quinta-feira, 6 de junho de 2019

Gizmodo Brasil

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Teste nuclear feito pela Coreia do Norte em 2017 foi 16 vezes mais potente do que a bomba de Hiroshima

Posted: 05 Jun 2019 02:50 PM PDT

Uma estimativa atualizada indica que o teste nuclear de setembro de 2017 realizado pela Coreia do Norte foi equivalente a 250 quilotons de TNT – uma capacidade explosiva 16 vezes maior do que a bomba lançada em Hiroshima durante a Segunda Guerra Mundial. A explosão também apresentou uma ordem de magnitude maior que os cinco testes anteriores feitos pelo país.

Uma pesquisa publicada esta semana no Journal of Geophysical Research: Solid Earth forneceu novas estimativas para um teste nuclear subterrâneo conduzido pela República Popular Democrática da Coreia do Norte em 3 de setembro de 2017.

A bomba, detonada no local de testes nucleares de Punggye-ri no Monte Mantap, produziu 250 quilotons de TNT, de acordo com a nova pesquisa. Considerando que essas estimativas não são estritamente precisas, esse número pode chegar a 328 quilotons.

O teste de 2017 também foi de uma ordem de magnitude maior do que qualquer um dos testes anteriores realizados no local de 2006 a 2016, indicando um aumento repentino na capacidade.

Os autores do novo estudo elaboraram uma estimativa mais precisa levando em conta a geologia da região. Para determinar o poder dessas armas à distância, os cientistas estudaram as ondas sísmicas produzidas por esses testes.

A Coreia do Norte retirou-se do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares em 2003 e começou a testar armas nucleares em 2006. O país já realizou um total de seis testes, cada um mais potente que o anterior. Mas, conforme mostra a nova pesquisa, a diferença detectada entre o quinto e o sexto é particularmente alarmante. O salto de cerca de 20 quilotons para 250 quilotons significa um aumento dramático no potencial nuclear da Coreia do Norte.

“O mais assustador é que era uma bomba muito grande.”

"De 2006 a 2016, a Coreia do Norte aumentou de forma constante o tamanho dos eventos, de algo em torno de 1 quiloton para cerca de 20 quilotons. Os primeiros resultados pareciam não ser muito bons, porque eram incomumente pequenos", disse o co-autor Thorne Lay, sismólogo da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, em um comunicado da American Geophysical Union à imprensa. "E então, em um ano, eles saltaram para cerca de 250 quilotons. O mais assustador é que era uma bomba muito grande".

Esta nova estimativa não é totalmente surpreendente. O teste de 2017 desencadeou um terremoto de magnitude 6,3 — um evento que literalmente moveu montanhas. A explosão subterrânea também causou o colapso da câmara nuclear no local de testes de Punggye-ri.

Estimativas atualizadas dos seis testes nucleares conduzidos pela Coreia do Norte até agora. Linhas verticais pretas indicam a potência estimada de cada bomba, enquanto as barras azuis mostram a margem de erro de acordo com as incertezas. Imagem: AGU

Um estudo de 2018 havia avaliado a potência dessa mesma bomba em 209 quilotons. É prática comum à inteligência dos EUA aplicar uma margem de erro duas vezes maior e menor que o número de referência, então as estimativas relatadas variavam entre 120 e 304 quilotons.

O novo estudo aumentou ainda mais o valor correspondente à potência, para 250 quilotons com uma margem de erro entre 148 e 328 quilotons. No caso da estimativa mais alta, o número equivale a quase 22 vezes a força da bomba lançada sobre Hiroshima, que foi de 15 quilotons.

Para elaborar essas estimativas atualizadas, os pesquisadores analisaram dados compilados previamente sobre a maneira como o som viaja através de diferentes tipos de rocha. Uma onda sonora, por exemplo, se comportará de maneiras diferentes ao se propagar através do granito e do arenito. Como a geologia do Monte Mantap e da área ao seu redor não é muito conhecida, os cientistas tiveram que usar as explosões de testes nucleares anteriores conduzidos em Punggye-ri como base para configurar seus modelos.

Vista de satélite do Monte Mantap, o local dos testes nucleares. A localização exata de cada teste, designada de NK1 a NK6, está indicada em amarelo. Imagem: Google Earth/AGU

Uma consideração importante estava relacionada à forma como explosões subterrâneas repercutem da superfície como um eco — um efeito que distorce as gravações sísmicas feitas à distância. Com isso em mente, os pesquisadores estimaram os "tamanhos relativos das bombas, encontrando uma combinação de profundidade e potência que compensava o reflexo do som da superfície", como observou a AGU em seu comunicado à imprensa.

"Eles modelaram como seria o reflexo para diferentes potências e profundidades e descobriram como seria o sinal se não tivessem que considerar essa onda de retorno. Para mim, o mais impressionante desse estudo é a semelhança entre as formas dessas ondas. Isso é o que me faz acreditar que eles fizeram um bom trabalho", disse o geólogo Steven Gibbons, que não estava envolvido no novo estudo, no comunicado da AGU. "Acho que os autores levaram o assunto ao limite com este estudo. Eu ficaria surpreso se conseguíssemos restringir ainda mais [as estimativas da] potência absoluta sem informações adicionais".

