupa toda a parte frontal, com exceção do “olhinho” que abriga a câmera de selfies, no mesmo estilo do Galaxy S10.

Durante o anúncio, a companhia evitou falar a marca do processador, comentando apenas se tratar de um chip “de oito núcleos de até 2,2 GHz”. Isso porque quem fabrica o processador é a Samsung, com sua linha Exynos. Mas não se trata de um baita processador, equivalente aos que encontramos nos topo de linha da empresa coreana – na real, um equivalente mais preciso seria o Snapdragon 660.

O Motorola One Vision tem 4 GB de RAM, GPU Mali-G72 MP3 e armazenamento UFS de 128 GB. Por fim, a bateria tem 3.500 mAh com tecnologia de carregamento rápido.

O nome do modelo sugere uma câmera poderosa e, pelo menos nos números, ela parece ser. Na traseira são dois sensores: 48 megapixels com estabilização óptica de imagem e lente com abertura f/1,7, além de outro com resolução de 5 megapixels para auxiliar na composição de imagens com fundo borrado.

A companhia destacou que os sensores contam com a tecnologia quadpixel, que combina quatro pixels em um para capturar mais luz em condições adversas. Seguindo a tendência do mercado, o software tem um “Night Vision” para tirar fotos mais claras em ambientes super escuros. A Motorola também incluiu mais opções de iluminação do rosto no Modo Retrato – e, no final das contas, ficou bem parecido com os recursos que a Apple oferece no Retrato do iPhone, com luz dramática, remoção de fundo e tal.

Um dos recursos de software que me chamou atenção é o Cinemagraph nativo. Essa funcionalidade permite que você congele parte de um vídeo e anime somente o conteúdo desejado – dá para criar umas imagens bacanas para postar no Instagram.

O Motorola One Vision será vendido nas cores azul safira e bronze. Vendo pessoalmente achei duas opções bonitas e sóbrias – o acabamento de vidro dá um toque de celular premium e, no geral, eu curti o design. O smartphone já está disponível em diversos varejistas.

Compre:

Realizando alguma compra pelos links acima, o Gizmodo Brasil ganha uma comissão sobre a venda do produto.

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Modo Silencioso indicará para motoristas da Uber quais passageiros não estão a fim de papo

Posted: 15 May 2019 08:21 AM PDT

Uma das maiores chateações de pegar um Uber é entrar no carro e se deparar com um motorista capaz de falar sobre todos os assuntos possíveis quando você só queria ir do ponto A até o ponto B em paz. Se você é uma dessas pessoas que não aguentam mais os motoristas tagarelas, temos uma boa notícia: a Uber vai lançar um "modo silencioso" em seu app e, infelizmente, só estará disponível nos Estados Unidos num primeiro momento.

O recurso, chamado "Quiet Mode", estará disponível a partir dessa quarta-feira (15) nas categorias Uber Black e Uber Black SUV. Pelo aplicativo, o passageiro pode escolher entre as opções "prefiro silêncio", "feliz em conversar" ou "sem preferência". A novidade poderá ser acessada nas "Preferências de Motorista" que permitem que os usuários configurem antes de solicitarem o carro, mas não enquanto esperam pelo motorista ou quando já estão dentro do veículo.

Essas configurações das categorias premium, Uber Black e SUV, permitem que o passageiro informe até mesmo sobre bagagens que pretende transportar (assim, o motorista pode estacionar em algum lugar com maior facilidade para ajudar a carregar as malas) e escolha a temperatura do carro.

A iniciativa é um esforço da Uber de "diferenciar os produtos premium dos regulares e encorajar mais viagens", declarou Aydin Ghajar, gerente de produto da empresa, ao TechCrunch.

