sexta-feira, 28 de junho de 2019

Gizmodo Brasil

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Mercado Livre agora tem cartão de crédito sem anuidade e com cashback

Posted: 27 Jun 2019 03:13 PM PDT

Parece que a nova onda das empresas agora é lançar um cartão próprio. Após a Rappi anunciar no início desta semana sua parceria com a Visa para criar um cartão pré-pago, agora é a vez do Mercado Livre se aliar ao Itaú Unibanco e à Visa (também) para entrar na competição. De fato, a empresa já havia anunciado que planejava lançar um cartão de crédito este ano, indicando seus planos de ampliar seu leque de produtos financeiros.

Assim como a maioria das novas soluções financeiras, um dos benefícios divulgados pela empresa de e-commerce é que seu cartão de crédito não tem anuidade. O diferencial, nesse caso, é que ele também oferece cashback. Ou seja, os clientes poderão receber de volta, como crédito na fatura, até 10% do valor das compras acima de R$ 100. As restrições para esse benefício são que as compras devem ser realizadas nas lojas oficiais do Mercado Livre e que o cashback é limitado a R$ 50 por transação.

Podendo ser utilizado em lojas online e físicas, o cartão Mercado Livre conta com tecnologia NFC, que permite o pagamento por aproximação. Além do cashback, outra estratégia de incentivo adotada pela empresa é o programa Mercado Pontos. Ao solicitar o cartão físico, o cliente acumula 10 pontos; na primeira compra realizada no site, são 20 pontos; e a cada R$ 1 mil gastos no Mercado Livre, são 50 pontos.

A parceria com o Itaú Unibanco oferece aos clientes do novo cartão o mesmo benefício da Itaucard: 50% de desconto em cinemas e teatros parceiros. Já a Visa (Gold) traz vantagens como seguro, serviços e assistências para viagens, além de garantia estendida.

Por meio de um aplicativo dedicado à novidade, o Mercado Livre tenta facilitar o uso do seu novo produto. A ferramenta permite a geração de cartões virtuais para compras únicas e pagamentos recorrentes para que o cliente não precise desbloquear ou estar com o cartão físico. Também é possível realizar o desbloqueio e bloqueio temporário, além de consultar os gastos.

Apesar da tentativa de facilitar o uso pelo app, obter o cartão, em primeiro lugar, não é assim tão simples. O Mercado Livre afirma que, inicialmente, apenas clientes pré-aprovados receberão um convite por e-mail, no qual constará um link para requisitar o cartão. Já aqueles que não forem convidados poderão solicitar o cartão pelo site da empresa e aguardar até que o pedido seja analisado a partir de julho.

O Mercado Livre já havia recebido autorização do Banco Central para se transformar em uma instituição de pagamentos. A partir de então, a empresa começou a investir cada vez mais nesse setor, criando sua própria maquininha de cartão para lojistas e uma solução de pagamento em lojas físicas por meio de QR Code. Em dezembro, a companhia sinalizou seu interesse no consumidor final ao lançar uma conta com rendimento automático de 5,2% ao ano.

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Dezenas de motoristas seguem o Google Maps e acabam atolados na lama em Denver, nos EUA

Posted: 27 Jun 2019 02:36 PM PDT

Quase uma centena de motoristas americanos esta semana seguiram instruções ruins de direção e acabaram atolados em um campo vazio.

Um acidente na Peña Boulevard atrapalhou o acesso ao Aeroporto Internacional de Denver no domingo. Por isso, o Google Maps sugeriu um desvio para muitos dos motoristas que tentavam chegar para voar ou pegar passageiros no desembarque.

“Pensei: ‘Talvez haja um desvio’ e o coloquei no Google Maps, e isso me deu um caminho com metade do tempo original”, disse Connie Monsees à CNN. “Eram 43 minutos inicialmente, e seriam 23 em vez disso — então eu peguei a saída e dirigi para onde eles me disseram.”

Mas esse desvio a levou a uma estrada de terra perto do limite entre Denver e Aurora. Ela não ficou imediatamente preocupada graças à psicologia das multidões.

"Meu pensamento era: ‘Bem, todos esses outros carros estão na minha frente, então deve estar tudo bem’, disse Monsees à afiliada da ABC News em Denver.

Então a estrada de terra acabou em uma área enlameada, ainda encharcada por causa da chuva dos dias anteriores na região.