Quanto ao tipo de arma utilizada no teste de 2017, Lay disse que é uma bomba de fissão reforçada ou um dispositivo de fusão modesto, sendo este também conhecido como bomba termonuclear ou de hidrogênio. Bombas de fusões combinam núcleos de hidrogênio para formar hélio, resultando em um enorme potencial explosivo – sendo que o maior deles, a Tsar Bomba em 1961, produziu mais de 50 mil quilotons.

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YouTube se compromete a apagar vídeos com conteúdo de ódio, como os que pregam o nazismo

Posted: 05 Jun 2019 01:02 PM PDT

Por muito tempo, o Facebook foi alvo de críticas pela forma como lidava com conteúdo de ódio. Mais recentemente, o YouTube começou a ser alvo de escrutínio por causa do sistema de recomendação do site, que acabava indicando conteúdos extremistas por atraírem maior engajamento, além de problemas ao lidar com pedofilia na plataforma. Nesta quarta-feira (5), a companhia anunciou uma atualização em suas diretrizes da comunidade para evitar abusos na plataforma.

De forma bem direta, agora o YouTube disse que vai trabalhar para remover vídeos que "afirmem a superioridade de um determinado grupo como justificativa para discriminação, segregação ou exclusão com base em características como idade, gênero, raça, casta, religião, orientação sexual ou situação de veterano de guerra".

Como exemplo, o blog post sobre a mudança da plataforma cita a ideologia nazista e pessoas que negam que houve o Holocausto. No entanto, o banimento deve incluir ainda vídeos mostrando preconceito contra castas (algo que ocorre historicamente na Índia) ou mesmo ofensas por orientação sexual.

A rede não fala abertamente o que levou a essas mudanças de diretrizes. No entanto, recentemente, o comentarista político conservador Steven Crowder gravou vídeos ofendendo o jornalista Carlos Maza, da Vox. Crowder insultava Maza por sua orientação sexual e sua origem.

O jornalista, então, fez uma série de tuítes relatando os insultos e de que estava sendo alvo de doxing — algumas pessoas chegaram até a mandar ofensas pelo telefone dele. Um perfil oficial do YouTube, então, respondeu a Maza dizendo que "embora Crowder tenha usado linguagem ofensiva, aquilo não violava as políticas da rede".

Isto fez com que o assunto ganhasse grande repercussão, pelo menos nos meios de comunicação dos Estados Unidos, e que talvez tenha chamado a atenção da rede para o problema. Aliás, na tarde desta quarta-feira, o YouTube disse que iria remover a monetização do canal de Crowder.

Apesar da nova diretriz, o YouTube diz que alguns vídeos não serão tirados do ar. É o caso de conteúdos sobre legislações, que exponham ou condenem o ódio ou que ofereçam uma análise dos acontecimentos.

Contra conteúdo de ódio e duvidoso

Um dos grandes desafios de se combater os abusos na plataforma é justamente estabelecer limites sobre o que é conteúdo de ódio e o que não é. Por isso, o YouTube disse que, antes de tomar uma decisão sobre o assunto, consultou especialistas em extremismo, supremacia, direitos civis e liberdade de expressão.

"Graças à sua natureza aberta, o YouTube incentiva a criatividade e o acesso à informação. Cabe a nós a responsabilidade de proteger essa conquista e impedir que a plataforma seja usada para incitar o ódio, o assédio, a discriminação e a violência", informa a plataforma em um blog post.

No anúncio desta quarta, a rede faz questão de retomar algumas ações anunciadas anteriormente. A primeira delas tem relação com conteúdo duvidoso — vídeos, por exemplo, falando sobre terraplanismo ou mesmo curas milagrosas de doenças começaram a aparecer menos nas recomendações nos Estados Unidos. A ideia é que isso seja expandido em todos os mercados e que apareçam vídeos de fontes confiáveis nas recomendações em vez de teorias mirabolantes ou não verificáveis.

O YouTube também quer mexer no bolso de criadores que produzem este tipo de conteúdo. No caso, a rede vai restringir a monetização de pessoas que publiquem vídeos que disseminam ódio e impedir o uso de Super Chat, uma ferramenta que possibilita que assinantes do canal tenham acesso exclusivo a vídeos do dono do canal.

No papel, a ideia é muito boa. No entanto, resta saber se na prática vai funcionar, dadas as nuances de argumentação. O YouTube se posicionar já parece ser o começo de algo; se vai funcionar mesmo, só o tempo dirá. Recentemente, após o massacre de Christchruch, na Nova Zelândia, a rede teve problemas para conseguir apagar os vídeos do homem atirando contra muçulmanos — toda hora aparecia alguém com uma cópia do arquivo.

