sábado, 22 de junho de 2019

Gizmodo Brasil

Gizmodo Brasil


Rover da missão Mars 2020 ganha rodas e entra em fase final de preparação

Posted: 21 Jun 2019 03:07 PM PDT

Engenheiros instalam rodas no rover Mars 2020

É impressionante o que um conjunto de rodas é capaz de fazer. O que era um vago pedaço de metal reunido com fios e placas de circuito agora finalmente está se parecendo com um rover.

Estamos a pouco mais de um ano do lançamento da Missão Mars 2020, na qual a NASA verá seu novo veículo não tripulado alcançar o Planeta Vermelho no dia 18 de fevereiro de 2021.

Uma vez que ele chegar a Cratera Jezero, a sonda vai buscar por sinais de condições anteriores de habitação e evidência de vida microbiana no passado, coletar amostras de rochas e superfície, além de realizar um trabalho de preparação para uma missão humana em Marte, o que inclui o teste de produção de oxigênio.

A janela de lançamento de Mars 2020 a partir do Cabo Canaveral está definida entre 17 de julho e 5 agosto de 2020. Não estamos tão longe assim e, conforme a data de aproxima, o rover começa a tomar forma.

Um marco dessa evolução aconteceu no dia 13 de junho, quando engenheiros do Jet Propulsion Laboratory da NASA em Pasadena, na Califórnia, instalaram o sistema de suspensão e as seis rodas do veículo.

As preparações para a missão estão indo bem. Durante as próximas semanas, os engenheiros esperam instalar os braços robóticos, a câmera montada no mastro e o Sistema Simples de Armazenamento (Sample Caching System ou SCS), que possui 17 motores separados.

O SCS é projetado para coletar as pedras e poeira e colocar as amostras em contêineres selados que serão deixados na superfície. Uma missão futura irá recuperar essas amostras e retorná-las para a Terra.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Gizmodo Brasil (@gizmodobrasil) em

As seis rodas que foram instaladas no dia 13 de junho são apoios temporários. Os engenheiros irão trocá-las por versões preparadas para o voo em algum momento do ano que vem.

As rodas de alumínio medem 52,5 centímetros de diâmetro. Cada uma tem seu próprio motor e 48 ganchos trabalhados em sua superfície, o que oferecerá uma tração excelente, quer o rover esteja sobre terrenos arenosos ou rochas irregulares.

As duas rodas dianteiras e as duas rodas traseiras têm seus próprios motores de direção, o que permitirá que o veículo gire 360 graus.

As pernas em formato de tubo que dão suporte às rodas são construídas de titânio e possuem modo de fabricação similar ao quadros de bicicletas caras, de acordo com a NASA.

O sistema de suspensão do veículo é conhecido como “rocker-bogie” e possui múltiplos pontos de articulação e apoio. Quando está em terreno irregular, a configuração permitirá que o veículo mantenha pesos semelhantes em cada roda para minimizar a inclinação e mantê-lo estável.

Durante a missão, a NASA não permitirá que o veículo se aventure em terrenos com inclinação de mais de 30 graus. Dito isso, o rover Mars 2020 é projetado para lidar com inclinações de 45 graus em qualquer direção sem tombar, o que é bem impressionante.

Curiosidade: você pode enviar o seu nome para o Planeta Vermelho à bordo da missão Mars 2020. Eu já garanti o meu cartão de embarque (acima), e você pode fazer o seu neste link.

The post Rover da missão Mars 2020 ganha rodas e entra em fase final de preparação appeared first on Gizmodo Brasil.

Após quase atingir a perfeição, o Google vai deixar de fazer tablets próprios

Posted: 21 Jun 2019 01:29 PM PDT

Google Pixel Slate

O Google não está matando todos os tablets, mas não fará mais tablets próprios. É uma grande pena que a fusão entre o Android e o ChromeOS nos últimos anos seja abissalmente revisada de forma infeliz, ainda mais considerando que o Pixel Slate talvez seja o tablet perfeito para o sistema operacional.

O Google não anuncia publicamente tablets desde o Slate, mas, segundo a Computerworld a empresa tinha pelo menos dois dispositivos em desenvolvimento. Isso mudou quando, no início da semana, o Google removeu os tablets de seu roadmap e resolveu se concentrar em laptops para os futuros dispositivos Chrome OS.

Rick Osterloh, que é o chefe de dispositivos do Google, confirmou a informação no Twitter:

Tradução: Ei, é verdade…a equipe de hardware do Google estará concentrada apenas em fazer laptops, mas não se engane: as equipes de Android e Chrome OS estão 100% comprometidas com um trabalho de longo prazo com nossos parceiros fabricantes de tablets para todos os segmentos de mercado (consumidores, empresas e instituições de ensino).

Em um comunicado ao Gizmodo, um representante do Google confirmou dizendo que o "Chrome OS cresceu em popularidade em uma ampla gama de tipos de dispositivos e continuaremos a trabalhar com nosso ecossistema de parceiros em laptops e tablets. Para os esforços de hardware do Google, estaremos concentrados em laptops Chrome OS e continuarão a oferecer suporte ao Pixel Slate".

Neste interim, vamos lamentar, pois o Google tinha potencial de fazer algo tremendo. Em 2015, o Google lançou o tablet Pixel C, um belo aparelho com um sistema operacional que falhava na transição entre os modos tablet e laptop. Parecia um tablet quase perfeito e que, com um pouco de trabalho, poderia se tornar o melhor da categoria.

Na sequência, eles fizeram o Pixelbook, que continua a ser o melhor Chromebook mesmo dois anos após o lançamento, apesar do alto preço e um hardware antigo. Ele também é um dos melhores laptops 2 em 1 disponíveis. Parecia, então, uma decisão simples que o se o Google combinasse as lições aprendidas com o Pixelbook e o Pixel C, a empresa poderia fazer um tablet que pudesse bater de frente com o iPad e o Surface e, ocasionalmente, até superá-los.