Apesar de o recurso ser algo que "muitas pessoas já estão pedindo há um tempo", como disse o próprio gerente de produto da empresa, é claro que há quem diga: "ah, mas é só pedir para motorista não falar" ou "qual é o problema de conversar com o motorista?". Obviamente, explicar educadamente para o motorista que você prefere não conversar é uma solução, mas não é tão simples assim. Principalmente quando estamos falando de cenários em que a passageira é uma mulher e o motorista é um homem, conforme também apontado pelo TechCrunch.

São inúmeros os casos de assédio já reportados envolvendo aplicativos de transporte. Além da exposição diária a diversos tipos de opressão, as mulheres se encontram em uma situação ainda mais vulnerável dentro de um carro em que o homem está no controle do veículo. Isso faz com que muitas delas sintam receio em pedir para que o motorista fique em silêncio, principalmente quando já estão se sentindo desconfortáveis com a conversa. Há casos em que a passageira até está disposta a conversar, mas alguns motoristas interpretam a simpatia de forma equivocada, o que pode levar a situações desagradáveis.

Apesar de ainda estar disponível apenas nos Estados Unidos, é provável que o recurso chegue a outros países em breve e isso pode ajudar a minimizar não apenas situações como essas experenciadas por mulheres, mas aborrecimentos, em geral, entre passageiros e motoristas.

A Uber afirma que, durante os três meses de desenvolvimento do recurso, realizou uma extensa pesquisa sobre a percepção dos motoristas. A empresa ainda ressalta que os motoristas são trabalhadores independentes, o que significa que o "modo silencioso" não é mandatório. O aplicativo apenas informa a preferência do passageiro, cabendo ao condutor do veículo decidir o que fazer. Ainda assim, é provável que muitos levem em consideração essas preferências, pois ninguém quer receber avaliações negativas no aplicativo.

Considerando que as corridas premium do app custam o dobro do preço do UberX e mais de o triplo do valor do UberPool, é possível que a empresa consiga lucrar com o novo recurso. Parece que a Uber está concentrando todos seus esforços para achar soluções capazes de aumentar os lucros e minimizar seus prejuízos após semanas conturbadas com notícias sobre greve de motoristas no mundo todo, queda das ações, e até intrigas dignas de novela com o cofundador da Uber sendo barrado da cerimônia de abertura de capital da própria empresa.

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Agora é lei: você poderá cancelar TV por assinatura pela internet

Posted: 15 May 2019 06:58 AM PDT

Mulher comendo pipoca com um controle remoto de TV na mão.

Cancelar a TV por assinatura pode ser uma grande dor de cabeça. Você acaba perdendo preciosos minutos da sua vida no telefone, ouvindo aquela musiquinha chata e ainda tem que lidar com um atendente que fará de tudo para que você continue com o serviço. Isso deve mudar em breve: uma nova lei obriga as operadoras a oferecer cancelamento por telefone e, o mais importante, pela internet.

A Lei 13.828, de 2019, foi publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira. O projeto da lei foi apresentado em 2013 pela deputada federal Flávia Morais (PDT-GO) e aprovado pelo Congresso este ano.

O texto foi sancionado sem vetos pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele altera a lei de 2011 que regulamenta a TV por assinatura, incluindo o texto “ter a opção de cancelar os serviços contratados por via telefônica ou pela internet”. A nova lei entra em vigor em 30 dias.

A Agência Senado comenta que esta opção já era prevista por normas infralegais (regras que não são leis). Desde 2014, um regulamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinava que o cancelamento pela internet deveria ser oferecido a todos os clientes de telefonia, internet e TV paga. Veremos se a nova norma, agora com força de lei, consegue melhorar a qualidade desse atendimento.

Como nota o G1, as operadoras de TV por assinatura estão perdendo assinantes. Só em 2018, foram 550 mil clientes a menos, de acordo com a Anatel. Em um cenário de alto desemprego e com serviços de streaming cada vez mais atraentes e segmentados, não é difícil entender o porquê disso.