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Nubank terá opção de investimento em RDB para clientes da NuConta — conheça as diferenças e saiba o que muda

Posted: 05 Jun 2019 12:21 PM PDT

Fachada da entrada do prédio do Nubank em São Paulo

Um dos grandes atrativos da NuConta é que o saldo rende juros. Isso poderá ser feito de mais uma forma: o Nubank anunciou nesta terça-feira (4) que oferecerá mais uma opção de investimento aos clientes da NuConta. É o recibo de depósito bancário (RDB). Ele terá o mesmo rendimento da NuConta atual e funcionará da mesma maneira, com aplicação automática do saldo em conta. Por outro lado, ele conta com proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

O recibo de depósito bancário (RDB) é um pouco diferente por trás das cortinas. Ele funciona de maneira parecida com o certificado de depósito bancário (CDB), que você já deve ter visto na opção “Investimentos” da conta do seu banco.

Ao aplicar em um RDB, você está emprestando dinheiro a uma instituição financeira — no caso, à Nu Financeira, braço de operações de crédito do Nubank que teve sua autorização emitida pelo Banco Central no final de 2018.

O RDB da Nu Financeira conta com proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Ele é uma instituição privada sem fins lucrativos que tem bancos e outras empresas financeiras como associadas. Sua função é dar garantias para clientes e para o sistema financeiro.

O FGC garante que o dinheiro em contas correntes, contas poupanças e aplicações financeiras como CDBs e RDBs serão pagas caso o banco quebre — como aconteceu há um tempo com o banco Neon. O limite de cobertura é de R$ 250 mil para cada CPF.

De acordo com o Valor Investe, 4,8 milhões de clientes da NuConta já tem acesso à nova opção e todos os mais de 8 milhões poderão usar a novidade daqui a duas semanas.

A nova aplicação para o saldo na conta é opcional — quem não quiser aderir poderá continuar com a NuConta nos mesmos moldes que ela é hoje. Diz o blog do Nubank:

Lembrando que essa novidade é optativa e não fazemos nada sem o consentimento dos nossos clientes: você precisa aceitar que seus novos depósitos sejam em aplicações em RDB.  Além disso, a qualquer momento, você pode revisitar a decisão e optar por desativar as aplicações em RDB.

Como é hoje?

O rendimento atual da NuConta vem de títulos públicos federais em que seu dinheiro fica aplicado. Basicamente, o dinheiro da sua conta é emprestado para o governo, que corrige o valor com juros. É parecido com o que acontece no Tesouro Direto, por exemplo.

Isso acontece porque a NuConta é classificada como “conta de pagamento” na legislação brasileira. Ela é um pouco diferente de uma conta corrente tradicional, chamada “conta de depósitos”. Isso acontece porque o Nubank é uma instituição de pagamentos, não um banco.

O Nubank não pode usar os recursos da NuConta para suas próprias operações financeiras. Bancos podem usar uma parte do dinheiro de contas correntes para oferecer empréstimos a empresas e outros clientes, por exemplo. Tudo que o Nubank, por outro lado, pode fazer com a grana da NuConta é depositar esse valor na conta do Banco Central ou aplicar nos tais títulos públicos federais.

Quais as diferenças na prática?

Na prática, pouca coisa muda. A aplicação do saldo em conta continua, e tanto o rendimento atual da NuConta quanto o do RDB são, pelo menos nesse primeiro momento, de 100% do CDI.

(CDI, caso você não saiba, é uma taxa de referência para transações entre bancos que acompanha bem de perto a taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira, que estão hoje em 6,5% ao ano.)

A tributação do RDB também é a mesma: há incidência de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os juros, caso o dinheiro seja usado menos de 30 dias depois da aplicação, e de Imposto de Renda (IR) que vai diminuindo de 22,5% a 15% à medida que o tempo do depósito passa.

Os riscos também são baixos para as duas modalidades. O rendimento da NuConta por títulos públicos federais contava com garantia do Tesouro Nacional, que também garante o Tesouro Direto. Já a garantia do FGC para o RDB protege as aplicações, caso a Nu Financeira tenha problemas ou venha a falir.

Além disso, a NuConta ganhou outra novidade: ela também passou a aceitar transferências por DOC. Antes, ela só recebia TEDs. DOCs também podem ser feitos de poupanças e, em alguns bancos, sua tarifa é mais baixa que a do TED.

[Nubank, Valor Investe]

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Até a NSA está pedindo para as pessoas atualizarem seus computadores com Windows antigo

Posted: 05 Jun 2019 11:16 AM PDT

Ex-CEO da Microsoft Steve Ballmer ao lado de um laptop com Windows Vista

Não é todo dia que a NSA (Agência Nacional de Segurança) pede que você atualize seu computador.

Há três semanas, uma vulnerabilidade crítica do Windows conhecida como BlueKeep foi revelada e consertada. Em um curto período de tempo, a Microsoft passou a pedir para os usuários de versões antigas do Windows se assegurarem que suas máquinas estavam atualizadas. A empresa até liberou correções para Windows XP, Server 2003 e Vista — sistemas que a companhia não oferece mais suporte.

Agora, temos um órgão de inteligência dos Estados Unidos fazendo eco ao que foi dito pela Microsoft.

"Alertas recentes da Microsoft reforçam a importância de instalar correções para corrigir uma vulnerabilidade de protocolo em versões antigas do Windows", diz o comunicado da NSA. "A Microsoft alertou que esta falha é provavelmente 'wormable', o que significa que pode se espalhar sem a necessidade de interação do usuário. Nós já vimos worms de computador devastadores causarem danos em sistemas sem atualização e com amplo impacto, e estão buscando motivar uma proteção maior contra esta falha".

