sábado, 29 de junho de 2019

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Maior fabricante de câmeras policiais vai banir a tecnologia de reconhecimento facial por questões éticas

Posted: 28 Jun 2019 03:27 PM PDT

A Axon, maior fabricante de câmeras policiais dos Estados Unidos, passou a proibir o uso da tecnologia de reconhecimento facial em seus produtos depois que seu conselho de ética independente disse, nesta quinta-feira (27), que a “tecnologia ainda não é confiável o suficiente para justificar seu uso em câmeras” devido ao "desempenho desigual e não confiável em relação a indivíduos de diferentes raças, etnias, gêneros e outros grupos identitários”.

Anteriormente conhecida principalmente pela venda das pistolas Taser, a Axon é hoje uma empresa de US$ 300 milhões que vende um conjunto de tecnologias, incluindo câmeras policiais, para 17.000 agências de segurança em mais de 100 países. A empresa também vende as chamadas "armas inteligentes" para uso militar e governamental.

Na última década, a Axon começou a dedicar grande parte das operações à venda de câmeras policiais. Com a proliferação da tecnologia, especialistas em liberdades civis estão cada vez mais preocupados que os dispositivos possam ser usados ​​para introduzir secretamente nas cidades a tecnologia de reconhecimento facial tão fortemente criticada.

Barry Friedman, diretor do Projeto de Policiamento da Faculdade de Direito da Universidade de Nova York e membro do comitê de ética da Axon, disse em um comunicado que “preocupações muito reais” sobre preconceito na tecnologia de reconhecimento facial tornam muito arriscado incorporar câmeras policiais.

“Atualmente, existem preocupações muito reais sobre a precisão do reconhecimento facial, e particularmente sobre os vieses na maneira como ele identifica as pessoas ao longo das linhas raciais, étnicas e de gênero”, disse Friedman. "Até abordarmos e mitigarmos esses desafios, não podemos arriscar incorporar a tecnologia de reconhecimento facial ao policiamento. O conselho de ética apoia a Axon por agir consistentemente com relação a isso".

Em um comunicado enviado por e-mail ao Gizmodo, a Axon disse que "nós, como empresa, concordamos com a conclusão do conselho de ética de que a tecnologia de reconhecimento facial deveria ser excluída das câmeras corporais da Axon".

"A atual tecnologia de correspondência facial gera sérias preocupações éticas. Além disso, há também limitações para usar essa tecnologia em câmeras corporais", disse a Axon. “Consistente com a recomendação do Conselho, a Axon não vai comercializar produtos de reconhecimento facial em nossas câmeras corporais neste momento”.

A atual proibição foi relatada primeiramente pelo New York Times.

No mês passado, San Francisco se tornou a primeira cidade norte-americana a proibir a vigilância por meio do reconhecimento facial do governo. A vizinha Oakland parece pronta para fazer o mesmo, e as jurisdições dos Estados Unidos estão em estados variados de análise de ideias semelhantes. Em Nova York, por exemplo, uma proposta proibiria os proprietários de imóveis de usar vigilância de reconhecimento facial nos inquilinos. Já a Califórnia está considerando uma proibição em todo o estado de reconhecimento facial em câmeras policiais.

Há uma série de pesquisas que ressaltam os profundos problemas da tecnologia de vigilância de reconhecimento facial. Como o Gizmodo relatou anteriormente:

A maioria dos adultos norte-americanos está no banco de dados de reconhecimento facial da polícia, de acordo com um estudo da Georgetown Law. Um estudo do MIT descobriu que o Rekognition, popular produto de reconhecimento facial da Amazon, tem dificuldades para identificar os rostos de mulheres e de diferentes raças. Um estudo da ACLU em 2018 descobriu que a Amazon Rekognition falsamente combinava 28 membros do Congresso com fotos de indivíduos detidos pela polícia, e esses resultados impactavam negativamente e de forma desproporcional as pessoas não brancas.

O conselho de ética da Axon, que contou com a equipe do Projeto Policiamento, a pedido da própria Axon, argumenta em seu relatório de 42 páginas que em condições reais – o tipo de ação difícil de prever que um policial enfrenta diariamente – "a tecnologia de reconhecimento facial tem um desempenho muito fraco – tanto em termos de falsos negativos quanto de falsos positivos".

O conselho também apontou para a disparidade de desempenho entre pessoas brancas em comparação com pessoas não brancas, e homens em comparação com mulheres, em parte devido a dados de treinamento não representativos que reforçam mais do que décadas de discriminação.

No ano passado, a Axon estabeleceu um comitê de ética focado em inteligência artificial e tecnologia de policiamento. Quase instantaneamente, o uso crescente das câmeras corporais da Axon como ferramentas de vigilância se tornou o foco principal.