“Foi quando eu pensei ‘ops, essa foi uma decisão ruim'”, disse ela à ABC. Segundo o canal de TV, cerca de 100 carros fizeram o desvio e acabaram no campo lamacento e vazio. Os dois carros da frente da fila ficaram atolados na lama. A estrada era apertada e só permitia a passagem de um carro de cada vez, então todos os outros carros ficaram presos atrás dos líderes do grupo.

Captura de tela: The Denver Channel

"A pergunta, para começar, é: por que o Google nos enviou lá? Não tinha nem como sair daquilo", disse Monsees à ABC, que informa que a estrada é de propriedade privada. A ABC encontrou um sinal de "estrada fechada" próximo à pista, mas não conseguiu confirmar com autoridades de Denver ou Aurora se ela estava de fato fechada ao tráfego.

O Google disse ao Gizmodo que a estrada não estava listada como privada e que os usuários podem relatar o fechamento de ruas no Maps. “Levamos muitos fatores em consideração ao determinar rotas de direção, incluindo o tamanho da estrada e o quão direto é o caminho”, disse o Google ao Gizmodo, em um comunicado. "Embora trabalhemos sempre para fornecer as melhores direções, podem surgir problemas devido a circunstâncias imprevistas, como condições meteorológicas que afetam a qualidade das estradas. Encorajamos todos os motoristas a seguir as leis locais, se manter atentos e usar o bom senso ao dirigir.

O Hyundai Santa Fe de Monsees tem tração nas quatro rodas e conseguiu escapar. Ela disse à ABC News que até deu carona para algumas pessoas até o aeroporto, sendo uma delas passageira de um Uber que ficou preso na lama.

Esse não é o primeiro caso de um aplicativo de mapas dando direções erradas para usuários. Em 2017, o Waze mandou motoristas pegarem a Avenida 23 de Maio, que estava travada no momento.

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Camada que protege o gelo marinho mais antigo do Ártico desaparece meses antes do previsto

Posted: 27 Jun 2019 01:14 PM PDT

Todo verão, quando o Ártico se aquece, estradas sazonais se abrem no oceano, permitindo que o gelo marinho migre para o sul e derreta. Agora, os dados de satélite revelaram que a porta de entrada para uma via importante — o Estreito de Nares, que divide o noroeste da Groenlândia e a Ilha Ellesmere do Canadá — se desfez meses antes do previsto. E isso poderia significar ainda mais problemas para o mais antigo e mais criticamente ameaçado gelo marinho do Ártico.

Normalmente, a Baía de Baffin, ao sul do Estreito de Nares, permanece fechada ao gelo marítimo do norte até junho, julho ou até mesmo agosto, graças à presença de uma camada de gelo que se forma na foz do norte entre novembro e janeiro, assumindo uma forma de arco espetacular. Este ano, no entanto, o arco do estreito de Nares começou a se desintegrar em março. Kent Moore, um pesquisador do gelo marinho da Universidade de Toronto, descreveu seu colapso como “muito rápido”, com o arco tendo desaparecido em apenas alguns dias.

Embora ainda não esteja claro o que exatamente motivou a abertura dessa comporta, não é a primeira vez que isso acontece. Um rompimento prematuro semelhante ocorreu em maio de 2017, e a pesquisa de Moore identificou esse fenômeno em uma série de ventos de primavera atipicamente fortes. Baseado no padrão de nuvens em imagens de satélite tiradas em 19 de março, poucos dias antes do rompimento deste ano, Moore suspeita que ventos podem ter novamente desempenhado um papel-chave, uma ideia que ele continua investigando.

É provável que as mudanças climáticas também estejam influenciando esse fenômeno. O Ártico está aquecendo duas vezes mais rápido que o resto do planeta, e o gelo marinho está diminuindo em todos os lugares. Mark Serreze, diretor do National Snow and Ice Data Center, disse ao Gizmodo que, embora não seja possível tirar muitas conclusões com base na análise de um único ano, "quando você pega um bloco de gelo mais fino, ele é um bloco de gelo mais fraco e vai ser quebrado mais facilmente".

O arco pode simplesmente não ser tão forte quanto antes, o que poderia ajudar a explicar por que ele também teve rupturas prematuras em 2008 e 2010, e por que ele não se formou, em 2007, como apontado pelo NASA Earth Observatory. “O fato de que estamos vendo vários desses rompimentos prematuros na última década, é consistente com o aquecimento global do Ártico”, disse Serreze.


Esta animação mostra o gelo que flui através do Estreito de Nares de 19 de abril a 11 de maio. GIF: Worldview da NASA (Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo )

O rompimento prematuro dessa conjuntura pode significar más notícias para o antigo gelo marinho do Ártico, que sobrevive ao derretimento do verão para durar vários anos e que já está em estado severamente reduzido.