Além de cuidar das missões de vigilância eletrônica, a agência também tem como tarefa defender redes dos Estados Unidos. O Centro de Requisitos de Cibersegurança, da NSA, foi o autor do alerta, que listou os sistemas impactados e as orientações para mitigação do problema.

O aviso da Microsoft compara o BlueeKeep ao WannaCry, o ransomware de 2017, que foi supostamente desenvolvido pela Coreia do Norte e infectou milhares de computadores pelo mundo, causando prejuízos milionários.

Embora o BlueKeep afete principalmente as versões antigas do Windows, há milhões de máquinas com Windows por aí — e, acredite ou não, elas ainda são usadas em lugares importantes. Uma empresa de energia nos EUA, por exemplo, usa o Windows XP em sua rede. Pior é quando a máquina conta com uma vulnerabilidade e cuida de um serviço crítico. O Departamento de Defesa dos EUA tem a fama de usar máquinas antigas com o Windows XP.

"Embora a Microsoft tenha liberado uma correção, potencialmente milhões de máquinas ainda estão vulneráveis", escreveu a NSA.

"Este é o tipo de vulnerabilidade que cibercriminosos frequentemente exploram por meio de códigos de software especificamente para este tipo de problema. Por exemplo, a vulnerabilidade pode ser usada para explorar ataques de negação de serviço", afirmou. "É provável que seja apenas uma questão de tempo de haver ferramentas de exploração altamente difundidas para este problema. A NSA está preocupada que cibercriminosos e kits de exploração contendo as falhas aumentem a potencialidade de sistemas ainda não corrigidos".

Simon Pope, da Microsoft, pediu que todos com uma máquina Windows antiga faça o update:


Tradução: Apenas um lembrete. Atualize seus sistemas. Não o deixamos ainda completamente de lado. A probabilidade de haver um worm ainda é alta — estamos apenas 15 dias após a Update Tuesday. Há ainda muito tempo para aparecerem mais [worms do tipo], mas as consequências podem ser devastadoras se isso acontecer.

É quase certo que vejamos algum tipo de exploração desta vulnerabilidade. Além das preocupações da NSA, a empresa de segurança McAfee e a Zerodium, cada uma, de forma independente, conseguiu ver a falha ser explorada.

Já faz quase três semanas que o BlueKeep foi consertado. Levou dois meses para o WannaCry ser varrido do mundo. Após relatos na semana passada de que quase um milhão de máquinas ainda não está protegida contra o BlueKeep, a NSA informou nesta terça-feira que "potencialmente milhões de máquinas ainda estão vulneráveis”.

Especialistas em Cibersegurança manterão os olhos abertos nesta falha durante o mês. Então, apertem os cintos, pois essa briga parece estar longe de acabar.

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Vício em café e cigarro pode transformar sua estadia no hospital num pesadelo

Posted: 05 Jun 2019 09:05 AM PDT

Mão de uma pessoa apertando botão para chamar enfermeiro

Fumantes e vidrados em café podem ter sérios problemas se acabarem internados, sugere uma pesquisa preliminar. Pacientes em Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI) geralmente sofrem sintomas de abstinência da cafeína e nicotina. O pior é que os médicos podem confundir esses sintomas, levando a tratamentos ou testes desnecessários.

Os autores desta pesquisa, apresentada na semana passada durante o encontro anual da European Society of Anesthesiology (Sociedade Europeia de Anestesiologia), conduziram uma análise da literatura médica em pessoas que estavam lidando com sintomas de abstinência na CTI. Eles revisaram 12 estudos envolvendo quase 500 adultos tratados na UTI entre 2000 e 2018.

Eles descobriram que fumantes que ficaram sem doses de nicotina tinham duas vezes mais chances de se sentirem agitados durante o tratamento intensivo, comparado com não-fumantes (64% contra 32%). Essa agitação fez com que fosse mais provável terem seus tubos de intubação ou itens de administração intravenosa deslocados (14% de deslocamentos causados pela agitação em fumantes comparados com 3% dos não-fumantes), o que pode ser prejudicial e impactar na recuperação.

A abstinência de cafeína, por sua vez, estava ligada a sonolência, náusea, vômito, dores de cabeça e uma maior taxa de delírio (uma condição complexa marcada pela debilitação cognitiva).

Esses problemas físicos são apenas parte de um todo, de acordo com a autora líder Maya Belitova, professora associada na Medical University of Sofia, na Bulgária.

“Esses sintomas lembram condições como a meningite, encefalite e hemorragia intracraniana – o que pode confundir o diagnóstico clínico e resultar em testes desnecessários que podem causar danos ao paciente, custar muito dinheiro e perda de tempo”, disse Belitova em um comunicado publicado pela European Society of Anesthesiology.

A falta de familiaridade que os médicos tem com os sintomas da abstinência de nicotina e cafeína também torna difícil de saber qual é a melhor maneira de ajudar os pacientes na CTI que sofrem dessas condições, disseram Belitova e seus colegas.