Entre o conjunto de seis conclusões, conforme detalhado em seu relatório, o próprio conselho disse que os comitês de ética de inteligência artificial ​​não são tão importantes quanto a regulamentação governamental das tecnologias de vigilância que usam IA ​​- regulamentação essa que, em grande parte, não existe atualmente. O relatório diz:

"Também somos fortes defensores da necessidade de regulamentações governamentais de reconhecimento facial. Embora apoiamos a contenção e o comprometimento da Axon com a ética por meio da criação e do uso desse conselho, sabemos que não temos todas as respostas e não representamos todas as comunidades nas quais o reconhecimento facial pode ser implantado. Não podemos depender de empresas privadas para se regularizarem completamente, embora certamente possamos mantê-las sob altos padrões éticos. Para esse fim, pedimos aos governos – federais, estaduais ou locais – que intervenham e preencham essa lacuna regulatória, como alguns já começaram a fazer".

Em 2018, o presidente da Microsoft, Brad Smith, solicitou uma regulamentação federal do reconhecimento facial, e a empresa ganhou elogios na imprensa em abril por divulgar sua decisão de não fornecer tecnologia de reconhecimento facial a uma agência de segurança da Califórnia.

"Vivemos em uma nação de leis e o governo precisa desempenhar um papel importante na regulamentação da tecnologia de reconhecimento facial", escreveu Smith. "Como princípio geral, parece mais sensato pedir a um governo eleito que regule as empresas do que pedir a empresas não-eleitas que regulem tal governo".

Embora a Axon evite usar a tecnologia de reconhecimento facial em suas câmeras corporais por enquanto, a empresa deixou em aberto a possibilidade de adotá-la em uma data posterior. A companhia disse em seu comunicado que acredita que "a tecnologia de reconhecimento facial merece mais pesquisas para que haja um melhor entendimento e resolução dos principais problemas identificados no relatório, incluindo a avaliação de maneiras de eliminar padrões discriminatórios dos algoritmos, como recomenda o conselho". O comitê de ética da Axon espera revisitar a questão "periodicamente" à medida que a tecnologia muda.

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Como historiadores agora conseguem ver textos invisíveis em manuscritos antigos

Posted: 28 Jun 2019 02:17 PM PDT

Documentos históricos considerados perdidos devido ao desgaste causado pelo tempo – como pergaminhos milenares ou manuscritos medievais cuja tinta já desapareceu há muito tempo – estão sendo ressuscitados graças a uma tecnologia conhecida como imagem multiespectral. A sofisticada tecnologia requer treinamento especializado e um equipamento caro, mas pesquisadores têm recentemente tentado tornar o seu uso mais difundido.

Em março, cientistas do Rochester Institute of Technology (RIT) levaram um dos sistemas de imagem multiespectral da MegaVision até Dubrovnik para demonstrar a conservacionistas, pesquisadores e oficiais do governo como a tecnologia pode ser aplicada para revelar textos antigos e preservar manuscritos medievais que estão desaparecendo.

Dubrovnik, cidade localizada na Croácia e cujas muralhas do século 13 foram utilizadas nas gravações de Game of Thrones, tem cerca de 30 mil manuscritos medievais, de acordo com David Messinger, que liderou o projeto para o Center for Imaging Science do RIT.

"Nós temos um campus aqui", Messinger afirmou ao Gizmodo. "Então esse foi um tipo de workshop presencial para mostrar de perto o que a tecnologia é capaz de fazer".

Imagem visível à luz de um documento do século V. Foto: Sinai Palimpsests Project

O que a imagem multiespectral é capaz de fazer, em alguns casos, tem sido impressionante.

Pra começar, sensores de câmeras digitais são, fundamentalmente, sensores multiespectrais, o que significa que eles conseguem detectar luz além dos comprimentos de onda visíveis. Sistemas multiespectrais, como o EV da MegaVision, aproveitam essa propriedade e utiliza sensores de 50 megapixels de alta resolução e câmeras controladas por computador com sistemas de iluminação LED para tirar fotos em espectros ultravioleta, infravermelho e visíveis, criando dezenas de imagens de um fragmento em diferentes comprimentos de onda reflexivos.

"É esse tipo de imagem fluorescente que é capaz de revelar a presença de tinta mesmo que ela tenha desaparecido porque essas áreas reprimem a fluorescência", disse Messinger. Ela pode literalmente tornar visível novamente um texto antes invisível e, assim, mudar nossa visão da história.

Um dos projetos mais surpreendentes envolvendo imagens multiespectrais é o trabalho contínuo da Israel Antiquity Authority com os Manuscritos do Mar Morto. Os manuscritos, de mais de 2 mil anos de idade, são uma coleção de mais de 900 textos diferentes em dezenas de milhares de fragmentos. Eles foram originalmente descobertos em uma série de 12 cavernas no deserto próximo a Qumran em meados dos anos 1940 e 1950. Os textos incluem as primeiras cópias de livros do Torá e do Velho Testamento.