[Agência Senado, G1]

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Comparador de preços Zoom compra o Buscapé, seu maior concorrente

Posted: 15 May 2019 05:40 AM PDT

Página inicial do comparador de preços Zoom

Não é sempre que um competidor que chegou depois ao mercado compra a empresa conhecida pelo pioneirismo no ramo. Foi isso que aconteceu nesta segunda-feira (13) com a assinatura da compra do comparador de preços Buscapé pelo Zoom. O valor da operação não foi divulgado e ainda depende de aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Apesar da aquisição, Zoom e Buscapé devem manter operações separadas. Juntos, eles contam com um audiência de 30 milhões de usuários únicos por mês e devem atingir um volume de vendas de R$ 5 bilhões neste ano. O acordo também inclui os sites Bondfaro, QueBarato e Modait.

O Zoom foi criado em 2011 por ex-membros do Bondfaro, e a plataforma era menor que o Buscapé, um dos precursores no ramo de comparação de preço no Brasil. No entanto, como nota o Brazil Journal, com o tempo o Zoom superou o Buscapé ao oferecer uma boa solução móvel de comparação de preços e alto monitoramento de lojas parceiras, além de ferramentas úteis durante a Black Friday, que permitiam saber se determinado produto tinha baixado mesmo de preço ou se tinha picaretagem na oferta.

Por parte do Buscapé, esta é a segunda venda da companhia. Após ser fundada em 1999 por Romero Rodrigues, a companhia foi uma das primeiras grandes startups do país e passou a incorporar outras empresas, como o comparador Bondfaro, a rede de afiliados Lomadee e a empresa de pesquisa de comércio eletrônico eBit.

Em 2009, o Buscapé foi comprado pela Naspers, a maior empresa de mídia da África do Sul, por US$ 342 milhões. O Brazil Journal, inclusive, especula que o alto valor de venda no passado fez com que os termos do acordo com o Zoom não fossem revelados, pois muito provavelmente o valor atual não chega perto ao praticado há dez anos.

A Naspers deve continuar atuando no Brasil por meio de investimentos na OLX, iFood e PayU.

[Brazil Journal, G1]

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Todos chips da Intel desde 2011 têm falha que permite que hackers obtenham dados privados

Posted: 15 May 2019 05:26 AM PDT

Homem segurando granada em formato de chip

Uma classe inteira de vulnerabilidades em chips Intel permite que atacantes roubem dados diretamente do processador, segundo novos relatos de um grupo internacional de pesquisadores de segurança. Intel, Apple, Google e Microsoft, entre outras gigantes da tecnologia, já liberaram atualizações para corrigir as falhas.

Tem sido uma boa semana para atualizar dispositivos e apps — e mais importante ainda é ligar o update automático para sempre. Aliás, fazer o update é uma das formas mais fáceis e certeiras para deixar seus dispositivos seguros. No caso destes novos bugs, atualizar tudo é o melhor a ser feito no momento.

Apple, Google e Microsoft já lançaram suas correções para corrigir as falhas. Todo mundo deveria atualizar as últimas versões do MacOS, Windows, Android e Chrome. As falhas não impactam iPhones, iPads ou Apple Watches, segundo o TechCrunch. Clientes da nuvem do Google e da Microsoft já estão protegidos, e entramos em contato com a Amazon para perguntar se eles já corrigiram o erro para os consumidores de serviços da nuvem deles e atualizaremos, caso eles nos respondam.

Quais são os problemas?

Os problemas, que impactam todos chips Intel desde 2011, exploram uma falha em um recurso do chip chamado "execução especulativa" de modo que os atacantes podem roubar dados sensíveis diretamente da CPU de um dispositivo. Isso significa que um hacker pode roubar histórico de navegador, senhas, chaves de criptografia ou outros tipos de dados sensíveis.

Ninguém sabe se as falhas foram exploradas por atacantes. Os pesquisadores dizem ser difícil ou impossível de dizer, pois diferentes de outras formas de hacking, estas falhas não deixam nenhum vestígio.

O que eles fazem?

