terça-feira, 11 de junho de 2019

Gizmodo Brasil

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Usado por Moro e Dallagnol, Telegram tem recursos de privacidade e segurança desativados por padrão

Posted: 10 Jun 2019 03:56 PM PDT

No fim da tarde do domingo (9), o site The Intercept Brasil publicou três matérias com o conteúdo de conversas privadas entre o procurador Deltan Dallagnol, o então juiz federal Sérgio Moro e outros procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato. As mensagens foram obtidas do Telegram a partir de uma fonte anônima.

Além das possíveis consequências jurídicas e políticas da reportagem, outra pergunta permanece aberta: como as mensagens vazaram? Em nota, o Ministério Público Federal atribui o vazamento à ação de um hacker. A reportagem do Intercept faz questão de esclarecer que o vazamento não tem relação com o roubo da linha do celular de Moro, relatado pelo próprio ex-juiz e agora ministro da Justiça e Segurança Pública na semana passado.

Como Rodrigo Ghedin observa em seu site Manual do Usuário, todas as conversas têm um ponto em comum: Deltan Dellagnol. Isso leva a crer que foi a conta do Telegram dele que foi afetada.

Abaixo, algumas possibilidades sobre o que pode ter ocorrido e como o Telegram acaba deixando muitas decisões de segurança nas mãos do usuário — o que nem sempre pode ser algo positivo:

Telegram pode ser vulnerável a ataques SIM swap

Isso poderia ter acontecido por um golpe de SIM swap, como observa Felipe Ventura no Tecnoblog. Já falamos de golpes desse tipo aqui no Gizmodo Brasil — são fraudes que usam engenharia social ou colaboração de funcionários de operadoras em que a linha telefônica do usuário é colocada em um novo chip, que passa a ter o número da vítima. De posse disso, um agente mal-intencionado pode recuperar senhas e acessar contas que estejam associadas ao número de telefone.

O Telegram oferece essa possibilidade. Ao fazer login em um novo dispositivo, o usuário precisa confirmar sua identidade. A primeira tentativa é feita com o envio de um código pelo próprio app — é só entrar na conta por um aparelho (computador ou celular) que já esteja logado, pegar o número, colocar no aparelho novo e pronto, conta acessada.

Se isso não for possível, porém, o Telegram também oferece a confirmação de identidade por envio de SMS ou ligação para o número cadastrado — da mesma maneira que o WhatsApp, diga-se.

Porém, uma coisa chama a atenção: se foi mesmo um golpe de SIM swap, porque só o Telegram foi afetado e não o WhatsApp, que funciona da mesma forma? Por isso, também não dá para descartar outra forma de acesso, inclusive até mesmo acesso físico — deixar o celular de bobeira ou o computador logado por alguns instantes, por exemplo.

Seja como for, outras características do Telegram mostram como pode ter sido fácil o acesso às mensagens.

Telegram não tem criptografia ponta a ponta por padrão

O Telegram não tem criptografia ponta a ponta por padrão. Esse recurso é opcional e está disponível nos chats secretos, mas não é usado na opção padrão de conversas.

Os chats secretos, aliás, contam também com proteção contra capturas de tela, não permitem encaminhamento de mensagens, não mostram previews nas notificações e oferecem timer de autodestruição de mensagens. As mensagens vão direto de um aparelho a outro, sem ficar armazenadas no servidor. Inclusive, não é possível acessá-las pelo computador ou pela web.

Em compensação, o Telegram tem criptografia cliente-servidor. Isso permite que o usuário recupere suas conversas dos servidores do Telegram toda vez que entra em um novo dispositivo e também que ele tenha o aplicativo logado em vários celulares e computadores ao mesmo tempo. Essa criptografia, porém, é alvo de críticas desde 2016.

O WhatsApp tem backups de conversas para recuperar mensagens ao mudar de aparelho, mas eles são feitos usando o iCloud ou o Google Drive, o que exigiria mais uma senha de um invasor. Além disso, as conversas são criptografadas, o que significa que ter acesso apenas aos arquivos armazenados não seria suficiente para acessar o conteúdo das mensagens.

Telegram é mais permissivo com múltiplas sessões

Como dissemos, o Telegram permite que você use uma mesma conta em vários celulares e computadores ao mesmo tempo. Você pode ver os aplicativos que estão autorizados no app, indo em Configurações, Privacidade e Segurança, Sessões Ativas.

A abordagem do WhatsApp com relação a isso é bem diferente. O aplicativo só pode ser usado em um único celular por vez. (Eu mesmo vejo isso com frequência no meu trabalho: a cada celular novo que eu pego para testar, perco o acesso no aparelho anterior.) Mesmo o WhatsApp Web só funciona como um “espelho” para o aplicativo no celular — e, ao usar o mensageiro no navegador do seu computador, uma notificação aparece no app para Android.