Mas decifrar todo o pergaminho era quase impossível, principalmente porque muitos dos escritos em grego, aramaico e paleo-hebraico haviam perdido sua tinta visível ao longos dos séculos ou haviam escurecido devido à exposição a elementos. A tecnologia de imagem multiespectral mudou isso tudo, permitindo aos pesquisadores visualizar os textos e ler palavras não vistas há muitos milênios. No ano passado, o estudo de um desses fragmentos utilizando a imagem multiespectral revelou que ele pertencia a um texto nunca antes visto.

Imagem visível à luz (esquerda) de um documento árabe do século V. Imagem ultravioleta (direita) revelou a ilustração de uma erva. Imagem: Sinai Palimpsests Project

Sistemas de câmera similares têm sido utilizados para revelar palavras que Thomas Jefferson apagou e alterou em um rascunho original da Declaração de Independência dos EUA. Outros pesquisadores já usaram a tecnologia para revelar obras forjadas, como uma cópia falsa de uma obra conhecida como John's Gospel. Pesquisadores descobriram até mesmo um pergaminho de um manuscrito dos princípios de Arquimedes que haviam sido apagados e, por cima deles, havia sido escrito um texto de um livro de orações cristão.

Algumas das descobertas mais controversas ainda estão para serem feitas usando essa tecnologia.

Em um monastério obscuro na península do Sinai, uma equipe está utilizando agora um sistema de imagem multiespectral da MegaVision para examinar e catalogar pergaminhos datados do século 4. Muitos dos textos apagados nunca foram vistos ou estudados por pesquisadores antes. E o trabalho tem sido acompanhado de perto, o que é de se esperar, considerando que foi no St. Catherine's Monastery que o polêmico texto "Secret Mark" (ou Evangelho Secreto de Marcos), supostamente redigido do Evangelho canônico de Marcos, foi encontrado.

Então, a equipe de Messinger do RIT descobriu alguma coisa tão controversa como essa em algum dos manuscritos croatas?

"Nós estávamos analisando apenas fragmentos encadernados (pedaços de manuscritos reciclados para serem utilizados em outro livro)", disse Messinger, "e a imagem que encontramos e processamos estava em latim, então não sabemos o que dizia".


Time-lapse de um processo de imagem multiespectral revelando um texto oculto em latim. GIF: Rochester Institute of Technology

O objetivo de Messinger agora é levar a tecnologia a outros pesquisadores para traduzir os documentos, além de fazer com que o governo da Croácia ajude a financiar um sistema de imagem multiespectral permanente em Dubrovnik. Mas Messinger reconhece que esses sistemas ainda são caros, custando mais de US$ 75 mil.

A expectativa, é claro, é que ao difundir a imagem multiespectral, o seu uso se torne mais amplo. Além de tornar textos "perdidos" visíveis novamente, a tecnologia pode ajudar a determinar a autenticidade de alguns textos (ao identificar o tipo de tinta utilizada, por exemplo), além de conduzir análises temporais em materiais raros de uma forma não-destrutiva. (A datação por carbono, amplamente utilizada, envolve a destruição de algumas partes do material original durante o processo.) E os resultados da imagem multiespectral são armazenados em uma base de dados digital, preservando esses documentos antigos inestimáveis para estudos futuros.

Tornar a tecnologia multiespectral algo comum vai exigir um equipamento com custos mais baixos para os pesquisadores poderem decifrar textos antigos espalhados pelo mundo. Atualmente, a MegaVision tem um sistema que cabe em duas malas grandes e leva quase metade de um dia para um técnico com experiência configurá-lo. Messinger acredita que modelos com menos recursos podem ser mais portáteis e disponibilizados por cerca de US$ 5 mil. Com essas ferramentas ao dispor dos pesquisadores, quem sabe quais manuscritos perdidos poderão ser encontrados no futuro?

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Google pode ter usado o seu vídeo do Desafio do Manequim para treinar IA

Posted: 28 Jun 2019 12:27 PM PDT

Lembra quando todo mundo entrou na onda do Desafio do Manequim? Foi lá em 2016 e, em vez de acumular poeira no Arquivo dos Memes, os vídeos da brincadeira estão sendo utilizados por pesquisadores do Google para ajudar a treinar robôs a navegarem melhor por ambientes.

Enquanto os humanos são naturalmente capazes de olhar para um vídeo 2D e entender que ele foi filmado em um espaço 3D, os robôs ainda não são tão bons nisso. Essa é parte da razão pela qual os robôs têm dificuldade para navegar de forma autônoma em novas áreas — um desafio que carros autônomos também precisam superar.