Algumas das pesquisas que foram analisadas, por exemplo, sugerem que injeções de cafeína podem aliviar as dores de cabeça relacionadas com a abstinência, mas existe pouca evidência de seus efeitos nos pacientes de CTI. E enquanto a terapia de substituição da nicotina deveria ajudar nos sintomas de abstinência, existem evidências de que isso poderia contribuir para um risco maior de delírio prolongado, que pode piorar as chances de recuperação.

“Pacientes da CTI podem se beneficiar com a substituição de nicotina ou suplementação de cafeína, mas com pouca evidência de sua efetividade, isso deve ser deixado para o julgamento dos médicos responsáveis”, disse Belitova.

O potencial para confusões é grande. De acordo com informações da Organização Internacional do Café, o brasileiro consome, por ano, cerca de 81 litros da bebida – cerca de uma xícara por dia. Além disso, dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 mostram que 14,7% dos brasileiros acima dos 18 anos são fumantes.

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iTunes morreu para o Mac, mas passa bem no Windows

Posted: 05 Jun 2019 08:13 AM PDT

Após muita especulação e altas expectativas, a Apple enfim confirmou que o iTunes não vai fazer mais parte dos planos da empresa, sendo substituído por três novos apps: Music, Podcasts e TV. Após a euforia inicial, restaram agora as dúvidas sobre como esse processo de desativação vai acontecer na prática.

Um dos pontos mais curiosos é que a Apple vai realizar uma série de mudanças em seus produtos para encerrar o iTunes, mas vai manter o aplicativo para Windows. Segundo a empresa, usuários do sistema operacional da Microsoft poderão continuar utilizando o iTunes sem qualquer alteração. No entanto, não há informações sobre como isso será no futuro, se a Apple vai continuar a oferecer suporte e atualizações para o aplicativo ou a ideia é encerrá-lo de vez para esses usuários também.

Para aqueles que vão abandonar o iTunes, vale lembrar que a Apple Music não será um aplicativo totalmente novo e diferente, focado exclusivamente em streaming, mas vai absorver os principais recursos do iTunes. Isso significa que as bibliotecas de músicas existentes dos usuários do iTunes serão importadas para o Music, o que inclui as músicas compradas através do app e as extraídas de CDs, MP3s e outras fontes. Ainda será possível também subir arquivos que não são do iTunes na nuvem, além de continuar a comprar músicas da Apple.

Agora, se você usava o iTunes apenas como ferramenta para sincronizar e gerenciar os arquivos dos seus dispositivos iOS, a Apple informou que quem vai assumir essa tarefa será o Finder. Com a atualização, ele terá uma interface muito similar à do iTunes, com muitos recursos semelhantes. Essa mudança parece fazer sentido, considerando que o Finder sempre foi o ambiente utilizado para gerenciar qualquer outro dispositivo conectado ao computador.

Resta agora saber se esse desmembramento do iTunes vai, de fato, resultar em aplicativos que superam infinitamente o antigo app de música, conquistando assim usuários fiéis ou se eles continuarão buscando outras soluções de empresas concorrentes.

[Ars Technica]

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Dia dos Namorados: os melhores presentes para curtir a dois

Posted: 05 Jun 2019 07:55 AM PDT

O Dia dos Namorados está chegando! Se você quer um presente especial para dar para o seu amor e curtir junto com ela ou ele, nós temos algumas recomendações. Que tal coisas para tomar um café especial, fazer comidas deliciosas e beber aquela cerveja para relaxar? Fizemos uma lista de utilidades domésticas bacanas para vocês aproveitarem a dois. Veja!

Para degustar um café

Você e seu amor gostam de tomar um cafezinho enquanto conversam? Uma boa pedida é dar de presente uma cafeteira Nespresso. A Essenza Mini é uma ótima opção para o Dia dos Namorados. Você também pode usar o cupom NESPRESSO15 e ganhar 15% de desconto. Além disso, você recebe R$ 200 em cápsulas de café.

Cafeteira Nespresso Essenza Mini

Se você prefere alguma coisa mais artesanal, moendo os grãos na hora para um café fresquinho, uma boa pedida é o moedor Di Grano, da Cadence. Depois, é só passar o café usando a cafeteira para duas xícaras da Multilaser.

Cafeteira Nespresso
Nespresso Essenza Mini, Máquina de Café, 110V, na cor preta.
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Moedor de grãos de café
Moedor Cadence De Café Di Grano Cadence Marrom 110v
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Cafeteira 2 Xícaras 500W 127V com Indicador de Nível de Água e Proteção Contra Superaquecimento, Multilaser BE009, Preto
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Para cozinhar juntos

Se vocês dois gostam de cozinhar juntos, que tal dar de presente no Dia dos Namorados um novo utensílio? Duas boas pedidas são o grill Sapore, da Cadence, que tem espaço para assar muita coisa e conta com prensa regulável, e a sanduicheira grill da Black & Decker, ótima para lanches rápidos.

Grill Cadence Sapore com linguiças, pães, hambúrgueres e ovos.