Uma forma para proteger o Telegram de acessos não autorizados é ativar a autenticação com dois fatores. Com ela, o usuário cria uma senha, e essa senha é solicitada ao fazer login em um novo celular ou computador. Ela é o segundo fator — o primeiro continua sendo o código enviado por mensagem no próprio Telegram ou SMS.

Como o Tecnoblog nota, o Telegram para desktop permite exportar todos os seus dados de uma só vez com poucos cliques. O WhatsApp também permite exportar conversas, mas é mais trabalhoso: as conversas com cada contato são exportadas uma a uma.

O elo mais fraco é sempre o usuário

Nada disso quer dizer que o Telegram é menos seguro que o WhatsApp. Telegram e WhatsApp são apps diferentes, com decisões de design diferentes.

O Telegram dá mais comodidade aos usuários na hora de acessar suas mensagens ao colocar seus recursos de segurança como opcionais. E isso é bem conveniente em muitos momentos mesmo — em termos de experiência do usuário, eu prefiro o Telegram. Quem usa o Telegram, porém, precisa ficar atento a essas questões se não quiser acabar exposto.

Isso também não quer dizer que o WhatsApp é perfeito. A criptografia ponta a ponta não resolve tudo. O Manual do Usuário coloca isso muito bem: “Se uma das partes — ou das pontas — resolve vazar a conversa, acabou o jogo. Trata-se de um recurso de defesa contra bisbilhoteiros de fora da conversa.”

Além disso, é sempre bom lembrar que o WhatsApp é uma propriedade do Facebook, uma empresa que está longe de ter o melhor histórico em questões de segurança e respeito à privacidade dos usuários.

No fim das contas, uma boa conclusão é a do colunista da Forbes Leonhard Weese, em um texto de 2016 voltado para ativistas em que ele compara os dois apps: “Nenhum aplicativo preenche totalmente os requisitos de segurança e privacidade de ativistas. Qualquer um que quer usar a tecnologia como ferramenta de ativismo precisa entender como a tecnologia funciona, como ela se adapta aos riscos a que a pessoa está exposta e se os riscos que ela traz são razoáveis”.

[Tecnoblog, Manual do Usuário]

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Países do G20 querem acabar com brechas que fazem empresas de tecnologia distribuírem lucros em paraísos fiscais

Posted: 10 Jun 2019 01:48 PM PDT

Secretário do Tesouro dos EUA, Steve Mnuchin (centro), falando durante o G20 em Fukuoka, Japão

O G20, grupo que reúne 20 ministros da finança de 19 países mais a União Europeia, se reuniu em Fukuoka, no Japão, e eles chegaram a um consenso no sábado para "compilar regras comuns para fechar brechas legais usadas por gigantes globais da tecnologia" como Apple, Amazon, Facebook e Google, segundo a agência de notícias Reuters. O foco na redução da prática por parte de algumas empresas é distribuir lucros em países que oferecem menos impostos, como Irlanda e Luxemburgo.

De acordo com a Reuters, os documentos preliminares preparados durante o encontro mostraram que os ministros da finança estão buscando uma abordagem de "dois pilares": o primeiro é de acordos para tributar multinacionais onde seus bens e serviços são vendidos, e o segundo sendo uma "taxa mínima global de impostos", que poderia ser aplicada se uma corporação conseguisse evitar impostos do primeiro pilar. Diz a Reuters:

O primeiro pilar é dividir os direitos de tributar uma empresa onde seus bens ou serviços são vendidos, mesmo que não tenha presença física naquele país.

Se as empresas ainda puderem encontrar uma maneira de contabilizar lucros com impostos baixos ou em paraísos fiscais, os países poderão então aplicar uma alíquota global, ainda a ser acordada.

O caminho para um acordo final ainda está repleto de dificuldades, por causa da falta de acordo de uma definição comum de um negócio digital e como distribuir a autoridade tributária entre os diferentes países.

No entanto, várias questões espinhosas terão de ser resolvidas, de acordo com o Financial Times:

O G20 está analisando várias formas de tributar as empresas digitais. Uma ideia é calcular os lucros "não-rotineiros" feitos por uma empresa digital. Outra abordagem é usar cálculos existentes de lucros, e, em seguida, realocar parte delas para diferentes países. Uma terceira possibilidade é especificar um "lucro de linha de base" para marketing e distribuição em qualquer país.

Outro conjunto de regras também será necessário para determinar, para fins fiscais, se uma determinada empresa realmente tem uma presença em um país além da simples venda de um produto, acrescentou o Financial Times.

Empresas de tecnologia ganharam uma reputação de serem mestres na evasão fiscal — e até agora só existe uma solução imprecisa, com esforços estagnados na União Europeia e sem uma quantidade mínima de desacordo sobre qual seria a melhor abordagem. Os legisladores franceses aprovaram recentemente um novo imposto de 3% sobre a publicidade digital, venda de dados pessoais e outras receitas para qualquer empresa de tecnologia que fature mais de US$ 840 milhões por ano, enquanto o Reino Unido provavelmente deve adotar legislação semelhante.