Estes novos ataques são reminescentes do Meltdown e Spectre, duas vulnerabilidades em chips Intel que foram reveladas no ano passado. Os ataques são baseados em como chips da Intel fazem execução especulativa, um recurso que, ao tentar otimizar o desempenho do chip, faz com que ele tente prever e execute tarefas antes de ser ordenado a fazê-las. As novas falhas mostram que os atacantes podem usar execução especulativa para roubar dados sensíveis conforme os chips estão ativos.

Os pesquisadores que descobriram a falha criaram um website detalhado e escreveram um artigo técnico especificando as descobertas. Diz o artigo:

"Embora programas normalmente apenas vejam nossos dados, um programa malicioso pode explorar o preenchimento de buffers para obter segredos de dados processados por outros programas que estão rodando. O ataque não só funciona em computadores pessoais, mas também podem ser explorado na nuvem."

Caso você queira saber do problema com profundidade, vale dar uma olhada no site dos pesquisadores. Com este post, esperamos dar a você uma ideia do que aconteceu errado e então explicar o que exatamente estas vulnerabilidades significam para você.

De modo geral, para 99% das pessoas o recomendado é atualizar agora seus dispositivos.

As falhas descobertas têm nomes como ZombieLoad, Fallout, Store-to-leak forwarding, Meltdown UC e RIDL ("Rogue In-Flight Data Load"). A Intel chama essas falhas de MDS (Microarchitectural Data Sampling), um nome que lembra até nome de remédio para dormir.

Aqui vai um resumão das falhas: o ataque ZombieLoad permite que um hacker espione dados privados de navegador e outros dados sensíveis, enquanto Fallout e RIDL vazam dados sensíveis por meio de limites de segurança. O Store-to-leak e o Meltdown UC combinam com outros vazamentos relacionados às vulnerabilidades Meltdown e Spectre para roubar dados confidenciais da CPU.

Em uma mensagem ao Gizmodo, um porta-voz da Intel disse que o MDS "já foi corrigido em nível de hardware em muitos de nossos processadores recentes de 8ª e 9ª geração Intel Core, além da 2ª geração de processadores da família Intel Xeon Scalable. Para outros produtos afetados, a solução está disponível por meio de atualizações de micro-códigos, aliado a atualizações correspondentes do sistema operacional e softwares hipervisor estarão disponíveis hoje."

Aqui vai um vídeo dos pesquisadores mostrando como a falha ZombieLoad funciona na prática. Neste caso, atacantes estão espionando um usuário enquanto ela visita websites — eles conseguem saber até se ela está usando ferramentas de privacidade como o navegador Tor e o mecanismo de busca DuckDuckGo.

"É como se tratássemos a CPU como uma rede de componentes, e nós basicamente ficamos escutando o tráfego dela", disse Cristiano Giuffrida, um dos pesquisadores do projeto, à Wired. "Conseguimos ouvir qualquer coisa que estes componentes trocarem".

Correções liberadas pela Intel vão provavelmente ter um pequeno impacto real no desempenho, de 3% para consumidores podendo chegar a 9% no caso de empresas.

Embora não haja indicação de que alguém tenha sido vítima de tal golpe, a coisa mais inteligente a se fazer é atualizar rapidamente e frequentemente seus aparelhos para ser proteger o melhor que você puder.

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Por que congelar seu esperma antes dos 35 anos pode ser uma boa ideia

Posted: 15 May 2019 04:18 AM PDT

Relógio

As mulheres enfrentam o peso da pressão social para terem filhos antes de uma certa idade, mas uma nova pesquisa concluiu que o chamado relógio biológico deveria ser uma preocupação para os homens também. A idade de um homem pode afetar sua fertilidade, o bem-estar de sua parceira durante a gravidez, e a saúde a longo prazo dos filhos, revelou o estudo. Os autores sugerem que mais homens considerem congelar seu esperma se pretendem esperar até uma idade mais avançada para começarem uma família.