Grill Sapore
Grill Sapore, Cadence GRL500-127V, Preto; prepara frango, hambúrguer, ovo, bacon, peixes
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Grill e Sanduicheira
Sanduicheira Grill, Black+Decker, Padrão
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Para curtir um filme ou uma série

Ver TV juntos é um ótimo programa, né? E nada melhor do que pipoca para acompanhar. Para facilitar, você pode dar de presente de Dia dos Namorados a pipoqueira elétrica Pop Mais, da Cadence. Ela não utiliza óleo nem gordura e faz pipocas sequinhas. Ainda tem uma colher dosadora para você fazer a medida certa para sua fome.

Pipoqueira Pop Mais da Cadence

 

Pipoqueira elétrica
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Para relaxar

Às vezes, vocês só querem relaxar juntos e descansar depois de uma semana corrida e cheia de trabalho. Que tal uma massagem? A almofada massageadora Shiatsu ajuda a aliviar tensões. E se quiser tomar uma cerveja, a cervejeira Electrolux BEER2 tem capacidade para até 40 latinhas. Dá para você guardar todas as suas artesanais favoritas para dividir naquele momento especial.

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Golpistas roubaram US$ 19 milhões em iPhones nos EUA com fraude que durou por 7 anos

Posted: 05 Jun 2019 06:58 AM PDT

Dois iPhones XS dourados e um iPhone XR azul

Todos sabemos que iPhones são caros, então faz sentido que os aparelhos sejam alvo de golpistas e roubos. Há algum tempo, dois estudantes de engenharia no Oregon foram processados após conseguirem trocar  iPhones falsos por originais, dando um prejuízo aproximado de US$ 900 mil para a Apple. Novos detalhes de uma reportagem do Quartz, no entanto, revelaram uma fraude que coloca essa última no bolso. Por sete anos, uma quadrilha baseada em Nova York roubou US$ 19 milhões em iPhones.

O esquema funcionava assim: golpistas se apresentavam como clientes legítimos, levando consigo identidades falsas e cartões de débito para as lojas de telefonia celular. Em seguida, eles pediam para atualizar seus telefones em contas existentes. Os fraudadores, então, mais uma vez representando clientes reais, "pagam" pelos novos telefones parcelando ao longo de vários meses na conta de uma vítima. No momento em que a fraude era notada, já era tarde demais.

O golpe foi revelado em uma denúncia recentemente aberta por procuradores federais dos EUA. Os documentos do tribunal revelam alguns detalhes impressionantes. Primeiramente, a fraude atingiu varejistas direcionados que abrangem 34 estados, embora não esteja claro quantos telefones foram roubados ou a quantidade de clientes afetados.

Os documentos também revelam que a quadrilha em si operava como se fosse um negócio mesmo, com uma hierarquia própria. Os líderes do grupo se identificavam como "top dogs". Eles eram supostamente responsáveis por organizar e financiar viagens, além de vender iPhones roubados. Abaixo deles estavam as pessoas que lidavam com o roubo de identidades e criavam documentos falsos. Enquanto isso, outros trabalhavam como motoristas e pessoas que viajavam pelos Estados Unidos para comprá-los para, em seguida, mandá-los de volta para o Bronx.

Uma testemunha que cooperou com o caso disse que fez 18 viagens para a quadrilha e que ganhava cerca de US$ 100 por telefone roubado. A testemunha disse ainda que a organização fornecia uma identidade falsas e um cartão bancário, que seria usado como uma forma secundária de identificação.

A coisa toda começou a desmoronar, no entanto, em 2014 quando um funcionário de uma companhia de entrega notou que estava rolando algo suspeito. Primeiramente, um grande número de pacotes estava sendo pago com dinheiro, cheque ou cartão de crédito — o que significa que os remetentes não tinham um cadastro na empresa de entrega. Esses pacotes também foram enviados a uma taxa expressa nacional para os mesmos locais. E, enquanto todos os pacotes estavam vindo de fora do estado, todos eles tinham como endereço de retorno o estado de Nova York. O funcionário também estranhou um grande número de pacotes dos dois endereços em Nova York pagos da mesma forma indo para diferentes locais fora do estado.

Em algum momento no primeiro semestre de 2014, a denúncia detalha que a empresa de transporte abriu 39 pacotes e encontrou 253 smartphones que os investigadores descobriram posteriormente serem obtidos por meios fraudulentos. A empresa também encontrou quatro pacotes contendo dezenas de cartões de crédito e carteiras de motorista, além de outras formas de identificação falsa.

Até o momento, seis indivíduos foram acusados por fraude, conspiração para cometer fraude de correspondência e roubo de identidade. Segundo o Quartz, os acusados se declaram inocentes e estão atualmente livres de uma fiança de US$ 100 mil, mas aguardando julgamento. O Gizmodo entrou em contato com a Apple para comentar o caso, mas não recebeu uma resposta.

Embora a engenhosidade do trabalho chame a atenção, ela também ilustra que, quanto maior o golpe, maior a chance de ser pego. E nem precisa ser alguém da sua própria equipe para delatar — basta um funcionário esperto de uma empresa de transporte.