No ano passado, o Google lançou o Pixel Slate, que deveria ser este super dispositivo. Ele tinha problemas com a superfície de vidro e o teclado estranho, mas adorei o sistema operacional, que combinava quase perfeitamente o Chrome OS e o Android OS, permitindo que você usasse o tablet como um Chromebook com o teclado conectado e depois converter em um tablet de consumo de mídia, ao remover o acessório.

Infelizmente, minha experiência foi a exceção, pois várias outras análises encontraram um sistema cheio de problemas — particularmente ao passar do modo laptop para o modo tablet e vice-versa. As coisas começaram a parecer ainda piores quando sugiram rumores em março de que o Google estava reorganizando sua divisão de hardware.

Embora nem Osterloh nem o Google esteja dizendo por que eles decidiram parar de fazer seus próprios tablets, pode-se considerar que houve uma baixa recepção ao Pixel Slate como um dos motivos. Particularmente, pelo fato de o Pixelbook ainda ser visto em alta conta, mesmo anos após seu lançamento. Quando você considera que o Google fez um dos melhores dispositivos para ChromeOS e um dos aparelhos topo de linha com as piores análises sobre ele, é fácil entender por que a companhia está se se concentrando em laptops.

Algo que a Computerworld enfatizou, e que foi reiterado pelo Google quando eles conversaram comigo, é que a companhia não vai deixar o ChromeOS ou o negócio de hardware para Android. Smartphones e laptops continuarão a ser feitos. Laptops com telas touch e dobradiças em 360 graus também devem ser opções de produtos feitos pela empresa. No entanto, tablets puros, que podem ser convertidos em um laptop com um teclado adicional, não.

Pelo menos, isto é uma notícia boa se você estiver procurando um Chromebook feito pelo Google. Agora, se você estava esperando que a empresa iria fazer o tablet definitivo com seu sistema operacional, digamos que você está sem sorte.

The post Após quase atingir a perfeição, o Google vai deixar de fazer tablets próprios appeared first on Gizmodo Brasil.

Atualize os softwares do seu laptop Dell para consertar falha crítica de segurança

Posted: 21 Jun 2019 12:26 PM PDT

Se você tem um laptop Dell, essa é uma boa hora para atualizar o seu sistema. Mesmo se o seu computador não tenha sido fabricado pela Dell, e possível que uma nova vulnerabilidade afete você.

Pesquisadores da SafeBreach Labs revelaram na última segunda-feira (17) uma grave falha de segurança no utilitário SupportAssist da Dell. A vulnerabilidade poderia permitir que atacantes injetassem códigos maliciosos em seu computador, podendo obter acesso completo ao sistema por meio do acesso aos privilégios administrativos.

A falha, que permite que os atacantes substituam arquivos DLL inofensivos por itens carregados de códigos maliciosos durante varreduras de diagnóstico, foi relatada inicialmente no dia 29 de abril. A Dell confirmou o bug um mês depois e uma correção começou a ser liberada no final do mês passado.

A SafeBreach Labs disse que a vulnerabilidade atingia o SupportAssist, um software pré-instalado na maioria dos computadores da Dell e que tem o objetivo de checar a saúde geral do hardware do sistema. O alvo foi escolhido a partir da premissa de que “tal serviço crítico teria um nível de permissão alto para acessar o hardware do PC, bem como capacidade de induzir o aumento do privilégio”.

O que os pesquisadores descobriram é que o aplicativo carregava arquivos DLL a partir de uma pasta acessível aos usuários, o que significava que os arquivos poderiam ser substituídos e usados para carregar e executar uma carga maliciosa.

Existem algumas preocupações de que essa falha possa afetar PCs fabricados por outras empresas.

O SupportAssist é uma versão renomeada da ferramenta de diagnóstico de hardware para Windows chamada PC-Doctor Toolbox. Esse produto também foi renomeado para: Corsair ONE Diagnostics, Corsair Diagnostics, Staples EasyTech Diagnostics, Tobii I-Series Diagnostic Tool e Tobii Dynavox Diagnostic Tool.

A maneira mais efetiva de prevenir que suas DLLs sejam sequestradas é instalar as correções. Para consertar esse bug, permita atualizações automáticas ou faça o download da última versão do Dell SupportAssist para PCs Corporativos (x86 ou x64) ou PCs domésticos (aqui).

Você pode ler o relatório completo da SafeBreach Labs (em inglês) aqui.

The post Atualize os softwares do seu laptop Dell para consertar falha crítica de segurança appeared first on Gizmodo Brasil.

Uma ambiciosa busca por alienígenas acabou rápido, e astrobiólogos já pensam em uma ainda maior

Posted: 21 Jun 2019 11:15 AM PDT

Impressão artística de um exoplaneta que se parece com a Terra

O projeto Breakthrough Listen completou uma pesquisa abrangente de mais de 1.700 estrelas em busca de sinais de tecnologia alienígena. Infelizmente, nenhuma evidência de extraterrestres foi encontrada, mas o projeto de US$ 100 milhões deu um grande salto em termos de sua capacidade de continuar a busca.

Se no início não houve sucesso, o negócio é tentar novamente, mas com ferramentas melhores e técnicas mais refinadas.

Este é o sentimento entre os pesquisadores envolvidos no projeto Breakthrough Listen, uma iniciativa de 10 anos bancada pelo bilionário russo Yuri Milner e pelo falecido físico Stephen Hawking. Baseado no centro de pesquisa SETI da Universidade da Califórnia em Berkeley, o projeto tem como objetivo encontrar sinais de uma civilização extraterrestre. Os pesquisadores estão examinando o cosmos usando o GBT (radiotelescópio Green Bank) na Virgínia Ocidental (EUA) e no radiotelescópio Parkes na Austrália, entre outras ferramentas.

A equipe do Breakthrough Listen recentemente completou uma busca de 1.702 estrelas próximas, mas nenhuma evidência alienígena foi detectada durante o curso da pesquisa, que levou três anos. Parece até um resultado decepcionante, mas o projeto preparou o terreno para buscas mais ambiciosas e sofisticadas, que já estão em andamento. O trabalho também resultou em dois novos trabalhos de pesquisa, que devem ser publicados no Astrophysical Journal.