Serreze explicou que, embora um caminho diferente — o Estreito de Fram entre o leste da Groenlândia e Svalbard — seja quem “comanda” em termos do volume total de gelo que sai do Ártico, o gelo espesso e de vários anos tende a se acumular ao longo do litoral do Arquipélago Ártico Canadense e do norte da Groenlândia. É mais provável que o gelo escape para o sul através do Estreito de Nares. Então, quando sua entrada abre meses antes, há muito mais oportunidades para o gelo antigo migrar para o sul e derreter.

A perda desse gelo é um problema apenas para os ursos polares que dependem dele como habitat, mas para o Ártico como um todo, que depende de seu gelo marinho no verão para refletir a luz do sol e mantê-lo frio.

A área do alto Ártico canadense ao redor do Estreito de Nares é onde os modelos climáticos projetam que o gelo mais antigo e de vários anos durará mais tempo. Isso levou os grupos conservacionistas, como o World Wildlife Fund, a pressionarem por maiores proteções ecológicas no país, apelidado de "Last Ice Area". Moore apoia essas proteções — mas, ao mesmo tempo, se preocupa com o que aberturas cada vez mais precoces do Estreito de Nares significarão para a região como um todo.

"[The Last Ice Area] pode não persistir por tanto tempo como as pessoas imaginam se esse for um novo modo de perda de gelo", disse ele.

[NASA Earth Observatory]

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Microsoft, Nintendo e Sony dizem que tarifas de Trump farão preço de consoles nos EUA subir

Posted: 27 Jun 2019 11:31 AM PDT

Xbox One

Nintendo, Microsoft e Sony enviaram uma carta ao governo dos EUA. O documento, assinado pelas três empresas, argumenta que as tarifas impostas a importações da China pelo presidente Donald Trump aumentarão os custos da produção de videogames, e que os americanos podem acabar pagando US$ 840 milhões a mais por causa da medida.

Segundo a carta das empresas, tirar parte da cadeia de produção da China para passá-la para os EUA ou para um terceiro país aumentará os custos em um valor acima das próprias tarifas de importação. As companhias também argumentam que seus consoles já são fabricados com margens pequenas de lucro.

“As tarifas provocariam uma ruptura significativa nos negócios de nossas empresas e acrescentariam custos significativos, que reduziriam as vendas de consoles de videogame e os jogos e serviços que impulsionam a lucratividade desse segmento de mercado”, diz a carta. Segundo as companhias, 96% dos videogames vendidos nos EUA no ano passado foram montados na China.

O aumento de 25% nos preços dos videogames faria com que muitas famílias não pudessem comprá-los no período de Natal. Isso também representaria um custo total de US$ 840 milhões a mais para os consumidores americanos.

Como nota a Vice, este é o mais recente movimento de setores contra as tarifas impostas à China pelo governo de Donald Trump, e especialistas já alertaram que os preços de muitos produtos, de termostatos inteligentes a peças de computador, deve subir por causa das taxas ou dos custos de realocação da produção para outros países, como Taiwan.

Você pode ler a carta de sete páginas na íntegra neste link.

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Google libera opções para deletar automaticamente históricos de localização, da web e de apps

Posted: 27 Jun 2019 09:42 AM PDT

O Google começou a disponibilizar algumas funcionalidades anunciadas em maio, que permitirão que usuários definam um tempo limite para que o Google delete automaticamente o histórico de localização. Até agora, a companhia armazenava esse dado para sempre. Outras funcionalidades farão o mesmo com os históricos da web e de aplicativos aparentemente foram lançados.

Para ativar essa função, vá até a página de Controle de Atividade de sua conta do Google e clique em “Gerenciar Histórico” sob as seções “Atividade na Web e de apps” e “Histórico de localização”. Ali, você encontrará uma opção “Selecionar para excluir automaticamente”, onde o Google listou duas opções para a limpeza dos dados: uma vez a cada três meses ou uma vez a cada 18 meses.

Essa opção depende da ação do usuário e não está atividade por padrão – afinal, o Google opera seus negócios com base na coleta dessa tipo de informação. Porém, pelo menos isso é melhor do que quando os usuários precisavam fazer isso manualmente.


Tradução: Controles de limpeza automática do Histórico de Localização começa a ser liberado hoje para Android e iOS, tornando ainda mais fácil para você gerenciar seus dados.