O Desafio do Manequim tem o conjunto de dados perfeito para ensinar robôs a perceberem a profundidade em uma imagem 2D. Se você não se lembra, o desafio envolvia fazer com que um grupo de pessoas ficassem “congeladas” em um lugar — geralmente em poses dinâmicas — enquanto alguém filmava ao redor, capturando a cena de múltiplos ângulos.

Dentre os inúmeros vídeos publicados no YouTube, os pesquisadores selecionaram dois mil deles. Eles então fizeram uma filtragem para remover aqueles que não serviriam para o treinamento — como materiais filmados com lentes fisheye, ou que tivesse planos de fundo sintéticos que pudessem afetar os resultados e até mesmo aqueles que alguém se mexia sem querer.

O conjunto final de dados foi utilizado para treinar uma rede neural capaz de prever a profundidade de um objeto que se movesse em um vídeo. De acordo com a conclusão do artigo, a precisão foi muito maior utilizando esse método do que outras maneiras já testadas.

No entanto, há algumas limitações. Os pesquisadores observaram que a solução pode não ser tão precisa quando se trata de carros e sombras. No entanto, eles tornaram os dados públicos. Então, como você faz para saber se o seu vídeo do Desafio do Manequim foi usado para a pesquisa? A resposta curta é: não dá.

De acordo com o MIT Technology Review, pesquisadores de inteligência artificial comumente usam imagens publicamente disponíveis para treinar robôs. E quanto mais avançados os modelos que os pesquisadores usam, mais dados eles precisam para treinar as redes neurais.

Então, se você carregar um vídeo no YouTube, e um pesquisador de IA acha que ele ajuda a ensinar uma rede neural a navegar melhor, bem, você carregou seu vídeo e o disponibilizou publicamente.

E isso não é uma exclusividade de pesquisadores do Google. Recentemente, a Microsoft deletou uma base de dados chamada MS Celeb que continha 100 mil rostos que foram coletados pela internet. Embora supostamente as imagens fossem apenas de figuras públicas, descobriu-se que os rostos de indivíduos privados também faziam parte do conjunto.

Além disso, embora a base de dados fosse destinada apenas para fins acadêmicos, ela foi usada por empresas privadas — incluindo companhias chinesas que trabalham com reconhecimento facial para vigilância.

Isso pode ser um pouco perturbador, mas não deixe que isso o impeça de compartilhar suas fotos. Apenas tenha em mente que há uma chance de que publicar a sua pizza no Instagram pode ajudar a ensinar uma máquina a cozinhar.

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Rastros deixados por aviões causam um efeito surpreendente na atmosfera

Posted: 28 Jun 2019 11:13 AM PDT

Rastros deixados por aviões no céu

O impacto climático de voar não é apenas ruim pelas emissões de carbono. Os rastros que os aviões criam também influenciam na temperatura de nossa atmosfera — e um novo estudo mostra que este impacto deve crescer em grande escala.

Conforme os aviões cruzam os trechos superiores da troposfera, eles também deixam rastros de vapor de água que podem formar nuvens cirrus. A maior parte dessas nuvens se dissipam rapidamente, mas sob as condições certas, elas podem durar horas, e quando isso acontece, elas aquecem a atmosfera absorvendo a radiação térmica emitida pela Terra.

Os cientistas sabem sobre o efeito estufa das nuvens cirrus há anos — na verdade, existe todo um nicho de pesquisa dedicado a ela. E este ramo de pesquisa é bem importante: globalmente, estima-se que o aquecimento atmosférico associado a essas nuvens seja maior do que o causado pelas emissões de carbono da aviação. Esse fato surpreendente tem feito com que alguns cientistas curiosos tentem entender se o efeito irá crescer à medida que os céus continuarem a ter mais tráfego no futuro.

Agora, uma dupla de pesquisadores do Centro Aeroespacial Alemão (DLR, na sigla em inglês) tentou responder a essa pergunta. Utilizando um modelo climático previamente desenvolvido que inclui nuvens de fumaça e um banco de dados de emissões de aviação desenvolvido pelo Departamento de Transportes dos EUA (que projeta o tráfego aéreo até meados do século), os autores analisaram como o efeito de aquecimento atmosférico dos rastros será alterado. Suas descobertas, publicadas nesta quinta-feira (27) na revista Atmospheric Chemistry and Physics, mostram que em 2050, o aquecimento induzido pela trilha de condensação pode ser três vezes maior que em 2006. Na verdade, esse tipo de aquecimento provavelmente superará o aquecimento da emissão de dióxido de carbono, graças a melhorias simultâneas na eficiência de combustível.