[SDNY via Quartz]

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Novo Firefox vem com mais mecanismos de privacidade e bloqueio automático de rastreadores

Posted: 05 Jun 2019 05:02 AM PDT

A Mozilla mostrou que está mais do que preparada para enfrentar uma guerra entre navegadores. Após a Apple discursar durante a WWDC sobre como pretende priorizar a privacidade dos usuários, a empresa proprietária do Firefox anunciou nesta terça-feira (4) uma série de medidas de segurança que farão parte das versões atualizadas de seus produtos.

Confira abaixo um resumo do que o comunicado de Dave Camp, vice-presidente sênior do Firefox, publicado no blog da empresa, promete:

Bloqueio automático de cookies

A principal novidade é que a nova versão do Firefox vai automaticamente bloquear rastreadores, também conhecidos como cookies de terceiros.

Em 2017, a empresa já havia adicionado a opção de habilitar a Proteção contra Rastreamento mesmo fora da navegação privada. Na época, cabia ao usuário configurar essa opção, mas logo em 2018, a Mozilla anunciou que o Firefox iria bloquear esse rastreamento por padrão.

A novidade agora é real: se você baixar o Firefox hoje, o recurso de Proteção contra Rastreamento Reforçada já estará habilitado como configuração padrão do navegador. Ou seja, os cookies de rastreamento já estarão bloqueados sem que você precise se preocupar com nada. Para visualizar a lista de empresas que o Firefox bloqueou, basta clicar no ícone do escudo que aparece na barra de endereço, abrir a seção Bloqueio de Conteúdo e selecionar a opção "cookies".

Agora, se você já tem o Firefox instalado, o novo recurso de privacidade será atualizado como padrão "nos próximos meses", segundo comunicado publicado no blog da empresa. No entanto, você mesmo pode ativar por conta própria, clicando no ícone de um pequeno "i" na barra de endereço, ou acessando o menu de configurações do navegador.

A Mozilla afirma que o objetivo da atualização é permitir que os usuários possam utilizar a internet da melhor forma, sem precisarem se preocupar com questões de privacidade. Afinal, mesmo que a opção de habilitar a proteção contra rastreamento esteja disponível, poucos usuários alteram as configurações do navegador.

Facebook Container

A extensão Facebook Container permite ao usuário controlar e isolar sua atividade na internet do Facebook, impedindo, por exemplo, ser rastreado pela rede social enquanto navega em outros sites. Segundo a empresa, já foram contabilizados mais de 2 milhões de downloads da extensão. A novidade agora é que a mais recente atualização também impede que o Facebook rastreie os usuários em outros sites que possuem recursos da rede social, como os botões de curtir e compartilhar.


Ícone roxo indica que o Facebook Container está impedindo que o Facebook rastreie a sua visita ao site. Crédito: Mozilla

A Mozilla afirma que essa atualização vai tornar muito mais difícil para o Facebook criar "perfis sombra" de pessoas que não possuem uma conta na rede social.

Firefox Lockwise

Mais um lançamento para adicionar à lista de novas extensões, o Firefox Lockbox – que já estava disponível para iOS e Android – agora chegou para desktop. Com a versão para desktop completando as opções do recurso de gerenciamento de senhas, a Mozilla apelidou o pacote de "Firefox Lockwise".

Segundo o comunicado no blog da Mozilla, basicamente a nova extensão para desktop vai permitir aos usuários gerenciar a lista de senhas salvas com mais facilidade, além de poder acessá-las de qualquer lugar, já que o Firefox Lockwise terá uma integração entre os diversos dispositivos.

Firefox Monitor

O Firefox Monitor é um serviço gratuito que alerta os usuários quando seus e-mails estiverem envolvidos em algum incidente de vazamento de dados. A novidade aqui é o lançamento de um painel central para ajudar as pessoas a gerenciar diversas contas de e-mail, seja pessoal ou profissional.

A partir desse painel, é possível acompanhar quais contas estão sendo monitoradas, o quanto das suas informações foram expostas devido ao vazamento de dados, e se algumas das suas senhas foi comprometida.

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O novo produto de luxo da Apple é a privacidade

Posted: 05 Jun 2019 04:04 AM PDT

Ilustração mostra iPhone e botão 'Login com a Apple'

A Apple quer te vender todos os tipos de novos serviços: música, revistas, séries de TV, entre outros. Mas com o anúncio do iOS 13, parece que a companhia está transformando uma de suas funcionalidades clássicas em um serviço em si. Ter um alto nível de privacidade será uma das maiores vantagens ao ter um produto da empresa.

O novo serviço Login com a Apple (Sign in with Apple) deve mudar a maneira com que usuários do iOS acessam aplicativos. Em vez de entregar o seu endereço de e-mail para um desenvolvedor ou usar uma conta de rede social como o Facebook ou Google, você poderá logar nos aplicativos usando o seu Apple ID.

Como funciona o Login com a Apple

Ao tocar no botão Login com a Apple você irá se autenticar com o Face ID ou Touch ID e essa opção criará um ID aleatório único para irá evitar que desenvolvedores acessem seus dados pessoais.