Note que essa página é a mesma na qual os usuários podem deletar manualmente seus dados ou desligar completamente a coleta dessas informações por parte do Google – embora isso fará com que você perca a duvidosa utilidade de visualizar por onde você esteve, recomendações de locais ou “experiências personalizadas” na busca.

De acordo com o TechCrunch, o Google disse que os controles de localização começaram a ser liberados para os usuários do iOS e Android na quarta-feira (23).

No entanto, o Verge apontou que ambas as funcionalidades serão disponibilizadas ao longo “das próximas semanas, globalmente” – ou seja, pode ser que demore algum tempo até que você veja essas opções.

Por aqui, consegui definir apenas a opção do histórico da web e de aplicativos.

De qualquer maneira, se por alguma razão você não está disposto a desativar a coleta de dados do Google por completo, pedir para que os dados sejam excluídos após três meses provavelmente não é uma má ideia.

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O YouTube finalmente agora permite que você tenha mais controle sobre os vídeos recomendados por algoritmos

Posted: 27 Jun 2019 08:46 AM PDT

O algoritmo de recomendação do YouTube não possui o melhor histórico. Ele já foi flagrado misturando vídeos impróprios com personagens populares de entretenimento infantil, sugerindo vídeos de crianças para pedófilos e até radicalizando os jovens em direção à política extremista. Diante desse cenário, a plataforma de vídeo anunciou que vai começar a dar aos usuários maior controle sobre o conteúdo que aparece em sua página inicial e os vídeos da categoria Próximo.


GIF: YouTube

Na terça-feira (25), o YouTube anunciou três alterações que planeja implementar nos próximos dias. Em primeiro lugar, os usuários poderão explorar tópicos e vídeos relacionados na página inicial e quando navegarem nos próximos vídeos. Então, se você gosta de ASMR (sons relaxantes e repetitivos que causam uma sensação de prazer), você encontrará uma sugestão de tópico para vídeos ASMR. Se você é um aspirante a padeiro, você pode encontrar um tópico de "panificação". Se você é um nazista, bem, teremos que esperar para ver o que acontece. O YouTube diz que as opções são baseadas em sugestões personalizadas existentes, mas também podem estar relacionadas a um vídeo que você está assistindo no momento ou a vídeos semelhantes publicados por esse canal.

A segunda alteração é a possibilidade de remover sugestões de canais que você não tem interesse em assistir clicando no menu com símbolo de reticências e selecionando “Não recomendar canal“. A mais interessante é a terceira alteração. Os vídeos sugeridos agora apresentam uma pequena caixa abaixo deles, explicando por que este vídeo, em particular, está sendo sugerido para você.

Todas essas mudanças são bem-vindas, apesar de tardias. O algoritmo do YouTube tem sido acusado por seu papel não tão importante na radicalização de jovens, colocando-os na toca de coelho do extremismo. Por exemplo, se uma criança assiste a um vídeo inocente do canal Let’s Play, a plataforma pode então recomendar um influenciador extremista, porque outras pessoas que assistiram a streams de jogos clicaram nele.

Em um exemplo particularmente perturbador, o algoritmo do YouTube encorajou pedófilos a assistir vídeos de crianças e tem sido revelado que os pedófilos foram utilizando a seção de comentários do YouTube para organizar as suas atividades. Esses problemas óbvios continuam, assim como o conteúdo mais inescrutável e perturbado que o YouTube regularmente oferece às crianças. Pelo menos, dando aos usuários mais controle e aumentando seu nível de transparência sobre como o sistema funciona, o YouTube passa a considerar o que você ou outras pessoas usando sua conta querem ver.

Dito isso, o lançamento desses recursos será gradual e um tanto esporádico. Os tópicos de exploração estarão disponíveis apenas para usuários conectados em inglês no aplicativo do YouTube para Android. O recurso de remoção de canal, no entanto, está disponível globalmente no Android e no iOS desde quarta-feira (26). Enquanto isso, apenas os usuários do iOS poderão descobrir por que os vídeos estão sendo sugeridos para eles desde ontem. O YouTube diz que todos os recursos chegarão a todas as plataformas – iOS, Android e desktop – em breve, mas não informaram uma data exata.

Em última análise, este é um pequeno passo na direção certa, embora demore um pouco para vermos se isso tem algum impacto na solução do problema de radicalização do YouTube. Mas vendo pelo lado positivo, pelo menos agora você não será assombrado por vídeos extremistas se você assistir a um apenas por curiosidade mórbida.