A autora sênior do estudo, Ulrike Burkhardt, do DLR não ficou muito surpresa com os resultados, observando que o tráfego aéreo em si está projetado para quadruplicar no mesmo período. "É incrível como o tráfego aéreo está aumentando", disse Burkhardt ao Gizmodo. Ela acrescentou que o aumento esperado no aquecimento da trilha de condensação também é, em parte, causado pelos aviões modernos que voam numa altura um pouco maior que seus antecessores, o que provavelmente levará a mais formação de nuvens de condensação nos trópicos.

Agora, este efeito não é de forma alguma uma catástrofe planetária. Os modelos dos autores indicam que as nuvens cirrus contribuirão com cerca de 160 miliwatts de "forçante radioativo" adicional — energia extra fluindo de volta para a superfície da Terra — em meados do século. Ethan Coffel, um cientista atmosférico do Dartmouth College e que não esteve envolvido no estudo, observou que, para comparação, sob o cenário de mudança climática, o aquecimento das emissões de gases de efeito estufa será de cerca de 6.000 miliwatts por metro quadrado até o final do século.

"Então, embora a causa de trilha de condensação forçada seja significante, ela tem um contribuição relativamente pequena para o aquecimento", disse Coffel ao Gizmodo por e-mail.

O efeito de aquecimento das nuvens cirrus é também de curta duração, e porque ocorre na alta atmosfera, não está claro o quanto isso realmente faz diferença para as temperaturas na superfície da Terra, algo que Burkhardt chamou de "tópico de pesquisa em aberto". Mesmo assim, é importante entender, até porque há maneiras óbvias de mitigar.

Apertar os controles de poluição para reduzir o número de partículas de fuligem lançadas pelos aviões ajudaria a diminuir a quantidade de condensação de vapor de água em seu rastro. No entanto, a fuligem teria que diminuir muito para ter um efeito significativo — mesmo que tenha sido reduzida em 90%, os modelos dos autores mostram que as nuvens cirrus produzirão mais aquecimento em 2050 do que em 2006. Em última análise, a melhor opção para reduzir este efeito e a pegada de carbono é voar menos.

Como uma nota final para evitar que alguém planeje desvalorizar este estudo: os rastros de avião não fazem parte de uma conspiração secreta do governo para controlar seu comportamento ou o clima, ou para esterilizar a população. Nunca foram. E sim, há pesquisas para comprovar isso.

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Aéreas dos EUA prolongam cancelamento de voos do Boeing 737 Max por problemas de software

Posted: 28 Jun 2019 09:51 AM PDT

O caos absoluto que está a história do 737 Max da Boeing piorou ainda mais, com outra questão de segurança vindo à tona nesta semana, o que resultou em mais cancelamentos de voos de companhias norte-americanas que contavam com a aeronave em suas frotas.

A United Airlines anunciou na quarta-feira (26) que prorrogou os cancelamentos anteriores para o dia 3 de setembro, segundo o Guardian. Enquanto isso, a Southwest Airlines, que anteriormente anunciou cancelamentos até o início de setembro, disse em um comunicado nesta quinta-feira (27) que estava removendo voos do 737 Max de sua programação até 1º de outubro. A companhia aérea disse que as mudanças afetariam cerca de 150 voos por dia.

As notícias surgem em meio a relatos de que pilotos de teste da Administração Federal de Aviação (FAA, em inglês) descobriram um novo problema crítico de segurança com o sistema de software anti-stall do 737 Max, chamado MCAS, durante simulações de voo. De acordo com uma fonte familiarizada com o assunto que falou com o Washington Post, esses pilotos estavam preocupados que não fossem capazes de "seguir os procedimentos de recuperação exigidos de forma rápida e fácil".

A FAA disse em um comunicado na quarta-feira (26) que “encontrou um risco potencial que a Boeing deve mitigar”. O Washington Post relatou a falha como não relacionada à suspeita de ter desempenhado um papel importante em dois acidentes que resultaram na morte de 346 pessoas.

A Boeing informou que está trabalhando em uma solução para o problema de software que “reduziria a carga de trabalho dos pilotos ao fornecer uma fonte potencial de movimento estabilizador não comandado”.

"Durante a revisão da FAA da atualização do software 737 MAX e de sessões recentes de simuladores, a Federal Aviation Administration (FAA) identificou um requisito adicional que pediu à empresa para resolver por meio das alterações de software que a empresa vem desenvolvendo nos últimos oito meses", disse a empresa em um comunicado. “A Boeing concorda com a decisão e pedido da FAA e está trabalhando no software necessário”.

A FAA suspendeu oficialmente os jatos em março, e não se sabe quando eles serão liberados novamente para voo comercial. A FAA disse nesta semana que está “seguindo um processo minucioso, não um cronograma prescrito” na revisão dos aviões.

