sábado, 8 de junho de 2019

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NASA permitirá viagem de turistas para a Estação Espacial Internacional em 2020

Posted: 07 Jun 2019 02:45 PM PDT

Estação Espacial Internacional com a Terra ao fundo

A NASA planeja permitir viagem de turistas para a Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) a partir de 2020. Será preciso ser podre de rico para viver alguns dias na ISS: a diária custará cerca de US$ 35 mil por noite, fora os custos do lançamento que será custeado por empresas privadas e saem por aproximadamente US$ 50 milhões.

A agência espacial americana irá abrir um laboratório na Estação para os chamados astronautas privados e empresas comerciais.

Serão disponibilizados dois lançamentos por ano e os astronautas privados poderão ficar até 30 dias. As pessoas que planejarem fazer a viagem precisarão atender todos os requisitos de saúde e passar por todo o treinamento da agência espacial.

Elas iriam em voos espaciais financiados por empresas privadas e com naves americanas. O objetivo é fomentar o desenvolvimento de novos veículos espaciais.

Até o momento, Boeing e SpaceX são responsáveis pelo desenvolvimento de cápsulas para o envio de humanos ao espaço. Essas duas empresas irão lidar com os turistas e os serviços relacionados a eles.

A NASA continuará usando a ISS para pesquisas e testes em órbita baixa da Terra. E a expectativa é auxiliar o desenvolvimento de tecnologias espaciais da indústria privada, que podem ajudar a NASA na missão de retorno à Lua em 2024 e expandir missões futuras lideradas por essas companhias.

A NASA chegou a proibir qualquer uso comercial da ISS e proibiu que astronautas participassem em pesquisas lucrativas. Porém, a agência não é dona da estação, que foi construída em parceria com a Rússia a partir de 1998.

Em 2001, o empresário americano Dennis Tito pagou cerca de US$ 20 milhões por uma viagem de ida e volta à ISS, operada pela Rússia.

A ideia é que a iniciativa abra oportunidades para o uso comercial da ISS e inicie um processo de privatização planejado pelos Estados Unidos. De acordo com uma reportagem do Washington Post do ano passado, cerca de um terço do orçamento de US$ 3 bilhões da NASA é dedicada aos custos operacionais da ISS.

[NASA, Independent, CNBC]

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Rússia planeja bloquear VPNs como próximo passo no fechamento da Internet

Posted: 07 Jun 2019 01:11 PM PDT

A Rússia está cada vez mais perto de implementar o mesmo tipo de regulamentação da internet que existe sob o Grande Firewall da China . No início deste ano, os provedores de internet começaram a preparar testes para descobrir se a Rússia pode construir uma internet desconectada do resto do mundo. Agora, a Rússia planeja bloquear os principais serviços de VPN (rede privada virtual) que permitem que os usuários acessem sites proibidos.

Em março, a agência de regulamentação de telecomunicações da Rússia, Roscomnadzor, disse aos principais provedores de VPN para vincular seus servidores ao sistema de TI administrado pelo governo, que é usado para impedir que pessoas no país acessem sites proibidos.

O Roskomnadzor escreveu aos dez provedores – ExpressVPN, HideMyAss!, Hola VPN, IPVanish, Kaspersky Secure Connection, KeepSolid, NordVPN, OpenVPN, TorGuard e VyprVPN – e disse que as operações tinham 30 dias para responder, de acordo com um relatório da Reuters na época.

“Nos casos de não cumprimento das obrigações estipuladas pela lei, a Roskomnadzor pode decidir restringir o acesso a um serviço VPN”, disse Roskomnadzor em um comunicado, segundo a Reuters.

Segundo a TorrentFreak, desde que o aviso foi divulgado, a NordVPN explicou que não iria cumprir porque o ato seria uma violação dos termos de atendimento ao cliente. IPVanish , VPN Unlimited , VyprVPN e OpenVPN também rejeitaram os esforços de censura.

O diretor-presidente da Roscomnadzor, Alexander Zharov, disse ao canal russo Interfax nesta quinta-feira (6) que apenas o Kaspersky se conectou ao servidor de TI do estado.