De acordo com o Times, o secretário do Tesouro dos EUA, Steve Mnuchin, alertou que "os Estados Unidos têm preocupações significantes" com as propostas de imposto da França e do Reino Unido, que foram caracterizadas como um ataque direito a empresas dos Estados Unidos e podem criar um risco de dupla tributação.

No entanto, Mnuchin também disse que o G20 atingiu um "forte consenso" dos objetivos e que "precisamos ter o consenso aqui e lidar com os detalhes técnicos de como transformar isto em um acordo", informou a Reuters. O Financial Times notou que ministros da França e do Reino Unido concordaram que eles adiariam suas abordagem se as regras do G20 forem implementadas.

"Não conseguiríamos explicar à população que eles deveriam pagar seus impostos quando certas companhias não o fazem, pois elas mudam seus lucros para jurisdições de baixa tributação", disse o ministro de finanças da França, Bruno Le Maire, durante o encontro, segundo a Reuters.

A versão preliminar do documento mencionou o ano de 2020 para uma "solução consensual embasada com um relatório final".

[Reuters/Financial Times]

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Você pagaria por uma versão premium do Firefox? Opção paga ofereceria VPN e armazenamento na nuvem

Posted: 10 Jun 2019 12:24 PM PDT

Navegador junto com o logotipo da Firefox

Por mais de uma década, pudemos contar com uma peça crucial de software disponível inteiramente de graça: navegadores da web. Mas isso pode mudar em breve. Mais ou menos. Em uma entrevista ao site de notícias alemão t3n, visto pelo The Next Web, o CEO da Mozilla, Chris Beard, disse que uma versão premium do Firefox pode chegar no outono dos Estados Unidos (a partir de setembro no Brasil).

O que vai separar o Firefox premium do Firefox antigo regular? Basicamente, VPN e recursos de armazenamento em nuvem.

As respostas de Beard soaram mais hipotéticas em detalhes do que o anúncio de recursos garantidos, mas ele deu algumas dicas sobre o que um Firefox premium pode oferecer. Um exemplo que Beard deu foi uma situação hipotética em que um usuário queria fazer algum serviço bancário on-line através de Wi-Fi público. Esse usuário obteria uma “certa quantidade de banda larga VPN gratuita e, em seguida, seria oferecido a ele uma versão premium com uma assinatura mensal”.

Para ser claro, Beard enfatizou que a Mozilla não tem planos de cobrar taxas por recursos que são atualmente gratuitos. Entramos em contato com a Mozilla para obter mais detalhes e atualizaremos o texto quando recebermos uma resposta (embora não tenhamos certeza de que vamos receber, já que a t3n parece indicar que a assessoria de imprensa da Mozilla encerrou a entrevista depois que Beard começou a falar sobre uma versão premium do Firefox).

No ano passado, a Mozilla fez uma parceria com a ProtonVPN para oferecer a um grupo pequeno e aleatório de usuários dos EUA a opção de adquirir uma assinatura de US$ 10 por mês. Na época, a Mozilla descreveu-a como parte de um processo para "explorar novas fontes adicionais de receita que se alinham à sua missão". Conversas sobre uma versão premium do Firefox parecem ser uma evolução natural desse experimento.

Por um lado, parabéns a Mozilla por pensar em maneiras de integrar recursos muito necessários e em simplificar o uso de um VPN de qualidade – algo que a maioria das pessoas não faz, seja por preguiça, preços ou por falta de fundos. Mas se você é um pessimista, você pode enxergar os rumores ameaçadores do Firefox premium como o início dos navegadores se tornando mais um serviço de assinatura à medida que os concorrentes do Chrome tentam reduzir seu domínio . E caso isso realmente aconteça, uma mudança para modelos de assinaturas poderia significar um fim gradual dos navegadores bons, rápidos e gratuitos aos quais nos acostumamos.

Esta é certamente uma visão mais pessimista de uma possível linha do tempo – afinal, algumas pessoas estão mais do que dispostas a pagar por extensões, e um navegador pago com recursos premium é realmente tão diferente?

Então, sabendo de tudo isso, você gastaria alguns reais a mais por uma versão melhorada do Firefox? Ou será que a Mozilla – e potencialmente outras empresas – terá que tirar dinheiro dos seus dedos frios e mortos antes de você desistir dos navegadores gratuitos?

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Tudo que sabemos até agora sobre a criptomoeda do Facebook

Posted: 10 Jun 2019 11:41 AM PDT

Letreiro do Facebook em uma parede cinza.

Caso você não esteja sabendo, o Facebook está trabalhando em uma criptomoeda. Muitos rumores sobre o projeto secreto, de codinome Libra, estão circulando há algum tempo. Na semana passada, vimos novas informações que apontam para um provável lançamento oficial em 18 de junho.

Então, o que sabemos até agora?