O empreendimento gerou um petabyte, ou um milhão de gigabytes, de dados ópticos e de radiotelescópicos que estão sendo disponibilizados ao público. Como um comunicado de imprensa do projeto Breakthrough apontou, esta é a maior divulgação de dados do SETI até o momento.

"Não estou tão desanimado", disse Andrew Siemion, coautor do estudo, quando perguntado sobre o resultado da última pesquisa. "Ver estes novos resultados submetidos para uma publicação é animador por si só", disse ele ao Gizmodo por e-mail. "Esses resultados também nos ajudarão a chegar em uma análise mais aprofundada, que colocará limites ainda mais rigorosos na distribuição de vida tecnologicamente capaz no universo e nos dará uma chance melhor de detectar algo se estiver por aí".

Da mesma forma, o principal pesquisador por trás do projeto Breakthrough Listen, Danny Price, disse que ele não ficou chateado com os resultados.

"Sabíamos que era incrivelmente desafiador e ainda estamos aprendendo mais sobre nossos dados, criando novos algoritmos — e utilizaremos mais telescópios no futuro", afirmou ele ao Gizmodo por e-mail.

Telescópio de 100 m Green BankTelescópio de 100 m Green Bank. Crédito: Green Bank Observatory

A última pesquisa envolveu uma amostra de 1.702 estrelas, nenhuma distante mais do que 169 anos-luz. A busca incluiu uma variedade maior de tipos de estrelas que o normal, incluindo estrelas que não são semelhantes ao nosso Sol.

Como demonstrado pelo novo projeto, no entanto, a pesquisa por inteligência extraterrestre (ou SETI na sigla em inglês), percorreu um longo caminho desde o seu início humilde nos anos 1960, quando o astrônomo Francis Drake começou a procurar a sério por alienígenas inteligentes. Na maior parte do tempo, a pesquisa concentrou-se na busca por vazamentos de comunicação de rádio, mas a grande nova ideia agora empregada pelos pesquisadores do SETI é a busca por assinaturas de tecnologia, ou seja, a evidência de tecnologias avançadas de aliens.

Isso pode incluir assinaturas produzidas por sistemas de comunicação, dispositivos de propulsão, projetos de engenharia de megaescala (como esferas de Dyson) e até resíduos industriais, entre muitas outras possibilidades. Assim, os pesquisadores do SETI estão aperfeiçoando seus métodos e tecnologias para sintonizar os comprimentos de onda aplicáveis.

Entendendo o Breakthrough Listen

O programa Breakthough Listen trabalha escaneando o espectro eletromagnético em busca de assinaturas, ou emissões, consistentes com o que achamos que sabemos sobre tecnologias alienígenas avançadas, mas que são, ao mesmo tempo, inconsistentes com os fenômenos naturais.

"Gostamos de fazer o menor número possível de suposições, por isso estamos pesquisando uma grande variedade de radiofrequências", disse Price, referindo-se à faixa de 1 a 10 GHz, "que é limitada principalmente pelos receptores dos telescópios".

Sua equipe está à procura por sinais que parecem artificiais — e não astrofísicos — dentro dessa faixa, enquanto também procura por transmissões a laser brilhantes com telescópios ópticos, como o telescópio de inversão automático do observatório Lick na Califórnia. Os pesquisadores estão usando também algoritmos de aprendizado de máquina para filtrar os dados. O SETI e a revolução do Big Data estão agora se cruzando em grande escala: a pesquisa recente rendeu 1 PB de dados, mas a equipe do Breakthrough Listen espera que o tamanho do arquivo aumente para 25 PB nos próximos anos.

De pseudociência a estudos científicos rigorosos

De fato, o que já foi considerado uma atividade marginal beirando a pseudociência está rapidamente se tornando uma disciplina científica rigorosa e respeitada, graças às contribuições de astrônomos, astrofísicos, astrobiólogos, cientistas da computação e especialistas em inteligência artificial e Big Data.

"Acho que devemos essa mudança a uma série de fatores — a certeza com a qual sabemos agora que os exoplanetas são extremamente comuns talvez seja a principal", disse Siemion ao Gizmodo. "Mas também é muito importante o modo como profissionais moderno demonstram que o SETI não precisa ser um campo carente de publicações e engajamento acadêmico. É possível publicar os resultados significativos do projeto em periódicos tradicionais, é possível obter um doutorado fazendo pesquisas SETI e, o mais importante, é possível incluir pesquisas da iniciativa em uma carreira científica produtiva".

Jill Tarter, presidente emérita da pesquisa no Instituto SETI, está "muito entusiasmada" sobre o novo trabalho. De 1994 a 2004, o instituto conduziu o Project Phoenix, no qual pesquisadores escanearam cerca de 800 estrelas numa faixa de 1 a 3 GHz em múltiplos observatórios.

"O Breakthrough Listen está fazendo o mesmo tipo de pesquisa, mas melhor", escreveu Tarter em um e-mail ao Gizmodo. "Eles criaram backends de processamento de sinal maravilhosos que podem registrar larguras de banda mais amplas e, assim, pesquisar mais rapidamente. Eles têm um novo software de análise e uma ferramenta de rede neural nascente para procurar tipos mais variados de sinais. Nesta década, eles poderão pesquisar muito mais espaço de parâmetros do que conseguimos com o Project Phoenix — este é um grande progresso. Mas ainda existe um vasto cosmo lá fora, e pode demorar um pouco até que o sucesso seja alcançado, supondo que haja sinais a serem encontrados."

"O que é novo aqui é eles estão liberando todos os seus dados, então qualquer um pode procurar para ver se eles perderam alguma coisa, além de poder acompanhar os melhores sinais candidatos — todos que foram classificados pela equipe como interferência de frequência de tecnologia feita por humanos — ou calcular exatamente como eram sensíveis a vários tipos de sinais", disse Jason Wright, astrônomo da Universidade Estadual da Pensilvânia, em um e-mail ao Gizmodo. "Isso em si é um grande desafio". Wright não estava envolvido no projeto, mas trabalhou no Breakthrough Listen no passado.