Enquanto esperam a aprovação da FAA, as duas companhias aéreas e a Boeing parecem estar dispostas a fazer praticamente qualquer coisa para ajudar a melhorar a reputação de seus jatos 737 Max e convencer os clientes de que são seguros. A Boeing diz que está disposta a mudar o nome dos aviões se isso ajudar a reformular a marca. Enquanto isso, a American Airlines, que recentemente estendeu seus próprios cancelamentos de voos até o início de setembro, parece preparada para colocar seus executivos nos aviões para tranquilizar o público.

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Valor de mercado da Apple caiu US$ 9 bilhões após anúncio da saída do designer Jony Ive

Posted: 28 Jun 2019 08:09 AM PDT

Tim Cook (esquerda), CEO da Apple, e Jony Ive (direita), responsável pelo design da Apple

Cerca de uma hora depois do anúncio que Sir Jony Ive, o guru de design da Apple, sairá da companhia para formar sua própria empresa de design, o valor de mercado da companhia da maçã caiu cerca de US$ 9 bilhões.

No mundo das ações instáveis, a Apple é considerada uma compra relativamente estável e segura. US$ 9 bilhões representam apenas uma queda de 1%. Mesmo assim, ainda são US$ 9 bilhões. Porém, como nota a Bloomberg, o valor dos papéis da empresa já caíram 10% desde o começo de outubro de 2018, como consequência da guerra comercial entre EUA e China e da demanda mais fraca por iPhones.

Analistas de mercado citados pela reportagem dizem que a saída de Ive é mais um fator nessa mesma direção. Faz sentido, já que o homem por trás do alumínio anodizado é considerado uma força motriz vital aos designs típicos da Apple

Mesmo assim, não é como se as coisas fossem mudar radicalmente. Ive estava desfrutando de um desses cargos executivos amorfos e confortáveis, sem qualquer responsabilidade real por anos. Além disso, as primeiras informações apontam que sua nova empresa de design, a LoveFrom, terá a Apple entre seus clientes.

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Nova missão escolhida pela NASA vai enviar drone para lua Titã, de Saturno

Posted: 28 Jun 2019 06:28 AM PDT

Com seus mares negros oleosos, atmosfera dourada nebulosa e areia eletricamente carregada, a lua Titã, de Saturno, é um dos objetos mais intrigantes do sistema solar. A NASA aprovou uma nova e empolgante missão que enviará um pequeno drone aéreo para sobrevoar a superfície do satélite.

Chamado de Dragonfly, o drone quadrotor duplo é uma criação do Johns Hopkins Applied Physics Laboratory (APL). A missão, anunciada pela NASA em uma conferência de imprensa nesta quinta-feira (27), foi escolhida em detrimento da missão CAESAR, ou Comet Astrobiology Exploration Sample Return (retorno de amostras de cometa para exploração astrobiológica, em tradução livre), que enviaria uma espaçonave para recuperar amostras da superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.

Ambos os projetos se enquadram na iniciativa New Frontiers da NASA, na qual os projetos podem ser implantados por US$ 1 bilhão ou menos, ao mesmo tempo que abordam questões com alta prioridade científica. Esses dois projetos foram escolhidos de um campo inicial de 12 propostas.

Visão geral da missão Dragonfly, mostrando concepções de entrada, descida, pouso, operações de superfície e voo em Titã. Imagem: Johns Hopkins APL

Com todo o respeito ao projeto CAESAR e à equipe associada da Cornell University, a missão Dragonfly foi claramente a melhor escolha. O cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko foi recentemente visitado pela sonda Rosetta da ESA, por isso ainda está muito fresco em nossas mentes. Além disso, a missão Stardust 2006 conseguiu trazer amostras de cometas à Terra. O CAESAR, com todos os seus encantos, tem essa sensação de “eu já estive aqui antes”. Também é duvidoso que uma missão de retorno ao cometa atrairia tanto a atenção pública e científica como uma missão em uma lua de Saturno.

Concepção artística de Dragonfly na superfície de Titã. Imagem: Johns Hopkins APL

A missão para Titã, por outro lado, oferece verdadeiras delícias científicas. O minúsculo drone aéreo — um quadrotor duplo — voará de um ponto a outro, medindo e fazendo observações, trazendo imagens panorâmicas deste incrível satélite. Voando através da densa atmosfera de nitrogênio da lua, a sonda cobrirá mais território em poucos dias do que um jipe ​​de seis rodas poderia cobrir em anos. Assim como os drones recreativos aqui na Terra, a nave poderá decolar e pousar verticalmente.