Há algumas semanas, a BBC informou que a criptomoeda seria chamada GlobalCoin, mas parece que não vai ser bem isso. A Reuters disse que o Facebook registrou uma empresa chamada Libra Networks na Suíça, o que significa que há uma boa chance de que a gigante das redes sociais escolha Libra como nome.

Mas, mesmo que a BBC tenha entendido o nome errado, parece que a nova criptomoeda será o que se chama de stablecoin ou moeda estável, em tradução livre. Em comparação com a volatilidade que você pode esperar das criptomoedas “regulares”, as moedas estáveis ​​estão atreladas a moedas reais, como o dólar dos EUA, para proteger contra flutuações de preços. De acordo com o TechCrunch, o Facebook está procurando estabilizar sua criptomoeda contra múltiplas moedas internacionais — não apenas o dólar — bem como títulos de baixo risco.

No que se refere aos usos da criptomoeda, o TechCrunch diz que os usuários que enviam dinheiro via Messenger ou WhatsApp, também pertencentes ao Facebook, serão isentos de taxas. Enquanto isso, o Information diz que clientes também poderão usar caixas eletrônicos para trocar dinheiro tradicional pela criptomoeda.

Isso faz sentido, já que as primeiras informações indicavam que o alvo desse projeto do Facebook são remessas internacionais e usuários sem contas bancárias. No final de 2018, a Bloomberg informou que o Projeto Libra deveria funcionar com o WhatsApp, que é popular em economias emergentes como a Índia. O país também é o líder mundial em remessas internacionais.

Com relação à criptomoeda, o Facebook também parece estar ciente de que sua reputação não é a melhor do mundo. Ele está em negociações para criar uma fundação para supervisão independente, de acordo com o Information.

A empresa também está oferecendo parcerias a organizações para ajudar a gerenciar a criptomoeda, desde que elas paguem US$ 10 milhões pelos direitos de rodar um nó da rede. Isso irá, teoricamente, descentralizar o poder do Facebook sobre sua moeda e deverá render à gigante de mídia social até US$ 1 bilhão de forma rápida.

A descentralização da governança pode ser vista como uma tentativa bastante cínica do Facebook para evitar a regulamentação. No entanto, várias matérias dizem que a rede social tem estado em contato com vários órgãos reguladores, incluindo o Tesouro dos EUA, a Western Union e o Banco da Inglaterra.

Querendo saber mais sobre isso, o comitê do Senado dos EUA que cuida de questões financeiras e bancárias emitiu uma carta aberta ao CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, questionando como a empresa planejava implementar a criptomoeda e que tipo de proteção ao consumidor ela espera implementar.

Acima de tudo, os funcionários do Facebook que trabalham com a criptomoeda também podem optar por desistir do dinheiro tradicional para sempre. O Information também informa que eles terão a opção de serem pagos na criptomoeda do Facebook.

Claro, nenhuma dessas informações é confirmada oficialmente, mas todos os sinais apontam para um grande lançamento em breve. Até lá, você continua usando o dinheiro emitido pelo governo, um sistema testado e aprovado e que vem funcionando há séculos.

[The Information, TechCrunch]

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Tumor cerebral diagnosticado em paciente era, na verdade, um ovo de larva

Posted: 10 Jun 2019 10:26 AM PDT

Você não esperaria que encontrar um óvulo de tênia no cérebro fosse uma boa notícia, mas foi o caso da moradora de Nova York, Rachel Palma, no outono passado. Isso porque a larva encontrada dentro dela era a verdadeira causa do agravamento dos sintomas de insônia e alucinações de Palma, e não um tumor cerebral que os médicos inicialmente suspeitavam. Depois que o óvulo foi removido, sua saúde foi recuperada.

A história de Palma, relatada pelo Washington Post na semana passada, tem todas as características de um conto que você encontraria em uma história de horror infantil particularmente horripilante.

O que começou como um problema para dormir de Palma, seja por insônia ou pesadelos, evoluiu para alucinações. Em janeiro do ano passado, ela ficou cada vez mais desorientada e incapaz de se lembrar das coisas. Ela então decidiu procurar atendimento no Hospital Monte Sinai de Nova York, onde os médicos diagnosticaram Palma inicialmente com câncer no cérebro, depois de detectar uma lesão em seu exame de ressonância magnética. Mas quando eles realizaram a cirurgia em setembro para remover o suposto tumor, eles encontraram um cisto cor de muco em forma de bola. E quando eles abriram o cisto, encontraram uma larva de tênia.

“Estávamos todos dizendo: ‘O que é isso?'” , disse Jonathan Rasouli, chefe de neurocirurgia da Escola de Medicina Icahn, no Monte Sinai, ao Washington Post. "Foi muito chocante. Nós estávamos coçando nossas cabeças, surpresos com o que parecia.

A verdadeira doença de Palma era algo chamado neurocisticercose, uma infecção cerebral rara e complicada causada pela tênia da carne de porco, ou Taenia solium.