Hector Socas-Navarro, um astrônomo do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias, disse que o Breakthrough Listen é uma colaboração entre instituições acadêmicas e filantropia privada. Ele não "está particularmente otimista" sobre nossas chances de achar civilizações analisando emissões de rádio, mas ele acredita que esse esforço é "absolutamente necessário" porque as possíveis implicações são "enormes". Não temos ideia de quais são as chances de sucesso, mas temos "ao menos de tentar o nosso melhor", disse ele.

"Mas também porque, ao fazer essa pesquisa sistemática do céu em comprimentos de onda de rádio, também estamos aprendendo sobre o universo", disse Socas-Navarro ao Gizmodo por e-mail. "Isso leva a descobertas científicas muito valiosas. Avançados em instrumentação astronômica, inteligência artificial para análise de dados e sinais cósmicos como FRB (rajadas rápidas de rádio) foram impulsionados pelos esforços do SETI e, em particular, pelo Breakthrough Listen."

Radiotelescópio Meerkat na África do SulRadiotelescópio Meerkat na África do Sul. Crédito: SKA

Olhando para o futuro, os cientistas do Breakthrough Listen gostariam de sintonizar diferentes frequências e tentar aprimorar uma variedade maior de tipos de sinais. E claro, eles gostariam de segmentar mais estrelas.

A equipe trabalhará com a matriz de radiotelescópio Meerkat na África do Sul. Este instrumento permitirá que a equipe cubra a mesma faixa de frequência registrada nos novos documentos, mas com uma sensibilidade mais alta — e, crucialmente, envolverá a busca de mais de 1 milhão de estrelas próximas.

"Isto equivale a uma melhoria em três vezes em ordem de magnitude", disse Siemion.

The post Uma ambiciosa busca por alienígenas acabou rápido, e astrobiólogos já pensam em uma ainda maior appeared first on Gizmodo Brasil.

Tomada de três pinos: os argumentos de segurança e impacto econômico

Posted: 21 Jun 2019 09:46 AM PDT

Plug e tomada de três pinos utilizado no Brasil

A tomada de três pinos pode deixar de ser o padrão brasileiro se depender do governo Jair Bolsonaro. O secretário especial de Produtividade e Competitividade, Carlos Alexandre da Costa, lidera os esforços para acabar com o padrão definido pelo Inmetro em 2000, mas que só se tornou obrigatório em 2011.

Segundo Alexandre da Costa, a tomada de três pinos foi “rejeitada pela sociedade brasileira” e “afeta a segurança, a concorrência e a produtividade”.

Não é a opinião da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), que diz que um retorno ao padrão anterior traria mais custos à população e seria um "retrocesso" na prevenção de acidentes. A entidade representa os setores elétrico e eletrônico no Brasil.

Abinee quer manter o padrão

De acordo com um comunicado da Abinee, o motivo para a implantação do padrão brasileiro de três pinos foi eliminar riscos de choque elétrico com risco de morte, o funcionamento inseguro com aquecimento e risco de incêndio, e as perdas de energia devido a conexões inseguras.

O terceiro pino dá aterramento aos aparelhos que alimenta, levando a energia excedente para o solo e desmagnetizando o aparelho. É preciso, no entanto, que as tomadas da residência estejam adaptadas ao incluir o fio terra ao sistema elétrico – ou seja, a tomada precisa estar coligada a uma barra de cobre de 3 metros cravada na terra.

Nem todo equipamento tem tomada com três pinos. Refrigeradores, fogões, ferros de passar roupa, fornos de micro-ondas, TVs e computadores costumam ter esse padrão, enquanto que barbeadores, secadores e carregadores de celular possuem dupla isolação e contam com apenas dois pinos.

A organização diz que entre 2000 e 2010, antes da adoção do padrão, a média anual de acidentes fatais provocados por choques elétricos era de 1,5 mil ocorrências. Em 2018, a média é de 600 ocorrências anuais – representando uma queda de 150%. A Abinee destaca ainda que a construção de novos edifícios deve diminuir ainda mais os acidentes.

Eles dizem ainda que o próprio design da tomada de três pinos evita choque elétrico, prevenindo o toque acidental com o pino do plugue energizado ou o mau encaixe.

Inconsistência nos dados de segurança e potenciais prejuízos econômicos

No ano passado, a revista Época fez uma reportagem que apontou que, sete anos depois da adoção da tomada de três pinos, os brasileiros tinham gastado pelo menos R$ 1,4 bilhão para se adaptarem. Essa mesma reportagem contradiz a diminuição de ocorrências de choque elétrico apontada pela Abinee, com base nos números da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade).

O material da revista Época diz que os números oficiais de pessoas atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por choque cresceram continuamente nos últimos sete anos:

Em 2011, quando a tomada de três pinos se tornou obrigatória, houve 857 atendimentos por exposição a corrente elétrica registrados no SUS em todo o Brasil — boa parte em residências, habitações coletivas e escolas. Em 2017, o Ministério da Saúde registrou 1.307 atendimentos por choque elétrico em todo o Brasil, crescimento de mais de 50% em seis anos. O número de internações por choque também aumentou, saltando de 22 em 2012 para 102 no ano passado. Até janeiro deste ano [2018], houve 64 internações por choque elétrico pelo SUS no país. As mortes por choque elétrico em residências mantiveram-se num gráfico linear. Desde os anos 2000, há uma média de 1.300 por ano.