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Dividir o Facebook não vai corrigir os problemas reais, diz o imparcial fundador da rede

Posted: 27 Jun 2019 07:24 AM PDT

Mark Zuckerberg durante o Aspen Ideas Festival

O governo dos EUA não deveria dividir o Facebook, pois isso não corrigiria os problemas reais que as pessoas enfrentam na era das mídias sociais, segundo Mark Zuckerberg, CEO e fundador do Facebook, um homem que atualmente vale US$ 71,5 bilhões, justamente pelo fato de sua rede social ser tão grande.

Zuckerberg participou do Aspen Ideas Festival nesta quarta-feira (26) para uma entrevista com o professor de direito Cass Sunstein, em que ele opinou contra políticos norte-americanos, como a pré-candidata à presidência Elizabeth Warren, que defendem que algumas empresas de tecnologia são muito grandes. Sustein aproveitou para mencionar que um dos amigos do fundador do Facebook também se posicionou para que a companhia fosse dividida em múltiplas entidades, mas Zuck não curtiu muito.

"Não concordo com isso", disse Zuckerberg, causando risos na plateia.

"Veja, acho que há grandes problemas sociais, certo?", continuou Zuck. "Acho que a integridade da eleição é um assunto crítico, remover conteúdo nocivo e fazer gerenciamento disso é importante. Privacidade é importante, e é claro assegurar inovação e competição, e pesquisa também é importante".

"A questão com a qual eu acho que temos que lidar é que quebrar essas empresas não melhoraria nenhum desses problemas", disse Zuckerberg. "Certo? Então, a capacidade de trabalhar com sistemas eleitorais ou de conteúdo…temos a capacidade, por sermos uma empresa grande e bem-sucedida, de poder construir sistemas sem precedentes".

"Os sistemas, em muitos casos, são mais sofisticados do que o que a maioria dos governos tem", continuou Zuckerberg, sem explicar com precisão o que isso significa. "E nós podemos fazer isso e aplicar no Facebook, no Instagram, no WhatsApp e no Messenger".

O único problema do argumento de Zuckerberg? O Facebook é ruim na implantação de sistemas que ajudam a resolver os problemas atuais. A única coisa em que o Facebook parece ser bom é criar eventos de relações públicas que façam parecer que estão fazendo alguma coisa. E é muito mais fácil criar uma "sala de guerra" com as pessoas olhando telas do que abordar assuntos sérios, como a interferência das eleições por governos estrangeiros. Especialmente quando você nem deixa os jornalistas falarem com as pessoas da tal "sala de guerra".

(No ano passado, o Facebook estabeleceu uma sala de guerra para monitorar a movimentação em suas redes sociais durante eleições em diversos países, inclusive o Brasil. Na ocasião, jornalistas foram convidados a visitarem o local, na sede da empresa, mas eles não puderam falar com funcionários envolvidos na operação)

"Consigo entender por que a ideia de querer dividir empresas parece legal, certo?", disse Zuckerberg posteriormente. "É como se, existem problemas…vamos pegar um martelo e executar [a divisão], mas acho que a realidade é que queremos ser…queremos assegurar que as coisas que fazemos vão realmente lidar com os problemas".

Zuckerberg defendeu ainda a aquisição de serviços de competidores, como Instagram e WhatsApp, argumentando que as compras, na verdade, aumentaram a competição. O Facebook comprou o Instagram por US$ 1 bilhão em 2012, e o WhatsApp por US$ 19 bilhões em 2014.

"Sim, algumas fusões podem ser ruins para inovação. Estas não foram", afirmou Zuckerberg ao discutir as aquisições específicas do Instagram e do WhatsApp. "Acho que seria muito difícil argumentar que qualquer tipo de inovação ou competição no ecossistema foi diminuída devido ao trabalho e à inovação que trouxemos para isso".

Toda a conversa com Mark Zuckerberg no Aspen Ideas Festival está disponível no YouTube (em inglês). No entanto, se isso soa muito chato para você, permita-me sugerir este outro vídeo de Zuckerberg, que é muito mais interessante.

 

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Desenvolvedor diz que Candy Crush não é viciante, mas alguns usuários jogam pelo menos 3 horas/dia

Posted: 27 Jun 2019 06:18 AM PDT

Tela do jogo Candy Crush

Alex Dale, executivo sênior da King, desenvolvedora do Candy Crush Saga, disse a um comitê selecionado da Câmara dos Comuns do Reino Unido que aproximadamente 3,4% (ou 9,2 milhões de seus usuários) passam “três horas ou mais por dia” jogando seu game e que um único jogador gastou surpreendentes US$ 2,600 em microtransações no app em um período de 24 horas no ano passado.