Se um desenvolvedor pedir por um endereço de e-mail, a função te perguntará se você quer gerar um e-mail aleatório único que manterá o seu verdadeiro endereço privado. Qualquer mensagem que o aplicativo decida mandar para você será encaminhado a partir desse endereço aleatório para a sua caixa de entrada.

Quanto isso custa e o que está em jogo

O novo serviço será liberado com o lançamento do iOS 13, o que significa que ele é quase gratuito. Você só precisará de um dispositivo iOS que rode a nova versão do sistema – compatível a partir do iPhone 6s.

Na prática, isso significa que se você quiser entrar para o clube da superprivacidade da Apple, será preciso ter um dispositivo que custa pelo menos uns R$ 1.800. Fica um pouco mais em conta se você comprar um dispositivo usado, muito embora seja meio bobo se referir a qualquer coisa que a Apple vende como “barato”.

É claro que alguém pode dizer que você pode ignorar a Apple e gastar sua grana em um smartphone Android com especificações superiores e que custa menos. Mas optar por um celular com sistema operacional do Google tem um custo diferente.

O que torna o Login com a Apple uma alternativa tão atrativa para os outros tipos de login é que ele previne que empresas como o Google e Facebook rastreie seus acessos. Ambas as empresas oferecem esses serviços de login para obter acesso a valiosos dados de usuários. Em outras palavras, os usuários têm a facilidade de acessar app com um toque, mas sacrificam sua privacidade.

Existe uma grande chance de que desenvolvedores odeiem o Login com a Apple. Para iniciantes, a Apple diz em uma atualização às suas diretrizes de revisão para submissões na App Store que a opção de Login com a Apple “será exigido como uma opção para os usuários de aplicativos que suportem logins com serviços de terceiros quando a opção estiver comercialmente disponível até o final deste ano”.

Em outras palavras, se um desenvolvedor quiser oferecer as opções de login do Facebook ou do Google, eles precisarão incluir a opção da Apple também. Isso pode ser ruim para desenvolvedores, mas é inegavelmente bom para os usuários do iOS, que até agora não tinham uma maneira totalmente privada e segura de fazer login nos aplicativos.

Privacidade como produto

Ainda assim, alguns céticos estão se perguntando se a Apple está apenas reforçando suas ofertas de privacidade em uma tentativa de convencer mais pessoas a comprar iPhones. É claro que é!

A Apple sempre se posicionou como uma empresa de tecnologia que se importa com a privacidade dos usuários, e esse mote de vendas se tornou mais convincente a medida que os vazamentos de dados se tornaram piores e as empresas famintas por dados como o Google começaram a coletar mais e mais informações pessoais.

Anúncios direcionados, como resultado, estão ficando cada vez mais esquisitos – assustadores a ponto das pessoas pensarem que o Facebook grava as nossas conversas no mundo real para oferecer personalizações melhores.

Essa teoria da conspiração provavelmente não é verdadeira, mas é assustador o quanto empresas como o Facebook e o Google sabem sobre nós, em parte pela suas opções de login. Portanto, não é absurdo pensar que algumas pessoas estariam dispostas a pagar um pouco mais por um iPhone para evitar a vigilância do Big Brother Google.

Algumas dúvidas e mais privacidade como produto

O Login com a Apple só vai ser lançado no último trimestre do ano e ainda há muitas dúvidas sobre o serviço. Por exemplo, não está claro se existirá uma versão do Login com a Apple para pessoas que possuem um Apple ID mas não estão acessando a conta via um dispositivo iOS. Baseado no fato de a função estar listada como uma função do iOS, parece improvável a disponibilidade dos itens mencionados a curto prazo.

Login com a AppleCrédito: Captura de tela

O que sabemos é que a Apple está indo além em sua cruzada pela privacidade enquanto um novo serviço chega apenas para determinados produtos. Além do Login com a Apple, a companhia revelou um par de novas soluções do HomeKit que permite que fabricantes de câmeras de segurança e roteadores utilizem funcionalidades de privacidade.

O HomeKit Secure Video irá funcionar com novas câmeras da Arlo, Logitech e outras, permitindo que as transmissões sejam criptografadas pela Apple e enviadas diretamente para o iCloud.

E pode apostar que a Apple irá cobrar os usuários dessas câmeras pelo armazenamento do iCloud, embora a companhia não tenha revelado detalhes sobre esses planos. Sabemos menos ainda sobre os roteadores com HomeKit, mas a Apple disse que roteadores de companhias como a Eero e Linksys serão mais privados e seguros.

A privacidade como um serviço pode parecer uma boa ideia. Está bem claro que empresas com negócios baseados em dados ou uma iniciativa que coleta a maior quantidade de informações pessoais possíveis tem pouco interesse em proteções fortes à privacidade.

Basta olhar para a Amazon e o pesadelo sem fim de privacidade que é a Alexa para provar esse ponto. Como Tim Cook ama dizer, a Apple não tem interesse em vender os dados de usuários, então está dobrando suas apostas no comprometimento com a privacidade. A empresa também vai dobrar suas apostas em seu comprometimento com a venda de iPhones e, sim, com a venda de serviços. A Apple não se tornou uma empresa trilionária dando as coisas de graça.

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