Titã, que é duas vezes maior que a nossa Lua, é muito semelhante e muito diferente da Terra. Possui uma atmosfera espessa (na verdade é a única lua no sistema solar a ter uma atmosfera, e é mais espessa do que a da Terra), tem líquido estável na superfície na forma de metano, oceanos globais, lagos e rios, cânions e, possivelmente, água líquida. Sua superfície está sujeita a intensas tempestades de poeira e de metano líquido. Entre os vários objetivos da missão, a Dragonfly estudará se Titã já teve condições de abrigar vida.

Ligeia Mare é o segundo maior corpo de líquido conhecido na lua Titã. Imagem: NASA / JPL-Caltech / ASI / Cornell

A Titã contém material rico em carbono que, uma vez, interagiu com a água líquida, o que pode ter produzido uma gosma primordial (ou seja, química prebiótica) não muito diferente daquela que eventualmente gerou a vida na Terra. Para esse fim, a Dragonfly será equipada com um espectrômetro de massa, um espectrômetro de raios gama, uma câmera (capaz de imagens microscópicas e panorâmicas!) e outros instrumentos. Eles acrescentaram que a sonda deverá suportar temperaturas de até -180°C.

Os planejadores da missão tentarão aterrissar a sonda perto de um grupo de dunas de areia e fazer uma série de saltos em direção a uma grande cratera, explicaram cientistas da NASA durante a coletiva de imprensa. Especificamente, a sonda explorará a cratera de impacto de Selk, que pode ter contido água líquida e compostos orgânicos.

Uma vez em Titã, a missão deve durar cerca de dois anos e meio, período durante o qual a sonda realizará cerca de 25 saltos e voará uma distância total de cerca de 180 quilômetros, segundo a NASA.

A NASA espera lançar a missão até 2026. Infelizmente, teremos que esperar até 2034 para a Dragonfly pousar em Titan. Mas vai valer a pena. As imagens e os dados que essa sonda enviará de volta à Terra serão diferentes de tudo que já vimos antes.

Sim, a missão Huygens, enviada pela ESA para Titã em 2005, foi legal e resultou em descobertas científicas e imagens bacanas, mas simplesmente não será possível compará-la com o Dragonfly.

As missões anteriores envolvidas na iniciativa New Frontiers da NASA incluem a missão New Horizons, que visitou Plutão e MU69, a missão Juno em torno de Júpiter, ainda em curso, e a OSIRIS-REx, que atualmente está orbitando o asteroide Bennu.

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Google Maps avisará quando ônibus, metrôs e trens estiverem lotados ou atrasados

Posted: 28 Jun 2019 05:32 AM PDT

Após anunciar que vai enviar alertas de radares de velocidade a motoristas e de alterações de percurso a passageiros, o Google Maps agora traz uma nova funcionalidade com foco em outro grupo: os usuários de transporte público.

Se você já notou há alguns meses que o app do Google Maps enviava um pedido de feedback sobre sua experiência em determinado trecho do transporte público, saiba que essa sua contribuição e de outros usuários foram utilizadas para lançar o novo recurso.

Basicamente, a novidade, anunciada na quinta-feira (27), é que o Google Maps vai enviar informações de tráfego em tempo real para ônibus e prever quais linhas de metrô, trem ou ônibus estão lotadas. Com o objetivo de ajudar as pessoas a planejarem melhor seu percurso, a atualização estará disponível em quase 200 cidades ao redor do mundo para Android e iOS, segundo o Google.

A empresa explica que o recurso de tráfego em tempo real vai funcionar em "locais onde não há informações ao vivo diretamente das agências de transporte locais". Aqui no Brasil, por exemplo, cidades como Brasília, Recife e Salvador serão as primeiras a ter acesso à novidade. Assim, será possível checar se o ônibus está atrasado, qual é o tempo de atraso e conferir a estimativa do tempo de viagem com base nas condições de tráfego. Para que o usuário possa se planejar antes de pegar o ônibus, o Google Maps vai mostrar as áreas de congestionamento no mapa.

Já o recurso de previsão de aglomeração utiliza como base o histórico de viagens anteriores. Se você já sofreu com a incerteza de pegar um ônibus, metrô ou trem que estava lotado com receio de esperar pelo próximo e ele estar pior ainda, essa nova funcionalidade é um verdadeiro alívio.  Segundo o Google, as primeiras cidades brasileiras a receberem essa atualização serão São Paulo e Rio de Janeiro.

O fato de São Paulo ser uma das primeiras a ter acesso ao recurso é extremamente compreensível, considerando que três linhas de trem da cidade figuram na lista das 10 linhas mais superlotadas do mundo. No caso, as três são da CPTM: Linha 11 (Coral), Linha 8 (Diamante) e Linha 9 (Esmeralda). O ranking foi feito a partir de dados coletados de usuários do Google Maps de outubro de 2018 a junho de 2019 durante o horário de pico (6h às 10h).