Existem duas maneiras pelas quais esse verme pode nos deixar fisicamente doentes. Uma delas é através da carne de porco mal cozida contaminada com cistos de tênia contendo larvas; os cistos viajam para o nosso intestino delgado, onde se tornam adultos de até 7,62 metros de comprimento, acasalam e semeiam nosso cocô com um novo lote de ovos. Essas infecções podem causar sintomas gastrointestinais geralmente leves, como dor de estômago, diarréia e perda de peso, embora muitas pessoas nunca apresentem sintomas nenhum.

Mas os hospedeiros humanos também podem ser um beco sem saída para o ciclo de vida do verme. Os novos ovos precisam encontrar o caminho de volta para os porcos para repetir os passos acima, ou eles nunca se tornarão adultos. Se outra pessoa for infectada por ela, por exemplo, ao comer alimentos manipulados por alguém que não lavou as mãos cheias de cocô, os ovos crescerão na forma coberta de cistos, mas ficarão presos lá para sempre. Para um toque adicional de humor negro, você também pode se re-infectar com os ovos de tênia atrofiados que você ajudou a trazer para o mundo.

Esse desenvolvimento interrompido ainda pode ser perigoso para nós, já que os cistos podem acabar na corrente sanguínea através do intestino e viajar para o cérebro ou outras regiões vulneráveis. A partir daí, as larvas – geralmente depois de morrer – podem desencadear uma reação imunológica maciça que danifica o tecido ao redor. Mas essas complicações podem levar anos para aparecer após a infecção inicial.

Em comparação com o prognóstico cruel para a maioria dos cânceres cerebrais, a neurocisticercose é geralmente muito mais gerenciável se detectada precocemente, embora o tratamento possa variar com base em onde e quantos cistos são encontrados. Ainda assim, de acordo com o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês), até 10% das pessoas hospitalizadas morrem. No caso de Palma, felizmente, depois que os médicos removeram a tênia, seus sintomas desapareceram em grande parte.

“A melhor parte da minha história é que tem um final feliz”, disse ela ao Washington Post.

Embora a neurocistose seja relativamente rara nos EUA, é a infecção por vermes cerebrais mais comumente relatada em áreas endêmicas como a América Latina, África e Ásia, bem como uma causa comum de convulsão. E a cisticercose em geral é considerada uma das cinco infecções parasitárias negligenciadas pelo CDCo, o que significa que ela também merece mais atenção da saúde pública nos EUA.

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Escritório que cuida do orçamento da Casa Branca pede que banimento da Huawei seja adiado em dois anos

Posted: 10 Jun 2019 09:07 AM PDT

Pessoa caminha ao lado de logotipo da Huawei

O Gabinete de Gestão de Orçamento da Casa Branca (OMB, na sigla em inglês) solicitou que o Congresso adie em dois anos a proibição de contratados de órgãos federais usarem equipamentos da Huawei. O pedido foi feito formalmente em uma carta assinada por Russell T. Vought, diretor em exercício do Escritório de Administração e Orçamento, de acordo com o Wall Street Journal, e foi enviado ao vice-presidente dos EUA, Mike Pence, além de outros nove membros diferentes do congresso.

Vale lembrar que a proibição do uso de dispositivos da Huawei, no entanto, já foi assinada pelo presidente Donald Trump. O banimento, que parte da Lei de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês), exige que contratados do governo federal não usem equipamentos da Huawei por acharem que a tecnologia da empresa é usada para espionar norte-americanos em nome do governo chinês.

"Trata-se de garantir que empresas que fazem negócios com o governo dos EUA recebam verbas e empréstimos federais tenham tempo de se livrar de negócios com a Huawei e outras empresas chinesas listadas no NDAA", disse Jacob Wood, porta-voz do Gabinete de Gestão de Orçamento da Casa Branca, ao Wall Street Journal, em um comunicado.

Todas as agências do governo federal serão proibidas de usar equipamentos da Huawei ainda neste ano, mas a medida para contratados federais e organizações que buscam subsídios governamentais não teria efeito nos próximos dois anos. A extensão solicitada pela Casa Branca para contratados federais atrasaria a proibição para daqui a quatro anos.

A carta do OMB cita o impacto negativo em áreas rurais dos EUA, onde são usados muitos equipamentos da Huawei por causa do baixo custo. A carta do OMB explica ainda que "várias agências ouviram preocupações significativas de uma ampla gama de partes interessadas e que potencialmente seriam afetadas".

A Huawei tem estado no centro de uma briga maior entre Estados Unidos e China, que envovle desde déficit comercial até questões de privacidade. O presidente Trump fez da China uma questão central de campanha nas eleições de 2016 e, em grande parte, fala sobre esta questão com seus seguidores, apesar do impacto negativos que às vezes suas ações têm.