O estudo, publicado no periódico acadêmico Maturitas, é uma análise da literatura existente sobre pais mais velhos, definidos como aqueles que tiveram filhos a partir de uma idade que varia entre 35 e 45 anos, dependendo de cada pesquisador. A publicação joga luz sobre estudos que mostram uma variedade de riscos de saúde crescentes em parceiras e filhos desses pais mais velhos.

Em mulheres grávidas, conceber uma criança de um pai mais velho foi associado a um maior risco de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia (uma complicação caracterizada por pressão alta e inchaço de pés e pernas). A idade paterna também parece aumentar o risco de partos prematuros e de bebês abaixo do peso. Crianças nascidas de pais mais velhos também parecem ter uma chance maior de serem diagnosticadas com problemas de saúde como autismo, esquizofrenia e certos tipos de câncer na infância.

Muitos desses riscos também acontecem no caso de mães mais velhas, mas os autores afirmaram que os homens raramente são aconselhados por médicos (ou criticados pela família ou pela sociedade em geral) sobre seu relógio biológico.

"Enquanto é amplamente aceito que as mudanças fisiológicas que ocorrem nas mulheres após os 35 anos podem afetar o parto, a gravidez e a saúde da criança, a maioria dos homens não percebe que a sua idade avançada também pode ter um impacto similar", declarou Gloria Bachmann, autora do estudo e diretora do Women's Health Institute da Rutgers Robert Wood Johnson Medical School.

Nos homens, essas mudanças incluem níveis reduzidos de testosterona, um acúmulo de mutações genéticas maléficas nas células do esperma, e uma queda geral na quantidade e qualidade do esperma. Assim como no caso das mulheres, essas mudanças podem afetar não apenas as chances de um parto e de uma gravidez bem-sucedidos, mas também a saúde dos filhos. E com a fertilidade, pelo menos, esses riscos são encontrados até mesmo quando homens mais velhos tentam ter filhos com mulheres abaixo de 25 anos.

Bachmann e seus coautores não têm como objetivo reprimir ou desencorajar homens que preferem ter filhos quando forem mais velhos. Mas eles apontam corretamente que "a disparidade entre a interpretação social da fertilidade masculina e feminina e o papel na reprodução fala muito sobre nossas suposições sobre papéis de gênero, reprodução e planejamento familiar". Essa mesma disparidade se estende à ciência, com muito menos pesquisa sobre como os atributos de um pai podem afetar a saúde das crianças.

A pesquisa é fundamental, já que homens mais velhos estão tendo mais filhos – os autores citam pesquisas mostrando que 10% das crianças atualmente são nascidas de pais com mais de 45 anos, um número elevado se comparado aos 4% de quatro décadas atrás. Por esse motivo, os pesquisadores defendem, os médicos deveriam aconselhar homens mais velhos e suas companheiras sobre os riscos de terem uma criança tanto quanto as mulheres são aconselhadas. E assim como algumas mulheres proativamente congelam seus óvulos, acrescentam os autores, homens mais jovens que não pretendem ter filhos tão cedo, mas que planejam ser pais no futuro, deveriam fazer o mesmo.

"Como sociedade, talvez os homens deveriam ser incentivados a congelarem seu esperma antes dos 35 anos ou, pelo menos, dos 45 anos para diminuir os riscos para a saúde da mãe e do feto (e da criança posteriormente) que vêm sendo observados como resultado do esperma mais velho", afirmam os autores.

É claro que o esperma pode não ser o único fator capaz de explicar essa conexão entre pais mais velhos e problemas de saúde dos filhos e de mães grávidas. Podem haver outras causas, como a qualidade do relacionamento que homens mais velhos têm com suas companheiras ou com os filhos (uma gravidez mais estressante, por exemplo, poderia afetar negativamente a mãe e a criança). Mas, independentemente da causa desse fenômeno, vale lembrar que a maioria das crianças, mesmo aquelas nascidas de pais mais velhos, nascem sem qualquer complicação séria de saúde.

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