O Gizmodo Brasil consultou os dados do DataSUS e confirmou que os óbitos nos itens “exposição elétrica não-especificada” e “exposição a outra corrente elétrica especificada” (excluindo apenas linhas de transmissão) registra, anualmente, entre 1.100 e 1.300 mortes por ano. A diferença dos números do SUS e da Abracopel se dá pela metodologia, uma vez que Abracopel “utiliza a informação eletrônica como forma de descobrir os acidentes de origem elétrica que acontecem no Brasil”. Conforme o documento:

Assim como estatísticas de descargas atmosféricas usam sensores espalhado pelo país, os profissionais de mídia (jornalistas, blogueiros, entre outros) são nossa maior fonte de informação. Uma ferramenta criada pelo Google, conhecido como alerta de notícias, nos permite acompanhar qualquer notícia com palavras chaves específicas (enviadas para o nosso e-mail). Nossa equipe depura cada notícia, lendo e verificando sua veracidade uma a uma. A partir daí, as informações extraídas são segmentadas utilizando um documento de base de dados com os detalhes que a entidade considera importantes, como: data, estado, cidade, gênero, faixa etária, ocupação, tipo de acidente, fatal ou não, dentre outros.

O diretor técnico da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Guilherme Tolstoy, adotou um tom similar ao ser consultado pela revista Época em uma reportagem recente, dizendo que a possibilidade de alteração seria um “retrocesso” e que “seria caótico” fazer uma mudança.

"Quantas construções foram feitas no Brasil nos últimos oito anos com esse modelo de tomada? Todos os fabricantes de eletrodomésticos e produtos elétricos estão fabricando com o novo modelo de plugue", disse Tolstoy.

Fim dos três pinos?

A ideia de “se livrar” do padrão da tomada de três pinos circula entre diversas alas do governo de Bolsonaro. No dia 6 de abril, o assessor internacional do Planalto, Filipe Garcia Martins, tuitou após o presidente decretar o fim do horário de verão: “Temos que nos livrar da tomada de três pinos, das urnas eletrônicas inauditáveis e do acordo ortográfico”.

Era a primeira afirmação pública de um dos integrantes do governo. A ideia, já rondava em Brasília: no início do ano, Alexandre da Costa havia pedido à presidente do Inmetro, Ângela Flores Furtado, uma manifestação da autarquia sobre o assunto.

De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a análise de impacto regulatório foi desfavorável à ideia de mudança. Após apresentar o documento, Ângela teria “levado uma bronca” e posteriormente assinou uma nota técnica em que ratifica a segurança do padrão brasileiro, mas considera “tecnicamente viável a disponibilidade de outro padrão internacional de tomada”.

“Hoje existem no mundo 110 diferentes configurações de padrões adotados. Flexibilizar a adoção de outro padrão de tomada preferido pelo consumidor, de acordo com a melhor aderência aos plugues de seus equipamentos eletroeletrônicos, pode ser considerado”, disse Ângela, por meio da assessoria.

Aparentemente, a ideia do governo não é acabar de vez com a tomada de três pinos, mas torná-la não obrigatória – deixando o país sem padrão definido – ou definir um modelo híbrido, compatível com os dois anteriores e com outros modelos já existentes no exterior.

Alexandre da Costa diz que o modelo atual dificulta a entrada de equipamentos elétricos importados e aumenta os custos de adaptação. Ele diz ainda que apenas 20% das tomadas de dois pinos foram efetivamente trocadas até agora, mas não diz de onde vem esse número.

É fato que a mudança de padrão em 2011 surpreendeu muita gente. Apesar de a Abinee dizer que “a implementação do padrão é fruto de uma ampla discussão” e que a obrigatoriedade em 2011 veio após “um cronograma de implantação gradual”, muita gente ainda tem que comprar adaptadores ou preferem arrancar o terceiro pino.

A discussão, no entanto, deve levar um bom tempo. Para flexibilizar a tomada de três pinos, é necessário convocar uma reunião do Conmetro, conselho que reúne nove ministros e presidentes do Inmetro, ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor) e outras entidades.

Justamente pela complexidade, a equipe econômica do governo se preocupa que a convocação de nove ministros para endossar a mudança de padrão passe a imagem de que perde-se muito tempo com discussões pouco importantes.

[Abinee, Valor Econômico, Época (1) e (2)]

The post Tomada de três pinos: os argumentos de segurança e impacto econômico appeared first on Gizmodo Brasil.

Pesquisadores ‘perdem’ 17.000 carteiras em centenas de cidades para ver se as pessoas realmente as devolveriam

Posted: 21 Jun 2019 09:03 AM PDT

Muitas pessoas ao redor do mundo estão dispostas a devolver a carteira perdida de um estranho – especialmente se ela estiver cheia de dinheiro, de acordo com um estudo contraintuitivo.

O estudo, publicado na revista Science na quinta-feira (20), foi um experimento social meticuloso que levou três anos e mais de meio milhão de dólares para ser concluído.

Um grupo de 13 assistentes de pesquisa (11 homens e 2 mulheres) foram recrutados para uma viagem ao redor do mundo. Eles viajaram para 355 grandes cidades em 40 países. Em cada cidade, eles visitaram bancos, teatros, hotéis, delegacias de polícia e outros espaços públicos e entregaram uma "carteira perdida", que eles alegaram ter encontrado na rua, para um funcionário próximo.

A carteira cheia de dinheiro foi perdida em alguns países, contendo quase US$ 100. Foto: Christian Lukas Zünd (Science)

As carteiras eram todas transparentes e continham uma lista de compras escrita no idioma principal do país, uma chave e cartões de visita com um nome masculino e endereço de e-mail onde a pessoa que encontrou poderia presumivelmente contatar o dono. Algumas das carteiras também continham um modesto valor em dinheiro: cerca de US$ 13,45 na moeda do país. Em três países especificamente – Reino Unido, Polônia e Estados Unidos – algumas das carteiras tinham um valor em dinheiro maior que US$ 94,15, ou tinham os US$ 13,45, mas nenhuma chave. No total, a equipe “perdeu” 17.000 carteiras.

Calculando a média de todos os países juntos, houve um resultado claro, se contraintuitivo. Menos da metade (40%) das pessoas se deu ao trabalho de entrar em contato com o falso proprietário da carteira quando não havia dinheiro, mas uma pequena maioria (51%) procurou o dono quando viu o dinheiro. E para as carteiras com US$ 94,15 dentro, uma taxa impressionante de 72% das pessoas tentaram devolvê-las.