Os agricultores, por exemplo, estão arcando com o peso de tarifas retaliatórias impostas aos produtos agrícolas pela China. Mas o presidente Trump prometeu ajuda aos fazendeiros em uma tentativa de mantê-los felizes. O presidente prometeu US$ 15 bilhões em ajuda ao agricultores. No entanto, não prometeu ajudar as empresas americanas que precisarão comprar novos equipamentos para continuar tendo contratos com órgãos federais.

Ainda não está claro se o Congresso vai aderir a esta extensão, nem se o Congresso fará algo entre agora e as eleições presidenciais de 2020. Para piorar a situação, o Congresso dos EUA precisa aprovar um orçamento até setembro para evitar uma nova paralisação como a que foi causada no fim de 2018.

Vamos apenas dizer que não esperamos que as coisas sejam diferentes desta vez.

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Um algoritmo aterrorizante consegue gerar retratos baseado apenas na voz das pessoas

Posted: 10 Jun 2019 07:49 AM PDT

Demonstração de algoritmo que gera retratos a partir da voz das pessoas

A tecnologia pode aprender bastante sobre a gente, independente de gostarmos ou não. Ela pode descobrir o que gostamos, onde estivemos, como nos sentimos e até fazer com que digamos ou façamos coisas que nunca fizemos antes. De acordo com uma nova pesquisa, ela pode começar a perceber como você é baseado simplesmente no som da sua voz.

Pesquisadores do MIT publicaram um estudo no mês passado chamado Speech2Face: Learning the Face Behind a voice, que explora como um algoritmo pode gerar um rosto baseado em um pequeno trecho de áudio da voz desta pessoa. Não é uma representação exata do falante, mas com base nas imagens do artigo, o sistema conseguiu criar uma imagem do rosto voltado para a frente com uma expressão neutra com sexo, raça e idade precisos.

Os pesquisadores treinaram uma rede neural profunda de milhões de clipes educacionais do YouTube com mais de 100 mil falantes distintos, segundo o artigo. Embora os pesquisadores notem que o método deles não geram imagens exatas de uma pessoa baseada neste pequenos clipes de áudio, os exemplos mostrados no estudo indicam que os retratos resultantes se assemelham estranhamente com a aparência real da pessoa.

Não é necessariamente semelhante o suficiente para que você seja capaz de identificar alguém com base na imagem, mas sinaliza a nova realidade que, mesmo em uma forma rudimentar, um algoritmo pode adivinhar — e gerar — uma imagem de uma pessoa baseada apenas na voz.

Os autores do estudo fizeram algumas considerações éticas no artigo, em especial em torno do fato de que seu sistema não revela a "verdadeira identidade de uma pessoa", mas cria "faces de aparência comum". Isso é para garantir que não seja uma invasão de privacidade. No entanto, os pesquisadores levantaram algumas questões éticas espinhosas com o tipo de dados que usaram para o modelo criado. Um dos indivíduos incluídos no conjunto de dados disse ao Slate que ele não se lembra de ter assinado um documento autorizando o vídeo do YouTube a ser usado para tal fim (no caso, ser usado no treinamento de um algoritmo). No entanto, os vídeos estão disponíveis publicamente e, legalmente, este tipo de consentimento não foi necessário.

"Como minha imagem e minha voz foram apontados como exemplo no artigo Speech2Face, em vez de ser usada apenas como um ponto de dados em um estudo estatístico, teria sido educado pelo menos entrar em contato para me informar ou pedir minha permissão", disse Nick Sullivan, chefe de criptografia da Cloudflare, ao Slate, que foi usado no estudo.

Os pesquisadores também indicam no estudo que o conjunto de dados que eles usaram não é uma representação precisa da população mundial, uma vez que estava apenas retirando um subconjunto específico de vídeos no YouTube. É, portanto, tendencioso — o problema comum entre os conjuntos de dados de aprendizado de máquina. Certamente é bom que os pesquisadores tenham apontado as considerações éticas com seu trabalho.

No entanto, à medida que a tecnologia avança, nem sempre serão evoluídos e implantados por equipes ou indivíduos com boas intenções. Existem várias maneiras de explorar este tipo de sistema e, se alguém descobrir uma maneira de criar representações mais realistas de alguém com base em uma gravação de áudio, isso indica um futuro em que o anonimato se torna cada vez mais difícil alcançar. Quer você goste ou não.

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xCloud: um olhar incrível sobre a visão da Microsoft para o futuro dos jogos

Posted: 10 Jun 2019 07:04 AM PDT

Enquanto o Google já realizou dois eventos sobre o Stadia , sua grande aposta em jogos de streaming, a Microsoft tem sido um pouco mais discreta com o seu projeto de streaming de jogos, o xCloud. Ainda não sabemos muito sobre ele, mas no domingo (9) eu pude tocá-lo e vê-lo falhar.