Apesar de tudo isso, ele negou com firmeza que algumas pessoas estejam viciadas, conforme reportagem do Guardian.

Esses 9,2 milhões de jogadores representam uma pequena parcela da impressionante base de usuários do Candy Crush Saga, que chega a 270 milhões de pessoas. Colocando em outro contexto, o número total de jogadores é maior do que a população de grandes países, como o Brasil.

O executivo da King acha que tudo isso é muito bom e que essas pessoas estão felizes. “Entre os 270 milhões de jogadores temos entre dois a três contatos por mês de pessoas preocupadas com o fato de terem gastado muito dinheiro ou muito tempo com o game”, disse Dale aos membros do Comitê de Esportes, Mídia, Cultura e Digital (DCMS, na sigla em inglês).

“É um número muito pequeno de pessoas que gasta ou joga em níveis muito altos. Quando falamos com elas, elas dizem que estão felizes com que estão fazendo”, completou.

Ele adicionou que muitas dessas pessoas podem ser mais velhas ou estarem atualmente em circustância que impedem outros usos do seu tempo, conforme escreve o Guardian:

Dale disse que dos 270 milhões de jogadores, 3,4% (9,2 milhões) jogam por três ou mais horas por dia, enquanto 0,16% (432 mil) jogam por seis ou mais. Ele disse que o jogador médio – o principal mercado é o de mulheres com 35 anos ou mais – joga durante 38 minutos por dia. Defendendo os números, Dale apontou que os muitos jogadores eram de grupos demográficos que tinham “muito tempo em suas mãos”, incluindo pessoas mais velhas e aquelas em convalescença.

“Tempo excessivo, é muito difícil saber o que é excessivo”, disse ele. “Temos um bom número de pessoas entre 60, 70 e 80 anos jogando Candy Crush“, continuou. “Queremos que as pessoas joguem mais. Vai haver pessoas que gostam muito de jogar os nossos jogos”.

O executivo também disse que o jogador que gastou US$ 2.600 em um único dia nas microtransações do Candy Crush estava tomando uma “decisão racional”, uma vez que havia uma promoção naquele momento e que a pessoa utilizou os benefícios durante um período de sete meses (ainda assim, seriam US$ 370 por mês gastos com Candy Crush).

Ao ser questionado se sua empresa tinha planos de operar de forma diferente após a Organização Mundial da Saúde reconhecer o vício em videogames no ano passado – uma decisão controversa que gerou grandes debates na comunidade médica – Dale respondeu que a King “olharia para toda a área mais uma vez” mas disse que quando a empresa adotou outras estratégias “os jogadores não gostaram”.

Candy Crush Saga é um game imensamente lucrativo. A King acumulou mais de US$ 1,5 bilhão em receitas da série de jogos em 2018, de acordo com a Variety. Os jogadores gastaram aproximadamente US$ 4,2 milhões por dia, em média, por meio das duas principais lojas de aplicativos, a Google Play e a iOS App Store.

Os Membros do Parlamento também foram para cima da Epic Games e de seu popular Fortnite, exigindo informações sobre quanto tempo os usuários passam no jogo. O game também é gratuito e se vale de microtransações para fazer dinheiro, mas removeu as “loot boxes” aleatórias em 2019 em meio a uma controvérsia se elas constituiriam uma espécie de jogo de azar.

Por um lado, não parece saudável passar três horas por dia jogando Candy Crush Saga, e as microtransações são famosas por arruinarem as experiências dos consumidores e atuarem como uma maneira velada e sutil para que os usuários gastem pouco dinheiro a cada compra até que se assustem com os valores totais.

Por outro, o governo britânico controlado pelos conservadores também lidera uma cruzada contra a pornografia online com um esquema que forçaria todos os sites de conteúdo adulto a implementar sistemas inúteis de verificação de idade. A iniciativa fez com que muitos críticos de políticas de regulamentação da internet apontassem que a medida pode resultar em censura generalizada.

É difícil escolher um lado. Poderíamos dizer que um hobby melhor do que jogar Candy Crush Saga três horas por dia seria navegar pela Wikipedia até seus olhos murcharem ou ver os mesmos programas da Netflix várias vezes?