"Por que as pessoas estão mais propensas a devolver a carteira quando ela contém mais e não menos dinheiro? É natural pensar que é simplesmente porque as pessoas são altruístas e porque se preocupam com o dono da carteira", disse o autor do estudo Christian Lukas Zünd, economista da Universidade de Zurique, na Suíça, em uma coletiva de imprensa discutindo as descobertas desta semana. “Nossos resultados sugerem que é uma combinação de altruísmo e o que chamamos de aversão ao roubo, ou seja, aversão a se sentir como um ladrão”.

Reforçando sua teoria, a equipe descobriu que carteiras sem chave, mas contendo dinheiro, eram relatadas com menos frequência do que carteiras com dinheiro e chave. A chave – provavelmente mais significativa para o dono – pode ter motivado mais pessoas a agir mais altruisticamente. Os pesquisadores também realizaram outro experimento e pediram a um grupo de voluntários que imaginasse como reagiriam se ficassem com uma carteira perdida. No geral, os voluntários disseram que sentiriam mais como se estivessem roubando se as carteiras tivessem dinheiro, e quanto mais dinheiro a carteira continha, mais as pessoas se sentiriam como ladrões por mantê-la.

A equipe também tentou descartar o maior número de explicações possíveis. A lista de fatores que aparentemente não influenciaram a disposição das pessoas em devolver a carteira incluiu a presença de uma câmera de segurança ou outros espectadores onde a carteira foi devolvida; se as leis do país puniam as pessoas por manterem propriedade perdida; a idade do indivíduo que pegou a carteira perdida e se eram provavelmente residentes locais; e a identidade do assistente de pesquisa que entregou a carteira.

Os pontos amarelos representam a taxa de cada país de carteiras devolvidas sem dinheiro, enquanto os pontos vermelhos representam a taxa de carteiras devolvidas contendo o equivalente a US$ 13,45. Ilustração: Cohn, et al (Science)

Houve, no entanto, diferenças entre os próprios países. A maioria das pessoas que vivem na Suíça, Noruega e Holanda relatou a carteira perdida, independentemente de ter dinheiro ou não. Por outro lado, uma minoria de pessoas na China, Malásia e Peru retornou as carteiras em qualquer condição, embora a taxa de retorno tenha aumentado quando o dinheiro estava envolvido. O México e o Peru foram os únicos dois países onde as pessoas eram menos propensas a devolver uma carteira com dinheiro do que a que não possuía. Os autores não têm nenhum senso claro de por que esses países podem ser diferentes.

Os EUA, enquanto isso, se mostraram medianos em sua generosidade, ficando em 21º lugar em honestidade no geral. Mais uma vez, para as carteiras com quase cem dólares, a taxa de retorno entre os americanos aumentou substancialmente.

Quanto ao motivo pelo qual essas diferenças existem, os autores especulam que nossa ânsia de devolver uma carteira perdida poderia muito bem refletir a cultura local em torno da moralidade e responsabilidade cívica para com os outros.

Países com uma forte rede de segurança social, menos desigualdade econômica e alta participação na política, como os países nórdicos, poderiam incentivar um foco maior na necessidade de ajudar qualquer pessoa, seja ela estranha ou não. Outros países podem, em vez disso, celebrar uma cultura de laços fortes com familiares ou amigos íntimos, que muitas vezes está ligada a níveis mais altos de religiosidade, ou ter um governo com maior corrupção e envolvimento menos democrático por parte dos cidadãos. E com certeza, no estudo, foram os países com as primeiras características que apresentaram as taxas mais altas de carteiras devolvidas.

Ainda assim, os autores alertaram, estas são apenas correlações. Mas se nossa propensão a devolver uma carteira perdida realmente indica o quão altruístas e morais podemos ser com estranhos, então talvez não sejamos uma espécie tão terrível quanto pensamos que somos. No mínimo, podemos estar subestimando nossa disposição coletiva de fazer o que é certo.

Em outros dois experimentos realizados pela equipe, eles estudaram uma amostra online de norte-americanos (299 voluntários no total), bem como economistas do país (279 no total), pedindo-lhes para prever o quão frequentemente as pessoas devolveriam uma carteira sem nenhum dinheiro, com US$ 13,45 ou com US$ 94,15. Ambos os grupos previram erroneamente que mais pessoas manteriam as carteiras se recebessem dinheiro, embora os economistas fossem um pouco mais precisos em suas previsões.

O principal objetivo das experiências era estudar e estabelecer um método para medir a honestidade cívica, disseram os autores. Mas o fato de pessoas comuns e até mesmo especialistas apresentarem previsões cínicas divergentes do resultado do estudo poderia ter implicações mais amplas. Se não somos tão insensíveis como supomos ser, por exemplo, talvez haja maneiras de aumentar ainda mais nosso senso de altruísmo social.

The post Pesquisadores ‘perdem’ 17.000 carteiras em centenas de cidades para ver se as pessoas realmente as devolveriam appeared first on Gizmodo Brasil.

IA consegue descobrir receita de pizza com base em uma foto

Posted: 21 Jun 2019 07:21 AM PDT

Homem carrega bandeja com quatro pizzas

As "redes adversárias generativas", ou GANs, na sigla em inglês, podem fazer muitas coisas — basicamente é o tipo de aprendizado de máquina utilizado para gerar rostos realistas de inteligência artificial e deepfakes. Mas os pesquisadores do MIT estão utilizando a GAN para gerar uma rede neural capaz de ensinar computadores como fazer pizza.

O estudo é intitulado “How to make a pizza: Learning a compositional layer-based GAN model” (Como fazer uma pizza: aprendendo um modelo GAN com base em camadas composicionais, em tradução livre), e foi encontrado pelo pessoal do ZDNet no arxiv.org.

O chamado “Projeto PizzaGAN” é uma tentativa de “ensinar uma máquina como fazer uma pizza ao construir um modo generativo que espelhe esse procedimento passo a passo”. Em português claro, pelo fato de as pizzas ser compostas por camadas, os pesquisadores decidiram ensinar as máquinas a reconhecerem os diferentes passos de se fazer uma pizza ao dissecar imagens da comida e identificar cada ingrediente.