Crédito: Google

Em relação às rotas de trânsito mais lotadas de São Paulo, o trecho Estudantes – Luz ocupa o primeiro lugar, seguido pela linha de ônibus 106A-10 e a Linha 8:

Crédito: Google

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Designer Jony Ive deixa a Apple e cria sua própria empresa, que terá como principal cliente a Apple

Posted: 28 Jun 2019 04:13 AM PDT

Jony Ive está deixando a Apple, de acordo com um comunicado da empresa. O designer, que entrou na companhia em 1992, vai criar sua própria empresa de design, que terá a Apple como principal cliente.

Ive ainda não saiu, mas deixará a empresa até o final do ano. Atualmente, ele é o diretor de design da Apple, onde supervisiona o design de alguns dos produtos mais emblemáticos da companhia, incluindo o iPhone.

Talvez seu produto mais conhecido seja o iMac original, cujo design extravagante ajudou a impulsionar a empresa de volta a uma boa reputação entre o público em geral.

De acordo com o Financial Times, a nova empresa de design da Ive se chamará LoveFrom e será lançada formalmente em 2020, tendo a Apple como seu primeiro cliente. O nome vem de uma conversa que Ive teve certa vez com Steve Jobs.

Ele [disse] que uma das motivações fundamentais era que quando você faz algo com amor e com cuidado, mesmo que você provavelmente nunca encontre (…) as pessoas pelas quais você está fazendo aquilo, nem nunca aperte suas mãos, fazendo algo com cuidado, você está expressando sua gratidão à humanidade, à espécie.

Eu me identifiquei com essa motivação e fui movido por sua descrição. Então, minha nova empresa se chama “LoveFrom”. O nome fala sucintamente porque eu faço o que faço.

Ive disse ao Financial Times que ele planeja se concentrar em wearables e saúde em sua nova empresa. Seu colega designer da Apple Marc Newson se juntará a ele. Newson entrou na Apple em 2014, após trabalhar anteriormente com Ive em uma série de produtos para o leilão anual da RED, incluindo uma mesa de alumínio sólido.

Se algo especificamente motivou a saída de Ive e Newson da Apple, isso não foi divulgado. Apesar disso, ele acrescentou, em um artigo separado publicado no Financial Times, "havia alguns projetos significativos que eu sinto que concluí", incluindo o Apple Park. Ive disse que a saída era necessária. “Isso parece ser um momento natural e suave para fazer essa mudança”, disse ele.

Tim Cook, CEO da Apple, em seu típico tom otimista em suas declarações ao Financial Times, observou que o grupo de designers da empresa é “o mais forte de todos os tempos”. No comunicado de imprensa da Apple, Cook disse que “a Apple continuará a se beneficiar dos talentos de Jony trabalhando diretamente com ele em projetos exclusivos, e através do trabalho contínuo da brilhante e apaixonada equipe de design que ele construiu. Depois de tantos anos trabalhando juntos, estou feliz que nosso relacionamento continua a evoluir e estou ansioso para trabalhar com Jony por muito tempo no futuro”.

No entanto, algumas pessoas parecem discordar de Cook. A saída de Ive imediatamente derrubou em US$ 9 bilhões o valor de mercado da Apple, de acordo com Steve Kovach, da CNBC. Essas flutuações nas ações após a notícias não significam muito, mas é uma indicação do quanto associam Ive ao sucesso da empresa.

De fato, há muito tempo Ive tem sido visto por fãs e analistas como a mente por trás dos produtos mais legais da Apple desde o falecimento de Steve Jobs, em 2011. Embora Cook tenha perspicácia comercial de sobra, Ive é quem parece ter o toque de Midas quando se trata de gadgets.

Nos últimos anos, a empresa teve uma série de críticas duras a seus produtos — desde o lançamento inicial do Apple Watch (que desde então se tornou um grande sucesso entre consumidores e críticos), até a repercussão decepcionante do HomePod, e podemos dizer até mesmo ao Mac Pro deste ano, que é um divisor de águas por sua aparência de ralador de queijo.

Com a saída de Ive agora confirmada e iminente, é natural que passem a olhar os próximos aparelhos da Apple com uma lupa. As pessoas ficarão pensando quais gadgets tiveram a participação de Ive e quais não.

A equipe de design da empresa, entretanto, deve estar em boas mãos. Evans Hankey, vice-presidente de design industrial, e Alan Dye, vice-presidente de design de interface humana, agora liderarão a equipe e se reportarão diretamente ao COO Jeff Williams. O comunicado de imprensa da Apple observou especificamente que, em seu papel como vice-presidente de design industrial, Hankey liderou o desenvolvimento do Apple Watch desde o início e que a maioria das pessoas agora adora o relógio.

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