“Todos os outros não responderam, além disso, eles escreveram em seus sites que não cumpririam com a lei russa”, disse Zharov à Interfax. "E a lei diz inequivocamente que se a empresa se recusa a cumprir a lei – ela deve ser bloqueada".

Zharov afirmou que a Roscomnadzor planeja bloquear os outros serviços de VPN dentro de um mês.

Como o TorrentFreak relata, isso significaria que os serviços VPN que não cumprirem com a lei seriam colocados na lista negra da Rússia, portanto os provedores de internet locais teriam que bloquear os usuários dos serviços, mas não está claro se isso afetaria os servidores de VPN ou suas presenças na web.

Se esses nove VPNs forem bloqueados, os russos ainda terão que recorrer a muito mais serviços, reconheceu Zharov. “Essas dez VPNs não esgotam toda a lista de programas de proxy disponíveis para nossos cidadãos”, disse Zharov à Interfax. “Eu não acho que haverá uma tragédia se eles forem bloqueados.”

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Microsoft apaga silenciosamente base de dados de 100 mil rostos utilizada por empresas chinesas de vigilância

Posted: 07 Jun 2019 11:32 AM PDT

Câmera de vigilância na China

Em 2016, a Microsoft desenvolveu uma base de dados com mais de 10 milhões de imagens de cerca de 100 mil pessoas. Nesta quinta-feira (6), o Financial Times noticiou que a companhia silenciosamente deletou a tal base de dados, batizada de MS Celeb, da internet.

Antes de ser apagada, a MS Celeb era a maior base de dados pública de imagens faciais do mundo. Era era chamada de “Celeb” de propósito para implicar que os rostos do conjunto eram de figuras públicas. Acontece que, de acordo com o Financial Times, muitas pessoas presentes lá não tinham dado permissão para o uso de suas imagens.

Na verdade, suas fotos foram incluídas a partir da raspagens a partir de buscas por imagens e vídeos sob a licença Creative Commons. Sob essa licença, você pode reutilizar fotos para pesquisa acadêmica, por exemplo. E o sujeito na foto não precisa, necessariamente, garantir a licença, uma vez que o dono da imagem já a garante.

No entanto, o Financial Times descobriu que o conjunto continha rostos de cidadãos privados e jornalistas de cibersegurança, incluindo Kim Zetter, Adrien Chen e Julie Brill, ex-Comissária da Comissão Federal de Comércio, entre outros.

“O site era voltado para propósitos acadêmicos”, disse a Microsoft ao Financial Times. “Ele era mantido por um funcionário que não está mais na Microsoft e desde então a página foi removida”.

Infelizmente, não é tão simples assim. O MS Cebeb já foi utilizado por diversas empresas, incluindo a IBM, Panasonic, Alibaba, Nvidia e HItachi.

A ferramenta também foi usada pela Sensetime e Megvii, duas empresas que são fornecedoras de tecnologia para as autoridades chinesas em Xinjiang, onde o reconhecimento facial e a inteligência artificial tem sido usada para rastrear e prender grupos minoritários como os uigures e muçulmanos.

A Sensetime foi avaliada em mais de US$ 4,5 milhões no final de 2018, e seus sistemas SenseTotem e SenseFace são utilizados por diversos departamentos da polícia da China.

A Megvii recentemente levantou US$ 750 milhões em um investimento e sua tecnologia Face++ foi citada em um relatório da Human Rights Watch como uma fornecedora da Plataforma da Junta de Operações Integradas (IJOP, na sigla em inglês) — um aplicativo da polícia utilizada em Xinjiang. O grupo de direitos humanos, no entanto, alterou seu relatório dizendo que o código do Face++ presente no IJOP não foi ativamente utilizado.

Em uma reportagem do New York Times, ambas as companhias negaram saber que seus softwares foram utilizados para identificar minorias na China.

Não está claro se o conjunto de dados do MS Celeb teve um papel importante nas tentativas de identificação racial do programa de Xinjiang, e se teve, não sabemos o quão crítico foi o uso dessa base para o desenvolvimento da tecnologia. No entanto, pesquisadores da MegaPixel argumentar que a Microsoft claramente perdeu o controle sobre quem utilizou sua base de dados. Um gráfico mostra que a China lidera a lista de países que utilizaram o MS Celeb em citações de artigos tanto em 2018 quanto em 2019.