Então, uma pizza lisa tem uma aparência. Ao adicionar recheios e ingredientes, a aparência geral seria outra. Ao identificar as mudanças visuais, teoricamente, a rede neural poderia fazer uma engenharia reversa para entender corretamente a sequência de passos.

Os pesquisadores primeiro criaram um conjunto de dados sintéticos de cerca de 5.500 imagens de pizza em clipart. O próximo passo envolveu varrer a hashtag #pizza no Instagram por fotos de pizza do mundo real. Depois de filtrar imagens “indesejadas”, os pesquisadores ficaram com 9.213 fotos de pizza.

O código do PizzaGAN então faz duas coisas. Primeiro, ele treina a máquina sobre como adicionar ou remover ingredientes individuais, como pepperoni, e então criar uma imagem sintética. Outro modelo então detecta os recheios que aparecem e prevê a ordem em que eles aparecem no processo de preparo ao calcular a profundidade.

Então, se você tem uma foto de uma pizza com cogumelo, pepperoni e azeitonas, o PizzaGAN poderia conseguir identificar os três recheios e visualizar que os cogumelos estavam em cima — e, portanto, deduzir que o ingrediente foi adicionado por último. (Você pode brincar de remover e adicionar ingredientes, bem como preparar e despreparar a pizza no site do projeto).

O PizzaGAN funciona primeiro ao identificar os ingredientes, depois prevendo a profundidade das camadas para fazer uma engenharia reversa sobre o modo de preparo. Imagem: MIT

Os resultados foram bem precisos. Embora, no artigo, os pesquisadores do MIT notaram que eles tiveram resultados melhores a partir do conjunto de dados sintéticos. No geral, eles descobriram que os experimentos mostraram que o PizzaGAN poderia detectar e segmentar os recheios da pizza, supor o que deveria estar por baixo e inferir a ordem com uma supervisão mínima.

No longo prazo, alguém poderia imagem uma rede neural capaz de escanear uma foto e separá-la em uma receita bem precisa baseada nos ingredientes, como ela foi preparada — até mesmo com temperos que mal aparecem na imagem. No estágio atual, os pesquisadores estão mostrando principalmente a habilidade da inteligência artificial de diferenciar itens em uma pilha confusa de ingredientes.

Os pesquisadores concluíram ainda que esse mesmo método do PizzaGAN pode ser aplicado para outras comidas de “camadas” como hambúrgueres, sanduíches e saladas. Em um contexto não alimentar, os pesquisadores apontaram que a ideia poderia ser aplicada em áreas como moda em assistentes digitais de compras. Pense numa versão moderna do smart closet de As Patricinhas de Beverly Hills que Cher usa para escolher o que vai vestir. Estou esperando isso acontecer, inclusive.

[ZDNet]

The post IA consegue descobrir receita de pizza com base em uma foto appeared first on Gizmodo Brasil.

Não, usar um celular não vai fazer crescer um chifre na sua cabeça

Posted: 21 Jun 2019 06:09 AM PDT

Você pode ter lido recentemente em sites como o Washington Post , NBC e, é claro, a Newsweek , que algumas pessoas estão desenvolvendo um “chifre” ou “espinho” na parte de trás do crânio de tanto usar o celular.

Se você estava empolgado em ganhar uma protuberância futurista, lamento desapontá-lo, mas a ciência por trás disso não é muito consistente.

Estudos dos pesquisadores australianos David Shahar e Mark Sayers, da University of the Sunshine Coast, espalharam-se pela mídia australiana, com manchetes como “As gerações mais jovens estão desenvolvendo chifres na cabeça”. Esses artigos já foram citados por jornalistas de todo o mundo. Os pesquisadores estudaram projeções ósseas anormalmente grandes que parecem crescer a partir da base do crânio de algumas pessoas. A cobertura de notícias resultante afirma que o aumento do tempo que se passa em frente às telas causou mais desse fenômeno em pessoas mais jovens.

Mas esses estudos não provam, de fato, uma ligação entre o uso de celulares e o tamanho desses "chifres". Um dos documentos frequentemente citados diz no abstrato: "Nossa hipótese é que a EEOP [protuberância occipital externa ampliada, sigla em inglês] pode estar ligada a posturas aberrantes irregulares associadas ao surgimento e uso extensivo de tecnologias contemporâneas que requerem o uso das mãos, como smartphones e tablets". É uma hipótese. Não é uma hipótese comprovada. A maioria das pessoas que compartilharam o artigo provavelmente ficaram surpresas por termos um pedaço de osso em nossa cabeça, quanto mais que algumas pessoas têm uma versão ampliada disso.

O que os estudo realmente dize? Bem, um deles demonstrou que essas projeções parecem maiores para certas amostras de pessoas mais jovens (como de 18 a 30 anos). Outro estudo revelou apenas quatro adolescentes com tais crescimentos do osso, observando que "influências mecânicas", como o estresse nas articulações, "são uma causa potencial para esse fenômeno nesta amostra". O terceiro comparou o tamanho do "chifre" para estudar a idade dos participantes, sexo, e quão pra frente sua cabeça era projetada comparada à espinha.

Para esse terceiro estudo, os pesquisadores analisaram os números e relataram que muitos (35% a 40%) dos jovens que eles estudaram pareciam ter crescimentos ósseos maiores na parte de trás da cabeça, e que os meninos tendiam a ter protuberâncias maiores, embora os gráficos apresentados no estudo não pareçam realmente sustentar essa segunda conclusão, como aponta o antropólogo John Hawks, da Universidade de Wisconsin-Madison, em um blog post. Mas, talvez o mais importante, eles não realizaram testes comparando aqueles que usaram smartphones a um grupo de controle que não utilizou ou que usaram menos os smartphones. Isso significa que você não pode culpar os celulares pelos crescimentos ósseos.