[The Guardian]

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Pesquisadores criam sistema que compensa o lag de games alterando obstáculos em tempo real

Posted: 27 Jun 2019 05:46 AM PDT

O quadro mostra três situações, delineando a trajetória do personagem de Flappy Bird e os obstáculos do cenário. No primeiro, é a condição ideal, sem latência, e a trajetória do pulo do personagem começa no momento em que o botão é apertado. No segundo, há latência, então a mudança de trajetória do personagem ocorre com um intervalo de diferença após o botão ser apertado. No terceiro, há latência e compensação: a trajetória ainda tem o intervalo entre apertar o botão e o movimento do personagem, mas os obstáculos estão menores.

Seja por causa de um controle ruim, de um computador sobrecarregado ou de problemas com uma conexão de rede, o lag — também conhecido como latência — é um problema que aflige os gamers há décadas. Controles responsivos são cruciais para vencer em qualquer tipo de jogo que exige reflexos rápidos. Por isso, os pesquisadores criaram uma nova maneira de eliminar esses atrasos. Em vez de ter que ficar fuçando em uma lista infinita de configurações ou atualizar seu hardware, o jogo se ajusta automaticamente para dar aos jogadores chances justas como forma de compensar o lag.

A nova abordagem foi criada por pesquisadores do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia e da Universidade Aalto da Finlândia. Ela ainda está em seus estágios iniciais. Em vez de aplicá-la em jogos de tiro on-line complexos como Fortnite ou Overwatch, ela foi estudada em um jogo muito mais simples: Flappy Bird.

Mesmo sendo um dos jogos mais grosseiros dos últimos anos, Flappy Bird se tornou popular e viciante porque era muito desafiador. O jogo exigia reflexos rápidos e timing preciso ​​para fazer o pássaro voar entre canos.

Hardware não era um problema quando o Flappy Bird foi lançado e, de lá para cá, os smartphones só evoluíram. Assim, os pesquisadores introduziram artificialmente algum atraso entre o momento em que um jogador toca na tela e quando o pássaro reage e sobe novamente. Isso permitiu que os pesquisadores estudassem como o lag afetava o sucesso de um jogador e desenvolvessem um modelo que poderia ser usado para prever seu sucesso, considerando o nível de latência.

Essas previsões foram então usadas para alterar os obstáculos em Flappy Bird em tempo real, encolhendo os canos e aumentando a distância entre eles para compensar a resposta reduzida nos controles. Assim, cresciam as chances de sucesso do jogador.

Parece uma trapaça adaptativa, mas leve em consideração a maioria dos jogos é desenvolvida partindo do princípio de que os frame rates e a capacidade de resposta dos controles sempre serão ideais, enquanto, no mundo real, os jogadores precisam diminuir as configurações gráficas ou ajustar o clock do jogo para compensar, o que acaba piorando a experiência.

Há uma grande diferença entre ajustar a distância entre um par de obstáculos 2D e recalcular todo um ambiente 3D inteiro em tempo real. Por isso, embora essa nova abordagem seja promissora para lidar com o lag, será preciso muito mais pesquisas e bastante comprometimento de desenvolvedores de jogos para que isso seja adotado como uma solução.

Com cada vez mais empresas embarcando no movimento do streaming de jogos, a latência se tornará um problema ainda maior no setor, e limitar a disponibilidade desses serviços aos usuários que têm conexões rápidas não é o suficiente — e também não é nem um pouco interessante para as próprias companhias.

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Ficar sentado vendo TV é pior para a saúde do que ficar sentado trabalhando, diz estudo

Posted: 27 Jun 2019 04:23 AM PDT

Algumas atividades sentadas são piores para o seu coração do que outras — pelo menos é o que diz um novo estudo. Os resultados sugerem que assistir mais horas de TV por dia pode aumentar o risco de eventuais doenças cardíacas e morte prematura. Ao mesmo tempo, ficar mais sentado no trabalho pode não ter nenhum efeito negativo aparente sobre a saúde do seu coração.

É óbvio que o comportamento sedentário excessivo é ruim para nós. Mas ainda há dúvidas sobre as especificidades desse dano. Isso inclui não apenas descobrir se alguns tipos de comportamento sedentário são piores, mas se populações diferentes podem ser afetadas de maneira diferente por ficarem tempo demais sentadas. A maioria dos estudos humanos sobre comportamento sedentário — e, na verdade, a maioria dos estudos em geral — analisou apenas pessoas brancas de ascendência europeia. Esta disparidade é ainda mais notória dado que os afro-americanos são mais propensos a desenvolver e morrer de doenças cardíacas.