A própria Microsoft expôs sua oposição sobre a utilização de tais tecnologias como uma forma de vigilância governamental. Em uma publicação em dezembro de 2018, a Microsoft pediu para que companhias criem proteções e para que governos comecem a regulamentar a tecnologia de reconhecimento facial.

Nesta publicação, a companhia reconheceu o potencial de abuso do reconhecimento facial por governos. Em abril, a Microsoft supostamente recusou o pedido de uma agência de aplicação da lei da Califórnia para instalar tecnologia de reconhecimento facial nos carros policiais e câmeras acopladas ao corpo dos agentes, já que fazer isso poderia ter um impacto desproporcional sobre mulheres e minorias.

No entanto, as objeções e boas intenções da Microsoft param por aqui. O Financial Times notou que o conjunto de dados MS Celeb continua disponível pata qualquer instituição acadêmica ou empresa que já a baixou, e ela continha sendo compartilhada pelo GitHub, Dropbox e Baidu Cloud. O Gizmodo entrou em contato com a Microsoft solicitando esclarecimentos, mas não nos responderam até o momento desta publicação.

[Financial Times]

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Huawei não pode mais pré-instalar apps do Facebook em seus smartphones

Posted: 07 Jun 2019 10:37 AM PDT

Estande da Huawei em feira de eletrônicos.

A Huawei não poderá pré-instalar os aplicativos do Facebook em seus smartphones, incluindo Instagram e WhatsApp. A medida é mais um reflexo das restrições impostas pelos Estados Unidos, que considera a empresa um risco à segurança nacional. Um decreto do Donald Trump definiu que empresas americanas não podem fazer negócios com a companhia chinesa.

De primeira, a suspensão da pré-instalação pode não parecer grande coisa. Mas há alguns pontos a se considerar: com o corte de relações por parte do Google, o suporte do Android vale apenas até o final de agosto — depois disso, a companhia não poderá mais fabricar celulares usando a versão licenciada do sistema operacional.

Isso significa que não haverá Play Store em smartphones Huawei e, portanto, não será tão fácil instalar o Facebook, Instagram e WhatsApp.

Ainda não está claro como funcionaria o sistema próprio da Huawei e nem quais aplicativos estariam disponíveis em sua loja de apps — e, mesmo neste caso, é provável que o Facebook fique de fora.

Quem já tem smartphones Huawei conseguirá utilizar o Facebook, Instagram e WhatsApp e receberá atualizações. Mas os novos aparelhos da marca não terão os apps pré-instalados — a restrição já está valendo para qualquer modelo que ainda não saiu da fábrica.

Fabricantes de smartphones costumam costurar acordos para pré-instalar aplicativos. A ideia é oferecer apps essenciais para os usuários e embolsar uma grana.

Em algumas regiões, os smartphones Huawei possuem ainda o Twitter e Booking.com pré-instalados.

A Reuters entrou em contato com as empresas, que não comentaram ou não quiseram falar sobre o assunto. A Huawei também não se pronunciou.

Após a publicação deste post, a Huawei nos mandou uma nota dizendo que o aplicativo continuará funcionando normalmente:

O Facebook é um aplicativo de terceiro. Com relação às matérias publicadas pela imprensa, gostaríamos de informar que, como muitos outros aplicativos de acesso público, o Facebook continuará funcionando normalmente nos dispositivos Huawei.

Além do Google, diversas outras empresas americanas cortaram relações com a Huawei, como Intel, Qualcomm, Broadcom, Western Digital e até a britânica ARM.

A companhia diz que as imposições dos EUA não irão prejudicar os seus principais negócios. A China, por sua vez, já ensaiou uma retaliação aos EUA ao banir componente chave para criar smartphones.

De acordo com a Reuters, consumidores na Europa e Ásia disseram estar relutantes em comprar celulares da empresa por causa das incertezas. Analistas esperam queda nas vendas de smartphones.

A Huawei vinha tendo bons resultados e já figurava como segunda maior fabricante de smartphones do mundo, colada na líder Samsung. As imposições americanas devem impactar na presença global da companhia – metade de suas vendas acontece fora da China.

[Reuters]

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Brasil não vetará participação da Huawei no 5G brasileiro, diz Mourão

Posted: 07 Jun 2019 09:19 AM PDT

Os EUA proibiram empresas americanas e entidades do governo de fazer negócios com a Huawei, citando preocupações com a segurança nacional como motivo para a decisão. O Brasil, no entanto, não vai tomar uma decisão parecida com essa. Quem diz isso é o vice-presidente Hamilton Mourão.

Em entrevista ao Valor, Mourão comentou também que Donald Trump, presidente dos EUA, citou a questão da Huawei no encontro que teve com Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, em encontro realizado há alguns meses. Como observa o jornal, é a primeira vez que “uma alta autoridade brasileira reconhece publicamente que o tema foi levantado” na ocasião.

Mourão justificou a posição citando o atraso brasileiro em termos de desenvolvimento tecnológico. O vice-presidente mencionou a falta de sinal de celular a 50 km de Brasília e o marco regulatório das telecomunicações, da década de 1990 — A Lei Geral de Telecomunicações atualmente em vigência é de 1997, e há discussões no Congresso para um novo marco desde 2015. Ele também diz que o próprio Bolsonaro não falou sobre vetar a empresa chinesa.

Veja as respostas de Mourão ao Valor sobre o assunto Huawei:

Valor: Alguns países, por influência dos EUA, decidiram banir a Huawei. O sr. acha que essa é uma conversa pertinente para o Brasil?

Mourão: Eu sei que o presidente Trump alertou o presidente Bolsonaro, naquela visita [a Washington em março], sobre a Huawei. Alertou-o sobre a Huawei. E, quando eu tive a oportunidade de conversar com o presidente da Huawei lá na China, disse para ele: “Olha, vocês têm que criar um ambiente de confiança na empresa. De modo que nenhum país que vá receber a empresa e a tecnologia que vocês vão instalar fique preocupado com que todos os dados que estarão no seu poder pertencerão também ao governo [chinês]”. Esta é a discussão.

Valor: O sr. particularmente tem esse receio? Porque a gente vai ter a licitação do 5G em 2020…

Mourão: Hoje eu não tenho esse receio. Eu não tenho dados para lhe dizer que estão cometendo isso. Seria uma leviandade minha dizer que isso está acontecendo.

Valor: Então, não há nenhuma ideia por ora de banir a Huawei?

Mourão: Não, não. Aqui não. No nosso governo não tem. O presidente não falou isso para mim em nenhum momento. Nós somos um país que precisa, somos um país muito pouco integrado digitalmente. Você sai daqui de Brasília, anda 50 km na estrada e não fala mais no telefone. Temos um marco de telecomunicações que é da década de 1990. Ele não atende mais. As operadoras têm que expandir a rede, mas elas são obrigadas a investir em telefonia fixa, orelhão. Tem que mudar o marco.

Grande parte da entrevista trata da visita do vice-presidente à China em maio e das relações econômicas entre os dois países.

Os EUA pressionam aliados para que eles também vetem o uso de equipamentos da Huawei. O Valor menciona Austrália, que faz parte do Five Eyes, e Japão como exemplos. A Alemanha também foi pressionada — os americanos ameaçaram deixar de compartilhar informações de setores de inteligência com o país europeu.

Vale lembrar, no entanto, que outras decisões podem partir do presidente Bolsonaro, que tem um histórico de declarações contra o país asiático, apesar de ter tomado uma posição mais moderada nos últimos meses.

[Valor]

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Astrônomos localizam campo magnético misterioso de 10 milhões de anos de luz que conecta dois aglomerados de galáxias

Posted: 07 Jun 2019 08:38 AM PDT

Os cientistas detectaram ondas de rádio emanando do espaço entre um par de aglomerados de galáxias – evidência de campos magnéticos intergalácticos e partículas que se movem rapidamente no espaço entre essas assembleias galácticas gigantes.

O universo é composto por uma vasta rede de aglomerados de galáxias situados na intersecção de filamentos. Os filamentos galácticos são formações maciças de matéria que formam a estrutura em grande escala do universo. Os cientistas já tinham conhecimento de um filamento de cerca de 10 milhões de anos-luz que liga os aglomerados de galáxias Abell 0399 e 0401 e campos magnéticos dentro dos aglomerados, mas eles se perguntavam se este filamento continha campos magnéticos e partículas relativísticas (o que significa que as partículas acelerariam quase à velocidade de luz).

Esta é a primeira detecção desse tipo de filamento magnetizado, de acordo com os autores do estudo, e pode ajudá-los a entender melhor como a estrutura em grande escala do universo surgiu.

“Do ponto de vista teórico, é realmente desafiador explicar essa emissão de rádio”, disse Federica Govoni, a primeira autora do estudo do Observatório Italiano de Cagliari, no Istituto Nazionale di Astrofisica, ao Gizmodo.

Os pesquisadores usaram a rede de telescópios Low Frequency Array (LOFAR), um sistema sensível que consiste em milhares de antenas de rádio em dezenas de estações, principalmente na Holanda, para caçar emissões de ondas de rádio de baixa frequência entre as galáxias. Eles interpretam o sinal como a presença de radiação síncrotron, ou partículas em espiral quase à velocidade da luz, devido à influência de um campo magnético.

Os dois aglomerados galácticos e a intervenção de rádio. Imagem: DSS e Pan-STARRS1 (óptico), XMM-Newton (raios X) PLANCK Satélite (parâmetro y), F. Govoni, M. Murgia, INAF

Tal sinal apareceu nos dados sem uma fonte óbvia para causá-lo, de acordo com o artigo publicado na revista Science. Eles foram capazes de estimar a força do campo magnético e até mesmo notaram indícios de alguma subestrutura, ou características mais brilhantes alinhadas na direção do filamento. Jason Tumlinson, astrônomo da equipe de pesquisa do Space Telescope Science Institute, que não esteve envolvido no estudo, disse ao Gizmodo que parecia “uma observação impressionante”.

Mas o mistério é – a característica que os cientistas detectaram é dezenas de vezes maior do que a distância que um elétron relativista pode percorrer em sua vida. Como eles foram capazes de medir as ondas de rádio da assinatura do elétron relativista, então? Os pesquisadores sugerem que uma população existente de elétrons foi acelerada por ondas de choque fracas ocorrendo na região, produzidas quando a estrutura estava sendo formada.

Govoni disse ao Gizmodo que essa observação, juntamente com as medidas de acompanhamento, lhe deu a confiança de que o que eles estão vendo é real. Agora, ela espera estudar este sinal de rádio com mais detalhes e procurar sinais semelhantes entre outros aglomerados de galáxias para ver se é um fenômeno comum na teia cósmica.

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Google diz que forçar Huawei a fazer seu próprio sistema é uma ameaça à segurança nacional

Posted: 07 Jun 2019 07:09 AM PDT

Recepção do laboratório de cibersegurança da Huawei

O Google está alertando o governo dos EUA que o banimento da gigante chinesa Huawei, na verdade, pode colocar a segurança do país sob risco ao forçar a Huawei a produzir um sistema operacional inseguro que poderá ser explorado por pessoas mal intencionadas, tanto governos como hackers. Isto é o que diz uma reportagem do Financial Times, que dá uma ideia do tipo de argumento de lobby usado nos bastidores da Nova Guerra Fria do mundo da tecnologia.

Empresas como Google, Intel, Broadcom, Qualcomm, entre outras, estão entre as que pararam de fazer negócios com a Huawei no mês passado devido à preocupação de que a empresa chinesa fornece formas de o governo chinês espionar cidadãos dos Estados Unidos. No entanto, o Google está recuando e argumentando que ao forçar a Huawei a construir sua versão híbrida do sistema Android, isso fará com que os smartphones da Huawei sejam ainda mais vulneráveis a ataques.

"O Google tem argumentado que ao parar de fazer negócios com a Huawei, os Estados Unidos tem o risco de criar dois tipos de sistema operacional Android: a versão genuína e uma versão híbrida. A híbrida provavelmente terá mais bugs do que a original, e isso faria com que os smartphones Huawei tenham mais chances de serem hackeados, não só pela China", disse ao Financial Times uma fonte anônima com conhecimento nas conversas entre o governo dos EUA e a China.

A Huawei tem trabalhando em seu sistema operacional próprio, pois a companhia perderá acesso ao Android em menos de três meses. A Huawei, provavelmente, criará um sistema híbrido usando a versão de código aberto do Android.

Diz o Financial Times:

Nas últimas semanas, executivos sênior do Google têm abordado o Departamento de Comércio pedindo ou uma extensão do prazo para trabalhar com a Huawei ou a remoção do banimento, segundo pessoas relacionadas com as conversas. Juntaram-se também ao grupo representantes das maiores empresas de chip dos EUA, como a Qualcomm, que também estão preocupadas em como o banimento afetará seus negócios.

Um funcionário do Departamento do Comércio disse que o gabinete de segurança e indústria rotineiramente responde a "pedidos de companhias relacionadas ao escopo de requisitos regulatórios", de modo a "assegurar a conformidade do setor privado" com controles de exportação.

"Isto não é algo novo dessa administração, e essas discussões não influenciam ações de aplicação da lei", disse a pessoa. "A maior prioridade do departamento e do gabinete continua sendo a proteção da segurança nacional".

O Google não confirmou e nem negou a reportagem sobre seus esforços de lobby ao Gizmodo, mas parece que a reportagem do Financial Times está bem correta.

"Como outras empresas dos EUA, temos conversado com o Departamento de Comércio para assegura que estamos em conformidade com os requisitos [exigidos pelo governo] e a licença temporária", disse o Google ao Gizmodo por e-mail.

"Nosso foco é proteger a segurança de usuários do Google nos milhões de smartphones existentes da Huawei nos Estados Unidos e ao redor do mundo".

No entanto, a batalha com a Huawei não é o único problema que o Google enfrenta no cenário político atualmente. Parece que o Departamento de Justiça está abrindo uma investigação por práticas anticompetição contra a companhia, e que o Comitê Judiciário da Câmara está abrindo seu próprio inquérito, além de políticos americanos, como Ted Cruz, estarem criticando o YouTube, que é propriedade do Google, pela recente política para derrubar conteúdos da plataforma.

Empresas do Vale do Silício sempre foram mais protegidas de brigas políticas nos EUA comparado com o que ocorre na Europa. Antes, os políticos americanos não queriam agir contra empresas como Facebook e Google, pois são empresas americanas e, portanto, fazem o país faturar alto. No entanto, isso mudou bastante com a recente administração. O presidente já pediu, inclusive, que as pessoas boicotassem a AT&T, pois eles são donos da rede de TV CNN, que Trump constantemente critica.

Com candidatos democratas, como Elizabeth Warren, pedindo para que empresas de tecnologia sejam divididas, os dois lados do espectro político estão preocupados com essas companhias como nunca aconteceu anteriormente. A vantagem das gigantes da tecnologia não existe mais, conforme entramos em uma nova década e que a Nova Guerra Fria não mostra sinais de que deve acabar tão cedo.

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O grande desafio para o streaming de games Stadia dar certo é a velocidade de internet

Posted: 07 Jun 2019 05:45 AM PDT

Controle Google Stadia

Nós finalmente temos maiores detalhes sobre o Stadia, e a grande iniciativa do Google à primeira vista parece sensacional: crossplay com Xbox e Windows 10, uma grande variedade de jogos recentes e que ainda serão lançados, e a habilidade de jogar esses games em qualquer dispositivo com uma conexão solida à internet. Estou escrevendo este post em um lugar com conexão de 200 Mbps, então os requisitos para o Stadia de 35 Mbps para a melhor qualidade de streaming parece tranquilo de se atingir.

No entanto, esta questão da internet pode representar um início difícil para a plataforma.

Apenas para esclarecer: ainda não testei o Stadia, além de ter jogado um pouco em uma demonstração durante a GDC (Game Developers Conference) em março, então existe uma possibilidade de o Stadia ser tudo que o Google prometeu. Uma nova era de gaming pode estar surgindo, sem a necessidade de consoles e de computadores de mesa poderosos.

No entanto, os requisitos de internet para o Stadia são um problema. Durante a GDC, o chefe do Google Stadia, Phil Harrison, disse ao pessoal do Kotaku que você precisaria de 30 Mbps para download para jogar games na melhor qualidade disponível (4K, 60 fps, HDR e som surround 5.1). Nesta semana, Andrewy Doronichev, diretor de produto do Stadia, me disse que os requisitos para a melhor qualidade foram aumentados.

"Temos uma atualização nessa diretriz", disse ele. "Você, na verdade, vai precisar de 10 Mbps para jogar em 720p, mas , na verdade, poderia ser maior dependendo de detalhes específicos da situação da rede ou seu game. E então para jogar com qualidade 4K — a melhor experiência — nós recomendamos 35 Mbps".

Isso significa que você precisa 5 Mbps mais do que foi falado anteriormente para a melhor experiência. Isso não é nada legal! O Google não melhorou a performance desde o anúncio. Parece que a empresa agora está mais realista em entregar uma qualidade melhor.

O problema é que as velocidades de internet nos EUA não são tão boas — o mesmo ocorre no Brasil. Lá, apenas 1 em 5 pessoas tem 25 Mbps. Estima-se que 162,8 milhões de americanos não têm nem acesso à internet melhor que 25 Mbps.

No Brasil, a situação é semelhante. A média de velocidade de internet fixa no país é de 23 Mbps, segundo um levantamento da Ookla. Mesmo assim, o acesso à internet nesta modalidade de banda larga é concentrada em regiões metropolitanas. Para quem mora longe das grandes cidades, a internet móvel pode ser uma alternativa. A velocidade média do Brasil nessa modalidade é até boa (18,5 Mbps), mas os usuários podem ter problemas de latência e de ter uma conexão instável.

Você assistiu ao streaming nesta quinta-feira que dava detalhes do Stadia? Deu algumas engasgadas para você como rolou para mim? Isso é provavelmente o que deve acontecer em sua casa ao jogar videogames, apenas que em vez de dificultar que você assista uma transmissão, você provavelmente perderá uma hora de jogo, porque você não conseguiu ver o inimigo e morreu, pois seu streaming estava ruim.

Esta foi, pelo menos, a experiência que eu tive com serviços de streaming, como o da Nvidia e da empresa francesa Shadow. Em condições ideais, elas são muito bons. No entanto, quando tentei jogar enquanto outra pessoa estava assistindo Netflix em casa, a experiência rapidamente se deteriora, e até o momento a única coisa que ouvi do Google sobre sua diferenciação é a infraestrutura gigante usada para plataforma e algoritmos que farão a plataforma de streaming de game melhor que seus competidores.

Talvez essas afirmações do Google façam sentido no uso real. O Google tendo datacenters espalhados pelo mundo vai certamente melhorar a experiência e, como vimos na pesquisa do Google, e às vezes no YouTube, a empresa pode fazer mágica com algoritmos bem feitos. Então, a empresa poderia teoricamente conseguir isso.

No entanto, eu não acho que isso pode completamente contornar os requisitos de largura de banda. Há muitos americanos e brasileiros que simplesmente não têm um bom acesso à internet. Em áreas ruais dos EUA, onde empresas fornecem apenas 3 Mbps para a maioria dos residentes, a velocidade é muito mais inconsistente, ou você pode ter disponível  25 Mbps às 13h, no entanto as coisas podem ficar mais lentas entre 18h à meia noite, quando as pessoas estiverem em casa e querem assistir Netflix

Quando perguntei para Doronichev como o Stadia deveria funcionar para um grande número de pessoas que não tem bom acesso, sua resposta foi bastante otimista e, de alguma forma,  me pareceu profundamente ingênua:

“A boa notícia é que provedores tem longa história de adaptação às crescentes demandas dos usuários. E você sabe que isso vem acontecendo ao longo da história da internet. À medida que no movemos do texto da web para o vídeo, agora estamos falando sobre jogabilidade em tempo real. Estamos confiando em uma incrível infraestrutura técnica do Google que oferece bilhões de buscas e vídeos no YouTube e que tem evoluído nos últimos anos. Então, você sabe que com o tempo as coisas tendem a melhorar”

Gosto que Doronichev tenha certeza de que chegaremos lá. Pena que o Google deixou sua operação de ISP (a empresa oferecia banda larga via fibra óptica em alguns lugares dos EUA) e a FCC (Comissão Federal de Comunicações) parece estar satisfeita com as operadoras ignorando as necessidades dos consumidores. O Stadia pode ser algo mágico, mas enquanto tivemos um acesso à internet zoado, não deve ser nada legal.

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Por que a NASA está enviando um relógio atômico para o espaço

Posted: 07 Jun 2019 04:18 AM PDT

Em 22 de junho, a NASA vai enviar um relógio atômico do tamanho de uma bola de futebol (embora muito mais pesado) para o espaço a bordo de um foguete SpaceX Falcon Heavy.

Este relógio não é para medir o tempo – é uma demonstração tecnológica de um dispositivo que pode ser usado para futuras explorações espaciais, tanto para navegar como para fazer medições gravitacionais. Se for bem-sucedido, ele será o relógio atômico mais preciso já enviado ao espaço.

Atualmente, a exploração espacial é um processo bidirecional. As espaçonaves enviam informações para uma série de antenas no solo e para os navegadores, que usam relógios atômicos na Terra para coordenar a hora e enviar instruções de navegação de volta para a nave. Mas se a espaçonave tivesse um relógio atômico preciso a bordo, poderia determinar seus próprios dados de temporização e navegação sem depender de relógios atômicos ligados à Terra. O Deep Space Atomic Clock (DSAC) é um teste de um desses relógios que permitirá a navegação simplificada, na qual a espaçonave pode receber instruções sem ter que esperar por números calculados na Terra.

A mudança da navegação bidirecional para a unilateral poderia "aliviar significativamente a tarefa de rastreamento de dispositivos baseados em terra", de acordo com um documento de 2016.

Além disso, os relógios são ferramentas importantes para a pesquisa científica. O tempo passa mais devagar em fortes campos gravitacionais, e assim os relógios atômicos podem ser usados ​​para medir os efeitos da gravidade.

Uma versão de demonstração do relógio em seu compartimento. Crédito: NASA/JPL-CalTech

O dispositivo é como um relógio comum, mas com um sistema muito diligente que garante a precisão da contagem. Um cristal de quartzo em um campo elétrico cria um sinal elétrico oscilante regular, que é então convertido em aproximadamente a frequência com que os átomos de mercúrio passam por uma espécie de transição atômica. Este sinal elétrico é passado para os íons de mercúrio, presos em campos elétricos, que por sua vez começam a vibrar, fornecendo um valor exato para a frequência da transição. O relógio usa isso para corrigir a frequência aproximada e fornecer um padrão confiável. Isso pode ser convertido em uma escala de uma vez por segundo que não oscila.

Mas, ao contrário dos relógios atômicos estacionários na Terra, que podem ser protegidos do mundo externo com o máximo de equipamento necessário, o DSAC precisa superar elementos que possam influenciar o comportamento de seus átomos ou seu oscilador. Tais influências indesejáveis ​​incluem campos eletromagnéticos do maquinário usado para manter a espaçonave firme, assim como as mudanças de temperatura e campos magnéticos do espaço. Uma série de ímãs e blindagem embutida foram incluídos para garantir a estabilidade do relógio e manter esses efeitos externos fora das câmaras que seguram o mecanismo do dispositivo.

O relógio transmitirá a marcação indicada para um receptor GPS em órbita ao redor da Terra, que o enviará de volta ao solo, onde os cientistas poderão comparar a saída do relógio com os relógios atômicos baseados na Terra, para assegurar que ele está funcionando.

Caso seja bem-sucedido, este será o relógio atômico mais preciso enviado ao espaço. No solo, ele era 50 vezes mais estável que os relógios atômicos dos satélites GPS, perdendo apenas um segundo a cada 9 milhões de anos, segundo um comunicado da NASA.

Em última análise, o experimento é apenas uma demonstração. Mas, se for bem-sucedido, poderá levar a avanços importantes na navegação e, talvez, permitir que os astronautas se aprofundem mais em suas viagens ao espaço.

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