O conceito por trás do xCloud não é novo. Os jogos são executados em um servidor na nuvem e transmitem um vídeo para o seu dispositivo. O streaming é tão simples que você nunca sente que o dispositivo em que está jogando está do outro lado do estado. Isso não é uma coisa fácil de fazer. A latência pode matar um jogo. Se você pressionar o botão de pular, mas o servidor não registrar esse salto em tempo, você não terá uma boa experiência com o jogo.

Sony, Nvidia e Shadow já têm transmitido jogos por um tempo – a Sony transforma seu PS4 em um servidor e depende da sua internet, enquanto a Nvidia e a Shadow colocam tudo em um servidor remoto. O xCloud, que vai ser testado publicamente em outubro , permitirá que você faça as duas coisas. Você poderá jogar remotamente a partir do seu próprio Xbox One ou poderá usar os servidores deles. A Microsoft me disse que os servidores são baseados em Azure (plataforma de computação em nuvem da Microsoft), mas o hardware é essencialmente um Xbox One.

Hellblade parece muito bom. Foto: Alex Cranz/Gizmodo

Então, o que os jogos transmitem para o servidor/Xbox? A Microsoft não divulgou suporte para iOS ou qualquer navegador, mas eu joguei o Halo e o Hellblade nos dispositivos Samsung S10 Plus conectados aos controladores do Xbox One. A Microsoft me disse que o xCloud atualmente funciona em dispositivos desde o Samsung Galaxy S7, mas pode ser executado em hardwares mais antigos também. Então, sabemos que o Android, pelo menos, é suportado.

Assim como acontece com outros serviços de streaming, uma banda larga ruim irá matar a experiência. Os representantes da Microsoft não me disseram exatamente qual conexão será necessária, mas ficou claro que a internet mediana do centro de convenções da E3 não era suficiente. Enquanto tentava jogar um jogo de corrida, uma janela apareceu dizendo que o jogo havia sido desconectado e se reconectaria momentaneamente.

RIP meu stream. Foto: Alex Cranz/Gizmodo

Momentos antes, um representante da Microsoft me garantiu que os celulares estavam conectados a uma rede Wi-Fi à parte para evitar problemas. Grandes convenções são geralmente lugares com Wi-Fi instável. Eu contei 26 redes Wi-Fi diferentes operando em sua capacidade total na área de demonstração, e isso não inclui pessoas conectadas a seus celulares ou redes Wi-Fi não listadas. É muito ruído, e quando há muita interferência assim, o Wi-Fi tem dificuldade para se conectar, e as velocidades caem abruptamente.

O que aconteceu com os dispositivos xCloud foi que alguém na área de demonstração estava operando no mesmo canal Wi-Fi e bagunçando a conexão com muita interferência. O ruído foi suficiente para que os jogos se desconectassem periodicamente. Outras vezes a qualidade caía e a imagem se transformava em uma bagunça pixelada. Impressionantemente, eu não morri nem notei uma falta de capacidade de resposta quando a conexão caiu (o total de desconexões foi outra história).

Eventualmente, a Microsoft teve de conectar cada dispositivo à internet com fio para garantir uma demonstração mais funcional. Tudo correu bem a partir daí. Jogabilidade agradável. Nenhum tiro perdido. Nenhum artefato feio. Apenas jogatinas tranquilas de Halo com qualidade de Xbox One, mas jogadas em um celular.

Mas com o xCloud tão dependente da internet, a demonstração também destacou o problema mais significativo que a Microsoft, o Google e todos os outros concorrentes enfrentam: a internet . Enquanto a internet representar um obstáculo, por quaisquer motivos, como um Wi-Fi ruim e congestionamento de rede, os jogos em nuvem serão uma incerteza. Talvez eu possa ser capaz de jogar Halo no meu celular em outubro, mas eu não vou poder levar o Halo comigo pra todo lado.

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Tráfego de operadoras móveis da Europa vazou por rede chinesa durante duas horas

Posted: 10 Jun 2019 05:55 AM PDT

Durante mais de duas horas da última quinta-feira (6), um dos maiores provedores de internet da China forçou uma grande parte do tráfego europeu de celulares a ser redirecionado através de seus próprios servidores.

A China Telecom já esteve envolvida em incidentes semelhantes antes. Por cerca de 18 minutos, em abril de 2010, cerca de 15% do tráfego da internet mundial passou de repente a ser roteado pelos servidores chineses. Isso incluiu o fluxo de tráfego de e para sites governamentais e militares dos EUA, incluindo a NASA. Sites comerciais de empresas como a Dell e a Microsoft foram afetados de forma semelhante.

O incidente de quinta-feira foi o resultado do que é conhecido como um vazamento de rota BGP. Ele supostamente engoliu grandes quantidades de tráfego móvel originado de provedores de serviços na França, Suíça e Holanda. Os usuários supostamente experimentaram quedas significativas na velocidade dos dados.

Até o momento, a China Telecom ainda não foi formalmente acusada de causar intencionalmente o vazamento no roteamento, embora a duração do episódio seja incomum, dizem os especialistas, e tais incidentes possam ser maliciosos.