Existem outros problemas potenciais também. O New York Times apontou que os dados vieram de pessoas que já estavam com dor suficiente para visitar um quiroprático, de acordo com esse documento – outra possível razão pela qual tantas pessoas apresentaram a anomalia.

Mesmo que os estudos encontrassem algum tipo de correlação entre os celulares e esses crescimentos ósseos anormalmente grandes, outros ainda precisariam replicar o trabalho antes que pudéssemos confiar totalmente nas conclusões.

Claro, é uma hipótese interessante, e se a má postura está levando a um crescimento ósseo anormal, isso é ruim – e, sim, já sabemos que há consequências físicas em ficar em frente a telas o dia todo, como dor no pescoço e nos ombros. Mas se vamos entrar em pânico com o crescimento ósseo em nossos crânios induzido por smartphones, devemos nos basear em estudos que realmente se dedicam a provar essa hipótese.

The post Não, usar um celular não vai fazer crescer um chifre na sua cabeça appeared first on Gizmodo Brasil.

YouTube é investigado após acusações de violação da privacidade de crianças

Posted: 21 Jun 2019 05:19 AM PDT

A falha permanente do YouTube em garantir que seu produto não explore crianças motivou a Federal Trade Commission (FTC), Comissão Federal de Comércio dos EUA, a investigar a empresa.

De acordo com uma publicação do Washington Post na quarta-feira (19), a investigação da FTC sobre como o YouTube lida com as informações pessoais de seus usuários mais jovens está em seus estágios finais e foi desencadeada por reclamações de grupos de saúde e privacidade infantil. O YouTube se recusou a comentar sobre a investigação. Uma fonte disse ao Washington Post que o caso pode resultar em um acordo e multa.

Os executivos do YouTube também estão discutindo internamente como a empresa pode remediar seus problemas em relação aos vídeos de crianças. Além das acusações de que a empresa viola as leis de privacidade ao coletar uma grande quantidade de dados sobre esses jovens sem o consentimento dos pais, o YouTube também tem sido criticado por sugerir alguns vídeos bem horríveis para as crianças. Sem mencionar os erros absurdos de como seus algoritmos foram manipulados por pedófilos.

Como o Wall Street Journal noticiou na quarta-feira (19), esses são provavelmente um dos principais motivos de a empresa considerar tirar todos os vídeos de crianças do seu serviço principal e migrá-los para seu aplicativo YouTube Kids, bem como desativar o sistema de vídeos sugeridos que reproduz automaticamente o próximo conteúdo de uma lista gerada por algoritmos. Embora uma pessoa familiarizada com esses planos tenha dito que é improvável que os executivos adotem a ideia de remover completamente todos os vídeos infantis do YouTube, dada a enorme quantidade de conteúdo publicado na plataforma, informou o Washington Post.

“Uma investigação da FTC sobre o tratamento de crianças online pelo YouTube está muito atrasada”, disse o senador Ed Markey em comunicado ao Gizmodo. "Não é nenhum segredo que as crianças acessam o YouTube todos os dias, mas a empresa ainda precisa tomar as medidas necessárias para proteger seus usuários mais jovens. Tenho o prazer de ver relatos de que a FTC está trabalhando para responsabilizar o YouTube por suas ações.

"Mas precisamos fazer muito mais para garantir que nossas crianças estejam protegidas de perigos online conhecidos e desconhecidos. Nas próximas semanas, apresentarei uma legislação que combaterá os recursos de design online que coagem as crianças e criam maus hábitos, comercialização e marketing que manipulam as crianças e as direcionam à cultura do consumismo e à ampliação de conteúdo inadequado e nocivo na internet. É hora de os adultos interferirem e garantirem que os lucros corporativos não virão mais antes da privacidade das crianças".

The post YouTube é investigado após acusações de violação da privacidade de crianças appeared first on Gizmodo Brasil.

Apple lança recall de MacBooks Pro por apresentarem ameaça de incêndio

Posted: 21 Jun 2019 04:05 AM PDT

Fotógrafos capturando imagens de MacBooks Pro

Com baterias superaquecidas que podem "oferecer um risco de incêndio", a Apple lançou um programa de troca nesta quinta-feira (20) para os MacBooks Pro de 15 polegadas de 2015 com tela Retina.

"Se seu MacBook Pro for elegível, por favor pare de usá-lo e siga as instruções para ter a bateria do seu computador substituída", escreveu a empresa.

Para saber se sua máquina foi impactada, você pode entrar no site da Apple e checar o serial number do seu MacBook Pro. Os laptops afetados foram vendidos entre setembro de 2015 e fevereiro de 2017, no entanto dado o grande mercado de produtos usados da Apple, pode valer a pena acessar o site da empresa para checar se a data de compra original do seu computador compreende este período ou não.

O processo de substituição não é dos mais simples. Se a sua máquina for um MacBook Pro 2015 com tela Retina, ela será enviada para um Apple Repair Center, onde será examinada e corrigida em um processo que pode levar duas semanas. Isso pode ser um longo tempo para profissionais que usam suas máquinas para trabalhar. Mesmo assim, o tempo de espera de duas semanas é 10 mil vezes melhor isso do que ter um incêndio na sua casa.

No mês passado, um dono de um MacBook Pro com tela Retina de 2015 disse que seu computador "explodiu durante um uso normal":

Estava no meu colo e conectado à tomada. Então, do nada, começou a soltar fumaça pelos dois lados. Rapidamente coloquei-o no chão, a fumaça aumentou e ele pegou fogo. Uma fumaça com cheiro tóxico encheu minha casa, ativando os alarmos de fumaça. Ninguém ficou ferido. A situação poderia ter sido muito pior — imagine se eu estivesse em um avião.

Este é o segundo recall de produto este ano da Apple. Em abril, a empresa lançou um programa para troca de adaptadores de tomadas internacionais, porque "adaptadores de plugue podem quebrar e criar um risco de choque elétrico se forem tocados".

The post Apple lança recall de MacBooks Pro por apresentarem ameaça de incêndio appeared first on Gizmodo Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário