quinta-feira, 29 de agosto de 2019

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Apple demite terceirizados, e funcionários só poderão ouvir gravações da Siri com permissão de usuário

Posted: 28 Aug 2019 03:18 PM PDT

Ao longo dos últimos meses, veio à tona o fato de que várias empresas de tecnologia contratavam empregados terceirizados para ouvirem gravações feitas por seus assistentes virtuais como forma de aperfeiçoar a compreensão de seus softwares de inteligência artificial. Entre elas, estava a Apple com sua Siri. A empresa divulgou que fará algumas mudanças nesse programa.

Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (28), a companhia explicou que fará três mudanças nos processos de revisão de áudios da Siri.

Em primeiro lugar, a Apple não vai mais manter gravações de áudio, mas vai continuar fazendo transcrições automáticas de interações com a Siri como forma de aperfeiçoar a assistente.

A empresa também desativará por padrão a revisão das gravações por humanos para melhorar sua assistente virtual. Quem quiser contribuir, poderá optar por isso nas configurações.

Por fim, terceirizados não serão mais autorizados a ter acesso às gravações, apenas funcionários da empresa, e a companhia promete fazer o possível para descartar ativações acidentais da assistente virtual.

As mudanças, entretanto, ainda não foram implementadas. Elas só estarão disponíveis na próxima atualização do sistema. Como observa o TechCrunch, todos os usuários que atualizarem serão excluídos do programa de revisões de áudio para aperfeiçoamento do serviços e só serão novamente incluídos se derem permissão explícita para isso.

Por enquanto, a Apple suspendeu a audição de gravações da Siri. A medida foi tomada no dia 2 de agosto, uma semana depois da publicação da matéria do jornal inglês The Guardian que revelava que terceirizados ouviam o que os usuários diziam à assistente digital. A pausa, de acordo com o comunicado, deve ser mantida por mais alguns meses.

Além disso, segundo os jornais Irish Times e The Guardian, 300 terceirizados que trabalhavam em um escritório em Cork, na Irlanda, foram dispensados. O número pode ser ainda maior, levando em consideração outros locais.

No comunicado, a empresa também pediu desculpas por não agir de acordo com seus ideais de tratar a privacidade como um direito humano.

[Apple, TechCrunch, Irish Times, The Guardian]

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Grafeno aplicado a tecidos pode servir como repelente a pernilongos

Posted: 28 Aug 2019 02:11 PM PDT

Os mosquitos não são apenas irritantes. Eles podem espalhar doenças e vírus perigosos e, por isso, tem um pessoal estudando como combatê-los. Pesquisadores da Universidade Brown podem ter encontrado um repelente perfeito contra pernilongos: roupas forradas com grafeno.

Para quem não está familiarizado, o grafeno é um material feito de apenas uma camada de átomos de carbono dispostos em uma malha hexagonal bidimensional. Ele é leve, mas 100 vezes mais forte do que o aço, e tem sido usado para diversas aplicações: adesivos para monitoramento dos níveis de glicose, pneus de bicicleta com aderência adaptável e até mesmo para ilusões de ótica.

Num artigo publicado nesta segunda-feira (26) na revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, pesquisadores da Universidade Brown detalham como tecidos revestidos com óxido de grafeno que estavam sendo desenvolvidos para servir como uma barreira a produtos químicos tóxicos também protegiam as pessoas de ataques de mosquitos de duas maneiras diferentes.

Para começar, descobriu-se que os pernilongos não tinham força o suficiente para que sua probóscide – o apêndice que usam para perfurar a pele e retirar o sangue – realmente penetrasse a fina camada de óxido de grafeno.

O material age como uma espécie de campo de força impenetrável para as picadas, mas também acaba funcionando como um atrativo para os mosquitos, uma vez que os sinais químicos da pele humana ainda passam pelo tecido e alertam os insetos.

Porém, quando os indivíduos desgastaram uma camada fina do tecido protegido com a camada extra do óxido de grafeno, os mosquitos nem chegaram a pousar nas pessoas – mesmo que houvesse trechos de pele exposta, funcionando como um repelente.

Ou seja, ao usar uma roupa com esse material, você nem precisaria se preocupar com o zumbido irritante dos pernilongos perto do seu ouvido.

Apesar dos benefícios, o material não era perfeito. O material com óxido de grafeno utilizado no estudo só repeliu os pernilongos com eficácia quando estava totalmente seco. Se o tecido molhasse, todas as propriedades repelentes iam embora.

Para contornar isso, os pesquisadores descobriram que uma outra forma de óxido de grafeno com conteúdo de oxigênio reduzido era efetivo independe se estivesse seco ou molhado – porém, mudar a composição significava que o material não era mais respirável. Ou seja, você ficaria a salvo dos pernilongos, mas ia se sentir dentro de uma sauna.

Essa é uma grande notícia para quem odeia pernilongos, mas uma notícia ainda melhor sob o ponto de vista da saúde global. A Organização Mundial de Saúde estima que “milhões de mortes a cada ano” são causadas por mosquitos que espalham uma variedade de doenças aos seres humanos.

O próximo passo para o time de pesquisadores é encontrar uma maneira de estabilizar a camada protetora do óxido de grafeno regular para que ele seja resistente a todas as condições – esteja seco ou molhado – e seja confortável de se vestir. Se conseguirem isso, será o paraíso para quem curte trilhas e acampamentos.

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Uber Rewards é o programa de fidelidade da Uber que permite trocar pontos por desconto em corridas e no Uber Eats

Posted: 28 Aug 2019 01:09 PM PDT

A Uber começou a testar um programa de fidelidade, chamado Uber Rewards, que permite aos usuários acumular pontos e trocá-los por benefícios.

Para cada real gasto nos serviços Uber Eats, UberX, UberX VIP e Uber Juntos, o usuário ganha um ponto. Já o Uber Select e o Uber Black rendem dois pontos por cada real.

De acordo com a quantidade de pontos acumulados, os usuários são classificado em uma das quatro categorias: Azul (categoria inicial), Ouro (a partir de 400 pontos), Platina (a partir de 1.500) e Diamante (com 4.000 pontos).

Uma vantagem é que, a partir do momento em que um novo usuário é cadastrado, o Uber Rewards começa a contabilizar todos os gastos dos seis meses anteriores. Ou seja, se você já usa bastante os apps Uber e Uber Eats, pode ser que você já comece a participar nos níveis Ouro, Platina ou Diamante.

Segundo a Uber, os benefícios que o programa oferece são:

  • 500 pontos: desconto de 10% em viagens na categoria UberX durante três dias ou desconto de 20% no seu próximo pedido no Uber Eats;
  • Usuários Ouro: viagens com motoristas da categoria VIP e atendimento prioritário no suporte;
  • Usuários Platina: os mesmos benefícios da categoria Ouro, além de estar isento dos aumentos de preço em horários de pico, ter prioridade ao pedir um Uber nos principais aeroportos do país, e ter direito a uma entrega grátis no Uber Eats;
  • Usuários Diamante: os mesmos benefícios da categoria Platina, além de um upgrade surpresa que permite viajar de Uber Select ou Uber Black, com o preço de UberX, uma vez por mês, e três entregas grátis no Uber Eats

Por enquanto, o Uber Rewards só está disponível em Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Natal, Brasília, Goiânia, Vitória, Santos, São José dos Campos e Florianópolis. A expansão para outras cidades deve ocorrer nos próximos meses.

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A Lego está finalmente criando instruções em áudio e braille para deficientes visuais

Posted: 28 Aug 2019 12:02 PM PDT

A Lego continua a ter uma das linhas de brinquedos mais populares e valiosas, mas os produtos da empresa também estão entre os menos acessíveis para deficientes visuais. Para remediar isso, a fabricante de brinquedos dinamarquesa anunciou um programa piloto para atualizar suas instruções de construção com descrições verbais, de modo que cada etapa seja compatível com braille e leitores de tela – e seu uso de AI para automatizar o processo demorado.

No início deste ano, a Lego alavancou a popularidade e o design icônico de suas peças de construção para ajudar no ensino de braille para crianças, mas essa nova iniciativa não tem nada a ver com aprendizado. Lego não é completamente inacessível para os deficientes visuais, pois eles ainda podem empilhar blocos e construir qualquer coisa que eles possam imaginar. Mas a popularidade do brinquedo, pelo menos nas últimas décadas, tem sido resultado dos conjuntos licenciados da empresa – o que inclui desde Harry Potter a Marvel e Star Wars – e são esses conjuntos que são inacessíveis para crianças e até mesmo adultos colecionadores, a menos que haja outra pessoa descrevendo e guiando-os diligentemente em cada passo das instruções de montagem que são altamente visuais.

Há alguns anos, uma história sobre Matthew Shifrin, um entusiasta cego da Lego, circulou pela internet. No seu aniversário de treze anos, uma amiga, Lilya Finkel, deu a ele não apenas um enorme conjunto de 841 peças de Lego, mas um fichário igualmente gigante, com centenas de páginas que traduziam as instruções de montagem em uma notação especial que ela desenvolvia que descrevia verbalmente como todas as peças se encaixavam, sem o uso de nenhuma imagem.

Shifrin compartilhou isso com o mundo, e Finkel acabou criando instruções para mais de 20 conjuntos de Lego, mas foi um processo extremamente demorado e, infelizmente, quando ela faleceu em 2017, ela não tinha sequer alcançado uma pequena parte da enorme coleção de conjuntos da Lego.

Um exemplo das descrições baseadas em texto para a construção de um modelo específico de Lego. Captura de tela: The Lego Foundation

Através de um amigo no MIT, Shifrin finalmente conseguiu entrar em contato com o Lego Group, que não apenas encontrou uma maneira inovadora de continuar o trabalho de tradução de Finkel, mas de automatizá-lo quase completamente.

Em parceria com o Instituto Austríaco de Pesquisa de Inteligência Artificial, uma nova IA foi desenvolvida para traduzir os modelos 3D e as instruções para montar um modelo Lego (conhecido como LXFML ou LEGO Exchange Format Mel Script) em descrições passo a passo baseadas em texto que podem ser exibidas em um leitor de braille ou lido em voz alta por um leitor de tela como instruções de voz. A IA ainda está sendo aperfeiçoada, mas a Lego espera que ela acabe não apenas convertendo as instruções da vasta biblioteca de conjuntos da empresa, mas também para cada novo conjunto assim que for lançado, em qualquer idioma necessário, com um mínimo de esforço ou interferência humana.

Foto: The Lego Foundation

Por enquanto, em um novo site acessível – www.legoaudioinstructions.com – a Lego lançou manuais de instrução inclusivos (em inglês) para quatro conjuntos que incluem Lego Classic Bricks e Ideas, Lego Friends Emma’s Art Shop, Lego City Sky Police Drone Chase, e o Workshop ‘Build and Fix’ de Emmet e Benny de The Lego Movie 2. É um primeiro passo importante, e com base no feedback sobre esses quatro primeiros conjuntos, a empresa pretende lançar mais deles no início de 2020, e esperamos também que ela considere mudar as embalagens utilizadas. Além das instruções especiais que havia criado, Finkel também classificou e re-embalou as peças do conjunto que deu de presente para Shifrin muitos anos atrás, para que fosse mais fácil encontrá-las enquanto ele trabalhava em cada passo.

A iniciativa não é apenas sobre a Lego expandir seu mercado e poder vender conjuntos para ainda mais crianças, ou até mesmo uma chance para a empresa gerar alguma campanha de relações públicas positiva. Conjuntos de Lego também podem ser uma excelente ferramenta de aprendizagem para cegos e deficientes visuais.

Os modelos podem servir como substitutos em miniatura acessíveis para coisas do mundo real, como edifícios famosos e monumentos ou veículos. Explorar e entender o design de algo tão único quanto o Sydney Opera House para alguém com deficiência visual só pode ser feito por meio de uma réplica ou modelo. E a flexibilidade do Lego significa que em uma semana eles podem estudar a arquitetura da ópera, e na próxima semana esse modelo pode ser reconstruído como a London Tower Bridge.

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Foi difícil, mas o robô Fedor chegou à Estação Espacial Internacional

Posted: 28 Aug 2019 10:17 AM PDT

Lembra do Fedor? O primeiro robô humanoide enviado pela Rússia ao espaço passou por algumas dificuldades, mas chegou são e salvo na Estação Espacial Internacional (ISS).

Assim como qualquer motorista de primeira viagem, o Fedor teve problemas para estacionar. (Apesar de ele não estar, de fato, controlando a espaçonave, ele era o único tripulante e responsável por mandar informações sobre a situação da nave durante o trajeto).

A culpa não foi do robô, mas de um componente defeituoso no ponto em que a espaçonave deveria atracar. Felizmente, o problema foi resolvido rapidamente pela equipe da Estação. A solução encontrada foi mudar a Soyuz MS-13, que já estava conectada à estação, para outro módulo. Dessa forma, o local estaria livre para a Soyuz MS-14 (que transportava o Fedor) tentar atracar na ISS novamente na segunda-feira à noite.

A NASA compartilhou um vídeo no Twitter que mostra a transferência bem-sucedida da Soyuz MS-13 para outro módulo:


Tradução: Relocação bem-sucedida! Às 23:59 (ET), a nave Soyuz MS-13 foi conectada ao módulo Poisk da @Space_Station. Essa mudança liberou o porto para a Soyuz MS-14 executar uma segunda tentativa de atracar na segunda-feira à noite.

Assim, em vez de pisar na ISS no sábado, conforme planejado, a chegada do Fedor à Estação acabou sendo adiada em alguns dias. Mas, no fim, ocorreu tudo bem e o robô desembarcou na terça-feira (27) com um tuíte bem-humorado: "Desculpe pelo atraso. Preso no trânsito. Pronto para continuar".

Fedor deve ficar na Estação até 7 de setembro, ajudando a equipe e treinando suas habilidades. A expectativa é que, com o tempo, ele passe a realizar tarefas mais perigosas, como caminhar no espaço.

[CNET]

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Telegram prepara sua própria moeda, enquanto a do Facebook está sendo criticada por todo mundo

Posted: 28 Aug 2019 08:56 AM PDT

Enquanto o Facebook se esforça para manter um discurso otimista em torno da Libra, sua moeda digital, o Telegram também decidiu entrar no jogo, segundo o The New York Times.

Três investidores que conversaram recentemente com o Telegram teriam afirmado ao jornal norte-americano que a empresa pretende lançar sua moeda, chamada Gram, já nos próximos dois meses.

Seguindo a mesma premissa que a Libra, o aplicativo de mensagens afirma que o Gram se tornará "uma nova moeda online e uma forma de movimentar dinheiro de qualquer lugar do mundo", diz o NYT.

Porém, ao contrário do Facebook, o Telegram está adotando uma estratégia mais discreta e silenciosa. Isso não significa necessariamente que o Gram escapará das críticas e questionamentos que assolam a Libra atualmente. Pelo contrário, toda essa confidencialidade pode levantar mais suspeitas ainda.

O próprio aplicativo de mensagens já nasceu com características que desagradam algumas autoridades. A possibilidade de se comunicar por meio de mensagens criptografadas, por exemplo, fez com que o app se popularizasse entre terroristas, manifestantes e pessoas contrárias a governos.

Portanto, a ideia de uma moeda capaz de contornar regras impostas pelo governo é mais do que suficiente para gerar preocupações. A própria Libra está sendo fortemente criticada por reguladores que levantaram, inclusive, a questão sobre a possibilidade de a nova moeda ser utilizada de forma mal-intencionada, para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, por exemplo.

Além disso, conforme aponta o New York Times, o Gram terá uma estrutura descentralizada similar ao Bitcoin, o que facilitaria se desvencilhar de regulamentações estatais. Com a moeda sendo governada por uma rede de computadores descentralizada, o Telegram não teria controle sobre como e onde as transações monetárias aconteceriam, informa o jornal.

Outra preocupação é a instabilidade do Gram em relação à Libra. Enquanto a moeda do Facebook é baseada em dinheiro tradicional mantido em contas bancárias, o Gram será como o bitcoin, podendo perder ou aumentar seu valor de forma imprevisível.

Ainda assim, em meio a tantas incertezas, o Telegram conseguiu US$ 1,7 bilhão em investimentos para alavancar a sua moeda digital. A empresa prometeu em documentos legais, segundo o NYT, que os investidores veriam o Gram até 31 de outubro deste ano.

O aplicativo de mensagens ainda afirmou que pretende lançar uma versão teste do Gram nas próximas semanas, de acordo com relato dos investidores ao jornal. A promessa é que essa rede de moedas digitais possa ser utilizada de diversas formas. O NYT cita como exemplo sites em que "usuários possam pagar uns aos outros por bons comentários ou fazer pequenas apostas em eventos futuros".

Agora, como o Telegram vai tornar esse sonho realidade, passando pela aprovação de governos, autoridades e reguladores até 31 de outubro, ainda é um grande mistério.

[The New York Times]

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Editoras estão processando a Audible por causa de recurso que coloca legendas em audiolivros

Posted: 28 Aug 2019 07:19 AM PDT

Sete das maiores editoras dos EUA entraram com uma ação contra a loja de audiolivros Audible na semana passada, argumentando que seu recurso de legendas geradas por inteligência artificial, que foi anunciado recentemente, infringe a lei de direitos autorais.

A subsidiária da Amazon estreou o serviço Audible Captions no mês passado, com um lançamento programado para o início deste próximo ano letivo (que, é claro, esses editores querem que os tribunais impeçam de acontecer). Projetado em parte para fins educacionais, o Audible Captions faz exatamente o que o nome sugere: ele exibe legendas em seu telefone ou tablet correspondentes às palavras narradas em um audiolivro.

“Por que não apenas ler o livro então?” Eu já posso ouvir você perguntando, porque eu mesma me fiz essa pergunta. A publicidade do Audible descreve a ferramenta como um recurso para leitores com dificuldades, ou para qualquer pessoa que prefira acompanhar pequenos trechos de texto. Clicar em qualquer palavra também faz aparecer sua definição no dicionário, o que eu achei bem bacana.

No entanto, sete grandes editoras não gostaram nem um pouco da ideia: Hachette, HarperCollins, Macmillan, Random House, Simon & Schuster, Chronicle Books e Scholastic.

Eles argumentam que esse serviço precisaria obter as permissões apropriadas para quaisquer livros contidos nas legendas, já que as reproduções de áudio e texto têm licenças separadas. Não fazer isso constituiria infração de direitos autorais, segundo elas, uma vez que a Audible Captions está essencialmente recriando e distribuindo seu material registrado.

Se as coisas fossem assim tão simples, o processo seria rapidamente encerrado. Mas, claro, quando se trata de legislar tecnologia emergente, as coisas nunca são tão simples assim.

A Audible argumenta que o Audible Captions não está gerando PDFs de livros completos. De acordo com a declaração no site da empresa, o serviço "não é e nunca foi planejado para ser um livro".

Em vez disso, ele se baseia em aprendizado de máquina supostamente criado usando tecnologia disponível publicamente (o AWS Transcribe da Amazon) para transcrever texto com base nas últimas palavras faladas em uma gravação. Ou seja, não tem como avançar ou verificar o texto anterior, pois nada está salvo.

Então, basicamente, o argumento é que a Audible não está vendendo audiolivros inteiros convertidos em texto. Em vez disso, a empresa criou um software que permite aos clientes fazer uma conversão limitada a pequenos segmentos por vez.

Isso pode parecer uma distinção pedante, mas é uma grande questão em termos de legalidade. Depois da decisão no processo Cartoon Network vs. Cablevision em 2008, os tribunais estabeleceram que era totalmente legal que a Cablevision oferecesse serviços de gravação de vídeo remotos baseados em nuvem.

Mesmo que tecnicamente os programas gravados e reproduzidos pelos clientes passassem pelo seu data center, a empresa de cabo argumentou que eram os clientes quem decidia o que gravar, não a Cablevision. Portanto, eram os clientes que estavam, tecnicamente, criando o conteúdo. E isso está completamente de acordo com as leis de direitos autorais graças à doutrina de uso justo, decidiram os tribunais.

É o mesmo argumento legal que impediu que videocassetes e gravadores de CD fossem proibidos. Enquanto os clientes não estiverem vendendo ou compartilhando conteúdo ilicitamente, tudo estará bem.

O que estou dizendo é que tudo isso parece muito com o que a Audible está argumentando, mas os tribunais podem ver a questão de uma forma completamente diferente. Talvez eles criem regras totalmente novas quando se trata de conteúdo criado por meio de aprendizado de máquina. Com tantas empresas incorporando cada vez mais recursos de inteligência artificial em seus produtos e serviços, mais áreas legais cinzentas devem surgir.

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Fairphone 3: hardware atualizado e proposta de meia década de longevidade

Posted: 28 Aug 2019 06:34 AM PDT

Fale o que quiser sobre os smartphones modulares – e certamente há muita coisa a se dizer –, mas eles podem ter um benefício claro em relação aos celulares que a maioria de nós carrega no bolso: reduzir o lixo eletrônico.

Jogar nossos aparelhos fora simplesmente porque não podemos ou sabemos como consertá-los contribui muito na crise global que envolve o descarte de materiais eletrônicos, com resultados potencialmente desastrosos. Não ajuda o fato de as fabricantes que fazem a maioria desses produtos não contribuírem para diminuir o impacto.

O Fairphone, no entanto, parece ser uma exceção à regra. A empresa alemã anunciou nesta semana o lançamento da terceira geração de seu celular modular, o Fairphone 3. Entre suas características estão a priorização de transparência, acessibilidade e maior usabilidade em relação a aparelhos caríssimos.

Com o lançamento desse modelo, a companhia mostra que está comprometida a desafiar um padrão de empresas que usam seus monopólios para restringir reparos e deixar o consumidor refém de seus próprios programas.

Há dois principais motivos pelo qual nós, como consumidores, trocamos tão rápido os nossos dispositivos: falta de escolhas (ou incapacidade) para o reparo e preços exorbitantes e muitas vezes arbitrários. Pense neste cenário: você quebra o seu celular e o custo de conserto é um pouco menor do que comprar um smartphone novinho. O que você faz? Provavelmente é melhor gastar um pouquinho mais e pegar um novo, né?

Mas se você pudesse comprar os equipamentos originais da fabricante de peças por preços baixos e você mesmo fazer o reparo ou conseguir uma assistência barata seria mais vantajoso, não? Esse é o argumento feito pelas pessoas que lutam pelos direitos do consumidor e brigam para que os próprios clientes possam consertar suas coisas. Sem mencionar que existem sérios impactos ambientais e humanitários para apoiar essa causa.

Nathan Proctor, que lidera a campanha para o Direito ao Reparo do Public Interest Research Group dos EUA, elogiou o Fairphone 3, dizendo ao Gizmodo, por e-mail, que “é excelente ver uma fabricante tentando abordar a mais importante desvantagem de nossos smartphones. Eles são parte de um pequeno mercado, mas um lembrete de que fabricantes maiores poderiam fazer melhor se quisessem”.

Três gerações do Fairphone

Um reconhecimento desses fatos – algo que é incomum na indústria de smartphone – parece ser o modelo em torno do qual a Fairphone posiciona seus produtos no mercado. No anúncio do Fairphone 3 feito nesta semana, a companhia apontou especificamente para os diversos problemas que estão no centro do mercado, incluindo as emissões de dióxido de carbono, lixo eletrônico, más práticas de fornecimento e condições de trabalho miseráveis.

A Fairphone diz que o seu próprio produto é “um celular que foi feito para durar”. Para assegurar isso, o aparelho é feito de sete módulos – incluindo uma câmera frontal de 8 megapixels e um sensor dupla de 12 megapixels na traseira – que podem ser trocados facilmente com peças de reparo. O aparelho vem ainda com Gorilla Glass 5, bem como 64 GB de armazenamento que pode ser expandido para mais de 256 GB via cartão microSD. Por fim, ele roda o Android 9, mas o TechCrunch diz que uma atualização futura vai permitir que os usuários optem pelo Android Open Source Project.

A melhoria em relação às gerações anteriores está no projeto: a arquitetura modular foi aprimorada e ele tem um visual mais compacto, fino e refinado. A ideia dos módulos não é customizar ou fazer upgrades de peças, mas ter uma maneira fácil de consertar as peças que eventualmente quebrarem. É curioso, inclusive, que a segunda geração do aparelho vinha com um processador Qualcomm Snapdragon 801 e o Fairphone 3 vem com um chipset de uma linha abaixo: Qualcomm 632.

Em entrevista ao TechCrunch, a empresa diz que remodelou parte de seu plano de negócios uma vez que a indústria como um todo não está preparada para projetos sustentáveis, citando a falta de suporte para os componentes e software dentro de uma janela de aproximadamente dois anos. A grande promessa é que a terceira geração do Fairphone consiga durar entre cinco e sete anos – para isso, planejaram um estoque de componentes e parcerias.

A Fairphone não apenas se preocupa em adquirir seus materiais de forma responsável – como ao usar cobre e plásticos reciclados e materiais livres de conflitos – como afirma que recompensará os consumidores que devolverem seus telefones por meio de seu programa de reciclagem.

O porta-voz da empresa não respondeu imediatamente aos pedidos do Gizmodo para comentários. No entanto, a CEO da Fairphone, Eva Gouwens, disse em um comunicado que a companhia “desenvolveu o Fairphone 3 para ser uma alternativa realmente sustentável no mercado, o que é um grande passo em direção a uma mudança que irá perdurar. Ao estabelecer um mercado para produtos éticos, queremos motivar toda a indústria a agir com mais responsabilidade uma vez que não conseguiríamos alcançar essa mudança sozinhos”.

O produto é vendido somente na Europa com preço sugerido de 450 euros, aproximadamente R$ 2.100. Os envios começam no dia 3 de setembro.

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Começa a missão do relógio atômico espacial da NASA

Posted: 28 Aug 2019 05:19 AM PDT

O relógio atômico espacial da NASA iniciou oficialmente sua missão de um ano na sexta-feira, segundo um comunicado da NASA.

O dispositivo “do tamanho de uma torradeira” foi lançado em junho a bordo de um satélite comercial. Em última análise, um relógio atômico espacial permitiria que a NASA pilotasse sua espaçonave com mais eficiência e melhor precisão. O objetivo desta missão é simplesmente testar e ver se esse relógio permanecerá preciso no espaço.

"O objetivo do experimento espacial é colocar o Relógio Atômico do Espaço Profundo no contexto de uma espaçonave operacional – completa com as coisas que afetam a estabilidade e precisão de um relógio – e ver se ele funciona no nível que achamos que ele funcionaria: com ordens de magnitude mais estabilidade do que os relógios espaciais existentes", disse o navegador Todd Ely, investigador principal do projeto no Jet Propulsion Lab, em comunicado à imprensa.

Hoje, a navegação por naves espaciais requer um link de comunicação bidirecional. A NASA envia um sinal da rede espacial profunda (DSN) para a espaçonave, que envia o sinal de volta à Terra. A quantidade de tempo que essa operação leva e as mudanças no sinal causadas pelo movimento da espaçonave, chamadas de desvio Doppler, são comparadas ao movimento da Terra com a ajuda de relógios atômicos baseados na Terra, permitindo aos cientistas determinar a trajetória da espaçonave. Só então eles podem enviar instruções de navegação para a nave.

Mas um relógio atômico muito preciso permitiria aos cientistas medir o deslocamento Doppler e a trajetória da espaçonave sem enviar primeiro um sinal. E a mudança para navegação baseada em comunicação unidirecional ofereceria muitos benefícios. Para missões distantes, os cientistas não precisariam esperar o sinal chegar à espaçonave e retornar à Terra para saber sua localização – eles poderiam começar a rastrear assim que recebessem o sinal da nave. Isso também permitiria que a NASA rastreasse mais espaçonaves com menos antenas DSN, de acordo com um resumo de 2012 da missão.

O Deep Space Atomic Clock (DSAC) consiste em um campo elétrico oscilante com a frequência aproximada que os átomos de mercúrio oscilam entre dois estados atômicos. Os átomos de mercúrio oscilam em uma frequência exata, corrigindo a frequência aproximada fornecida pelo campo oscilante. Essas frequências exatas podem então ser usadas para cronometragem e para os cientistas da Terra medirem as mudanças de sinais Doppler para descobrir a trajetória da nave.

Inicialmente, a equipe do DSAC propôs colocar o relógio no Mars InSight, de acordo com o resumo da missão de 2012. Em vez disso, ele está agora em um satélite comercial que orbita a Terra.

A missão durará um ano, após o qual os cientistas analisarão os resultados.

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Sonda Hayabusa2 prepara sua viagem de volta à Terra, com amostras do asteroide Ryugu na bagagem

Posted: 28 Aug 2019 04:05 AM PDT

Após dois pousos bem-sucedidos na superfície do Ryugu, a sonda japonesa Hayabusa2 está colocando sua preciosa carga nas malas e se preparando para trazer amostras do asteroide na viagem de volta à Terra.

Após chegar ao asteroide em junho de 2018, a Hayabusa2 realizou dois pousos. O primeiro, em 21 de fevereiro de 2019, foi realizado para coletar amostras diretamente da superfície de Ryugu. O segundo, em 11 de julho de 2019, foi para coletar materiais de regiões mais profundas. Depois de fazer história, chegou a hora de planejar a viagem de retorno.

As evidências fotográficas e de vídeo de ambos os encontros sugerem que deu tudo certo na coleta de materiais. Mesmo assim, não teremos certeza disso até que a sonda traga os recipientes de volta à Terra, o que deve acontecer no final de 2020.

A Hayabusa2 ainda tem algum trabalho a fazer em torno de Ryugu. Mesmo assim, a JAXA (a agência espacial japonesa) já está preparando a sonda para sua jornada de retorno de 300 milhões de quilômetros. Na segunda-feira (26), a agência espacial conduziu um procedimento bem-sucedido: ela conseguiu colocar a vasilha com amostras dentro da cápsula de reentrada da sonda.

Tradução: Em uma operação hoje (26 de agosto), o coletor de amostras foi armazenado na cápsula de reentrada (veja a figura). As equipes de amostradores e cápsulas se reuniram para assistir e a operação foi concluída com sucesso. A cápsula está pronta para o retorno à Terra!

Ao contrário da primeira missão Hayabusa, de 2010, na qual a sonda e a cápsula entraram novamente na atmosfera da Terra, apenas a cápsula da Hayabusa2 aguenta a reentrada. A sonda deve permanecer no espaço e possivelmente participar de uma futura missão, ainda a ser determinada.

Atualmente, a JAXA está pedindo permissão do governo australiano para usar seu território para o pouso da cápsula de reentrada. A agência espacial japonesa cogita fazer isso no território restrito de Woomera. Para isso, ela precisa que a Austrália conceda permissões especiais de acesso. Além disso, será necessária uma aprovação para construir uma estação de antena para rastrear a descida da cápsula.

A JAXA está preparando os documentos necessários, incluindo planos de coleta e segurança. A data exata e a área de pouso precisa dentro da Área Proibida Woomera ainda precisam ser determinadas.

Possível local de recuperação na Área Proibida Woomera, na Austrália. Imagem: JAXA

Caso a agência receba as permissões necessárias, uma equipe localizará e recuperará a cápsula após o pouso e a entregará ao Japão para análise. Ao estudar os fragmentos de poeira e rocha que (se tudo correr bem) estarão nela, os cientistas esperam aprender mais sobre a origem do sistema solar e, na melhor das hipóteses, sobre os materiais orgânicos que tornaram possível a vida na Terra.

Antes de tudo isso acontecer, no entanto, o Hayabusa2 ainda tem uma tarefa importante a ser executada: a implantação do veículo MINERVA-II2. No início da missão, a sonda implantou os dois rovers que compunham o MINERVA-II1. Foram eles que registraram algumas imagens espetaculares da superfície do asteroide.

Como a JAXA explicou em uma ficha técnica (PDF), um teste da implantação será realizado no dia 5 de setembro de 2019. Mais detalhes sobre a missão serão liberados a no final do mês.

Falando em MINERVA-II1, a JAXA recebeu um sinal de um dos rovers em 2 de agosto de 2019. O asteroide Ryugu está atualmente viajando na direção ao Sol, o que aparentemente fez com que os dois acordassem da sua “hibernação”, de acordo com um comunicado da agência.

Com este inesperado reaparecimento do MINERVA-II1, a JAXA planeja o que fazer agora que seus veículos voltaram à atividade. Como o MINERVA-II1 é capaz de se locomover de um local para outro na superfície, mais descobertas devem vir por aí.

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