Como a ZDNet informou em outubro, pesquisas acadêmicas do Colégio de Guerra Naval dos EUA e da Universidade de Tel Aviv apontaram o comportamento da China Telecom como altamente suspeito, revelando que a empresa havia "sequestrado o tráfego doméstico dos EUA e também o que passa pelo país e redirecionado para a China durante dias, semanas e meses". Embora vazamentos de BGP possam ser explicados por erros de configuração de rotina, os incidentes analisados ​​pelos pesquisadores sugeriram "intenção maliciosa", disseram eles.

“Duas horas é muito tempo para que um vazamento de roteamento desta magnitude permaneça em circulação, degradando as comunicações globais”, disse Doug Madory, diretor da divisão de análise de internet da Oracle.

Vazamentos de rotas do BGP são chamados assim por causa do Border Gateway Protocol (BGP), que ajuda os roteadores a determinar a melhor rota para alcançar um determinado destino de rede. Eles não são incomuns. Eles podem resultar quando um sistema autônomo (AP, na sigla em inglês) ilegitimamente anuncia que pode entregar tráfego a blocos de endereços IP que são agrupados por prefixos de rede. Isso geralmente acontece por engano e muitas vezes existem poucas salvaguardas, pois o BGP confia em todos os anúncios AP por padrão.

Na quinta-feira, um grande datacenter na Suíça, o Safe Host, vazou mais de 70 mil rotas para a China Telecom, que por sua vez anunciou as rotas na internet global, fazendo com que enormes quantidades de tráfego destinado a redes europeias fossem redirecionadas e passassem através de seus próprios servidores.

O incidente mostra que os vazamentos de rotas BGP ainda são um problema crítico para as comunicações globais, disse Madory, acrescentando que a China Telecom não tinha "as salvaguardas básicas de roteamento" nem os procedimentos adequados para detectá-los e repará-los em tempo hábil quando eles inevitavelmente ocorrerem."

[ZDNet]

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Pesquisadores desenvolvem espuma de metal à prova de balas tão resistente quanto uma armadura de aço

Posted: 10 Jun 2019 04:12 AM PDT

Pistola de cor preta disparando uma bala

Fazer um veículo completamente impenetrável a balas não é impossível, mas ele seria tão grande e pesado devido a sua blindagem espessa que mal seria capaz de se mover. A menos que você o construa usando um novo material à prova de bala desenvolvido na North Carolina State University que imita um leve isopor.

A espuma de metal composto – ou CMF, em inglês – é um material feito de esferas metálicas ocas que são envolvidas por uma matriz que pode ser feita de vários tipos de metais, incluindo titânio ou mesmo ligas. Se você já teve que limpar essas minúsculas bolas brancas de isopor depois de desembalar um aparelho, então você conhece bem este material. Os pesquisadores por trás deste estudo fizeram sua CMF exclusivamente de aço, para maximizar sua força e poder de frenagem.

O material CMF foi então ensanduichado entre uma camada de cerâmica, que serviu como uma placa frontal, e uma placa traseira de alumínio fina, para criar um painel composto de armadura. O painel foi testado contra balas de calibre .50 redondas, bem como balas pontiagudas também de calibre .50, com velocidades de impacto medidas entre 500 metros por segundo e 885 MPS. Em outras palavras, alguns dos projéteis mais potentes ​​que ele poderia experimentar em um cenário de conflito.

Após o impacto, a camada de espuma de metal composto foi capaz de absorver até 75% da energia das balas redondas, e até 78% das pontiagudas, quando elas se achatam. Para efeito de comparação, um painel de armadura feito de aço laminado com o mesmo poder de frenagem pesaria pelo menos o dobro da blindagem composta testada neste estudo. Isso não é apenas uma economia significativa em peso que poderia melhorar a segurança, capacidade de fazer manobras e eficiência de combustível dos veículos blindados, os painéis CMF também exigem consideravelmente menos matéria-prima do que o aço sólido para fornecer aproximadamente a mesma capacidade de proteção.

Mas fica ainda melhor. Os pesquisadores acreditam que a armadura composta pode ficar ainda mais leve otimizando a espessura das camadas de cerâmica e alumínio através de testes adicionais e melhorando a cola que mantém as várias camadas dos painéis juntasDescobriu-se que o material CMF também pode ser bastante eficaz no bloqueio de raios-X, raios gama, radiação de nêutrons, além de poder aguentar fogo e calor a uma a temperatura duas vezes maior que uma placa de aço sólida consegue.

Você pode, sem dúvida, esperar encontrar o CMF sendo utilizado por militares e policiais assim que ele sair do laboratório, mas o material também tem outras aplicações promissoras, incluindo proteger espaçonaves de detritos e radiação, e até mesmo tornar os carros mais seguros. A maioria de nós também ficaria muito feliz em ver esse material incorporado em nossos smartphones, absorvendo o impacto de uma queda com alguns amassados ​​em vez de uma tela quebrada.

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