“Os afro-americanos têm um risco 30% maior de morrer de doenças cardíacas em comparação com os brancos”, disse Keith Diaz, fisiologista do exercício e professor assistente de medicina comportamental do Centro Médico da Universidade de Columbia, em um e-mail. “Assim, o objetivo do nosso estudo foi determinar se a televisão ou a sessão de trabalho são possíveis comportamentos que devem ser alterados para reduzir o risco de doenças cardíacas.”

Para o estudo, que foi publicado no Journal of American Heart Association, Diaz e sua equipe analisaram exclusivamente os afro-americanos. Eles analisaram dados do Jackson Heart Study, um estudo observacional de longa duração com mais de 5 mil pessoas de meia-idade que moram em Jackson, Missouri, e seus arredores. O projeto, iniciado em 2000, é considerado o maior estudo desse tipo nos EUA. Ele analisa os fatores que afetam a saúde cardiovascular dos afro-americanos.

Os pesquisadores analisaram mais de 3.500 voluntários que informaram quanto tempo costumavam passar assistindo à TV, bem como quanto tempo passavam sentados em seus trabalhos. Em seguida, eles rastrearam sua saúde durante um período médio de acompanhamento de cerca de 8 anos, observando casos de doença cardiovascular e morte.

Como você poderia supor, as pessoas que assistiam a quatro horas ou mais de TV por dia tinham uma chance maior de problemas cardíacos e morte do que aquelas que assistiam duas horas ou menos — cerca de 50% a mais de risco relativo, depois de ajustar fatores conhecidos como idade ou sexo. O risco adicional absoluto ainda era pequeno. Cerca de 7,5% das pessoas no grupo de que via TV menos tempo tiveram doenças cardíacas ou morreram no final do estudo, em comparação com apenas 13% no grupo via TV por muito tempo.

Mas não havia nenhuma relação semelhante quando se tratava de trabalhar. Aqueles que disseram que quase sempre ficavam sentados no trabalho não eram mais propensos a ter um ataque cardíaco ou morrer de problemas do coração do que aqueles que disseram que raramente se sentavam.

Esta não é a primeira pesquisa a descobrir que ficar sentado no trabalho não causa danos à saúde. Embora esses estudos possam apenas indiretamente oferecer evidências para suas conclusões, a equipe tem algumas teorias sobre por que ofícios sentados não usam nossos corações da mesma maneira que ficar diante de uma tela.

"No trabalho, nos levantamos da nossa mesa regularmente para ir até uma mesa de uma impressora, uma copiadora ou falar com colegas de trabalho. Algumas pesquisas sugerem que esses pequenos momentos de atividade, que gostamos de chamar de bocados de atividades, podem ser suficientes para reduzir os danos causados ​​pelo tempo sentado", disse Diaz. “Em comparação, quando assistimos à TV, assistimos a longos períodos de uma vez sem nos mover.”

O modo como assistimos à TV também pode ter um papel, já que muitas pessoas comem lanches durante os programas ou fazem um grande jantar antes de passar a noite na Netflix. “A combinação de comer uma refeição grande e depois não se mover por horas pode ser tóxica para o corpo”, acrescentou Diaz.

Esses fatores provavelmente serão especialmente importantes para os afro-americanos, porque acredita-se que eles assistam mais TV em média. Ao mesmo tempo, como muitos outros estudos, esta pesquisa descobriu que o exercício aparentemente conseguia neutralizar os efeitos do comportamento sedentário — aqueles que assistiam a muita TV mas ainda tinham 150 minutos ou mais de exercício moderado a vigoroso por semana não tinham maior chance de doenças cardíacas ou de morrer do que os outros.

Há, sem dúvida, muitas influências externas que tornam mais difícil para as pessoas ter tempo e recursos para se exercitarem, como morar em bairros mais pobres que não têm academias ou parques. Mas ainda há pequenas coisas que a maioria das pessoas deve fazer para ter mais saúde, de acordo com Diaz.

"Em vez de jantar e sentar para ver TV pelo resto da noite, dê um passeio pelo seu bairro e depois volte para a TV. Nós não estamos dizendo para parar de ver TV completamente. A chave aqui é moderação", disse ele.

Outra implicação do estudo é que mesmo pessoas que passam longas horas sentadas no trabalho, como motoristas de caminhão, trabalhadores de escritórios ou repórteres obcecados, não estão necessariamente condenadas a terem problemas cardíacos. “Concentrar-se em reduzir o tempo sentado fora do horário de trabalho e substituí-lo por atividade física ainda proporcionará importantes benefícios à saúde”, acrescentou Diaz.

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